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1 P LA N E JA M E N TO , A C O M P A N H A M E N TO E A V A LI A Ç Ã O D E R E C U R SO S H U M A N O S - G R U P O P R O M IN A S 2 P LA N E JA M E N TO , A C O M P A N H A M E N TO E A V A LI A Ç Ã O D E R E C U R SO S H U M A N O S - G R U P O P R O M IN A S 3 P LA N E JA M E N TO , A C O M P A N H A M E N TO E A V A LI A Ç Ã O D E R E C U R SO S H U M A N O S - G R U P O P R O M IN A S Núcleo de Educação a Distância GRUPO PROMINAS DE EDUCAÇÃO Diagramação: Rhanya Vitória M. R. Cupertino PRESIDENTE: Valdir Valério, Diretor Executivo: Dr. Willian Ferreira. O Grupo Educacional Prominas é uma referência no cenário educacional e com ações voltadas para a formação de profissionais capazes de se destacar no mercado de trabalho. O Grupo Prominas investe em tecnologia, inovação e conhecimento. Tudo isso é responsável por fomentar a expansão e consolidar a responsabilidade de promover a aprendizagem. 4 P LA N E JA M E N TO , A C O M P A N H A M E N TO E A V A LI A Ç Ã O D E R E C U R SO S H U M A N O S - G R U P O P R O M IN A S Prezado(a) Pós-Graduando(a), Seja muito bem-vindo(a) ao nosso Grupo Educacional! Inicialmente, gostaríamos de agradecê-lo(a) pela confiança em nós depositada. Temos a convicção absoluta que você não irá se decepcionar pela sua escolha, pois nos comprometemos a superar as suas expectativas. A educação deve ser sempre o pilar para consolidação de uma nação soberana, democrática, crítica, reflexiva, acolhedora e integra- dora. Além disso, a educação é a maneira mais nobre de promover a ascensão social e econômica da população de um país. Durante o seu curso de graduação você teve a oportunida- de de conhecer e estudar uma grande diversidade de conteúdos. Foi um momento de consolidação e amadurecimento de suas escolhas pessoais e profissionais. Agora, na Pós-Graduação, as expectativas e objetivos são outros. É o momento de você complementar a sua formação acadêmi- ca, se atualizar, incorporar novas competências e técnicas, desenvolver um novo perfil profissional, objetivando o aprimoramento para sua atu- ação no concorrido mercado do trabalho. E, certamente, será um passo importante para quem deseja ingressar como docente no ensino supe- rior e se qualificar ainda mais para o magistério nos demais níveis de ensino. E o propósito do nosso Grupo Educacional é ajudá-lo(a) nessa jornada! Conte conosco, pois nós acreditamos em seu potencial. Vamos juntos nessa maravilhosa viagem que é a construção de novos conhecimentos. Um abraço, Grupo Prominas - Educação e Tecnologia 5 P LA N E JA M E N TO , A C O M P A N H A M E N TO E A V A LI A Ç Ã O D E R E C U R SO S H U M A N O S - G R U P O P R O M IN A S 6 P LA N E JA M E N TO , A C O M P A N H A M E N TO E A V A LI A Ç Ã O D E R E C U R SO S H U M A N O S - G R U P O P R O M IN A S Olá, acadêmico(a) do ensino a distância do Grupo Prominas! É um prazer tê-lo em nossa instituição! Saiba que sua escolha é sinal de prestígio e consideração. Quero lhe parabenizar pela dispo- sição ao aprendizado e autodesenvolvimento. No ensino a distância é você quem administra o tempo de estudo. Por isso, ele exige perseve- rança, disciplina e organização. Este material, bem como as outras ferramentas do curso (como as aulas em vídeo, atividades, fóruns, etc.), foi projetado visando a sua preparação nessa jornada rumo ao sucesso profissional. Todo conteúdo foi elaborado para auxiliá-lo nessa tarefa, proporcionado um estudo de qualidade e com foco nas exigências do mercado de trabalho. Estude bastante e um grande abraço! Professora: Adriana Penna 7 P LA N E JA M E N TO , A C O M P A N H A M E N TO E A V A LI A Ç Ã O D E R E C U R SO S H U M A N O S - G R U P O P R O M IN A S O texto abaixo das tags são informações de apoio para você ao longo dos seus estudos. Cada conteúdo é preprarado focando em téc- nicas de aprendizagem que contribuem no seu processo de busca pela conhecimento. Cada uma dessas tags, é focada especificadamente em partes importantes dos materiais aqui apresentados. Lembre-se que, cada in- formação obtida atráves do seu curso, será o ponto de partida rumo ao seu sucesso profisisional. 8 P LA N E JA M E N TO , A C O M P A N H A M E N TO E A V A LI A Ç Ã O D E R E C U R SO S H U M A N O S - G R U P O P R O M IN A S CAPÍTULO 01 INTRODUÇÃO CAPÍTULO 02 PLANEJAMENTOS EM RH CAPÍTULO 03 RECRUTAMENTO E SELEÇÃO CAPÍTULO 04 ADMISSÃO CAPÍTULO 05 AVALIAÇÃO CAPÍTULO 06 DESLIGAMENTO CAPÍTULO 07 LEGISLAÇÃO TRABALHISTA E PREVIDENCIÁRIA 9 P LA N E JA M E N TO , A C O M P A N H A M E N TO E A V A LI A Ç Ã O D E R E C U R SO S H U M A N O S - G R U P O P R O M IN A S CAPÍTULO 09 A VANTAGEM COMPETITIVA POR MEIO DAS PESSOAS 58Referências ____________________________________________________ CAPÍTULO 08 TURNOVER E ABSENTEÍSMO 10 P LA N E JA M E N TO , A C O M P A N H A M E N TO E A V A LI A Ç Ã O D E R E C U R SO S H U M A N O S - G R U P O P R O M IN A S Lidar com pessoas nas organizações é uma responsabilidade que, atualmente, se reveste de complexidade muito maior do que há poucos anos. Para contribuir com o sucesso das organizações, a área de recursos humanos tem como objetivo principal administrar as relações da organização com as pessoas que a compõem, consideradas, hoje em dia, parceiras do negócio, e não mais meros recursos empresariais. Esse passou a ser o mais importante desafio interno das empresas, em plena era da informação – uma função estratégica demais para ficar centralizada e monopolizada nas mãos de poucos especialistas, que atuam simplesmente na esfera tática ou operacional (RIBEIRO, 2006). Selecionar, formar, integrar e aperfeiçoar um grupo de pessoas para trabalhar numa empresa como uma verdadeira equipe, com obje- tivos definidos, fazendo com que cada membro conheça seu papel, co- INTRODUÇÃO P LA N E JA M E N TO , A C O M P A N H A M E N TO E A V A LI A Ç Ã O D E R E C U R SO S H U M A N O S - G R U P O P R O M IN A S 10 11 P LA N E JA M E N TO , A C O M P A N H A M E N TO E A V A LI A Ç Ã O D E R E C U R SO S H U M A N O S - G R U P O P R O M IN A S opere com os demais e vista a camisa para produzir resultados é a res- ponsabilidade mais importante dos administradores (LACOMBE, 2005). Esse trabalho de formar, integrar, conduzir e aperfeiçoar uma equipe pode levar vários anos e não há seguro contra a perda desse importante ativo, mas as empresas já se deram conta da importância das pessoas e da forma como são administradas, diferentemente do que ocorria na passado, quando o foco recaía apenas na tecnologia do produto ou do processo, nos mercados protegidos ou regulamentados, no acesso a recursos financeiros e economias de escala. É preciso considerar que, embora as pessoas precisem ser administradas pelas organizações como seus recursos humanos, não se pode perder de vista que elas são seres humanos, que querem ser felizes e ter qualidade de vida, que têm outros vínculos, além daque- les que mantêm com suas organizações e que seus objetivos nunca coincidem integralmente com os da organização, ainda que possam ter muitos pontos coincidentes (LACOMBE, 2005). Cabe às pessoas a gestão do seu desenvolvimento, de sua competitividade profissional e de sua carreira. As pessoas estão ad- quirindo consciência de seu papel e passam a cobrar de si mesmas a gestão de sua carreira, e da empresa as condições objetivas de desen- volvimento profissional. Cabe às empresas criar o espaço, estimular o desenvolvimento e oferecer o suporte e as condições para uma relação dealavancagem mútua das expectativas e necessidades. A empresa não conseguirá fazê-lo sem estar em contínua interação com as pessoas e, ao fazê-lo, conseguirá alavancar sua competitividade por meio das pessoas (DUTRA, 2002). Veremos ao longo desta apostila os processos de gestão de pessoas, a começar pelo planejamento, recrutamento, seleção e ad- missão de pessoas, passando evidentemente pela movimentação, o desenvolvimento, a valorização, processos estes que podem ou não culminar com o desligamento por diversos motivos, dentre eles neces- sidades da própria empresa em se reorganizar. 12 P LA N E JA M E N TO , A C O M P A N H A M E N TO E A V A LI A Ç Ã O D E R E C U R SO S H U M A N O S - G R U P O P R O M IN A S O planejamento dos recursos humanos tem de ser elaborado como parte do planejamento estratégico da empresa. Do contrário, mui- tos recursos serão desperdiçados: serão contratadas pessoas que não se encaixam nos programas previstos; as equipes poderão estar super- dimensionadas ou aquém do necessário em quantidade e qualidade; serão efetuados treinamentos inúteis e outros absolutamente indispen- sáveis deixarão de ser feitos; a condução inadequada da equipe pode levar à falta de motivação e até à fuga de talentos (LACOMBE, 2005). O plano estratégico irá indicar quais as pessoas necessárias, suas qualificações e o que elas precisam fazer para atingir os objetivos previstos no plano. Só assim podemos formar a equipe adequada, con- duzi-Ia de forma correta e aperfeiçoá-Ia de acordo com o que se deseja alcançar. O plano estratégico será, portanto, o ponto de partida não só para as políticas e os procedimentos de recursos humanos e para a for- PLANEJAMENTO EM RH P LA N E JA M E N TO , A C O M P A N H A M E N TO E A V A LI A Ç Ã O D E R E C U R SO S H U M A N O S - G R U P O P R O M IN A S 12 13 P LA N E JA M E N TO , A C O M P A N H A M E N TO E A V A LI A Ç Ã O D E R E C U R SO S H U M A N O S - G R U P O P R O M IN A S mação da equipe, mas também para a sua condução e aperfeiçoamento. As organizações formais de maior porte compreendem três grandes níveis: o institucional, em que são decididas as estratégias e o rumo que deve seguir a