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<p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>CADERNO DE DIREITO PREVIDENCIÁRIO</p><p>Indicações bibliográficas</p><p>● Manual de direito previdenciário – Editora Gen –</p><p>João Batista Lazzari e Carlos Alberto pereira de</p><p>Castro</p><p>● Curso de direito previdenciário – Editora Impetos –</p><p>Fabio Zambitti Ibraim</p><p>TEMA 1</p><p>Seguridade Social na Constituição: natureza jurídica e princípios</p><p>constitucionais. A proteção da Assistência Social na Constituição e o</p><p>benefício de prestação continuada na Lei Orgânica da Assistência Social</p><p>(LOAS).</p><p>A proteção previdenciária no brasil divide-se em:</p><p>1) Previdência básica:</p><p>1.1) Regime geral de previdência social</p><p>- Art. 201 e parte tributária no art. 195, CRFB</p><p>- Lei 8213/91 e lei 8212/91 regulamentada pelo decreto 3048/99</p><p>* Conforme art. 24 da CRFB, direito previdenciário é uma matéria de</p><p>competência concorrente, ou seja, cabe a União editar normas gerais e aos</p><p>Estados a competência supletiva.</p><p>1.2) Regime próprio de previdência social</p><p>- Lei 9717/98 - traz normas gerais da previdência social do servidor público</p><p>- União – Lei 8112/90 (regime específico dos servidores federais)</p><p>- Estados/DF e Municípios (ex: Rio previdência – Deve estar de acordo com a</p><p>norma federal)</p><p>A maior parte dos municípios do Brasil não possui regime próprio específico,</p><p>pois a maior parte adota o regime celetista (CLT) e quando há regime</p><p>estatutário muitas vezes não há número suficiente de estatutários para que</p><p>haja sustentabilidade financeira, de forma que o sistema não é autorizado a</p><p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>funcionar. Nestes casos, estes servidores acolhidos pelo sistema do INSS</p><p>(previdência geral).</p><p>É importante lembrar quanto à previdência, a frase consolidada da</p><p>jurisprudência de que “Não há direito adquirido a regime jurídico”. Isso significa</p><p>que a lei antiga somente se aplicará se no momento da mudança legislativa já</p><p>houver o preenchimento de todos os requisitos da lei anterior.</p><p>A EC 103/19 vedou a criação de novos regimes próprios e aqueles que já</p><p>possuem serão auditados para verificar a sustentabilidade financeira.</p><p>2) Previdência complementar</p><p>2.1) RFCPS</p><p>Regime facultativo complementar de previdência social (art. 40, §14 e 16 da</p><p>CRFB)</p><p>2.2) Privada</p><p>Prevista no art. 202 da CRFB, regulamentada pela LC 109/2001 e LC 108/2001</p><p>-> Nenhuma previdência complementar é de filiação obrigatória.</p><p>2.2.1) Fechada (Fundação privada);</p><p>2.2.2) Aberta (é um investimento que pode ser contratado em Banco - empresa</p><p>S.A.; ex: PGBL).</p><p>A CRFB/88 foi a primeira que fez alusão à seguridade social, que foi uma</p><p>tendência de seguir a constituição espanhola de 1978.</p><p>Art. 194. A seguridade social compreende um conjunto integrado</p><p>de ações de iniciativa dos poderes públicos e da sociedade,</p><p>destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à</p><p>previdência e à assistência social.</p><p>Parágrafo único. Compete ao poder público, nos termos da lei,</p><p>organizar a seguridade social, com base nos seguintes objetivos:</p><p>I - universalidade da cobertura e do atendimento;</p><p>II - uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às</p><p>populações urbanas e rurais;</p><p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>III - seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e</p><p>serviços;</p><p>IV - irredutibilidade do valor dos benefícios;</p><p>V - eqüidade na forma de participação no custeio;</p><p>VI - diversidade da base de financiamento, identificando-se, em</p><p>rubricas contábeis específicas para cada área, as receitas e as</p><p>despesas vinculadas a ações de saúde, previdência e assistência</p><p>social, preservado o caráter contributivo da previdência social;</p><p>(Inciso com redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de</p><p>2019)</p><p>VII - caráter democrático e descentralizado da administração,</p><p>mediante gestão quadripartite, com participação dos</p><p>trabalhadores, dos empregadores, dos aposentados e do Governo</p><p>nos órgãos colegiados. (Inciso com redação dada pela Emenda</p><p>Constitucional nº 20, de 1998)</p><p>Existem outros direitos sociais que não integram a previdência social, o que</p><p>tem uma relevância prática importante.</p><p>Nesse sentido, o art. 195 traz as contribuições para seguridade que só podem</p><p>ser utilizadas para saúde, assistência social e previdência social. Os princípios</p><p>do art. 194 também são princípios da seguridade e não dos demais direitos</p><p>sociais.</p><p>Ressalte-se que estes direitos integrarão o título II da CRFB junto aos direitos</p><p>individuais e coletivos; nacionais e políticos. Assim, mister se faz reconhecer</p><p>que o direito à seguridade é um direito fundamental.</p><p>A jurisprudência do Supremo admite que existe algo não nuclear no direito à</p><p>previdência, de modo que este pode ser alterado em parte sem ferir a clausula</p><p>pétrea que se relaciona aos direitos fundamentais – reformas previdenciárias</p><p>(ADI 6096). A fazenda se apega a teoria da reserva do possível e a doutrina e</p><p>jurisprudência atual defende com mais força a Teoria do mínimo existencial.</p><p>A previdência, ao ser organizada, organiza-se ponderando os princípios da</p><p>seletividade e universalidade. Todos os princípios do art. 194 vão reger a</p><p>seguridade social, mas não com a mesma força em todos os ramos. Nesse</p><p>sentido, enquanto no ramo da saúde a universalidade tem maior força, na</p><p>previdência o maior peso está no princípio da seletividade.</p><p>Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a</p><p>sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante</p><p>https://www2.camara.leg.br/legin/fed/emecon/2019/emendaconstitucional-103-12-novembro-2019-789412-publicacaooriginal-159409-pl.html</p><p>https://www2.camara.leg.br/legin/fed/emecon/2019/emendaconstitucional-103-12-novembro-2019-789412-publicacaooriginal-159409-pl.html</p><p>https://www2.camara.leg.br/legin/fed/emecon/1998/emendaconstitucional-20-15-dezembro-1998-356870-publicacaooriginal-1-pl.html</p><p>https://www2.camara.leg.br/legin/fed/emecon/1998/emendaconstitucional-20-15-dezembro-1998-356870-publicacaooriginal-1-pl.html</p><p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do</p><p>Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições</p><p>sociais:</p><p>I - do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na</p><p>forma da lei, incidentes sobre:</p><p>a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou</p><p>creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe preste</p><p>serviço, mesmo sem vínculo empregatício; - CONTREIBUIÇÃO</p><p>PATRONAL</p><p>b) a receita ou o faturamento; (Vide Emenda Constitucional nº</p><p>132, de 2023) – COFINS</p><p>c) o lucro; (Inciso com redação dada pela Emenda Constitucional</p><p>nº 20, de 1998) - CSLL</p><p>II - do trabalhador e dos demais segurados da previdência social,</p><p>podendo ser adotadas alíquotas progressivas de acordo com o</p><p>valor do salário de contribuição, não incidindo contribuição sobre</p><p>aposentadoria e pensão concedidas pelo Regime Geral de</p><p>Previdência Social; (Inciso com redação dada pela Emenda</p><p>Constitucional nº 103, de 2019)</p><p>III - sobre a receita de concursos de prognósticos; - JOGOS DE</p><p>AZAR</p><p>IV - do importador de bens ou serviços do exterior, ou de quem a</p><p>lei a ele equiparar; (Inciso acrescido pela Emenda Constitucional</p><p>nº 42, de 2003) (Vide Emenda Constitucional nº 132, de 2023) –</p><p>COFINS IMPORTAÇÃO</p><p>V - sobre bens e serviços, nos termos de lei complementar. (Inciso</p><p>acrescido pela Emenda Constitucional nº 132, de 2023)</p><p>*Obs: A União pode instituir outra contribuição residual,</p><p>desde que por LC; não tenha mesma base de calculo e</p><p>hipótese de incidência que outras contribuições e não seja</p><p>cumulativa.</p><p>§ 1º As receitas dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios</p><p>destinadas à seguridade social constarão dos respectivos</p><p>orçamentos, não integrando o orçamento da União.</p><p>§ 2º A proposta de orçamento da seguridade social será</p><p>elaborada de forma integrada pelos órgãos responsáveis pela</p><p>saúde, previdência social e assistência social, tendo em vista as</p><p>https://www2.camara.leg.br/legin/fed/emecon/2023/emendaconstitucional-132-20-dezembro-2023-795084-publicacaooriginal-170513-pl.html</p><p>https://www2.camara.leg.br/legin/fed/emecon/2023/emendaconstitucional-132-20-dezembro-2023-795084-publicacaooriginal-170513-pl.html</p><p>à</p><p>aposentadoria para cuja concessão tenham sido preenchidos todos os</p><p>requisitos, segundo a legislação em vigor à época em que estes</p><p>requisitos foram atendidos.</p><p>§ 2º Não será concedida pensão por morte aos dependentes do</p><p>segurado que falecer após a perda desta qualidade, nos termos do art.</p><p>15 desta Lei, salvo se preenchidos os requisitos para obtenção da</p><p>aposentadoria na forma do parágrafo anterior.</p><p>Em resumo, a PQS gera a caducidade dos direitos do segurado.</p><p>Se o sujeito falecer já estando aposentado, há direito à pensão por morte a</p><p>seus dependentes, pois durante o benefício estava em PG e, portanto, ainda</p><p>na qualidade de segurado.</p><p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>Se o sujeito já tiver cumprido os requisitos para aposentadoria, mas não se</p><p>aposentou, ainda gera-se a pensão por morte, embora tenha perdido a</p><p>qualidade de segurado. Isso significa que a única hipótese em que um</p><p>individuo que perdeu a qualidade de segurado deixa pensão por morte, é o</p><p>caso de ter direito adquirido à aposentadoria.</p><p>EX:</p><p>● Carência:</p><p>A carência é tratada no art. 24 da Lei e NO art. 26 do regulamento (art.</p><p>10.410/2020), senão vejamos:</p><p>Art. 24 da Lei 8213. Período de carência é o número mínimo de</p><p>contribuições mensais indispensáveis para que o beneficiário faça jus ao</p><p>benefício, consideradas a partir do transcurso do primeiro dia dos meses</p><p>de suas competências.</p><p>Art. 26 do Decreto 3048. Período de carência é o tempo</p><p>correspondente ao número mínimo de contribuições mensais</p><p>indispensáveis para que o beneficiário faça jus ao benefício,</p><p>consideradas as competências cujo salário de contribuição seja igual ou</p><p>superior ao seu limite mínimo mensal. (Redação dada pelo Decreto nº</p><p>10.410, de 2020).</p><p>Logo, tempo de contribuição é contado de data a data, enquanto a carência é</p><p>contada por contribuições mensais. Isso significa que mesmo que contribua-se</p><p>o relativamente a um dia por mês, conta-se como recolhimento mensal para</p><p>fins de carência.</p><p>A EC 103 não admite o computo como carência ou contribuição, a competência</p><p>em que o recolhimento seja abaixo um salário mínimo (art. 191, §14º da CRFB</p><p>inserido pela EC 103).</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Decreto/D10410.htm#art1</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Decreto/D10410.htm#art1</p><p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>É importante saber se o período de AIT ou AIP é contabilizado também para</p><p>fins de carência, em que pese seja uma exceção para tempo de contribuição.</p><p>Não obstante ser sabido que as exceções devem ser interpretadas</p><p>restritivamente, o STF se manifestou no sentido de que este período deve sim</p><p>ser contabilizado também para fins de carência.</p><p>Frise-se mais uma vez: carência não se confunde com tempo de contribuição</p><p>Ex: uma mulher que estava contribuindo a 10 anos, ficou 19 anos em</p><p>aposentadoria por invalidez. Cessado o benefício (reverteu-se o quadro),</p><p>contribuiu por mais um ano. Em tal hipótese ela teria 30 anos de contribuição,</p><p>mas só teria 132 meses de carência, ou seja, se o período de AIP não fosse</p><p>considerado para fins de carência, ela não faria jus a aposentadoria, uma vez</p><p>que não atingiu o requisito de 180 meses para fins de carência.</p><p>Na prática o INSS nega tais benefícios na falta de carência, e após</p><p>judicialização o segurado tem concedido seu benefício, em virtude do tema de</p><p>repercussão geral do STF.</p><p>Art. 25. A concessão das prestações pecuniárias do Regime Geral de</p><p>Previdência Social depende dos seguintes períodos de carência,</p><p>ressalvado o disposto no art. 26:</p><p>I - auxílio-doença e aposentadoria por invalidez: 12 (doze) contribuições</p><p>mensais;</p><p>II - aposentadoria por idade, aposentadoria por tempo de serviço,</p><p>aposentadoria especial e abono de permanência em serviço: 180 (cento</p><p>e oitenta) contribuições mensais.</p><p>II - aposentadoria por idade, aposentadoria por tempo de serviço e</p><p>aposentadoria especial: 180 contribuições mensais. (Redação</p><p>dada pela Lei nº 8.870, de 1994)</p><p>III - salário-maternidade para as seguradas de que tratam os incisos V e</p><p>VII do art. 11 e o art. 13: dez contribuições mensais, respeitado o</p><p>disposto no parágrafo único do art. 39 desta Lei. (Incluído pela</p><p>Lei nº 9.876, de 26.11.99)</p><p>III - salário-maternidade para as seguradas de que tratam os incisos V e</p><p>VII do caput do art. 11 e o art. 13: dez contribuições mensais, respeitado</p><p>o disposto no parágrafo único do art. 39; e (Redação dada</p><p>pela Medida Provisória nº 871, de 2019)</p><p>III - salário-maternidade para as seguradas de que tratam os incisos V e</p><p>VII do caput do art. 11 e o art. 13 desta Lei: 10 (dez) contribuições</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8870.htm#art2</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8870.htm#art2</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9876.htm#art2</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9876.htm#art2</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Mpv/mpv871.htm#art25</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Mpv/mpv871.htm#art25</p><p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>mensais, respeitado o disposto no parágrafo único do art. 39 desta Lei;</p><p>e (Redação dada pela Lei nº 13.846, de 2019)</p><p>IV -auxílio-reclusão: vinte e quatro contribuições</p><p>mensais. (Incluído pela Medida Provisória nº 871, de 2019)</p><p>IV - auxílio-reclusão: 24 (vinte e quatro) contribuições</p><p>mensais. (Incluído pela Lei nº 13.846, de 2019)</p><p>Parágrafo único. Em caso de parto antecipado, o período de carência a</p><p>que se refere o inciso III será reduzido em número de contribuições</p><p>equivalente ao número de meses em que o parto foi antecipado.</p><p>(Incluído pela Lei nº 9.876, de 26.11.99)</p><p>Ressalte-se que a Lei não está atualizada com a última reforma tributária, mas</p><p>o art. 29 do regulamento, já adaptado, traz as seguintes regras:</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13846.htm#art24</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Mpv/mpv871.htm#art25</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13846.htm#art24</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9876.htm#art2</p><p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>Obs: A partir da EC 103 não há mais previsão de aposentadoria por idade e por</p><p>tempo do urbano, mas apenas a aposentadoria programada.</p><p>O art. 26 da lei e 30 do regulamento traz as hipóteses de benefícios que não</p><p>necessitam de carência.</p><p>Art. 26 da Lei. Independe de carência a concessão das seguintes</p><p>prestações:</p><p>I - pensão por morte, auxílio-reclusão, salário-família,</p><p>salário-maternidade, auxílio-acidente e pecúlios</p><p>I - pensão por morte, auxílio-reclusão, salário-família e</p><p>auxílio-acidente; (Redação dada pela Lei nº 9.876, de</p><p>26.11.99)</p><p>I - pensão por morte, salário-família e</p><p>auxílio-acidente; (Redação dada pela Medida Provisória nº</p><p>871, de 2019)</p><p>I - pensão por morte, salário-família e auxílio-acidente; (Redação</p><p>dada pela Lei nº 13.846, de 2019)</p><p>II - auxílio-doença e aposentadoria por invalidez nos casos de acidente</p><p>de qualquer natureza ou causa e de doença profissional ou do trabalho,</p><p>bem como nos casos de segurado que, após filiar-se ao Regime Geral</p><p>de Previdência Social, for acometido de alguma das doenças e afecções</p><p>especificadas em lista elaborada pelos Ministérios da Saúde e do</p><p>Trabalho e da Previdência Social a cada três anos, de acordo com os</p><p>critérios de estigma, deformação, mutilação, deficiência, ou outro fator</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9876.htm#art2</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9876.htm#art2</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Mpv/mpv871.htm#art25</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Mpv/mpv871.htm#art25</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13846.htm#art24</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13846.htm#art24</p><p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>que lhe confira especificidade e gravidade que mereçam tratamento</p><p>particularizado;</p><p>II - auxílio-doença e aposentadoria por invalidez nos casos de acidente</p><p>de qualquer natureza ou causa e de doença profissional ou do trabalho,</p><p>bem como nos casos de segurado que, após filiar-se ao Regime Geral</p><p>de Previdência Social, for acometido de alguma das doenças e afecções</p><p>especificadas em lista elaborada pelos Ministérios da Saúde e da</p><p>Previdência Social, de acordo com os critérios de estigma, deformação,</p><p>mutilação, deficiência ou outro fator que lhe confira especificidade e</p><p>gravidade que mereçam tratamento particularizado;</p><p>(Redação dada pela Medida Provisória nº 664, de</p><p>2014) (Vigência)</p><p>II - auxílio-doença e aposentadoria por invalidez nos casos de</p><p>acidente de qualquer natureza ou causa e de doença profissional</p><p>ou do trabalho, bem como nos casos de segurado que, após</p><p>filiar-se ao RGPS, for acometido de alguma das doenças e afecções</p><p>especificadas em lista elaborada pelos Ministérios da Saúde e da</p><p>Previdência Social, atualizada a cada 3 (três) anos, de acordo com</p><p>os critérios de estigma, deformação, mutilação, deficiência ou outro</p><p>fator que lhe confira especificidade e gravidade que mereçam</p><p>tratamento particularizado; (Redação dada pela Lei nº</p><p>13.135, de 2015)</p><p>III - os benefícios concedidos na forma do inciso I do art. 39, aos</p><p>segurados especiais referidos no inciso VII do art. 11 desta Lei;</p><p>IV - serviço social;</p><p>V - reabilitação profissional.</p><p>VI – salário-maternidade para as seguradas empregada,</p><p>trabalhadora avulsa e empregada doméstica. (Incluído</p><p>pela Lei nº 9.876, de 26.11.99)</p><p>Art. 30 do regulamento. Independe de carência a concessão das</p><p>seguintes prestações:</p><p>I - pensão por morte, auxílio-reclusão, salário-família e auxílio-acidente</p><p>de qualquer natureza;</p><p>I - pensão por morte, salário-família e auxílio-acidente de qualquer</p><p>natureza, observado, quanto à pensão por morte, o disposto no</p><p>inciso V do caput e nos § 3º e § 4º do art. 114; (Redação dada</p><p>pelo Decreto nº 10.410, de 2020).</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Mpv/mpv664.htm#art1</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Mpv/mpv664.htm#art1</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Mpv/mpv664.htm#art5iii</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13135.htm#art1</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13135.htm#art1</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9876.htm#art2</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9876.htm#art2</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Decreto/D10410.htm#art1</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Decreto/D10410.htm#art1</p><p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>II - salário-maternidade, exceto para a segurada especial, que observará</p><p>o disposto no § 2º do art. 93;</p><p>II - salário-maternidade, para as seguradas empregada, empregada</p><p>doméstica e trabalhadora avulsa; (Redação dada pelo</p><p>Decreto nº 3.265, de 1999)</p><p>III - auxílio-doença e aposentadoria por invalidez nos casos de acidente</p><p>de qualquer natureza ou causa, bem como nos casos de segurado que,</p><p>após filiar-se ao Regime Geral de Previdência Social, for acometido de</p><p>alguma das doenças ou afecções especificadas em lista elaborada pelos</p><p>Ministérios da Saúde e da Previdência e Assistência Social a cada três</p><p>anos, de acordo com os critérios de estigma, deformação, mutilação,</p><p>deficiência ou outro fator que lhe confira especificidade e gravidade que</p><p>mereçam tratamento particularizado;</p><p>III - auxílio por incapacidade temporária e aposentadoria por</p><p>incapacidade permanente nos casos de acidente de qualquer</p><p>natureza ou causa e de doença profissional ou do trabalho e nos</p><p>casos de segurado que, após filiar-se ao RGPS, seja acometido de</p><p>alguma das doenças ou afecções especificadas em lista elaborada</p><p>pelos Ministérios da Saúde e da Economia, atualizada a cada três</p><p>anos, de acordo com os critérios de estigma, deformação,</p><p>mutilação, deficiência ou outro fator que lhe confira especificidade</p><p>e gravidade que mereçam tratamento particularizado; (Redação</p><p>dada pelo Decreto nº 10.410, de 2020).</p><p>IV - aposentadoria por idade ou por invalidez, auxílio-doença,</p><p>auxílio-reclusão ou pensão por morte aos segurados especiais,</p><p>desde que comprovem o exercício de atividade rural no período</p><p>imediatamente anterior ao requerimento do benefício, ainda que de</p><p>forma descontínua, igual ao número de meses correspondente à</p><p>carência do benefício requerido; e</p><p>V - reabilitação profissional.</p><p>Parágrafo único. Entende-se como acidente de qualquer natureza ou</p><p>causa aquele de origem traumática e por exposição a agentes exógenos</p><p>(físicos, químicos e biológicos), que acarrete lesão corporal ou</p><p>perturbação funcional que cause a morte, a perda, ou a redução</p><p>permanente ou temporária da capacidade laborativa. (Revogado pelo</p><p>Decreto nº 10.410, de 2020).</p><p>a) Pensão por morte, salário família e auxilio acidente;</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/D3265.htm#art1</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/D3265.htm#art1</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Decreto/D10410.htm#art1</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Decreto/D10410.htm#art1</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Decreto/D10410.htm#art6</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Decreto/D10410.htm#art6</p><p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>O dependente pode regularizar os débitos do segurado após o seu óbito?</p><p>Não. Conforme sumula 52 do TNU, in fine:</p><p>SUM 52 TNU - Para fins de concessão de pensão por morte, é incabível</p><p>a regularização do recolhimento de contribuições de segurado</p><p>contribuinte individual posteriormente a seu óbito, exceto quando as</p><p>contribuições devam ser arrecadadas por empresa tomadora de</p><p>serviços.</p><p>No art. 19-E do regulamento tem-se que:</p><p>Art. 19-E. A partir de 13 de novembro de 2019, para fins de aquisição e</p><p>manutenção da qualidade de segurado, de carência, de tempo de</p><p>contribuição e de cálculo do salário de benefício exigidos para o</p><p>reconhecimento do direito aos benefícios do RGPS e para fins de</p><p>contagem recíproca, somente serão consideradas as competências cujo</p><p>salário de contribuição seja igual ou superior ao limite mínimo mensal</p><p>do salário de contribuição. (Incluído pelo Decreto nº 10.410, de 2020)</p><p>§ 7º Na hipótese de falecimento do segurado, os ajustes previstos no §</p><p>1º poderão ser solicitados por seus dependentes para fins de</p><p>reconhecimento de direito para benefício a eles devidos até o dia quinze</p><p>do mês de janeiro subsequente ao do ano civil correspondente,</p><p>observado o disposto no § 4º.</p><p>Ressalte-se, todavia, que para a hipótese em que o falecido recebia enquanto</p><p>vivo valores inferiores ao salário mínimo, poderão os dependentes</p><p>complementar tais valores para que tenham direito à pensão por morte, cujo</p><p>prazo decadencial é até o dia 15 de janeiro do ano seguinte ao óbito.</p><p>Assim, se não houve contribuição anterior não será possível complementação</p><p>pós mortem. Por outro lado, se houve contribuição, mas esta foi em valor</p><p>abaixo do mínimo, será possível a complementação.</p><p>b) Auxílio-doença e aposentadoria por invalidez nos casos de</p><p>b.1) acidente de qualquer natureza;</p><p>b.2) Doenças específicas;</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Decreto/D10410.htm#art1</p><p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>Obs: A lista será encontrada no art. 151 da lei e no art. 30, §2º do</p><p>regulamento.</p><p>Art. 151. Até que seja elaborada a lista de doenças mencionada no</p><p>inciso II do art. 26, independe de carência a concessão de</p><p>auxílio-doença e de aposentadoria por invalidez ao segurado que, após</p><p>filiar-se ao RGPS, for acometido das seguintes doenças: tuberculose</p><p>ativa, hanseníase, alienação mental, esclerose múltipla, hepatopatia</p><p>grave, neoplasia maligna, cegueira, paralisia irreversível e incapacitante,</p><p>cardiopatia grave, doença de Parkinson, espondiloartrose anquilosante,</p><p>nefropatia grave, estado avançado da doença de Paget (osteíte</p><p>deformante), síndrome da deficiência imunológica adquirida</p><p>(aids) ou</p><p>contaminação por radiação, com base em conclusão da medicina</p><p>especializada.</p><p>Obs: O segurado especial não tem tecnicamente carência, mas tem que</p><p>comprovar que exerce atividade rural, o que se conecta a legislação de custeio.</p><p>● Carência de Reingresso:</p><p>A lei, em seu art. 27-A, prevê que:</p><p>Art. 27-A Na hipótese de perda da qualidade de segurado, para fins da</p><p>concessão dos benefícios de auxílio-doença, de aposentadoria por</p><p>invalidez, de salário-maternidade e de auxílio-reclusão, o segurado</p><p>deverá contar, a partir da data da nova filiação à Previdência Social, com</p><p>metade dos períodos previstos nos incisos I, III e IV do caput do art. 25</p><p>desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 13.846, de 2019)</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13846.htm#art24</p><p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>Isso significa que, por exemplo, se o indivíduo entrou em período de graça e</p><p>depois perdeu a qualidade de segurado. Posteriormente readquiriu a qualidade</p><p>de segurado, voltando a contribuir, deve ter ao menos metade da carência</p><p>exigida para aquele benefício, para que possa contabilizar o período anterior.</p><p>Ressalte-se que, por óbvio, ainda que faça jus a acrescer o período anterior,</p><p>não terá concedido o beneficio, se somando não completar o tempo exigido.</p><p>● Renda Mensal Inicial:</p><p>Para o cálculo previdenciário é preciso ter conhecimento de algumas siglas e</p><p>expressões, senão vejamos:</p><p>● SMI (Renda mensal inicial)</p><p>Montante do benefício previdenciário.</p><p>● SB (Salário de benefício)</p><p>Valor Intermediário para a apuração da RMI da maioria dos benefícios.</p><p>● SC (salário de contribuição)</p><p>base de cálculo para contribuição.</p><p>Antes da EC 103 X Após a EC 103:</p><p>ANTES:</p><p>DEPOIS:</p><p>Art. 26. Até que lei discipline o cálculo dos benefícios do regime próprio</p><p>de previdência social da União e do Regime Geral de Previdência Social,</p><p>será utilizada a média aritmética simples dos salários de contribuição e</p><p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>das remunerações adotados como base para contribuições a regime</p><p>próprio de previdência social e ao Regime Geral de Previdência Social,</p><p>ou como base para contribuições decorrentes das atividades militares de</p><p>que tratam os arts. 42 e 142 da Constituição Federal, atualizados</p><p>monetariamente, correspondentes a 100% (cem por cento) do período</p><p>contributivo desde a competência julho de 1994 ou desde o início da</p><p>contribuição, se posterior àquela competência.</p><p>§ 1º A média a que se refere o caput será limitada ao valor máximo do</p><p>salário de contribuição do Regime Geral de Previdência Social para os</p><p>segurados desse regime e para o servidor que ingressou no serviço</p><p>público em cargo efetivo após a implantação do regime de previdência</p><p>complementar ou que tenha exercido a opção correspondente, nos</p><p>termos do disposto nos §§ 14 a 16 do art. 40 da Constituição Federal.</p><p>§ 2º O valor do benefício de aposentadoria corresponderá a 60%</p><p>(sessenta por cento) da média aritmética definida na forma prevista no</p><p>caput e no § 1º, com acréscimo de 2 (dois) pontos percentuais para cada</p><p>ano de contribuição que exceder o tempo de 20 (vinte) anos de</p><p>contribuição nos casos:</p><p>I - do inciso II do § 6º do art. 4º, do § 4º do art. 15, do § 3º do art. 16 e do</p><p>§ 2º do art. 18;</p><p>II - do § 4º do art. 10, ressalvado o disposto no inciso II do § 3º e no § 4º</p><p>deste artigo;</p><p>III - de aposentadoria por incapacidade permanente aos segurados do</p><p>Regime Geral de Previdência Social, ressalvado o disposto no inciso II</p><p>do § 3º deste artigo; e</p><p>IV - do § 2º do art. 19 e do § 2º do art. 21, ressalvado o disposto no § 5º</p><p>deste artigo.</p><p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>Art. 26. (...)</p><p>§ 3º O valor do benefício de aposentadoria corresponderá a 100% (cem</p><p>por cento) da média aritmética definida na forma prevista no caput e no §</p><p>1º:</p><p>I - no caso do inciso II do § 2º do art. 20;</p><p>II - no caso de aposentadoria por incapacidade permanente, quando</p><p>decorrer de acidente de trabalho, de doença profissional e de doença do</p><p>trabalho.</p><p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>A média antiga descartava os 20% menores, o que atualmente não ocorre</p><p>mais, ou seja, o novo SB é 100% dos rendimentos desde 1994 (quando se</p><p>iniciou o plano real).</p><p>Atualmente, quando maior o tempo de contribuição maior o percentual do SB</p><p>para receber após aposentadoria.</p><p>Se a aposentadoria por incapacidade permanente não decorrer de acidentes</p><p>de trabalho ou doenças profissionais, o valor do benefício não é de 100%.</p><p>Ex1: Um homem que contribuiu por 8 anos e se aposentou por um acidente</p><p>comum, qual o valor do AIP?</p><p>8 anos são 96 meses, com os quais deve-se fazer uma média aritmética para</p><p>descobrir o SB, que se supõem para fins didáticos em R$ 4.000.</p><p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>Regra -> RMI = SB X 60% + (2% por ano acima de 20)</p><p>RMI = 4000 x 60% (não acrescenta nada porque não contribuiu mais de 20</p><p>anos).</p><p>RMI = 2.400 (valor da aposentadoria por incapacidade permanente).</p><p>Ex2: Um homem que contribuiu por 8 anos, sofreu um acidente comum e</p><p>faleceu em virtude deste, qual é o valor da pensão por morte?</p><p>Faleceu não aposentado, então tem que simular quanto seria a aposentadoria</p><p>por invalidez (base de cálculo = RMI), da mesma forma que no exemplo</p><p>anterior. Supõe-se novamente que SB ficou em R$ 4.000,00 e que possui 2</p><p>dependentes.</p><p>RMI = 4000 (SB) x 60% (não acrescenta nada porque não contribuiu mais de</p><p>20 anos). RMI= 2.400</p><p>Regra -> PM = 50% (cota familiar fixa) + 10% x nº de dependente (taxa de</p><p>reposição) x Base de cálculo (que pode ser o valor da aposentadoria ou o SB)</p><p>Então será 50% + (10% x 2) + 2400</p><p>PM = 70% de 2400 = 1680.</p><p>Considerando que são dois dependentes, R$840,00 é cota de cada um.</p><p>TEMA 6</p><p>RGPS: benefício por incapacidade temporária, aposentadoria por</p><p>incapacidade permanente e auxílio acidente</p><p>BENEFÍCIOS:</p><p>Perguntas para analisar um benefício:</p><p>1) Qual é o requisito principal (fato gerador)?</p><p>2) Há carência?</p><p>3) Quais são os beneficiários?</p><p>4) Qual a renda mensal inicial (RMI)?</p><p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>5) A partir de quando ele é devido (DIB - data de início do benefício)?</p><p>6) Quando ele cessa (DCB – data de início do benefício)?</p><p>❖AUXÍLIO DOENÇA – AUXÍLIO POR INCAPACIDADE</p><p>TEMPORÁRIA</p><p>● Beneficiários:</p><p>Todos os segurados.</p><p>● Concessão:</p><p>Conforme art. 59 (remissão ao art. 26, II que trata da isenção de carência), o</p><p>requisito principal é a incapacidade por mais de 15 dias consecutivos.</p><p>Art. 59. O auxílio-doença será devido ao segurado que, havendo</p><p>cumprido, quando for o caso, o período de carência exigido nesta Lei, ficar</p><p>incapacitado para o seu trabalho ou para a sua atividade habitual por mais</p><p>de 15 (quinze) dias consecutivos.</p><p>§ 1º Não será devido o auxílio-doença ao segurado que se filiar ao</p><p>Regime Geral de Previdência Social já portador da doença ou da lesão</p><p>invocada como causa para o benefício, exceto quando a incapacidade</p><p>sobrevier por motivo de progressão ou agravamento da doença ou da</p><p>lesão. (Redação dada pela Lei nº 13.846, de 2019)</p><p>No caso do empregado, a empresa tem o ônus de pagar os primeiros 15 dias</p><p>de incapacidade.</p><p>Quando o segurado já é portador de uma lesão, ele pode invocar esta doença</p><p>ou lesão para fins de auxilio doença?</p><p>Em regra não, conforme §1º do artigo supramencionado, salvo quando houver</p><p>incapacidade derivada do agravamento da lesão preexistente. Por tal razão é</p><p>que o perito médico deve analisar a data de inicio da incapacidade, que deve</p><p>ser posterior a data em que se filiou ao sistema.</p><p>● Carência:</p><p>12 contribuições mensais.</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13846.htm#art24</p><p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>● Inicio do benefício:</p><p>O art. 60 vai tratar da DIB, senão vejamos:</p><p>Art. 60. O auxílio-doença será devido ao segurado empregado a contar</p><p>do décimo sexto dia do afastamento da atividade, e, no caso dos demais</p><p>segurados, a contar da data do início da incapacidade e enquanto ele</p><p>permanecer incapaz. (Redação dada pela Lei nº 9.876, de 26.11.99)</p><p>§ 1º Quando requerido por</p><p>segurado afastado da atividade por mais de</p><p>30 (trinta) dias, o auxílio-doença será devido a contar da data da entrada</p><p>do requerimento.</p><p>Se a data de entrada no requerimento (DER) não for mais de 30 dias após a</p><p>lesão ou doença, aplica-se o caput do art. 60, ou seja, a DIB será o decimo</p><p>sexto dia da incapacidade. Se a DER for mais de 30 dias após a lesão ou</p><p>doença, aplica-se ao §1º, ou seja, a DIB será a data do requerimento.</p><p>● Renda mensal inicial:</p><p>RMI = 91% X SB</p><p>Art. 61. O auxílio-doença, inclusive o decorrente de acidente do trabalho,</p><p>consistirá numa renda mensal correspondente a 91% (noventa e um por</p><p>cento) do salário-de-benefício, observado o disposto na Seção III,</p><p>especialmente no art. 33 desta Lei. (Redação dada pela Lei nº</p><p>9.032, de 1995)</p><p>Cabe esclarecer que, ainda que a incapacidade possa cessar com a realização</p><p>de uma cirurgia pelo indivíduo, o INSS não pode nega-lo pela não realização</p><p>do procedimento, uma vez que a cirurgia é uma faculdade do adoentado. (art.</p><p>101, III, in fine da Lei).</p><p>Importante ter em mente que é possível que alguém com benefício por</p><p>incapacidade temporária continue a exercer atividade remunerada. Ex: Um</p><p>bailarino que é cantor lírico, com problemas nas cordas vocais recebe auxilio</p><p>doença, mas pode continuar sendo bailarino e contribuindo com a previdência.</p><p>❖APOSENTADORIA POR INVALIDEZ</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9876.htm#art60</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9032.htm#art3</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9032.htm#art3</p><p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>● Beneficiários:</p><p>Todos os segurados.</p><p>● Concessão:</p><p>Para aposentadoria por invalidez, deve haver uma incapacidade total e</p><p>permanente, ou seja, não é possível se habilitar para outras atividades (art. 42</p><p>da Lei). Nesse sentido, deve-se frisar que a aposentadoria por invalidez pode</p><p>cessar a qualquer momento, isto é, possui reversibilidade/precariedade.</p><p>Resta esclarecer que essa análise é casuística e considerará não só a</p><p>profissão do indivíduo, como a sua idade e a possibilidade de se adaptar à</p><p>outras atividades.</p><p>Art. 42. A aposentadoria por invalidez, uma vez cumprida, quando for o</p><p>caso, a carência exigida, será devida ao segurado que, estando ou não</p><p>em gozo de auxílio-doença, for considerado incapaz e insusceptível de</p><p>reabilitação para o exercício de atividade que lhe garanta a subsistência,</p><p>e ser-lhe-á paga enquanto permanecer nesta condição.</p><p>§ 1º A concessão de aposentadoria por invalidez dependerá da</p><p>verificação da condição de incapacidade mediante exame</p><p>médico-pericial a cargo da Previdência Social, podendo o segurado, às</p><p>suas expensas, fazer-se acompanhar de médico de sua confiança.</p><p>§ 1º-A. O exame médico-pericial previsto no § 1º deste artigo poderá ser</p><p>realizado com o uso de tecnologia de telemedicina ou por análise</p><p>documental conforme situações e requisitos definidos em</p><p>regulamento. (Incluído pela Lei nº 14.724, de 2023)</p><p>§ 2º A doença ou lesão de que o segurado já era portador ao filiar-se ao</p><p>Regime Geral de Previdência Social não lhe conferirá direito à</p><p>aposentadoria por invalidez, salvo quando a incapacidade sobrevier por</p><p>motivo de progressão ou agravamento dessa doença ou lesão.</p><p>Cabe destacar que após completar 55 anos e decorridos 15 anos da data da</p><p>concessão da aposentadoria por invalidez ou auxilio doença, não há mais</p><p>necessidade de exame pericial bienal. Também ficará isento do exame o</p><p>indivíduo que possui mais de 70 anos.</p><p>Assim, vê-se que a aposentadoria por invalidez e o auxílio doença possuem a</p><p>mesma raiz. O auxilio por incapacidade temporária se dá quando há</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2023-2026/2023/Lei/L14724.htm#art12</p><p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>possibilidade de recuperação e a aposentadoria por invalidez quando se</p><p>vislumbra possibilidade de adaptação para atividades habituais.</p><p>O auxilio doença não é requisito para aposentadoria por invalidez, porém é o</p><p>que em regra ocorre, já que a aposentadoria só ocorrerá com a constatação da</p><p>impossibilidade de recuperação.</p><p>Art. 43. A aposentadoria por invalidez será devida a partir do dia</p><p>imediato ao da cessação do auxílio-doença, ressalvado o disposto nos</p><p>§§ 1º, 2º e 3º deste artigo.