Buscar

MT1-Problema3

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Anne Karolyne Morato – P4 
 
Tutoria 
 
Conhecer os tipos de cânceres 
pulmonares (patogênese, 
histopatológica e prognostico): 
Introdução: 
→ Tumores centrais: 
 Localizados próximos a região hilar. 
 Exemplo: carcinoma de pequenas 
células e carcinoma epidermoide. 
→ Tumores periféricos: 
 Lesões que se localizam longe dos 
brônquios principais, ou seja, se 
localizam mais próximo a pleura. 
 Exemplo: adenocarcinoma e 
carcinoma de células não pequenas. 
→ Há 2 principais tipos de câncer de 
pulmão: 
 CPCP – câncer de pulmão de células 
pequenas. 
• Característica a apresentação de 
metástase no momento do 
diagnostico, não podendo ser 
curado por meio de cirurgia. 
 CPCNP – câncer de pulmão de 
células não pequenas. 
• Inclui os adenocarcinomas, 
carcinoma de células escamosas 
e carcinoma de grandes células. 
• Caracterizados por uma grande 
propensão ao tratamento 
cirúrgico por não responderem 
bem a quimioterapia. 
• Entretanto, com o avanço das 
técnicas terapêuticas, os CPCNP 
são mais bem classificados com 
base em seu tipo histológico e 
características moleculares. 
→ Em alguns casos pode ocorrer a 
combinação de diferentes tipos 
histológicos em um mesmo paciente. 
→ O prognostico geralmente está 
associado ao nível de estadiamento. 
 
Carcinoma de não pequenas 
células: 
→ O subtipo desse câncer depende da 
célula da qual se originou: 
ADENOCARCINOMA: 
→ Começam nas células que revestem os 
alvéolos e produzem substancias como 
muco. 
→ Tumor maligno, bastante invasivo, que 
conta com diferenciação glandular ou de 
produção de mucina por suas células. 
→ É o mais comum tipo de câncer de 
pulmão em mulheres e em pacientes 
fumantes, ex-fumantes e não fumantes. 
→ Em geral, tem o crescimento lento e 
tamanho diminuído em comparação 
com outros tipos tumorais, mas tendem 
a sofrer metástase ainda nos estágios 
iniciais de desenvolvimento. Pode ocorrer 
em disseminação para o cérebro (com 
maior frequência), para os ossos, fígado 
e para as adrenais. 
 
 
Anne Karolyne Morato – P4 
 
→ Síndromes paraneoplásicas e endócrinas 
são menos comuns que em carcinoma 
de pequenas células. 
→ Histologicamente, são lesões firmes e 
brancacentas, com padrões de 
crescimento variável. 
→ Subtipos: 
 Acinar; 
• Estruturas glandulares com 
formação de lúmen; glândulas 
redondas/ovais invadindo o 
estroma (geralmente fibroso). 
 Papilar; 
• Crescimento longo de eixo 
fibroconjuntivo; células 
cuboidais/colunares malignas 
substituem o revestimento 
alveolar; contem núcleos 
fibrovasculares. 
 Micropapilar; 
• Arranjo papilar sem eixo 
fibroconjuntivo; projeção/tufagem 
mal definida sem núcleos 
fibrovasculare; 
• PIOR PROGNÓSTICO. 
 Sólido; 
• Arranjo sólido com positividades 
para marcadores de pneumócitos 
a IH; camadas de células 
neoplásicas. 
• PIOR PROGNÓSTICO. 
 Lepídico; 
• Proliferação na parede alveolar; 
pouca complexidade 
arquitetônica; sem invasão 
linfovascular ou perineural. 
 Mucinoso; 
• VARIANTE. 
• Mucina intracitoplasmática. 
• Anteriormente chamada 
bronquioalveolar mucinosa; 
• Tende a se espalhar pelos 
espaços aéreos, formando 
tumores satélites. Podem surgir 
como nódulos solitários ou 
múltiplos, ou comprometer um 
lobo inteiro. 
→ Marcadores moleculares do 
adenocarcinoma: 
 Mutações de EGFR – detectadas 
entre 10 e 20%, sendo mais 
frequente em não fumantes. 
 Rearranjos dos genes ALK – 
detectados em 3 a 7%, mais 
frequente em não fumantes. 
 Mutações dos genes KRAS – 
ocorrem em 30%, sendo mais 
comum em fumantes. 
 Mutação do TP53 – encontrado em 
30 a 40%, mais comum em 
fumantes. 
CARCINOMA ESPINOCELULAR: 
→ Também conhecido como carcinoma de 
células escamosas ou carcinoma 
epidermoide. 
→ É um tumor epitelial maligno do pulmão 
(começa nas células epidermoides, que 
se caracterizam por serem planas e 
revestem o interior das vias aéreas), 
com evidencia de diferenciação 
escamosa, associado ao sexo masculino 
e ao histórico de tabagismo. 
Anne Karolyne Morato – P4 
 
