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8 Matemática Cônicas: hipérbole Objetivos Definir características de uma hipérbole e descrevê-la por meio de uma equação. Além disso, distinguir os elementos e propriedades existentes nas hipérboles. Se liga Para esta aula, é importante conhecer o plano cartesiano e saber sobre geometria analítica (caso não seja direcionado, pesquise por "Plano Cartesiano" e “Noções de geometria analítica: paralelismo, perpendicularidade e distância de ponto à reta”, respectivamente, na biblioteca). Curiosidade Não é só no português que existe hipérbole, viu? Na matemática, a hipérbole é um tipo de seção cônica definida como a interseção entre uma superfície cônica circular regular e um plano que passa através das duas metades do cone, sem que este plano seja paralelo à linha oposta ao corte. Ela também está presente no cotidiano: por conta da sua propriedade refletora, as hipérboles são usadas em telescópios. Teoria Hipérbole Hipérbole é o lugar geométrico dos pontos P(x, y) de um plano, tal que a diferença (em módulo) de suas distâncias a dois pontos fixos F1 e F2 é constante (2a < 2c), com F1F2 = 2c. Elementos de uma hipérbole https://descomplica.com.br/cursos/todas-as-carreiras-semiextensivo-completo-2020-b/aulas/plano-cartesiano/videos/o-que-e-plano-cartesiano/ https://descomplica.com.br/cursos/enem-extensivo-2018/aulas/nocoes-de-geometria-analitica-paralelismo-perpendicularidade-e-distancia-de-ponto-a-reta/videos/introducao-a-geometria-analitica/ https://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%B3nica https://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%B3nica https://pt.wikipedia.org/wiki/Cone https://pt.wikipedia.org/wiki/Plano_(geometria) 8 Matemática Sejam: • F1, F2: focos. A distância entre os focos é igual a 2c, denomina-se distância focal; • O: centro da hipérbole. É o ponto médio do segmento F1F2; • Eixo real ou transverso: é o segmento A1A2 e cujo comprimento é 2ª; • Eixo imaginário ou conjugado: é o segmento B1B2 e cujo comprimento é 2b. Eixo de simetria coincide com o eixo x Sejam: • P(x, y) um ponto genérico da hipérbole; • F1(–c, 0); • F2(c, 0). Por definição: |d(P, F1) − d(P, F2)| = 2a |√(x + c)2 + (y − 0)2 − √(x + c)2 + (y − 0)2| = 2a x2 a2 − y2 b2 = 1 Considerando o centro O(x0, y0): (x − x0) 2 a2 − (y − y0) 2 b2 = 1 8 Matemática Eixo de simetria coincide com o eixo y O posicionamento da hipérbole no sistema cartesiano fornece: • F1(– c, 0); • F2(c, 0). De forma análoga, demonstra-se que, para um ponto P(x, y) pertencente à elipse, tem-se a equação: y2 a2 − x2 b2 = 1 Considerando o centro O(x0, y0): (y − y0) 2 a2 − (x − x0) 2 b2 = 1 Excentricidade da hipérbole A excentricidade da hipérbole é o quociente c a . 8 Matemática Exercícios de fixação 1. Determine a equação reduzida da hipérbole 9y2 − 16x2 − 144y − 224x − 352 = 0. a) (y−8)2 16 − (x+7)2 9 = 1. b) (y−8)2 4 − (x−7)2 9 = 1. c) (x−8)2 16 − (y−7)2 9 = 1. d) (y−8)2 16 − (x−7)2 9 = 1. 2. Identifique o valor de a em (y−4)2 16 − (x+8)2 9 = 1. 