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Analgesia A dor é uma sensação e experiência desagradáveis, causa lesões e modifica o indivíduo (animal pode ficar agressivo). A dor precisa ser tratada. ➔ Hiperalgesia: sensibilidade aumentada frente a um estímulo que causa dor. ➔ Anodinia: sensibilidade aumentada frente a um estímulo que causa dor. ➔ Dor do membro fantasma: dor crônica do paciente amputado ➔ Nocicepção: processo neural de codificar estímulos nocivos- comportamento: atividade motora de retirada. Paciente está anestesiada resposta do sistema nervoso autônomo Fisiologia da dor: As fibras aferentes trazem informação- do tipo C (faz arder quando queima- por ser lento) que são amielinizadas, logo a transmissão elétrica é mais lenta, respondem a intensidades diferentes de estímulo, possui um limiar alta de maior que 45ºC. As fibras A delta (retirada imediata) são mielinizadas I e II leva informação que são nocivas. A beta são mielinizadas também e carregam estímulos que não são nocivas. Modulação inflamatória libera vários neurotransmissores inflamatórios (leucotrienos, prostaglandinas, substância P, bradicinina, acetilcolina, tromboxano, histamina, fatores ativadores de plaquetas), se administra AINEs ajuda na modulação. Pode administrar opioides que atua na transdução/percepção, localmente onde tem inflamação- atua em receptores em fibras nervosas. Pode administrar anestésicos locais (única forma de evitar que o paciente sinta dor) – não tem transmissão Tipos de dor: Aguda: resposta de lesão tecidual, dura dias ou semanas (em caso de cirurgia), nas primeiras 24h é mais intensa, a recuperação é pela cicatrização, pode haver alteração de comportamento, varia de leve a severa- intensidade. Crônica: persistente por mais de 3 meses, associada a osteoartrite, doença inflamatória/degenerativa, lesão/dano a um nervo, persistente, altera a qualidade de vida do paciente. Nociceptiva: fisiológica- o organismo capta a informação e converte em impulso elétrico. Inflamatória: dor aguda pós-operatória visto que causa inflamação- por isso todo paciente após operação precisa de AINE. O início é rápido, a intensidade da dor e a duração é proporcional ao dano, pode ser persistente em caso de osteoartrite- afeta a qualidade de vida. Neuropática: lesão direta sobre o SNC ou de nervos periféricos e a dor do membro fantasma. Toma remédio para o resto da vida. Oncológica: tem dor vindo da doença e vinda do tratamento – quimioterapia/radioterapia e cirurgia. A dor deve ser tratada porque libera catecolaminas (NE) que faz com que libere cortisol, por sua vez bloqueia insulina, afetando a gliconeogênese, consome glucagon, o paciente entra em catabolismo – caquexia. As catecolaminas aumentam o consumo de O2 pelo coração induzindo as arritmias cardíacas. Se a dor não for tratada aumenta a liberação do fator de necrose tumoral o que altera a permeabilidade endotelial do vaso, aumentando a saída de líquido de dentro do vaso, favorecendo a ocorrência de tromboembolismo. Além disso, por estimulação simpática, por descarga de NE, tem no paciente, aumento dos Shunt GI, o que afeta motilidade (diminuindo) afetando a integridade da mucosa e as bactérias da flora começa a migrar para corrente sanguínea e o paciente entra em quadro de sepse. Tem ativação do Sistema Renina/Angiotensina Aldosterona, a aldosterona retida retem sódio, portanto retem líquido, a pressão arterial aumenta e a taxa de filtração glomerular cai, diminuindo a produção de urina- diminuindo a perfusão renal. A cirurgia reduz as células NK que é a primeira linha de defesa contra a ocorrência de metástase, a dor aumenta a metástase. Reconhecimento da dor: Importante comunicar com o tutor sobre a personalidade do animal, se houve mudanças de comportamento. No exame físico observar movimentação, postura, sialorreia. Na anamnese perguntar sobre o apetite, sede, se há alterações em defecação e micção, se há disfagia, vocalização. Existe escalas de avaliação de dor. Terapia antálgica: Avaliar se houve uma diminuição da dor desde o início do tratamento ou se houve uma evolução. O objetivo é minimizar a dor e oferecer qualidade de vida ao paciente. Atua na dor nociceptiva, inibindo a COX-2 que é o produto final do prostaglandina E2. ➔ Meloxicam: muda a dosagem, primeiro dia é uma dose, depois altera ➔ Carprofeno Atuam em receptores pré e pós-sinápticos, tem alguns efeitos colaterais- vômito, diarreia, constipação intestinal, sedação, tem atuação periférica. Usado principalmente me pacientes com câncer- primeiro, segundo e terceiro grau. ➔ Agonistas parciais: buprenorfina ➔ Agonistas/antagonistas: butorfanol, nalbufina ➔ Agonistas puros: morfina, fentanila, sulfentanila, alfentanila, remifentanila, metadona, meperidina, codeína ➔ Tramadol Pode fazer associações: Dipirona com tramal; com ou sem AINE- para doe moderada a intensa • Amantadina- antiviral pode ser usado para dor • Anticonvulsivantes – gabapentina- dor neuropática/ dor crônica • Antidepressivos tricíclicos: para dor crônica de origem neuropática- Amitriptilina (não prescreve com tramadol). Pode ser usado para dor nociceptiva ou neuropática- prednisona e dexametasona. OBS: Dor na face não tem modulação, visto que não passa pela medula. AINEs: Opioides: Corticoides