→ Tem uma progressão sequencial das 
lesões bem caracterizadas, que avançam 
de acordo com o acúmulo de alterações 
patogênicas, sendo frequentemente 
precedidos por metaplasia escamosa, ou 
displasia do epitélio brônquico, em 
seguida transformado em carcinoma in 
situ (fase que pode durar vários anos), e, 
finalmente, aparece o carcinoma de 
células escamosas invasivo. A partir 
desse momento o tumor pode seguir 
vários caminhos: 
 Causar obstrução brônquica, 
inflamação do tecido peribrônquico, 
atingindo a carina ou o mediastino, 
podendo haver também a formação 
de massa intraparenquimatosa, 
empurrando a substancia pulmonar a 
sua frente. 
→ Se apresenta como tecido branco-
acinzentado, firme e endurecido de 
tamanho variável. 
→ Quando há tumores volumosos, focos 
de hemorragia e necrose podem 
produzir um pontilhado vermelho ou 
amarelo-esbranquiçado, esses grandes 
tumores também podem apresentar 
necrose central, originando cavitações. 
→ Histologicamente, as células apresentam 
queratinização e/ou pontes intercelulares. 
→ Tem localização majoritariamente 
central, atingindo os brônquios principais, 
contudo, a incidência do carcinoma 
epidermoide na periferia pulmonar está 
aumentando. 
 
CARCINOMA DE GRANDES CÉLULAS 
(INDIFERENCIADO): 
→ Conhecido também como carcinoma 
neuroendócrino de grandes células. 
→ Corresponde a cerca de 10% das 
neoplasias pulmonares, sendo o tipo 
histológico menos comum. 
→ Histologicamente são pouco 
diferenciadas, suas células possuem 
muito citoplasma e núcleos grandes. 
→ Pode aparecer em qualquer parte do 
pulmão e tende a crescer e se 
disseminar rapidamente, o que pode 
tornar o tratamento mais difícil. 
→ O crescimento desse tumor é rápido, 
muito semelhando ao câncer de pulmão 
de pequenas células. 
OUTROS SUBTIPOS: 
→ Carcinoma adenoescamoso; 
→ Carcinoma sarcomatoide. 
 
Carcinomas de pequenas células: 
→ Esse tipo tende a crescer e se 
disseminar mais rápido que o câncer de 
pulmão de não pequenas células. É 
frequentemente diagnosticado já na 
forma de doença metastática (75%). 
→ É considerado o PIOR prognóstico, pois 
é inoperável mesmo em tumores 
pequenos. Ele tende a responder bem a 
quimioterapia e radioterapia. No entanto, 
a maioria dos pacientes terá 
reaparecimento da doença em algum 
momento. 
Anne Karolyne Morato – P4 
 
→ É o mais agressivo dentre as neoplasias 
pulmonares, sendo um tumor 
indiferenciado. 
→ A patogênese desta neoplasia possuo 
uma intima relação com a elevada carga 
tabágica (consumo de cigarros por 
dia/ano) e é rara em pacientes não 
tabagistas e em jovens. 
→ Histologicamente, possui celulas 
pequenas e azuis de citoplasma 
praticamente ausente e núcleo muito 
hipercromático. 
→ Do ponto de vista radiológico, apresenta 
grandes massas mediastinais e 
metástases a distância, ocorrendo mais 
frequentemente em ossos, fígado, 
pulmão, adrenal e SNC. 
→ É muito comum manifestar-se 
clinicamente através de síndromes 
paraneoplásicas, já que esse tumor 
indiferenciado é na verdade uma massa 
de células que sintetizam grande 
quantidade de hormônios. 
 