organização; o gerencial, administrativo ou in- termediário, em que são preparados e executados os planos operacio- nais; e o operacional, ou técnico, no qual são executadas as atividades. Planejamento Estratégico O planejamento estratégico refere-se ao planejamento sistêmi- co das metas de longo prazo e dos meios disponíveis para alcançá-Ias, ou seja, aos elementos estruturais mais importantes da empresa e à sua área de atuação, considerando não só os aspectos internos, mas também e principalmente o ambiente externo no qual ela está inserida. O planejamento estratégico deve definir os rumos do negócio e, portan- to, responder à pergunta: Qual é o nosso negócio e como ele deveria ser? Seu propósito geral é influenciar os ambientes interno e externo, a fim de assegurar o desenvolvimento ótimo de longo prazo da empresa de acordo com um cenário aprovado (CHIAVENATO, 2003). Seu ponto de partida é o diagnóstico da organização, dos seus pontos fortes e fracos e das ameaças e oportunidades existentes. Ele é efetuado pelos dirigentes de mais alto nível da empresa, isto é, diretores e seus assessores, pois, quase sempre, são os que possuem a visão sistêmica (global ou holística) da empresa e têm melhores condições para ficar atentos ao que ocorre no ambiente externo. Os gerentes de nível intermediário, na maioria dos casos, têm uma visão especializada de sua área de atuação e menos tempo para acompanhar e interpretar as mudanças no ambiente externo. O planejamento estratégico inicia-se no topo da hierarquia. Em qualquer plano empresarial, é preciso haver sintonia com a realidade. A autoilusão é capaz de dominar a organização e de levar as pessoas a conclusões absurdas. Alguns planos de longo prazo são projeções das operações presentes, embora considerem modificações nos ambientes externo e interno. Esses não são estratégicos. Nem todo planejamento de longo prazo é estratégico. Para que o seja, é necessário que não se limite a uma extrapolação do que está sendo feito. É necessário que, após um bom diagnóstico, seja definido o cená- rio que se deseja alcançar em determinado prazo, bem corno a estratégia para viabilizá-lo. Cenário é a previsão da situação geral dos ambientes ex- terno e interno de uma empresa para determinada época futura, feita, em geral, com a finalidade de se formular um planejamento estratégico. 14 P LA N E JA M E N TO , A C O M P A N H A M E N TO E A V A LI A Ç Ã O D E R E C U R SO S H U M A N O S - G R U P O P R O M IN A S A estratégia define os rumos e as decisões que determinam a natureza da organização. A essência da estratégia está nas atividades: escolher atividades diferentes ou executar as atividades de forma dife- rente da que é usada pelos competidores. O cenário traçado deve ser abrangente, incluindo todos os pro- dutos, as áreas geográficas e as funções da empresa, bem como a forma desejada de relacionamento com os clientes, os fornecedores, os empregados e os acionistas. O cenário inclui também uma descrição do ambiente exter- no. Ele indica aonde se deseja chegar. Uma das formas utilizadas para elaborar o cenário é pedir a cada executivo de alto nível que faça sua versão do que consideraria o cenário ideal. Essas versões são progres- sivamente consolidadas para formarem o cenário desejado pela equipe. A decisão sobre a forma final do documento cabe ao principal executivo da empresa ou ao conselho de administração. Aprovado o cenário, monta-se o planejamento estratégico, que deve visar, acima de tudo, ao que deve ser feito para se atingir o cená- rio desejado. Deve-se definir as ações certas para se chegar aonde se deseja, até mesmo, se necessário, as ações sobre o ambiente externo com a finalidade de modificá-Io. Enfatiza-se “fazer a coisa certa”. O planejamento estratégico deve ser de natureza indicativa, sem os detalhes que caracterizam os planejamentos operacionais. O cenário precisa ser periodicamente revisto para adaptar a empresa às novas condições do ambiente. Nenhum planejamento é estático. O pla- nejamento estratégico deve ser colocado em prática por meio do seu desdobramento em planejamentos operacionais, de responsabilidade dos dirigentes de cada área e cada órgão da empresa, sendo o planeja- mento de recursos humanos um desses desdobramentos. Enfim, o conceito de planejamento estratégico está intimamente vinculado ao de eficiência, isto é, fazer aquilo que precisa ser feito para atin- gir resultados que sejam válidos para a organização (LACOMBE, 2005). Planejamento de RH O planejamento dos recursos humanos deve ser parte inte- grante desse planejamento global, e o plano de recursos humanos re- trata, para esta área, aquilo que é necessário para que se atinjam os objetivos estratégicos da empresa. O ponto de partida para o planejamento de recursos humanos é o diagnóstico das políticas, práticas e decisões da empresa nesta área, bem como de sua consistência e coerência e da verificação da 15 P LA N E JA M E N TO , A C O M P A N H A M E N TO E A V A LI A Ç Ã O D E R E C U R SO S H U M A N O S - G R U P O P R O M IN A S forma como elas se encaixam no planejamento estratégico da empresa. As políticas, práticas e decisões de recursos humanos devem ser coerentes entre si, além de estarem consistentes com o planeja- mento global da empresa. Planejamento de Carreiras No passado, muitas empresas assumiam a responsabilidade pelo planejamento do seu pessoal, mas as mudanças no cenário em- presarial foram muitas: fusões entre empresas, incorporações, alianças, abertura e fechamento de negócios, redução de custos por meio de downsizing , tornou difícilpara as empresas manter essa responsabi- lidade e temos visto que, na atualidade, são as próprias pessoas que gerenciam e têm sido responsáveis por suas carreiras, o que é bem justo, diga-se de passagem. Assim cada um investe em si mesmo, em suas necessidades, suas potencialidades, seus desejos. Segundo Dutra (2002), quando as pessoas falam de planos de carreira têm em mente planos que deixam absolutamente claras as possi- bilidades de desenvolvimento profissional, ou que apontam com precisão o horizonte profissional. Associa-se, portanto, à ideia de plano de carreira a de uma estrada plana, asfaltada e bem conservada que, se trilhada pela pessoa, vai conduzi-la ao sucesso, à riqueza e à satisfação profissional. Entretanto, quando olhamos a realidade das empresas,verifi- camos que a carreira das pessoas é uma sucessão de acontecimentos inesperados. As pessoas, quando olham para a frente, veem um cami- nho tortuoso, com várias alternativas e cheio de incertezas. A carreira deve ser pensada, portanto, como uma estrada que está sempre sendo construída pela pessoa e pela empresa. Desse modo, se olhamos para a frente vamos ver o caos a ser ordenado e, quando olhamos para trás, enxergamos a estrada que já construímos. Uma empresa que administre de forma compartilhada as carreiras terá diante de si várias estradas em construção (DUTRA, 2002). Temos abaixo algumas dicas de como esses profissionais de- vem agir, que vale tanto para o gestor de recursos humanos, em termos de orientação dos colaboradores da organização onde atua, quanto para cada profissional. • Atenção permanente às oportunidades que aparecem: apro- veitá-las sempre que possível, pois elas podem não reaparecer. • Aceitação de sacrifícios de curto prazo que possam trazer benefícios no longo prazo, especialmente se elas criam condições de aprendizagem ou perspectivas de novas oportunidades. 16 P LA N E JA M E N TO , A C O M P A N H A M E N TO E A V A LI A Ç Ã O D E R E C U R SO S H U M A N O S - G R U P O P R O M IN A S • Cuidado com trabalhos isolados altamente especializados que não dão visibilidade. • Conhecimento dos seus pontos fortes e como aproveitá-los e também dos seus pontos fracos e como eliminá-los, atenuá-los ou neutralizá-los numa posição em que não apareçam. • Atenção permanente para evitar a obsolescência: educação continuada, por meio de leituras, seminários, cursos universitários, pro- gramas de treinamento e outras formas de reciclagem. • Atenção permanente à contribuição que está sendo dada à empresa e se é chegado o momento de mudar de posição, na mesma ou em outra empresa. • Se tiver que sair da empresa, sair bem, isto é, deixando uma boa imagem nos colegas e superiores e nunca pedir demissão volunta- riamente antes de ter outro trabalho assegurado. Com relação às promoções um cuidado extremo: é preciso con- siderar todo o universo de candidatos; usar critérios claros e adequada- mente divulgados; comunicar adequadamente a todos, promovidos ou não, as razões das escolhas e as perspectivas futuras de cada um. Lembre-se que os preteridos tendem a assumir uma posição negativa se não houver uma boa explicação e uma indicação de suas perspectivas na empresa. Lacombe (2005) nos lembra da programação de carreira co- nhecida como “carreira em Y” que é um plano próprio para funções técnicas e que tem como pressuposto a mobilidade e a ascensão pro- fissional do empregado pelo exercício de funções gerenciais ou alterna- tivamente, de funções técnicas na sua área de especialidade. Esse tipo de plano permite mais flexibilidade na administração salarial de pessoas técnicas de alto nível, uma vez que nem todos os critérios especializados de alto gabarito são bons administradores. Pre- vê a ascensão num plano único até determinada escala, a partir do qual a carreira se bifurca em carreira gerencial e carreira técnica especializa- da de alto nível, conforme mostra o exemplo a seguir. 