</p><p>§ 1º Concluindo a perícia médica inicial pela existência de incapacidade</p><p>total e definitiva para o trabalho, a aposentadoria por invalidez, quando</p><p>decorrente de acidente do trabalho, será concedida a partir da data em</p><p>que o auxílio-doença deveria ter início, e, nos demais casos, será</p><p>devida:</p><p>§ 1º Concluindo a perícia médica inicial pela existência de incapacidade</p><p>total e definitiva para o trabalho, a aposentadoria por invalidez será</p><p>devida: (Redação dada pela Lei nº 9.032, de 1995)</p><p>a) ao segurado empregado ou empresário, definidos no art. 11 desta lei,</p><p>a contar do 16º (décimo sexto) dia do afastamento da atividade ou a</p><p>partir da data da entrada do requerimento se entre o afastamento e a</p><p>entrada do requerimento decorrerem mais de 30 (trinta) dias;</p><p>a) ao segurado empregado, a contar do décimo sexto dia do</p><p>afastamento da atividade ou a partir da entrada do requerimento, se</p><p>entre o afastamento e a entrada do requerimento decorrerem mais de</p><p>trinta dias; (Redação Dada pela Lei nº 9.876, de 26.11.99)</p><p>b) ao segurado empregado doméstico, autônomo e equiparado,</p><p>trabalhador avulso, segurado especial ou facultativo, definidos nos arts.</p><p>11 e 13 desta lei, a contar da data do início da incapacidade ou da data</p><p>da entrada do requerimento, se entre essas datas decorrerem mais de</p><p>30 (trinta) dias.</p><p>b) ao segurado empregado doméstico, trabalhador avulso, contribuinte</p><p>individual, especial e facultativo, a contar da data do início da</p><p>incapacidade ou da data da entrada do requerimento, se entre essas</p><p>datas decorrerem mais de trinta dias. (Redação Dada pela Lei</p><p>nº 9.876, de 26.11.99)</p><p>§ 2º Durante os primeiros 15(quinze) dias de afastamento da atividade</p><p>por motivo de invalidez, caberá à empresa pagar ao segurado</p><p>empregado o salário ou, ao segurado empresário, a remuneração.</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9032.htm#art3</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9876.htm#art2</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9876.htm#art2</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9876.htm#art2</p><p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>§ 2o Durante os primeiros quinze dias de afastamento da atividade por</p><p>motivo de invalidez, caberá à empresa pagar ao segurado empregado o</p><p>salário. (Redação Dada pela Lei nº 9.876, de 26.11.99)</p><p>§ 3º Em caso de doença de segregação compulsória, a aposentadoria</p><p>por invalidez independerá de auxílio-doença prévio e de exame</p><p>médico-pericial pela Previdência Social, sendo devida a partir da data da</p><p>segregação. (Revogado pela Lei nº 9.032, de 1995)</p><p>§ 4º O segurado aposentado por invalidez poderá ser convocado a</p><p>qualquer momento para avaliação das condições que ensejaram o</p><p>afastamento ou a aposentadoria, concedida judicial ou</p><p>administrativamente, observado o disposto no art. 101.</p><p>(Incluído pela Medida Provisória nº 739, de 2016) (Vigência</p><p>encerrada)</p><p>§ 4o O segurado aposentado por invalidez poderá ser convocado a</p><p>qualquer momento para avaliação das condições que ensejaram o</p><p>afastamento ou a aposentadoria, concedida judicial ou</p><p>administrativamente, observado o disposto no art. 101 desta</p><p>Lei. (Incluído pela Lei nº 13.457, de 2017)</p><p>§ 5º O segurado aposentado por invalidez poderá ser convocado a</p><p>qualquer momento para avaliação das condições que ensejaram o</p><p>afastamento ou a aposentadoria, concedida judicial ou</p><p>administrativamente, observado o disposto no art. 101. (Incluído</p><p>pela Medida Provisória nº 767, de 2017, (Convertido na Lei nº</p><p>13.457, de 2017))</p><p>§ 5º A pessoa com HIV/aids é dispensada da avaliação referida no § 4º</p><p>deste artigo. (Redação dada pela Lei nº 13.847, de 2019)</p><p>● Carência:</p><p>180 meses de contribuição mensal.</p><p>● Inicio do benefício:</p><p>Ressalte-se que, da mesma forma que no auxílio</p><p>doença, a empresa arca com</p><p>os 15 primeiros dias de afastamento, enquanto que o INSS arcará com os dias</p><p>subsequentes ao 15º dia.</p><p>É importante frisar que, por óbvio, a aposentadoria por incapacidade</p><p>permanente é absolutamente incompatível com o trabalho remunerado.</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9876.htm#art2</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9032.htm#art8</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2016/Mpv/mpv739.htm#art1</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2016/Congresso/adc-058-mpv739.htm</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2016/Congresso/adc-058-mpv739.htm</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13457.htm#art1</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Mpv/mpv767.htm#art1</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Mpv/mpv767.htm#art1</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13457.htm</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13457.htm</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13847.htm#art1</p><p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>● Renda mensal inicial:</p><p>RMI = 60% + (2% por ano excedente a 20 se H ou 15 se M) X SB</p><p>O art. 45 da lei 8213, traz a chamada “grande invalidez” que prevê um</p><p>acréscimo de 25% para aqueles que possuem doenças previstas no anexo I da</p><p>Lei.</p><p>O acréscimo de 25% será excluído da base de cálculo para pensão por morte,</p><p>conforme alínea c do parágrafo único do art. 45 da Lei 8213.</p><p>Cabe salientar que o acréscimo de 25% não se entende para nenhum outro</p><p>benefício, conforme já decidido pelo STF e nos moldes do princípio da pré</p><p>existência do custeio, previsto no art. 195, §5º da CRFB.</p><p>Obs: O benefício será reajustado anualmente em janeiro, pelo índice do INPC.</p><p>Art. 44. A aposentadoria por invalidez, observado o disposto na Seção III</p><p>deste capítulo, especialmente no art. 33, consistirá numa renda mensal</p><p>correspondente a:</p><p>a) 80% (oitenta por cento) do salário-de-benefício, mais 1% (um por</p><p>cento) deste, por grupo de 12 (doze) contribuições, não podendo</p><p>ultrapassar 100% (cem por cento) do salário-de-benefício; ou</p><p>b) 100% (cem por cento) do salário-de-benefício ou do</p><p>salário-de-contribuição vigente no dia do acidente, o que for mais</p><p>vantajoso, caso o benefício seja decorrente de acidente do trabalho.</p><p>Art. 44. A aposentadoria por invalidez, inclusive a decorrente de acidente</p><p>do trabalho, consistirá numa renda mensal correspondente a 100% (cem</p><p>por cento) do salário-de-benefício, observado o disposto na Seção III,</p><p>especialmente no art. 33 desta Lei. (Redação dada pela Lei nº</p><p>9.032, de 1995)</p><p>§ 1º No cálculo do acréscimo previsto na alínea a deste artigo, será</p><p>considerado como período de contribuição o tempo em que o segurado</p><p>recebeu auxílio-doença ou outra aposentadoria por</p><p>invalidez. (Revogado pela Lei nº 9.528, de 1997)</p><p>§ 2º Quando o acidentado do trabalho estiver em gozo de</p><p>auxílio-doença, o valor da aposentadoria por invalidez será igual ao do</p><p>auxílio-doença se este, por força de reajustamento, for superior ao</p><p>previsto neste artigo.</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9032.htm#art3</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9032.htm#art3</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9528.htm#art15</p><p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>Art. 45. O valor da aposentadoria por invalidez do segurado que</p><p>necessitar da assistência permanente de outra pessoa será</p><p>acrescido de 25% (vinte e cinco por cento).</p><p>Parágrafo único. O acréscimo de que trata este artigo:</p><p>a) será devido ainda que o valor da aposentadoria atinja o limite máximo</p><p>legal;</p><p>b) será recalculado quando o benefício que lhe deu origem for</p><p>reajustado;</p><p>c) cessará com a morte do aposentado, não sendo incorporável ao</p><p>valor da pensão.</p><p>Art. 46. O aposentado por invalidez que retornar voluntariamente à</p><p>atividade terá sua aposentadoria automaticamente* cancelada, a partir</p><p>da data do retorno.</p><p>(*CONJUGAR COM ART 11 DA LEI 10666)</p><p>Art. 47. Verificada a recuperação da capacidade de trabalho do</p><p>aposentado por invalidez, será observado o seguinte procedimento:</p><p>I - quando a recuperação ocorrer dentro de 5 (cinco) anos, contados da</p><p>data do início da aposentadoria por invalidez ou do auxílio-doença que a</p><p>antecedeu sem interrupção, o benefício cessará:</p><p>a) de imediato, para o segurado empregado que tiver direito a retornar à</p><p>função que desempenhava na empresa quando se aposentou, na forma</p><p>da legislação trabalhista, valendo como documento, para tal fim, o</p><p>certificado de capacidade fornecido pela Previdência Social; ou</p><p>b) após tantos meses quantos forem os anos de duração do</p><p>auxílio-doença ou da aposentadoria por invalidez, para os demais</p><p>segurados;</p><p>II - quando a recuperação for parcial, ou ocorrer após o período do inciso</p><p>I, ou ainda quando o segurado for declarado apto para o exercício de</p><p>trabalho diverso do qual habitualmente exercia, a aposentadoria será</p><p>mantida, sem prejuízo da volta à atividade:</p><p>a) no seu valor integral, durante 6 (seis) meses contados da data em que</p><p>for verificada a recuperação da capacidade;</p><p>b) com redução de 50% (cinqüenta por cento), no período seguinte de 6</p><p>(seis) meses;</p><p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>c) com redução de 75% (setenta e cinco por cento), também por igual</p><p>período de 6 (seis) meses, ao término do qual cessará definitivamente.</p><p>❖AUXILIO ACIDENTE</p><p>● Conceito</p><p>Quando houve um acidente comum de trabalho, inicialmente o segurado</p><p>receberá o auxílio incapacidade temporária (auxílio doença). Posteriormente,</p><p>quando ocorrer a consolidação das lesões e constatação de que não há mais</p><p>incapacidade para o trabalho, mas apenas um prejuízo na capacidade, é que</p><p>será aplicável o auxílio acidente.</p><p>Cabe destacar, desde já, que o auxílio doença tem caráter complementar, uma</p><p>vez que não é incompatível com o trabalho remunerado.</p><p>O fato gerador é, portanto, a sequela definitiva causada por acidente de</p><p>qualquer natureza.</p><p>● Carência</p><p>Não há carência, conforme art. 26, I, da Lei 8213.</p><p>● Beneficiários</p><p>Empregado, avulso, segurado especial e empregado doméstico. A contrário</p><p>sensu, não fazem jus o CI e o segurado facultativo. Ex: pedreiro</p><p>A razão disso é que só fazem jus ao auxílio acidente aqueles que contribuíram</p><p>com o SAT (seguro de acidente de trabalho).</p><p>Obs: Uma dica de estudo é que o empregado e o avulso fazem jus a qualquer</p><p>benefício.</p><p>● Inicio do benefício:</p><p>O benefício é devido a partir do término do auxílio doença.</p><p>É possível que o segurado tenha ignorado o auxílio doença?</p><p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>Sim, se o segurado requereu o auxílio doença quando não estava mais</p><p>incapacitado, não terá mais direito a este primeiro, mas passará a receber</p><p>diretamente o auxílio acidente.</p><p>● RMI</p><p>RMI = 50% X SB</p><p>A RMI é 50% do salário de benefício, sendo possível que a RMI seja inferior a</p><p>um salário mínimo.</p><p>Quando o INSS for conceder o auxílio doença, a RMI será 91% do SB. Já no</p><p>auxílio acidente, será 50% do SB. Nesse sentido, cabe destacar que não se</p><p>deve contabilizar o AIT, mas o SB utilizado para calcular àquele, ou seja,</p><p>despreza-se o os valores recebidos como benefício de auxílio doença para</p><p>estipular o SB.</p><p>A respeito do tema é importante destacar algumas diferenças entres o acidente</p><p>comum e o acidente de trabalho, senão vejamos:</p><p>ACIDENTE COMUM ACIDENTE DE TRABALHO</p><p>Competência é do juiz federal Competência é do juiz estadual</p><p>Não há CAT Há CAT</p><p>Não gera FGTS e/ou estabilidade</p><p>(art. 118 da Lei 8213)</p><p>gera FGTS e estabilidade (art. 118 da</p><p>Lei 8213)</p><p>Obs: CAT = Comunicação de acidente do trabalho (comunica-se a previdência)</p><p>Quando o acidente é de trabalho e couber auxílio doença, chama-se auxílio</p><p>acidentário. Quando o auxílio doença derivar de um acidente comum,</p><p>chama-se auxílio previdenciário.</p><p>Após 2019, tanto se for acidentário ou previdenciário, a RMI especificamente</p><p>do auxílio doença sempre será 91% do SB (art. 26 da EC).</p><p>Ex: Maria é empregada doméstica, sofreu um acidente e passou a receber</p><p>auxílio doença. Meses depois pôde voltar a trabalhar,</p><p>mas ficou com sequelas</p><p>permanentes. Maria terá direito ao auxílio acidente.</p><p>Se uma empresa tem muitos acidentes de trabalho, isso trará reflexos nas</p><p>contribuições futuras. O reconhecimento do acidente de trabalho é prejudicial à</p><p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>empresa, motivo pelo qual há algumas garantias para que isso ocorra sem</p><p>fraudes.</p><p>Outrossim, importante saber que o empregador é quem deve realizar a</p><p>comunicação do acidente de trabalho, mas na omissão, o próprio empregado</p><p>ou outras autoridades podem fazê-lo.</p><p>Na lei 8213, em seu art. 21-A, cita-se o nexo técnico epidemiológico entre o</p><p>trabalho e o agravo, mas também há possibilidade de a empresa discutir</p><p>(recorrer) sobre o laudo técnico.</p><p>TEMA 7</p><p>RGPS: aposentadoria programada; aposentadoria programada do</p><p>professor do ensino infantil, fundamental e médio; aposentadoria por</p><p>idade rural; aposentadorias do deficiente físico e aposentadoria especial</p><p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>Inicialmente cabe relembrar que a CRFB passou por três reformas:</p><p>A EC 20 estruturou a previdência e alterou o regime geral.</p><p>A EC 41 c/alterou os regimes próprios. Foi a primeira alusão de que o RPPS</p><p>seria limitado ao teto e criou o regime complementar.</p><p>A EC 103/2019 por sua vez alterou tanto o RGPS quanto o RPPS.</p><p>A lei 8213/91 ainda não está atualizada com a EC 103, ou seja, parte da lei não</p><p>foi recepcionado. Por outro lado, o decreto regulamentar (Dec. 3048/99) está</p><p>atualizado com a EC 103 e não com a Lei 8213/91.</p><p>Levando em conta estas alterações, conclui-se que o segurado pode estar em</p><p>três situações:</p><p>I) Direito adquirido;</p><p>Quando pela legislação anterior já tiver cumprido todos os requisitos para</p><p>algum dos benefícios previdenciários.</p><p>II) Expectativa de direito;</p><p>III) Segurado novo.</p><p>DIREITO ADQUIRIDO EXPECTATIVA DE</p><p>DIREITO</p><p>SEGURADO NOVO</p><p>1. Aposentadoria</p><p>urbana;</p><p>2. Ap. por tempo de</p><p>contribuição;</p><p>3. Ap. por tempo de</p><p>contrib. do professor;</p><p>4. Ap. por idade rural;</p><p>5. Ap. do deficiente;</p><p>6. Ap. por invalidez;</p><p>7. Ap. Especial.*</p><p>Regras de transição</p><p>para:</p><p>1.Aposentadoria</p><p>programada urbana;</p><p>2. Ap. programada do</p><p>professor;</p><p>3. Ap. especial.</p><p>1. Aposentadoria</p><p>programada urbana;</p><p>2. Ap. programada do</p><p>professor;</p><p>3. Ap. por idade rural;</p><p>4. Ap. do deficiente;</p><p>5. Ap. por</p><p>incapacidade</p><p>permanente;</p><p>6. Ap. especial.</p><p>As aposentadorias por idade rural e do deficiente mantiveram-se vigentes. A</p><p>aposentadoria especial não mudou a nomenclatura, mas mudou os requisitos.</p><p>Por outro lado, a aposentadoria por invalidez mudou a nomenclatura, mas</p><p>manteve o nome.</p><p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>A estratégia adotada pela ultima reforma foi a desconstitucionalização, o que</p><p>de fato foi alcançado.</p><p>Regras definitivas (aplicadas a quem ingressar no RGPS após EC</p><p>103/2019):</p><p>● Inicio de previsão constitucional.</p><p>● Regulamentação por LC ou LO.</p><p>Até que sejam editadas as leis, aplicam-se dispositivos provisórios da parte</p><p>final da EC 103 (editadas as leis, suspendem-se automaticamente os efeitos</p><p>dos dispositivos da parte final da EC 103/2019).</p><p>❖APOSENTADORIA PROGRAMADA</p><p>Aposentadoria programada tem previsão no art. 201, §7º da CRFB; art. 19 da</p><p>EC 103/2019; art. 49 da Lei 8213/91.</p><p>● Beneficiários:</p><p>Todos os segurados.</p><p>● Concessão:</p><p>I) Idade:</p><p>Homem => 65 anos;</p><p>Mulher => 62 anos;</p><p>II) Tempo de contribuição (a ser previsto em lei).</p><p>Provisoriamente, art. 19, EC 103/2019;</p><p>Homem => 20 anos;</p><p>Mulher => 15 anos.</p><p>● Carência:</p><p>180 meses de contribuição mensal.</p><p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>● Inicio do benefício:</p><p>O Art. 49 da Lei 8213/91 traz as regras para início do benefício:</p><p>Art. 49. A aposentadoria por idade será devida:</p><p>I - ao segurado empregado, inclusive o doméstico, a partir:</p><p>a) da data do desligamento do emprego, quando requerida até essa</p><p>data ou até 90 (noventa) dias depois dela; ou</p><p>b) da data do requerimento, quando não houver desligamento do</p><p>emprego ou quando for requerida após o prazo previsto na alínea "a";</p><p>II - para os demais segurados, da data da entrada do requerimento.</p><p>● Renda mensal inicial:</p><p>RMI (art. 26 da EC 103/2019)</p><p>Base = média aritmética de todos os salários de contribuição;</p><p>Alíquota = 60% + 2% para cada ano de contribuição além de 20 anos para</p><p>homens; ou 15 anos para mulheres.</p><p>Obs: É a antiga aposentadoria por idade, não sendo em regra ensejadora de</p><p>rompimento do contrato de trabalho (salvo empregado de EP ou SEM, em</p><p>virtude da EC 103)</p><p>Obs: A concessão não importa cessação do contrato de trabalho (ADI 1271),</p><p>exceto para empregados públicos (art. 37, §14, da CRFB). Empregados</p><p>públicos submetem-se também a aposentadoria compulsória (art. 201, §16, da</p><p>CRFB).</p><p>❖APOSENTADORIA PROGRAMADA DE PROFESSOR</p><p>DO ENSINO FUNDAMENTAL</p><p>● Beneficiários:</p><p>Apenas professores do ensino infantil, fundamental e médio.</p><p>● Concessão:</p><p>I) Idade:</p><p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>Homem => 60 anos;</p><p>Mulher => 57 anos;</p><p>II) Tempo de contribuição (a ser previsto por LC).</p><p>Provisoriamente previsto no art. 19, §1º, II, EC 103/2019</p><p>Homem ou mulher => 25 anos de exercício de magistério</p><p>Nos demais itens, aplicam-se as regras gerais da aposentadoria programada e</p><p>está prevista no art. 201, §8 da CRFB.</p><p>● Carência:</p><p>180 meses de contribuição mensal. (para os segurados especiais, 180 meses</p><p>de trabalho, mesmo que de forma descontínua)</p><p>● Inicio do benefício:</p><p>Aplicam-se as regras gerais da aposentadoria programada.</p><p>● Renda mensal inicial:</p><p>Aplicam-se as regras gerais da aposentadoria programada.</p><p>❖APOSENTADORIA POR IDADE RURAL</p><p>● Beneficiários:</p><p>Empregado, segurado especial, avulso e contribuinte individual autônomo,</p><p>conforme art. 201, §7º, II, CRFB. slide</p><p>● Concessão:</p><p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>I) Idade:</p><p>Homem => 60 anos;</p><p>Mulher => 55 anos.</p><p>● Carência:</p><p>180 meses de contribuição mensal. (para os segurados especiais, 180 meses</p><p>de trabalho, mesmo que de forma descontínua)</p><p>● Inicio do benefício:</p><p>Aplicam-se as regras gerais da aposentadoria programada.</p><p>● Renda mensal inicial:</p><p>Para o empregado, trabalhador avulso e contribuinte individual autônomo (art.</p><p>26, §2°, da EC 103/2019)</p><p>Para o segurado especial – 1 salário mínimo.</p><p>❖APOSENTADORIA DO DEFICIENTE FÍSICO</p><p>Previsto no art. 201, §1º, I, CRFB; art. 22 da EC 103; LC 142/203 – por idade e</p><p>por tempo de contribuição.</p><p>● Beneficiários:</p><p>Deficientes físicos.</p><p>● Concessão:</p><p>Por contribuição:</p><p>Art. 3o É assegurada a concessão de aposentadoria pelo RGPS ao</p><p>segurado com deficiência, observadas as seguintes condições:</p><p>I - aos 25 (vinte e cinco) anos de tempo de contribuição, se homem, e 20</p><p>(vinte) anos, se mulher, no caso de segurado com deficiência grave;</p><p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>II - aos 29 (vinte e nove) anos de tempo de contribuição, se homem, e 24</p><p>(vinte e quatro) anos, se mulher, no caso de segurado com deficiência</p><p>moderada;</p><p>III - aos 33 (trinta e três) anos de tempo de contribuição, se homem, e 28</p><p>(vinte e oito) anos, se mulher, no caso de segurado com deficiência leve;</p><p>ou</p><p>A análise da gravidade da deficiência é clínica e social, sendo casuística.</p><p>Por idade:</p><p>IV - aos 60 (sessenta) anos de idade, se homem, e 55 (cinquenta e</p><p>cinco) anos de idade, se mulher, independentemente do grau de</p><p>deficiência, desde que cumprido tempo mínimo de contribuição de 15</p><p>(quinze) anos e comprovada a existência de deficiência durante igual</p><p>período.</p><p>● Carência:</p><p>180 meses de contribuição mensal.</p><p>● Renda mensal inicial:</p><p>Art. 8o A renda mensal da aposentadoria devida ao segurado com</p><p>deficiência será calculada aplicando-se sobre o salário de benefício,</p><p>apurado em conformidade com o disposto no art. 29 da Lei no 8.213, de</p><p>24 de julho de 1991, os seguintes percentuais:</p><p>I - 100% (cem por cento), no caso da aposentadoria de que tratam os</p><p>incisos I, II e III do art. 3o; ou</p><p>II - 70% (setenta por cento) mais 1% (um por cento) do salário de</p><p>benefício por grupo de 12 (doze) contribuições mensais até o máximo de</p><p>30% (trinta por cento), no caso de aposentadoria por idade.</p><p>❖APOSENTADORIA ESPECIAL</p><p>Prevista no art.</p><p>201, §1, I, da CRFB; art. 19, §1°, I, da EC 103/2019; arts. 57 e</p><p>58, da Lei n° 8.213/1991)</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8213cons.htm#art29</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8213cons.htm#art29</p><p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>Obs: Os Arts. 57 e 58 que regulamentam a aposentadoria especial só podem</p><p>ser alterados por LC.</p><p>Aplicam-se as regras gerais da aposentadoria programada</p><p>● Beneficiários:</p><p>Segurados expostos à insalubridade.</p><p>● Concessão:</p><p>Idade 55 anos – 15 anos de contribuição com exposição a agentes de nível alto</p><p>Idade 58 anos – 20 anos de contribuição com exposição a agentes de nível</p><p>médio</p><p>Idade 60 anos – 25 anos de contribuição com exposição a agentes de nível</p><p>baixo</p><p>● Carência:</p><p>180 meses de contribuição mensal.</p><p>● Renda mensal inicial:</p><p>Segue o art. 26, da EC 103/2019.</p><p>Obs: para as mulheres que se aposentam aos 55 anos, o adicional de 2%</p><p>incide sobre o tp de contribuição que ultrapassa 15 anos.</p><p>Obs: A analise quanto a nível da exposição segue os critérios que estão no</p><p>anexo 4 do Decreto 3048/99.</p><p>A forma de provas a insalubridade mudou muito durante o tempo. Até 1995 o</p><p>enquadramento se atrelava ao disposto na carteira de trabalho. Entre 1995 e</p><p>1998 passou a se exigir um laudo, até então genérico. Após 1998 há</p><p>necessidade de um laudo específico para cada trabalhador.</p><p>Importante considerar, todavia, a máxima "tempus regit actum”, ou seja, a lei</p><p>para comprovar a insalubridade a será à vigente ao período correspondente.</p><p>Desta forma, é possível que um mesmo segurado tenha que comprovar a</p><p>insalubridade de três formas diferentes.</p><p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>O INSS defendia a tese de que o uso de EPI, por neutralizar a insalubridade,</p><p>faria com que o segurado não fizesse jus a aposentadoria especial. O STF</p><p>decidiu que se no laudo que verifica a insalubridade houver indicação de uso</p><p>de equipamento de proteção e que esta ação neutraliza os agentes nocivos, o</p><p>tempo não será contabilizado para aposentadoria especial. No mesmo</p><p>acórdão, criou-se uma exceção, qual seja: em ruídos nunca se pode afirmar</p><p>que o uso do EPI neutraliza a nocividade. (EPI – ARE 664.335)</p><p>Proibição de conversão de tempo especial em comum trabalhado após a EC</p><p>103/2019 em atividade comum. Não há jurisprudência ainda acerca do tema,</p><p>mas para o professor Marcelo tal disposição deve ser declarada</p><p>inconstitucional.</p><p>Ressalte-se que a EC 103 permanece vigente, portanto, nos casos em que o</p><p>segurado trabalhou apenas parte da vida na atividade especial, se antes da EC</p><p>103, contabilizar-se proporcionalmente este tempo a maior, aposentando-se</p><p>todavia pela aposentadoria programada. Por outro lado, se posterior a EC, o</p><p>tempo em atividade especial não será computado a maior, mas como tempo</p><p>equivalente, para fins de aposentadoria.</p><p>Obs: O decreto 3048/99 trata do tema no art. 77.</p><p>TEMA 8</p><p>RGPS: regras de transição para aposentadorias na Reforma da</p><p>Previdência (programada; programada do professor de ensino infantil,</p><p>fundamental e médio, e aposentadoria especial).</p><p>REGRAS DE TRANSIÇÃO:</p><p>❖ APOSENTADORIA PROGRAMADA:</p><p>1) REGRA DE PONTOS</p><p>⇨ art. 15, da EC 103/2019</p><p>I - 30 (trinta) anos de contribuição, se mulher, e 35 (trinta e cinco) anos de</p><p>contribuição, se homem; e</p><p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>II - somatório da idade e do tempo de contribuição, incluídas as frações,</p><p>equivalente a * 86 (oitenta e seis) pontos, se mulher, e 96 (noventa e seis)</p><p>pontos, se homem, observado o disposto nos §§ 1º e 2º.</p><p>III – 180 meses de carência</p><p>§ 1º A partir de 1º de janeiro de 2020, a pontuação a que se refere o inciso II do</p><p>caput será acrescida a cada ano de 1 (um) ponto, até atingir o limite de 100</p><p>(cem) pontos, se mulher, e de 105 (cento e cinco) pontos, se homem.</p><p>⇨ RMI - art. 26, da EC 103/2019</p><p>Atualmente, a regra do item II, está em 91 pontos para mulheres e 101 para</p><p>homens.</p><p>Ponto = tempo de contribuição + idade</p><p>Para mulheres: 91 – TC = IM</p><p>Para homens: 101 – TC = IM</p><p>Significa que a pontuação do item II menos o tempo de contribuição deve ser</p><p>igual a idade mínima para aposentadoria.</p><p>2) IDADE + CONTRIBUIÇÃO</p><p>⇨ art. 16, da EC 103/2019</p><p>I - 30 (trinta) anos de contribuição, se mulher, e 35 (trinta e cinco) anos de</p><p>contribuição, se homem; e</p><p>II - idade de 56 (cinquenta e seis) anos, se mulher, e 61 (sessenta e um)</p><p>anos, se homem.</p><p>III – 180 meses de carência</p><p>§ 1º A partir de 1º de janeiro de 2020, a idade a que se refere o inciso II do</p><p>caput será acrescida de 6 (seis) meses a cada ano, até atingir 62 (sessenta e</p><p>dois) anos de idade, se mulher, e 65 (sessenta e cinco) anos de idade, se</p><p>homem.</p><p>⇨ RMI - art. 26, da EC 103/2019</p><p>Atualmente, a regra do item II, é 58 anos e meio para mulher e 63 e meio para</p><p>homens.</p><p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>3) TEMPO + PEDÁGIO DE 50%</p><p>⇨ art. 17, da EC 103/2019</p><p>Se em 13.11.2019 contar com mais de 28 (vinte e oito) anos de contribuição, se</p><p>mulher, e 33 (trinta e três) anos de contribuição:</p><p>I - 30 (trinta) anos de contribuição, se mulher, e 35 (trinta e cinco) anos de</p><p>contribuição, se homem; e</p><p>II - cumprimento de período adicional correspondente a 50% (cinquenta por</p><p>cento) do tempo que, na data de entrada em vigor desta Emenda</p><p>Constitucional, faltaria para atingir 30 (trinta) anos de contribuição, se</p><p>mulher, e 35 (trinta e cinco) anos de contribuição, se homem.</p><p>III – 180 meses de carência</p><p>⇨ RMI: art. 26, da EC 103/2019 com aplicação de fator previdenciário.</p><p>Essa regra só se aplica a quem estava a 2 anos de se aposentar quando surgiu</p><p>a EC 103 (novembro de 2019).</p><p>Ex: A mulher que tinha 29 anos em novembro de 2019. Faltaria 1 ano para ela</p><p>completar 30 anos de contribuição. Assim deverá ser acrescido 50% de um ano</p><p>(= 6 meses) e ela poderá se aposentar após 1 anos e 6 meses a contar da data</p><p>da EC. Logo, em maio de 2021 ela se aposentaria.</p><p>4) IDADE + CARÊNCIA</p><p>⇨ art. 18, da EC 103/2019</p><p>I - 60 (sessenta) anos de idade, se mulher, e 65 (sessenta e cinco) anos de</p><p>idade, se</p><p>homem; e</p><p>II - 15 (quinze) anos de contribuição, para ambos os sexos.</p><p>III – 180 meses de carência</p><p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>§ 1º A partir de 1º de janeiro de 2020, a idade de 60 (sessenta) anos da mulher,</p><p>prevista no inciso I do caput, será acrescida em 6 (seis) meses a cada ano,</p><p>até atingir 62 (sessenta e dois) anos de idade.</p><p>⇨ RMI - art. 26, da EC 103/2019</p><p>Atualmente, a regra do item I, é 62 anos para mulher e 65 para homens.</p><p>5) IDADE + CONTRIBUIÇÃO + PEDÁGIO DE 100%</p><p>⇨ art. 20, da EC 103/2019</p><p>I - 57 (cinquenta e sete) anos de idade, se mulher, e 60 (sessenta) anos de</p><p>idade, se homem;</p><p>II - 30 (trinta) anos de contribuição, se mulher, e 35 (trinta e cinco) anos de</p><p>contribuição, se homem;</p><p>III - período adicional de contribuição correspondente ao tempo que, na</p><p>data de entrada em vigor desta Emenda Constitucional, faltaria para</p><p>atingir o tempo mínimo de contribuição referido no inciso II.</p><p>IV – 180 meses de carência</p><p>⇨ RMI - art. 26, da EC 103/2019 (alíquota de 100%)</p><p>Ressalte-se que nesta regra a idade é fixa. Por outro lado, o tempo de</p><p>contribuição faltante à época da mudança, será dobrado. Ex: faltava 1 ano de</p><p>contribuição, terá que passar 2 anos após novembro de 2019 para fazer jus ao</p><p>benefício.</p><p>❖ APOSENTADORIA DE PROFESSOR</p><p>1) CONTRIBUIÇÃO NO MAGISTÉRIO + PONTOS</p><p>⇨ art. 15, §3°, da EC 103/2019)</p><p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>I- 25 (vinte e cinco) anos de contribuição, se mulher, e 30 (trinta) anos de</p><p>contribuição, se homem (no magistério); e</p><p>II- o somatório da idade e do tempo de contribuição (de magistério ou</p><p>não), incluídas as frações, será equivalente a 81 (oitenta e um) pontos, se</p><p>mulher, e 91 (noventa e um) pontos, se homem.</p><p>III – 180 meses de carência</p><p>Obs: Ao somatório de pontos será acrescido, a partir de 1º de janeiro de 2020,</p><p>1 (um) ponto a cada ano para o homem e para a mulher, até atingir o limite de</p><p>92 (noventa e dois) pontos, se mulher, e 100 (cem) pontos, se homem.</p><p>RMI - art. 26, da EC 103/2019</p><p>2) IDADE + CONTRIBUIÇÃO NO MAGISTÉRIO</p><p>⇨ 16, §2°, da EC 103/2019</p><p>I - 25 anos</p><p>de contribuição, se mulher, e 30 anos de contribuição, se</p><p>homem (no magistério); e</p><p>II - idade de 51 anos, se mulher, e 56 anos, se homem.</p><p>III – 180 meses de carência.</p><p>⇨ RMI - art. 26, da EC 103/2019</p><p>3) IDADE + CONTRIBUIÇÃO + PEDÁGIO DE 100%</p><p>I - 52 anos de idade, se mulher, e 55 anos de idade, se homem;</p><p>II - 25 anos de contribuição, se mulher, e 30 anos de contribuição, se</p><p>homem (no magistério)</p><p>III - período adicional de contribuição (no magistério) correspondente ao</p><p>tempo que, na data de entrada em vigor desta Emenda Constitucional, faltaria</p><p>para atingir o tempo mínimo de contribuição referido no inciso II.</p><p>IV – 180 meses de carência</p><p>⇨ RMI - art. 26, da EC 103/2019 (alíquota de 100%)</p><p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>❖ APOSENTADORIA ESPECIAL</p><p>1) TEMPO DE EFETIVA EXPOSIÇÃO + PONTOS</p><p>⇨ art. 21, da EC 103/2019</p><p>I - 66 (sessenta e seis) pontos e 15 (quinze) anos de efetiva exposição a</p><p>agente de nível alto;</p><p>II - 76 (setenta e seis) pontos e 20 (vinte) anos de efetiva exposição a</p><p>agente de nível médio; e</p><p>III - 86 (oitenta e seis) pontos e 25 (vinte e cinco) anos de efetiva</p><p>exposição a agente de nível baixo.</p><p>IV – 180 meses de carência</p><p>⇨ RMI - art. 26, da EC 103/2019.</p><p>Obs: para as mulheres do inciso I, o adicional de 2% incide sobre o tp de cont</p><p>que ultrapassa 15 anos</p><p>TEMA 9</p><p>RGPS: salário-maternidade, salário-família, pensão por morte e</p><p>auxílio-reclusão; serviços.</p><p>Inicialmente cabe destacar alguns dados:</p><p>● Teto: R$7.786,02</p><p>● Piso: 1 salário mínimo R$1.412.00</p><p>Existem duas situações em que é possível ultrapassar o limite, quais sejam: I)</p><p>Salário maternidade, que é equivalente ao salário do empregado, não estando</p><p>limitado a este teto e sim ao STF (art. 7, XVIII, CRFB), e II) Aposentadoria por</p><p>incapacidade permanente, pois quando necessita do auxilio de outra pessoa, o</p><p>acréscimo de 25% faz com que o valor do benefício não seja limitado ao teto.</p><p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>❖SALÁRIO MATERNIDADE</p><p>⇨ Previsto nos arts. 71-A a 73, da Lei n° 8.213/1991</p><p>● Beneficiários</p><p>Todos os segurados. Por motivo de parto é pago à mulher, sendo certo que se</p><p>a mulher falecer antes do término do benefício o homem receberá, desde que</p><p>também seja segurado do RGPS.</p><p>Em caso de adoção, o salário é parental, ou seja, só se paga para um dos</p><p>cônjuges, mas o casal poderá escolher quem receberá.</p><p>● Conceito</p><p>O salário é pago por 120 dias no caso de parto ou adoção.</p><p>No caso de aborto ou natimorto é pago por 15 dias.</p><p>O STF já decidiu que, se a mãe e/ou a criança ficarem internados após o parto,</p><p>só se iniciará o prazo de 120 dias após a alta do último.</p><p>Cabe ressaltar que o pagamento só é operacionalizado pela empresa no caso</p><p>de parto, ou seja, em todas as outras hipóteses é operacionalizado pelo INSS.</p><p>● Carência</p><p>Não há carência no salário maternidade do empregado, empregado doméstico</p><p>ou avulso.</p><p>A carência no caso de contribuinte individual e segurado facultativo é 10 meses</p><p>de pagamento, enquanto para o segurado especial é 10 meses de trabalho.</p><p>● RMI</p><p>Do empregado e do avulso é o valor do salário integral, mesmo que ultrapasse</p><p>o teto.</p><p>Do empregado doméstico, a lei prevê a média aritmética dos 12 últimos</p><p>salários, limitado ao teto do RGPS. Para a doutrina esta previsão é</p><p>inconstitucional, mas não há decisão na jurisprudência.</p><p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>PERGUNTAR AO PROF</p><p>Na lei fala que é o ultimo salário do doméstico e o prof falou que é a média dos</p><p>últimos 12 meses</p><p>Para o contribuinte individual e do segurado facultativo é a média dos últimos</p><p>dos 12 salários, limitado ao teto do RGPS.</p><p>Por fim, para o segurado especial é um salário mínimo.</p><p>● DIB</p><p>No caso de parto é o dia do parto, mas a gestante pode pedir antecipação em</p><p>até 28 dias.</p><p>Na adoção a data é a da medida cautelar de guarda preparatória.</p><p>Art. 71. O salário-maternidade é devido à segurada da Previdência</p><p>Social, durante 120 (cento e vinte) dias, com início no período entre</p><p>28 (vinte e oito) dias antes do parto e a data de ocorrência deste,</p><p>observadas as situações e condições previstas na legislação no que</p><p>concerne à proteção à maternidade. (Redação dada pala Lei nº 10.710,</p><p>de .2003) (Vide Lei nº 13.985, de 2020)</p><p>Art. 71-A. Ao segurado ou segurada da Previdência Social que adotar ou</p><p>obtiver guarda judicial para fins de adoção de criança é devido</p><p>salário-maternidade pelo período de 120 (cento e vinte) dias.</p><p>(Redação dada pela Lei nº 12.873, de 2013)</p><p>§ 1o O salário-maternidade de que trata este artigo será pago</p><p>diretamente pela Previdência Social. (Redação dada pela Lei nº</p><p>12.873, de 2013)</p><p>§ 2o Ressalvado o pagamento do salário-maternidade à mãe biológica e</p><p>o disposto no art. 71-B, não poderá ser concedido o benefício a mais</p><p>de um segurado, decorrente do mesmo processo de adoção ou</p><p>guarda, ainda que os cônjuges ou companheiros estejam submetidos a</p><p>Regime Próprio de Previdência Social. (Incluído pela Lei nº 12.873, de</p><p>2013)</p><p>Art. 71-B. No caso de falecimento da segurada ou segurado que fizer</p><p>jus ao recebimento do salário-maternidade, o benefício será pago, por</p><p>todo o período ou pelo tempo restante a que teria direito, ao</p><p>cônjuge ou companheiro sobrevivente que tenha a qualidade de</p><p>segurado, exceto no caso do falecimento do filho ou de seu</p><p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>abandono, observadas as normas aplicáveis ao salário-maternidade.</p><p>(Incluído pela Lei nº 12.873, de 2013) (Vigência)</p><p>§ 1o O pagamento do benefício de que trata o caput deverá ser</p><p>requerido até o último dia do prazo previsto para o término do</p><p>salário-maternidade originário. (Incluído pela Lei nº 12.873, de 2013)</p><p>(Vigência)</p><p>§ 2o O benefício de que trata o caput será pago diretamente pela</p><p>Previdência Social durante o período entre a data do óbito e o último dia</p><p>do término do salário maternidade originário e será calculado sobre:</p><p>(Incluído pela Lei nº 12.873, de 2013) (Vigência)</p><p>I - a remuneração integral, para o empregado e trabalhador avulso;</p><p>(Incluído pela Lei nº 12.873, de 2013) (Vigência)</p><p>II - o último salário-de-contribuição, para o empregado doméstico;</p><p>(Incluído pela Lei nº 12.873, de 2013) (Vigência)</p><p>III - 1/12 (um doze avos) da soma dos 12 (doze) últimos salários de</p><p>contribuição, apurados em um período não superior a 15 (quinze)</p><p>meses, para o contribuinte individual, facultativo e desempregado;</p><p>e (Incluído pela Lei nº 12.873, de 2013) (Vigência)</p><p>IV - o valor do salário mínimo, para o segurado especial. (Incluído</p><p>pela Lei nº 12.873, de 2013) (Vigência)</p><p>§ 3o Aplica-se o disposto neste artigo ao segurado que adotar ou obtiver</p><p>guarda judicial para fins de adoção. (Incluído pela Lei nº 12.873, de</p><p>2013) (Vigência)</p><p>Art. 71-C. A percepção do salário-maternidade, inclusive o previsto no</p><p>art. 71-B, está condicionada ao afastamento do segurado do</p><p>trabalho ou da atividade desempenhada, sob pena de suspensão do</p><p>benefício. (Incluído pela Lei nº 12.873, de 2013) (Vigência)</p><p>Art. 72. O salário-maternidade para a segurada empregada ou</p><p>trabalhadora avulsa consistirá numa renda mensal igual a sua</p><p>remuneração integral. (Redação Dada pela Lei nº 9.876, de 26.11.99)</p><p>§ 1o Cabe à empresa pagar o salário-maternidade devido à</p><p>respectiva empregada gestante, efetivando-se a compensação,</p><p>observado o disposto no art. 248 da Constituição Federal, quando do</p><p>recolhimento das contribuições incidentes sobre a folha de salários e</p><p>demais rendimentos pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa</p><p>física que lhe preste serviço. (Incluído pela Lei nº 10.710, de 2003)</p><p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>§ 2o A empresa deverá conservar durante 10 (dez) anos os</p><p>comprovantes dos pagamentos e os atestados correspondentes para</p><p>exame pela fiscalização da Previdência Social. (Incluído pela Lei nº</p><p>10.710, de 2003)</p><p>§ 3o O salário-maternidade devido à trabalhadora avulsa e à empregada</p><p>do microempreendedor individual de que trata o art. 18-A da Lei</p><p>Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006, será pago</p><p>diretamente pela Previdência Social. (Redação dada pela Lei nº 12.470,</p><p>de 2011)</p><p>Art. 73. Assegurado o valor de um salário-mínimo,</p><p>o salário-maternidade</p><p>para as demais seguradas, pago diretamente pela Previdência Social,</p><p>consistirá: (Redação dada pela Lei nº 10.710, de 2003)</p><p>I - em um valor correspondente ao do seu último salário-de-contribuição,</p><p>para a segurada empregada doméstica; (Incluído pela lei nº 9.876, de</p><p>26.11.99)</p><p>II - em um doze avos do valor sobre o qual incidiu sua última</p><p>contribuição anual, para a segurada especial; (Incluído pela lei nº 9.876,</p><p>de 26.11.99)</p><p>III - em um doze avos da soma dos doze últimos</p><p>salários-de-contribuição, apurados em um período não superior a quinze</p><p>meses, para as demais seguradas. (Incluído pela lei nº 9.876, de</p><p>26.11.99)</p><p>Parágrafo único. Aplica-se à segurada desempregada, desde que</p><p>mantida a qualidade de segurada, na forma prevista no art. 15 desta Lei,</p><p>o disposto no inciso III do caput deste artigo. (Incluído pela Lei nº</p><p>13.846, de 2019))</p><p>Ver ADI/MC 6.327 em relação a parto prematuro ou necessidade de</p><p>internação de mãe ou criança.