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exercicio geografia do nordeste (corrigida)

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Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN
Centro de Ensino Superior do Seridó – CERES
Departamento de Geografia – DGC 
Componente Curricular: Geografia do Nordeste
Professor: Dr. Leandro Vieira Cavalcante
ATIVIDADE – FICHA DE LEITURA – TEXTO 4
Nome completo: IANDRA MONIQUE DOS SANTOS AZEVEDO
A partir da leitura do Texto 4, procure responder as questões abaixo enunciadas sobre Estado e Planejamento Regional no Nordeste, utilizando de suas próprias palavras e de seu entendimento acerca do assunto, mas se for necessário citar os autores utilizar as aspas para indicar suas contribuições. RESPONDER DE ACORDO COM O TEXTO. Anexar esta atividade em PDF na Turma Virtual do SIGAA. A atividade valerá até 3 pontos na média final da Unidade II. 
Texto 4 - OLIVEIRA, Francisco de. Elegia para uma re(li)gião: Sudene, Nordeste, Planejamento e Conflito de Classes. 3. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1981. (capítulos 1, 2 e 6).
Questões propostas:
1. De acordo com o texto, responda as questões abaixo: - (ver entre as páginas 32 e 38)
a) Como o autor define o Nordeste? Ou seja, de que maneira o autor compreende o Nordeste? 
Para o autor o Nordeste apenas passa a ser visto como região no século XIX, e tinha-se concepção de "vários Nordestes". No período da colônia, o Nordeste era reconhecido por regiões que hoje são os estados de Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Alagoas. E essa região era chamada de locus da produção açucareira. Enquanto Ceará e Piauí eram indiferenciados e mal eram associados ao que na época era chamado de "Nordeste". O Maranhão Era exceção pois estava ligado ao capitalismo Mercantil e os estados de Bahia e Sergipe também não eram considerados como Nordeste, apesar de a Bahia ter a predominância de produção de açúcar.
b) Quais as principais diferenças entre o “Nordeste algodoeiro-pecuário” e o “Nordeste açucareiro” apresentadas pelo autor?
"O "Nordeste açucareiro" era deslocado pela competição inter-imperialista que centrava sua disputa agora na apropriação e controle da produção do açúcar no Caribe. Ou seja, essa forma de produção não tinha realização pela via do comércio internacional. O "Nordeste algodoeiro-pecuário" tinha o algodão como produto da economia e a política econômica do Segundo Império e da República Velha aplicava uma taxa de câmbio, que era uma condição da reprodução e também como forma da apropriação internacional de parte do produto social e tinha seus interesses compatíveis com a reprodução do café. A submissão do "Nordeste açucareiro" ao "Nordeste algodoeiro-pecuário" retroagiu o próprio movimento da reprodução do capital e das relações de produção no "Nordeste açucareiro" fazendo-o adotar como condição de sobrevivência, mesmo que marginal, leis de reprodução que eram próprios do "Nordeste algodoeiro-pecuário"."
2. Oliveira (1981) foi um dos mais ferrenhos críticos da intervenção do Estado no Nordeste. Em seu livro há uma série de críticas ao modo pelo qual o Estado adotou o planejamento como forma de viabilizar a reprodução do capital na região. 
a) Quais principais críticas que o autor faz à atuação do DNOCS? - (ver entre as páginas 45 e 56)
Sua estrutura socioeconômica não teve avanço; oposição às políticas de obras do departamento; exploração de camponeses; pequenos sitiantes e meeiros pelos grandes fazendeiros do algodão pecuário; denúncia de ideias socializantes de Guimarães Duque; apesar de ser um departamento Nacional nunca realizou nenhuma obra fora do Nordeste; não tinha planejamento No sistema capitalista e, nem mesmo socialista; não transformaram as condições da produção social do Nordeste algodoeiro pecuário; fizeram apenas reforços na estrutura produtiva, tanto na produção quanto na esfera de circulação e da apropriação.
b) Quais principais críticas que o autor faz à atuação da SUDENE? - (ver entre as páginas 115 e 133)
Renda concentrada, empresarios do Sudeste instalou industrias no Noderdeste; representantes parlamentares do Nordeste foram constituídos na oposição da criação do novo organismo e ao contrário disso foi dado principalmente pelos parlamentares do centro-sul; o conselho da Sudene reproduzirá um novo federalismo deixando o poder nas mãos do executivo Federal e assim seria a "morte da federação".
"As proposições da SUDENE evitam, por um lado, o ataque frontal às condições de reprodução da economia agrária nordestina, deslocando o eixo do problema para uma suposta inviabilidade da economia da zona semi-árida; o que se estava flanqueando com isso era, na verdade, o conflito agrário; colocam o problema da economia açucareira nordestina como uma questão de inadequação entre recursos naturais de boa qualidade e uma divisão técnica inadequada do trabalho, saltando outra vez sobre o caráter de conflito que estava no âmago da reprodução da economia açucareira; abordam o problema das migrações de nordestinos para o Centro-Sul, seja do lado da inadequação da economia da zona semi-árida, seja do lado de um falso conflito entre migrantes nordestinos e classe trabalhadora do Centro-Sul, evitando falar do agravamento do conflito de classes no próprio centro da acumulação capitalista; enfatizam o "inchamento" das cidades litorâneas e o subemprego, evitando ter que refletir sobre a natureza desses movimentos da força-de-trabalho, cuja pedra de toque é a redivisão regional do trabalho em escala nacional, comandada pela industrialização do Centro-Sul."

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