17 P LA N E JA M E N TO , A C O M P A N H A M E N TO E A V A LI A Ç Ã O D E R E C U R SO S H U M A N O S - G R U P O P R O M IN A S Fonte: Lacombe (2005, p. 64) 18 P LA N E JA M E N TO , A C O M P A N H A M E N TO E A V A LI A Ç Ã O D E R E C U R SO S H U M A N O S - G R U P O P R O M IN A S O processo de Recrutamento e Seleção de uma organização é a porta principal de entrada de novos profissionais e futuros talentos. Por este motivo devemos nos atentar na sua execução, pois assim te- remos mais assertividade em atingir a necessidade do nosso cliente interno, a empresa contratante. O recrutamento se refere à busca por um grupo potencial de pessoas que preencham os requisitos para satisfazer as necessidades da empresa e os métodos utilizados variam de acordo com a empresa e seu porte. Para as grandes corporações que buscam executivos de alto nível, existem as agências especializadas em localizá-los e, muitas das vezes, intermediarem contato com profissionais de outras empre- sas visando a sua transferência para a empresa cliente. Mas, a grande maioria utiliza os métodos tradicionais, que são as recomendações de empregados, propaganda, recrutamento nas escolas e o uso do compu- RECRUTAMENTO E SELEÇÃO P LA N E JA M E N TO , A C O M P A N H A M E N TO E A V A LI A Ç Ã O D E R E C U R SO S H U M A N O S - G R U P O P R O M IN A S 18 19 P LA N E JA M E N TO , A C O M P A N H A M E N TO E A V A LI A Ç Ã O D E R E C U R SO S H U M A N O S - G R U P O P R O M IN A S tador (MEGGINSON; MOSLEY; PIETRI JR., 1998). Carvalho e Nascimento (1997, p. 78) advertem que o recruta- mento inadequado provoca prejuízos para a empresa, destacando-se entre eles: a) alto índice de giro de pessoal (“turnover ”); b) aumento substancial dos custos de recrutamento; e, c) ambiente de trabalho comprometido com funcionários pouco qualificados para o pleno exercício de suas funções. Do ponto de vista dos autores, o recrutamento adequado e efi- ciente oferece à empresa uma contribuição decisiva para que ela “(...) produza bens e serviços com produtividade mais elevada” (CARVALHO; NASCIMENTO, 1997, p.78). Para Schirato (2000, p. 80), o processo de recrutamento, diante do atual excesso de oferta de mão-de-obra, se transformou em um me- canismo para a difusão da imagem da empresa, “seu poder de atuação no mercado, de seu padrão de empregabilidade e, consequentemente, de sua política de salários, benefícios, etc.” (id ib, p. 80). Ao informar ao mercado que há uma vaga de trabalho disponí- vel, a empresa delimita as características que são do seu interesse e que o interessado deverá apresentar. Este comportamento já promove uma pré-seleção entre os interessados, de forma a que somente se apresen- tem os indivíduos capazes de preencherem as exigências preliminarmen- te referidas. O interesse da empresa é de garantir a própria continuidade e encontrar indivíduos cujas características se ajustem aos seus interesses para formar uma parceria que tende a reforçar seu poder econômico, po- lítico e social (SCHIRATO, 2000). Para o indivíduo, essa é a oportunidade de se destacar, de demonstrar o diferencial que o torna apto a concorrer àquela vaga. Schirato (2000) entende que neste momento, inicia-se um jogo de sedução, no qual a empresa seduz o candidato com a possibilida- de de sua inclusão no seleto grupo, destacando-o do grande contingente que não detém as características pré-estabelecidas. A referida autora compartilha da visão exposta por Carvalho e Nascimento (1997) quanto à importância dessa etapa, afirmando que “(...) essa fase inicial ao processo de inserção – recrutamento ou difusão – é essencial que se realize, da forma mais assertiva possível, para ga- rantia da continuidade do processo – seleção e integração” (id ib, p. 82). O primeiro passo para realizar uma seleção é planejar, elaborar um programa de contrataçãoque envolva todas as etapas do processo seletivo, analisando seus custos, riscos e recursos da própria organização. Neste planejamento o selecionador deve integrar-se a todos os subsistemas da empresa. Isto é, ter uma visão sistêmica da organi- zação interna e externamente, conhecendo seus concorrentes e suas 20 P LA N E JA M E N TO , A C O M P A N H A M E N TO E A V A LI A Ç Ã O D E R E C U R SO S H U M A N O S - G R U P O P R O M IN A S atuações no mercado de trabalho (SOUTO E GARCIA, 2009). Outro ponto fundamental ao selecionador é conhecer a cultura organizacional e suas ramificações, sendo elas, o perfil do gestor que irá atuar diretamente com o contratado, o ambiente de trabalho e seus colegas diretos. Dessa maneira, o selecionador poderá filtrar com mais preci- são os profissionais interessados na vaga, pois se apenas realizar o link do perfil técnico do profissional com a necessidade da vaga, poderá ocorrer facilmente uma contratação errada. A responsabilidade do sele- cionador está muito além de captar profissionais adequados ao preen- chimento da vaga. É a partir dele que a organização abre suas portas para desenvolver novos talentos e futuros empreendedores. Partindo do ponto que tudo se renova a cada instante e que o RH deve acompanhar esta evolução para manter o desenvolvimento profissional e a atualização de seus processos, o que podemos dizer das entrevistas tradicionais, ou melhor, das antigas entrevistas conven- cionais e engessadas? A modernização influenciou muito o processo seletivo das or- ganizações, agilizou e customizou procedimentos que anteriormente eram morosos e emperravam contratações consideradas como priori- dades. Porém, todas estas facilidades nas informações trouxeram uma popularidade aos procedimentos seletivos das organizações. Isto é, a publicação de informações sobre como o candidato deveria comportar- -se diante de um processo seletivo, atingindo assim as expectativas do selecionador, enfim, comportando-se de maneira robotizada ou, melhor, padronizada - dentro do perfil estipulado conveniente ao de um “bom” candidato. Perdeu-se assim a essência natural dos comportamentos re- ais dos candidatos nas entrevistas (SOUTO e GARCIA, 2009). Por este motivo e outros, os profissionais de RH devem aten- tar-se à inovação de seus processos, diante da agilidade da moderniza- ção no mercado. Atualizar e reciclar a maneira de selecionar um candi- dato, parte do princípio da transformação deste selecionador, aceitar a mudança já é o início para enfrentar novos desafios. Na entrevista de seleção, o profissional de recursos humanos, além de avaliar o candidato, representa a empresa, cabendo-lhe a gran- de responsabilidade de mostrar uma imagem positiva desta. Atualmente, a entrevista é considerada como principal instrumento para a avaliação de candidatos, sendo os testes vistos como elementos complementares. A entrevista por competência, por exemplo, veio com o propósi- to de revolucionar e transformar o processo seletivo nas organizações, pois ela parte do princípio que o comportamento passado do candidato remete a futuras ações que ele venha enfrentar. Sendo assim, a entre- 21 P LA N E JA M E N TO , A C O M P A N H A M E N TO E A V A LI A Ç Ã O D E R E C U R SO S H U M A N O S - G R U P O P R O M IN A S vista tradicional está focada em ações futuras, que o candidato poderá enfrentar ao longo de sua trajetória profissional, porém focando ações que o mesmo acredita que “teria” diante de determinada situação. A entrevista comportamental já parte de algo que tenha acon- tecido, ou seja, situações vivenciadas por esse candidato que poderão ocorrer em seu ambiente de trabalho, baseado nas ações passadas do mesmo, pressupõem suas ações futuras. Não quer dizer que em todas as situações semelhantes o candidato agirá exatamente igual, mas sua essência será basicamente a mesma, isto é, se o comportamento re- velar uma maneira intolerante a determinada situação constrangedora, possivelmente agirá de forma similar ao seu comportamento passado. A entrevista comportamental é uma ferramenta que ajuda a minimizar erros de contratações e diminuir assim a rotatividade nas or- ganizações, gerando um perfil mais assertivo diante da necessidade da empresa. Assim, o perfil do novo selecionador deverá ser sempre inova- dor, uma vez que deve aprimorar seus conhecimentos e se diferenciar no mercado, buscar a atualização e a reciclagem de suas ferramentas, que auxiliam nesta primordial etapa que poderá ser o início da vida pro- fissional de um candidato dentro da organização (SOUZA, 2010). É um processo organizacional que “convida” pessoas que se encontram no mercado de mão-de-obra para participarem de um pro- cesso de seleção da empresa, tendo como finalidade atrair um núme- ro satisfatório e adequado à organização, de profissionais necessários para uma futura ocupação de um cargo/função na empresa. Este processo deve sempre estar atento ao tempo dispendido para esta ação, aos custos e à otimização para a fase posterior que é a seleção. O entrevistador deve fornecer ao candidato todas as informa- ções sobre a empresa e o cargo, de maneira clara e objetiva. Assim, é importante deixar claro os contornos econômicos, financeiros, físicos e humanos da organização, bem como seu perfil cultural, ressaltando, inclusive, os pontos fortes da empresa e eventuais dificuldades a serem superadas para completo conhecimento do candidato, incluindo, obvia- mente, as informações referentes ao perfil daquele que será o superior imediato do cargo a ser preenchido (MARRAS, 2000, p. 84). A utilização de testes varia de acordo com os critérios da em- presa e a determinação do entrevistador. Os principais tipos de testes utilizados são (MARRAS, 2000): a) teste prático – adequado à avaliação de algum conhecimen- to específico; b) teste situacional – para avaliação do candidato perante situ- ações passíveis de ocorrerem na rotina de trabalho; 22 P LA N E JA M E N TO , A C O M P A N H A M E N TO E A V A LI A Ç Ã O D E