</p><p>Ver RE 1348854/SP (Tema 1182 RG) quanto a Extensão da</p><p>licença-maternidade a servidor público pai solo</p><p>❖SALÁRIO FAMÍLIA</p><p>⇨ Previsto no art. 27, da EC 103/2019 e arts. 65-70, da Lei n° 8.213/1991</p><p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>● Beneficiários</p><p>Somente trabalhadores de baixa renda, ou seja, que recebam até R$ 1.819,16</p><p>de renda bruta individual.</p><p>● Conceito</p><p>É um valor que o INSS paga para pais de baixa renda, que tenha filho de até</p><p>14 anos ou inválidos de qualquer idade. Cabe salientar que este benefício só é</p><p>pago para o empregado, empregado doméstico e trabalhador avulso.</p><p>Logo, cada filho gera uma cota de R$ 62,04 para o pai e para a mãe, se ambos</p><p>forem de baixa renda.</p><p>Há duas condicionantes que a lei prevê para o empregado, quais sejam: I) para</p><p>filho menor de 7 anos é necessária apresentação de vacinação e II) para filho</p><p>maior de 6 anos é necessária apresentação anual da declaração escolar.</p><p>● Carência</p><p>Não há carência.</p><p>● RMI</p><p>Não há RMI, pois trata-se de cota para cada filho no valor de R$ 62, 04.</p><p>● DIB</p><p>A DIB é a data do nascimento do filho.</p><p>Art. 65. O salário-família será devido, mensalmente, ao segurado</p><p>empregado, inclusive o doméstico, e ao segurado trabalhador</p><p>avulso, na proporção do respectivo número de filhos ou</p><p>equiparados nos termos do § 2o do art. 16 desta Lei, observado o</p><p>disposto no art. 66. (Redação dada pela Lei Complementar nº 150, de</p><p>2015)</p><p>Parágrafo único. O aposentado por invalidez ou por idade e os</p><p>demais aposentados com 65 (sessenta e cinco) anos ou mais de</p><p>idade, se do sexo masculino, ou 60 (sessenta) anos ou mais, se do</p><p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>feminino, terão direito ao salário-família, pago juntamente com a</p><p>aposentadoria.</p><p>Art. 67. O pagamento do salário-família é condicionado à</p><p>apresentação da certidão de nascimento do filho ou da</p><p>documentação relativa ao equiparado ou ao inválido, e à apresentação</p><p>anual de atestado de vacinação obrigatória e de comprovação de</p><p>freqüência à escola do filho ou equiparado, nos termos do</p><p>regulamento. (Redação Dada pela Lei nº 9.876, de 26.11.99)</p><p>Parágrafo único. O empregado doméstico deve apresentar apenas a</p><p>certidão de nascimento referida no caput. (Incluído pela Lei</p><p>Complementar nº 150, de 2015)</p><p>Art. 68. As cotas do salário-família serão pagas pela empresa ou pelo</p><p>empregador doméstico, mensalmente, junto com o salário,</p><p>efetivando-se a compensação quando do recolhimento das</p><p>contribuições, conforme dispuser o Regulamento. (Redação dada pela</p><p>Lei Complementar nº 150, de 2015)</p><p>§ 1o A empresa ou o empregador doméstico conservarão durante 10</p><p>(dez) anos os comprovantes de pagamento e as cópias das certidões</p><p>correspondentes, para fiscalização da Previdência Social. (Redação</p><p>dada pela Lei Complementar nº 150, de 2015)</p><p>§ 2º Quando o pagamento do salário não for mensal, o salário-família</p><p>será pago juntamente com o último pagamento relativo ao mês.</p><p>Art. 69. O salário-família devido ao trabalhador avulso poderá ser</p><p>recebido pelo sindicato de classe respectivo, que se incumbirá de</p><p>elaborar as folhas correspondentes e de distribuí-lo.</p><p>Art. 70. A cota do salário-família não será incorporada, para</p><p>qualquer efeito, ao salário ou ao benefício.</p><p>❖PENSÃO POR MORTE</p><p>⇨ Previsto no art., da EC 103/2019 e arts. 74-78, da Lei n° 8.213/1991.</p><p>● Beneficiários</p><p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>São os dependentes, nos termos dos arts. 16 e 17 da lei 8213.</p><p>● Conceito</p><p>A pensão é paga pelo óbito do segurado. Nesse sentido, o óbito pode ser real</p><p>ou presumido. O óbito real é aquele que pode ser comprovado por certidão de</p><p>óbito, enquanto que o presumido é aquele que não há uma certidão.</p><p>Neste último caso, duas situações podem ocorrer. A primeira situação é o que</p><p>a doutrina denomina de caso notório (fato de emergência e que gerem para o</p><p>INSS uma segurança de que o segurado faleceu). A segunda situação é a</p><p>ausência, caso em que há necessidade de uma decisão judicial do juiz com</p><p>competência previdenciária, que deve ser dada após 6 meses do</p><p>desaparecimento (não se confunde com a decisão de declaração de ausência</p><p>do juizo de sucessões, que será posterior e sem qualquer vinculação).</p><p>● Carência</p><p>Não há carência.</p><p>● RMI</p><p>A RMI da pensão é 50% + 10% pela existência de cada dependente x valor da</p><p>aposentadoria (se falecer aposentado) ou da aposentadoria por invalidez (se</p><p>falecer sem ter se aposentado).</p><p>Se tiver um ou mais dependentes inválidos, a alíquota será sempre de 100%.</p><p>PERGUNTAR AO PROF</p><p>A lei dá duas hipóteses para o caso de dependente inválido e o prof falou em</p><p>100% sempre (inciso II do §2º abaixo)</p><p>Quando houver a perda da qualidade de dependente ou falecimento de</p><p>qualquer beneficiário, não haverá reversão de cotas, mas um recálculo para os</p><p>beneficiários restantes.</p><p>Em resumo:</p><p>RMI = 50% + (10% X DP) X SB</p><p>SB = API ou APP (aposentadoria por invalidez hipotética ou aposentadoria</p><p>programada)</p><p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>● DIB</p><p>No óbito real é a data do óbito.</p><p>No óbito presumido, se é caso notório é a data do fato; se é caso de ausência</p><p>será a data da decisão judicial.</p><p>Se demorar mais de 90 dias para requerer será a data do requerimento.</p><p>Se o dependente for absolutamente incapaz (menor de 16 anos), só terá efeito</p><p>ex nunc se ele demorar mais de 180 dias.</p><p>● Tempo de recebimento:</p><p>Para o cônjuge ou companheiro, se o segurado tiver contribuído por menos de</p><p>18 meses ou se a união tiver menos de 2 anos, só haverá pagamento por 4</p><p>meses (art. 77, §2º, V, ‘b’, Lei 8213).</p><p>Se o segurado contribuiu por mais de 18 meses, aplicar-se-ão as regras da</p><p>alínea “c’ do §2º do art. 77 da Lei 8213.</p><p>Ressalte-se que todas as idades previstas no dispositivo supramencionado</p><p>foram acrescidas de 1 ano até 2024, em virtude do §2º- B.</p><p>Dessa forma, a pensão só é vitalícia a partir de 45 anos para o cônjuge ou</p><p>companheiro. Por outro lado, para os demais dependentes não existe a</p><p>hipótese de pensão vitalícia.</p><p>Art. 23. A pensão por morte concedida a dependente de segurado do</p><p>Regime Geral de Previdência Social ou de servidor público federal será</p><p>equivalente a uma cota familiar de 50% (cinquenta por cento) do valor</p><p>da aposentadoria recebida pelo segurado ou servidor ou daquela a</p><p>que teria direito se fosse aposentado por incapacidade permanente</p><p>na data do óbito, acrescida de cotas de 10 (dez) pontos percentuais</p><p>por dependente, até o máximo de 100% (cem por cento).</p><p>§ 1º As cotas por dependente cessarão com a perda dessa qualidade</p><p>e não serão reversíveis aos demais dependentes, preservado o</p><p>valor de 100% (cem por cento) da pensão por morte quando o</p><p>número de dependentes remanescente for igual ou superior a 5</p><p>(cinco).</p><p>§ 2º Na hipótese de existir dependente inválido ou com deficiência</p><p>intelectual, mental ou grave, o valor da pensão por morte de que</p><p>trata o caput será equivalente a:</p><p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>I - 100% (cem por cento) da aposentadoria recebida pelo segurado ou</p><p>servidor ou daquela a que teria direito se fosse aposentado por</p><p>incapacidade permanente na data do óbito, até o limite máximo de</p><p>benefícios do Regime Geral de Previdência</p><p>Social; e</p><p>II - uma cota familiar de 50% (cinquenta por cento) acrescida de cotas de</p><p>10 (dez) pontos percentuais por dependente, até o máximo de 100%</p><p>(cem por cento), para o valor que supere o limite máximo de benefícios</p><p>do Regime Geral de Previdência Social.</p><p>§ 3º Quando não houver mais dependente inválido ou com deficiência</p><p>intelectual, mental ou grave, o valor da pensão será recalculado na</p><p>forma do disposto no caput e no § 1º.</p><p>§ 4º O tempo de duração da pensão por morte e das cotas individuais</p><p>por dependente até a perda dessa qualidade, o rol de dependentes e</p><p>sua qualificação e as condições necessárias para enquadramento serão</p><p>aqueles estabelecidos na Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991.</p><p>(FAZER REMISSÃO AO ART. 74 DA LEI)</p><p>§ 5º Para o dependente inválido ou com deficiência intelectual, mental</p><p>ou grave, sua condição pode ser reconhecida previamente ao óbito do</p><p>segurado, por meio de avaliação biopsicossocial realizada por equipe</p><p>multiprofissional e interdisciplinar, observada revisão periódica na forma</p><p>da legislação.</p><p>§ 6º Equiparam-se a filho, para fins de recebimento da pensão por</p><p>morte, exclusivamente o enteado e o menor tutelado, desde que</p><p>comprovada a dependência econômica.</p><p>§ 7º As regras sobre pensão previstas neste artigo e na legislação</p><p>vigente na data de entrada em vigor desta Emenda Constitucional</p><p>poderão ser alteradas na forma da lei para o Regime Geral de</p><p>Previdência Social e para o regime próprio de previdência social da</p><p>União.</p><p>§ 8º Aplicam-se às pensões concedidas aos dependentes de servidores</p><p>dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios as normas</p><p>constitucionais e infraconstitucionais anteriores à data de entrada em</p><p>vigor desta Emenda Constitucional, enquanto não promovidas alterações</p><p>na legislação interna relacionada ao respectivo regime próprio de</p><p>previdência social.</p><p>Lei n° 8.213/1991</p><p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>Art. 74. A pensão por morte será devida ao conjunto dos dependentes</p><p>do segurado que falecer, aposentado ou não, a contar da data:</p><p>(Redação dada pela Lei nº 9.528, de 1997) (Vide Medida Provisória nº</p><p>871, de 2019)</p><p>I - do óbito, quando requerida em até 180 (cento e oitenta) dias após</p><p>o óbito, para os filhos menores de 16 (dezesseis) anos, ou em até 90</p><p>(noventa) dias após o óbito, para os demais dependentes; (Redação</p><p>dada pela Lei nº 13.846, de 2019)</p><p>II - do requerimento, quando requerida após o prazo previsto no</p><p>inciso anterior; (Incluído pela Lei nº 9.528, de 1997)</p><p>III - da decisão judicial, no caso de morte presumida. (Incluído pela</p><p>Lei nº 9.528, de 1997)</p><p>§ 1º Perde o direito à pensão por morte o condenado criminalmente</p><p>por sentença com trânsito em julgado, como autor, coautor ou partícipe</p><p>de homicídio doloso, ou de tentativa desse crime, cometido contra</p><p>a pessoa do segurado, ressalvados os absolutamente incapazes e os</p><p>inimputáveis. (Redação dada pela Lei nº 13.846, de 2019)</p><p>§ 2o Perde o direito à pensão por morte o cônjuge, o companheiro ou a</p><p>companheira se comprovada, a qualquer tempo, simulação ou</p><p>fraude no casamento ou na união estável, ou a formalização desses</p><p>com o fim exclusivo de constituir benefício previdenciário, apuradas em</p><p>processo judicial no qual será assegurado o direito ao contraditório e à</p><p>ampla defesa. (Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015)</p><p>§ 3º Ajuizada a ação judicial para reconhecimento da condição de</p><p>dependente, este poderá requerer a sua habilitação provisória ao</p><p>benefício de pensão por morte, exclusivamente para fins de rateio dos</p><p>valores com outros dependentes, vedado o pagamento da respectiva</p><p>cota até o trânsito em julgado da respectiva ação, ressalvada a</p><p>existência de decisão judicial em contrário. (Redação dada pela Lei nº</p><p>13.846, de 2019)</p><p>§ 4º Nas ações em que o INSS for parte, este poderá proceder de ofício</p><p>à habilitação excepcional da referida pensão, apenas para efeitos de</p><p>rateio, descontando-se os valores referentes a esta habilitação das</p><p>demais cotas, vedado o pagamento da respectiva cota até o trânsito em</p><p>julgado da respectiva ação, ressalvada a existência de decisão judicial</p><p>em contrário. (Incluído pela Lei nº 13.846, de 2019)</p><p>§ 5º Julgada improcedente a ação prevista no § 3º ou § 4º deste artigo, o</p><p>valor retido será corrigido pelos índices legais de reajustamento e será</p><p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>pago de forma proporcional aos demais dependentes, de acordo com as</p><p>suas cotas e o tempo de duração de seus benefícios. (Incluído pela Lei</p><p>nº 13.846, de 2019)</p><p>§ 6º Em qualquer caso, fica assegurada ao INSS a cobrança dos valores</p><p>indevidamente pagos em função de nova habilitação. (Incluído pela Lei</p><p>nº 13.846, de 2019)</p><p>Art. 75. O valor mensal da pensão por morte será de cem por cento do</p><p>valor da aposentadoria que o segurado recebia ou daquela a que</p><p>teria direito se estivesse aposentado por invalidez na data de seu</p><p>falecimento, observado o disposto no art. 33 desta lei. (Redação dada</p><p>pela Lei nº 9.528, de 1997)</p><p>Art. 76. A concessão da pensão por morte não será protelada pela falta</p><p>de habilitação de outro possível dependente, e qualquer inscrição ou</p><p>habilitação posterior que importe em exclusão ou inclusão de</p><p>dependente só produzirá efeito a contar da data da inscrição ou</p><p>habilitação.</p><p>§ 1º O cônjuge ausente não exclui do direito à pensão por morte o</p><p>companheiro ou a companheira, que somente fará jus ao benefício</p><p>a partir da data de sua habilitação e mediante prova de dependência</p><p>econômica.</p><p>§ 2º O cônjuge divorciado ou separado judicialmente ou de fato que</p><p>recebia pensão de alimentos concorrerá em igualdade de</p><p>condições com os dependentes referidos no inciso I do art. 16 desta</p><p>Lei.</p><p>§ 3º Na hipótese de o segurado falecido estar, na data de seu</p><p>falecimento, obrigado por determinação judicial a pagar alimentos</p><p>temporários a ex-cônjuge, ex-companheiro ou excompanheira, a</p><p>pensão por morte será devida pelo prazo remanescente na data do</p><p>óbito, caso não incida outra hipótese de cancelamento anterior do</p><p>benefício. (Incluído pela Lei nº 13.846, de 2019)</p><p>Art. 77. A pensão por morte, havendo mais de um pensionista, será</p><p>rateada entre todos em parte iguais. (Redação dada pela Lei nº</p><p>9.032, de 1995)</p><p>§ 1º Reverterá em favor dos demais a parte daquele cujo direito à</p><p>pensão cessar. (Redação dada pela Lei nº 9.032, de 1995) (NÃO</p><p>RECEPCIONADO – HAVERÁ NOVO CÁLCULO)</p><p>§ 2º O direito à percepção da cota individual cessará: (Redação dada</p><p>pela Lei nº 13.846, de 2019)</p><p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>I - pela morte do pensionista; (Incluído pela Lei nº 9.032, de 1995)</p><p>II - para o filho, a pessoa a ele equiparada ou o irmão, de ambos os</p><p>sexos, ao completar vinte e um anos de idade, salvo se for inválido</p><p>ou tiver deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave; (Redação</p><p>dada pela Lei nº 13.183, de 2015) (Vigência)</p><p>III - para filho ou irmão inválido, pela cessação da invalidez;</p><p>(Redação dada pela Lei nº 13.135, de 2015)</p><p>IV - para filho ou irmão que tenha deficiência intelectual ou mental ou</p><p>deficiência grave, pelo afastamento da deficiência, nos termos do</p><p>regulamento; (Redação dada pela Lei nº 13.135, de 2015) (Vigência)</p><p>V - para cônjuge ou companheiro: (Incluído pela Lei nº 13.135, de</p><p>2015)</p><p>a) se inválido ou com deficiência, pela cessação da invalidez ou</p><p>pelo afastamento da deficiência, respeitados os períodos mínimos</p><p>decorrentes da aplicação das alíneas “b” e “c”; (Incluído pela Lei nº</p><p>13.135, de 2015)</p><p>b) em 4 (quatro) meses, se o óbito ocorrer sem que o segurado</p><p>tenha vertido 18 (dezoito) contribuições mensais ou se o</p><p>casamento ou a união estável tiverem sido iniciados em menos de 2</p><p>(dois) anos antes do óbito do segurado; (Incluído pela Lei nº 13.135,</p><p>de 2015)</p><p>c) transcorridos os seguintes períodos, estabelecidos de acordo</p><p>com a idade do beneficiário na data de óbito do segurado, se o</p><p>óbito ocorrer depois de vertidas 18 (dezoito) contribuições mensais</p><p>e pelo menos 2 (dois) anos após o início do casamento ou da união</p><p>estável: (Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015)</p><p>1) 3 (três) anos, com menos de 21 (vinte e um) anos de idade;</p><p>(Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015)</p><p>https://www2.camara.leg.br/legin/fed/emecon/1998/emendaconstitucional-20-15-dezembro-1998-356870-publicacaooriginal-1-pl.html</p><p>https://www2.camara.leg.br/legin/fed/emecon/1998/emendaconstitucional-20-15-dezembro-1998-356870-publicacaooriginal-1-pl.html</p><p>https://www2.camara.leg.br/legin/fed/emecon/2019/emendaconstitucional-103-12-novembro-2019-789412-publicacaooriginal-159409-pl.html</p><p>https://www2.camara.leg.br/legin/fed/emecon/2019/emendaconstitucional-103-12-novembro-2019-789412-publicacaooriginal-159409-pl.html</p><p>http://www2.camara.gov.br/internet/legislacao/legin.html/textos/visualizarTexto.html?ideNorma=497205&seqTexto=1&PalavrasDestaque=</p><p>http://www2.camara.gov.br/internet/legislacao/legin.html/textos/visualizarTexto.html?ideNorma=497205&seqTexto=1&PalavrasDestaque=</p><p>https://www2.camara.leg.br/legin/fed/emecon/2023/emendaconstitucional-132-20-dezembro-2023-795084-publicacaooriginal-170513-pl.html</p><p>https://www2.camara.leg.br/legin/fed/emecon/2023/emendaconstitucional-132-20-dezembro-2023-795084-publicacaooriginal-170513-pl.html</p><p>https://www2.camara.leg.br/legin/fed/emecon/2023/emendaconstitucional-132-20-dezembro-2023-795084-publicacaooriginal-170513-pl.html</p><p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>metas e prioridades estabelecidas na lei de diretrizes</p><p>orçamentárias, assegurada a cada área a gestão de seus</p><p>recursos.</p><p>§ 3º A pessoa jurídica em débito com o sistema da seguridade</p><p>social, como estabelecido em lei, não poderá contratar com o</p><p>poder público nem dele receber benefícios ou incentivos fiscais ou</p><p>creditícios.</p><p>§ 4º A lei poderá instituir outras fontes destinadas a garantir a</p><p>manutenção ou expansão da seguridade social, obedecido o</p><p>disposto no art. 154, I.</p><p>§ 5º Nenhum benefício ou serviço da seguridade social poderá ser</p><p>criado, majorado ou estendido sem a correspondente fonte de</p><p>custeio total.</p><p>§ 6º As contribuições sociais de que trata este artigo só poderão</p><p>ser exigidas após decorridos noventa dias da data da publicação</p><p>da lei que as houver instituído ou modificado, não se lhes</p><p>aplicando o disposto no art. 150, III, b.</p><p>§ 7º São isentas de contribuição para a seguridade social as</p><p>entidades beneficentes de assistência social que atendam às</p><p>exigências estabelecidas em lei.</p><p>§ 8º O produtor, o parceiro, o meeiro e o arrendatário rurais e o</p><p>pescador artesanal, bem como os respectivos cônjuges, que</p><p>exerçam suas atividades em regime de economia familiar, sem</p><p>empregados permanentes, contribuirão para a seguridade social</p><p>mediante a aplicação de uma alíquota sobre o resultado da</p><p>comercialização da produção e farão jus aos benefícios nos</p><p>termos da lei. (Parágrafo com redação dada pela Emenda</p><p>Constitucional nº 20, de 1998)</p><p>§ 9º As contribuições sociais previstas no inciso I do caput deste</p><p>artigo poderão ter alíquotas diferenciadas em razão da atividade</p><p>econômica, da utilização intensiva de mão de obra, do porte da</p><p>empresa ou da condição estrutural do mercado de trabalho, sendo</p><p>também autorizada a adoção de bases de cálculo diferenciadas</p><p>apenas no caso das alíneas “b” e “c” do inciso I do</p><p>caput.(Parágrafo acrescido pela Emenda Constitucional nº 20, de</p><p>1998, e com nova redação dada pela Emenda Constitucional nº</p><p>103, de 2019) (Vide Emenda Constitucional nº 132, de 2023)</p><p>https://www2.camara.leg.br/legin/fed/emecon/1998/emendaconstitucional-20-15-dezembro-1998-356870-publicacaooriginal-1-pl.html</p><p>https://www2.camara.leg.br/legin/fed/emecon/1998/emendaconstitucional-20-15-dezembro-1998-356870-publicacaooriginal-1-pl.html</p><p>https://www2.camara.leg.br/legin/fed/emecon/1998/emendaconstitucional-20-15-dezembro-1998-356870-publicacaooriginal-1-pl.html</p><p>https://www2.camara.leg.br/legin/fed/emecon/1998/emendaconstitucional-20-15-dezembro-1998-356870-publicacaooriginal-1-pl.html</p><p>https://www2.camara.leg.br/legin/fed/emecon/2019/emendaconstitucional-103-12-novembro-2019-789412-publicacaooriginal-159409-pl.html</p><p>https://www2.camara.leg.br/legin/fed/emecon/2019/emendaconstitucional-103-12-novembro-2019-789412-publicacaooriginal-159409-pl.html</p><p>https://www2.camara.leg.br/legin/fed/emecon/2023/emendaconstitucional-132-20-dezembro-2023-795084-publicacaooriginal-170513-pl.html</p><p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>§ 10. A lei definirá os critérios de transferência de recursos para o</p><p>sistema único de saúde e ações de assistência social da União</p><p>para os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, e dos Estados</p><p>para os Municípios, observada a respectiva contrapartida de</p><p>recursos. (Parágrafo acrescido pela Emenda Constitucional nº 20,</p><p>de 1998)</p><p>§ 11. São vedados a moratória e o parcelamento em prazo</p><p>superior a 60 (sessenta) meses e, na forma de lei complementar,</p><p>a remissão e a anistia das contribuições sociais de que tratam a</p><p>alínea “a” do inciso I e o inciso II do caput. (Parágrafo acrescido</p><p>pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998, e com nova redação</p><p>dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)</p><p>§ 12. A lei definirá os setores de atividade econômica para os</p><p>quais as contribuições incidentes na forma dos incisos I, b; e IV</p><p>do caput, serão não-cumulativas. (Parágrafo acrescido pela</p><p>Emenda Constitucional nº 42, de 2003) (Vide Emenda</p><p>Constitucional nº 132, de 2023)</p><p>§ 13. (Parágrafo acrescido pela Emenda Constitucional nº 42, de</p><p>2003, e revogado pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)</p><p>§ 14. O segurado somente terá reconhecida como tempo de</p><p>contribuição ao Regime Geral de Previdência Social a</p><p>competência cuja contribuição seja igual ou superior à</p><p>contribuição mínima mensal exigida para sua categoria,</p><p>assegurado o agrupamento de contribuições. (Parágrafo</p><p>acrescido pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)</p><p>§ 15. A contribuição prevista no inciso V do caput poderá ter sua</p><p>alíquota fixada em lei ordinária. (Parágrafo acrescido pela</p><p>Emenda Constitucional nº 132, de 2023)</p><p>§ 16. Aplica-se à contribuição prevista no inciso V do caput o</p><p>disposto no art. 156-A, § 1º, I a VI, VIII, X a XIII, § 3º, § 5º, II a VI e</p><p>IX, e §§ 6º a 11 e 13. (Parágrafo acrescido pela Emenda</p><p>Constitucional nº 132, de 2023)</p><p>§ 17. A contribuição prevista no inciso V do caput não integrará</p><p>sua própria base de cálculo nem a dos tributos previstos nos arts.</p><p>153, VIII, 156-A e 195, I, "b", e IV, e da contribuição para o</p><p>Programa de Integração Social de que trata o art. 239. (Parágrafo</p><p>acrescido pela Emenda Constitucional nº 132, de 2023) (Vide</p><p>Emenda Constitucional nº 132, de 2023)</p><p>https://www2.camara.leg.br/legin/fed/emecon/1998/emendaconstitucional-20-15-dezembro-1998-356870-publicacaooriginal-1-pl.html</p><p>https://www2.camara.leg.br/legin/fed/emecon/1998/emendaconstitucional-20-15-dezembro-1998-356870-publicacaooriginal-1-pl.html</p><p>https://www2.camara.leg.br/legin/fed/emecon/1998/emendaconstitucional-20-15-dezembro-1998-356870-publicacaooriginal-1-pl.html</p><p>https://www2.camara.leg.br/legin/fed/emecon/1998/emendaconstitucional-20-15-dezembro-1998-356870-publicacaooriginal-1-pl.html</p><p>https://www2.camara.leg.br/legin/fed/emecon/2019/emendaconstitucional-103-12-novembro-2019-789412-publicacaooriginal-159409-pl.html</p><p>https://www2.camara.leg.br/legin/fed/emecon/2019/emendaconstitucional-103-12-novembro-2019-789412-publicacaooriginal-159409-pl.html</p><p>https://www2.camara.leg.br/legin/fed/emecon/2003/emendaconstitucional-42-19-dezembro-2003-497205-publicacaooriginal-1-pl.html</p><p>https://www2.camara.leg.br/legin/fed/emecon/2003/emendaconstitucional-42-19-dezembro-2003-497205-publicacaooriginal-1-pl.html</p><p>https://www2.camara.leg.br/legin/fed/emecon/2023/emendaconstitucional-132-20-dezembro-2023-795084-publicacaooriginal-170513-pl.html</p><p>https://www2.camara.leg.br/legin/fed/emecon/2023/emendaconstitucional-132-20-dezembro-2023-795084-publicacaooriginal-170513-pl.html</p><p>https://www2.camara.leg.br/legin/fed/emecon/2003/emendaconstitucional-42-19-dezembro-2003-497205-publicacaooriginal-1-pl.html</p><p>https://www2.camara.leg.br/legin/fed/emecon/2003/emendaconstitucional-42-19-dezembro-2003-497205-publicacaooriginal-1-pl.html</p><p>https://www2.camara.leg.br/legin/fed/emecon/2019/emendaconstitucional-103-12-novembro-2019-789412-publicacaooriginal-159409-pl.html</p><p>https://www2.camara.leg.br/legin/fed/emecon/2019/emendaconstitucional-103-12-novembro-2019-789412-publicacaooriginal-159409-pl.html</p><p>2) 6 (seis) anos, entre 21 (vinte e um) e 26 (vinte e seis) anos de</p><p>idade; (Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015)</p><p>3) 10 (dez) anos, entre 27 (vinte e sete) e 29 (vinte e nove) anos de</p><p>idade; (Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015)</p><p>4) 15 (quinze) anos, entre 30 (trinta) e 40 (quarenta) anos de idade;</p><p>(Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015)</p><p>5) 20 (vinte) anos, entre 41 (quarenta e um) e 43 (quarenta e três)</p><p>anos de idade; (Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015)</p><p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>6) vitalícia, com 44 (quarenta e quatro) ou mais anos de idade.</p><p>(Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015)</p><p>VI - pela perda do direito, na forma do § 1º do art. 74 desta Lei. (Incluído</p><p>pela Lei nº 13.846, de 2019)</p><p>§ 2o-A. Serão aplicados, conforme o caso, a regra contida na alínea “a”</p><p>ou os prazos previstos na alínea “c”, ambas do inciso V do § 2o, se o</p><p>óbito do segurado decorrer de acidente de qualquer natureza ou de</p><p>doença profissional ou do trabalho, independentemente do</p><p>recolhimento de 18 (dezoito) contribuições mensais ou da</p><p>comprovação de 2 (dois) anos de casamento ou de união estável.</p><p>(Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015) (“PENSÃO ESPECIAL”)</p><p>§ 2o-B. Após o transcurso de pelo menos 3 (três) anos e desde que</p><p>nesse período se verifique o incremento mínimo de um ano inteiro na</p><p>média nacional única, para ambos os sexos, correspondente à</p><p>expectativa de sobrevida da população brasileira ao nascer, poderão</p><p>ser fixadas, em números inteiros, novas idades para os fins previstos</p><p>na alínea “c” do inciso V do § 2o, em ato do Ministro de Estado da</p><p>Previdência Social, limitado o acréscimo na comparação com as idades</p><p>anteriores ao referido incremento. (Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015)</p><p>§ 3º Com a extinção da parte do último pensionista a pensão</p><p>extinguir-se-á. (Incluído pela Lei nº 9.032, de 1995)</p><p>§ 5o O tempo de contribuição a Regime Próprio de Previdência Social</p><p>(RPPS) será considerado na contagem das 18 (dezoito) contribuições</p><p>mensais de que tratam as alíneas “b” e “c” do inciso V do § 2o. (Incluído</p><p>pela Lei nº 13.135, de 2015)</p><p>§ 6º O exercício de atividade remunerada, inclusive na condição de</p><p>microempreendedor individual, não impede a concessão ou</p><p>manutenção da parte individual da pensão do dependente com</p><p>deficiência intelectual ou mental ou com deficiência grave. (Incluído</p><p>pela Lei nº 13.183, de 2015)</p><p>§ 7º Se houver fundados indícios de autoria, coautoria ou participação</p><p>de dependente, ressalvados os absolutamente incapazes e os</p><p>inimputáveis, em homicídio, ou em tentativa desse crime, cometido</p><p>contra a pessoa do segurado, será possível a suspensão provisória de</p><p>sua parte no benefício de pensão por morte, mediante processo</p><p>administrativo próprio, respeitados a ampla defesa e o contraditório, e</p><p>serão devidas, em caso de absolvição, todas as parcelas corrigidas</p><p>desde a data da suspensão, bem como a reativação imediata do</p><p>benefício. (Incluído pela Lei nº 13.846, de 2019)</p><p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>Art. 78. Por morte presumida do segurado, declarada pela</p><p>autoridade judicial competente, depois de 6 (seis) meses de</p><p>ausência, será concedida pensão provisória, na forma desta</p><p>Subseção.</p><p>§ 1º Mediante prova do desaparecimento do segurado em</p><p>consequência de acidente, desastre ou catástrofe, seus</p><p>dependentes farão jus à pensão provisória independentemente da</p><p>declaração e do prazo deste artigo.</p><p>§ 2º Verificado o reaparecimento do segurado, o pagamento da</p><p>pensão cessará imediatamente, desobrigados os dependentes da</p><p>reposição dos valores recebidos, salvo máfé.</p><p>❖AUXÍLIO RECLUSÃO</p><p>⇨ Previsto no art. 27, da EC 103/2019 e art. 80, da Lei n° 8.213/1991.</p><p>● Beneficiários</p><p>Dependentes dos Segurados de baixa renda que estão presos.</p><p>● Conceito</p><p>O auxílio reclusão pressupõe que o segurado esteja preso em regime fechado</p><p>por motivo de prisão penal ou processual (ex: cautelares).</p><p>Importante destacar que não há auxilio reclusão se a hipótese for de prisão</p><p>civil, ou seja, prisão do devedor de alimentos.</p><p>Por fim, cabe ressaltar que a renda bruta do segurado antes da prisão não</p><p>pode ser superior à R$1.819,26.</p><p>● Carência</p><p>24 meses.</p><p>● RMI</p><p>1 salário mínimo</p><p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>● DIB</p><p>Data do efetivo recolhimento a prisão.</p><p>Da mesma forma que na pensão por morte, se demorar mais de 90 dias para</p><p>requerer, a DIB será a data do requerimento.</p><p>Se o dependente for absolutamente incapaz (menor de 16 anos), só terá efeito</p><p>ex nunc se ele demorar mais de 180 dias.</p><p>Por fim, é importante saber que periodicamente o dependente deve comprovar</p><p>o recolhimento do segurado à prisão (declaração do estabelecimento prisional).</p><p>Art. 80. O auxílio-reclusão, cumprida a carência prevista no inciso IV do</p><p>caput do art. 25 desta Lei, será devido, nas condições da pensão por</p><p>morte, aos dependentes do segurado de baixa renda recolhido à</p><p>prisão em regime fechado que não receber remuneração da</p><p>empresa nem estiver em gozo de auxílio-doença, de pensão por</p><p>morte, de salário-maternidade, da aposentadoria ou de abono de</p><p>permanência em serviço. (Redação dada pela Lei nº 13.846, de 2019)</p><p>§ 1º O requerimento do auxílio-reclusão será instruído com certidão</p><p>judicial que ateste o recolhimento efetivo à prisão, e será obrigatória a</p><p>apresentação de prova de permanência na condição de presidiário para</p><p>a manutenção do benefício. (Incluído pela Lei nº 13.846, de 2019)</p><p>§ 2º O INSS celebrará convênios com os órgãos públicos responsáveis</p><p>pelo cadastro dos presos para obter informações sobre o recolhimento à</p><p>prisão. (Incluído pela Lei nº 13.846, de 2019)</p><p>§ 3º Para fins do disposto nesta Lei, considera-se segurado de baixa</p><p>renda aquele que, no mês de competência de recolhimento à</p><p>prisão, tenha renda, apurada nos termos do disposto no § 4º deste</p><p>artigo, de valor igual ou inferior àquela prevista no art. 13 da</p><p>Emenda Constitucional nº 20, de 15 de dezembro de 1998, corrigido</p><p>pelos índices de reajuste aplicados aos benefícios do RGPS. (Incluído</p><p>pela Lei nº 13.846, de 2019)</p><p>§ 4º A aferição da renda mensal bruta para enquadramento do segurado</p><p>como de baixa renda ocorrerá pela média dos salários de</p><p>contribuição apurados no período de 12 (doze) meses anteriores ao</p><p>mês do recolhimento à prisão. (Incluído pela Lei nº 13.846, de 2019)</p><p>§ 5º A certidão judicial e a prova de permanência na condição de</p><p>presidiário poderão ser substituídas pelo acesso à base de dados, por</p><p>meio eletrônico, a ser disponibilizada pelo Conselho Nacional de Justiça,</p><p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>com dados cadastrais que assegurem a identificação plena do segurado</p><p>e da sua condição de presidiário. (Incluído pela Lei nº 13.846, de 2019)</p><p>§ 6º Se o segurado tiver recebido benefícios por incapacidade no</p><p>período previsto no § 4º deste artigo, sua duração será contada</p><p>considerando-se como salário de contribuição no período o salário</p><p>de benefício que serviu de base para o cálculo da renda mensal,</p><p>reajustado na mesma época e com a mesma base dos benefícios</p><p>em geral, não podendo ser inferior ao valor de 1 (um) salário</p><p>mínimo. (Incluído pela Lei nº 13.846, de 2019)</p><p>§ 7º O exercício de atividade remunerada do segurado recluso, em</p><p>cumprimento de pena em regime fechado, não acarreta a perda do</p><p>direito ao recebimento do auxílio-reclusão para seus dependentes.</p><p>(Incluído pela Lei nº 13.846, de 2019)</p><p>§ 8º Em caso de morte de segurado recluso que tenha contribuído</p><p>para a previdência social durante o período de reclusão, o valor da</p><p>pensão por morte será calculado levando-se em consideração o</p><p>tempo de contribuição adicional e os correspondentes salários de</p><p>contribuição, facultada a opção pelo valor do auxílio-reclusão.</p><p>(Incluído pela Lei nº 13.846, de 2019).</p><p>TEMA 10</p><p>RGPS: regras finais da Lei n° 8.213/1991; contagem recíproca de tempo de</p><p>contribuição; perda da qualidade de segurado; decadência e prescrição;</p><p>acumulação de benefícios (art. 124, da Lei n° 8.213/1991 e art. 24 da EC</p><p>103/2019); desaposentação.</p><p>REGRAS GERAIS DE APOSENTADORIAS:</p><p>Previstas em art. 40, §9° e art. 201, §9°, §9-A, §14, da CF; art. 25, da EC</p><p>103/2019; arts. 94 a 99,</p><p>da Lei n° 8.213/1991.</p><p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>● Contagem recíproca de tempo de contribuição:</p><p>O previsto no art. 40, §9° e art. 201, §9°, §9-A, §14, da CF faz com que seja</p><p>possível a contagem recíproca de tempo de contribuição de regimes públicos</p><p>(entre regimes próprios; entre regime geral e regime próprio).</p><p>Art. 201</p><p>§ 9º Para fins de aposentadoria, será assegurada a contagem</p><p>recíproca do tempo de contribuição entre o Regime Geral de</p><p>Previdência Social e os regimes próprios de previdência social, e</p><p>destes entre si, observada a compensação financeira, de acordo</p><p>com os critérios estabelecidos em lei.</p><p>§ 9º-A. O tempo de serviço militar exercido nas atividades de que tratam</p><p>os arts. 42, 142 e 143 e o tempo de contribuição ao Regime Geral de</p><p>Previdência Social ou a regime próprio de previdência social terão</p><p>contagem recíproca para fins de inativação militar ou aposentadoria, e a</p><p>compensação financeira será devida entre as receitas de contribuição</p><p>referentes aos militares e as receitas de contribuição aos demais</p><p>regimes.</p><p>...</p><p>§ 14. É vedada a contagem de tempo de contribuição fictício para</p><p>efeito de concessão dos benefícios previdenciários e de contagem</p><p>recíproca.</p><p>EC 103</p><p>Art. 25. Será assegurada a contagem de tempo de contribuição</p><p>fictício no Regime Geral de Previdência Social decorrente de</p><p>hipóteses descritas na legislação vigente até a data de entrada em</p><p>vigor desta Emenda Constitucional para fins de concessão de</p><p>aposentadoria, observando-se, a partir da sua entrada em vigor, o</p><p>disposto no § 14 do art. 201 da Constituição Federal.</p><p>§ 1º Para fins de comprovação de atividade rural exercida até a data de</p><p>entrada em vigor desta Emenda Constitucional, o prazo de que tratam os</p><p>§§ 1º e 2º do art. 38-B da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, será</p><p>prorrogado até a data em que o Cadastro Nacional de Informações</p><p>Sociais (CNIS) atingir a cobertura mínima de 50% (cinquenta por cento)</p><p>dos trabalhadores de que trata o § 8º do art. 195 da Constituição</p><p>Federal, apurada conforme quantitativo da Pesquisa Nacional por</p><p>Amostra de Domicílios Contínua (Pnad).</p><p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>§ 2º Será reconhecida a conversão de tempo especial em comum,</p><p>na forma prevista na Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, ao</p><p>segurado do Regime Geral de Previdência Social que comprovar</p><p>tempo de efetivo exercício de atividade sujeita a condições</p><p>especiais que efetivamente prejudiquem a saúde, cumprido até a</p><p>data de entrada em vigor desta Emenda Constitucional, vedada a</p><p>conversão para o tempo cumprido após esta data.