3. O centro da hipérbole de equação (x − 4)2 16 − (y + 8)2 9 = 1 é: a) (2, 5); b) (4, –8); c) (–8, 4); d) (5, 2). 4. As coordenadas dos focos da hipérbole (x−1)2 7 − (y−2)2 2 = 1 são: a) (–2,2) e (4,2); b) (–4,2) e (4,2); c) (–1,2) e (2,2); d) (2, –2) e (2,4). 5. A distância focal da hipérbole y 2 36 − x2 28 = 1 é: a) 12; b) 36; c) 14; d) 16. 8 Matemática Exercícios de vestibulares 1. O fisiologista inglês Archibald Vivian Hill propôs, em seus estudos, que a velocidade v de contração de um músculo ao ser submetido a um peso p é dada pela equação (p + a)(v + b) = K, com a, b e K constantes. Um fisioterapeuta, com o intuito de maximizar o efeito benéfico dos exercícios que recomendaria a um de seus pacientes, quis estudar essa equação e a classificou desta forma: Tipo de curva Semirreta oblíqua Semirreta horizontal Ramo de parábola Arco de circunferência Ramo de hipérbole O fisioterapeuta analisou a dependência entre v e p na equação de Hill e a classificou de acordo com sua representação geométrica no plano cartesiano, utilizando o par de coordenadas (p ∙ v). Admita que K > 0. O gráfico da equação que o fisioterapeuta utilizou para maximizar o efeito dos exercícios é do tipo a) semirreta oblíqua. b) semirreta horizontal. c) ramo de parábola. d) arco de circunferência. e) ramo de hipérbole. 2. A representação no sistema cartesiano ortogonal da equação 9x2 − y2 = 36x + 8y − 11 é dada por a) duas retas concorrentes. b) uma circunferência. c) uma elipse. d) uma parábola. e) uma hipérbole. 8 Matemática 3. As equações x2 − 9y2 − 6x − 18y − 9 = 0, x2 + y2 − 2x + 4y + 1 = 0 e − 4x − 4y + 8 = 0 representam, respectivamente, uma: a) hipérbole, uma elipse e uma parábola; b) hipérbole, uma circunferência e uma reta; c) hipérbole, uma circunferência e uma parábola; d) elipse, uma circunferência e uma parábola; e) elipse, uma circunferência e uma reta. 4. Qual é a equação da hipérbole, tal que os vértices do eixo real sejam A1(–2,0) e A2(2, 0) e a hipérbole seja equilátera? a) x² 4 − y² 4 = 1. b) x² 4 − y² 1 = 1. c) x² 1 − y² 4 = 1. d) y² 4 − x² 4 = 1. e) x² 2 − y² 2 = 1. 8 Matemática 5. A catedral de Brasília foi projetada pelo arquiteto Oscar Niemeyer. Sua estrutura se destaca pela beleza e pela forma, um hiperboloide de rotação. A figura abaixo destaca os principais elementos da hipérbole associada à forma da catedral, e é possível perceber que ela tem como base um círculo de diâmetro d. Suponha que a equação dessa hipérbole seja x² 225 − y² 400 = 1 e que a medida do diâmetro tenha 10 metros a mais que a distância focal. Dessa maneira, o valor de d, em metros, é a) 40. b) 50. c) 60. d) 70. e) 80. 8 Matemática 6. Considere a hipérbole de equação y = 1 x mostrada na figura abaixo: Quais são os pontos de interseção entre a hipérbole e a reta de equação y – 2 = x + 2? a) (−2 + √5, 2 + √5) e (−2 − √5, 2 − √5). b) (−2 + 2√5, 2 + 2√5) e (−2 − √5, 2 − √5). c) (−2 + √5, 2 + √5) e (−2 − 2√5, 2 − 2√5). d) (−2 + 2√5, 2 + 2√5)e (−2 − 2√5, 2 − 2√5). e) (−√5 + 2, −√5 − 2) e (√5 + 2, √5 − 2). 