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Mini-voleibol como estratégia de iniciação esportiva para crianças
Adriângela de Almeida Soares¹
Débora Cruz dos Reis ¹
Caio Peres¹
Guilherme Vidoto²
	
1. INTRODUÇÃO
Atualmente o voleibol está entre os esportes mais populares em todo o mundo, sendo que 85% dos atletas de equipes adultas no mundo vêm de categorias básicas (infanto juvenil e juvenil) e, particularmente, nas divisões básicas do voleibol, o Brasil é o maior vencedor de títulos mundiais (CANFIELD, 1998). Desta maneira, é de fundamental importância que, para seu desenvolvimento futuro, de um grande número de crianças, em todos os países, sejam levadas a praticá-lo o mais cedo possível, sendo que esta possibilidade pode ser fomentada pelo mini-voleibol. 
Ao contrário das outras modalidades, o voleibol apresenta uma série de dificuldades motoras, como velocidade, destreza, habilidade de salto e reflexos, além de exigir também atenção e raciocínio rápido para organizar as jogadas, características estas que podem desestimular muitas crianças se estas só começarem a jogar depois dos 14 anos. O mini-voleibol é um método simples e adaptado às necessidades das crianças de 08 a 14 anos, para a aprendizagem do voleibol, jogado por duas equipes compostas por menos de 6 jogadores em cada time, resultante de reflexões didáticas onde as ações complexas se reduzem a situações de jogos simplificadas, correspondentes ao estado de desenvolvimento dos jogadores (GOTSCH, 1983). 
As vantagens da prática deste esporte pela criança podem ser distinguidas no plano físico, intelectual ou cognitivo e moral ou afetivo (CASSIGNOL, 1978; SINGER & DICK, 1980). Sobre o plano da psicomotricidade, o vôlei desenvolve a destreza, a coordenação, a capacidade de reação, a velocidade e o domínio sobre si mesmo. Neste plano os comportamentos podem ser caracterizados pelo verbo fazer. O aspecto intelectual ou cognitivo abrange as habilidades intelectuais do aluno, assim como seu conhecimento e sua capacidade de demonstrar esse conhecimento.
Ressalta-se ainda que a idade de 8 a 12 anos é a melhor idade para aprender, fase em que a criança consegue exercer domínio sobre seu corpo, possuindo um interesse muito grande em aprender e fazer, em buscar o novo. O bom aproveitamento desta fase implicará na formação de uma base física/motora de ótima constituição, sobre a qual se dará, nas fases futuras de treinamento, um aperfeiçoamento de caráter altamente eficaz (WEINECK, 1991).   Desta maneira, a prática de esporte é uma etapa muito importante para a criança, tanto nos aspectos emocionais como físicos, principalmente nas fases de pré-adolescência e adolescência onde ela está começando a se socializar e querer pertencer a um grupo, assim como esta é uma fase que o esporte de impacto auxiliará no fortalecimento dos ossos.
Neste último aspecto o mini-voleibol é um esporte extremamente atraente para a maioria das meninas, que são propensas a evitar esportes de impacto e apresentam maior propensão para a osteoporose na fase adulta (FEHLING et al., 1995).
Além de aspectos psicossociais, emocionais e traumáticos, causados por uma cobrança exagerada, incidentes como: a seletividade precoce e busca de resultados positivos a qualquer custo e cobranças (às vezes exigidas também pelos pais) podem ser causar sérios danos às crianças e até repulsa e abandono do esporte. Esta é uma preocupação que o professor sempre deve ter, fazendo que a prática do esporte seja espontânea para a criança, assim como estar atento a qualquer mudança negativa no comportamento de seus alunos. O professor deve deixar claro que eles não têm a obrigação de tornarem-se campeões ou que terão que jogar somente voleibol pelo resto da vida. O objetivo central do esporte deve primar sempre pela socialização para que as crianças tornem-se cidadãos saudáveis.
Neste sentido, o objetivo deste estudo foi apontar as vantagens para o esporte lúdico, especificamente o mini-voleibol, bem como introduzir fundamentos do mini-voleibol em grupo de crianças e adolescentes entre 08 a 14 anos.
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Primeiro, é necessário familiarizar a criança com a bola, a quadra e a rede, ensinando as posturas [footnoteRef:0]básicas e movimentação na quadra; segurando, arremessando e rolando diferentes tipos de bolas (vôlei, basquete, futebol), praticando diferentes tipos de pequenos jogos para desenvolver qualidades físicas, como velocidade, agilidade, força e reação. [0: ] 
No mini-voleibol todos os três jogadores são atacantes, levantadores e defensores, possibilitando dessa forma a experiência prática em várias funções, fugindo, assim, da especialização por funções precocemente. São ensinados os primeiros princípios táticos, como formação inicial, movimentos de acordo com as situações de jogo, cooperação com o colega, observação do oponente e posicionamento na quadra. Contínuo desenvolvimento da preparação física básica, através de movimentos rápidos na direção da bola.
A prática do mini-voleibol como atividade de cooperação e de integração, pode desenvolver a superação coletiva frente às dificuldades encontradas numa competição educacional, aprimorando o trabalho em equipe com atividades técnicas do voleibol.