</p><p>Lei 8.213/1991 (arts. 96 a 99)</p><p>Art. 94. Para efeito dos benefícios previstos no Regime Geral de</p><p>Previdência Social ou no serviço público é assegurada a contagem</p><p>recíproca do tempo de contribuição na atividade privada, rural e</p><p>urbana, e do tempo de contribuição ou de serviço na administração</p><p>pública, hipótese em que os diferentes sistemas de previdência</p><p>social se compensarão financeiramente. (Redação dada pela Lei nº</p><p>9.711, de 20.11.98)</p><p>§ 1o A compensação financeira será feita ao sistema a que o</p><p>interessado estiver vinculado ao requerer o benefício pelos demais</p><p>sistemas, em relação aos respectivos tempos de contribuição ou de</p><p>serviço, conforme dispuser o Regulamento. (Renumerado pela Lei</p><p>Complementar nº 123, de 2006)</p><p>§ 2o Não será computado como tempo de contribuição, para efeito</p><p>dos benefícios previstos em regimes próprios de previdência</p><p>social, o período em que o segurado contribuinte individual ou</p><p>facultativo tiver contribuído na forma do § 2o do art. 21 da Lei no</p><p>8.212, de 24 de julho de 1991, salvo se complementadas as</p><p>contribuições na forma do § 3o do mesmo artigo . (Incluído pela Lei</p><p>Complementar nº 123, de 2006)</p><p>Art. 96. O tempo de contribuição ou de serviço de que trata esta Seção</p><p>será contado de acordo com a legislação pertinente, observadas as</p><p>normas seguintes:</p><p>I - não será admitida a contagem em dobro ou em outras condições</p><p>especiais;</p><p>II - é vedada a contagem de tempo de serviço público com o de</p><p>atividade privada, quando concomitantes;</p><p>III - não será contado por um sistema o tempo de serviço utilizado</p><p>para concessão de aposentadoria pelo outro;</p><p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>IV - o tempo de serviço anterior ou posterior à obrigatoriedade de filiação</p><p>à Previdência Social só será contado mediante indenização da</p><p>contribuição correspondente ao período respectivo, com acréscimo de</p><p>juros moratórios de zero vírgula cinco por cento ao mês, capitalizados</p><p>anualmente, e multa de dez por cento. (Redação dada pela Medida</p><p>Provisória nº 2.187-13, de 2001) (Vide Medida Provisória nº 316, de</p><p>2006)</p><p>V - é vedada a emissão de Certidão de Tempo de Contribuição (CTC)</p><p>com o registro exclusivo de tempo de serviço, sem a comprovação de</p><p>contribuição efetiva, exceto para o segurado empregado, empregado</p><p>doméstico, trabalhador avulso e, a partir de 1º de abril de 2003, para o</p><p>contribuinte individual que presta serviço a empresa obrigada a</p><p>arrecadar a contribuição a seu cargo, observado o disposto no § 5º do</p><p>art. 4º da Lei nº 10.666, de 8 de maio de 2003; (Incluído pela Lei nº</p><p>13.846, de 2019)</p><p>VI - a CTC somente poderá ser emitida por regime próprio de</p><p>previdência social para ex servidor; (Incluído pela Lei nº 13.846, de</p><p>2019)</p><p>VII - é vedada a contagem recíproca de tempo de contribuição do RGPS</p><p>por regime próprio de previdência social sem a emissão da CTC</p><p>correspondente, ainda que o tempo de contribuição referente ao RGPS</p><p>tenha sido prestado pelo servidor público ao próprio ente instituidor;</p><p>(Incluído pela Lei nº 13.846, de 2019)</p><p>VIII - é vedada a desaverbação de tempo em regime próprio de</p><p>previdência social quando o tempo averbado tiver gerado a concessão</p><p>de vantagens remuneratórias ao servidor público em atividade; e</p><p>(Incluído pela Lei nº 13.846, de 2019)</p><p>IX - para fins de elegibilidade às aposentadorias especiais referidas no §</p><p>4º do art. 40 e no § 1º do art. 201 da Constituição Federal, os períodos</p><p>reconhecidos pelo regime previdenciário de origem como de tempo</p><p>especial, sem conversão em tempo comum, deverão estar incluídos nos</p><p>períodos de contribuição compreendidos na CTC e discriminados de</p><p>data a data. (Incluído pela Lei nº 13.846, de 2019)</p><p>Parágrafo único. O disposto no inciso V do caput deste artigo não se</p><p>aplica ao tempo de serviço anterior à edição da Emenda Constitucional</p><p>nº 20, de 15 de dezembro de 1998, que tenha sido equiparado por lei a</p><p>tempo de contribuição. (Incluído pela Lei nº 13.846, de 2019)</p><p>Art. 97. A aposentadoria por tempo de serviço, com contagem de tempo</p><p>na forma desta Seção, será concedida ao segurado do sexo feminino a</p><p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>partir de 25 (vinte e cinco) anos completos de serviço, e, ao segurado do</p><p>sexo masculino, a partir de 30 (trinta) anos completos de serviço,</p><p>ressalvadas as hipóteses de redução previstas em lei.</p><p>Art. 98. Quando a soma dos tempos de serviço ultrapassar 30 (trinta)</p><p>anos, se do sexo feminino, e 35 (trinta e cinco) anos, se do sexo</p><p>masculino, o excesso não será considerado para qualquer efeito.</p><p>Art. 99. O benefício resultante de contagem de tempo de serviço na</p><p>forma desta Seção será concedido e pago pelo sistema a que o</p><p>interessado estiver vinculado ao requerê-lo, e calculado na forma</p><p>da respectiva legislação.</p><p>● Perícia</p><p>A perícia é prevista no art. 101, da Lei n° 8.213/1991.</p><p>Conforme art. 101 da Lei 8213, o aposentado por incapacidade permanente,</p><p>bem como o pensionista inválido podem ser chamados para perícia.</p><p>Se o aposentado por incapacidade tiver mais de 60 anos idade ou 55 anos de</p><p>idade e 15 de incapacidade (em que se computa o tempo de auxilio doença),</p><p>haverá isenção do exame pericial periódico.</p><p>Cabe lembrar, conforme já abordado, que o INSS não pode determinar</p><p>qualquer tratamento, uma vez que a cirurgia ou transfusão de sangue são</p><p>faculdades do segurado.</p><p>Acerca do tema, se a perícia entender que se cessou a incapacidade,</p><p>aplicar-se-á o art. 47 da Lei 8213.</p><p>A primeira hipótese se dá quando o segurado pode voltar para o mesmo</p><p>emprego (contrato de trabalho</p><p>ainda suspenso), cessando a aposentadoria.</p><p>A segunda hipótese é quando há uma recuperação total E a incapacidade for</p><p>inferior a 5 anos. Neste caso o INSS pagará após a perícia tantos meses</p><p>quantos forem os anos afastados. Ex: O segurado ficou por 4 anos em</p><p>aposentadoria. Neste caso, após cessar a incapacidade ainda receberá 4</p><p>meses de benefício.</p><p>A terceira hipótese é quando há recuperação parcial OU incapacidade superior</p><p>a 5 anos, o INSS pagará 6 meses o benefício integral; 6 meses ½ ; 6 meses ¼</p><p>e depois cessará o pagamento. Significa que o INSS pagará mais 18 meses</p><p>até cessar o benefício, cuja redução será progressiva a cada 6 meses.</p><p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>Art. 101. O segurado em gozo de auxílio-doença, aposentadoria por</p><p>invalidez e o pensionista inválido estão obrigados, sob pena de</p><p>suspensão do benefício, a submeter-se a exame médico a cargo da</p><p>Previdência Social, processo de reabilitação profissional por ela prescrito</p><p>e custeado, e tratamento dispensado gratuitamente, exceto o cirúrgico e</p><p>a transfusão de sangue, que são facultativos. (Redação dada pela Lei nº</p><p>9.032, de 1995)</p><p>§ 1o O aposentado por invalidez e o pensionista inválido que não</p><p>tenham retornado à atividade estarão isentos do exame de que trata o</p><p>caput deste artigo: (Redação dada pela lei nº 13.457, de 2017)</p><p>I - após completarem cinquenta e cinco anos ou mais de idade e quando</p><p>decorridos quinze anos da data da concessão da aposentadoria por</p><p>invalidez ou do auxílio-doença que a precedeu; ou (Incluído pela lei nº</p><p>13.457, de 2017) (Vide Medida Provisória nº 871, de 2019)</p><p>II - após completarem sessenta anos de idade. (Incluído pela lei nº</p><p>13.457, de 2017)</p><p>§ 2o A isenção de que trata o § 1o não se aplica quando o exame tem as</p><p>seguintes finalidades: (Incluído pela Lei nº 13.063, de 2014)</p><p>I - verificar a necessidade de assistência permanente de outra pessoa</p><p>para a concessão do acréscimo de 25% (vinte e cinco por cento) sobre o</p><p>valor do benefício, conforme dispõe o art. 45; (Incluído pela Lei nº</p><p>13.063, de 2014)</p><p>II - verificar a recuperação da capacidade de trabalho, mediante</p><p>solicitação do aposentado ou pensionista que se julgar apto; (Incluído</p><p>pela Lei nº 13.063, de 2014)</p><p>III - subsidiar autoridade judiciária na concessão de curatela, conforme</p><p>dispõe o art. 110. (Incluído pela Lei nº 13.063, de 2014)</p><p>§ 3o (VETADO). (Incluído pela lei nº 13.457, de 2017)</p><p>§ 4o A perícia de que trata este artigo terá acesso aos prontuários</p><p>médicos do periciado no Sistema Único de Saúde (SUS), desde que</p><p>haja a prévia anuência do periciado e seja garantido o sigilo sobre os</p><p>dados dele. (Incluído pela lei nº 13.457, de 2017)</p><p>§ 5o É assegurado o atendimento domiciliar e hospitalar pela perícia</p><p>médica e social do INSS ao segurado com dificuldades de locomoção,</p><p>quando seu deslocamento, em razão de sua limitação funcional e de</p><p>condições de acessibilidade, imponha-lhe ônus desproporcional e</p><p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>indevido, nos termos do regulamento. (Incluído pela lei nº 13.457, de</p><p>2017)</p><p>● Pagamento de valores previdenciários</p><p>O art. 112 da Lei 8213 traz uma exceção a sucessão processual do CPC.</p><p>Nesse sentido, lembre-se que o CPC prevê a sucessão deve ser feita pelo</p><p>espólio ou inventariante quando houver um valor devido à um de cujus. Ocorre</p><p>que, se o valor for previdenciário a Lei prevê que a sucessão é primeiramente</p><p>do dependente.</p><p>Ex: Um senhor que tinha uma cuidadora e filhos na faixa de 40 anos veio a</p><p>falecer, tendo a família simulado uma união estável com a cuidadora para que</p><p>ela recebesse a pensão por morte que não seria destinada aos filhos, eis que</p><p>maiores. Anos depois, descobriu-se um precatório de 800 mil e apenas a</p><p>dependente fazia jus ao valor, uma vez que na existência de dependentes</p><p>exclui-se os filhos.</p><p>Pagamento de Benefícios (arts. 109-117, da Lei n° 8.213/1991)</p><p>Art. 112. O valor não recebido em vida pelo segurado só será pago</p><p>aos seus dependentes habilitados à pensão por morte ou, na falta</p><p>deles, aos seus sucessores na forma da lei civil,</p><p>independentemente de inventário ou arrolamento.</p><p>● Caducidade de direitos previdenciários</p><p>Conforme já abordado em temas de aulas anteriores, aquele que perder a</p><p>qualidade de segurado não dará direito ao recebimento de pensão por morte a</p><p>seus dependentes, salvo se já houver preenchimento dos requisitos para a</p><p>aposentadoria antes da perda desta qualidade.</p><p>Caducidade de direitos previdenciários (art. 102, da Lei n°</p><p>8.213/1991)</p><p>Art. 102. A perda da qualidade de segurado importa em caducidade</p><p>dos direitos inerentes a essa qualidade. (Redação dada pela Lei nº</p><p>9.528, de 1997)</p><p>§ 1º A perda da qualidade de segurado não prejudica o direito à</p><p>aposentadoria para cuja concessão tenham sido preenchidos todos</p><p>os requisitos, segundo a legislação em vigor à época em que estes</p><p>requisitos foram atendidos. (Incluído pela Lei nº 9.528, de 1997)</p><p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>§ 2º Não será concedida pensão por morte aos dependentes do</p><p>segurado que falecer após a perda desta qualidade, nos termos do</p><p>art. 15 desta Lei, salvo se preenchidos os requisitos para obtenção da</p><p>aposentadoria na forma do parágrafo anterior. (Incluído pela Lei nº</p><p>9.528, de 1997)</p><p>● Não acumulação de benefícios</p><p>Prevista no art. 40, §6°; art. 201, § 15, da CF; art. 24, da EC 103/2019.</p><p>Não é possível acumular dois benefícios dentre os in fine: (a doutrina denomina</p><p>como cumulação interna)</p><p>I) aposentadoria e auxílio-doença;</p><p>II) mais de uma aposentadoria;</p><p>III) aposentadoria e abono de permanência em serviço;</p><p>IV) salário-maternidade e auxílio-doença;</p><p>V) mais de um auxílio-acidente;</p><p>VI) mais de uma pensão deixada por cônjuge ou companheiro, ressalvado o</p><p>direito de opção pela mais vantajosa.</p><p>Não acumulação de benefícios no RGPS (art. 124, da Lei n°</p><p>8.213/1991)</p><p>Art. 124. Salvo no caso de direito adquirido, não é permitido o</p><p>recebimento conjunto dos seguintes benefícios da Previdência Social:</p><p>I - aposentadoria e auxílio-doença;</p><p>II - mais de uma aposentadoria; (Redação dada pela Lei nº 9.032, de</p><p>1995)</p><p>III - aposentadoria e abono de permanência em serviço;</p><p>IV - salário-maternidade e auxílio-doença; (Incluído dada pela Lei nº</p><p>9.032, de 1995)</p><p>V - mais de um auxílio-acidente; (Incluído dada pela Lei nº 9.032, de</p><p>1995)</p><p>VI - mais de uma pensão deixada por cônjuge ou companheiro,</p><p>ressalvado o direito de opção pela mais vantajosa. (Incluído dada pela</p><p>Lei nº 9.032, de 1995)</p><p>Parágrafo único. É vedado o recebimento conjunto do</p><p>seguro-desemprego com qualquer benefício de prestação continuada da</p><p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>Previdência Social, exceto pensão por morte ou auxílio acidente.</p><p>(Incluído dada pela Lei nº 9.032, de 1995)</p><p>Art. 40</p><p>§ 6º Ressalvadas as aposentadorias decorrentes dos cargos</p><p>acumuláveis na forma desta Constituição, é vedada a percepção de</p><p>mais de uma aposentadoria à conta de regime próprio de</p><p>previdência social, aplicando-se outras vedações, regras e condições</p><p>para a acumulação de benefícios previdenciários estabelecidas no</p><p>Regime Geral de Previdência Social.</p><p>Art. 201</p><p>§ 15. Lei complementar estabelecerá vedações, regras e condições para</p><p>a acumulação de benefícios previdenciários.</p><p>O art. 24 da EC 103/2019 traz a cumulatividade externa.</p><p>Ex: uma mulher casou com o servidor 1 que faleceu e depois casou novamente</p><p>com o servidor 2, ambos segurados pelo RPPS. Neste caso, a viúva NÃO</p><p>poderá receber as duas pensões pelo RPPS, mas receberá a de maior valor.</p><p>Ex: uma mulher casou com um servidor que acumulava cargos pelo RPPS.</p><p>Neste caso a víuva poderá receber as duas aposentadorias.</p><p>Conforme §1º do art. 24, a pensionista poderá acumular uma aposentadoria</p><p>pelo RGPS com uma pensão pelo RPPS.</p><p>Art. 24. É vedada a acumulação de mais de uma pensão por morte</p><p>deixada por cônjuge ou companheiro, no âmbito do mesmo regime de</p><p>previdência social, ressalvadas as pensões do mesmo instituidor</p><p>decorrentes do exercício de cargos acumuláveis na forma do art. 37</p><p>da Constituição Federal.</p><p>§ 1º Será admitida, nos termos do § 2º, a acumulação de:</p><p>I - pensão por</p><p>morte deixada por cônjuge ou companheiro de um</p><p>regime de previdência social com pensão por morte concedida por</p><p>outro regime de previdência social ou com pensões decorrentes das</p><p>atividades militares de que tratam os arts. 42 e 142 da Constituição</p><p>Federal;</p><p>II - pensão por morte deixada por cônjuge ou companheiro de um</p><p>regime de previdência social com aposentadoria concedida no</p><p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>âmbito do Regime Geral de Previdência Social ou de regime próprio</p><p>de previdência social ou com proventos de inatividade decorrentes</p><p>das atividades militares de que tratam os arts. 42 e 142 da</p><p>Constituição Federal; ou</p><p>III - pensões decorrentes das atividades militares de que tratam os</p><p>arts. 42 e 142 da Constituição Federal com aposentadoria concedida</p><p>no âmbito do Regime Geral de Previdência Social ou de regime</p><p>próprio de previdência social.</p><p>§ 2º Nas hipóteses das acumulações previstas no § 1º, é assegurada a</p><p>percepção do valor integral do benefício mais vantajoso e de uma</p><p>parte de cada um dos demais benefícios, apurada cumulativamente</p><p>de acordo com as seguintes faixas:</p><p>I - 60% (sessenta por cento) do valor que exceder 1 (um)</p><p>salário-mínimo, até o limite de 2 (dois) salários-mínimos;</p><p>II - 40% (quarenta por cento) do valor que exceder 2 (dois)</p><p>salários-mínimos, até o limite de 3 (três) salários-mínimos;</p><p>III - 20% (vinte por cento) do valor que exceder 3 (três)</p><p>salários-mínimos, até o limite de 4 (quatro) salários-mínimos; e</p><p>IV - 10% (dez por cento) do valor que exceder 4 (quatro)</p><p>salários-mínimos.</p><p>§ 3º A aplicação do disposto no § 2º poderá ser revista a qualquer</p><p>tempo, a pedido do interessado, em razão de alteração de algum dos</p><p>benefícios.</p><p>§ 4º As restrições previstas neste artigo não serão aplicadas se o direito</p><p>aos benefícios houver sido adquirido antes da data de entrada em vigor</p><p>desta Emenda Constitucional.</p><p>§ 5º As regras sobre acumulação previstas neste artigo e na legislação</p><p>vigente na data de entrada em vigor desta Emenda Constitucional</p><p>poderão ser alteradas na forma do § 6º do art. 40 e do § 15 do art. 201</p><p>da Constituição Federal.</p><p>● Em resumo:</p><p>NÃO PODE ACUMULAR: PODE ACUMULAR:</p><p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>Aposentadoria + auxílio doença Pensão por morte X 2 (regimes diferentes)</p><p>Aposentadoria X 2 Pensão por morte + aposentadoria (RGPS</p><p>ou RPPS) ou proventos de atividades</p><p>militares</p><p>Aposentadoria + Abono de permanência Pensões de atividades militares +</p><p>aposentadoria (RGPS ou RPPS)</p><p>Salário maternidade + auxílio doença *Nestes casos, receberá o benefício de</p><p>maior valor integral + parcial do segundo</p><p>benefício (conforme abaixo)</p><p>Auxílio doença X 2 60% entre 1 e 2 SM</p><p>Auxílio acidente X 2 40% ENTRE 2 E 3 SM</p><p>Pensão por morte X 2 (do mesmo regime) 20% ENTRE 3 E 4 SM</p><p>* receberá a maior</p><p>*salvo quando de cargos acumuláveis</p><p>10% + 4 SM</p><p>Prescrição e decadência:</p><p>Conforme art. 103 da Lei, o segurado tem o prazo de 10 anos se quiser rever o</p><p>valor, caso contrário haverá decadência. Da mesma forma, o INSS também</p><p>tem 10 anos para rever o benefício.</p><p>Feito o recalculo poderá receber apenas os últimos 5 anos, pois os demais</p><p>estarão prescritos.</p><p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>Decadência e prescrição (arts. 103 e 103-A, da Lei n° 8.213/1991</p><p>Art. 103. O prazo de decadência do direito ou da ação do segurado ou</p><p>beneficiário para a revisão do ato de concessão, indeferimento,</p><p>cancelamento ou cessação de benefício e do ato de deferimento,</p><p>indeferimento ou não concessão de revisão de benefício é de 10 (dez)</p><p>anos, contado: (Redação dada pela Lei nº 13.846, de 2019)</p><p>I - do dia primeiro do mês subsequente ao do recebimento da primeira</p><p>prestação ou da data em que a prestação deveria ter sido paga com o</p><p>valor revisto; ou (Incluído pela Lei nº 13.846, de 2019)</p><p>II - do dia em que o segurado tomar conhecimento da decisão de</p><p>indeferimento, cancelamento ou cessação do seu pedido de benefício ou</p><p>da decisão de deferimento ou indeferimento de revisão de benefício, no</p><p>âmbito administrativo. (Incluído pela Lei nº 13.846, de 2019)</p><p>Parágrafo único. Prescreve em cinco anos, a contar da data em que</p><p>deveriam ter sido pagas, toda e qualquer ação para haver prestações</p><p>vencidas ou quaisquer restituições ou diferenças devidas pela</p><p>Previdência Social, salvo o direito dos menores, incapazes e ausentes,</p><p>na forma do Código Civil. (Incluído pela Lei nº 9.528, de 1997)</p><p>Art. 103-A. O direito da Previdência Social de anular os atos</p><p>administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os seus</p><p>beneficiários decai em dez anos, contados da data em que foram</p><p>praticados, salvo comprovada má-fé. (Incluído pela Lei nº 10.839, de</p><p>2004)</p><p>§ 1o No caso de efeitos patrimoniais contínuos, o prazo decadencial</p><p>contar-se-á da percepção do primeiro pagamento. (Incluído pela Lei nº</p><p>10.839, de 2004)</p><p>§ 2o Considera-se exercício do direito de anular qualquer medida de</p><p>autoridade administrativa que importe impugnação à validade do ato.</p><p>(Incluído pela Lei nº 10.839,</p><p>de 2004) Justificação (art. 108, da Lei n° 8.213/1991 e art. 142, do Dec.</p><p>3.048/1999)</p><p>Art. 108. Mediante justificação processada perante a Previdência Social,</p><p>observado o disposto no § 3º do art. 55 e na forma estabelecida no</p><p>Regulamento, poderá ser suprida a falta de documento ou provado ato</p><p>do interesse de beneficiário ou empresa, salvo no que se refere a</p><p>registro público.</p><p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>Desaposentação (art. 18, §2°, da Lei n° 8.213/1991)</p><p>Não foi recebido pelo STF, de modo que se perde a razão do aprofundamento</p><p>no estudo.</p><p>Art. 18.</p><p>§ 2º O aposentado pelo Regime Geral de Previdência Social–RGPS que</p><p>permanecer em atividade sujeita a este Regime, ou a ele retornar, não</p><p>fará jus a prestação alguma da Previdência Social em decorrência do</p><p>exercício dessa atividade, exceto ao salário-família e à reabilitação</p><p>profissional, quando empregado. (Redação dada pela Lei nº 9.528, de</p><p>1997) RE 661.256; RE827.833 e RE 381.367.</p><p>TEMA 11</p><p>Regimes Próprios da Previdência Social (RPPS): regras sobre</p><p>aposentadorias e pensão no art. 40, da CRFB. A contribuição dos</p><p>servidores.</p><p>RPPS</p><p>O Regime próprio de previdência social abarca os agentes públicos de cargos</p><p>efetivos e os servidores públicos amparados por regime próprio. Importante</p><p>frisar novamente que o norma é concorrente entre União, Estados e</p><p>Municípios.</p><p>Quando se faz um regime próprio deve ser criada lei pela entidade federativa,</p><p>observadas as regras gerais da Lei 9717/98 e do art. 40 da CRFB.</p><p>Com a EC 103 de 2019, o servidor pode se encontrar em tres situações:</p><p>Direito adquirido</p><p>(implementou todos os</p><p>requisitos antes da EC</p><p>103)</p><p>Expectativa de direito Servidor novo (aquele</p><p>que tomou posse depois</p><p>da emenda)</p><p>Entre os servidores que tem uma expectativa de direito, há os que ingressaram</p><p>antes da criação de regime complementar, que terão direito à aposentadoria</p><p>integral, uma vez que não era possível limitar o RPPS ao teto.</p><p>Em relação ao servidor novo, o fenômeno da desconstitucionalização também</p><p>ocorreu, passando a lei a regulamentar as normas previdenciárias, havendo</p><p>contudo normas constitucionais provisórias.</p><p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>O RPPS, no art. 40, da CF, somente prevê pagamento de aposentadoria e</p><p>pensão. Todos os demais eventos funcionais têm natureza administrativa e são</p><p>mantidos por remuneração e não proventos (licença-maternidade, licença para</p><p>tratamento de saúde etc) – art. 9º., §§2° e 3°, da EC 103/2019.</p><p>Em matéria de regime próprios, a EC 103/2019 apenas regulamentou a</p><p>previdência dos servidores federais, devendo os demais entes regulamentarem</p><p>suas próprias normas.</p><p>Obs: O Estado do Rio de Janeiro já editou sua lei desde 2021.</p><p>Ressalte-se, neste sentido, que os outros entes federativos que por ventura</p><p>não tiveram editados suas leis, continuarão a aplicar as normas antigas.</p><p>Pontos Principais da Reforma da Previdência Social (EC 103/2019):</p><p>- Alterou parametricamente o RGPS, o RPPS e o RCPS;</p><p>- Desconstitucionalizou o tratamento da matéria, remetendo a regulamentação</p><p>de parâmetros, em geral, à LC ou à LO. Trouxe</p><p>normas provisórias no corpo da</p><p>EC 103/2019 até que essa regulamentação seja feita (com a aprovação futura</p><p>das referidas leis, as normas provisórias automaticamente perderão eficácia);</p><p>- Em relação aos estados e municípios, as normas provisórias regulamentares</p><p>não podem ser aplicadas, por falta de regulamentação. Portanto, no âmbito</p><p>estadual e municipal, até que seja aprovada a PEC paralela, que pretende</p><p>incluí-los na Reforma, ou até que os estados e municípios aprovem as próprias</p><p>reformas, aplicam-se as disposições que estavam em vigor antes da EC</p><p>103/20019.</p><p>- Trouxe normas de transição para os servidores e segurados já filiados aos</p><p>sistemas no momento da publicação da EC 103/2019;</p><p>- Respeitou direitos adquiridos;</p><p>- Aproximou o RPPS do RGPS;</p><p>- Deu à União atribuição privativa para legislar sobre inatividade de militares</p><p>estaduais (art. 22, XXI, da CF);</p><p>- A concessão de aposentadoria, no RGPS, a empregado público de estatais,</p><p>rompe vínculo trabalhista (art. 37, §4°, da CF);</p><p>- Vedou complementação de aposentadorias de servidores pelas entidades</p><p>federativas (art. 37, §15, da CF);</p><p>Obs: Isso ocorria nos municípios mais pobres em que era possível até que o</p><p>município complementasse o salário.</p><p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>- Vedou incorporação de vantagens temporárias ou vinculadas a exercício de</p><p>função (art. 39, §9°, da CF). Respeitou as incorporações feitas até a Reforma</p><p>(art. 13, da EC 103/2019);</p><p>- Vedou a instituição de novos RPPSs. Lei Complementar estabelecerá critérios</p><p>para verificação de equilíbrio financeiro a atuarial dos atuais RPPSs. Não</p><p>atendidos os requisitos, serão extintos e os servidores serão acolhidos pelo</p><p>RGPS (art. 40, §22, da CF).</p><p>Obs: Até que venha a LC, aplica-se a Lei n° 9.717/1998;</p><p>- Foram estabelecidas alíquotas progressivas, por faixas, de contribuição dos</p><p>servidores públicos (art. 149, da CF);</p><p>- Mantida contribuição de inativos e pensionistas no serviço público somente</p><p>para os que recebam acima do “teto” do RGPS;</p><p>- Se houver déficit atuarial, poderá haver instituição de contribuição de inativos</p><p>e pensionistas do serviço público que recebam acima do salário mínimo (art.</p><p>149, da CF);</p><p>- Estados e Municípios não poderão instituir alíquotas inferiores às da União,</p><p>exceto se demonstrarem equilíbrio equacionado (art. 9º, §4°, da EC 103/2019);</p><p>- Se a medida anterior for insuficiente, poderá ser instituída contribuição</p><p>extraordinária;</p><p>- Vedou existência de mais de um regime de RPPS e de mais de um órgão</p><p>gestor de aposentadorias e pensões no RPPS na entidade federativa (art. 40,</p><p>§20, da CF);</p><p>-Liberou administração de RCPS de servidores para entidades abertas de</p><p>previdência complementar;</p><p>- Aplica RGPS ao ocupante exclusivamente de cargo comissionado, temporário</p><p>e eletivo; (art. 40, §13, da CF);</p><p>Obs: O ocupante do cargo exclusivamente comissionado é vinculado ao RGPS</p><p>e o Estado atuará como uma empresa privada, ou seja, irá reter a contribuição</p><p>do INSS e juntará com a contribuição patronal (que será paga pelo Estado)</p><p>para então recolher à previdência.</p><p>- Deixou de fazer referência à aposentadoria de magistrados e de membros do</p><p>MP por interesse público (sanção administrativa);</p><p>- Restringiu a competência delegada à Justiça Estadual para julgar ações do</p><p>RGPS em comarcas do interior (art. 109, §3°, da CF)</p><p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>- Ao RPPS, aplicam-se subsidiariamente as regras do RGPS (art. 40, §12, da</p><p>CF);</p><p>- Abono de permanência em serviço a ser instituído por lei do ente federativo,</p><p>para o servidor que completar requisitos para aposentadoria voluntária,</p><p>correspondendo a, no máximo, o valor de sua contribuição, até completar a</p><p>idade da aposentadoria compulsória (art. 40, §19, da CF). Na União, até que a</p><p>lei entre em vigor, o abono tem valor da contribuição devida (art. 8º. da EC</p><p>103/2019);</p><p>- Lei instituirá sistema integrado de dados entre as entidades federativas (art.</p><p>12, da EC 103/2019)</p><p>Deve ser observado que o Estado do Rio de Janeiro aprovou a EC 90/2021 e a</p><p>LC 195/2021, com sua Reforma da Previdência.</p><p>APOSENTADORIAS</p><p>- Não poderão ter valor inferior ao salário mínimo ou superior ao “teto” do INSS</p><p>– art.} 40, §2°, da CF;</p><p>- houve desconstitucionalização da regra de cálculo (art. 40, §3°, da CF), com</p><p>aplicação provisória do art. 26, da EC 103/2019</p><p>Ou seja: 60% + 2% por cada ano após 20 (homem) ou 15 (mulher) X SB</p><p>❖ Aposentadoria por Incapacidade Permanente</p><p>Prevista no art. 40, §1°, I, da CF – regulamentação na forma da lei da</p><p>entidade federativa – para a União, provisoriamente, aplica-se o art. 10 §1°,</p><p>da EC 103/2019.</p><p>- somente haverá concessão se o servidor não puder ser readaptado nos</p><p>termos do art. 37, §13, da CF;</p><p>Cálculo: art. 26, da EC 103/2019 (no caso de acidente do trabalho, doença</p><p>profissional ou do trabalho, a alíquota será de 100%)</p><p>❖ Aposentadoria Compulsória por Idade</p><p>Prevista no art. 40, §1°, II, da CF c/c LC 152/2015, aplicando-se</p><p>provisoriamente o art. 10, §1°, III, das EC 103/2019.</p><p>- cálculo: art. 26, §4°, da EC 103/2019</p><p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>- 75 anos</p><p>❖ Aposentadoria Programada ou Voluntária</p><p>Prevista no art. 40, §1°, III, da CF.</p><p>Para a União</p><p>Requisitos</p><p>Idade: 65 anos para homem, 62 anos para mulher</p><p>Tempo de contribuição e demais requisitos por LC Provisoriamente (art. 10 §1°,</p><p>I, das EC 103/2019):</p><p>Idade: 65 anos para homem, 62 anos para mulher</p><p>25 anos de tempo de contribuição</p><p>10 anos de serviço público</p><p>5 anos de serviço no cargo</p><p>Cálculo: art. 26, da EC 103/2019</p><p>Obs: Se o servidor ocupou precariamente o cargo, conta-se tempo no cargo</p><p>desde que venha a ocupa-lo efetivamente. Ex: Juiz convocado para trabalhar</p><p>no TRF, se posteriormente vier a tomar posse como desembargador do TRF,</p><p>poderá contar o tempo em que ficou precariamente em tal cargo para fins de</p><p>aposentadoria.</p><p>Para Estados, DF e Municípios</p><p>Requisitos</p><p>Idade estabelecida em CE e em LO</p><p>Tempo de contribuição e demais requisitos em LC da entidade federativa</p><p>Provisoriamente (art. 10, §7°)</p><p>Aplicam-se regras em vigor antes da EC 103/2019</p><p>❖ Aposentadoria Programada de Professor de Ensino Infantil,</p><p>Fundamental e Médio</p><p>Prevista no art. 40, §5°, das CF.</p><p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>- Requisito etário com cinco anos a menos do que vier a ser estipulado pelas</p><p>entidades federativas, desde que comprovem o tempo de contribuição em</p><p>atividade de professor nos termos de LC</p><p>-> União</p><p>Idade: 60 anos para homem, 57 anos para mulher</p><p>Tempo de contribuição e outros requisitos por LC</p><p>Provisoriamente (art. 10, §2°, III, da EC 103/2019)</p><p>- 60 anos de idade para homem, 57 anos para mulher</p><p>- 25 anos de contribuição no magistério</p><p>- 10 anos de serviço público</p><p>- 5 anos no cargo</p><p>Cálculo: art. 26, da EC 103/2019</p><p>Obs: O que é a atividade do professor? A lei de diretrizes e bases da educação</p><p>silenciava a respeito. O STF entendeu que é considerada apenas a atividade</p><p>em sala de aula. O congresso alterou a LDB e passou a definir que é atividade</p><p>de professor em sala de aula, direção, supervisão ou coordenação de escolas.</p><p>Assim, aquele professor que trabalha administrativamente (ex: secretaria) em</p><p>principio não conta tempo de magistério, mas a legislação da entidade</p><p>federativa pode estabelecer de forma diversa. Nesse sentido, a sumula 726 do</p><p>STF ficou prejudicada pela LDB.</p><p>Obs: O professor que trabalhou em escola privada e posteriormente no serviço</p><p>público contabilizará o tempo de contribuição e também como tempo de</p><p>magistério.</p><p>❖ Aposentadoria de Deficiente Físico</p><p>Previsto no art. 40, §4°-A, da CF</p><p>– admite estabelecimento de critérios diferenciados de idade e de tempo de</p><p>contribuição por LC da entidade federativa)</p><p>União</p><p>(Provisoriamente na art. 22 da EC 103/2019)</p><p>- LC 142/2013 (mesmo do regime geral, ou seja: idade OU tempo de</p><p>contribuição), acrescido dos seguintes requisitos:</p><p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>- 10 anos de serviço público e 5 anos de serviço no cargo</p><p>Cálculo:</p><p>LC 142/2013</p><p>Estados e municípios</p><p>aplicam-se as normas anteriores à EC 103/2019 (art. 10, §7°, da</p><p>EC 103/2019)</p><p>❖ Aposentadoria de Policial, Agente Penitenciário ou socioeducativo</p><p>Prevista no art. 40, §4°-B, da CF</p><p>– admite estabelecimentos de critérios de idade e de tempo de contribuição</p><p>diferenciados por LC da entidade federativa)</p><p>Para União</p><p>Requisitos</p><p>Idade: 55 anos (não tem distinção de gênero)</p><p>Tempo de contribuição: 30 anos</p><p>Tempo exercido nessas carreiras: 25 anos</p><p>Cálculo: art. 26, da EC 103/2019</p><p>Obs: A EC 103 garantiu ao ex militar a contagem de tempo para policial.</p><p>Estados e municípios</p><p>aplicam-se as normas anteriores à EC 103/2019 (art. 10, §7°, da EC 103/2019)</p><p>❖ Aposentadoria Especial por Insalubridade</p><p>Prevista na art. 40, §4°-C, da CF</p><p>– admite estabelecimentos de critérios de idade e de tempo de contribuição</p><p>diferenciados por LC da entidade federativa, vedada a adoção de</p><p>enquadramento profissional e o enquadramento por periculosidade)</p><p>União</p><p>Requisitos</p><p>Idade: 60 anos</p><p>Tempo de contribuição com exposição a agente agressivo: 25 anos</p><p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>Tempo se serviço público: 10 anos</p><p>Tempo de serviço no cargo: 5 anos</p><p>Cálculo: art. 26, da EC 103/2019.</p><p>Observada a aplicação subsidiária do RGPS, vedada conversão de tempo</p><p>especial em comum.</p><p>Obs: Não há distinção da gravidade da insalubridade como no RGPS, mas</p><p>cada entidade faz o seu laudo declarando a insalubridade do local.</p><p>Estados e municípios</p><p>aplicam-se as normas anteriores à EC 103/2019 (art. 10, §7°, da EC 103/2019)</p><p>❖ Pensão (art. 40, §7°, da CF)</p><p>Será concedida nos termos de lei da entidade federativa.</p><p>Obs: Para União o cálculo é igual ao do RGPS. Cada Estado pode definir sua</p><p>forma de cálculo.</p><p>Garantido pagamento no valor de um salário mínimo se for a única fonte de</p><p>renda do dependente (inconstitucional???) – art. 40, §7°, da CF</p><p>Tratamento de forma diferenciada (valor integral) no caso de morte de servidor</p><p>policial, agente penitenciário e socioeducativo decorrente de agressão sofrida</p><p>no exercício ou em razão da função.</p><p>União</p><p>Provisoriamente: aplicação do art. 23, da EC 103/2019) para cálculo</p><p>Obs: pensão decorrente de morte por agressão sofrida por policial, agente</p><p>penitenciário ou socioeducativo corresponde à remuneração do cargo e, para o</p><p>cônjuge ou companheira, é vitalícia</p><p>Mantidas as normas da Lei n° 8.112/1990 para as regras de concessão</p><p>Tanto as regras do art. 23, da EC 103/2019 quanto as regras da Lei n°</p><p>8.112/1990 podem ser modificadas por lei.</p><p>Estados e municípios</p><p>aplicam-se as normas anteriores à EC 103/2019 (art. 23, §8°, da EC 103/2019)</p><p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>RCPS (art. 40, §§14-16, da CF) - REGIME COMPLEMENTAR</p><p>A lei do regime complementar da União é a Lei 12.618/12 que traz tres fundos:</p><p>I)do executivo; II) do legislativo e III) do judiciário. O do legislativo, contudo, não</p><p>foi criado, utilizando-se do executivo por convenio.</p><p>O fundo de pensão não pode fixar o valor que será pago, mas apenas definir a</p><p>contribuição.</p><p>O §15 faz referencia ao art. 202, para deixar claro que o Estado não subsidia</p><p>fundo de pensão do servidor.</p><p>O servidores que tomaram posse antes da criação do fundo, podem migrar</p><p>para o fundo. Realizando esta opção, que é irretratável, o servidor receberá</p><p>uma indenização e quando de sua aposentadoria receberá o valor do RPPS</p><p>acrescido do valor do fundo.</p><p>Art. 40</p><p>§ 14. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão,</p><p>por lei de iniciativa do respectivo Poder Executivo, regime de previdência</p><p>complementar para servidores públicos ocupantes de cargo efetivo,</p><p>observado o limite máximo dos benefícios do Regime Geral de</p><p>Previdência Social para o valor das aposentadorias e das pensões em</p><p>regime próprio de previdência social, ressalvado o disposto no § 16.</p><p>(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)</p><p>§ 15. O regime de previdência complementar de que trata o § 14</p><p>oferecerá plano de benefícios somente na modalidade contribuição</p><p>definida, observará o disposto no art. 202 e será efetivado por intermédio</p><p>de entidade fechada de previdência complementar ou de entidade aberta</p><p>de previdência complementar. (Redação dada pela Emenda</p><p>Constitucional nº 103, de 2019)</p><p>§ 16 - Somente mediante sua prévia e expressa opção, o disposto nos §</p><p>§ 14 e 15 poderá ser aplicado ao servidor que tiver ingressado no</p><p>serviço público até a data da publicação do ato de instituição do</p><p>correspondente regime de previdência complementar. (Incluído pela</p><p>Emenda Constitucional nº 20, de 15/12/98</p><p>A instituição do RCPS deve ocorrer em 2 anos (art. 9º, §6°, da EC</p><p>103/2019).</p><p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>O §6 do art. 9º da EC 103 estabelece que a entidade federativa devia criar o</p><p>RCPS em até dois anos da emenda. Ocorre que não há qualquer sanção para</p><p>descumprimento desse prazo, de modo que há muitas entidades sem o referido</p><p>regime.</p><p>Contribuição dos servidores</p><p>Art. 11, da EC 103/2019</p><p>TEMA 12</p><p>RPPS: normas de transição da Reforma da Previdência.</p><p>REGRAS DE TRANSIÇÃO</p><p>Não há regras de transição para Estados e municípios, pois continuam a</p><p>aplicar a legislação que estava em vigor antes da Reforma.</p><p>Portanto, as normas de transição são válidas apenas para servidores federais.</p><p>Não há normas de transição para servidores públicos federais deficientes</p><p>físicos.</p><p>❖ APOSENTADORIA COMUM</p><p>1ª) IDADE + CONTRIBUIÇÃO + PEDÁGIO DE 100%</p><p>Previsto no art. 20, da EC 103/2019</p><p>Requisitos</p><p>Idade: 60 anos para homem e 57 anos para mulher</p><p>Tempo de contribuição: 35 anos para homem e 30 anos para mulher</p><p>Pedágio de 100% do tempo de contribuição que faltava em 13.11.2019</p><p>Tempo de serviço público: 20 anos</p><p>Tempo de serviço no cargo: 5 anos</p><p>Cálculo:</p><p>Ingresso no serviço público até 31.12.2003 – valor da remuneração (com</p><p>paridade nos reajustes)</p><p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>Ingresso a partir de 1º.01.2004 – 100% da média prevista no art. 26, da EC</p><p>103/2019</p><p>2ª) IDADE + CONTRIBUIÇÃO + PONTOS</p><p>Previsto no art. 4º, da EC 103/2019.</p><p>Requisitos</p><p>Idade: 61 anos para homem e 56 anos para mulher</p><p>Tempo de contribuição: 35 anos para homem e 30 anos para mulher</p><p>Tempo de serviço público: 20 anos</p><p>Tempo de serviço no cargo: 5 anos</p><p>Pontos (idade e tempo de contribuição geral): 96 pontos homem e 86 pontos</p><p>mulher</p><p>Obs:</p><p>1) a partir de 2022 – Idade 62 anos para homem e 57 para mulher</p><p>2) a partir de 2020 – acréscimo de um ponto por ano na pontuação até atingir,</p><p>para o homem, 105 pontos e, para a mulher, 100 pontos.