7. Um aluno desenhou, em um plano cartesiano, duas cônicas (elipse ou hipérbole): uma de excentricidade 0,8 e outra de excentricidade 2,4, tendo ambas como foco o par de pontos (–12, 0) e (12, 0) . Qual alternativa está ERRADA? a) A cônica de excentricidade 0,8 é uma hipérbole. b) A cônica de excentricidade 2,4 passa pelo ponto (5, 0). c) As cônicas descritas possuem quatro pontos em comum. d) x² 225 + y² 81 = 1 é uma equação para a cônica de excentricidade 0,8. e) A cônica de excentricidade 0,8 passa pelo ponto (0, 9). 8 Matemática 8. Qual é a equação de uma hipérbole de focos F1(−10, 0), F2(10, 0) e excentricidade 5 3 ? a) 16x2 − 9y2 = 576. b) 11x2 − 9y2 = 1. c) 16x2 − 7y2 = 576. d) 11x2 − 7y2 = 1. e) 9x2 − 7y2 = 576. 9. Sabendo que 9y2 − 16x2 − 144y − 224x − 352 = 0 é a equação de uma hipérbole, calcule a distância focal. a) 10. b) 11. c) 12. d) 13. e) 14. 10. Os vértices imaginários da hipérbole de equação abaixo são: (x − 1)² 4 − (y − 1)² = 1 a) (2, 1) e (2, 3); b) (2, 0) e (2, 2); c) (2, 0) e (1, 2); d) (1, 1) e (1, 2); e) (1, 0) e (1, 2); Sua específica é exatas e quer continuar treinando esse conteúdo? Clique aqui para fazer uma listaextra de exercícios. https://dex.descomplica.com.br/enem/matematica/exercicios-conicas-hiperbole 8 Matemática Gabaritos Exercícios de fixação 1. A Temos 9y2 − 16x2 − 144y − 224x − 352 = 0. Organizando, obtemos: 9y2 − 144y − 16x2 − 224x − 352 = 0 9(y2 − 16y) − 16(x2 + 14x) = 352 Somando e subtraindo 49 e 64, temos: 9(y2 − 16y + 64 − 64) − 16(x2 + 14x + 49 − 49) = 352 9(y − 8)2 − 576 − 16(x + 7)2 + 784 = 352 9(y − 8)2 − 16(x + 7)2 = 352 − 208 9(y − 8)2 − 16(x + 7)2 = 144 Dividindo todo mundo por 144, temos: 9(y − 8)2 144 − 16(x + 7)2 144 = 144 144 (y − 8)2 16 − (x + 7)2 9 = 1 2. Temos que a equação da hipérbole dada é do tipo (y−y0) 2 a2 − (x−x0) 2 b2 = 1 Portanto em: (y − 4)2 16 − (x + 8)2 9 = 1 temos que o valor de a será: (y − 4)2 42 − (x + 8)2 32 = 1 a = 4 3. B Em (x−4)2 16 − (y+8)2 9 = 1 O centro será (4, −8) 4. A O eixo real da hipérbole é horizontal, portanto o centro da hipérbole é (1, 2). As coordenadas do foco são dadas por F1(xc − c, yc) e F2(xc + c, yc). Também temos que a 2 = 7 e b2 = 2; então, pelo teorema de Pitágoras, temos c2 = b2 + a2 → c2 = 7 + 2 → c2 = 9 → c = 3. Portanto F1(1 − 3, 2) e F2(1 + 3, 2) → F1(−2, 2) e F2(4, 2). 5. D Temos que, em y2 36 − x2 28 = 1, a2 = 36 e b2 = 28, então c2 = a2 + b2 → c2 = 36 + 28 → c2 = 64 → c = 8 Portanto, a distância focal será 2c = 2 ∙ 8 = 16 8 Matemática Exercícios de vestibulares 1. E Como v é a velocidade de contração de músculo ao ser submetido a um peso p, temos v ≥ 0 e p ≥ 0. Assim, da equação (p + a) ∙ (v + b) = K, com a, b e K constantes, vem: pv + pb + av + ab + ab = K ⇒ v ∙ (p + a) = K − pb − ab ⇒ v ∙ (p + a) = K − b ∙ (p + a) v = K p + a – b, que é um ramo de hipérbole. 