Patogênese (Tratado de 
Oncologia): 
→ O câncer se desenvolve a partir da 
ativação e inativação de genes chaves, 
essenciais no controle de vias 
regulatórias, tais como de transdução de 
sinais, de ciclo celular, de reparo de DNA 
e de apoptose. 
→ No câncer de pulmão, alterações 
genéticas e hipergenéticas concorrem 
na sua patogênese, afetando a função 
de proto-oncogenes e de genes 
supressores tumorais. 
 Proto-oncogenes – são genes que 
normalmente ajudam as células a 
crescer. Quando ele sofre mutação 
ele se torna um gene “ruim” 
(oncogene), que pode ficar 
permanentemente ligado ou ativado 
quando não deveria. Quando isso 
acontece, a célula cresce fora de 
controle, o que pode levar ao câncer. 
Geralmenteos oncogenes são 
ativados por: 
• Rearranjos cromossômicos – 
alterações nos cromossomos que 
colocam um gene ao lado de 
outro, o que permite que um 
ative o outro. 
• Duplicação – ter copias extras de 
um gene, pode fazer com que 
se produza maior quantidade de 
determinada proteína. 
 Genes supressores de tumor – são 
genes normais que retardam a 
divisão celular, reparam erros do 
DNA ou indicam quando as células 
deveriam entrar em apoptose. 
Quando eles não funcionam 
corretamente, as células podem se 
desenvolver fora de controle, o que 
pode levar ao câncer. A maioria das 
mutações de genes supressores do 
tumor é adquirida, não herdada. Por 
exemplo, anormalidades do gene 
TP53 (que codifica a proteína P53) 
foram encontradas em mais da 
metade dos canceres humanos. 
Anne Karolyne Morato – P4 
 
→ Esses eventos desenvolvem-se de 
forma progressiva e em múltiplos 
estágios. 
→ Além da sua importância na patogênese 
do câncer de pulmão, as alterações 
moleculares podem também determinar 
a capacidade de invasão, formação de 
metástases e resistência ao tratamento 
antineoplásico. 
→ As células de câncer de pulmão 
tipicamente apresentam instabilidade 
cromossômica (alterações nos números 
de cromossomos ou anormalidades 
estruturais). Esses tipos de alterações 
ocorrem, por exemplo, em regiões 
onde se localiza o gene TP53. 
→ Por outro lado, aumento do número de 
copias genéticas ou amplificações são 
fenômenos capazes de alterar a 
expressão de proto-oncogeneses como 
EGFR e MYC. 
→ Várias alterações genéticas são 
conhecidas no desenvolvimento do 
câncer de pulmão, entre elas, mutações 
ativadoras ou amplificações de proto-
oncogenes tais como BRAF, EGFR, 
ERBB2, KRAS, NRAS, PIK3CA e família 
MYC. 
→ Por outro lado, mutações inativadoras, 
deleções ou hipermetilação de regiões 
promotoras podem afetar a função dos 
genes supressores tumorais como LKB1, 
BRG1, MYC, PTEN, P16, RB e TP53. 
→ A presença dessas alterações esta 
correlacionada com os subtipos 
histológicos de câncer de pulmão, bem 
como o habito de fumar. 
→ Os dois proto-oncogenes mais 
frequentemente mutados em 
carcinomas pulmonares são EGFR em 10 
a 30% e KRAS (que é a isoforma mais 
encontrada do oncogene RAS) em 
cerca de 20% dos tumores. 
→ A atividade da via EGFR é desencadeada 
através da atuação de vários ligantes 
(exemplo, EGF, TGF-α, e outros). O 
efeito observado é a ativação de 
cascatas de sinalização (como a via de 
MAPK, PI3K) e de outros transdutores 
de sinais e fatores de transcrição, 
responsáveis por proliferação celular, 
invasão e metástases. 
→ A maioria das mutações especificas de 
EGFR ocorre entre os éxons 
(sequencias de bases transcritas e 
traduzidas) 18 e 21, sendo as mais 
características a substituição de leucina 
por arginina na posição 858 do éxon 21 
(L858R) e deleção no éxon 19. 
→ As mutações causam ativação típica da 
atividade de tirosina-quinase de EGRF 
por desestabilizar sua conformação de 
autoinbição, que é normalmente mantida 
na ausência de estimulo por um ligante. 
 