</p><p>Cálculo</p><p>Para quem ingressou até 31.12.2003 e que tenha 65 anos de idade, se</p><p>homem, e 62 anos de idade, se mulher – remuneração (com paridade)</p><p>Para os demais – art. 26 da EC 103/2019</p><p>❖ APOSENTADORIA DO PROFESSOR</p><p>1ª) IDADE + CONTRIBUIÇÃO + TEMPO DE MAGISTÉRIO + PEDÁGIO DE</p><p>100%</p><p>Previsto no art. 20, §1°da EC 103/2019</p><p>Requisitos</p><p>Idade: 55 anos para homem e 52 anos para mulher</p><p>Tempo de contribuição no magistério: 30 anos para homem e 25 anos para</p><p>mulher</p><p>Pedágio de 100% do tempo de contribuição que faltava em 13.11.2019</p><p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>Tempo de serviço público: 20 anos</p><p>Tempo de serviço no cargo: 5 anos</p><p>Cálculo</p><p>Ingresso no serviço público até 31.12.2003 – valor da remuneração (com</p><p>paridade nos reajustes)</p><p>Ingresso a partir de 1º.01.2004 – 100% da média prevista no art. 26, da EC</p><p>103/2019</p><p>2ª) IDADE + TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO NO MAGISTÉRIO + PONTOS</p><p>Previsto no art. 4º, §4°, da EC 103/2019</p><p>Requisitos</p><p>Idade: 56 anos para homem e 51 anos para mulher</p><p>Tempo de contribuição no magistério: 30 anos para homem e 25 anos para</p><p>mulher</p><p>Tempo de serviço público: 20 anos</p><p>Tempo de serviço no cargo: 5 anos</p><p>Pontos (idade e tempo de contribuição geral): 91 pontos homem, 81 pontos</p><p>mulher</p><p>Obs:</p><p>1) a partir de 2022 – Idade 57 anos para homem e 52 para mulher</p><p>2) a partir de 2020 – acréscimo de um ponto por ano na pontuação até atingir,</p><p>para o homem, 100 pontos e, para a mulher, 92 pontos (atualmente está em 96</p><p>e 86 em 2024)</p><p>Cálculo</p><p>Para quem ingressou até 31.12.2003 e que tenha 60 anos de idade, se</p><p>homem, e 57 anos de idade, se mulher – remuneração (com paridade no</p><p>reajuste)</p><p>Para os demais –</p><p>art. 26 da EC 103/2019</p><p>❖ APOSENTADORIA DE POLICIAL, AGENTE PENITENCIÁRIO E</p><p>SOCIOEDUCATIVO</p><p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>1ª) IDADE + TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO + TEMPO COMO POLICIAL</p><p>Previsto no art. 5º, da EC 103/2019 e LC 51/85</p><p>Requisitos:</p><p>Idade: 55 anos</p><p>Tempo de contribuição: 30 anos para o homem e 25 anos para mulher (LC</p><p>51/1985)</p><p>Tempo no cargo policial: 20 anos para homem, 15 anos para mulher (LC</p><p>51/1985)</p><p>Obs: considera tempo policial, militar, bombeiro militar, PM, agente</p><p>penitenciário e socieducativo.</p><p>Cálculo</p><p>Proventos integrais (LC 51/1985)</p><p>2ª) IDADE + TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO + PEDÁGIO</p><p>Previsto no art. 5º, §3°, da EC 103/2019</p><p>Requisitos</p><p>Idade: 53 anos para homem e 52 anos para mulher</p><p>Tempo no cargo policial: 20 anos para homem, 15 anos para mulher (LC</p><p>51/1985) -</p><p>Tempo de contribuição: 30 anos para homem, 25 anos para mulher</p><p>Pedágio: 100% do tempo de contribuição que faltava em 13.11.2019</p><p>Cálculo</p><p>Proventos integrais -</p><p>❖ APOSENTADORIA ESPECIAL POR INSALUBRIDADE</p><p>Previsto no art. 21 da EC 103/2019.</p><p>Requisitos</p><p>15 anos de efetiva exposição e 66 pontos</p><p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>20 anos de efetiva exposição e 76 pontos</p><p>25 anos de efetiva exposição e 86 pontos</p><p>Tempo de serviço público: 20 anos</p><p>Tempo de serviço no cargo: 5 anos</p><p>Ponto = idade + tempo insalubre + tempo sem insalubridade</p><p>Ex: uma pessoa que trabalhou 15 anos na alta insalubridade e 5 de tempo não</p><p>insalubre, poderia se aposentar com 46 anos, pois 15 + 5 + 46 = 66 pontos.</p><p>Cálculo</p><p>Art. 26, da EC 103/2019</p><p>TEMA 13</p><p>As contribuições para a seguridade social: previsão constitucional e</p><p>natureza jurídica. Quadro geral das contribuições para a seguridade</p><p>social.</p><p>CONTRIBUIÇÕES DE SEGURIDADE SOCIAL</p><p>A aptidão para instituir tributo está prevista constitucionalmente. Dentre as</p><p>normas constitucionais, importante se atentar para os arts. 149 e 195 da CRFB.</p><p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>No caput do art. 149 da CRFB há três contribuições:</p><p>i) Contribuições sociais</p><p>ii) Contribuições de intervenção no domínio econômico;</p><p>iii) Contribuição de interesse das categorias profissionais ou</p><p>econômicas.</p><p>O art. 146, III, e 150 da CRFB traz o regime das contribuições.</p><p>Art. 146. Cabe à lei complementar:</p><p>III - estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária,</p><p>especialmente sobre:</p><p>a) definição de tributos e de suas espécies, bem como, em relação aos</p><p>impostos discriminados nesta Constituição, a dos respectivos fatos</p><p>geradores, bases de cálculo e contribuintes;</p><p>b) obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência tributários;</p><p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>c) adequado tratamento tributário ao ato cooperativo praticado pelas</p><p>sociedades cooperativas, inclusive em relação aos tributos previstos nos</p><p>arts. 156-A e 195, V; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº</p><p>132, de 2023)</p><p>d) definição de tratamento diferenciado e favorecido para as</p><p>microempresas e para as empresas de pequeno porte, inclusive regimes</p><p>especiais ou simplificados no caso dos impostos previstos nos arts. 155,</p><p>II, e 156-A, das contribuições sociais previstas no art. 195, I e V, e § 12 e</p><p>da contribuição a que se refere o art. 239. (Redação dada pela</p><p>Emenda Constitucional nº 132, de 2023)</p><p>Obs: No livro I do CTN, não há tratamento de contribuições, mas as normas</p><p>gerais do livro II são a essas aplicadas.</p><p>O art. 45 da Lei 8212 trazia a seguinte previsão:</p><p>Art. 45. O direito da Seguridade Social apurar e constituir seus créditos</p><p>extingue-se após 10 (dez) anos contados:</p><p>I – do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o crédito</p><p>poderia ter sido constituído;</p><p>II - da data em que se tornar definitiva a decisão que houver anulado,</p><p>por vício formal, a constituição de crédito anteriormente efetuada.</p><p>Art. 46. O direito de cobrar os créditos da Seguridade Social,</p><p>constituídos</p><p>na forma do artigo anterior, prescreve em 10 (dez) anos.</p><p>Posteriormente a Sumula vinculante nº 8 declarou inconstitucionais os artigos</p><p>45 e 46 da Lei 8213, pois a matéria deve ser tratada por LC.</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc132.htm#art1</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc132.htm#art1</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc132.htm#art1</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc132.htm#art1</p><p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>O art. 150 da CRFB traz as limitações ao poder de tributar, senão vejamos:</p><p>Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte,</p><p>é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:</p><p>I - exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça;</p><p>II - instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em</p><p>situação equivalente, proibida qualquer distinção em razão de ocupação</p><p>profissional ou função por eles exercida, independentemente da</p><p>denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos;</p><p>III - cobrar tributos:</p><p>a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da</p><p>lei que os houver instituído ou aumentado;</p><p>b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que</p><p>os instituiu ou aumentou; (Vide Emenda Constitucional nº 3, de 1993)</p><p>c) antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido</p><p>publicada a lei que os instituiu ou aumentou, observado o disposto na</p><p>alínea b; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de</p><p>19.12.2003)</p><p>Tal dispositivo deve ser interpretado junto ao §6º do art. 195, in fine:</p><p>Art. 195 (...)</p><p>§ 6º As contribuições sociais de que trata este artigo só poderão ser</p><p>exigidas após decorridos noventa dias da data da publicação da lei</p><p>que as houver instituído ou modificado, não se lhes aplicando o</p><p>disposto no art. 150, III, “b”.</p><p>Fundamental saber que as contribuições especiais são gênero (art. 149,</p><p>CRFB), que comportam as espécies: i) interventivas (CIDE); ii) corporativas; ou</p><p>iii) sociais. As ultimas dividem-se ainda em iii.i) seguridade social e iii.ii)</p><p>contribuições gerais.</p><p>No que tange as contribuições sociais que financiam a seguridade social só se</p><p>submetem a anterioridade nonagesimal, ou seja, trata-se de uma anterioridade</p><p>mitigada. As contribuições interventivas; corporativas e as sociais gerais se</p><p>submetem tanto a anterioridade do exercício financeiro, quanto a anterioridade</p><p>nonagesimal (art. 195, §6º, CRFB).</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc03.htm#art2%C2%A72</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc42.htm#art1</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc42.htm#art1</p><p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>O art. 195 trata das contribuições que financiam a seguridade social, senão</p><p>vejamos:</p><p>Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de</p><p>forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos</p><p>provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal</p><p>e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais: (Vide</p><p>Emenda Constitucional nº 20, de 1998)</p><p>I - do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma</p><p>da lei, incidentes sobre: (Redação dada pela Emenda</p><p>Constitucional nº 20, de 1998)</p><p>a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou</p><p>creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço,</p><p>mesmo sem vínculo empregatício; (Incluído pela Emenda</p><p>Constitucional nº 20, de 1998)</p><p>(CPP)</p><p>b) a receita ou o faturamento; (Incluído pela Emenda</p><p>Constitucional nº 20, de 1998) (Vide Emenda Constitucional nº 132,</p><p>de 2023) Vigência</p><p>(COFINS)</p><p>c) o lucro; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)</p><p>(CSLL)</p><p>II - do trabalhador e dos demais segurados da previdência social,</p><p>podendo ser adotadas alíquotas progressivas de acordo com o valor do</p><p>salário de contribuição, não incidindo contribuição sobre aposentadoria e</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc20.htm#art12</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc20.htm#art12</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc20.htm#art195i</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc20.htm#art195i</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc20.htm#art195i</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc20.htm#art195i</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc20.htm#art195i</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc20.htm#art195i</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc132.htm#art22</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc132.htm#art22</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc132.htm#art23</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc20.htm#art195i</p><p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>pensão concedidas pelo Regime Geral de Previdência Social;</p><p>(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)</p><p>(CPS)</p><p>III - sobre a receita de concursos de prognósticos.</p><p>IV - do importador de bens ou serviços do exterior, ou de quem a lei a</p><p>ele equiparar. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de</p><p>19.12.2003) (Vide Emenda Constitucional nº 132, de 2023) Vigência</p><p>V - sobre bens e serviços, nos termos de lei complementar. (Incluído</p><p>pela Emenda Constitucional nº 132, de 2023)</p><p>Obs: Trabalhador é o segurado obrigatório (art. 12, Lei 8213), enquanto que “os</p><p>demais segurados são os segurados facultativos; os exercentes de mandato</p><p>eletivo e os eclesiásticos.</p><p>Art. 28 da Lei 8212 traz o conceito de salário de contribuição.</p><p>Art. 28. Entende-se por salário-de-contribuição:</p><p>I - para o empregado e trabalhador avulso: a remuneração auferida</p><p>em uma ou mais empresas *, assim entendida a totalidade dos</p><p>rendimentos pagos, devidos ou creditados a qualquer título, durante o</p><p>mês, destinados a retribuir o trabalho, qualquer que seja a sua forma,</p><p>inclusive as gorjetas, os ganhos habituais sob a forma de utilidades e os</p><p>adiantamentos decorrentes de reajuste salarial, quer pelos serviços</p><p>efetivamente prestados, quer pelo tempo à disposição do empregador ou</p><p>tomador de serviços nos termos da lei ou do contrato ou, ainda, de</p><p>convenção ou acordo coletivo de trabalho ou sentença</p><p>normativa; (Redação dada pela Lei nº 9.528, de 10.12.97)</p><p>II - para o empregado doméstico: a remuneração registrada na</p><p>Carteira de Trabalho e Previdência Social, observadas as normas a</p><p>serem estabelecidas em regulamento para comprovação do vínculo</p><p>empregatício e do valor da remuneração;</p><p>III - para o contribuinte individual: a remuneração auferida em uma ou</p><p>mais empresas ou pelo exercício de sua atividade por conta própria,</p><p>durante o mês, observado o limite máximo a que se refere o §</p><p>5o; (Redação dada pela Lei nº 9.876, de 1999).</p><p>IV - para o segurado facultativo: o valor por ele declarado, observado</p><p>o limite máximo a que se refere o § 5o.</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc42.htm#art1</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc42.htm#art1</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc132.htm#art22</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc132.htm#art23</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc132.htm#art1</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc132.htm#art1</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9528.htm#art1</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9876.htm#art1</p><p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>* É importante se atentar para o fato que o conceito de empresa disposto no</p><p>artigo é bem amplo, comportando inclusive a pessoa física.</p><p>Porque a contribuição é previdenciária se o art. 195 trata de seguridade social?</p><p>Porque a constituição no art. 167, XI veda que a destinação seja outro senão a</p><p>previdência, ou seja, afeta a arrecadação à previdencia.</p><p>Arts. 167. São vedados:</p><p>XI - a utilização dos recursos provenientes das contribuições sociais de</p><p>que trata o art. 195, I, a, e II, para a realização de despesas distintas do</p><p>pagamento de benefícios do regime geral de previdência social de que</p><p>trata o art. 201. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de</p><p>1998)</p><p>É possível majoração de alíquotas de contribuições sociais por meio de MP?</p><p>Em que pese o art. 62, §2º da CRFB traga uma regra de que a majoração de</p><p>alíquotas por meio de MP só produzirá efeitos após a conversão em lei, esta</p><p>previsão se refere apenas à impostos, ou seja, não se aplica a contribuições.</p><p>Assim, a majoração de alíquota de contribuições sociais que financiam a</p><p>seguridade social por MP terá efeitos ainda que não convertida em lei.</p><p>A criação de outras fontes para seguridade social pode ocorrer por meio de lei</p><p>complementar da União, na forma do art. 195, §4º em observância ao art. 154,</p><p>I, da CRFB. (competência residual). Neste caso não cabe MP, por expressa</p><p>vedação constitucional.</p><p>Obs: O STF reconheceu em 2020 (tema 72) que CPS (contribuição patronal) é</p><p>inconstitucional sobre o salário maternidade. Isso se deu porque o art. 195, I, a,</p><p>não traz originariamente esta possibilidade, já que incide a contribuição</p><p>patronal apenas por folha de salários e demais rendimentos do trabalho. O</p><p>salário maternidade não tem este caráter e para criação de outras</p><p>contribuições seria necessário edição de lei complementar e não lei ordinária</p><p>(lei 8213).</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc20.htm#art167xi</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc20.htm#art167xi</p><p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>TEMA 14</p><p>Contribuição dos segurados e do empregador doméstico.</p><p>Salário-de-contribuição.</p><p>CONTRIBUIÇÃO DOS SEGURADOS – CPS</p><p>A L. 8.212/91 abrange a CPP e a CPS.</p><p>Inicialmente os segurados podem ser tributados em três grupos:</p><p>Empregado</p><p>Doméstico</p><p>Avulso</p><p>Art.28 da EC103</p><p>CI Art.21 da Lei 8212</p><p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>Segurado facultativo</p><p>Segurado especial Art.25 da Lei 8212</p><p>O empregado, o empregado doméstico e o trabalhador avulso compõem um</p><p>grupo, e contribuem nos termos do art. 28 da EC 103/19 e pelo art. 20 da L.</p><p>8.212/91. O contribuinte individual e o facultativo contribuem na forma do art.</p><p>21 da L. 8.212/91. segurado especial contribui na forma do art. 25 da L.</p><p>8.212/91.</p><p>1) Empregado; doméstico e avulso:</p><p>Antes da EC 103, não havia na CRFB autorização expressa na constituição</p><p>para alíquota progressiva, sendo aplicável o disposto no art. 20 da lei 8212/91,</p><p>que previa uma cumulatividade simples.</p><p>Após algumas discussões acerca da constitucionalidade desta previsão, o STF</p><p>fixou a seguinte tese:</p><p>É constitucional a expressão não cumulativa no caput do art. 20 da lei 8212.</p><p>(tema 833)</p><p>A expressão “não cumulativa” significava que a aplicação era simples, ou seja,</p><p>não por faixas como no IR.</p><p>Obs: As alíquotas no modelo do IR mostram alíquotas nominais, quando na</p><p>verdade a alíquota efetiva (que realmente incidirá) será aquela verificada após</p><p>a soma por faixas.</p><p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>A EC 103 alterou a forma como o empregado; doméstico e avulso realizam</p><p>suas contribuições. Nesse sentido, alterou o art. 195, II da CRFB e</p><p>implementou a progressividade nos seus moldes.</p><p>Cabe destacar que o art. 28 da EC 103 é uma disposição transitória, que</p><p>implementa uma progressividade, agora cumulativa, ou seja, por faixas.</p><p>A EC 103/19 trouxe uma nova tabela que estará até que a lei altere a L.</p><p>8.212/90 (disposição transitória). Assim a emenda trouxe uma inovação no art.</p><p>28, mas que somente passou a viger após 90 dias, respeitando a anterioridade</p><p>nonagesimal. Cabe destacar que embora a EC seja norma constitucional, ela</p><p>deve respeitar o princípio, pois trata-se de um direito fundamental (limitações</p><p>ao direito de tributar são cláusulas pétreas).</p><p>O art. 28 da EC 103/19, em especial o §1º, alterou o art. 195, §2º (para permitir</p><p>a progressividade)</p><p>e estabelecer a tributação por faixa, de modo a incidir cada</p><p>alíquota sobre a faixa de valores compreendida nos respetivos limites. Trouxe</p><p>uma nova tabela e a alíquota progressiva em cada faixa.</p><p>Ex: SM = R$1.000,00. O salário da pessoa é R$5.000,00. Até 1 SM, aplica</p><p>7,5% = R$75,00; nos próximos R$1.000,00 (entre o SM e dois mil), aplica 9% =</p><p>R$90,00. Nos próximos R$1.000,00 (entre dois mil e três mil), aplica 12% =</p><p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>R$120,00. Nos R$2.000,00 restantes (entre três mil e o limite do salário de</p><p>contribuição), aplica 14% = R$280,00. Total da contribuição é R$565,00.</p><p>Em resumo, atualmente o Empregado, empregado doméstico e trabalhador</p><p>avulso nos termos do art. 20 da L. 8.212/91, a contribuição do empregado,</p><p>inclusive o doméstico, e a do trabalhador avulso é calculada mediante a</p><p>aplicação da correspondente alíquota sobre o seu salário-de-contribuição</p><p>mensal, de forma não cumulativa, observado o disposto no art. 28, de acordo</p><p>com a seguinte tabela.</p><p>2) CI e facultativo:</p><p>A contribuição do CI e do segurado facultativo está prevista no art. 21 da Lei</p><p>8212.</p><p>Há dois planos de previdência:</p><p>2.1) Plano normal</p><p>Neste plano a base é variável e a contribuição é fixa (1/5 = 20%)</p><p>O plano normal está previsto no caput do art. 21 da L 8212</p><p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>Art. 21. A alíquota de contribuição dos segurados contribuinte individual</p><p>e facultativo será de vinte por cento sobre o respectivo</p><p>salário-de-contribuição.</p><p>2.2) Plano simplificado</p><p>Neste plano a base é fixa e o percentual variável.</p><p>O plano simplificado está previsto no Art. 21, §2º, I e II, da L 8212</p><p>Art. 21.</p><p>§ 2o No caso de opção pela exclusão do direito ao benefício de</p><p>aposentadoria por tempo de contribuição, a alíquota de contribuição</p><p>incidente sobre o limite mínimo mensal do salário de contribuição</p><p>será de:</p><p>I - 11% (onze por cento), no caso do segurado contribuinte individual,</p><p>ressalvado o disposto no inciso II, que trabalhe por conta própria, sem</p><p>relação de trabalho com empresa ou equiparado e do segurado</p><p>facultativo, observado o disposto na alínea b do inciso II deste</p><p>parágrafo;</p><p>II - 5% (cinco por cento):</p><p>a) no caso do microempreendedor individual, de que trata o art. 18-A</p><p>da Lei Complementar no 123, de 14 de dezembro de 2006; e</p><p>b) do segurado facultativo sem renda própria que se dedique</p><p>exclusivamente ao trabalho doméstico no âmbito de sua residência,</p><p>desde que pertencente a família de baixa renda.</p><p>(...)</p><p>§ 4o Considera-se de baixa renda, para os fins do disposto na alínea b</p><p>do inciso II do §</p><p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>2o deste artigo, a família inscrita no Cadastro Único para Programas</p><p>Sociais do Governo Federal - CadÚnico cuja renda mensal seja de</p><p>até 2 (dois) salários mínimos.</p><p>Em resumo, o plano normal tem alíquota de 20% (alíquota elevada) enquanto o</p><p>plano simplificado envolve o pagamento de 11% ou 5% (plano mais</p><p>econômico).</p><p>No plano simplificado a base de cálculo é fixa, no patamar de um salário</p><p>mínimo (limite mínimo mensal do salário de contribuição). No plano normal, a</p><p>base varia entre um salário mínimo e o limite de contribuição (respectivo</p><p>salário de contribuição).</p><p>No plano normal, no caso de contribuinte individual, o montante da</p><p>remuneração forma a base de cálculo (atividade remunerada é o fato gerador).</p><p>Por sua vez, o salário de contribuição leva em conta o montante da</p><p>remuneração, desde que respeitado o teto (art. 28, III).</p><p>No caso do contribuinte facultativo, a base de cálculo é o valor declarado</p><p>pelo segurado (art. 28, IV).</p><p>Ressalte-se que o contribuinte individual não contribui de acordo com o valor</p><p>declarado. Nesse sentido, se tem um momento em que o CI não exerce</p><p>atividade remunerada e, assim, não recebe remuneração, ele não é obrigado a</p><p>contribuir, podendo optar por contribuir como contribuinte facultativo.</p><p>OBS: supondo que um contribuinte individual recolhe o IRPF, mas não recolhe</p><p>a contribuição para a previdência. Nesse caso, a partir do cruzamento de</p><p>informações, o Fisco pode usar as informações de declaração de IRPF para</p><p>fazer o lançamento por arbitramento da contribuição.</p><p>OBS: uma pessoa tem apartamentos e percebe aluguéis. Não é obrigada a</p><p>contribuir (pode ser contribuinte facultativo), já que não há remuneração pelo</p><p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>trabalho, mas apenas rendimentos de bens. A mesma coisa ocorre no</p><p>recebimento de dividendos de ação (é remuneração do capital, e não</p><p>remuneração do trabalho, não é fato gerador do tributo).</p><p>O plano simplificado tem duas restrições. Uma delas é a exclusão do</p><p>benefício de aposentadoria por tempo de contribuição. Só que a EC 103/19</p><p>acabou com essa aposentadoria, criando a aposentadoria programada. No</p><p>entanto, quem já era segurado do regime geral antes e entra no regime de</p><p>transição, continua excluído se tiver feito o plano simplificado. Outra restrição</p><p>do plano simplificado é a exclusão da contagem recíproca (poder computar</p><p>esse tempo em outro regime).</p><p>A alíquota do plano simplificado será de 11% no caso de contribuinte</p><p>individual, salvo o inciso II (que trabalhe por conta própria), isto é, sem relação</p><p>de trabalho com empresa ou equiparado e do segurado facultativo. Assim, esse</p><p>plano é para quem não tenha relação de trabalho com empresa (inclusive</p><p>equiparado, ex: Emerj paga o professor). Não há limitação de renda nesse</p><p>caso. Além disso, se o contribuinte alternar entre ter ou não relação de trabalho</p><p>com empresa, ele pode contribuir um mês pelo plano simplificado e um mês</p><p>pelo normal.</p><p>A alíquota do plano simplificado será de 5% no caso de MEI e do segurado</p><p>facultativo sem renda própria que se dedique exclusivamente ao trabalho</p><p>doméstico no âmbito de sua residência, desde que pertencente à família de</p><p>baixa renda.</p><p>MEI não é pessoa jurídica, ainda que tenha CNPJ. MEI é pessoa física, mas</p><p>equiparada a empresa para fins fiscais, tem um regime tributário diferenciado,</p><p>simplificado. O MEI tem essa parte de "empresa", mas tem um trabalhador por</p><p>trás (um contribuinte individual). Ao optar por ser MEI, o segurado tem que</p><p>contribuir por meio desse sistema simplificado com alíquota de 5%, salvo a</p><p>hipótese do §3º, que permite o complemento.</p><p>3) Segurado especial:</p><p>O §8º do art. 195, estabelece:</p><p>Art. 195. A seguridade social será financiada (...)</p><p>§ 8º O produtor, o parceiro, o meeiro e o arrendatário rurais e o pescador</p><p>artesanal, bem como os respectivos cônjuges, que exerçam suas</p><p>atividades em regime de economia familiar, sem empregados</p><p>permanentes, contribuirão para a seguridade social mediante a</p><p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>aplicação de uma alíquota sobre o resultado da comercialização da</p><p>produção e farão jus aos benefícios nos termos da lei.</p><p>Logo, a base contributiva não é o salário de contribuição. O art. 195, §8º da</p><p>CRFB fala da sua base de cálculo, que é o resultado da comercialização da</p><p>produção.</p><p>Por sua vez o art. 25 da Lei 8212/91 prevê:</p><p>Art. 25. A contribuição do empregador rural pessoa física, em</p><p>substituição à contribuição de que tratam os incisos I e II do art. 22, e a</p><p>do segurado especial, referidos, respectivamente, na alínea a do inciso</p><p>V e no inciso VII do art. 12 desta Lei, destinada à Seguridade Social, é</p><p>de:</p><p>I – 1,2% da receita bruta proveniente da comercialização da sua</p><p>produção;</p><p>II - 0,1% da receita bruta proveniente da comercialização da sua</p><p>produção para financiamento das prestações por acidente do trabalho.</p><p>O art. 25 da L. 8.212/91 trata sobre essa contribuição. Paga 1.3% da receita</p><p>bruta proveniente da comercialização da sua produção, mas os incisos I e II</p><p>dividem esse valor para destacar as receitas, de modo que o segurado especial</p><p>contribui com o SAT (e por isso tem direito ao auxílio-acidente).</p><p>A CRFB fala em resultado da comercialização. Resultado é uma conta, pois</p><p>considera a receita e os custos. Por outro lado, o art. 25 da L. 8.212/91 fala em</p><p>receita bruta, que é mais abrangente do que o resultado. Em virtude disso, STF</p><p>ao tratar do tema, entendeu que o dispositivo é constitucional, pois</p><p>o disposto</p><p>na CRFB é atécnico.</p><p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>Art. 25. (...)</p><p>§ 1º O segurado especial de que trata este artigo, além da contribuição</p><p>obrigatória referida no caput, poderá contribuir, facultativamente, na</p><p>forma do art. 21 desta Lei.</p><p>OBS: o art. 25 trata do empregador rural, mas ele não é segurado especial!!</p><p>Responsabilidade pelo recolhimento depende de como é comercializada a</p><p>produção. Se for adquirida, consignada por empresa ou por cooperativa, a</p><p>responsabilidade é da empresa/cooperativa, por sub-rogação. Se, por outro</p><p>lado, a venda for no varejo (pessoa física), a responsabilidade é do segurado</p><p>especial (produtor rural pessoa física).</p><p>OBS: Não há carência para o segurado especial, já que ele apenas comprova o</p><p>exercício da atividade rural (e não o efetivo recolhimento, que vai depender da</p><p>existência de receita).</p><p>O segurado especial, nos termos do §1º, pode contribuir facultativamente com</p><p>outra contribuição além da obrigatória sobre a receita (caput), na forma do art.</p><p>21.</p><p>Destaque-se também que o segurado especial, pelo regime "típico", recolhe</p><p>sobre a receita bruta, tem um benefício pré-fixado e não faz jus à</p><p>aposentadoria por tempo de contribuição.</p><p>Assim, se ele optar por essa contribuição facultativa, ele recolhe sobre a receita</p><p>bruta (obrigatória) e o salário de contribuição, tem benefício pós-fixado e faz jus</p><p>à aposentadoria por tempo de contribuição. Para isso, ele tem que contribuir</p><p>pelo plano normal, do caput do art. 21 (senão alteram-se os benefícios).</p><p>Obs: Neste caso o salário de contribuição é o valor declarado, por ser uma</p><p>faculdade.</p><p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>Ressalte-se por fim, que essa opção pela contribuição facultativa não torna o</p><p>segurado especial um contribuinte facultativo!</p><p>TEMA 15</p><p>A Contribuição das empresas: contribuição sobre a remuneração dos</p><p>trabalhadores, contribuição de custeio dos benefícios referentes ao</p><p>acidente do trabalho. COFINS, contribuição social sobre o lucro, outras</p><p>formas de contribuição das empresas. SIMPLES Nacional. Outras receitas</p><p>da seguridade social. Obrigações tributárias principal e acessória.</p><p>Competência e capacidade tributária.</p><p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>Sobre a folha de salários, além da contribuição do empregado, há a</p><p>contribuição do empregador. É por conta disso que aqueles que pagam suas</p><p>contribuições por conta própria tem um custo maior (ex: autônomo; CI; etc).</p><p>Outro ponto importante é que não existe mais a discussão acerca do conceito</p><p>de empresa, pois não importa se existe vínculo de emprego ou não, constando</p><p>da lei atualmente a expressão “empresas ou equiparadas a empresa”.</p><p>Contribuição da empresa ou equiparado</p><p>– 20% (vinte por cento) sobre o total das remunerações pagas, devidas ou</p><p>creditadas a qualquer título, durante o mês, aos segurados empregados e</p><p>trabalhadores avulsos que lhe prestem serviços, destinadas a retribuir o</p><p>trabalho, qualquer que seja a sua forma, inclusive as gorjetas, os ganhos</p><p>habituais sob a forma de utilidades e os adiantamentos decorrentes de reajuste</p><p>salarial, quer pelos serviços efetivamente prestados, quer pelo tempo à</p><p>disposição do empregador ou tomador de serviços, nos termos da lei ou do</p><p>contrato ou, ainda, de convenção ou acordo coletivo de trabalho ou sentença</p><p>normativa. (art. 22, inciso I, Lei 8.212/91) + 1% (risco leve), +2% (risco</p><p>médio) ou +3% (risco grave). (vide SAT/RAT) (art. 22, inciso II, Lei 8.212/91).</p><p>+6% ou + 9% ou +12% (em relação à remuneração do empregado que puder</p><p>se aposentar de forma especial, após 25, 20 ou 15 anos de serviço em</p><p>atividade especial, respectivamente. (Art. 57, § 6.º, Lei 8.213/91 - O benefício</p><p>previsto neste artigo será financiado com os recursos provenientes da</p><p>contribuição de que trata o inciso II do art. 22 da Lei no 8.212, de 24 de julho de</p><p>1991, cujas alíquotas serão acrescidas de doze, nove ou seis pontos</p><p>percentuais, conforme a atividade exercida pelo segurado a serviço da</p><p>empresa permita a concessão de aposentadoria especial após quinze, vinte ou</p><p>vinte e cinco anos de contribuição, respectivamente).</p><p>- 20% (vinte por cento) sobre o total das remunerações pagas ou creditadas, a</p><p>qualquer título, no decorrer do mês, aos segurados contribuintes individuais</p><p>que lhes prestam serviços, para fatos geradores ocorridos a partir de 1° de</p><p>março de 2000. (art. 22, inciso III, Lei 8.212/91).</p><p>Art. 22, § 1º, Lei 8.212/91. No caso de bancos comerciais, bancos de</p><p>investimentos, bancos de desenvolvimento, caixas econômicas,</p><p>sociedades de crédito, financiamento e investimento, sociedades de</p><p>crédito imobiliário, sociedades corretoras, distribuidoras de títulos e</p><p>valores mobiliários, empresas de arrendamento mercantil, cooperativas</p><p>de crédito, empresas de seguros privados e de capitalização, agentes</p><p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>autônomos de seguros privados e de crédito e entidades de previdência</p><p>privada abertas e fechadas, além das contribuições referidas neste</p><p>artigo e no art. 23, é devida a contribuição adicional de dois vírgula cinco</p><p>por cento sobre a base de cálculo definida nos incisos I e III deste artigo.</p><p>(Redação dada pela Lei nº 9.876, de 1999). (grifo nosso)</p><p>Por unanimidade dos votos, em 30 de março de 2016, o Plenário do Supremo</p><p>Tribunal Federal (STF) decidiu que é constitucional a diferença de</p><p>alíquotas quanto às contribuições previdenciárias incidentes na folha de</p><p>salários de instituições financeiras ou entidades equiparáveis, a partir da</p><p>edição da Emenda Constitucional 20/1998. Os ministros negaram</p><p>provimento ao Recurso Extraordinário (RE) 598572, com repercussão geral</p><p>reconhecida.</p><p>Em resumo:</p><p>A contribuição da empresa inicia-se em</p><p>● 20%;</p><p>Esta alíquota pode ser acrescida de</p><p>● + 2,5% se bancos ou instituições financeiras;</p><p>E ainda</p><p>● + 1%; 2% ou 3%, a depender do risco de acidentes</p><p>de trabalho (leve; médio; grave respectivamente)</p><p>Obs: Tal classificação de risco leva em conta o nível do risco em que se</p><p>inserem a maior parte dos empregados daquela empresa.</p><p>É possível aumentar ainda reduzir ou aumentar esta alíquota de acordo com o</p><p>FAP (fator de acidente de trabalho), que é um estímulo para as empresas</p><p>providenciarem equipamentos de segurança para seus empregados. Em</p><p>virtude sua alíquota pode aumentar ou reduzir em 50%.</p><p>Além disso será acrescida de:</p><p>● +6%; + 9%; ou + 12% (apenas para aqueles que</p><p>desenvolvem atividade insalubre); se puder se</p><p>aposentar aos 25 anos; aos 20 anos; ou aos 15</p><p>anos respectivamente.</p><p>Obs: Para conseguir a aposentadoria especial partir de 01 de janeiro de 2004 é</p><p>necessário o chamado PPP (perfil profissiográfico previdenciário).</p><p>Ressalte-se que o fato gerador da contribuição ocorre desde a atividade</p><p>remunerado, ainda que não tenha sido pago o salário do funcionário.</p><p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>Abrangência da contribuição sobre a folha de pagamento</p><p>RE 1.072.485 (tema 985), j. 31/08/2020: FÉRIAS - ACRÉSCIMO –</p><p>CONTRIBUIÇÃO SOCIAL - INCIDÊNCIA. É legítima a incidência de</p><p>contribuição social, a cargo do empregador, sobre os valores pagos ao</p><p>empregado a título de terço constitucional de férias gozadas.</p><p>A incidência de contribuição patronal sobre o salário-maternidade é</p><p>formal e materialmente inconstitucional, conforme decidido no RE 576.967</p><p>(Tema 72). O tema 72 de agosto de 2020 não se estende às seguradas. No</p><p>entanto, está em discussão no STF (RE 1455643), que reconheceu</p><p>repercussão geral (Tema 1274) (Disponível em:</p><p>https://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=6730426. Acesso em:</p><p>18/01/2024).</p><p>O STJ firmou o Tema 738, que dispõe que “sobre a importância paga pelo</p><p>empregador ao empregado durante os primeiros quinze dias de</p><p>afastamento por motivo de doença não incide a contribuição</p><p>previdenciária” (*não há incidência nem da quota patronal e nem da quota do</p><p>trabalhador, por ter sido considerada indenizatória), e o mesmo Tribunal</p><p>reconheceu a inexigibilidade da contribuição social previdenciária incidente</p><p>sobre o aviso prévio indenizado.</p><p>Obs: O empregador dentro de 60 dias, no que tange ao</p><p>https://www2.camara.leg.br/legin/fed/emecon/2019/emendaconstitucional-103-12-novembro-2019-789412-publicacaooriginal-159409-pl.html</p><p>https://www2.camara.leg.br/legin/fed/emecon/2023/emendaconstitucional-132-20-dezembro-2023-795084-publicacaooriginal-170513-pl.html</p><p>https://www2.camara.leg.br/legin/fed/emecon/2023/emendaconstitucional-132-20-dezembro-2023-795084-publicacaooriginal-170513-pl.html</p><p>https://www2.camara.leg.br/legin/fed/emecon/2023/emendaconstitucional-132-20-dezembro-2023-795084-publicacaooriginal-170513-pl.html</p><p>https://www2.camara.leg.br/legin/fed/emecon/2023/emendaconstitucional-132-20-dezembro-2023-795084-publicacaooriginal-170513-pl.html</p><p>https://www2.camara.leg.br/legin/fed/emecon/2023/emendaconstitucional-132-20-dezembro-2023-795084-publicacaooriginal-170513-pl.html</p><p>https://www2.camara.leg.br/legin/fed/emecon/2023/emendaconstitucional-132-20-dezembro-2023-795084-publicacaooriginal-170513-pl.html</p><p>https://www2.camara.leg.br/legin/fed/emecon/2023/emendaconstitucional-132-20-dezembro-2023-795084-publicacaooriginal-170513-pl.html</p><p>https://www2.camara.leg.br/legin/fed/emecon/2023/emendaconstitucional-132-20-dezembro-2023-795084-publicacaooriginal-170513-pl.html</p><p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>§ 18. Lei estabelecerá as hipóteses de devolução da contribuição</p><p>prevista no inciso V do caput a pessoas físicas, inclusive em</p><p>relação a limites e beneficiários, com o objetivo de reduzir as</p><p>desigualdades de renda. (Parágrafo acrescido pela Emenda</p><p>Constitucional nº 132, de 2023)</p><p>§ 19. A devolução de que trata o § 18 não será computada na</p><p>receita corrente líquida da União para os fins do disposto nos arts.</p><p>100, § 15, 166, §§ 9º, 12 e 17, e 198, § 2º. (Parágrafo acrescido</p><p>pela Emenda Constitucional nº 132, de 2023) (Vide Emenda</p><p>Constitucional nº 132, de 2023)</p><p>O §6º traz a regra de observância ao princípio da anterioridade nonagesimal,</p><p>ou seja, se houver alteração de uma alíquota de contribuição para seguridade,</p><p>esta alteração não precisará observar a anterioridade do exercício financeiro,</p><p>mas apenas a noventena.</p><p>Assistência social é um programa de proteção as pessoas carentes em</p><p>situação de vulnerabilidade, como a maternidade; a infância; adolescência;</p><p>idade avançada; deficiência física.</p><p>Nesse sentido, cabe esclarecer que diferente da previdência, que é</p><p>contributiva), a assistência é gratuita. Diferentemente da saúde, a assistência é</p><p>seletiva, ou seja, não é prestada a todos, mas apenas àqueles que dela</p><p>necessitam de fato.</p><p>A assistência é prestada por uma rede integrada, ou seja, deve haver</p><p>cooperação entre todos os entes federativos.</p><p>O benefício mais importante está previsto no art. 203, V, CRFB, regulamentado</p><p>pela Lei 8742/93 (Lei orgânica da assistência social – LOAS) no art. 20,</p><p>denominado BTC (Benefício de prestação continuada). Consiste no</p><p>benefício de 1 salário mínimo ao idoso ou deficiente físico, que não possa</p><p>prover sua subsistência ou tê-la provida pela família.</p><p>O idoso deve ter 65 anos, comprovando-se com documentação pertinente,</p><p>enquanto que o deficiente físico é periciado. A lei determina que o INSS é que</p><p>fará o pagamento, mas a União realiza anualmente o ressarcimento da referida</p><p>autarquia federal.</p><p>Importante frisar que as contribuições que vão para o INSS não podem ser</p><p>destinadas à previdência social.