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@laismazzini GERAÇÃO DE ESBOÇOS - CROQUIS De acordo com Pirolo (2007, p. 111), “as imagens, assim como as palavras, são matérias de que somos feitos. Ao contrário das imagens, as palavras fluem constantemente para além dos limites da página”. As imagens, porém, apresentam-se à nossa consciência instantaneamente, encerrada pela sua moldura – em uma superfície específica. A todo momento em que observamos uma imagem (desenho) podemos sondar mais a fundo e descobrir mais detalhes, associar e combinar outras imagens, emprestar-lhe palavras para contar o que vemos, mas em si mesma, uma imagem existe no espaço que ocupa, independentemente do tempo que reservamos para contemplá-la. Refletindo sobre o que vê, o homem registra o que compreende da realidade e o que julga ser digno de interesse. O DESENHO À MÃO LIVRE É importante para qualquer projeto que esteja em sua fase de iniciação. Na essência de todos os desenhos existe um processo de ver, imaginar e representar imagens. A partir daí, existem imagens que criamos no papel que usamos para expressar e comunicar nossos pensamentos e percepções. Quando se fala em desenho, o primeiro conceito que vem à mente é a relação com o artista desenhando no seu atelier. Independentemente da área de atuação, o desenho à mão livre é a base necessária para treinar a percepção visual, a criatividade, as habilidades técnicas, e durante o processo de projetar, o desenho é utilizado para guiar o desenvolvimento de uma ideia, desde o conceito até a proposta concreta. O desenho passa a ser uma ferramenta essencial para seduzir e conquistar o observador. CONHEÇA ALGUMAS DEFINIÇÕES IMPORTANTES SOBRE DESENHO, ESBOÇO E CROQUI. SEGUNDO LUFT (1998, P. 200): • DESENHO: representação de formas por meio de linhas, pontos ou manchas, em uma superfície. 2. Conjunto de linhas e contornos de uma figura. 3. Delineamento; traçado. • ESBOÇO: as grandes linhas de um desenho ou pintura; delineamento. 2. As linhas iniciais de uma obra artística ou intelectual; rascunho; projeto; ensaio. 3. As linhas fundamentais de uma obra; resumo sumário. • CROQUI: esboço de desenho ou pintura. SEGUNDO BERTOMEU (2006, P. 68): • ROUGH VEM DO INGLÊS. “Primeiros rascunhos feitos por designer ou diretor de arte na criação de um anúncio publicitário. Primeira fase de estudos, antes do layout e da arte final. Esboço inicial no planejamento gráfico de qualquer trabalho a ser impresso”. O DESENHO, aparece com uma abrangência maior quanto ao significado, possuindo como característica a representação enquanto o esboço é considerado apenas as linhas iniciais e gerais de uma obra intelectual, um projeto, um ensaio. A definição para croqui surge a partir daquelas outras, ou seja, “esboço de desenho”, o que nos faz pensar em uma representação inicial em linhas gerais e que vai além do representar apenas. O desenho de esboço-croqui está sempre presente no ateliê de quem projeta. É a partir dele que os pintores, arquitetos, designers, diretores de arte, modistas trabalham, pensam, recolhem dados, formulam hipóteses, projetam. Tem como finalidade organizar raciocínios, constatações, @laismazzini estudos, percursos e fases do trabalho. Em algumas profissões, tem como denominação a palavra “croqui” e outras, como no design gráfico e na publicidade e propaganda, é denominado “rough” em inglês ou “rafe” em português. O DESENHO SERVE para passar informações e a noção de como será a peça para quem irá desenvolvê-la, produzi-la ou até mesmo comprá-la. Precisa ser um desenho rápido, pois as ideias surgem rapidamente e precisam ser colocadas no papel imediatamente antes que sejam esquecidas De acordo com Hermínio (2006), OS PRINCIPAIS MATERIAIS PARA ELABORAÇÃO DE CROQUIS SÃO JUSTAMENTE AQUELES QUE NÃO EXIGEM UM REFINAMENTO MAIOR DE DESENHO: lápis, borracha e grafite. Temos também, o carvão, os pastéis e as tintas. Muitos materiais de desenho são à base de água ou óleo e são aplicados secos, sem nenhuma preparação. O lápis-aquarela pode ser utilizado normalmente, e posteriormente poderá ser umedecido com pincel molhado para produzir variados efeitos. Há também pastéis oleosos e secos, além de lápis de cera. Segundo Neves (apud MARTINHO, 2007), A INCORPORAÇÃO DA INFORMÁTICA NO DESENHO TRADICIONAL deve ser feita de maneira ponderada e refletida, considerando-a apenas como uma ferramenta, devendo-se preservar os conceitos mais significativos que permitam a reflexão através do desenho. Mesmo que os meios eletrônicos desenvolvam e ampliem os métodos de desenho, permitindo a transferência de ideias à tela do computador e seu desenvolvimento em modelos tridimensionais, o desenho permanece como processo cognitivo que envolve a percepção do olhar e reflexão visual. Por isso, a discussão da utilização do croqui como recurso aliado ao desenvolvimento do processo criativo, não se resume apenas a uma representação simbólica, mas sim a um processo em constante evolução de um raciocínio, que carrega em si experimentações. O emprego da tecnologia digital é parte do processo de representação do objeto, mas não do processo criativo. Em alguns casos, a necessidade da utilização do computador está vinculada às etapas finais do processo projetual, resumindo-se a uma apresentação. ASSIMILE O desenho serve para passar informações e noções de como será a peça para quem irá desenvolvê-la, produzi-la ou até mesmo compra-la. Precisa ser um desenho rápido, pois as ideias surgem rapidamente e precisam ser colocadas no papel imediatamente antes que sejam esquecidas. Referência: Processo da criatividade - Ana Claudia Inácio da Silva Pirolo
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