R E C U R SO S H U M A N O S - G R U P O P R O M IN A S c) teste psicológico – que incluem os testes de aptidões e de personalidade. Os primeiros se destinam a identificar tendências de ca- pacidade do indivíduo para determinadas tarefas. Os segundos procu- ram identificar o perfil comportamental do indivíduo; d) teste grafológico – que é realizado mediante a análise da escrita individual, visando à identificação de traços de personalidade. Outro tipo de avaliação bastante utilizado é a dinâmica de gru- po, da qual participam, além dos candidatos, um profissional especia- lizado e observadores. Estes avaliam as reações e o comportamento dos candidatos que são submetidos a um teste situacional ou exercício. A conclusão do processo seletivo gera um laudo cuja síntese deverá permitir a decisão de contratação ou não do indivíduo. Assim sendo, o processo de seleção pode ser considerado, segundo Schirato (2000, p. 87-88), um “rito de iniciação, uma vez que conduz o candida- to à filosofia da organização, a seus valores e crenças”. A seleção é o momento em que o indivíduo se vê aceito por um grupo e, portanto, se sente parte da instituição. É um processo que extrapola o plano objetivo para constituir uma condição imaginária, depois de travar uma bata- lha sofrida. “O vínculo trabalhista que aí se realiza é, no imaginário do trabalhador, um vínculo existencial, visceral, essencial à sobrevivência, muito mais significativo do que o é na realidade, cujo desenlace pode tornar-se fatal” (SCHIRATO, 2000, p. 89). A etapa seguinte é a de integração do indivíduo selecionado à empresa, momento em que são feitas as apresentações básicas, que compreendem a rotina de trabalho, a identificação dos colegas e do ambiente de trabalho, o conhecimento do organograma da empresa, dentre outros. Schirato (2000, p. 91) denomina estaetapa “rito de pas- sagem, afirmando que seu objetivo principal é sensibilizar o indivíduo a querer fazer parte da organização”. Em um primeiro momento, o indivíduo se sente totalmente en- volvido e disposto a integrar-se àquela instituição, assumindo compro- misso com suas crenças e valores. Este momento é considerado como aquele em que a organização passa a exercer controle sobre o indiví- duo, adotando uma estratégia de poder para criar um quadro funcional produtivo e dócil (SOUTO E GARCIA, 2009). A abordagem proposta por Schirato (2000) expõe o subjetivismo da relação entre a empresa e o empregado, que vai além do contrato for- mal, no qual são dispostas as condições reguladas pela legislação vigente. O contrato não explicitado, subentendido, gera expectativas para ambas as partes. Para a organização significa sua continuidade, a perpetuação da sua história, das suas práticas e modelos, além de seus produtos e serviços. Para o trabalhador, há a promessa de permanência no grupo por 23 P LA N E JA M E N TO , A C O M P A N H A M E N TO E A V A LI A Ç Ã O D E R E C U R SO S H U M A N O S - G R U P O P R O M IN A S um período indefinido, que ele espera ser para sempre. O conhecimento da realidade de mercado, porém, sinaliza, de forma incômoda, para o prag- matismo das organizações e, no seu íntimo, o indivíduo percebe que esse contrato poderá ser rompido a qualquer tempo, expondo-o novamente ao desamparo da condição de ex-empregado daquela empresa. Para Van Maanen (1989), a socialização organizacional é uma forma de processamento, uma vez que a aprendizagem do indivíduo é estruturada por outros indivíduos. Para esse autor, a socialização se dá também pela mudança de função ou de atividade e não só pela entrada do indivíduo na organização. Segundo Borges e Albuquerque (2004, p. 332), a socialização im- plica sempre certo nível de conformismo, porque processa a inserção de alguém em um contexto de normas e costumes previamente definidos por outros. Porém, isso não é incompatível com as possibilidades de realiza- ção e iniciativa pessoal. Em outras palavras, não há um espaço ilimitado de deliberação do sujeito, nem que o indivíduo é um mero produto do meio e, sim, fruto dessa dinâmica em que o sujeito é objeto ao mesmo tempo. Nesse contexto, o indivíduo é influenciado, já que não sabe como proceder, porém, age também como influenciador, simultanea- mente, uma vez que suas ações após o conhecimento e o domínio des- sas condições influenciarão outros novos empregados. A socialização pode ocorrer mediante a aplicação de uma sequ- ência clara e objetiva de passos para que o indivíduo atinja a sua posição. Segundo Caldas (1999, p. 218), “a conformidade do indivíduo tende a au- mentar quanto mais sequencial for a tática de socialização da organização”. O indivíduo também tem interesse em que o processo de socia- lização transcorra da forma menos dolorosa possível e, para acelerar sua aceitação, busca informações que reduzam suas incertezas e dificulda- des. Essas informações são colhidas pela observação do ambiente, das pessoas mais antigas e, ainda, pelas conversas e especulações possíveis com o seu agente de socialização (BORGES; ALBUQUERQUE, 2004). Em síntese, o processo de socialização é a consecução das etapas de recrutamento e seleção. Esse período de integração do indi- víduo na empresa pode ser penoso, devido às incertezas e dificuldades, mas, também pode propiciar um intenso e rico aprendizado (SOUTO e GARCIA, 2009). Muitas organizações não despendem muita atenção e cuidado no processo de recrutamento e seleção de pessoal, tendo depois que suportar problemas significantes no futuro da organização. Esta desa- tenção é explicada por várias maneiras, uma das mais comuns está ba- seada “na crença de que os recursos humanos são abundantes, sendo facilmente repostos ou atraídos” (DUTRA, 1990). 24 P LA N E JA M E N TO , A C O M P A N H A M E N TO E A V A LI A Ç Ã O D E R E C U R SO S H U M A N O S - G R U P O P R O M IN A S O Recrutamento, segundo Chiavenato (1995), pode ser dividi- do em três formas: interno, externo ou misto. - O recrutamento interno é feito na própria empresa. Quando surge uma vaga, seu preenchimento se dá através de remanejamento de empregados, por meio de promoção, transferência ou transferência com promoção. - O recrutamento externo é aquele feito fora da organização, isto é, a empresa busca candidatos disponíveis no mercado, ou atuan- tes em outras empresas. - O recrutamento misto é a consequência de um recrutamen- to interno, que provavelmente irá gerar uma nova vaga desta pessoa transferida, devendo assim se fazer um recrutamento externo (MAZON E TREVISAN, 2000). Recrutamento Interno O primeiro passo na procura de pessoal é o recrutamento dentro da empresa, que não deve ser confundido como o recrutamento através dos funcionários. Em resumo, recrutamento interno é “um processamento (ou transformação) de recursos humanos” (CHIAVENATO, 1995). Esta política, se adotada efetivamente, oferece diversas vanta- gens que mais frequentemente superam suas limitações, quais sejam: • É a fonte mais próxima e rápida; • Menores custos de recrutamento, seleção e treinamento do pessoal; • Já se conhece o desempenho anterior do funcionário; • Resulta numa maior segurança e validade quanto ao funcionário; • Estimula-se a preparação para promoção, criando um clima sadio de progresso profissional; • Aumenta-se a moral e motivação dos funcionários; • Motiva para boas performances; • Melhoram-se as relações públicas com os funcionários; e, • Desenvolve uma positiva e sadia competição entre o pessoal. Por outro lado, são suas desvantagens: pode causar conflito de interesses; ressentimento dos não promovidos; e recrutamento inter- no reduz a criatividade e a inovação do trabalho. Recrutamento Externo Quando uma organização adota uma política de recrutamento 25 P LA N E JA M E N TO , A C O M P A N H A M E N TO E A V A LI A Ç Ã O D E R E C U R SO S H U M A N O S - G R U P O P R O M IN A S externo, subentende-se que, ou ela possui um “turnover” excessivo, ou ela não acredita em seu pessoal, por não mantê-lo capacitado, ou de- vido a uma grande expansão em seus negócios. Porém, nem sempre o recrutamento externo é menos favorável que o recrutamento interno. O recrutamento externo é preferencial no caso de auxiliares do nível mais baixo, operários não qualificados, funções raras e muito espe- cializadas, trainees de gerência. Já o recrutamento interno deve ser usa- do principalmente para buscar: chefes dos primeiros níveis de supervisão (chefes de seção, de grupo, líderes, subchefes, mestres, entre outros). As fontes externas de recrutamento podem ser: • Anúncios de emprego em jornais, revistas ou rádios; • Agências de emprego; • Recomendações dos funcionários; • Escolas e universidades; • Sindicatos e associações de classes; • Cartazes nos locais de maior tráfego; • Centros recrutadores; • Arquivo de propostas anteriormente preenchidas; e, • Contatos com outras organizações. As vantagens do recrutamento externo são: • Criação de novas ideias e melhoramentos; • Aumento do nível de conhecimento e habilidades não dispo- níveis na organização atual; e, • Reduz custos de desenvolvimento de pessoal, já que a pes- soa contratada do mercado já está teoricamente qualificada. As desvantagens do recrutamento externo são: • É mais caro; • A margem de erro é maior; • Maior tempo de adaptação; • Pode trazer atitudes que não estão de acordo com a cultura da organização; • Dificuldade de adequação entre empregado e organização (cultura, hábitos, entre outros), havendo a necessidade de um período maior de ajustamento; e, • Menor moral e comprometimento dos empregados antigos que se sentem desvalorizados no desempenho de suas funções e não se esforçam para melhorar sua performance. Recrutamento Misto Segundo