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RESUMÃO CICLOS ECONOMICOS DA CANA DE AÇUCAR E DO OURO Ciclo da cana-de-açúcar (XVI - XVII) Após a invasão do território brasileiro logo se instalou as capitanias hereditárias onde também nasceu os grandes latifúndios. Através dos donatários (donos das capitanias hereditárias) era doado terras através do sistema de sesmarias onde se implantaria ainda mais agricultura da cana. Do século 16 até o século 17 o nordeste brasileiro foi o mais produtivo economicamente na produção de cana. O declínio da cana se deu por dois motivos: o primeiro pela forte competição com a cana-de-açúcar produzida no Caribe pelos holandeses, o que diminuiu a exclusividade brasileira barateando a cana de açúcar e deixando menos rentável. O segundo motivo se deu pela descoberta de ouro em Minas Gerais no final do século XVII, o que desestimula a produção de cana que até então já estava barateada. O ciclo do ouro (fim do século XVII e metade do século XVIII) Com a queda da cana no Nordeste em função da cana produzida no Caribe pelos holandeses, juntamente com a descoberta de ouro no interior do Brasil no final do século XVII, iniciou-se uma forte migração para a atual Minas Gerais. Foi no início do século XVIII que o ouro teve seu auge no Brasil. Toda a concentração política administrativa da coroa se voltou para a região sudeste se instalando no estado de Rio de janeiro onde o ouro seria escoado pelos portos da região. Devido ao vasto volume de garimpeiros na região a escassez de alimento cresceu exponencialmente fazendo com que o gado da região nordeste e Sul fossem deslocados para Minas Gerais, bem como o charque e outros insumos agrícolas. Como o ouro explorado só era retirado dos leitos do Rio (ouro de aluvião) logo ele foi se esgotando. Foi no final do século XVIII que a escassez das jazidas levou ao declínio do ouro no Brasil. É importante salientar que o ouro acelerou o processo de formação e ocupação do território brasileiro principalmente nas regiões interioranas. O declínio do ouro e o renascimento agrícola (fim do século XVIII e a primeira metade do século XIX) Com a escassez de ouro em regiões da atual Minas gerais e o forte crescimento da população europeia frente a revolução industrial emergiu a necessidade de alimentos e da indústria têxtil em alta demanda. A necessidade de cada vez mais alimentos reacendeu a agricultura da região nordeste. Na zona da mata a cana voltou fortemente, sendo ela beneficiada pela crise no Haiti e o declínio do açúcar lá com os holandeses. O açúcar brasileiro voltou a ser atrativo para os produtores brasileiros. A região do nordeste voltou a ser um dos principais polos econômicos do século XIX com a crescente produção do algodão(cotonicultura) tabaco e a produção de grãos (Maranhão - Pará) de cacau, além da rizicultura e Anil. os grãos de café em um primeiro momento plantados no Pará chegaram aos terrenos férteis (terra roxa) do vale da Paraíba (SP - RJ) onde se deu início do ciclo do café no século XIX e século XX, que trouxe imensas riquezas ao Brasil superando a atividade açucareira sendo o café cultivado por mais de 100 anos. Essa industrialização mudou o modelo produtivo do Brasil instalando novas dinâmicas na zona da mata no final do século XIX e início do século XX. Desta forma surgem os grandes polos econômicos como o recôncavo baiano, os polos petroquímicos, a indústria de cacau e as usinas de cana-de-açúcar com a produção da cachaça, rapadura, batida, além da produção do tabaco (governo de Getúlio Vargas).
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