 
Anne Karolyne Morato – P4 
 
→ Os genes supressores tumorais CDKN2 
e RB (retinoblastoma) estão envolvidos 
no controle do ciclo celular e estão 
comumente inativos no CPNPC e no 
CPPC, respectivamente. RB se localiza na 
região cromossomial 13p14 e codifica 
uma fosfoproteína que, em sua forma 
ativa, é essencial na regulação da 
transição G1/S no ciclo celular. 
→ Mutações de perda de função estão 
presentes em até 90% dos casos de 
CPPC, e em 15 a 30% dos CPNPC. Por 
outro lado, CDKN2 codifica p16, uma 
quinase dependente de ciclina (família 
CDK), que inibe a atividade dos 
complexos CDK4 ou 6/ciclina D e 
CDK2/ciclina E. Essa inibição resulta no 
bloqueio da fosforilação de RB, portanto, 
levando à inibição do ciclo celular. 
 
Patogênese (Sanar): 
→ As neoplasias pulmonares estão 
intimamente relacionadas com o 
tabagismo, ocorrendo pelo acúmulo 
progressivo de mutações patogênicas, 
que transformam células progenitoras 
pulmonares em células neoplásicas. 
→ A sequencia de alterações moleculares 
inclui a inativação dos genes supressores 
de tumores (localizados no braço curto 
do cromossomo 30), mutações no TP53 
(gene que codifica a proteína P53) ou a 
ativação do oncogene KRAS, entre 
outras. 
→ A identificação de alterações genéticas 
abre uma porta para a terapia 
personalizada para neoplasia pulmonar, 
no qual suas características genéticas 
nortearão a seleção de drogas. 
→ As alterações epiteliais iniciam com 
hiperplasia das células basais, metaplasia 
escamosa, progredindo para displasia 
escamosa e carcinoma in situ até atingir 
o estágio de câncer invasivo. 
→ O câncer de pulmão em não fumantes, 
ocorrem com maior prevalência em 
mulheres e a maioria é de 
adenocarcinomas. Apresentam alta 
ocorrência de mutações em EGFR, e 
quase nunca tem mutações KRAS, as 
mutações TP53 não são incomuns, mas 
ocorrem com menos frequência do que 
em canceres relacionados ao uso de 
tabaco. 
 
Entender os exames laboratoriais 
e quadro clinico (baqueteamento 
digital, caquexia e sintomas): 
Exames laboratoriais: 
→ A bioquímica sanguínea nos pacientes 
com câncer de pulmão de células não 
pequenas deve incluir hemograma, 
coagulograma, TGO/TGP/Bilirrubinas 
(fígado), cálcio iônico/fosforo (osso). 
→ Caso a bioquímica de fígado ou óssea 
esteja alterada, deve-se realizar ultra-
sonografia de abdome ou cintilografia 
óssea, respectivamente, 
ndependentemente do estádio precoce 
ou avançado. 
→ Nível de cálcio: 
 Níveis normais = de 8,8 a 10,4 mg/dL. 
Anne Karolyne Morato – P4 
 
 Níveis do paciente do caso clinico = 
14,3 mg/dL (elevado, hipercalcemia). 
 As células no câncer de pulmão 
podem secretar grande quantidade 
de uma proteína, tal como o 
hormônio da paratireoide aumenta os 
níveis de cálcio no sangue. Esses 
efeitos, chamados de hipercalcemia 
humoral maligna, são considerados 
como uma síndrome paraneoplásica. 
 O cálcio também pode ser liberado 
no sangue quando o câncer se 
dissemina ate o osso (metástase) e 
destrói as células ósseas. 
→ Concentração de fósforo: 
 Níveis normais = de 2,5 a 4,5 mg/dL. 
 Níveis do paciente do caso clinico = 
2,4 mg/dL (baixo, hipofosfatemia). 
 Pode ser causada por alcoolismo, 
queimaduras, inanição e uso de 
diuréticos. Considerada também uma 
síndrome paraneoplásica. 
→ Nível de albumina: 
 Níveis normais = de 3,5 a 5,2 g/dL. 
 Níveis do paciente do caso clinico = 
3,9 g/dL. 
 