Chiavenato(1995), uma empresa nunca faz um recruta- 26 P LA N E JA M E N TO , A C O M P A N H A M E N TO E A V A LI A Ç Ã O D E R E C U R SO S H U M A N O S - G R U P O P R O M IN A S mento interno sem fazer um recrutamento externo. Um sempre deve com- plementar o outro, pois quando um funcionário muda de posição, automati- camente um cargo ficará vago. O recrutamento misto pode ser adotado por três funções: inicialmente recrutamento externo seguido de recrutamento interno; inicialmente recrutamento interno seguido de recrutamento exter- no; e recrutamento externo e recrutamento interno, concomitantemente. Seleção A seleção abrange o conjunto de práticas e processos usados para escolher, dentre os candidatos disponíveis, aquele que parece ser o mais adequado para a vaga existente. Como mais adequado enten- de-se aquele que tem melhores condições de se ajustar à empresa e ao cargo e de conseguir um bom desempenho (LACOMBE, 2005). A seleção tem como objetivo escolher, entre os candidatos atraídos pelo recrutamento, aqueles que correspondem ao perfil do car- go desejado pela empresa, “visando a manter ou aumentar a eficiência e desempenho do pessoal” (CHIAVENATO, 1995). Em ambos os casos, recrutamento e seleção, é feita uma análi- se de aspectos profissionais e pessoais dos candidatos, tendo em vista a adequação ao cargo. Portanto, quando a seleção é bem feita, resul- tará em uma alta produtividade, retorno ao investimento despendido, ajudando a empresa cumprir seus planos e objetivos. No geral, o processo de seleção busca chegar a uma conclusão de análise de conhecimentos, habilidades, atitudes, personalidade e ou- tros fatores que estão ligados à adaptação na organização como sexo, porte físico, estatura, endereço, posse de um carro, idade, entre outros. Muitas organizações diferem em complexidade de seus siste- mas de seleção. Algumas fazem uma decisão estratégica para selecionar rapidamente e sem grandes custos e outras tomam uma decisão de es- colher a melhor pessoa possível, tendo um elaborado e, algumas vezes, custoso sistema de seleção. Portanto, o processo de seleção deve ser um critério personalizado de trabalho, variando de empresa para empresa. Em um contexto geral, o processo de seleção pode ser esque- matizado como segue-se abaixo: análise curricular, testes, entrevista, e verificação de referências. Análise Curricular Corresponde a uma das primeiras fases do processo de sele- 27 P LA N E JA M E N TO , A C O M P A N H A M E N TO E A V A LI A Ç Ã O D E R E C U R SO S H U M A N O S - G R U P O P R O M IN A S ção, e visa fazer uma pré-seleção dos candidatos, eliminando os que não tenham os pré-requisitos desejados pela organização. Após feita uma pré-seleção, faz-se uma análise cuidadosa do currículo de cada candidato para que as próximas fases sejam direcio- nadas sobre os conhecimentos, habilidades e atitudes de cada um. Testes Os testes são considerados como uma das mais importantes fases deste processo, já que eles definem quem serão os poucos candi- datos que irão para a fase final da seleção, que é a entrevista. Os tipos de testes utilizados podem ser: conhecimentos gerais e específicos; de idiomas; grafológicos; testes de habilidades mentais; prova de trabalho; teste de honestidade e integridade; e dinâmica de grupo. Entrevista Embora já tenhamos apresentado que a entrevista pode ser considerada como uma das mais importantes etapas de um processo de seleção, vale falar um pouco mais. Ela tem como finalidade obter informações pessoais e profissionais, além de esclarecer e aprofundar questões contidas nos formulários preenchidos (solicitação de empre- go) e no currículo. A entrevista constitui-se num momento adequado para verificar as experiências nos empregos anteriores, observar o tem- peramento, o interesse do candidato e seus aspectos pessoais relacio- nados com o cargo a ser preenchido, ou seja, comportamento durante a entrevista, higiene pessoal, vestuário, entre outros. Segundo Dessler (2003), a entrevista é de longe o procedi- mento mais amplamente usado no processo de seleção, pois o contato pessoal é uma das melhores formas de se extrair conclusões da pessoa que irá estar inserida no processo de trabalho da organização. Verificação de Referências Nesta etapa, procura-se obter informações profissionais e pes- soais, visando comprovar a veracidade dos dados fornecidos, e apro- fundar o nível de informações referentes ao desempenho profissional dos candidatos nos empregos anteriores. Podem ser levantadas atra- vés de contato telefônico, pessoalmente ou carta de referência. Além desses procedimentos, o candidato selecionado será 28 P LA N E JA M E N TO , A C O M P A N H A M E N TO E A V A LI A Ç Ã O D E R E C U R SO S H U M A N O S - G R U P O P R O M IN A S submetido ao exame físico, cuja finalidade é: cumprir a exigência legal; comprovar a sanidade física do candidato para o cargo; e comprovar o estado geral de saúde e eventuais doenças ou deficiências da pessoa. O exame físico traz as seguintes vantagens para a empresa: prevenir ausências por doença; reduzir possibilidades de acidentes; e obter maiores rendimentos. Nos níveis mais altos da organização deve-se procurar admitir sempre os melhores, considerando os seguintes pontos: • Habilidades para executar – capacidade analítica, ideias, educação e preparo são partes importantes na formação do líder, mas é também muito importante sua capacidade para implantar essas ideias, para fazer as coisas acontecerem. • Projeto de carreira – deve-se escolher considerando não só a posição que será imediatamente ocupada, mas também as perspec- tivas de carreira. • Orientação para a equipe – pessoas de alto nível e seguras admitem novas pessoas de bom nível, é essencial também saber traba- lhar em equipe. • Pessoas com experiências variadas tendem a ter mais proba- bilidade de êxito (BOSSIDY, 2001 apud LACOMBE, 2005). 29 P LA N E JA M E N TO , A C O M P A N H A M E N TO E A V A LI A Ç Ã O D E R E C U R SO S H U M A N O S - G R U P O P R O M IN A S Terminado o processo de seleção, a admissão do candidato esco- lhido começa com a comunicação do resultado e o pedido de apresentação dos documentos exigidos pela empresa e pela legislação. A maioria das empresas possui um formulário próprio em que são relacionados os docu- mentos que o novo empregado deve apresentar antes de sua admissão. É muito importante dar uma satisfação a todos que participa- ram do processo seletivo e não foram escolhidos, agradecer a partici- pação e comunicar que eventualmente podem ser chamados no futuro. Essa comunicação é uma questão de respeito pelas pessoas o que também contribui para a boa imagem da organização. É muito importante integrar o novo funcionário e para tanto deve ser informado a ele sobre os objetivos, as políticas, os benefícios, as normas, as práticas e os horários da empresa, bem como quem é quem, como funcionam os serviços de apoio, o que é permitido e o que ADMISSÃO P LA N E JA M E N TO , A C O M P A N H A M E N TO E A V A LI A Ç Ã O D E R E C U R SO S H U M A N O S - G R U P O P R O M IN A S 29 30 P LA N E JA M E N TO , A C O M P A N H A M E N TO E A V A LI A Ç Ã O D E R E C U R SO S H U M A N O S - G R U P O P R O M IN A S não é, que atitudes e comportamentos se esperam dele. Muitas empresas promovem treinamento de integração que podem durar meses ou apenas uma conversa de alguns minutos na unidade de registro e cadastro de pessoal, o que vai depender do nível do admitido. A socialização é outro ponto importante. Adaptá-lo aos novos colegas de trabalho, ao chefe, às práticas e cultura da empresa ajudam, dentre outras coisas, a reduzir a rotatividade de pessoal. Na página seguinte, encontra-se um modelo de fluxograma de Recrutamento,Seleção e Admissão. Fluxograma de Recrutamento, Seleção e Admissão 31 P LA N E JA M E N TO , A C O M P A N H A M E N TO E A V A LI A Ç Ã O D E R E C U R SO S H U M A N O S - G R U P O P R O M IN A S Fonte: Lacombe (2005, p. 97-8) Dentre os documentos essenciais para admissão temos: • Proposta de Empregos; • Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS); • Cédula de Identidade - RG; • Título de Eleitor; • Certificado de Reservista ou prova de alistamento no serviço militar (para candidato do sexo masculino e maiores de 18 anos); • Cadastro de Pessoa Física (CPF); • Atestado Médico de Capacitação Funcional; • Fotografias; • Carteira de Habilitação Profissional expedida por órgãos de clas- se: CRC (para admissão de contabilistas), OAB (para admissão de advo- gados), CREA (para admissão de engenheiros e arquitetos), entre outras; • Certidão de Casamento (se for casado); • Certidão de Nascimento dos filhos menores de 14 anos ou in- válidos de qualquer idade para os fins de pagamento do salário-família; • Cartão da Criança, de até 6 anos de idade, e comprovação semestral de frequência escolar à partir dos 7 anos de idade, para os fins de pagamento do salário-família; • Documento de Cadastramento do Trabalhador no PIS (DPIS) ou a correspondente anotação na CTPS (para evitar novo cadastramento); • Contribuição Sindical relativa ao exercício (se houver); • Atestado Liberatório para contratação de artistas (documento firmado pelo empregador anterior, declarando que o contrato que man- tinha com o artista foi extinto); • Atestado de Antecedentes Criminais (a critério exclusivo do empregador); • Declaração requerendo ou rejeitando o vale transporte. Documentos que Merecem Atenção do Empregador Atestado de Antecedentes Criminais 32 P LA N E JA M E N TO , A C O M P A N H A M E N TO E A V A LI A Ç Ã O D E R E C U R SO S H U M A N O S - G R U P O P R O M IN A S A legalidade da exigência do Atestado de Antecedentes Crimi- nais