</p><p>https://www2.camara.leg.br/legin/fed/emecon/2023/emendaconstitucional-132-20-dezembro-2023-795084-publicacaooriginal-170513-pl.html</p><p>https://www2.camara.leg.br/legin/fed/emecon/2023/emendaconstitucional-132-20-dezembro-2023-795084-publicacaooriginal-170513-pl.html</p><p>https://www2.camara.leg.br/legin/fed/emecon/2023/emendaconstitucional-132-20-dezembro-2023-795084-publicacaooriginal-170513-pl.html</p><p>https://www2.camara.leg.br/legin/fed/emecon/2023/emendaconstitucional-132-20-dezembro-2023-795084-publicacaooriginal-170513-pl.html</p><p>https://www2.camara.leg.br/legin/fed/emecon/2023/emendaconstitucional-132-20-dezembro-2023-795084-publicacaooriginal-170513-pl.html</p><p>https://www2.camara.leg.br/legin/fed/emecon/2023/emendaconstitucional-132-20-dezembro-2023-795084-publicacaooriginal-170513-pl.html</p><p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>É considerado carente para o fim do BTC aquele cuja a renda per capita seja</p><p>inferior à um quarto salário mínimo (art. 20, §3º). Na ADI 1232 o Supremo</p><p>declarou a inconstitucionalidade tal critério, sem declarar inválido, ou seja,</p><p>preservando ainda a aplicação da lei. Para cumprimento da decisão do STF foi</p><p>incluído o §11-A no art. 20 que prevê que este critério pode ser estendido por</p><p>regulamento até um salário mínimo.</p><p>Art. 203. A assistência social será prestada a quem dela necessitar,</p><p>independentemente de contribuição à seguridade social, e tem por</p><p>objetivos:</p><p>I - a proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à</p><p>velhice;</p><p>II - o amparo às crianças e adolescentes carentes;</p><p>III - a promoção da integração ao mercado de trabalho;</p><p>IV - a habilitação e reabilitação das pessoas portadoras de deficiência e</p><p>a promoção de sua integração à vida comunitária;</p><p>V - a garantia de um salário mínimo de benefício mensal à pessoa</p><p>portadora de deficiência e ao idoso que comprovem não possuir</p><p>meios de prover à própria manutenção ou de tê-la provida por sua</p><p>família, conforme dispuser a lei;</p><p>VI - a redução da vulnerabilidade socioeconômica de famílias em</p><p>situação de pobreza ou de extrema pobreza. (Inciso acrescido pela</p><p>Emenda Constitucional nº 114, de 2021)</p><p>Art. 20. O benefício de prestação continuada é a garantia de 1 (um)</p><p>salário mínimo mensal à pessoa portadora de deficiência e ao idoso com</p><p>70 (setenta) anos ou mais e que comprovem não possuir meios de</p><p>prover a própria manutenção e nem de tê-la provida por sua família.</p><p>§ 11. Para concessão do benefício de que trata o caput deste artigo,</p><p>poderão ser utilizados outros elementos probatórios da condição de</p><p>miserabilidade do grupo familiar e da situação de vulnerabilidade,</p><p>conforme regulamento. (Incluído pela Lei nº 13.146, de 2015)</p><p>(Vigência)</p><p>§ 11-A. O regulamento de que trata o § 11 deste artigo poderá</p><p>ampliar o limite de renda mensal familiar per capita previsto no § 3º</p><p>deste artigo para até 1/2 (meio) salário-mínimo, observado o</p><p>https://www2.camara.leg.br/legin/fed/emecon/2021/emendaconstitucional-114-16-dezembro-2021-792108-publicacaooriginal-164118-pl.html</p><p>https://www2.camara.leg.br/legin/fed/emecon/2021/emendaconstitucional-114-16-dezembro-2021-792108-publicacaooriginal-164118-pl.html</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13146.htm#art105</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13146.htm#art127</p><p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>disposto no art. 20-B desta Lei. (Incluído pela Lei nº 14.176, de</p><p>2021) (Vigência)</p><p>TEMA 2</p><p>Previdência Privada Fechada e Aberta: regras constitucionais e as</p><p>principais previsões da LC 109/2001.</p><p>Inicialmente cabe relembrar que a previdência privada é tratada pela LC</p><p>109/2001 e pela LC 108/2001. Esta é mais restrita, pois trata de fundo de</p><p>pensão, previdência fechada de empresa estatal.</p><p>A previdência fechada é o denominado fundo de pensão, que tem por fim,</p><p>complementar a renda da aposentadoria do trabalhador classe média que</p><p>recebe acima do teto do INSS (ex: petros; etc)</p><p>As instituições que mantêm a previdência fechada não podem ser empresas,</p><p>são sempre sem fins lucrativos. Em geral são organizadas na forma de</p><p>fundações privadas (ex: petros; previ; etc).</p><p>Importante ressaltar que estes fundos devem reverter suas receitas aos</p><p>próprios participantes (termo tecnicamente utilizado para se referir aos</p><p>“segurados” da previdência privada). Outrossim, o termo “fechada” significa que</p><p>não é aberta ao público, visto que é um direito apenas da classe vinculada.</p><p>A previdência privada aberta é um investimento financeiro que se faz em</p><p>banco. As instituições são obrigatoriamente S.A. e ligadas à instituições</p><p>financeiras (Ex: Itaú previdência; Bradesco previdência, etc).</p><p>Recapitulando:</p><p>Dentre os planos básicos, há o RGPS, que abarcam a maioria da população</p><p>(celetistas</p><p>mesmo CID, só pagará</p><p>uma vez.</p><p>SAT/RAT</p><p>O SAT, atualmente chamado de RAT, nada mais é que o acréscimo de 1%; 2%</p><p>ou 3% com base no FAP.</p><p>Seguro acidente do Trabalho (SAT). Atual denominação: Risco Ambiental do</p><p>Trabalho (RAT): graduado segundo o risco presuntivo da atividade</p><p>preponderante da empresa, ou seja, quanto maior o risco, maior a contribuição,</p><p>conforme a atividade que detém o maior número de trabalhadores.</p><p>Art. 195, CF.</p><p>§ 9º As contribuições sociais previstas no inciso I do caput deste artigo</p><p>poderão ter alíquotas diferenciadas em razão da atividade econômica,</p><p>da utilização intensiva de mão de obra, do porte da empresa ou da</p><p>condição estrutural do mercado de trabalho, sendo também autorizada a</p><p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>adoção de bases de cálculo diferenciadas apenas no caso das alíneas</p><p>"b" e "c" do inciso I do caput.</p><p>Com a Lei 9.732/1998, o art. 22, II, da Lei 8.212/91, passou a ter a seguinte</p><p>redação:</p><p>Art. 22, Lei 8.212/91.</p><p>II - para o financiamento do benefício previsto nos arts. 57 e 58 da Lei nº</p><p>8.213, de 24 de julho de 1991, e daqueles concedidos em razão do grau</p><p>de incidência de incapacidade laborativa decorrente dos riscos</p><p>ambientais do trabalho, sobre o total das remunerações pagas ou</p><p>creditadas, no decorrer do mês, aos segurados empregados e</p><p>trabalhadores avulsos:</p><p>a) 1% (um por cento) para as empresas em cuja atividade</p><p>preponderante o risco de acidentes do trabalho seja considerado leve;</p><p>b) 2% (dois por cento) para as empresas em cuja atividade</p><p>preponderante esse risco seja considerado médio;</p><p>c) 3% (três por cento) para as empresas em cuja atividade</p><p>preponderante esse risco seja considerado grave.</p><p>A nova redação se refere aos riscos ambientais do trabalho (RAT), embora</p><p>ainda se utilize a expressão SAT, por ser mais conhecida.</p><p>A publicação do Decreto 6.042/2007 alterou significativamente o sistema de</p><p>pagamento do Seguro Acidente de Trabalho - SAT, cujo valor passa a ser</p><p>determinado pelo número de acidentes e doenças que acometem mais</p><p>frequentemente a categoria econômica e a empresa (Risco Ambiental do</p><p>Trabalho).</p><p>Por intermédio desse mecanismo a Previdência redefinirá a tributação para fins</p><p>de custeio do seguro acidente do trabalho, mediante operacionalização do</p><p>Fator Acidentário Previdenciário - FAP, que reduz em até 50% e ampliam em</p><p>até 100% os tributos e reenquadra as alíquotas em conformidade com grau de</p><p>risco, por segmento econômico.</p><p>Súmula 351, STJ. Seguridade social. Tributário. Acidente de trabalho.</p><p>Alíquota Seguro de Acidente do Trabalho - SAT. Aferição pelo grau de</p><p>risco desenvolvido em cada empresa*, individualizada pelo seu CNPJ,</p><p>ou pelo grau de risco da atividade preponderante quando houver apenas</p><p>um registro. Lei 8.212/91, art. 22, II.</p><p>* em cada empresa, quis dizer em cada estabelecimento.</p><p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>“Com isso, atualmente, prevalece o entendimento de que a empresa com mais</p><p>de um estabelecimento e com mais de uma atividade econômica deve apurar a</p><p>atividade preponderante em cada estabelecimento com CNPJ individualizado”</p><p>(GARCIA, Gustavo Filipe Barbosa. Curso de Direito da Seguridade Social, Ed.</p><p>Forense, 2016, p. 112) Atividades perigosas desenvolvidas pelas empresas,</p><p>escalonadas em graus pelos Decretos 356/91, 612/92, 2.173/91 e 3.048/99.</p><p>Na linha de entendimento assente na Seção de Direito Público desta egrégia</p><p>Corte, não ocorre afronta ao princípio da legalidade, previsto no artigo 97</p><p>do CTN , quando se estabelece, por meio de decreto, os graus de risco</p><p>(leve, médio ou grave) para efeito de Seguro de Acidente do Trabalho,</p><p>"partindo da atividade preponderante da empresa" (cf. REsp 415.269/RS,</p><p>2ª Turma, Rel. Min. Eliana Calmon, DJ 01.06.2002, e REsp 392.355/RS , 1ª</p><p>Turma, Rel. Min. Humberto Gomes de Barros, DJ 12.8.2002).</p><p>COFINS</p><p>COFINS: Contribuição para Financiamento da Seguridade Social.</p><p>Hipótese de incidência</p><p>Disciplina legal: LC 70/1991.</p><p>Critério material: auferir receita bruta* (faturamento).</p><p>Não incide sobre qualquer faturamento.*</p><p>Critério espacial: território nacional.</p><p>Critério temporal: o período de apuração é mensal.</p><p>O art. 18 da Medida provisória 2.158-35, de 24 de agosto de 2001, com</p><p>redação conferida pela Lei 11.933, de 28 de abril de 2009 dispõe:</p><p>“Art. 18. O pagamento da Contribuição para o PIS/Pasep e da</p><p>Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - COFINS</p><p>deverá ser efetuado:</p><p>I - até o 20o (vigésimo) dia do mês subsequente ao mês de ocorrência</p><p>dos fatos geradores, pelas pessoas jurídicas referidas no § 1o do art. 22</p><p>da Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991***; e</p><p>II - até o 25o (vigésimo quinto) dia do mês subsequente ao mês de</p><p>ocorrência dos fatos geradores, pelas demais pessoas jurídicas.</p><p>Parágrafo único. Se o dia do vencimento de que trata este artigo não for</p><p>dia útil, considerar-se-á antecipado o prazo para o primeiro dia útil que o</p><p>anteceder.” (NR)</p><p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>***No caso de bancos comerciais, bancos de investimentos, bancos de</p><p>desenvolvimento, caixas econômicas, sociedades de crédito, financiamento e</p><p>investimento, sociedades de crédito imobiliário, sociedades corretoras,</p><p>distribuidoras de títulos e valores mobiliários, empresas de arrendamento</p><p>mercantil, cooperativas de crédito, empresas de seguros privados e de</p><p>capitalização, agentes autônomos de seguros privados e de crédito e entidades</p><p>de previdência privada abertas e fechadas.</p><p>Critério pessoal:</p><p>a) Sujeito ativo: a Secretaria da Receita Federal do Brasil (Lei 11.457/2007).</p><p>b) Sujeito passivo: a pessoa jurídica de direito privado, excluídas aquelas que</p><p>se encontram no regime do SUPERSIMPLES.</p><p>Critério quantitativo:</p><p>a) Base de cálculo: faturamento/receita bruta da pessoa jurídica.</p><p>LC 70/91. Art. 2.° A contribuição de que trata o artigo anterior será de</p><p>dois por cento e incidirá sobre o faturamento mensal, assim considerado</p><p>a receita bruta das vendas de mercadorias, de mercadorias e serviços e</p><p>de serviço de qualquer natureza.</p><p>Lei 9.718, de 27 de novembro de 1998.</p><p>Art. 3o O faturamento a que se refere o art. 2o compreende a receita</p><p>bruta de que trata o art. 12 do Decreto-Lei no 1.598, de 26 de dezembro</p><p>de 1977. (Redação dada pela Lei nº 12.973, de 2014) (Vigência)</p><p>§ 1º Entende-se por receita bruta a totalidade das receitas auferidas pela</p><p>pessoa jurídica, sendo irrelevantes o tipo de atividade por ela exercida e</p><p>a classificação contábil adotada para as receitas. (Revogado pela Lei nº</p><p>11.941, de 2009) Declarado inconstitucional pelo STF por ampliar o</p><p>conceito de faturamento previsto no art. 195 da CF. (informativo 408) –</p><p>RE 346084.</p><p>*A Lei nº 9718/98, em seu art. 3, § 1º, prevê a incidência da COFINS sobre</p><p>todas as receitas da empresa, quer tenham elas, quer não, relação com a</p><p>venda de mercadorias e serviços (declarada inconstitucional).</p><p>Desta forma, interpreta-se que as receitas tributáveis serão as decorrentes das</p><p>operações normais do negócio (faturamento, relacionadas diretamente com a</p><p>atividade desenvolvida pela pessoa jurídica) e não mais todas as receitas</p><p>auferidas.</p><p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>Informativo 408, STF.[...]. O Tribunal, por unanimidade, conheceu dos recursos</p><p>e, por maioria, deu-lhes provimento para declarar a inconstitucionalidade do §</p><p>1º do art. 3º da Lei 9.718/98. Entendeu-se que esse dispositivo, ao ampliar o</p><p>conceito de receita bruta para toda e qualquer receita, violou a noção de</p><p>faturamento pressuposta no art. 195, I, b, da CF, na sua redação original, que</p><p>equivaleria ao de receita bruta das vendas de mercadorias, de mercadorias e</p><p>serviços e de serviços de qualquer natureza, conforme reiterada jurisprudência</p><p>do STF. [...] RE 357950/RS, rel. orig. Min. Marco Aurélio (RE-357950). RE</p><p>346084/PR, rel. orig. Min. Ilmar Galvão, 9.11.2005. (RE-346084) (Disponível:</p><p><https://www.stf.jus.br/arquivo/informativo/documento/informativo408.htm>.</p><p>Acesso em: 30/03/2023).</p><p>Art. 12, Decreto-Lei no 1.598, de 26 de dezembro de 1977, com redação dada</p><p>pela</p><p>Lei 12.973/2014. A receita bruta compreende:</p><p>I - o produto da venda de bens</p><p>nas operações de conta própria;</p><p>II - o preço da prestação de serviços em geral;</p><p>III - o resultado auferido nas operações de conta alheia; e</p><p>IV - as receitas da atividade ou objeto principal da pessoa jurídica não</p><p>compreendidas nos incisos I a III.</p><p>LEI Nº 9.718, DE 27 DE NOVEMBRO DE 1998.</p><p>Art. 2.º</p><p>§ 2º Para fins de determinação da base de cálculo das contribuições a</p><p>que se refere o art. 2º, excluem-se da receita bruta:</p><p>I - as vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos;</p><p>II - as reversões de provisões e recuperações de créditos baixados como</p><p>perda, que não representem ingresso de novas receitas, o resultado</p><p>positivo da avaliação de investimento pelo valor do patrimônio líquido e</p><p>os lucros e dividendos derivados de participações societárias, que</p><p>tenham sido computados como receita bruta;</p><p>III - revogado</p><p>IV - as receitas de que trata o inciso IV do caput do art. 187 da Lei no</p><p>6.404, de 15 de dezembro de 1976, decorrentes da venda de bens do</p><p>ativo não circulante, classificado como investimento, imobilizado ou</p><p>intangível; e</p><p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>VI - a receita reconhecida pela construção, recuperação, ampliação ou</p><p>melhoramento da infraestrutura, cuja contrapartida seja ativo intangível</p><p>representativo de direito de exploração, no caso de contratos de</p><p>concessão de serviços públicos.</p><p>b) Alíquota:</p><p>- 7,6% (lucro real) ou 3% (lucro presumido). Não incide aqui o acréscimo de</p><p>2,5% quando se tratar de bancos e pessoas físicas ou jurídicas ligadas ao</p><p>sistema financeiro e relacionadas no art. 22, § 1.º, da Lei 8.212/1991. São</p><p>isentos da COFINS o empregador rural pessoa física e o segurado especial.</p><p>- 7,6% (sete inteiros e seis décimos por cento) sobre juros de capital</p><p>próprio (DECRETO Nº 8.426, DE 1º DE ABRIL DE 2015)</p><p>- 4% (quatro por cento), incidentes sobre receitas financeiras (DECRETO</p><p>Nº 8.426, DE 1º DE ABRIL DE 2015)</p><p>● PIS</p><p>PIS: Programa de Integração Social – financia o seguro-desemprego e o abono</p><p>anual.</p><p>Ressalte-se inicialmente que na bitributação dois entes federativos distintos</p><p>cobram sobre a mesma base de cálculo. Bis idem é permitido pelo STF quando</p><p>o mesmo ente divide sua cobrança sobre a mesma base de cálculo entre dois</p><p>tributos. Assim, há um bis in idem permitido entre PIS e COFINS.</p><p>Hipótese de incidência</p><p>Disciplina legal: Leis Complementares 7 e 8, de 1970, e Lei 9.715, de</p><p>25.11.1998.</p><p>Critério material: auferir receita bruta (faturamento).</p><p>Critério espacial: território nacional.</p><p>Critério temporal: o período de apuração é mensal.</p><p>O art. 18 da Medida provisória 2.158-35, de 24 de agosto de 2001, com</p><p>redação conferida pela Lei 11.933, de 28 de abril de 2009 dispõe:</p><p>“Art. 18. O pagamento da Contribuição para o PIS/Pasep e da</p><p>Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - COFINS</p><p>deverá ser efetuado:</p><p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>I - até o 20o (vigésimo) dia do mês subsequente ao mês de ocorrência</p><p>dos fatos geradores, pelas pessoas jurídicas referidas no § 1o do art. 22</p><p>da Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991***; e</p><p>II - até o 25o (vigésimo quinto) dia do mês subsequente ao mês de</p><p>ocorrência dos fatos geradores, pelas demais pessoas jurídicas.</p><p>Parágrafo único. Se o dia do vencimento de que trata este artigo não for</p><p>dia útil, considerar-se-á antecipado o prazo para o primeiro dia útil que o</p><p>anteceder.” (NR)</p><p>***No caso de bancos comerciais, bancos de investimentos, bancos de</p><p>desenvolvimento, caixas econômicas, sociedades de crédito, financiamento e</p><p>investimento, sociedades de crédito imobiliário, sociedades corretoras,</p><p>distribuidoras de títulos e valores mobiliários, empresas de arrendamento</p><p>mercantil, cooperativas de crédito, empresas de seguros privados e de</p><p>capitalização, agentes autônomos de seguros privados e de crédito e entidades</p><p>de previdência privada abertas e fechadas.</p><p>Critério temporal: o período de apuração é mensal.</p><p>Critério pessoal:</p><p>a) Sujeito ativo: a Secretaria da Receita Federal do Brasil (Lei 11.457/2007).</p><p>b) Sujeito passivo: pessoas jurídicas de direito privado e a elas equiparadas</p><p>pela legislação do imposto de renda, inclusive as empresas públicas e as</p><p>sociedades de economia mista e suas subsidiárias; as entidades sem fins</p><p>lucrativos, definidas como empregadoras pela legislação trabalhista, inclusive</p><p>as fundações, e as pessoas jurídicas de direito público interno.</p><p>Critério quantitativo:</p><p>a) Base de cálculo: valor mensal das receitas correntes arrecadadas e das</p><p>transferências correntes e de capital recebidas.</p><p>b) Alíquota:</p><p>- 1,65%, de acordo com a alteração trazida pela Lei 10.637/2002. Até o</p><p>advento desta lei, a alíquota era de 0,65%.</p><p>- 1,65% (um inteiro e sessenta e cinco centésimos por cento) sobre juros de</p><p>capital próprio (DECRETO Nº 8.426, DE 1º DE ABRIL DE 2015)</p><p>- 0,65% (sessenta e cinco centésimos por cento) incidentes sobre receitas</p><p>financeiras (DECRETO Nº 8.426, DE 1º DE ABRIL DE 2015)</p><p>Alguns contribuintes permanecem contribuindo sob esta alíquota 0,65% (art. 8.º</p><p>da Lei 10.637/2002), tais como as pessoas jurídicas tributadas pelo imposto de</p><p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>renda com base no lucro presumido ou arbitrado; as pessoas jurídicas optantes</p><p>pelo Simples; as pessoas jurídicas imunes a impostos entre outras arroladas no</p><p>art. 8.º da Lei 10.637/2002.</p><p>● CSLL</p><p>Hipótese de incidência</p><p>Disciplina legal: Lei 7.689/1988.</p><p>Critério material: auferir lucro. O lucro diz respeito a certo acréscimo</p><p>patrimonial. No modelo da Contribuição Social, a estimativa do lucro deve ser</p><p>certa, devendo constar do balanço.</p><p>Se a empresa não tiver lucro, não incide a Contribuição Social sobre o Lucro.</p><p>Critério temporal: o período-base, que se confunde com o ano calendário (de</p><p>1.º de janeiro a 31 de dezembro). O pagamento do tributo depende de opção</p><p>da empresa. As pessoas jurídicas podem optar pelo recolhimento mensal</p><p>dessa contribuição, com base no lucro real estimado (Lei 8.541/1992, art. 38).</p><p>Prazo: último dia do mês subsequente ao de apuração.</p><p>Critério espacial: território nacional.</p><p>Art. 4.º da Lei 7.689/1988: “São contribuintes as pessoas jurídicas</p><p>domiciliadas no País e as que lhes são equiparadas pela legislação</p><p>tributária”.</p><p>Critério pessoal:</p><p>a) Sujeito ativo: a Secretaria da Receita Federal do Brasil (Lei 11.457/2007).</p><p>b) Sujeito passivo: pessoas jurídicas, que auferem lucro.</p><p>Critério quantitativo:</p><p>a) Base de cálculo (art. 2.º da Lei 7.689/1988): lucro real anual, lucro real</p><p>trimestral, lucro presumido, antes da provisão para o imposto de renda. A</p><p>opção é efetuada pelo contribuinte e vale para todo o exercício.</p><p>“Art. 2.º, Lei 7.689/1988. A base de cálculo da contribuição é o valor do</p><p>resultado do exercício, antes da provisão para o imposto de renda.</p><p>§ 1.º Para efeito do disposto neste artigo:</p><p>a) será considerado o resultado do período-base encerrado em 31 de</p><p>dezembro de cada ano” (grifo nosso).</p><p>A CSLL pode ser paga trimestralmente ou anualmente:</p><p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>• Trimestralmente: é paga em quota única no último dia do mês subsequente</p><p>ao do encerramento do período de apuração, podendo o contribuinte optar pelo</p><p>parcelamento em até três quotas, procedendo-se à sua atualização pela taxa</p><p>SELIC.</p><p>• Anualmente: há pagamentos mensais por estimativa até o último dia útil do</p><p>mês subsequente àquele a que se referir o ajuste anual, com pagamento de</p><p>eventual saldo até o último dia do mês de março do ano subsequente.</p><p>b) Alíquota: A alíquota da Contribuição Social sobre o Lucro é de (art. 3.º, Lei</p><p>7.689/1988):</p><p>I - 20% (vinte por cento) até o dia 31 de dezembro de 2021 e 15% (quinze</p><p>por cento) a partir de 1º de janeiro de 2022, no caso das pessoas jurídicas de</p><p>seguros privados, das de capitalização e das referidas nos incisos II, III, IV, V,</p><p>VI, VII, IX e X* do § 1º do art. 1º da</p><p>Lei Complementar nº 105, de 10 de janeiro de 2001; (Redação dada pela Lei nº</p><p>14.183, de 2021)</p><p>* II – distribuidoras de valores mobiliários;</p><p>III – corretoras de câmbio e de valores mobiliários; IV – sociedades de</p><p>crédito, financiamento e investimentos;</p><p>V – sociedades de crédito imobiliário;</p><p>VI – administradoras de cartões de crédito;</p><p>VII – sociedades de arrendamento mercantil;</p><p>X – associações de poupança e empréstimo;</p><p>II-A - 25% (vinte e cinco por cento) até o dia 31 de dezembro de 2021 e</p><p>20% (vinte por cento) a partir de 1º de janeiro de 2022, no caso das</p><p>pessoas jurídicas referidas no inciso I do § 1º do art. 1º da Lei</p><p>Complementar nº 105, de 10 de janeiro de 2001; e (Incluído pela Lei nº</p><p>14.183, de 2021) (* os bancos de qualquer espécie)</p><p>III - 9% (nove por cento), no caso das demais pessoas jurídicas.</p><p>(Incluído pela Lei nº 13.169, de 2015)</p><p>Contribuição do importador</p><p>Contribuição do importador de bens ou serviços do exterior, ou de quem</p><p>a lei a ele equiparar.</p><p>Essa contribuição social incidente sobre os bens ou serviços importados e que</p><p>se desdobra em contribuição do PIS/PASEP-importação e contribuição da</p><p>COFINS-importação têm duplo fundamento constitucional: o inciso II, do § 2º,</p><p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>do art. 149 e o inciso IV do art. 195, ambos acrescidos pela Emenda</p><p>Constitucional nº 42/2003. Nos termos do seu art. 3º elas têm como fato</p><p>gerador não a totalidade da receita bruta do contribuinte, porém, apenas a</p><p>“entrada de bens estrangeiros no território nacional ou o pagamento, o crédito,</p><p>a entrega, o emprego ou a remessa de valores a residentes ou domiciliados no</p><p>exterior como contraprestação do serviço prestado.</p><p>Disponível em:</p><p>https://haradaadvogados.com.br/contribuicao-social-do-importador-de-bensou-</p><p>servicos-do-exterior/. Acesso em: 18/01/2024.</p><p>● CBS</p><p>Contribuição sobre bens e serviços, nos termos de lei complementar (EC</p><p>132/2023)</p><p>Art. 195, CF</p><p>V - sobre bens e serviços, nos termos de lei complementar.</p><p>A instituição da contribuição sobre bens e serviços (CBS) tem como objetivo</p><p>substituir as contribuições previstas:</p><p>1) no artigo 195, incisos I, b (contribuição sobre a receita ou o faturamento);</p><p>2) IV (contribuição do importador de bens ou serviços do exterior), e</p><p>3) a contribuição para o Programa de Integração Social de que trata o artigo</p><p>239 da Constituição Federal de 1988.</p><p>A contribuição sobre bens e serviços pode ter sua alíquota fixada em lei</p><p>ordinária (artigo 195, § 15, da Constituição da República, incluído pela Emenda</p><p>Constitucional 132/2023).</p><p>Contribuição sobre bens e serviços, nos termos de lei complementar (EC</p><p>132/2023)</p><p>A CBS começará a ser cobrada em 2026, à alíquota de 0,9%, compensando-se</p><p>este recolhimento com as contribuições devidas ao PIS e à COFINS. A partir</p><p>de 2027 serão extintas as contribuições para o PIS/PASEP e a COFINS.</p><p>SIMPLES NACIONAL</p><p>CF/88: art. 179 (garantia de tratamento jurídico diferenciado às microempresas</p><p>e às empresas de pequeno porte); art. 146, III, d (exigência de lei</p><p>complementar).</p><p>Hipótese de incidência</p><p>https://haradaadvogados.com.br/contribuicao-social-do-importador-de-bensou-</p><p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>Disciplina legal: Lei Complementar 123, de 14 de dezembro de 2006</p><p>(aplicável às Microempresas e às Empresas de Pequeno Porte, a partir de</p><p>01.07.2007).</p><p>Simples Nacional: Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e</p><p>Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno</p><p>Porte.(art. 12, Lei Complementar nº 123, de 2006).</p><p>Abrange a participação de todos os entes federados (União, Estados, Distrito</p><p>Federal e Municípios).</p><p>Para o ingresso no Simples Nacional é necessário o cumprimento das</p><p>seguintes condições:</p><p>1) enquadrar-se na definição de microempresa ou de empresa de pequeno</p><p>porte;</p><p>2) cumprir os requisitos previstos na legislação; e</p><p>3) formalizar a opção pelo Simples Nacional.</p><p>Critério material: auferir receita bruta.</p><p>Considera-se receita bruta o produto da venda de bens e serviços nas</p><p>operações de conta própria, o preço dos serviços prestados e o resultado nas</p><p>operações em conta alheia, excluídas as vendas canceladas e os descontos</p><p>incondicionais concedidos. (art. 3.º, § 1.º, da Lei Complementar nº 123, de</p><p>2006.)</p><p>Critério espacial: território nacional.</p><p>Critério temporal: mensal. Prazo para recolhimento do DAS (Documento de</p><p>Arrecadação Simplificada) até o dia 20 do mês subsequente àquele em que</p><p>houver sido auferida a receita bruta.</p><p>Critério pessoal: microempresa e empresa de pequeno porte.</p><p>De acordo com o art. 3.º da Lei Complementar 123/2006, com a redação dada</p><p>pela Lei Complementar 139/2011, consideram-se microempresas ou empresas</p><p>de pequeno porte a sociedade empresária, a sociedade simples, a empresa</p><p>individual de responsabilidade limitada e o empresário a que se refere o art.</p><p>966 da Lei n. 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil), devidamente</p><p>registrados no Registro de Empresas Mercantis ou no Registro Civil de</p><p>Pessoas Jurídicas, conforme o caso, desde que:</p><p>I – no caso da microempresa, aufira, em cada ano-calendário, receita bruta</p><p>igual ou inferior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais); e</p><p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>II - No caso de empresa de pequeno porte, aufira, em cada anocalendário,</p><p>receita bruta superior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais) e igual</p><p>ou inferior a R$ 4.800.000,00 (quatro milhões e oitocentos mil reais). (Redação</p><p>dada pela</p><p>Lei Complementar nº 155, de 2016)</p><p>a) Sujeito ativo: a Secretaria da Receita Federal do Brasil (Lei 11.457/2007).</p><p>b) Sujeito passivo: microempresa ou empresa de pequeno porte.</p><p>Critério quantitativo:</p><p>Base de cálculo: receita bruta.</p><p>Alíquotas do simples nacional:</p><p>Vice: Disponível em: https://investnews.com.br/guias/simples-nacional/ Acesso</p><p>em: 18/01/2024.</p><p>O Simples Nacional implica o recolhimento mensal, mediante documento único</p><p>de arrecadação, dos seguintes impostos e contribuições, conforme consta do</p><p>art. 13, “caput”, da LC 123/2006:</p><p>I – Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica – IRPJ;</p><p>II – Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI, observado o</p><p>disposto no inciso XII do §1.º do art. 13 daLC 123/2006;</p><p>III – Contribuição Social sobre o Lucro Líquido – CSLL;</p><p>IV – Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social –</p><p>COFINS, observado o disposto no inciso XII do § 1.º do art. 13 da LC</p><p>123/2006;</p><p>V – Contribuição para o PIS/PASEP, observado o disposto no inciso</p><p>XII do § 1.º do art. 13 da LC 123/2006;</p><p>VI – Contribuição Patronal Previdenciária – CPP para a Seguridade</p><p>Social, a cargo da pessoa jurídica, de que trata o art. 22 da Lei</p><p>8.212/1991, exceto no caso da microempresa e da empresa de</p><p>pequeno porte que se dedique às atividades de prestação de</p><p>serviços referidas no § 5.º-C do art. 18 desta</p><p>Lei Complementar* (redação dada pela LC 128/2008);</p><p>*construção de imóveis e obras de engenharia em geral, inclusive sob a forma</p><p>de subempreitada, execução de projetos e serviços de paisagismo, bem como</p><p>decoração de interiores; serviço de vigilância, limpeza ou conservação;</p><p>https://investnews.com.br/guias/simples-nacional/</p><p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>serviços advocatícios (devendo ela ser recolhida segundo a legislação prevista</p><p>para os demais contribuintes ou responsáveis).</p><p>VII – Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de</p><p>Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte</p><p>Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação – ICMS;</p><p>VIII – Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza – ISS.</p><p>O recolhimento na forma do Simples Nacional não exclui a incidência de outros</p><p>tributos não listados acima, p.ex.: Imposto sobre Operações de Crédito,</p><p>Câmbio e Seguro, ou Relativas a Títulos ou Valores Mobiliários (IOF), Imposto</p><p>sobre a Importação (II), Imposto sobre a Exportação (IE), Imposto sobre a</p><p>Propriedade Territorial Rural (ITR), Contribuição Para a manutenção da</p><p>seguridade social, relativa ao trabalhador, contribuição para a seguridade</p><p>social, relativa à pessoa do empresário, na qualidade de contribuinte individual</p><p>etc. (art. 13, §1.º, LC 123/2006).</p><p>Atenção: a empresa optante pelo SIMPLES NACIONAL deverá reter e repassar</p><p>a contribuição social dos seus empregados e contribuintes individuais que lhe</p><p>prestem serviços.</p><p>Em resumo: características principais do Regime do Simples</p><p>Nacional:</p><p>1) ser facultativo;</p><p>2) ser irretratável para todo o ano-calendário;</p><p>3) abrange os seguintes tributos: IRPJ, CSLL, PIS/Pasep, Cofins, IPI, ICMS,</p><p>ISS e a Contribuição para a Seguridade Social destinada à Previdência Social</p><p>a cargo da pessoa jurídica (CPP);</p><p>4) recolhimento dos tributos abrangidos mediante documento único de</p><p>arrecadação - DAS;</p><p>5) disponibilização às ME/EPP de sistema eletrônico para a realização do</p><p>cálculo do valor mensal devido, geração do DAS e, a partir de janeiro de 2012,</p><p>para constituição do crédito tributário;</p><p>6) apresentação de declaração única e simplificada de informações</p><p>socioeconômicas e fiscais;</p><p>7) prazo para recolhimento do DAS até o dia 20 do mês subsequente àquele</p><p>em que houver sido auferida a receita bruta;</p><p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>● SIMPLES NACIONAL –MEI (Microempreendedor Individual)</p><p>Art. 18-A (LC 123/2006)</p><p>§ 1º Para os efeitos desta Lei Complementar, considera-se MEI quem</p><p>tenha auferido receita bruta, no ano-calendário anterior, de até R$</p><p>81.000,00 (oitenta e um mil reais), que seja optante pelo Simples</p><p>Nacional e que não esteja impedido de optar pela sistemática prevista</p><p>neste artigo, e seja empresário individual que se enquadre na definição</p><p>do art. 966 da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil), ou</p><p>o empreendedor que exerça: (Redação dada pela Lei Complementar nº</p><p>188, de 2021)</p><p>I - as atividades de que trata o § 4º-A deste artigo; (Incluído pela Lei</p><p>Complementar nº 188, de 2021) II - as atividades de que trata o § 4º-B</p><p>deste artigo estabelecidas pelo CGSN; e (Incluído pela Lei</p><p>Complementar nº 188, de 2021) III - as atividades de industrialização,</p><p>comercialização e prestação de serviços no âmbito rural. (Incluído pela</p><p>Lei Complementar nº 188, de 2021)</p><p>A Lei Complementar nº 128, de 19/12/2008, criou condições especiais para que</p><p>o trabalhador conhecido como informal possa se tornar um MEI legalizado.</p><p>A Contribuição do MEI - Microempreendedor Individual, a partir de janeiro de</p><p>2024 será de:</p><p>O cálculo se dá pela soma das tributações do INSS (5% do salário-mínimo em</p><p>vigor), Imposto Sobre Serviços – ISS (mais R$ 5) e Imposto Sobre Circulação</p><p>de Mercadoria e Serviços – ICMS (mais R$ 1).Comércio e Indústria (R$ 71,60),</p><p>Serviços (R$75,60)</p><p>Comércio e Serviços (R$ 76,60)</p><p>SIMPLES NACIONAL –MEI (Microempreendedor Individual)</p><p>- benefícios</p><p>- Cobertura Previdenciária para o empreendedor (auxílio por incapacidade</p><p>temporária, aposentadoria por incapacidade permanente, aposentadoria</p><p>programada (por idade), salário maternidade após carência, pensão e auxilio</p><p>reclusão), com contribuição mensal eduzida - 5% do salário mínimo. Obs.: não</p><p>terá direito à aposentadoria por tempo de contribuição.</p><p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>- Poder registrar até 1 empregado*, com baixo custo - 3% Previdência e 8%</p><p>FGTS do salário mínimo por mês.</p><p>- O processo de formalização é gratuito;</p><p>- Obrigação: declarar anualmente o faturamento (que receba exclusivamente</p><p>um salário mínimo ou o piso salarial da categoria profissional)</p><p>SIMEI é o sistema de recolhimento em valores fixos mensais dos tributos</p><p>abrangidos pelo Simples Nacional, devidos pelo Microempreendedor Individual,</p><p>conforme previsto no artigo 18-A da Lei Complementar nº 123, de 14 de</p><p>dezembro de 2006.</p><p>DASN - Declaração Anual do Simples Nacional para o Microempreendedor</p><p>Individual</p><p>A DASN-SIMEI deverá ser entregue até o último dia de maio de cada ano e</p><p>conterá tão-somente:</p><p>- a receita bruta total auferida relativa ao ano-calendário anterior;</p><p>- a receita bruta total auferida relativa ao ano-calendário anterior, referente às</p><p>atividades sujeitas ao ICMS;</p><p>- informação referente à contratação de empregado, quando houver.</p><p>A partir do momento em que o MEI for optante pelo SIMEI, ele deverá recolher</p><p>os valores mencionados, ainda que esteja inativo ou que tenha receita zero.</p><p>(art. 18-A, "caput" da Lei Complementar nº 126, de 2006)</p><p>Art. 18-A. O Microempreendedor Individual - MEI poderá optar pelo</p><p>recolhimento dos impostos e contribuições abrangidos pelo Simples</p><p>Nacional em valores fixos mensais, independentemente da receita bruta</p><p>por ele auferida no mês, na forma prevista neste artigo. (grifo nosso)</p><p>CONTRIBUIÇÃO SOBRE A RECEITA DE CONCURSOS DE</p><p>PROGNÓSTICOS</p><p>Hipótese de incidência</p><p>Disciplina legal: art. 26 da Lei 8.212/1991.</p><p>Critério material: auferir receita nos concursos de prognósticos.</p><p>A Lei 13.756 de 12 de dezembro de 2018 estabelece no art. 14, § 1º que</p><p>Consideram-se modalidades lotéricas:</p><p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>I - loteria federal (espécie passiva): loteria em que o apostador adquire</p><p>bilhete já numerado, em meio físico (impresso) ou virtual (eletrônico);</p><p>II - loteria de prognósticos numéricos: loteria em que o apostador tenta</p><p>prever quais serão os números sorteados no concurso;</p><p>III - loteria de prognóstico específico: loteria instituída pela Lei nº 11.345,</p><p>de 14 de setembro de 2006 ;</p><p>IV - loteria de prognósticos esportivos: loteria em que o apostador tenta</p><p>prever o resultado de eventos esportivos; e</p><p>V - loteria instantânea exclusiva (Lotex): loteria que apresenta, de</p><p>imediato, se o apostador foi ou não agraciado com alguma premiação.</p><p>Critério temporal: a alíquota incidirá sempre que houver concursos de</p><p>prognósticos. Critério pessoal:</p><p>a) Sujeito ativo: a Secretaria da Receita Federal do Brasil (Lei 11.457, de</p><p>16.03.2007).</p><p>b) Sujeito passivo: quem administra concursos de prognósticos. Ex.: Caixa</p><p>Econômica Federal.</p><p>Critério quantitativo:</p><p>a) Base de cálculo:</p><p>A base de cálculo da contribuição equivale à receita auferida nos concursos de</p><p>prognósticos, sorteios e loterias (§5.º, art. 26 da Lei 8.212/91)</p><p>b) Alíquota:</p><p>– Concursos promovidos por órgãos do poder público: 100% da renda líquida</p><p>dos concursos, excetuando-se os valores destinados ao Programa de Crédito</p><p>Educativo.</p><p>– Concursos promovidos por entidades privadas (corridas, sorteios em títulos</p><p>de capitalização etc.): 5% sobre o movimento global (total das importâncias) de</p><p>apostas em prado de corrida; e 5% sobre o movimento global (total das</p><p>importâncias) de sorteios de números ou de quaisquer modalidades de</p><p>símbolos.</p><p>EX.: MEGA SENA</p><p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>Contribuição –modalidade desportiva profissional</p><p>Acerca desta contribuição é importante saber que embora nossa lei mencione</p><p>apenas o futebol, o entendimento é que poderá ser qualquer modalidade</p><p>Art. 22, Lei 8.212/91</p><p>§ 6º A contribuição empresarial da associação desportiva que mantém</p><p>equipe de futebol profissional destinada à Seguridade Social, em</p><p>substituição à prevista nos incisos I e II deste artigo, corresponde a cinco</p><p>por cento da receita bruta, decorrente dos espetáculos desportivos de</p><p>que participem em todo território nacional em qualquer modalidade</p><p>desportiva, inclusive jogos internacionais, e de qualquer forma de</p><p>patrocínio, licenciamento de uso de marcas e símbolos, publicidade,</p><p>propaganda e de transmissão de espetáculos desportivos.</p><p>§ 7º Caberá à entidade promotora do espetáculo a responsabilidade de</p><p>efetuar o desconto de cinco por cento da receita bruta decorrente dos</p><p>espetáculos desportivos e o respectivo recolhimento ao Instituto</p><p>Nacional do Seguro Social, no prazo de até dois dias úteis após a</p><p>realização do evento. (Incluído pela Lei nº 9.528, de 10.12.97).</p><p>§ 8º Caberá à associação desportiva que mantém equipe de futebol</p><p>profissional informar à entidade promotora do espetáculo desportivo</p><p>todas as receitas auferidas no evento, discriminando-as detalhadamente.</p><p>(Incluído pela Lei nº 9.528, de 10.12.97).