Quadro clinico: 
→ A história clinica no paciente com câncer 
de pulmão pode revelar sintomas 
inespecíficos (emagrecimento), de 
invasão local e de metástase a distância. 
→ O curso clínico dessa patologia inclui: 
 Tosse; 
 Rouquidão; 
 Falta de ar; 
 Hemoptise; 
 Dor torácica; 
 Perda de peso. 
→ A tosse crônica e expectoração 
apontam para tumores localizados e 
ressecáveis, entretanto existem alguns 
sinais que alertam para um prognostico 
mais sombrio, podendo-se citar: 
 Rouquidão; 
 Dor/pressão torácica; 
 Síndrome da veia cava superior; 
 Derrame pericárdio; 
 Atelectasia segmentar persistente; 
 Pneumonia. 
 
Baqueteamento digital: 
→ Descrito também como hipocratismo 
digital associado à doença pulmonar 
incapacitante, provavelmente enfisema 
pulmonar (por Hipócrates). A partir dessa 
apresentação, vem sendo descrito 
associado a varias doenças, entre elas, as 
neoplasias malignas pulmonares. 
→ O baqueteamento digital caracteriza-se 
pelo aumento do diâmetro das falanges 
distais e alterações das unhas. 
→ Acredita-se que ocorra vasodilatação das 
veias das pontas dos dedos, aumentando 
a pressão hidroestática nos capilares 
que, por sua vez, promove 
movimentação do fluido para dentro do 
interstício, resultando no aumento das 
partes moles. 
→ É a síndrome paraneoplásica mais 
comum dos tumores broncogênicos. 
Pode estar associada commais de duas 
Anne Karolyne Morato – P4 
 
paraneoplásias extremamente raras, a 
síndrome de Cushing e a síndrome de 
Eaton-Lambert. 
→ Entre os tipos histológicos, o 
adenocarcinoma é o mais frequente 
associado, apresentando o 
baqueteamento como manifestação 
inicial de neoplasia broncogênica rara. 
 
Caquexia: 
→ É uma síndrome multifatorial que ocorre 
entre 50 a 80% dos pacientes com 
câncer avançado. 
→ Caracteriza-se por perda de tecido 
adiposo e muscular, associado a proesso 
inflamatório sistêmico e consequente 
redução de massa corpórea. 
→ Essas alterações metabólicas levam a 
perda da funcionalidade e diminuição da 
qualidade de vida. 
 
Entender como é realizado o 
diagnóstico do câncer de pulmão: 
Rastreamento: 
→ Entre os possíveis riscos de 
rastreamento, destaca-se a possibilidade 
de resultados falsos-negativos em 
função da alta prevalência de 
tuberculose no Brasil, gerando imagens 
radiológicas que criam dificuldades no 
diagnostico diferencial. 
→ Além disso, resultados falso-negativos, 
resultarão em nova tomografia 
computadorizada (TC), biópsia para 
descartar o câncer, podendo levar a 
complicações, achados incidentais, além 
da possibilidade do sobrediagnóstico 
(canceres que não causariam danos a 
vida). 
→ Pacientes submetidos ao rastreamento 
com TC de baixa dose tem nódulos 
pulmonares não calcificados detectados 
em cerca de 15 a 20% dos casos. No 
entanto, apenas 1 em cada 20 nódulos 
detectados é realmente câncer de 
pulmão. 
→ Até o momento, não há uma 
recomendação oficial do INCA sobre a 
modalidade de rastreamento. 
→ A Força Tarefa de Serviços Preventivos 
dos Estados Unidos recomenda o 
rastreamento anual com TC de baixa 
dose em indivíduos de alto risco, com 
idade entre 50 e 80 anos e história de 
tabagismo com carga tabágica de 20 
maços por ano, que atualmente fumam 
ou que pararam nos últimos 15 anos. 
 