é discutível, uma vez que ele não figura entre os documentos de apresentação obrigatória e pode, ainda, gerar a presunção de tratamen- to discriminatório. A Lei 7.115/83 estabelece que a declaração de bons antecedentes, firmada pelo próprio interessado e sob as penas da lei, presume-se verdadeira. Atestado de Gravidez Esterilização É considerado crime a exigência de teste, exame, perícia, lau- do, atestado, declaração ou qualquer outro procedimento relativo à es- terilização ou atestado de gravidez. Experiência Superior a 6 meses A CLT, artigo 442-A, estabelece que para fins de contratação, o empregador não poderá exigir do candidato a emprego comprovação de experiência prévia por tempo superior a 6 meses no mesmo tipo de atividade. Proibição de Retenção de Documentos Nenhuma pessoa física ou jurídica poderá reter qualquer do- cumento de identificação pessoal, ainda que apresentado por fotocópia autenticada. Constitui contravenção penal, punível com pena de prisão simples de 1 a 3 meses ou multa, a retenção de qualquer documento (http://www.cmpcontabil.com.br/agosto2009_prat.html). Período de Experiência A legislação faculta aos empregadores contratar os emprega- dos por dois períodos de experiência, com prazo total não superior a noventa dias. Cumpre salientar que não são três meses, mas noventa dias corridos. Aprovado o empregado nos períodos de experiência, o contrato passa a vigorar por prazo indeterminado. A vantagem para a empresa desse período de experiência é que, caso o empregado não seja aprovado no prazo previsto, a incidên- cia de encargos sociais será menor. Não caberá pagamento de aviso prévio, nem férias proporcionais ou décimo terceiro proporcional. Em 33 P LA N E JA M E N TO , A C O M P A N H A M E N TO E A V A LI A Ç Ã O D E R E C U R SO S H U M A N O S - G R U P O P R O M IN A S compensação, caso a empresa rescinda o contrato de experiência an- tes do término, deverá pagar ao empregado a metade do valor que ele receberia até o final do prazo previsto. Assim, algumas empresas fazem um contrato de experiência de trinta dias, prorrogável por sessenta dias. Outras fazem um contrato de quarenta e cinco dias, prorrogável por mais 45 dias. Em qualquer caso, se o empregado não é aprovado, a tendência é esperar o término do contrato de experiência e não pror- rogá-lo, só rescindindo antes do prazo em casos excepcionais. Dessa forma, a empresa dispõe de noventa dias para avaliar se o novo empre- gado satisfaz às exigências da posição para a qual foi contratado. No término da cada contrato de experiência, é feita, pela chefia imediata, uma avaliação do empregado. As empresas possuem formulá- rios próprios para essa avaliação, que são enviados pela unidade de recur- sos humanos para os chefes imediatos com certa antecedência. Como são dois contratos de experiência para cada novo empregado, são feitas, em geral, duas avaliações nesse período de noventa dias (LACOMBE, 2005). 34 P LA N E JA M E N TO , A C O M P A N H A M E N TO E A V A LI A Ç Ã O D E R E C U R SO S H U M A N O S - G R U P O P R O M IN A S Um dos motivos para se realizar avaliações passa pela necessi- dade de verificar de que forma as pessoas satisfazem ao que se espera delas. Quando as empresas não possuem um programa formal de avalia- ção e precisam de uma informação sobre um empregado, procuram-na com seu chefe imediato e com pessoas confiáveis que o conhecem, e as- sim, obtém uma resposta. O empregado foi, então, avaliado, mas... terá sido bem avaliado? As respostas seriam confiáveis, objetivas? Estariam corretas? Será possível tomar decisões com base nesse tipo de avaliação? Se não tivermos outras fontes, não teremos alternativa senão aceitar as informações disponíveis. A única certeza que podemos ter é que a avaliação não terá sido objetiva, embora nenhuma avaliação seja 100% objetiva, havendo algum grau de subjetividade. Aqui entra a importância de um plano formal de avaliação o qual deve conduzir a avaliações menos subjetivas e menos distorcidas AVALIAÇÃO P LA N E JA M E N TO , A C O M P A N H A M E N TO E A V A LI A Ç Ã O D E R E C U R SO S H U M A N O S - G R U P O P R O M IN A S 34 35 P LA N E JA M E N TO , A C O M P A N H A M E N TO E A V A LI A Ç Ã O D E R E C U R SO S H U M A N O S - G R U P O P R O M IN A S do que as realizadas sem nenhuma estruturação. A formação e manutenção de uma equipe competente e mo- tivada é o maior ativo de uma organização, portanto, a redução das distorções inerentes a qualquer avaliação dará à administração informa- ções para saber a qualidade e motivação da equipe. Um sistema formal de avaliação, bem formulado e conduzido, será um instrumento útil para determinar se a organização dispõe ou não da equipe de que necessita. Além disso, o plano formal e estrutu- rado obriga a detectar as mudanças nas pessoas e sua adequação às necessidades da empresa. Como diz Lacombe (2005), a melhor maneira de reter o capital humano de qualidade, ao qual ele chama de “estrelas da empresa” é co- nhecer seu pessoal melhor do que eles mesmos se conhecem e então usar a informação para elaborar para eles a carreira ideal. Muitos profissionais de talento deixam as organizações porque os administradores superiores não compreendem a psicologia de satisfação no trabalho. Eles partem do pressuposto de que as pessoas que têm bom desempenho estão neces- sariamente satisfeitas com o trabalho. Parece lógico, mas nem sempre é verdadeiro. Elas continuam trabalhando na empresa se o trabalho estiver de acordo com os seus interesses de vida. Algumas pessoas querem di- nheiro, outras, desafio, e outras, ainda, prestígio e uma vida confortável. Erros e Distorções nas Avaliações Erros e distorções comprometem os resultados e conduzem a decisões erradas, sendo geralmentecausadas pelo vício de avaliação. Os mais comuns segundo Bergamini e Beraldo (1992, p. 51-4) são os seguintes: 1. Subjetivismo – atribuir ao avaliado, qualidade ou defeitos do próprio avaliador; ou avaliar em função de valores e objetivos pessoais que não coincidem com os valores, objetivos e interesses da organiza- ção. Incluem-se neste erro os preconceitos em relação a etnia, idade, sexo, dentre outros; 2. Unilateralidade – valorizar aspectos que o avaliador julga importantes, mas que não o são para a empresa ou para a posição que o avaliado ocupa; 3. Tendência central – não assumir valores extremos por medo de prejudicar os fracos e de assumir responsabilidades pelos que são avaliados como excelentes; 4. Efeito halo – julgar todas as características como um con- junto homogêneo, sem considerar as diferenças de cada item da ava- 36 P LA N E JA M E N TO , A C O M P A N H A M E N TO E A V A LI A Ç Ã O D E R E C U R SO S H U M A N O S - G R U P O P R O M IN A S liação, isto é, todos os itens da avaliação recebem o mesmo conceito, correspondente à impressão geral do avaliado; 5. Falta de memória – ater-se apenas aos últimos aconteci- mentos, omitindo fatos ocorridos há mais tempo, mas dentro do período de avaliação, também denominado recenticidade; 6. Supervalorização da avaliação – acreditar que um instru- mento de avaliação corrija os defeitos das pessoas. A avaliação é uma ferramenta, isto é, um método para se obter resultados ou informações para subsidiar decisões sobre as pessoas. A correção só ocorre com ações executivas; 7. Desvalorização da avaliação – acreditar que a avaliação não contribua em nada para aproveitar melhor os recursos humanos. Um bom sistema de informações sobre pessoas pode ser muito útil se for bem usado; 8. Falta de técnica – desconhecimento das técnicas de avalia- ção, julgando apenas por meio do bom senso e considerando importantes informações irrelevantes. Boa parte dos avaliadores não é formada em administração e nem recebeu treinamento para saber como deve avaliar; 9. Força do hábito – insensibilidade para apontar variações no avaliado como relação a ele mesmo em períodos anteriores. As pessoas que são rotuladas como boas os más tendem a se comportar de forma a justificar o rótulo que receberam. Deve-se evitar rotular qualquer pessoa; 10. Posições contrárias – interpretações errôneas da finalida- de da avaliação. A avaliação pode ter como objetivo melhorar o de- sempenho na atual função, ou fornecer informações para decisões da administração em relação ao avaliado. É preciso que o avaliador saiba exatamente a finalidade da avaliação que está fazendo. Características e Finalidades de um Sistema de Avaliação Um bom sistema de avaliação deve ser: • Confiável e válido – baseado em resultados obtidos; • Relacionado ao trabalho – considerar o que é relevante para o trabalho; • Padronizado – permitir comparações entre as avaliações; • Prático – simples de ser executado. Existem duas finalidades principais em qualquer plano de ava- liação de recursos humanos: a. Melhorar o desempenho da pessoa na posição atual; b. Proporcionar informações ao pessoal da administração superior para decisões sobre o aproveitamento e o encarreiramento dessa pessoa. 