Neste item estão apresentadas as etapas em ordem cronológica das estratégias utilizadas para o método de ensino do mini-voleibol, dentro de uma proposta pedagógica. Este método foi subdividido em 5 etapas, as quais podem ser visualizadas na Tabela 1. 
As manifestações esportivas podem ser distinguidas por duas vertentes: uma forma lúdica, onde o jogar é o elemento fundamental de filiação e realização, e uma forma universalmente mais elaborada, sofisticada, discriminativa, onde se sobressaem os expoentes, os campeões. (CANFIELD, 1998)
Segundo SANCHES (2014):
É aqui que a criança irá se familiarizar com a bola, local para a prática do voleibol, fundamentos, posturas básicas e diferentes tipos de pequenos jogos que desenvolverá qualidades físicas necessárias para a velocidade, agilidade, força. A prática do minivoleibol não é para a formação de atletas campeões, mas que bom seria que isso acontecesse, ou que terão que praticar essa modalidade para sempre, mas essa prática deve ser principalmente a de socialização como fator de motivação para que esses alunos se tornem pessoas com hábitos saudáveis e aprendam um esporte. (SANCHES, 2014)
Tani (1988) diz que todos os movimentos fazem parte do domínio, sendo que em muitos estudos o domínio motor é mencionado como psicomotor, em função do grande envolvimento do aspecto mental ou cognitivo na maioria dos movimentos (TANI, 1988).
3. MATERIAIS E MÉTODOS
No mini-voleibol todos os três jogadores são atacantes, levantadores e defensores, possibilitando dessa forma a experiência prática em várias funções, fugindo, assim, da especialização por funções precocemente.
Trata-se de um estudo de caráter descritivo da introdução dos fundamentos do minivoleibol em um grupo de crianças e adolescentes entre 08 a 14 anos.
Dentre algumas das propostas metodológicas analisadas é possível dividi-las em duas fases. Sendo elas:
FASE 01 - Introdução do saque tipo tênis e do ataque para melhoria do sistema ofensivo. Melhora da manchete para a recepção de saque e da defesa para melhoria do sistema defensivo. Introdução e prática frequente do mini-voleibol 3x3, utilizando regras apropriadas, sistema básico e táticas de ataque e defesa.
FASE 02 - Introdução do bloqueio e melhoria dos fundamentos e habilidades técnicas e táticas. Ensino de diferentes variações de ataque e melhoria do levantamento e das habilidades de defesa como: queda, rolamento e mergulho.
Estruturação e formação da equipe e de sistemas básicos de ataque e defesa são introduzidos com a transição para o mini-voleibol 4x4.
Dessa forma a transição para o voleibol normal ocorrerá quando todos os elementos básicos estiverem disponíveis depois de aprendidas as três etapas iniciais do mini-voleibol.
Foram utilizados para este projeto de pesquisa artigos indexados nas principais bases de dados disponíveis, foram pesquisados os autorese seus trabalhos que descrevem sobre aprendizagem e metodologias do mini-voleibol e voleibol.
	 
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Baseado na literatura revisada chegou-se à conclusão de que o método de ensino do Mini-Voleibol pode contribuir muito na iniciação ao voleibol, ele possibilita às crianças mais contato com a bola e por mais tempo, gera interesse e satisfação, dessa forma aumenta a motivação pela prática e a capacidade de entendimento do jogo. O Mini-Voleibol é motivante, devido a sua adaptação do voleibol tradicional, pois as crianças conseguem executar os fundamentos do voleibol com mais facilidade. Com o aumento da motivação na prática do Mini-Voleibol, acarreta uma melhor aprendizagem, a criança está sempre em contato com bola, motivada a participar do jogo.
Levando em consideração que Mini-Voleibol é um esporte motivante, os professores podem trabalhar com os conceitos de inclusão, socialização e desenvolvimento das crianças e adolescentes que praticam o esporte em si. Os professores que utilizam a metodologia do Mini-Voleibol conseguem desenvolver o trabalho em grupo, unindo os alunos mais fortes e mais fracos. Desta forma contribuem satisfatoriamente para no processo de aprendizagem dos iniciantes no mini-voleibol.
O Mini-Voleibol é uma metodologia moderna e eficiente, onde tem o objetivo principal desenvolver o prazer de jogar. Pode ser jogado em diversos lugares, necessita de um pequeno espaço, uma corda que funciona como rede e algumas bolas que se adequem as crianças praticantes. Pode-se criar competições de Mini-Voleibol para estímulo das crianças e também é uma forma de socialização. Com base nas informações adquiridas e relatadas pode-se concluir que a prática do mini-voleibol para crianças de 8 a 14 anos contribui largamente para o aprimoramento dos fundamentos básicos do voleibol, visto que, a partir dos 8 anos de idade as crianças começam a tomar gosto por jogos coletivos e aperfeiçoar um número crescente de atividades que as habilitarão a fazer parte em esportes e jogos adultos o mini-voleibol é uma ponte de ligação ao voleibol, apresentando como um eficiente método que pode ser considerado como o mais adequado e mais indicado para um processo voltado à iniciação do voleibol, tendo em vista que apresenta todos os requisitos necessários para um trabalho de qualidade e de futuro promissor, desde que seja aplicado sob uma metodologia correta. Pôde-se constatar também que após os 10 anos de idade, meninos e meninas apresentam nítidas diferenças motoras, principalmente no que diz respeito à força e resistência muscular, evidenciando a necessidade de separá-los nos jogos coletivos após esta idade.