Definição do diagnostico: 
→ É realizado um exame de imagem 
(radiografia de tórax) + um exame 
histopatológico (biópsia) para definir qual 
o tipo e guiar na escolha do melhor 
tratamento. 
1. Biópsia transtorácica: 
− Guiada por TC, é inserida uma 
agulha e feita a biópsia do nódulo, é 
indicada para nódulos periféricos. 
2 Broncospcopia: 
− Após a sedação, há indrodução do 
broncoscópio pelas vias aéreas e a 
Anne Karolyne Morato – P4 
 
biópsia por visualização direta da 
lesão. 
− Ideal para lesões centrais e hilares 
(broncoscópio não atinge os 
brônquios periféricos). 
→ Citologia de escarro ou do liquido pleural: 
 Método menos invasivo. 
 Em pacientes com tosse produtiva, 
as amostras do escarro obtidos ao 
despertar podem conter altas 
concentrações de células malignas, 
mas o rendimento desse método é 
de <50% como um todo. O liquido 
pleural é outra fonte conveniente de 
células. 
 
Exames para pesquisa de 
metástases à distância: 
→ TC de tórax, abdômen e pelve. 
→ Ressonância magnética (RM) de crânio, 
especialmente em caso de sintomas 
neurológicos ou alterações ao exame 
clinico. 
→ PET-CT, exame com maior sensibilidade 
para detectar metástases, indicado em 
casos que seja necessário excluir 
pequenos focos de doença metastática, 
quando o paciente sera submetido a 
alguma modalidade de tratamento local 
com intuito curativo, como cirurgia 
radical. 
→ Cintilografia óssea, pode ser útil no 
vigência de sintomas ósseos e se for 
detectada elevação de fosfatase alcalina 
(vai indicar obstrução do fluxo biliar).. 
 
Apontar os tratamentos para o 
câncer de pulmão: 
Carcinoma pulmonar de pequenas 
células: 
→ Em qualquer estagio costuma ser 
responsivo ao tratamento no início, mas 
geralmente as respostas são de curta 
duração. 
→ Administra-se quimioterapia, com ou 
sem radioterapia, em função do estado 
da doença. 
→ Em geral, a cirurgia não tem qualquer 
papel no tratamento desse tipo de 
câncer, embora possa ser curativa nos 
raros pacientes que tenham tumor 
pequeno, focal e sem metástase. 
 
Carcinoma pulmonar de não 
pequenas células: 
→ Normalmente envolve a avaliação da 
elegibilidade para a cirurgia, seguida pela 
opção por cirurgia, quimioterapia, 
radioterapia, ou uma combinação de 
modalidades conforme apropriado 
dependendo do tipo de estágio do 
tumor. 
→ Cirurgia: 
 Retirada do tumor com uma margem 
de segurança, além da remoção dos 
linfonodos próximos ao pulmão e 
localizados no mediastino. 
 É necessário o estadiamento pré-
operatório (nesses casos está 
indicado o Pet-Scan – PET-CT) para 
Anne Karolyne Morato – P4 
 
excluir metástase e evitar uma 
intervenção cirúrgica desnecessária. 
→ Lobectomia: 
 Cirurgia de escolha para o 
tratamento de câncer de pulmão. 
 Retira-se todo o lobo pulmonar 
(grupo de segmentos), onde o 
tumor está situado. 
 É mais adequado por remover toda 
a doença de forma anatômica. 
→ Pneumectomia: 
 É a retirada de um pulmão inteiro. 
 A indicação é limitada e restrita. 
 Procedimento com maior morbidade 
e não tolerado por alguns pacientes. 
→ Quimioterapia: 
 Pode ser usada como terapia 
neoadjuvante, ou seja, para redução 
do tumor e para posteriormente 
realizar a remoção cirúrgica. 
 O carcinoma de pequenas células 
responde muito bem a quimioterapia. 
→ Radioterapia: 
 Também pode ser usada como 
terapia adjuvante para redução 
tumoral ou após a cirurgia para 
destruir as células tumorais 
persistentes, já que possui efeito 
regional, limitada a região escolhida. 
 