37 P LA N E JA M E N TO , A C O M P A N H A M E N TO E A V A LI A Ç Ã O D E R E C U R SO S H U M A N O S - G R U P O P R O M IN A S Esse plano de avaliação não tem vínculo com o plano de cargos e salários. Este último destina-se a obter uma boa administração sala- rial, com o fim de atrair, reter e motivar as pessoas; de obter coerência interna entre os salários e coerência externa com o mercado. O plano de avaliação de recursos humanos destina-se a avaliar o desempenho das pessoas para subsidiar decisões administrativas ou o potencial e as qualificações das pessoas para subsidiar decisões sobre promoções, treinamentos, reposicionamentos, demissões e encarreiramento. Ao se formular um plano de avaliação de recursos humanos, a primeira decisão a ser tomada é a finalidade do plano, será preciso priori- zar os objetivos, porque um plano cujo objetivo é melhorar o desempenho do empregado na posição atual, dificilmente será bom para proporcionar informações para decisões sobre o seu aproveitamento e encarreiramen- to e vice-versa. O plano deverá ser montado tendo em vista o seu objetivo principal e poderá proporcionar subsídios para a outra finalidade, mas certamente não será ótimo para o objetivo secundário. A Avaliação para o Funcionário Todo funcionário espera que a empresa, representada por seu gerente, se reúna com ele, num determinado dia durante o ano, e faça um balanço de seu desempenho durante o período. O funcionário tem interesse em saber como tem sido sua atua- ção, seu desempenho e sua contribuição, e o gerente não pode deixar de fazer isso. De preferência, a avaliação deve ser feita na data de ani- versário no cargo atual do funcionário. A avaliação de desempenho é o momento esperado pelo fun- cionário para que alguém fale de seu desempenho. Assim, o gerente deve citar as realizações e pontos positivos, mas também precisa esta- belecer desafios e identificar pontos a melhorar. Certamente, o funcionário se sentirá mais confiante e motivado. O desempenho do funcionário no trabalho deve ser acompa- nhado e avaliado, periodicamente. A empresa acompanha e registra como ele tem se saído em suas tarefas. Ao receber informações sobre a sua atuação, o funcionário pode efetuar as correções em seu desem- penho e, consequentemente, crescer no ambiente da organização. Premissas Estas são as premissas de um programa “avaliação de desem- 38 P LA N E JA M E N TO , A C O M P A N H A M E N TO E A V A LI A Ç Ã O D E R E C U R SO S H U M A N O S - G R U P O P R O M IN A S penho”: • Medir o desempenho real, e garantir que haja clareza quanto ao papel e responsabilidades do funcionário; • A empresa precisa estabelecer uma relação entre a avaliação de desempenho efetuada e o reconhecimento funcional ou salarial con- cedido. Assim, estabelece uma conexão, por exemplo, entre a promoção concedida e a avaliação de desempenho feita a respeito do funcionário; • É necessário apoio integral da Direção da empresa; • Tem de haver possibilidade de elevar o moral interno e melho- rar os resultados da organização. Passo a Passo Estes são os passos para a elaboração de um programa de avaliação de desempenho: • Ter sempre em mente os negócios da empresa; • Definir e conciliar as tarefas-chave: os objetivos, as priorida- des e os critérios de avaliação; • Estabelecer uma data para a avaliação e preparar o local da reunião; • Realizar a avaliação e agir, utilizando os instrumentos de re- cursos humanos – salário, treinamento, demissão, transferência, obje- tivo, entre outros; Os objetivos têm de ser específicos, quanto a produtos, pla- nos e projetos. Também devem ser objetivos realistas, alcançáveis e mensuráveis. E devemos enfocar os resultados realmente importantes, evitando a rotina. Além disso, o crescimento para o indivíduo deve ser um desa- fio permanente. Quanto aos objetivos, o que deve ser avaliado? • O atual desempenho, e não o potencial. • Resultados de um período, e não somente eventos recentes. • Resultados alcançados, e não conhecimentos e habilidades. • Resultados alcançados, e não progressos. 39 P LA N E JA M E N TO , A C O M P A N H A M E N TO E A V A LI A Ç Ã O D E R E C U R SO S H U M A N O S - G R U P O P R O M IN A S Tão importante quanto a admissão de funcionários é o seu desli- gamento, a percepção de que chegou o momento de demitir, pois as em- presas não podem conviver muito tempo com pessoas que produzem pou- co, sendo este um dos erros mais frequentes das organizações. Quanto mais tempo deixar na empresa uma pessoa que não produza acaba se tornando um elemento negativo que cria problemaspara a empresa. Aqui caímos mais uma vez na importância das pessoas para as empresas e concordamos, mesmo que seja uma colocação simplista, que o êxito de uma empresa depende de quem é admitido e de quem é demi- tido. Não só ter as pessoas certas, mas ter as pessoas certas nos lugares certos é muito importante para a sobrevida e sucesso da organização. Entretanto, a maneira como as demissões são decididas e comu- nicadas afeta o moral e a motivação dos que ficam, tanto quanto as deci- sões e a forma de comunicação sobre os admitidos (LACOMBE, 2005). DESLIGAMENTO P LA N E JA M E N TO , A C O M P A N H A M E N TO E A V A LI A Ç Ã O D E R E C U R SO S H U M A N O S - G R U P O P R O M IN A S 39 40 P LA N E JA M E N TO , A C O M P A N H A M E N TO E A V A LI A Ç Ã O D E R E C U R SO S H U M A N O S - G R U P O P R O M IN A S Nada de mentiras ou de omissões para nenhuma das partes é importante, porque não há dúvidas de que a verdade sempre aflora. A demissão de bons empregados é uma das tarefas mais ingratas dos administradores, especialmente quando se trata de um bom empregado que é demitido por motivos fora do seu controle. Segundo Dessler (2003), a demissão é um processo traumáti- co não só para quem é demitido, mas também, em muitos casos, para aquele que toma a decisão de demitir e a melhor maneira de lidar com uma demissão é procurar evitá-la. Muitas demissões começam com más contratações ou com promoções indevidas. A demissão de um funcionário não deve ficar ao arbítrio de uma só pessoa. Embora o chefe imediato tenha uma parcela importante nesse processo decisório, outras pessoas devem ser ouvidas e mesmo participar da decisão (LACOMBE, 2005; RIBEIRO, 2006). Sempre que uma empresa demite um empregado dedicado e leal, que está sendo dispensado por motivos alheios ao seu desem- penho, deve-se considerar uma das suas preocupações prioritárias os reflexos que essa decisão terá sobre os demais empregados que conti- nuarão na empresa. É preciso agir com educação e respeito ao informar um empre- gado sobre seu baixo desempenho ou sobre sua conduta incompatível com as normas da empresa. Nunca use de ameaças, evitando a todo custo expor a situação desse empregado aos demais funcionários. A finalidade de informá-lo sobre seu desempenho insuficiente ou conduta inadequada não é pro- vocar sua humilhação, mas sim, dar oportunidade para que ele melhore e reverta esta situação. Vale lembrar que ameaças ou humilhação do empregado são consideradas assédio moral pela Justiça do Trabalho, dando direito ao empregado receber reparação pelos danos sofridos. Outra dica importante é evitar divulgar para outros empregados ou terceiros (fornecedores ou clientes) da empresa a intenção de demitir um determinado empregado. Isto serve apenas para criar um ambiente de trabalho negativo, o que compromete a motivação e os resultados de todos os seus empregados (HERMANSON, 2010). As demissões tendem a causar grande impacto na autoestima e na segurança das pessoas. Com frequência, é uma experiência traumatizante. As demissões de pessoal sempre serão as decisões mais difí- ceis com que se defronta o líder, portanto, quando um bom empregado é demitido e a empresa não contrata uma recolocação, deve, pelo menos, preparar uma carta de recomendação que lhe facilite encontrar um novo emprego. Não se pode dar carta de recomendação a quem não teve 41 P LA N E JA M E N TO , A C O M P A N H A M E N TO E A V A LI A Ç Ã O D E R E C U R SO S H U M A N O S - G R U P O P R O M IN A S bom desempenho, pois a empresa está empenhando seu nome diante de outra, mas deve ser oferecida aos que o tiveram, dizendo sempre a verdade e salientando os aspectos positivos (LACOMBE, 2005). No quadro abaixo apresentamos uma comparação dos prejuízos causados pela demissão tanto para empregados quanto para empresa. Fonte: Ribeiro (2006) Ribeiro (2006) aponta alguns princípios a serem obedecidos por ocasião do desligamento de funcionários: • A demissão deve ser tratada caso a caso. No momento da dispensa, deve-se verificar a situação pessoal de cada um, a fim de evitar situações não humanitárias. Uma demissão pode desestruturar a pessoa, inviabilizando sua recolocação; • O demitido deve ter a oportunidade de falar. É um impulso natural querer desabafar, extravasar. A disposição para escutar, ouvir 42 P LA N E JA M E N TO , A C O M P A N H A M E N TO E A V A LI A Ç Ã O D E R E C U R SO S H U M A N O S - G R U P O P R O M IN A S queixas, dar explicações, para consolar e estimular a pessoa, é uma demonstração de consideração. No tópico Legislação trabalhista, falaremos sobre as implica- ções das demissões. 