</p><p>§ 9º No caso de a associação desportiva que mantém equipe de futebol</p><p>profissional receber recursos de empresa ou entidade, a título de</p><p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>patrocínio, licenciamento de uso de marcas e símbolos, publicidade,</p><p>propaganda e transmissão de espetáculos, esta última ficará com a</p><p>responsabilidade de reter e recolher o percentual de cinco por cento da</p><p>receita bruta decorrente do evento, inadmitida qualquer dedução, no</p><p>prazo estabelecido</p><p>na alínea "b", inciso I, do art. 30 desta Lei. (Incluído</p><p>pela Lei nº 9.528, de 10.12.97).</p><p>§ 10. Não se aplica o disposto nos §§ 6º ao 9º às demais associações</p><p>desportivas, que devem contribuir na forma dos incisos I e II deste artigo</p><p>e do art. 23 desta Lei. (Incluído pela Lei nº 9.528, de 10.12.97).</p><p>NOVAS CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS</p><p>Competência residual:</p><p>As outras contribuições sociais são as Novas Contribuições para a Seguridade</p><p>Social (art.195, §4º, CF/88), desde que:</p><p>- sejam instituídas pela União por Lei complementar;</p><p>- sejam não-cumulativas;</p><p>- não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios das contribuições</p><p>sociais já previstas na CF/88.</p><p>A exigência de lei complementar para as contribuições fica restrita aos casos</p><p>do § 4º do artigo 195 da Constituição Federal, ou seja, para a instituição de</p><p>outras fontes de custeio para a seguridade social que não aquelas já previstas</p><p>no referido dispositivo. Aplica-se, pois, às chamadas “contribuições</p><p>previdenciárias residuais”</p><p>OUTRAS RECEITAS DA SEGURIDADE SOCIAL</p><p>Art. 27, Lei 8.212/91. Constituem outras receitas da Seguridade Social:</p><p>I - as multas, a atualização monetária e os juros moratórios;</p><p>II - a remuneração recebida por serviços de arrecadação, fiscalização e</p><p>cobrança prestados a terceiros;</p><p>III - as receitas provenientes de prestação de outros serviços e de</p><p>fornecimento ou arrendamento de bens;</p><p>IV - as demais receitas patrimoniais, industriais e financeiras;</p><p>V - as doações, legados, subvenções e outras receitas eventuais;</p><p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>VI - 50% (cinquenta por cento) dos valores obtidos e aplicados na forma</p><p>do parágrafo único do art. 243 da Constituição Federal;</p><p>VII - 40% (quarenta por cento) do resultado dos leilões dos bens</p><p>apreendidos pelo Departamento da Receita Federal;</p><p>VIII - outras receitas previstas em legislação específica. Parágrafo único.</p><p>As companhias seguradoras que mantêm o seguro obrigatório de danos</p><p>pessoais causados por veículos automotores de vias terrestres, de que</p><p>trata a Lei nº 6.194, de dezembro de 1974, deverão repassar à</p><p>Seguridade Social 50% (cinquenta por cento) do valor total do prêmio</p><p>recolhido e destinado ao Sistema Único de Saúde-SUS, para custeio da</p><p>assistência médico-hospitalar dos segurados vitimados em acidentes de</p><p>trânsito.</p><p>OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA</p><p>De acordo com o artigo 113 do Código Tributário Nacional, a obrigação</p><p>tributária é principal ou acessória.</p><p>A obrigação principal surge com a ocorrência do fato gerador, tem por objeto</p><p>o pagamento de tributo ou penalidade pecuniária e extingue-se juntamente com</p><p>o crédito dela decorrente. Portanto, a obrigação tributária principal surge</p><p>quando o sujeito passivo realiza um fato concreto exatamente de acordo com a</p><p>norma (obrigação de pagar tributo) ou quando ele descumpre uma obrigação</p><p>acessória (obrigação de pagar multa).</p><p>A obrigação acessória (também conhecida como deveres instrumentais)</p><p>decorre da legislação tributária e tem por objeto as prestações, positivas ou</p><p>negativas, nela previstas no interesse da arrecadação ou da fiscalização dos</p><p>tributos. Representa um fazer ou não fazer por parte do sujeito passivo, como</p><p>não sonegar, escriturar os livros da empresa adequadamente etc.</p><p>A obrigação acessória, pelo simples fato da sua inobservância, converte-se em</p><p>obrigação principal relativamente à penalidade pecuniária. Ora, se o sujeito</p><p>passivo deixar de escriturar os livros do seu estabelecimento empresarial, por</p><p>exemplo, terá que pagar a multa pelo descumprimento da obrigação acessória.</p><p>Logo, a obrigação que era simplesmente de fazer (obrigação acessória), passa</p><p>a ser de pagar (obrigação principal). Observe-se que a obrigação acessória</p><p>continua existindo. No entanto, pelo seu descumprimento, além dela o sujeito</p><p>passivo deverá cumprir uma obrigação principal, qual seja: o pagamento de</p><p>multa.</p><p>Cabe ainda mencionar os artigos 114 e 115 do CTN:</p><p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>”Art. 114. Fato gerador da obrigação principal é a situação definida em</p><p>lei como necessária e suficiente à sua ocorrência”.</p><p>“Art. 115. Fato gerador da obrigação acessória é qualquer situação que,</p><p>na forma da legislação aplicável, impõe a prática ou a abstenção de ato</p><p>que não configure obrigação principal”.</p><p>No direito tributário, o acessório não segue o principal como ocorre no direito</p><p>civil.</p><p>Obrigação acessória diz respeito à instrumentalidade (exemplo: apresentar a</p><p>declaração de rendimentos, preencher determinada guia de recolhimento etc.).</p><p>É realizada no interesse da arrecadação e fiscalização, mas também como</p><p>demonstrativo do comportamento conforme a lei por parte do sujeito passivo.</p><p>Assim, quem aufere lucro, nos termos da legislação tributária, deve pagar</p><p>imposto sobre a renda (obrigação principal), assim como comunicar à</p><p>Secretaria da Receita Federal o montante a ser pago (obrigação acessória). No</p><p>que se refere à obrigação tributária, tanto podem coexistir obrigação principal e</p><p>obrigação acessória como também só uma delas pode ser aplicável a</p><p>determinado sujeito de direito.</p><p>Obrigações acessórias</p><p>Art. 32, Lei 8.212/91. A empresa é também obrigada a:</p><p>I - preparar folhas-de-pagamento das remunerações pagas ou</p><p>creditadas a todos os segurados a seu serviço, de acordo com os</p><p>padrões e normas estabelecidos pelo órgão competente da Seguridade</p><p>Social;</p><p>II - lançar mensalmente em títulos próprios de sua contabilidade, de</p><p>forma discriminada, os fatos geradores de todas as contribuições, o</p><p>montante das quantias descontadas, as contribuições da empresa e os</p><p>totais recolhidos;</p><p>III – prestar à Secretaria da Receita Federal do Brasil todas as</p><p>informações cadastrais, financeiras e contábeis de seu interesse, na</p><p>forma por ela estabelecida, bem como os esclarecimentos necessários à</p><p>fiscalização; (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009)</p><p>IV – declarar à Secretaria da Receita Federal do Brasil e ao Conselho</p><p>Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço – FGTS, na forma,</p><p>prazo e condições estabelecidos por esses órgãos, dados relacionados</p><p>a fatos geradores, base de cálculo e valores devidos da contribuição</p><p>previdenciária e outras informações de interesse do INSS ou do</p><p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>Conselho Curador do FGTS; (Redação dada pela Lei nº 11.941, de</p><p>2009) (Vide Lei nº 13.097, de 2015)</p><p>V – (VETADO) (Incluído pela Lei nº 10.403, de 2002).</p><p>VI – comunicar, mensalmente, aos empregados, por intermédio de</p><p>documento a ser definido em regulamento, os valores recolhidos sobre o</p><p>total de sua remuneração ao INSS. (Incluído pela Lei nº 12.692, de</p><p>2012)</p><p>Competência tributária: poder de tributar juridicamente.</p><p>Competência tributária relacionada às contribuições sociais:</p><p>exclusiva da União (art. 149, caput, CF/88).</p><p>Exceção:</p><p>Art. 149, § 1º, CF/88 § 1º</p><p>A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão, por</p><p>meio de lei, contribuições para custeio de regime próprio de previdência</p><p>social, cobradas dos servidores ativos, dos aposentados e dos</p><p>pensionistas, que poderão ter alíquotas progressivas de acordo com o</p><p>valor da base de contribuição ou dos proventos de aposentadoria e de</p><p>pensões. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)</p><p>(Vigência)</p><p>CAPACIDADE TRIBUTÁRIA ATIVA</p><p>Art. 33, Lei 8.212/91. À Secretaria da Receita Federal do Brasil compete</p><p>planejar, executar, acompanhar e avaliar as atividades relativas à</p><p>tributação, à fiscalização, à arrecadação, à cobrança e ao recolhimento</p><p>das contribuições sociais previstas no parágrafo único do art. 11 desta</p><p>Lei, das contribuições incidentes a título de substituição e das devidas a</p><p>outras entidades e fundos. (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009).</p><p>TEMA 16</p><p>Regras finais previdenciárias tributárias. Responsabilidade tributária e</p><p>Retenção de 11%. Decadência e prescrição dos créditos da Seguridade</p><p>Social. Evolução da obrigação tributária e do crédito tributário.</p><p>Restituição e compensação das contribuições. Parcelamento das</p><p>contribuições.</p><p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>→ RETENÇÃO DE 11%</p><p>No final da década de 80, a terceirização de</p><p>mão de obra estava em seu auge.</p><p>Com essa imensidão de empresas que surgiram para prestar serviços, a</p><p>maioria não recolhia as contribuições devidas, o que fez surgir a retenção de</p><p>11%.</p><p>Em lugar da responsabilidade solidária, passou a vigorar a retenção de 11%.</p><p>Nas hipóteses em que o contratante tem a obrigação de reter os 11% ele será</p><p>integralmente responsável no auto de infração.</p><p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>Em termos práticos, tal retenção é semelhante ao modelo de retenção do IR.</p><p>Isso significa que o imposto retido mensalmente não necessariamente é o</p><p>imposto devido, de forma que será apresentada uma declaração de ajuste</p><p>anual em que se vai apurar o valor efetivamente devido, o que poderá ensejar</p><p>um complemento de valores ou mesmo uma restituição.</p><p>Esta retenção é feita através de um destaque na nota fiscal dos serviços</p><p>(somente naqueles em que é obrigatória a retenção). Se o prestador de serviço</p><p>não realizar este destaque, ficará sujeito a um auto de infração por</p><p>descumprimento de uma obrigação acessória.</p><p>Ao reter os 11%, o contratante ou tomador de serviços, por sua vez, deve</p><p>recolher o valor retido aos cofres públicos.</p><p>Ao final da competência, o prestador terá declarado os valores recebidos e os</p><p>contratantes terão declarado os valores retidos, através da DCTF Web</p><p>(declaração de contribuições tributárias) que vai gerar o DARF previdenciário à</p><p>ser pago.</p><p>Ressalte-se que este valor retido é tratado como um crédito previdenciário.</p><p>Com o cruzamento dos dados, o prestador de serviços terá um saldo, que</p><p>poderá ser positivo ou negativo. Tal verificação, se positiva, acarretará um</p><p>crédito a compensar ou a ser restituído no mês de competência, cuja opção é</p><p>do próprio prestador.</p><p>Esta retenção não foi bem-vinda aos prestadores de serviço, que entraram com</p><p>ação para discutir a constitucionalidade de tal previsão, sob o fundamento de</p><p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>que seria uma nova contribuição, que só poderia ser exigível por meio de LC,</p><p>na forma do art. 195, §4º c/art. 154, I, CFRB.</p><p>Acerca do tema é importante saber que o STF entendeu a posteriori de muita</p><p>discussão, que a retenção dos 11% é constitucional, não sendo uma nova</p><p>contribuição, mas uma obrigação tributária acessória, qual seja: a de reter os</p><p>11%, recolher e declarar o valor retido de cada prestador.</p><p>Passado um tempo surgiu no âmbito do judiciário uma nova alegação de</p><p>inconstitucionalidade, no sentido de que a restituição de 11% incide sobre base</p><p>de calculo distinta das previstas no art. 195, I, a, da CRFB.</p><p>Nesse sentido, o STF ratificou que a retenção de 11% se configura como uma</p><p>antecipação do montante devido e não descaracteriza a contribuição sobre a</p><p>folha de salários.</p><p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>Há algumas modalidades de serviços em que haverá sempre a retenção, mas</p><p>a regra é que somente será obrigatória a retenção se for por cessão de mão de</p><p>obra e não por empreitada. Nesse sentido é importante diferenciar as duas</p><p>possibilidades.</p><p>Ex: Empresa terceirizada de segurança que cede profissionais para a empresa</p><p>contratante.</p><p>A empreitada de mão de obra deve ser considerada um conceito por exclusão,</p><p>ou seja, quando não houver cessão de mão de obra.</p><p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>Importante se atentar ao adicional de retenção, que se refere ao percentual</p><p>acrescido na retenção de profissionais que estão em uma atividade insalubre</p><p>(que fazem jus à aposentadoria especial) Quem recolherá este adicional é</p><p>quem contratou a empresa que colocou o funcionário para trabalhar em</p><p>estabelecimento do contratante ou de terceiro. Ex: Petrobras contrata uma</p><p>empresa que fornece seus funcionários para trabalhar na caldeira dentro da</p><p>plataforma da Petrobras. Na prática a legislação infraconstitucional sugere que</p><p>o prestador separe as notas fiscais de cobrança dos funcionários expostos a</p><p>agentes nocivos.</p><p>Importante não se confundir também o disposto no art. 224-A do regulamento,</p><p>pois enquanto a retenção não se aplica aos cooperados que prestam serviço</p><p>através da cooperativa, esta deverá reter os 11% quando for a contratante de</p><p>serviços sujeitos a essa retenção.</p><p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>→ RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA</p><p>Situações de incidência da responsabilidade solidária em âmbito</p><p>previdenciário:</p><p>FRIZE-SE: NÃO HÁ RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA QUANDO HÁ</p><p>RETENÇÃO DE 11% E VICE VERSA</p><p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>1) Responsabilidade solidária na construção civil:</p><p>A legislação define que quando uma única pessoa registrada no CREA seja</p><p>responsável por toda a obra, o contratante da obra e a construtora serão</p><p>responsáveis solidários em relação as contribuições previdenciárias.</p><p>Ressalte-se que neste caso não haverá retenção de 11%. O contratante não</p><p>responderá pelos valores se comprovar que não deu causa a inadimplência,</p><p>por dolo ou culpa. Para que isso ocorra o contratante deve exigir documentos</p><p>que demonstrem o cumprimento de certas obrigações previdenciárias (folha de</p><p>pagamento e o recolhimento relativo a mão de obra utilizada na realização da</p><p>obra).</p><p>2) Responsabilidade solidária no grupo econômico:</p><p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>3) Responsabilidade solidária dos administradores públicos:</p><p>4) Responsabilidade solidária de produtores rurais de consórcio</p><p>simplificado:</p><p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>5) Responsabilidade solidária entre o operador portuário e o intermediário</p><p>na contratação de avulsos.</p><p>6) Responsabilidade solidária de titulares, sócios e administradores de</p><p>empresas.</p><p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>A respeito desta hipótese, é importante diferenciar os titulares e sócios</p><p>daqueles que são administradores. Enquanto os titulares e sócios são</p><p>solidários à qualquer tempo, os administradores só o são sobre o período de</p><p>ocorrência dos fatos geradores. No caso de baixa da PJ.</p><p>6) Responsabilidade solidária da Administração direta, autarquias e</p><p>fundações:</p><p>Não há responsabilidade solidária para administração pública, mas se aplica a</p><p>retenção de 11%, salvo nos contratos em que haja dedicação exclusiva de mão</p><p>de obra, em que se aplicará a solidariedade.</p><p>6) Responsabilidade solidária das empresas em consórcio:</p><p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>Não há responsabilidade solidária entre as empresas consorciadas acerca de</p><p>seus próprios tributos. Por outro lado, quando há contratação de outra pessoa,</p><p>física ou jurídica, as consorciadas responderão solidariamente pelas retenções</p><p>e receitas das contribuições previstas em lei.</p><p>→ DECADÊNCIA E PRESCRIÇÃO:</p><p>Inicialmente cabe relembrar que para ser possível a cobrança de um crédito é</p><p>necessário que esse esteja constituído. Isso ocorre especificamente quanto às</p><p>contribuições previdenciárias através do lançamento por homologação.</p><p>O sujeito passivo declara espontaneamente e aquela constituição de crédito</p><p>fica aguardando a homologação tácita ou expressa. No que tange àquilo que o</p><p>próprio contribuinte confessa não há necessidade de lançamento de ofício, mas</p><p>haverá lançamento de ofício no montante que foi sonegado.</p><p>Nesse sentido, cabe recordar ainda o conceito de decadência e de prescrição:</p><p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>Os artigos 45 e 46 da Lei de custeio previa prazo de prescrição de 10 anos, o</p><p>que foi objeto de declaração de inconstitucionalidade pelo STF, sob o</p><p>argumento de que tal matéria não poderia ser tratada por lei ordinária.</p><p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>Saliente-se, contudo, que nesta decisão o supremo modulou os efeitos, mas os</p><p>sujeitos que já haviam impugnado o crédito tiveram seus créditos saneados.</p><p>Importante destacar que em regra o prazo de decadência para se constituir o</p><p>crédito é de 5 anos a partir da ocorrência do fato gerador, na forma do art. 150,</p><p>§4º da CRFB. Se, contudo, o sujeito não declara nem recolhe nenhum valor, a</p><p>regra a ser aplicável para contagem do prazo será regida pelo art. 173, I,</p><p>CRFB,</p><p>ou seja, o primeiro dia do ano seguinte ao que o tributo deveria ser</p><p>declarado. Tal regra é a mesma para os casos em que houver dolo, fraude ou</p><p>simulação.</p><p>Nesse sentido, é o teor da súmula do CARF:</p><p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>Extrai-se do texto da súmula que, se houve um pagamento, ainda que parcial,</p><p>a regra para a contagem do prazo não poderá ser a do art. 171, I da CRFB.</p><p>É sabido também que a prescrição, diferente da decadência, pode ter seu</p><p>curso suspenso.</p><p>→ COMPENSAÇÃO/RESTITUIÇÃO</p><p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>A compensação é o próprio contribuinte quem faz, não necessitando de</p><p>autorização prévia, ou seja, ele fará uma declaração de compensação</p><p>(DECOMP) e poderá abater do que apurar em competências subsequentes.</p><p>Os juros acrescidos ao valor a ser compensado ou restituído serão juros</p><p>simples, ou seja, não se aplicam juros capitalizáveis para atualizar créditos</p><p>tributários ou previdenciários (aplica-se a taxa SELIC).</p><p>Ex: Se o sujeito tem 100 mil de compensação, a atualização será de 1% e terá</p><p>direito a compensar 101 mil. Se no mês seguinte só deve 80 mil, os 21 mil</p><p>restantes poderão ser abatidos na próxima competência, mas não poderá ser</p><p>acrescido novamente de juros.</p><p>Se o sujeito pede uma restituição e a receita identifica que há um débito, antes</p><p>de restituir a receita extinguirá o débito, abatendo do valor da restituição. Este</p><p>fenômeno a praxe costuma denominar de operação concomitante.</p><p>Ressalte-se que qualquer compensação que não seja possível comprovar, será</p><p>considerada compensação indevida.</p><p>O §9º do art. 89 da Lei 8.212 prevê a correção espontânea pelo contribuinte e o</p><p>§10º traz a correção por parte da receita federal.</p><p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>Se este crédito indevido tiver sido indicado pelo contribuinte na declaração,</p><p>será aplicada multa de 75% do montante compenssado indevidamente (quando</p><p>houve erro). Se comprovada falsidade a multa será de 150% (quando houve</p><p>dolo).</p><p>Pela legislação anterior a compensação só poderia ocorrer sobre o mesmo</p><p>tributo, mas com o advento do E-SOCIAL, é possível a compensação entre</p><p>quaisquer créditos tributários/previdenciários.</p><p>O pedido de compensação do empregado doméstico tem peculiaridade de ser</p><p>efetuado em um aplicativo específico, qual seja: “restituição do empregador</p><p>doméstico”.</p><p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>Não raro a pessoa jurídica verifica uma rubrica e vislumbra uma tese de que</p><p>sobre essa não incidiria contribuição. Ainda que tenha sido deferida liminar em</p><p>ação judicial, se ainda houver discussão, não é possível iniciar a compensação.</p><p>Ressalte-se, sobretudo, recolhimento indevido só pode ser compensado</p><p>quando houver o trânsito em julgado da decisão, quando discutido</p><p>judicialmente.</p><p>Enquanto isso na declaração do E-SOCIAL deve constar que tal rubrica está</p><p>sub judice (suspensa a exigibilidade por decisão judicial), podendo o</p><p>contribuinte depositar judicialmente ou deixar de pagar.</p><p>Sumulas do STJ acerca de compensação:</p><p>Súmula 460 – STJ: Não cabe Mandado de Segurança para convalidar</p><p>compensação (não há direito líquido e certo).</p><p>≠ Súmula 213 – STJ: cabível MS visando a declaração do direito à</p><p>compensação tributária. Todavia, essa ação não tem o condão de convalidar a</p><p>compensação efetuada (face à necessidade de dilação probatória).</p><p> Súmula 461 – STJ: Se há sentença c/ trânsito em julgado atestando o</p><p>indébito tributário => direito de compensar ou receber o valor total por</p><p>precatório.</p><p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>O prazo para o contribuinte pedir a restituição também é de 5 anos, neste caso</p><p>contado do pagamento indevido.</p><p>O valor retido em notas fiscais em excesso (11%) também pode ser</p><p>compensado ou restituído, aplicando-se a mesma regra da restituição por</p><p>pagamento indevido.</p><p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>Importante não confundir reembolso com compensação, pois o primeiro é para</p><p>identificar valores devidos ao empregador por pagamentos referente a</p><p>salário-família ou salário-maternidade.</p><p>→ PARCELAMENTO:</p><p>A lei 10.522/02 consolida as regras de parcelamento.</p><p>Se o contribuinte tem débito perante a receita ou fazenda pública, existe a</p><p>possibilidade de ingressar com pedido de parcelamento. A doutrina chama de</p><p>“parcelamento ordinário” porque é o tipo de parcelamento que está disponível</p><p>durante todo o ano-calendário.</p><p>O parcelamento pode ser feito em até 60 meses, havendo um compromisso</p><p>entre o valor mínimo da parcela e o tempo de parcelamento.</p><p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>A partir do não pagamento das parcelas por 3 meses, consecutivos ou não, o</p><p>parcelamento é excluído e o débito será encaminhado para dívida ativa,</p><p>lembrando que a partir do momento em que houver inclusão em dívida ativa,</p><p>haverá acréscimo de honorários.</p><p>Se houver um reparcelamento estará condicionado ao pagamento da primeira</p><p>parcela ser de 10% do valor do saldo devido. Ex: Um sujeito que fez</p><p>parcelamento inicial de um débito de 80 mil reais, deixou de pagar 3 parcelas,</p><p>foi excluído, mas ainda deve 60 mil, o reparcelamento estará condicionado a</p><p>primeira parcela no valor de 6 mil reais.</p><p>Se houver um segundo reparcelamento estará condicionado ao pagamento da</p><p>primeira parcela ser de 20% do valor do débito remanescente.</p><p>Não será possível o parcelamento em certos casos:</p><p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>Existem parcelamentos especiais, que em regra admitem redução de multas e</p><p>juros e outras condições especiais, senão vejamos:</p><p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>TEMA 17</p><p>Imunidade e isenção. Preferência dos créditos da Seguridade Social.</p><p>Matrícula da empresa. Certidão Negativa de Débitos - CND. Acessórios do</p><p>crédito da Seguridade Social.</p><p>A expressão “isenção” mostra-se equivocada, tendo em vista que se trata de</p><p>imunidade por estar prevista na CRFB.</p><p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>Importante diferenciar a entidade beneficente de assistência social. A passível</p><p>de buscar a imunidade do §7º do art. 195 da CRFB deve amparar os</p><p>necessitados. Por outro lado, a entidade de assistência social ampara apenas a</p><p>seus associados ou a categorias profissionais.</p><p>Desta forma, apenas as EBAS fazem jus à referida imunidade.</p><p>Muitas ADIs foram ajuizadas por terem requisitos para gozo da imunidade no</p><p>art.195 da CRFB a lei ordinária (art. 55 da lei 8212), que deveria ser por lei</p><p>complementar. Assim, posteriormente foi editada a LC 187/2021.</p><p>A LC elenca os requisitos para a certificação conforme a área de atuação.</p><p>Trata ainda da competência em reconhecer e conceder o certificado, criando a</p><p>expressão “autoridade executiva federal”.</p><p>Até o advento da LC 187, aplicou-se as condicionantes do art. 14 do CTN</p><p>quando se buscava por discussão judicial.</p><p>Cabe</p><p>saber</p><p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>que a matrícula da empresa nada mais é que o CNPJ.</p><p>Nesse sentido, vale salientar que a pessoa física que realize obra de</p><p>construção civil é equiparada a pessoa jurídica, devendo ser registrada</p><p>matrícula vinculada a um CNO (cadastro nacional de obra).</p><p>Conforme art. 15 da Lei 8212, o segurado que contrata outro segurado para</p><p>prestar o seu serviço é uma pessoa física equiparada a empresa, de forma que</p><p>deve realizar o CAEPF (cadastro atividade econômica da pessoa física)</p><p>Ex: Contribuinte individual (médico por exemplo) contrata colegas para ajudar</p><p>no serviço, não está obrigado a reter os 11%, mas é obrigado a contribuir com</p><p>os 20%.</p><p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>A atual CND é uma certidão conjunta, pois comprovará a regularidade tanto</p><p>perante a receita federal quanto perante a fazenda pública.</p><p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>A lei 8212 em seu art. 47 vai especificar situações em que a certidão negativa</p><p>de débitos deverá ser apresentada.</p><p>→ MATRICULA DE EMPRESA</p><p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>→</p><p>CND</p><p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>→ ACESSÓRIOS DOS CRÉDITOS DA SEGURIDADE</p><p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>FIM!</p><p>e servidores sem regime próprio), salvo os servidores públicos de</p><p>cargo efetivo que tenham um regime próprio (RPPS).</p><p>Planos complementares são para permanecer num status econômico já</p><p>existente, de forma que a previdência complementar é facultativa.</p><p>SAÚDE ASSISTÊNCIA</p><p>SOCIAL</p><p>PREVIDÊNCIA</p><p>SOCIAL</p><p>Gratuito—não</p><p>contributiva</p><p>Gratuito—não contributivo Contributivo</p><p>Foco na</p><p>universalidade</p><p>Foco na seletividade Ponderação entre</p><p>universalidade e</p><p>seletividade</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8742.htm#art20b</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14176.htm#art1</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14176.htm#art1</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14176.htm#art6</p><p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>A previdência privada é formada por constituição de reservas, ou seja, o</p><p>segurado vai pagando e chega um momento previsto no contrato em que ele</p><p>para de pagar e começa a receber. Esta constituição de reservas é individual.</p><p>EXPLICAÇÃO EXTRA:</p><p>Existem três modelos financeiros de funcionamento da previdência.</p><p>I) Repartição simples;</p><p>II) Repartição de capital de cobertura;</p><p>III) Capitalização individual.</p><p>O modelo de repartição simples é aquele em que o dinheiro entra e sai ao</p><p>mesmo tempo, ou seja, quem contribui em 2024 está pagando a aposentadoria</p><p>daqueles que hoje estão se aposentando (2024). Trata-se de uma repartição</p><p>coletivizada, que por conta disso são mais sensíveis à mudanças de quatro</p><p>etário. O RGPS e RPPS adota este modelo. Nesse caso, se houver um defict</p><p>contributivo não haverá como custear a aposentadoria e o Estado terá que</p><p>encontrar maneiras (ex: impostos e outras contribuições) para cobrir este defict</p><p>e possibilitar a aposentadoria.</p><p>A capitalização individual é aquela em que o indivíduo paga para si mesmo.</p><p>Trata-se de valor “guardado” para receber futuramente, sendo contratado um</p><p>pacote de meses para recebimento deste fundo quando do momento de sua</p><p>“aposentadoria”. Neste caso, a família somente irá receber aquilo que foi</p><p>depositado até sua morte. Outrossim, o contratante receberá apenas o valor</p><p>que depositou junto à instituição, divido por um número de parcelas</p><p>contratualmente pactuadas. Ex: Contratação no banco, como pessoa física.</p><p>A repartição de capital de cobertura é basicamente uma capitalização</p><p>individual, com um resíduo de repartição simples. Ex: Petros; previ.</p><p>Art. 202. O regime de previdência privada, de caráter complementar e</p><p>organizado de forma autônoma em relação ao regime geral de previdência</p><p>social, será facultativo, baseado na constituição de reservas que garantam</p><p>o benefício contratado, e regulado por lei complementar. (“Caput” do artigo</p><p>com redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)</p><p>§ 1º A lei complementar de que trata este artigo assegurará ao participante</p><p>de planos de benefícios de entidades de previdência privada o pleno acesso</p><p>às informações relativas à gestão de seus respectivos planos. (Parágrafo</p><p>com redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)</p><p>§ 2º As contribuições do empregador, os benefícios e as condições</p><p>contratuais previstas nos estatutos, regulamentos e planos de benefícios</p><p>das entidades de previdência privada não integram o contrato de trabalho</p><p>dos participantes, assim como, à exceção dos benefícios concedidos, não</p><p>https://www2.camara.leg.br/legin/fed/emecon/1998/emendaconstitucional-20-15-dezembro-1998-356870-publicacaooriginal-1-pl.html</p><p>https://www2.camara.leg.br/legin/fed/emecon/1998/emendaconstitucional-20-15-dezembro-1998-356870-publicacaooriginal-1-pl.html</p><p>https://www2.camara.leg.br/legin/fed/emecon/1998/emendaconstitucional-20-15-dezembro-1998-356870-publicacaooriginal-1-pl.html</p><p>https://www2.camara.leg.br/legin/fed/emecon/1998/emendaconstitucional-20-15-dezembro-1998-356870-publicacaooriginal-1-pl.html</p><p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>integram a remuneração dos participantes, nos termos da lei. (Parágrafo</p><p>com redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)</p><p>§ 3º É vedado o aporte de recursos a entidade de previdência privada pela</p><p>União, Estados, Distrito Federal e Municípios, suas autarquias, fundações,</p><p>empresas públicas, sociedades de economia mista e outras entidades</p><p>públicas, salvo na qualidade de patrocinador, situação na qual, em hipótese</p><p>alguma, sua contribuição normal poderá exceder a do segurado. (Parágrafo</p><p>acrescido pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)</p><p>§ 4º Lei complementar disciplinará a relação entre a União, Estados, Distrito</p><p>Federal ou Municípios, inclusive suas autarquias, fundações, sociedades de</p><p>economia mista e empresas controladas direta ou indiretamente, enquanto</p><p>patrocinadores de planos de benefícios previdenciários, e as entidades de</p><p>previdência complementar. (Parágrafo acrescido pela Emenda</p><p>Constitucional nº 20, de 1998, e com nova redação dada pela Emenda</p><p>Constitucional nº 103, de 2019)</p><p>§ 5º A lei complementar de que trata o § 4º aplicar-se-á, no que couber, às</p><p>empresas privadas permissionárias ou concessionárias de prestação de</p><p>serviços públicos, quando patrocinadoras de planos de benefícios em</p><p>entidades de previdência complementar. (Parágrafo acrescido pela Emenda</p><p>Constitucional nº 20, de 1998, e com nova redação dada pela Emenda</p><p>Constitucional nº 103, de 2019)</p><p>§ 6º Lei complementar estabelecerá os requisitos para a designação dos</p><p>membros das diretorias das entidades fechadas de previdência</p><p>complementar instituídas pelos patrocinadores de que trata o § 4º e</p><p>disciplinará a inserção dos participantes nos colegiados e instâncias de</p><p>decisão em que seus interesses sejam objeto de discussão e</p><p>deliberação. (Parágrafo acrescido pela Emenda Constitucional nº 20, de</p><p>1998, e com nova redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de</p><p>2019)</p><p>O §3º traz a regra de que a empresa pode ser apenas instituidora ou</p><p>patrocinadora. No caso de ser patrocinadora, a sua contribuição só pode ser</p><p>inferior ou igual à contribuição dos empregados, mas nunca superior. Ex: A lei</p><p>12.618/2012 prevê que a União é patrocinadora de 1 pra 1, até a alíquota de</p><p>8,5. Assim, o servidor federal pode contribuir até mais que 8,5, porém a União</p><p>só contribuirá com 8.5. Por outro lado, se o empregado contribuir com apenas</p><p>alíquota de 6 (que é o mínimo nesta Lei), será acrescido de complemento de 6</p><p>pela União.</p><p>São espécies de previdência aberta:</p><p>https://www2.camara.leg.br/legin/fed/emecon/1998/emendaconstitucional-20-15-dezembro-1998-356870-publicacaooriginal-1-pl.html</p><p>https://www2.camara.leg.br/legin/fed/emecon/1998/emendaconstitucional-20-15-dezembro-1998-356870-publicacaooriginal-1-pl.html</p><p>https://www2.camara.leg.br/legin/fed/emecon/1998/emendaconstitucional-20-15-dezembro-1998-356870-publicacaooriginal-1-pl.html</p><p>https://www2.camara.leg.br/legin/fed/emecon/1998/emendaconstitucional-20-15-dezembro-1998-356870-publicacaooriginal-1-pl.html</p><p>https://www2.camara.leg.br/legin/fed/emecon/1998/emendaconstitucional-20-15-dezembro-1998-356870-publicacaooriginal-1-pl.html</p><p>https://www2.camara.leg.br/legin/fed/emecon/1998/emendaconstitucional-20-15-dezembro-1998-356870-publicacaooriginal-1-pl.html</p><p>https://www2.camara.leg.br/legin/fed/emecon/2019/emendaconstitucional-103-12-novembro-2019-789412-publicacaooriginal-159409-pl.html</p><p>https://www2.camara.leg.br/legin/fed/emecon/2019/emendaconstitucional-103-12-novembro-2019-789412-publicacaooriginal-159409-pl.html</p><p>https://www2.camara.leg.br/legin/fed/emecon/1998/emendaconstitucional-20-15-dezembro-1998-356870-publicacaooriginal-1-pl.html</p><p>https://www2.camara.leg.br/legin/fed/emecon/1998/emendaconstitucional-20-15-dezembro-1998-356870-publicacaooriginal-1-pl.html</p><p>https://www2.camara.leg.br/legin/fed/emecon/2019/emendaconstitucional-103-12-novembro-2019-789412-publicacaooriginal-159409-pl.html</p><p>https://www2.camara.leg.br/legin/fed/emecon/2019/emendaconstitucional-103-12-novembro-2019-789412-publicacaooriginal-159409-pl.html</p><p>https://www2.camara.leg.br/legin/fed/emecon/1998/emendaconstitucional-20-15-dezembro-1998-356870-publicacaooriginal-1-pl.html</p><p>https://www2.camara.leg.br/legin/fed/emecon/1998/emendaconstitucional-20-15-dezembro-1998-356870-publicacaooriginal-1-pl.html</p><p>https://www2.camara.leg.br/legin/fed/emecon/2019/emendaconstitucional-103-12-novembro-2019-789412-publicacaooriginal-159409-pl.html</p><p>https://www2.camara.leg.br/legin/fed/emecon/2019/emendaconstitucional-103-12-novembro-2019-789412-publicacaooriginal-159409-pl.html</p><p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>a) PGBL – Plano gerador de benefícios líquidos</p><p>b) VGBL – Vida geradora de benefícios líquidos (tecnicamente é um PGBL</p><p>com seguro de vida)</p><p>O que é importante acerca destas espécies é a diferença de tratamento</p><p>tributário. No PGBL, durante o período em que se está pagando, o pagamento</p><p>até o limite de 12% é passível de abatimentio da base de cálculo do IR; porém</p><p>na época do resgate incidirá IR, que poderá ser de forma regressiva ou</p><p>progressiva. Na regressiva quanto maior o tempo em que se contribuiu, menor</p><p>a alíquota. Na progressiva será adotada a mesma alíquota utilizada no</p><p>momento dos pagamentos.</p><p>TEMA 3</p><p>A estrutura previdenciária pública no Brasil. Regime Geral de Previdência</p><p>Social (RGPS): conceito e riscos sociais protegidos; previsão</p><p>constitucional no art. 201, da CRFB. Competência da Justiça para julgar</p><p>ações de interesse do INSS.</p><p>Conforme já abordado, a seguridade social é formada por três pilares: saúde</p><p>(art. 196 a 200, CF); previdência (art. 201 a 202, CF) e assistência social (art.</p><p>203 a 204, CF).</p><p>Previdência nada mais é que um seguro para o trabalhador. O instituto envolve</p><p>contribuições sociais e prestações previdenciárias (benefícios e serviços).</p><p>Nesse sentido, benefícios são prestações em dinheiro (ex: LOAS; auxilio</p><p>doença; etc), enquanto que serviços são prestações que não tem natureza</p><p>pecuniária (ex: reabilitação profissional).</p><p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>Obs: INSS = Instituto nacional de seguro social</p><p>Obs: Trabalhador é aquele que exerce uma atividade laborativa onerosa.</p><p>Quanto à legislação é importante estudar a Lei 8213/91 (Lei de benefícios –</p><p>LBPS) e a Lei 8212/91 (Lei de custeio). Além disso o e Decreto 3048/99, que</p><p>regulamenta toda a legislação previdenciária.</p><p>O art. 201 da CRFB estabelece que a filiação é obrigatória e o art. 20 do</p><p>decreto 3048 define o que é filiação.</p><p>Art. 201 CRFB. A previdência social será organizada sob a forma do</p><p>Regime Geral de Previdência Social, de caráter contributivo e de</p><p>filiação obrigatória, observados critérios que preservem o equilíbrio</p><p>financeiro e atuarial, e atenderá, na forma da lei, a:</p><p>I - cobertura dos eventos de incapacidade temporária ou permanente</p><p>para o trabalho e idade avançada;</p><p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>II - proteção à maternidade, especialmente à gestante;</p><p>III - proteção ao trabalhador em situação de desemprego involuntário;</p><p>IV - salário-família e auxílio-reclusão para os dependentes dos</p><p>segurados de baixa renda;</p><p>V - pensão por morte do segurado, homem ou mulher, ao cônjuge ou</p><p>companheiro e dependentes, observado o disposto no § 2º.</p><p>A filiação nada mais é que uma relação jurídica entre previdência e a pessoa</p><p>que contribui, da qual decorrem direitos e obrigações.</p><p>Art. 20 do Dec. 3048. É o vínculo que se estabelece entre pessoas que</p><p>contribuem para a previdência social e esta, do qual decorrem direitos e</p><p>obrigações.</p><p>A partir de quando deve ocorrer esta filiação?</p><p>R= Quanto ao segurado obrigatório, o vínculo decorre automaticamente do</p><p>exercício de atividade remunerada. No que tange ao segurado facultativo</p><p>decorre da inscrição formalizada com o pagamento da primeira contribuição.</p><p>Se uma pessoa começa a trabalhar, passa um ano sem contribuir e após este</p><p>período passar a fazer a contribuição, deverá pagar os anteriores?