Relatar como as substancias 
químicas do cigarro contribuem 
para o câncer pulmonar: 
→ Cerca de 90% dos tipos pulmonares 
ocorrem em fumantes ativos ou que 
pararam com o habito recentemente, 
havendo uma relação quase linear entre 
o risco aumentado de câncer e a 
duração e intensidade (numero de 
cigarros por dia) do tabagismo, 
diminuindo progressivamente após 
interrupção. 
→ Os fumantes passivos tem cerca de 
duas vezes mais chances de 
desenvolverem câncer de pulmão do 
que não fumantes. 
→ Sabe-se que nem todos os indivíduos 
fumantes desenvolvem neoplasia no 
trato pulmonar, podendo haver 
condicionamentos hereditários aos 
efeitos de substancias carcinogênicas. No 
entanto, neoplasias em não fumantes 
representam cerca de 25% dos casos 
de câncer pulmonar, tendo maior 
prevalência o adenocarcinoma. 
→ Os tipos histológicos com maior 
associação a exposição ao tabaco são 
carcinoma epidermoide e carcinoma de 
pequenas células. 
→ Ocorrem em canceres de pequenas 
células. 
→ O tabaco contem cerca de 60 
substancias cancerígenas. A grande 
maioria pertence a 3 grupos: 
 Hidrocarbonetos aromáticos 
policíclicos; 
 Aminas aromáticas; 
 Nitrosaminas. 
→ A nicotina não é uma substancia que 
causa diretamente o câncer. Entretanto, 
a nicotina participa da carcinogênese por 
atuar como intermediaria de 
macromoléculas pela sua nitrosação 
Anne Karolyne Morato – P4 
 
(ligações entre grupos nitrosos e 
moléculas orgânicas, produzindo como 
resultado as nitrosaminas – compostos 
químicos cancerígenos produzidos a 
partir de nitritos e aminas) especificas do 
tabaco. 
→ Por outro lado, na sua metabolização no 
fígado, pode se formar um subproduto, 
que participa da síntese de substancias 
cancerígenas. Recentemente, estudos 
evidenciam que a nicotina possui 
propriedade de angiogênese (formação 
de novos vasos), que favorece a 
proliferação das células cancerosas. 
→ As nitrosaminas derivadas da nicotina 
formam-se durante o procedimento da 
cura do tabaco, consequentemente, são 
encontradas na fumaça. São 4 as 
principais nitrosaminas do tabaco: 
 NNK2, NNN, NAT, NAB. 
• A NNK2 possui o maior potencial 
cancerígeno. 
• A NNK2 e a NNN se encontram 
em maior porpoção na fumaça 
ao redor da ponta do cigarro, o 
que contribui com a poluição da 
atmosfera ambiental e o mais 
relevante, constituem importantes 
agentes cancerígenos para os 
fumantes passivos. 
→ A nitrosação acontecedurante a cura 
do tabaco e no ato de fumar, 
entretanto, existem evidencias de sua 
formação endógena no organismo. 
Nesse sentido, por algumas reações 
químicas da nicotina no fígado, podem 
se formar percursores cancerígenos no 
pulmão. 
→ Por outro lado, a propriedade 
angiogênica da nicotina favorece o 
desenvolvimento do câncer no meio da 
proliferação e amplificação da rede de 
vasos para nutrir as células cancerosas. 
Ou seja, propicia a multiplicação mais 
rápida das células neoplásicas e sua 
disseminação. 
→ Nos tabagistas, uma forma pela qual o 
tabaco desencadeia o câncer do pulmão, 
seria a interação da nicotina com os 
receptores de nicotina sobre as celulas 
epiteliais e as celulas que no futuro 
serão cancerosas. Além disso, a nicotina 
provoca dependência física e psíquica, o 
que faz com que o tabagista fume cada 
vez mais e, com isso, introduza no 
organismo substancias cancerígenas, 
além das nitrosaminas. Cada tragada de 
fumaça do cigarro introduz no 
organismo 4 trilhões de radicais livres. 
 
 
 
 
 
Anne Karolyne Morato – P4 
 
→ A exposição constante a fumaça do 
tabaco pode sobrecarregar os 
mecanismos de reparo do DNA e 
desencadear alterações genéticas que 
interrompem o crescimento e a 
regulação celular normal, ocasionando o 
câncer. 
→ Entre as substâncias que contribuem 
para o risco de câncer pela inalação da 
fumaça do tabaco estão: 
 Nicotina, alcatrão, amônia, óxido de 
nitrogênio (NOx), nitrosaminas (NNK, 
NNN, NAT), HCN (cianeto de 
hidrogênio), PAH e metais tóxicos 
como chumbo, arsênico, berílio, 
cádmio, cromo e níquel. 
 Embora mais recentemente a 
nicotina não esteja sendo colocada 
no rol de substâncias cancerígenas 
presentes no cigarro. 
→ Após sua ativação, o NNK interfere em 
diferentes vias de sinalização envolvidas 
com o crescimento e a diferenciação, 
resultando em proliferação celular 
descontrolada e tumorigênese. 
 