43 P LA N E JA M E N TO , A C O M P A N H A M E N TO E A V A LI A Ç Ã O D E R E C U R SO S H U M A N O S - G R U P O P R O M IN A S Segundo Ribeiro (2006), no Brasil, costuma-se dizer que o sa- lário é baixo, mas a mão-de-obra é cara porque o trabalho é onerado com impostos e taxas que fazem a despesa aumentar significativamen- te. Em geral, para cada um real pago de salário, a empresa ainda arca com um real de encargos ou benefícios, portanto, não é de se estranhar que nos momentos de crise, quando se pensa em reduzir custos, a pri- meira coisa a fazer é demitir pessoal. Encargo O encargo é uma obrigação ou responsabilidade de certo peso, representado por um imposto ou tributo. Para a empresa, o encargo deve ser pago sem discussão. Com LEGISLAÇÃO TRABALHISTA E PREVIDENCIÁRIA P LA N E JA M E N TO , A C O M P A N H A M E N TO E A V A LI A Ç Ã O D E R E C U R SO S H U M A N O S - G R U P O P R O M IN A S 43 44 P LA N E JA M E N TO , A C O M P A N H A M E N TO E A V A LI A Ç Ã O D E R E C U R SO S H U M A N O S - G R U P O P R O M IN A S relação ao salário, porém, tudo pode ser discutido. Se a reforma da legislação trabalhista eliminasse alguns encar- gos, isso não reduziria necessariamente o custo da mão-de-obra, pois os trabalhadores iriam reivindicar tais valores na negociação salarial (RIBEIRO, 2006). Salários e Encargos No Brasil, ao se falar em salários, obrigatoriamente temos de falar também em encargos, pois ao pagar os salários as empresas assumem, automaticamente, o compromisso de calcular e recolher para o Estado os chamados encargos sociais. Com relação a alguns encargos, como, por exemplo, a Previdência Social, reconhece-se sua importância e sua valida- de e não se discute. Mas existem alguns encargos, a exemplo do conheci- do “Sistema S” (SENAI, SENAC, SESI, SESC) que se discute se deveriam ou não ser eliminados. A existência dos encargos, embora necessária, aca- ba onerando a folha de salários e contribuindo para o desemprego ou para a redução dos salários nominais, conforme a ilustração abaixo: Fonte: Ribeiro (2006, p. 226) Quando a demissão ocorre de maneira tranquila e o empre- gado demitido é atendido com respeito pela empresa, dificilmente irá mover ações trabalhistas contra a organização. Antes de falarmos especificamente das implicações da legisla- ção, lembramos que: • O demitido deve ser incentivado a dar continuidade à sua car- reira. Os sentimentos de dever e de fidelidade para com a empresa, e 45 P LA N E JA M E N TO , A C O M P A N H A M E N TO E A V A LI A Ç Ã O D E R E C U R SO S H U M A N O S - G R U P O P R O M IN A S o conforto de um emprego seguro atrapalham a procura espontânea de um novo emprego. Quando o indivíduo é demitido, ele se sente perdido, não consegue resolver seu problema, tendo necessidade de orientação sobre que rumo tomar – e como fazê-lo; • Os demais funcionários devem ser comunicados. A demissão de um empregado é sempre uma ameaça para todos os outros, pois reaviva a ideia de que nenhum funcionário é intocável.Os que decidem as demis- sões também precisam se preocupar com as repercussões internas; • Conforme o caso, o público externo também deve ser comu- nicado. Às vezes, há necessidade de comunicação às outras empresas, aos órgãos públicos, à comunidade, à imprensa, entre outros, que, de alguma forma, podem ser afetados. Dispensas não esclarecidas costu- mam gerar boatos, reações, protestos, pressões, e devem ser avaliados com muito cuidado. • A demissão é um processo tão caro quanto recrutar e sele- cionar. Desse modo, antes de optar pela dispensa de um funcionário, devem ser esgotadas todas as opções possíveis para a superação do problema, tais como: - Avaliar novas oportunidades internas; - Dar nova chance para o funcionário que cometeu algum erro, ajudando-o a se recuperar; - Realizar uma reunião para avaliação de desempenho, a fim de dar informações sobre o desempenho do empregado a ser demitido; - Estimular o funcionário e cobrar esse desafio. Quando acontece a demissão, a organização deve fazer os pagamentos exigidos por lei ou convenções, quais sejam: • Aviso prévio. • Férias vencidas e proporcionais. • 13º salário. • Saldo de salários. • Multa do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) so- bre o total depositado durante o vínculo do funcionário com a companhia. • Adicionais. • Itens específicos de acordo laboral. • Outros pagamentos legalmente exigidos. Outras verbas: - FGTS – receber o total dos depósitos. - PIS – se aposentado, efetuar o saque das cotas. - Salário-desemprego. A critério da organização, poderão ser efetuado verbas extras, tais como: - Pagamento de gratificação ou indenização, de acordo com o 46 P LA N E JA M E N TO , A C O M P A N H A M E N TO E A V A LI A Ç Ã O D E R E C U R SO S H U M A N O S - G R U P O P R O M IN A S tempo de serviço; - Extensão de cobertura da assistência médica por determina- do período ou até o funcionário conseguir um novo emprego; - Contratação da empresa para recolocação de gerentes; - Pagamento de contribuição previdenciária, por determinado prazo, sob a forma de carnê de autônomo, para os empregados que es- tejam próximos da aposentadoria. A contribuição pode ser expressa em quantidades de salários mínimos, calculada com base no salário míni- mo em vigor do momento da demissão do empregado (RIBEIRO, 2006). A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) tem 754 artigos e mais de 1500 parágrafos. As duas principais leis sobre Previdência Social possuem, juntas, mais de 260 artigos, com 500 parágrafos. Há também, 4 leis complementares, 223 leis ordinárias, 14 decretos-leis ainda em vigor, e 96 decretos e mais: • 19 Portarias do Ministério da Previdência Social; • 8 Instruções Normativas do Ministério da Previdência Social; • 103 Portarias do Ministério do Trabalho; • 16 Instruções Normativas do Ministério do Trabalho; • 6 Normas de Serviço do Ministério do Trabalho; • 34 Tratados internacionais assinados pelo Brasil na OIT; • 3 Medidas Provisórias; • 332 Súmulas (ou enunciados) do TST (Tribunal Superior do Trabalho); • 75 Súmulas do STF (Supremo Tribunal Federal); • 63 Dispositivos (artigos, parágrafos, alíneas) na Constituição Federal de 1988, que afetam direta ou indiretamente a relação patrão/ empregado (quase do teor da Constituição Federal afeta a relação de trabalho, seja dispondo sobre contrato de trabalho, sobre sindicato, so- bre direitos sociais, sobre greve, entre outros); • 16 Regulamentos internos de Tribunais Regionais do Traba- lho (mais de 1.000 artigos); • 1 Regulamento do TST (123 artigos); • 6 Resoluções do TST; • 3 Instruções Normativas do TST. 47 P LA N E JA M E N TO , A C O M P A N H A M E N TO E A V A LI A Ç Ã O D E R E C U R SO S H U M A N O S - G R U P O P R O M IN A S Embora a Revolução Industrial tenha nos mostrado a força das máquinas e a nova era da informação e comunicação nos mostre o po- der das tecnologias da informática, sabemos que o capital humano é o maior bem que uma organização possui. As organizações são constituídas, a priori, por pessoas e de- pendem delas para atingir seus objetivos e cumprir suas missões. E para as pessoas, as organizações constituem meio através do qual elas podem alcançar vários objetivos pessoais, com um custo mínimo de tempo, de esforço e de conflito (CHIAVENATO, 2004, p. 5-6). Não há como negar que a satisfação do funcionário leva a um aumento de produtividade em qualquer tipo de organização que esteja atuando no mercado globalizado deste início de século XXI, bem como os índices de turnover, que significa uma alta rotatividade ou giro de entrada e saída de funcionários no trabalho, e absenteísmo (ausências TURNOVER E ABSENTEÍSMO P LA N E JA M E N TO , A C O M P A N H A M E N TO E A V A LI A Ç Ã O D E R E C U R SO S H U M A N O S - G R U P O P R O M IN A S 47 48 P LA N E JA M E N TO , A C O M P A N H A M E N TO E A V A LI A Ç Ã O D E R E C U R SO S H U M A N O S - G R U P O P R O M IN A S injustificadas no trabalho), são fatores que contribuem negativamente para o sucesso da empresa. Em relação à rotatividade de pessoal, esta onera a empresa porque a cada saída, segue-se a admissão de outro funcionário, levan- do a um alto custo de mão-de-obra e o absenteísmo, por conseguinte, reduz o tempo de trabalho, uma vez que acontecem muitas faltas injusti- ficadas ou que poderiam ser prevenidas, diminuindo, consequentemen- te, a produtividade da organização. Chiavenato (1995) define rotatividade de recursos humanos como a flutuação de pessoal entre uma organização e seu ambiente, ou seja, o intercâmbio de pessoas entre a organização e o ambiente é defi- nido pelo volume de pessoas que ingressam e que saem da organização. O mesmo autor expõe as situações de rotatividade e absen- teísmo como um problema que muito preocupa os executivos uma vez que, os desligamentos de pessoal precisam ser compensados com no- vas admissões para manter o nível de recursos humanos em propor- ções adequadas para a operação do sistema. Quanto ao absenteísmo, Ribeiro (2006) explica que existem as faltas consideradas legais e previstas na legislação, tais como fale- cimento de cônjuge, doação de sangue. Existem ainda as faltas volun- tárias, injustificadas, e, portanto, possíveis de serem descontadas, as quais acabam por ser permitidas com um limite estipulado mensalmen- te, como por exemplo, levar um filho ao médico, problemas de transpor- te e existem as faltas por doenças, protegidas por lei, mediante apre- sentação de atestado médico. Entretanto, as faltas no trabalho acabam trazendo despesas para a organização. É relevante que a organização desenvolva uma planilha para apurar os custos, não só com relação aos funcionários faltosos, mas também com relação aos gastos de substituição e aos encargos sociais incorridos (RIBEIRO, 2006, p. 242). Rotatividade Rotatividade de recursos humanos é um termo usado para de- finir a flutuação de pessoal entre uma organização e seu ambiente, ou seja, é o volume de pessoas que ingressam e saem de uma organização. Essa rotatividade pode acontecer positiva ou negativamente, ou seja, por exemplo, pode decorrer da insatisfação do funcionário. Desse modo, existem algumas ferramentas úteis que a administração de pessoal pode utilizar para conduzir um programa de satisfação do cliente e de produtividade da empresa. 49 P LA N E JA M E N TO , A C O M P A N H A M E N TO E A V A LI A Ç Ã O D E R E C U R SO S H U M A N O S - G R U P O P R O M IN A S A primeira ferramenta seria o índice de rotatividade de pessoal (turnover), que mede o giro de entradas e saídas de pessoal. A segunda é o índice de absenteísmo (ausências no trabalho) que mede a diminui- ção da carga total de horas de trabalho. Segundo Chiavenato (1995, p. 159) a organização, de um lado, “importa” recursos e energia do ambiente externo, na forma
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