</p><p>Em tese deveria ser feito o pagamento das contribuições vencidas, mas se não</p><p>o forem, passados mais de 5 anos, o direito da fazenda decairá. Ressalte-se</p><p>que ainda será possível ao segurado realizar o pagamento com o fim de que</p><p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>aquele tempo seja considerado para a obtenção de benefícios, como a</p><p>aposentadoria.</p><p>Art. 6º do Decreto 89.312/1984</p><p>É obrigatoriamente segurado, ressalvado o disposto no artigo 4º:</p><p>(...)</p><p>§ 5º Quem se filia à previdência, social urbana após completar 60</p><p>(sessenta) anos de idade tem direito somente ao pecúlio de que tratam</p><p>os artigos 55 a 57, ao salário-família, à renda mensal vitalícia e aos</p><p>serviços, sendo devido também o auxílio funeral.</p><p>Art. 7º da CRFB São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além</p><p>de outros que visem à melhoria de sua condição social:</p><p>(...)</p><p>XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores</p><p>de dezoito e de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo</p><p>na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos; (Redação dada pela</p><p>EC 20/1998)</p><p>Facultativo é aquele segurado que não exerce atividade remunerada (ex:</p><p>doméstica, ou seja, o vínculo com sistema ocorre por voluntariedade. Ex: Dona</p><p>de casa; presidiário; etc.</p><p>Importante não confundir a inscrição com a filiação, pois a inscrição é apenas o</p><p>ato material por meio do qual se leva os dados ao INSS (art. 18 do Decreto).</p><p>Esta inscrição pode se dar pelo NIT; PIS; PASEP; etc.</p><p>Art. 18 do Dec 3048. Considera-se inscrição de segurado para os</p><p>efeitos da previdência social o ato pelo qual o segurado é cadastrado no</p><p>RGPS, por meio da comprovação dos dados pessoais, da seguinte</p><p>forma:</p><p>Para o segurado facultativo a inscrição é um ato constitutivo da filiação, mas</p><p>para o segurado obrigatório a inscrição é um ato declaratório.</p><p>Art. 12. Da Lei 8212 (...)</p><p>§ 2º Todo aquele que exercer, concomitantemente, mais de uma</p><p>atividade remunerada sujeita ao Regime Geral de Previdência Social é</p><p>obrigatoriamente filiado em relação a cada uma delas.</p><p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>É importante ter em mente que se houver mais de uma atividade remunerada</p><p>haverá uma filiação e uma inscrição correspondente, lembrando que a</p><p>inscrição é apenas um cadastro, de forma que a existência de mais de uma</p><p>inscrição não significa que mudará o número.</p><p>Art. 11 do Decreto 3048. É segurado facultativo o maior de dezesseis</p><p>anos de idade que se filiar ao Regime Geral de Previdência Social,</p><p>mediante contribuição, na forma do art. 199, desde que não esteja</p><p>exercendo atividade remunerada que o enquadre como segurado</p><p>obrigatório da previdência social.</p><p>Art. 12. Da Lei 8212(...)</p><p>§ 4º O aposentado pelo Regime Geral de Previdência Social-RGPS que</p><p>estiver exercendo ou que voltar a exercer atividade abrangida por este</p><p>Regime é segurado obrigatório em relação a essa atividade, ficando</p><p>sujeito às contribuições de que trata esta Lei, para fins de custeio da</p><p>Seguridade Social.</p><p>Art. 18. Da Lei 8213 O Regime Geral de Previdência Social compreende</p><p>as seguintes prestações</p><p>(...)</p><p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>§ 2º O aposentado pelo Regime Geral de Previdência Social–RGPS que</p><p>permanecer em atividade sujeita a este Regime, ou a ele retornar, não</p><p>fará jus a prestação alguma da Previdência Social em decorrência do</p><p>exercício dessa atividade, exceto ao salário-família e à reabilitação</p><p>profissional, quando empregado.</p><p>O servidor público, amparado por regime próprio é, nesta condição, excluído do</p><p>regime geral. Isso ocorre porque do contrário haveria dupla contribuição.</p><p>Art. 12 da Lei 8213/91. O servidor civil ocupante de cargo efetivo ou o</p><p>militar da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios,</p><p>bem como o das respectivas autarquias e fundações, são excluídos do</p><p>Regime Geral de Previdência Social consubstanciado nesta Lei, desde</p><p>que amparados por regime próprio de previdência social.</p><p>§ 1o Caso o servidor ou o militar venham a exercer, concomitantemente,</p><p>uma ou mais atividades abrangidas pelo Regime Geral de Previdência</p><p>Social, tornarse- ão segurados obrigatórios em relação a essas</p><p>atividades.</p><p>§ 2o Caso o servidor ou o militar, amparados por regime próprio de</p><p>previdência social, sejam requisitados para outro órgão ou entidade cujo</p><p>regime previdenciário não permita a filiação, nessa condição,</p><p>permanecerão vinculados ao regime de origem, obedecidas as regras</p><p>que cada ente estabeleça acerca</p><p>de sua contribuição.</p><p>Se o indivíduo for um servidor público amparado pelo RPPS e simultaneamente</p><p>for autônomo vinculado ao RGPS, haverão duas contribuições e por conta</p><p>disso poderá haver duas aposentadorias.</p><p>Por outro lado, se o indivíduo for um servidor público amparado pelo RPPS,</p><p>que não exerce atividade autônoma, e simultaneamente deseja recolher como</p><p>segurado facultativo para ter dupla aposentadoria, terá negado o seu</p><p>requerimento. Isso se dá porque é VEDADO pela CRFB a contribuição ao</p><p>RPGS pelo segurado facultativo quando este já é servidor público amparado</p><p>pelo regime próprio (art. 201, §5º, CF).</p><p>O INSS portanto tem prerrogativa de exigir que se comprove que há um</p><p>trabalho remunerado, a fim de que evitar que exista fraude no caso</p><p>supramencionado. Ex: Quando se recolhe com o código de guia como</p><p>autônomo, mas que na verdade é um segurado facultativo.</p><p>Se o indivíduo tem contribuição pelo RGPS (ex: médico) e futuramente passa</p><p>para um concurso, se atrelando ao RPPS, poderá averbar o tempo anterior, o</p><p>que se denomina contagem recíproca. Significa que poderá escolher em qual</p><p>regime permanecerá. (art. 201, §9º, CRFB). Ressalte-se que a CONTAGEM</p><p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>RECÍPROCA só ocorre em tempos de contribuições sucessivas, NUNCA</p><p>SIMULTÂNEAS.</p><p>Ex: Maria é enfermeira, empregada pública do município do Rio de Janeiro</p><p>(RGPS) e passa a ter cargo público no Ministério da saúde (RGPS), ela não</p><p>poderá ter dupla aposentadoria, eis que do mesmo regime. Se futuramente</p><p>Maria passa para um concurso de cargo efetivo, terá que encerrar um dos</p><p>vínculos anteriores, uma vez que a CRFB veda tal cumulação tripla. Se o cargo</p><p>efetivo é amparado pelo RPPS e ela opta por encerrar o vínculo do temporário,</p><p>ela não poderá aproveitar apenas o tempo do vínculo temporário, sem levar</p><p>também o tempo do primeiro vínculo pelo RGPS. Isso significa que não poderá</p><p>haver fragmentação do tempo de contribuição pelo RGPS.</p><p>Importante frisar que: Regime próprio só acolhe servidores de cargo efetivo!</p><p>Resumindo:</p><p>Se há duplo vínculo, haverá dupla contribuição.</p><p>Sendo por regimes diferentes (RGPS + RPPS) poderá haver dupla</p><p>aposentadoria.</p><p>Se pelo mesmo regime (RGPS + RGPS) haverá apenas uma aposentadoria,</p><p>somando contudo os valores para definição da renda.</p><p>Importante se atentar para uma situação peculiar, qual seja: o segurado que</p><p>após se aposentar pelo RGPS, continuar trabalhando pelo RGPS e</p><p>posteriormente vincular-se ao RPPS, caso em que poderá utilizar o tempo pós</p><p>aposentadoria para averbação ao tempo de contribuição pelo RPPS.</p><p>Ex: Joana começou a trabalhar com 16 anos e poderia se aposentar com 46</p><p>anos (pela lei antiga mulher se aposentaria com 30 anos de contribuição).</p><p>Joana se aposentou pelo RGPS, continuou trabalhando por mais quatro anos e</p><p>passou para um concurso amparado pelo RPPS. Ela poderá averbar estes 4</p><p>anos ao RPPS para efetivar nova aposentadoria.</p><p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>Desaposentação significa desfazer o ato de concessão de aposentadoria (art.</p><p>181-B do regulamento).</p><p>A respeito do tema é importante ter em mente que as aposentadorias</p><p>voluntárias do regime geral são irreversíveis e irrenunciáveis, justamente para</p><p>evitar a desaposentação. Nesse sentido, o STF também já se manifestou em</p><p>acordo com o art. 181-B.</p><p>Obs: Importante entender certas denominações, quais sejam:</p><p>● Segurado especial -> produtor rural ou pescador artesanal</p><p>● Contribuinte individual -> autônomo</p><p>● Avulso -> área portuária</p><p>● Empregado não necessariamente é quem tem vínculo de emprego, ou</p><p>seja, é um conceito mais amplo, visto que há empregados que não</p><p>possuem vínculo de emprego. Ex: vereador é um segurado empregado.</p><p>TEMA 4</p><p>RGPS: beneficiários: segurados e dependentes; empresa e empregador</p><p>doméstico; filiação e inscrição; tipologia das prestações.</p><p>Inicialmente cabe esclarecer que beneficiários da previdência podem ser</p><p>segurados e dependentes. Os segurados mantêm uma relação jurídica com o</p><p>INSS em nome próprio, ou seja, uma relação jurídica primária.</p><p>Os dependentes possuem uma relação jurídica secundária, ou seja, se dá a</p><p>relação por uma existência anterior de segurados. Em razão disso os</p><p>dependentes não tem obrigação de contribuir.</p><p>No regime geral os segurados dividem-se em segurados obrigatórios e</p><p>segurados facultativos. Ressalte-se que o sistema foi pensado para o segurado</p><p>obrigatório. O segurado facultativo não é inicialmente o destinatário da norma</p><p>previdenciária, motivo pelo qual sua filiação é voluntária, diferente do segurado</p><p>obrigatório, cuja filiação é obrigatória.</p><p>Os segurados obrigatórios dividem-se em: a) empregados; b)empregados</p><p>domésticos; c)trabalhadores avulsos; d) contribuintes individuais; e e)</p><p>segurados especial.</p><p>Existem dois princípios que vão regular esse enquadramento do segurado</p><p>obrigatório, quais sejam: I) Adesão compulsória e II) Prevalência da realidade</p><p>(a relação é como de fato é).</p><p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>A consequência deste último princípio é que, embora uma pessoa seja</p><p>registrada na CTPS como empregado doméstico, mas de fato é um</p><p>empregado, deve ser reconhecido como empregado.</p><p>O empregado está definido no art. 11, I, da Lei 8213, sendo certo que o</p><p>conceito de emprego na previdência é mais amplo que do direito do trabalho.</p><p>Significa que existem empregados perante a previdência que não são</p><p>considerados empregados trabalhistas. Ex: Deputado. Cabe destacar que</p><p>neste caso, quem recolhe a contribuição é o empregador.</p><p>O empregado doméstico tem a definição semelhante ao do empregado</p><p>comum, previsto no inciso II do art. 11 (vínculo personalíssimo, habitualidade,</p><p>subordinação e recebendo salário) mas possui duas peculiaridades, quais</p><p>sejam: I) presta serviço no ambito da residência do empregador; e o II) o</p><p>empregador não aufere lucro com o serviço. Ex1: Se uma pessoa trabalha</p><p>fazendo serviços de limpeza no consultório médico; Ex2: Uma pessoa que</p><p>trabalha realizando serviços de limpeza em uma cozinha onde a empregadora</p><p>vende quentinhas. Tais casos são considerados empregos e não empregos</p><p>domésticos. O conceito de emprego doméstico é urbano, ou seja, não há</p><p>empregado doméstico rural. Neste caso também quem recolhe a contribuição é</p><p>o empregador.</p><p>O trabalhador avulso é quando o sindicato ou órgão gestor de mão de obra se</p><p>insere na relação e controla o pagamento. Trata-se de um sindicato específico</p><p>que atua na relação de trabalho. Ressalte-se por fim que o avulso tem os</p><p>mesmos direitos do empregado. Ex: Trabalhador de porto. Por fim, cabe</p><p>reconhecer que neste caso segue-se a regra de que quem recolhe a</p><p>contribuição é o sindicato.</p><p>O contribuinte individual é aquele que recolhe a própria contribuição. Assim,</p><p>a responsabilidade tributária é dele, ou seja, o tempo de contribuição só conta</p><p>se ele recolher. Ressalte-se que, salvo tal peculiaridade, não há uma definição</p><p>específica para o CI. Ex: médicos; pipoqueiros; ambulantes; padres; pastores;</p><p>profissionais liberais; etc</p><p>O segurado especial é aquele pequeno produtor rural ou pescador artesanal</p><p>que trabalha em regime de economia familiar. Este segurado tem muitas</p><p>vantagens, pois trata-se de uma proteção “assistencialista” dentro do</p><p>previdência, eis que só pagam contribuição quando houver a venda do produto</p><p>(única hipótese de incidência). A carência deste segurado é o número meses</p><p>de trabalho.</p><p>O segurado facultativo não pode ser militar, servidor público e segurado</p><p>obrigatório (art. 201, §5º da CRFB e interpretação jurisprudencial estendendo</p><p>ao militar e segurado obrigatório).</p><p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>EXPLICAÇÃO EXTRA:</p><p>Se uma pessoa tem dois empregos pelo RGPS, haverá dois recolhimentos,</p><p>mas apenas uma filiação e uma aposentadoria, que estará limitada ao teto.</p><p>Ex: Um emprego na parte da manhã com salário de 15 mil e um emprego na</p><p>parte da tarde, com salário de 2 mil. Considerando que o teto é 7783, haverá</p><p>recolhimento apenas no primeiro emprego e limitado ao teto.</p><p>Se uma pessoa tem dois empregos, um pelo RGPS e um pelo RPPS, haverá</p><p>dois recolhimentos, duas filiação</p><p>e duas aposentadorias. Conforme § único do</p><p>art. 40 da CRFB, o somatório estará limitado ao teto, ocorre que o STF já</p><p>decidiu que este teto limita cada uma ao teto.</p><p>O art. 16 da Lei 8213/91 define a família previdenciária.</p><p>Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na</p><p>condição de dependentes do segurado:</p><p>I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho, de qualquer</p><p>condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido;</p><p>I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado,</p><p>de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou</p><p>inválido; (Redação dada pela Lei nº 9.032, de 1995)</p><p>I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado,</p><p>de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que</p><p>tenha deficiência intelectual ou mental que o torne absoluta ou</p><p>relativamente incapaz, assim declarado judicialmente;(Redação dada</p><p>pela Lei nº 12.470, de 2011)</p><p>I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não</p><p>emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos</p><p>ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou</p><p>deficiência grave;(Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015)b</p><p>(Vigência)</p><p>II - os pais;</p><p>III - o irmão, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou</p><p>inválido;</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9032.htm#art3</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12470.htm#art2</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12470.htm#art2</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13146.htm#art101</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13146.htm#art127</p><p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>III - o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte</p><p>e um) anos ou inválido; (Redação dada pela Lei nº 9.032, de</p><p>1995)</p><p>III - o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte</p><p>e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental</p><p>que o torne absoluta ou relativamente incapaz, assim declarado</p><p>judicialmente; (Redação dada pela Lei nº 12.470, de 2011)</p><p>III - o irmão de qualquer condição menor de 21 (vinte e um) anos ou</p><p>inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência</p><p>grave, nos termos do regulamento; (Redação dada pela Lei nº 13.135,</p><p>de 2015) (Vigência)</p><p>III - o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21</p><p>(vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou</p><p>mental ou deficiência grave; (Redação dada pela Lei nº 13.146, de</p><p>2015) (Vigência)</p><p>IV - a pessoa designada, menor de 21 (vinte e um) anos ou maior de</p><p>60(sessenta) anos ou inválida. (Revogada pela Lei nº 9.032, de 1995)</p><p>§ 1º A existência de dependente de qualquer das classes deste artigo</p><p>exclui do direito às prestações os das classes seguintes.</p><p>§ 2º Equiparam-se a filho, nas condições do inciso I, mediante</p><p>declaração do segurado: o enteado; o menor que, por determinação</p><p>judicial, esteja sob a sua guarda; e o menor que esteja sob sua tutela e</p><p>não possua condições suficientes para o próprio sustento e educação.</p><p>§ 2º .O enteado e o menor tutelado equiparam-se a filho mediante</p><p>declaração do segurado e desde que comprovada a dependência</p><p>econômica na forma estabelecida no Regulamento.(Redação dada pela</p><p>Lei nº 9.528, de 1997) (Vide ADIN 4878) (Vide ADIN 5083)</p><p>§ 3º Considera-se companheira ou companheiro a pessoa que, sem ser</p><p>casada, mantém união estável com o segurado ou com a segurada, de</p><p>acordo com o § 3º do art. 226 da Constituição Federal.</p><p>§ 4º A dependência econômica das pessoas indicadas no inciso I é</p><p>presumida e a das demais deve ser comprovada</p><p>§ 5º A prova de união estável e de dependência econômica exigem</p><p>início de prova material contemporânea dos fatos, não admitida a prova</p><p>exclusivamente testemunhal, exceto na ocorrência de motivo de força</p><p>maior e ou caso fortuito, conforme disposto no Regulamento.(Incluído</p><p>pela Medida Provisória nº 871, de 2019)</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9032.htm#art3</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9032.htm#art3</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12470.htm#art2</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13135.htm#art16</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13135.htm#art16</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13135.htm#art6ii</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13146.htm#art101</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13146.htm#art101</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13146.htm#art127</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9032.htm#art8</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9528.htm#art2</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9528.htm#art2</p><p>http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADI&documento=3109365&s1=4878&numProcesso=4878</p><p>http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADI&documento=&s1=5083&numProcesso=5083</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constitui%C3%A7ao.htm#art226%C2%A73</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Mpv/mpv871.htm#art25</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Mpv/mpv871.htm#art25</p><p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>§ 5º As provas de união estável e de dependência econômica exigem</p><p>início de prova material contemporânea dos fatos, produzido em período</p><p>não superior a 24 (vinte e quatro) meses anterior à data do óbito ou do</p><p>recolhimento à prisão do segurado, não admitida a prova exclusivamente</p><p>testemunhal, exceto na ocorrência de motivo de força maior ou caso</p><p>fortuito, conforme disposto no regulamento.(Incluído pela Lei nº 13.846,</p><p>de 2019)</p><p>§ 6º Na hipótese da alínea c do inciso V do § 2º do art. 77 desta Lei, a</p><p>par da exigência do § 5º deste artigo, deverá ser apresentado, ainda,</p><p>início de prova material que comprove união estável por pelo menos 2</p><p>(dois) anos antes do óbito do segurado. (Incluído pela Lei nº 13.846, de</p><p>2019)</p><p>§ 7º Será excluído definitivamente da condição de dependente quem</p><p>tiver sido condenado criminalmente por sentença com trânsito em</p><p>julgado, como autor, coautor ou partícipe de homicídio doloso, ou de</p><p>tentativa desse crime, cometido contra a pessoa do segurado,</p><p>ressalvados os absolutamente incapazes e os inimputáveis.(Incluído</p><p>pela Lei nº 13.846, de 2019)</p><p>No regime geral, não há previsão de prorrogação da condição de dependente</p><p>para o filho entre 21 e 14 anos que estiver estudando.</p><p>A lei aplicável à concessão de pensão previdenciária é a lei vigente à data do</p><p>óbito, conforme súmula 340 do STJ.</p><p>Cinco regras da pensão por morte:</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13846.htm#art24</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13846.htm#art24</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13846.htm#art24</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13846.htm#art24</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13846.htm#art24</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13846.htm#art24</p><p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>1) A existência de dependente de qualquer das classes deste artigo exclui</p><p>do direito às prestações os das classes seguintes (art. 16, §1º da Lei</p><p>8213/91)</p><p>2) A pensão por morte, havendo mais de um pensionista, será rateada</p><p>entre todos em partes iguais (art. 77, caput, lei 8213/91);</p><p>3) As cotas por dependente cessarão com a perda dessa qualidade e não</p><p>serão reversíveis aos demais (art. 23, EC 103/19)</p><p>4) Com a extinção da parte do último pensionista a pensão extinguir-se-á</p><p>(art. 77, §3º da Lei 8213/91)</p><p>5) A dependência econômica das pessoas indicadas no inciso I é</p><p>presumida e das demais deve ser comprovada (art. 16, §4º da Lei</p><p>8213/91).</p><p>Inicialmente cabe destacar que no regime geral não há rateio de classes.</p><p>Se Ruy falecer já aposentado, a aposentadoria será a base de cálculo para</p><p>pensão.</p><p>Se Ruy, não estiver aposentado (trabalhando) no momento do</p><p>falecimento, o INSS fará um cálculo primeiramente, que será a base de cálculo</p><p>para saber o valor da pensão e de cada cota. (art. 23 da EC 103 – 13 de</p><p>novembro de 2019)</p><p>O benefício de natureza substitutivo também não pode ter o valor inferior ao</p><p>mínimo (art. 201, §2º da CRFB). Por outro lado, o benefício complementar (ex:</p><p>auxílio-acidente e salário-família) pode.</p><p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>Ressalte-se que o novo matrimônio não implica perda do benefício da pensão</p><p>por morte.</p><p>A duração da cota do cônjuge ou companheiro dependerá da sua idade e do</p><p>tempo de contribuição do falecido (art. 77, inciso V, da Lei 8213).</p><p>Ex: Para perder a pensão Reny teria que ter mais de 45 anos se Ruy tivesse</p><p>contribuído por 18 anos.</p><p>Se o indivíduo faleceu sem ter se aposentado, será necessário o cálculo que</p><p>está previsto no art. 26 da EC 103. Inicialmente terá que encontrar a RMI</p><p>(renda média inicial) - Média dos salários de contribuição (base de cálculo).</p><p>Com a RMI, será utilizado o cálculo da AIP (aposentadoria por invalidez), ou</p><p>seja, aplicar-se-á o coeficiente de 60% acrescido de 2% para cada ano que</p><p>superar 20 anos (de contribuição) para o homem e para mulher o que supera</p><p>15 anos.</p><p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>Se a RMI ficou no valor de R$ 4.000, 00 e o segurado faleceu sem se</p><p>aposentar, tendo contribuído por 23 anos, o cálculo será o seguinte: 4.000 x</p><p>60% + (2% x 3) = 2.840. O valor de 2840 é o valor da base de cálculo. Após</p><p>encontrar a base de cálculo, será realizado o cálculo da pensão por morte, ou</p><p>seja, 50% + (10% x número de dependentes) x 2.840 (base de cálculo). Se</p><p>no exemplo são 4 dependentes, será 90% de 2840, o que totaliza 2556. Este</p><p>montante será distribuído para cada dependente, ou seja, 25% de 2556 para</p><p>cada dependente.</p><p>CÁLCULO PARA PENSÃO POR</p><p>MORTE</p><p>Ex:</p><p>RMI = 5.000</p><p>PM= 50% + (10% X 5) X RMI</p><p>PM = 100% X 5000 = 5000</p><p>TNU – tema 226 - A dependência econômica do cônjuge ou do companheiro</p><p>relacionados no inciso i do art. 16 da lei 8.213/91, em atenção à presunção</p><p>disposta no 4º do mesmo dispositivo legal, é absoluta.</p><p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>TNU – Tema 118 - A invalidez ocorrida após o óbito do instituidor não autoriza a</p><p>concessão de pensão por morte para filho maior.</p><p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>Filho de segurado ficou inválido após vida laboral ativa, passando a perceber</p><p>aposentadoria por invalidez. Com a morte do genitor e sua condição de</p><p>inválido, restaura-se a dependência econômica?</p><p>Não, pois embora em relação ao filho invalido a lei presuma dependência, é</p><p>uma presunção relativa e no caso concreto não há dependência, pois ele já</p><p>recebe aposentadoria.</p><p>Art. 16. (...)</p><p>§2º Equiparam-se a filho, nas condições do inciso I, mediante</p><p>declaração do segurado: o enteado; o menor que, por determinação</p><p>judicial, esteja sob a sua guarda; e o menor que esteja sob sua tutela e</p><p>não possua condições suficientes para o próprio sustento e educação.</p><p>§2º O enteado e o menor tutelado equiparam-se a filho mediante</p><p>declaração do segurado e desde que comprovada a dependência</p><p>econômica na forma estabelecida no Regulamento. (Redação dada pela</p><p>Lei nº 9.528, de 1997).</p><p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>O menor sob guarda integrava a relação de dependentes apenas para fatos</p><p>geradores ocorrido até 13 de outubro de 1996, data da publicação da Medida</p><p>Provisória nº 1.523, reeditada e convertida na Lei nº 9.528, de 10 de dezembro</p><p>de 1997 (art. 26, Portaria INSS/DIRBEN 991/2022).</p><p>O ECA confere ao menor direitos previdenciários, conforme art. 33, §3º.</p><p>Da Guarda</p><p>Art. 33. A guarda obriga a prestação de assistência material, moral e</p><p>educacional à criança ou adolescente, conferindo a seu detentor o direito</p><p>de opor-se a terceiros, inclusive aos pais.</p><p>§ 1º A guarda destina-se a regularizar a posse de fato, podendo ser</p><p>deferida, liminar ou incidentalmente, nos procedimentos de tutela e</p><p>adoção, exceto no de adoção por estrangeiros.</p><p>§ 2º Excepcionalmente, deferir-se-á a guarda, fora dos casos de tutela e</p><p>adoção, para atender a situações peculiares ou suprir a falta eventual</p><p>dos pais ou responsável, podendo ser deferido o direito de</p><p>representação para a prática de atos determinados.</p><p>§ 3º A guarda confere à criança ou adolescente a condição de</p><p>dependente, para todos os fins e efeitos de direito, inclusive</p><p>previdenciários.</p><p>Nesse sentido, o STJ entendeu possível a manutenção do menor sob guarda à</p><p>condição de dependente, ou seja, possui direito a concessão ao benefício de</p><p>pensão por morte do seu mantenedor, ainda que o óbito seja posterior a Lei</p><p>9528/97.</p><p>STF, na ADI 4878, também entendeu que deve prevalecer a condição de</p><p>dependente, ou seja, é inconstitucional a exclusão do menor sob guarda para</p><p>fins de concessão da pensão por morte pela Lei 9528/97.</p><p>Atualmente contudo, a EC 103, em seu art. 23 §6º, expressa previsão de que</p><p>não são dependentes os menores sob guarda. Nesse contexto, surge um novo</p><p>tema (1271), ainda não julgado pelo STF, acerca da constitucionalidade do art.</p><p>23 do EC 103.</p><p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>Assim, para óbitos a partir da EC 103, mantem-se o entendimento de que</p><p>menores sob guarda estão excluídos da condição de dependente</p><p>previdenciário.</p><p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>TEMA 5</p><p>RGPS: manutenção da qualidade de segurado (período de graça);</p><p>acidente do trabalho; período de carência; conceito de renda mensal</p><p>inicial e de salário-de-benefício</p><p>● Manutenção e perda da qualidade do segurado:</p><p>Há situações em que o segurado fica sem contribuir, chamado de período de</p><p>graça.</p><p>Qualidade de segurado é a condição atribuída a todo individuo filiado ao</p><p>RGPS que possua inscrição e que esteja contribuindo para este regime. (art.</p><p>183, IN INSS 128/2022).</p><p>Período de graça é o período de manutenção da qualidade de segurado</p><p>mantém sua condição, independentemente de contribuição, correspondendo ao</p><p>seguinte lapso temporal: ...” (art. 184, IN INSS 128/2022).</p><p>O art. 15 da Lei 8213/91, em sua redação originária, previa que se mantinha a</p><p>qualidade de segurado, independentemente de contribuições, sem limite de</p><p>prazo, quem estivesse em gozo de benefício.</p><p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>Em 2019 houve uma alteração da legislação, em que se exclui deste período</p><p>de graça o auxílio acidente, considerando que este pode ser um benefício</p><p>quase vitalício.</p><p>Art. 15. Mantém a qualidade de segurado, independentemente de</p><p>contribuições:</p><p>I - sem limite de prazo, quem está em gozo de benefício;</p><p>⇨ I - sem limite de prazo, quem está em gozo de benefício, exceto do</p><p>auxílio-acidente; (Redação dada pela Lei nº 13.846, de</p><p>2019)</p><p>Importante saber que é possível ficar 12 meses sem contribuir, pelo segurado</p><p>não estar exercendo atividade remunerada, voltar a contribuir por um mês, ficar</p><p>novamente 12 meses sem contribuir, um mês contribuindo e assim por diante.</p><p>Apesar de isto ser possível, o tempo em que não houve contribuição, por óbvio,</p><p>não será contabilizado.</p><p>A duração ordinária é de 12 meses, mas este inciso II deve ser interpretado em</p><p>conjunto com os §§ 1º e 2º. Nesse sentido, conforme §1º, se já houve mais de</p><p>120 contribuições, poderá ser o prazo de 12 meses prorrogado até 24 meses.</p><p>Ex: Individuo contribuiu por 100 meses; ficou desempregado e sem contribuir</p><p>por 10 meses; voltou a trabalhar e contribuir por 40 meses e por fim deixou de</p><p>contribuir novamente. Neste caso, será possível ficar por 24 meses sem</p><p>contribuir, sem perder a qualidade de segurado, uma vez que não houve a</p><p>perda da qualidade de segurado e há mais de 120 contribuições no total.</p><p>Consoante §2º, se o segurado comprovar desemprego involuntário (ex: estar</p><p>cadastrado no SINE), o período de graça será acrescido de mais 12 meses, ou</p><p>seja, se houver preenchimento do requisito do §1º (+ 120 meses) poderá ficar</p><p>até 36 meses sem contribuir, como desempregado, sem perder a qualidade de</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13846.htm#art24</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13846.htm#art24</p><p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>segurado. Outrossim, se não há preenchimento dos requisitos do §1º o</p><p>segurado terá como período de graça até 24 meses, conforme tabela a seguir:</p><p>II - até 12 (doze) meses após a cessação das contribuições, o segurado</p><p>que deixar de exercer atividade remunerada abrangida pela Previdência</p><p>Social ou estiver suspenso ou licenciado sem remuneração;</p><p>II - até doze meses após a cessação das contribuições, o segurado que</p><p>deixar de exercer atividade remunerada abrangida pela Previdência</p><p>Social, que estiver suspenso ou licenciado sem remuneração ou que</p><p>deixar de receber o benefício do Seguro-Desemprego; (Redação</p><p>dada pela Medida Provisória nº 905, de 2019) (Revogada pela</p><p>Medida Provisória nº 955, de 2020) Vigência encerrada</p><p>II - até doze meses após a cessação das contribuições, o segurado que</p><p>deixar de exercer atividade remunerada abrangida pela Previdência</p><p>Social, que estiver suspenso ou licenciado sem remuneração ou que</p><p>deixar de receber o benefício do Seguro-Desemprego; (Redação</p><p>dada pela Medida Provisória nº 905, de 2019) (Revogada pela</p><p>Medida Provisória nº 955, de 2020) (Vigência encerrada)</p><p>⇨ II - até 12 (doze) meses após a cessação das contribuições, o</p><p>segurado que deixar de exercer atividade remunerada abrangida</p><p>pela Previdência Social ou estiver suspenso ou licenciado sem</p><p>remuneração;</p><p>O inciso III trata da possibilidade do segurado que foi acometido por uma</p><p>doença de segregação compulsória (ex: Ebola; COVID; etc).</p><p>Ressalte-se que durante o período em que está segregado por doença, o</p><p>período de graça é indeterminado.</p><p>Neste caso, durante o período de auxilio doença ele já estaria em período de</p><p>graça pelo inciso II, em seguida estaria por mais 12 meses pelo inciso II. Logo,</p><p>é possível alcançar o mesmo resultado do inciso III, cumulando as hipóteses</p><p>dos incisos I e II.</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Mpv/mpv905.htm#art50</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Mpv/mpv905.htm#art50</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Mpv/mpv955.htm</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Mpv/mpv955.htm</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Congresso/adc-113-mpv955.htm</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Mpv/mpv905.htm#art50</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Mpv/mpv905.htm#art50</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Mpv/mpv955.htm</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Mpv/mpv955.htm</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Congresso/adc-127-mpv905.htm</p><p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>Cabe reconhecer, portanto, que o inciso III só tem utilidade quando não houver</p><p>a carência para o benefício do auxilio doença.</p><p>⇨ III - até 12 (doze) meses após cessar a segregação, o segurado</p><p>acometido de doença de segregação compulsória;</p><p>Art. 46 da PORTARIA DIRBEN 991/2022. O segurado acometido</p><p>de doença de segregação compulsória mantém a qualidade de</p><p>segurado por até 12 (doze) meses após cessar a segregação.</p><p>§ 1º Doença de segregação compulsória é aquela que impede o</p><p>convívio social e familiar do paciente.</p><p>§ 2º As doenças de segregação compulsória são as</p><p>infecto-contagiosas especificadas pelo Ministério da Saúde.</p><p>O inciso IV trata do preso, que estará em período de graça durante a prisão e</p><p>por mais 12 meses após a concessão do livramento.</p><p>Obs: Se não houver livramento, será analisado o período em que houve</p><p>contribuições anteriores a prisão, podendo se aplicar o inciso II se houver</p><p>preenchimento de tais requisitos e for a regra mais benéfica.</p><p>Ressalte-se que o preso só terá direito ao período de graça se já for segurado</p><p>antes de ser encarcerado. Nada impede também que durante a prisão o preso</p><p>realize contribuições, desde que como facultativo.</p><p>⇨ IV - até 12 (doze) meses após o livramento, o segurado retido ou</p><p>recluso;</p><p>Art. 47. da PORTARIA DIRBEN 991/2022. O segurado recluso</p><p>mantém a qualidade de segurado por até 12 (doze) meses após o</p><p>livramento.</p><p>Parágrafo único: O segurado recluso mantém essa qualidade</p><p>durante todo o período de sua reclusão, ainda que não seja</p><p>instituidor do benefício de auxílio-reclusão, desde que</p><p>comprovada a qualidade de segurado na data da sua reclusão.</p><p>Art. 48. No caso de fuga do segurado recluso, será descontado do</p><p>prazo de manutenção da qualidade de segurado a que tinha</p><p>direito antes da reclusão, o período já usufruído anteriormente à</p><p>prisão, e todo o período que durar a fuga.</p><p>§ 1º Havendo livramento do segurado recluso, que tenha sido</p><p>recapturado sem ter perdido a qualidade de segurado no período</p><p>de fuga, permanece o direito ao prazo integral de 12 (doze)</p><p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>meses de manutenção da qualidade de segurado, contado a partir</p><p>da soltura.</p><p>§ 2º Se houver exercício de atividade dentro do período de fuga,</p><p>livramento condicional, cumprimento de pena em regime</p><p>semiaberto ou aberto, este será considerado para verificação de</p><p>manutenção da qualidade de segurado.</p><p>O inciso V trata do segurado incorporado às forças militares. Durante o tempo</p><p>em que serviu o segurado mantém sua qualidade de segurado, bem como em</p><p>até 3 meses após o licenciamento. Assim, nesta hipótese aquele que decidiu</p><p>sair das forças armadas, terá 3 meses para voltar a realizar contribuições.</p><p>O tempo em que o segurado serviu ao pais contabilizava-se como tempo de</p><p>contribuição, mas com EC 103 não há mais essa benesse.</p><p>Importante salientar que, excepcionalmente alguns períodos de graça contam</p><p>como contribuição, quais sejam: o tempo em que o segurado recebeu auxílio</p><p>de incapacidade para o trabalho ou aposentadoria por invalidez (art. 55, III, da</p><p>Lei 8213).</p><p>⇨ V - até 3 (três) meses após o licenciamento, o segurado</p><p>incorporado às Forças Armadas para prestar serviço militar;</p><p>Art. 49. da PORTARIA DIRBEN 991/2022. O segurado incorporado às</p><p>Forças Armadas para prestar serviço militar mantém a qualidade de</p><p>segurado até 3 (três) meses após o licenciamento.</p><p>Parágrafo único. No caso do segurado empregado que foi licenciado</p><p>para prestação do serviço militar obrigatório, o seu contrato de trabalho</p><p>estará suspenso e retornará à atividade quando da cessação da</p><p>prestação de serviço militar, o que não interferirá no prazo da qualidade</p><p>de segurado.</p><p>O inciso VI trata do segurado facultativo, que tem o período de graça de</p><p>apenas 6 meses. Nesse sentido, importante ressaltar que o segurado</p><p>facultativo somente pode pagar contribuições em atraso se não houver perda</p><p>da qualidade do segurado.</p><p>⇨ VI - até 6 (seis) meses após a cessação das contribuições, o</p><p>segurado facultativo.</p><p>Karoline Martins Ferreira da Costa</p><p>EMERJ - CPV</p><p>Art. 50. da PORTARIA DIRBEN 991/2022. O segurado facultativo</p><p>mantém a qualidade de segurado até 6 (seis) meses após a cessação</p><p>das contribuições.</p><p>Parágrafo único. O segurado obrigatório que, durante o gozo de período</p><p>de graça 12 (doze), 24 (vinte e quatro) ou 36 (trinta e seis) meses,</p><p>conforme o caso, filiar-se ao RGPS na categoria de facultativo, ao deixar</p><p>de contribuir nesta última, terá direito de usufruir o período de graça de</p><p>sua condição anterior, se mais vantajoso.</p><p>Se extrapolou-se o período de graça, quando haverá a efetiva perda da</p><p>qualidade de segurado?</p><p>Nesse sentido, é importante entender o teor do §4º do art. 15.</p><p>§ 4º A perda da qualidade de segurado ocorrerá no dia seguinte ao</p><p>do término do prazo fixado no Plano de Custeio da Seguridade</p><p>Social para recolhimento da contribuição referente ao mês</p><p>imediatamente posterior ao do final dos prazos fixados neste artigo</p><p>e seus parágrafos.</p><p>Qual a consequência da perda da qualidade de segurado?</p><p>Para saber as consequências é importante fazer remissão do §4º com o art.</p><p>102, ambos da Lei 8213/91.</p><p>Art. 102. A perda da qualidade de segurado importa em caducidade dos</p><p>direitos inerentes a essa qualidade.</p><p>§ 1º A perda da qualidade de segurado não prejudica o direito</p>

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