Entretanto, tem se observado que o número de atletas e alunos que passam ou já passaram pelo mini-voleibol até chegarem ao voleibol propriamente dito é muito baixo, mesmo considerando o aumento do número de praticantes da modalidade, bem como as conquistas a nível internacional. Este fato vem ocorrendo possivelmente devido, principalmente, à falta de motivação dos alunos e ao desconhecimento por parte dos professores de metodologias adequadas. Esta realidade precisa ser alterada para que o fomento do esporte auxilie na formação de crianças e jovens saudáveis e dispostos a praticar o voleibol com qualidade. 
5. CONCLUSÃO
O minivoleibol estimula o domínio de bola, tornando mais flexível às situações de jogo, com regras menos rígidas e adaptadas às capacidades momentâneas das crianças, trazendo uma pequena sobrecarga física e mental. Além da sua importância pedagógica, o jogo propicia a capacidade de desenvolver o interesse pelo esporte e levar as crianças a descobrir e apreciar este tipo de jogo por toda vida. Assim, entendemos que seria interessante utilizar estratégias como valorização dos profissionais que nele atuam, criação de competições,seguindo um planejamento prévio, escolinhas que utilizem mini voleibol como método de inserção para as crianças, entre outras. Estas medidas podem ser importantes aliadas para a maior prática do mini voleibol, contribuindo consequentemente, para o surgimento de novos valores para o esporte.
De acordo com as informações adquiridas e relatadas neste trabalho foi possível chegar a conclusão que a prática do mini-voleibol para crianças de 8 a 14 anos é benéfica e contribui eficientemente para o aprimoramento dos fundamentos básicos do voleibol, principalmente no que tange às habilidades motoras, proporcionando desta forma um melhor funcionamento dos sistemas neuromusculares e psicomotor bem como contribuindo para a aceleração do processo de amadurecimento das habilidades ligadas ao voleibol. Pôde-se analisar também que meninos e meninas após os 10 anos de idade apresentam nítidas diferenças motoras, principalmente no que diz respeito à força e resistência muscular, evidenciando a necessidade de separá-los nos jogos coletivos após esta idade.
Esclarecemos que a prática do mini voleibol pode ser um instrumento de inclusão de atletas ao alto rendimento, encerra se ressaltando a importância da prática como instrumento de apresentação e disseminação do esporte para as crianças e jovens.
Concluiu-se que dentro das fases do desenvolvimento motor infantil e no processo de iniciação esportiva, esta ferramenta de ensino se encaixa perfeitamente nos padrões estabelecidos.
Referências Bibliográficas
· CANFIELD, J.; REIS, C. Aprendizagem motora no voleibol. Rio de Janeiro: JTC, 1998. 
· CASSIGNOL, R. Las cinco etapas del voleibol. Buenos Aires: Kapelusz, 1978. 
· COSTA, Felipe Rodrigues da; PAOLI, Próspero Brum; DA SILVA, Cristiano Diniz. A importância dos jogos adaptados na iniciação aos esportes coletivos. EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 12, N° 117, 2008. http://www.efdeportes.com/efd117/jogos-adaptados-na-iniciacao-aos-esportes-coletivos.htm
· FEHLING, P.C.; ALEKEL, L.; CLASEY, J.; RECTOR, A.; STILLMAN, R. J. A comparison of bone mineral densities among female athlets in impact loading and active loading sports. Bone, v. 17, n. 3, p. 205-210, 1995 
· GOTSCH, W. Minivoleibol. Argentina: Editorial Stadium, 1983.
· SANCHES, W. R. Minivoleibol uma estratégia para iniciação no voleibol: métodos técnicos e práticos. Disponível em: http://repositório.roca .utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/4491/1/MD_EDUMTE_2014_2_121.pdf. Acesso em 03 de junho de 2021.
· TANI, G.; MANOEL, E. J.; KOKOBUN, E.; PROENÇA, J. E. Educação Física Escolar: Fundamentos de uma abordagem desenvolvimentista. São Paulo: E.P.U, 1988. 
· https://www.efdeportes.com/efd110/mini-voley01.gif
· WEINECK, J. Biologia do esporte. São Paulo: Manole, 1991.
1 Adriângela de Almeida Soares/ Débora Cruz dos Reis/ Caio Peres
2 Guilherme Vidoto
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI - Bacharel Educação Física (BEF0730) – Prática do Módulo V - 06/07/22
1 Adriângela de Almeida Soares/ Débora Cruz dos Reis/ Caio Peres
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Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI - Bacharel Educação Física (BEF0730) – Prática do Módulo V - 06/07/22

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