Relacionar as síndromes 
paraneoplásicas com o câncer de 
pulmão: 
Síndromes paraneoplásicas: 
→ É uma síndrome endócrina que ocorre 
juntamente com as neoplasias, seja pela 
produção hormonal ou pela compressão 
gerada pelo crescimento do tumor. 
→ São sintomas que ocorrem em locais 
distantes de um tumor ou de sua 
metástase. 
→ Síndrome de Horner: 
 Sintomas – ptose palpebral, miose, 
anidrose, enoftalmia. 
 Sintomas causados em decorrência 
da compressão pelo tumor do 
tronco simpático. 
→ Síndrome de Pancoast: 
 Sintomas – dor no ombro 
homolateral a lesão tumoral e paresia. 
 Causados pelo tumor no sulco 
superior que comprime o plexo 
braquial (C7-T11). 
 Pode ocorrer simultaneamente com 
a síndrome de Horner. 
 É causada principalmente pelo 
carcinoma broncogênico. 
→ Síndrome da Veia Cava Superior (VCS): 
 Sintomas – edemas em faces e 
membros superiores, turgência 
jugular, dispneia que se agrava 
quando paciente se deita ou se 
inclina (ortopneia), sensação de 
aumento do volume da cabeça. 
 Sintomas causados pelo crescimento 
do tumor que leva a 
obstrução/compressão do fluxo 
sanguíneo na VCS. 
 Causada principalmente pelo 
carcinoma broncogênico. 
→ Hipercalcemia: 
 Devido a produção de proteína 
relacionada com o hormônio 
paratireoideo pelo turmo ou razão 
de metástases osseas extensas que 
Anne Karolyne Morato – P4 
 
causam a produção de fatores 
ativadores de osteoclastos. 
 Mais frequente em carcinomas 
epidermoides. 
→ Osteoartropatia hipertrófica: 
 Artropatia dolorosa, simétrica de 
extremidades. 
 Associada ao baqueteamento digital. 
→ Secreção inapropriada de hormônio 
antidiurético (SIADH): 
 Mais frequente nos carcinomas de 
pequenas células caracterizada pelo 
quadro de hiponatremia grave, além 
de manifestações neurológicas, como 
ataxia cerebelar, neuropatia sensorial, 
encefalite límbica, síndrome de 
Eaton-Lambert ou ainda 
encefalomielite. 
→ Síndrome de Cushing: 
 Resulta do excesso da produção de 
hormônio adrenocorticotrófico 
(ACTH) que é secretado pelo 
carcinoma de pequenas células. 
 
Conhecer o PNCT: 
→ O Programa tem como objetivo reduzir 
a prevalência de fumantes e a 
consequente morbimortalidade 
relacionada ao consumo de derivados do 
tabaco no Brasil seguindo um modelo 
lógico no qual ações educativas, de 
comunicação, de atenção à saúde, junto 
com o apoio, a adoção ou cumprimento 
de medidas legislativas e econômicas, se 
potencializam para prevenir a iniciação 
do tabagismo, principalmente entre 
crianças, adolescentes e jovens; para 
promover a cessação de fumar; e para 
proteger a população da exposição à 
fumaça ambiental do tabaco e reduzir o 
dano individual, social e ambiental dos 
produtos derivados do tabaco. 
→ O PNCT articula a Rede de tratamento 
do tabagismo no SUS, o Programa 
Saber Saúde, as campanhas e outras 
ações educativas e a promoção de 
ambientes livres. 
→ O Programa Nacional de Controle do 
Tabagismo se destaca na articulação 
para implementação principalmente dos 
seguintes artigos da CQCT/OMS: 12 - 
Educação, comunicação, treinamento e 
conscientização do público; e 14 - 
Medidas de redução de demanda 
relativas à dependência e ao abandono 
do tabaco. Além disso, por meio de seu 
trabalho em rede, cria uma capilaridade 
que contribui na promoção e no 
fortalecimento de um ambiente 
favorável à implementação de todas as 
medidas e diretrizes de controle do 
tabaco no país, ainda que não estejam 
diretamente sob a governabilidade do 
setor saúde.

Continue navegando