2. E Completando os quadrados, obtemos 9x2 − y2 = 36x + 8y − 11 9x2 − y2 − 36x − 8y = −11 9(x2 − 4x) − (y2 + 8y) = −11 Somando e subtraindo 4 e 16, para completar quadrados, temos 9(x2 − 4x + 4 − 4) − (y2 + 8y + 16 − 16) = −11 9[(x − 2)2 − 4] − [(y + 4)2 − 16] = −11 9(x − 2)2 − 36 − (y + 4)2 + 16 = −11 9(x − 2)2 − (y + 4)2 = −11 − 16 + 36 9(x − 2)2 − (y + 4)2 = 9 (x − 2)2 12 − (y + 4)2 32 = 1 Que é a equação de uma hipérbole com eixo real paralelo ao eixo x. 3. B 1) A primeira equação é de uma hipérbole, pois o termo de y² possui sinal negativo. x2 − 9y2 − 6x − 18y − 9 = 0 x2 − 6x − 9(y2 + 2y + 1) = 0 Somando e subtraindo 9, temos: x2 − 6x + 9 − 9 − 9(y2 + 2y + 1) = 0 (x − 3)2 − 9(x + 1)2 = 9 (x − 3)2 32 − (x + 1)2 12 = 1 2) A segunda equação é de uma circunferência, já que os coeficientes dos termos x² e y² é o mesmo. x2 + y2 − 2x + 4y + 1 = 0 x2 − 2x + 1 + y2 + 4y = 0 Somando e subtraindo 4, temos: (x − 1)2 + y2 + 4y + 4 − 4 = 0 (x − 1)2 + (y + 2)2 = 4 (x − 1)2 22 + (y + 2)2 22 = 1 3) A terceira equação é uma reta, uma vez que não apresenta termos ao quadrado. 8 Matemática 4. A Sabemos que a distância entre os vértices equivale a 2a. Assim, temos: { 2a = 2 − (−2) = 4 ⇒ a = 2 b = a = 2 ⇒ x² 4 − y² 4 = 1 Temos que a = b, pois a hipérbole é equilátera. 5. C Desde que c2 = 225 + 400, vem c = 25. Logo temos d = 2 ∙ 25 + 10 = 60 m. 6. A { y = 1 x y − 2 = x + 2 → y = x + 4 Temos: x + 4 = 1 x x2 + 4x = 1 x2 + 4x − 1 = 0 Por Bhaskara, achamos as raízes: x = −2 + √5 ou x = −2 − √5 Para x = −2 + √5, temos: y = 1 −2 + √5 Racionalizando, temos: y = 1 −2 + √5 ∙ (−2 − √5) (−2 − √5) = 2 + √5 Para x = −2 − √5, temos: y = 1 −2 − √5 Racionalizando, temos: y = 1 −2 − √5 ∙ (−2 + √5) (−2 + √5) = 2 − √5 Portanto os pontos de intersecção são: (−2 + √5, 2 + √5) e (−2 − √5, 2 − √5) 8 Matemática 7. A Elipse (excentricidade 0 < e < 1) 12 a = 0,8 → a = 15 (semieixo maior) e b (semieixo menor) = 9 12 a = 2,4 → a = 5 (semieixo real) a) Falsa. A elipse é que possui excentricidade entre 0 e 1. b) Verdadeira. (5, 0) é um dos vértices da elipse. c) Verdadeira. Observar na figura. d) Verdadeira, pois x2 152 + y2 92 = 1 → x2 225 + y2 81 = 1. e) Verdadeira, pois o semieixo menor da elipse mede 9. 8. A Temos que c = 10, então: 5 3 = 10 a → a = 6 Logo: 102 = 62 + b2 → b = 8 Portanto a equação da hipérbole será dada por: x2 62 − y2 82 = 1 → 16x2 − 9y2 = 576 8 Matemática 9. A Achando a equação geral de 9y2 − 16x2 − 144y − 224x − 352 = 0, temos 9y2 − 144y − 16x2 − 224x − 352 = 0 9(y2 − 16y) − 16(x2 + 14x) = 352 Somando e subtraindo 49 e 64, temos 9(y2 − 16y + 64 − 64) − 16(x2 + 14x + 49 − 49) = 352 9(y − 8)2 − 576 − 16(x + 7)2 + 784 = 352 9(y − 8)2 − 16(x + 7)2 = 352 − 208 9(y − 8)2 − 16(x + 7)2 = 144 Dividindo todo mundo por 144, temos 9(y − 8)2 144 − 16(x + 7)2 144 = 144 144 (y − 8)2 16 − (x + 7)2 9 = 1 Como a2 = 16 e b2 = 9, temos c2 = a2 + b2 → c2 = 16 + 9 → c2 = 25 → c = 5 A distância focal é calculada por 2c = 2 ∙ 5 = 10 10. E O primeiro passo é identificar as informações contidas na equação da hipérbole: O centro é (1, 1); a = 2 e b = 1. Com as informações acima, podemos desenhar a seguinte hipérbole: Nela, é possível observar que os eixos imaginários B1 e B2 são, respectivamente, (1, 2) e (1, 0).
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