Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C Sepse e Choque Séptico Sepse É uma inflamação intensa causada por uma resposta desregulada do paciente à uma infecção. Terminologia – Grécia antiga: - Pepse: processo de fermentação do vinho ou digestão da comida, que indicava vida e boa saúde. - Sepse: processo de putrefação associado a doença e morte. Sepse tornou-se condição clínica resultante de infecção bacteriana (principal causa é bacteriana, mas também pode estar relacionada a infecções virais e fúngicas). Mortalidade da sepse vem aumentando ao longo dos anos. Causas: pneumonia (principal causa no Brasil), infecção urinária e infecção abdominal. Brasil: média estimada de 650.000 casos/ ano. Fatores relacionados a alta mortalidade: - Limitação de recursos básicos; - Gravidade do paciente; - Atraso na administração da primeira dose de antibióticos. Quanto maior a demora em administrar antibiótico, maior a hipotensão do paciente cada hora de atraso na administração de ATB aumenta em 7,6% na mortalidade. Fisiopatologia da Sepse Citocinas são produtos liberados por macrófagos mediante a estímulos infecciosos. No ambiente endovascular, essas citocinas vão combater o agente. VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C Estímulo frequente das endotoxinas nos macrófagos muitas citocinas na circulação sistêmica estímulo progressivo tempestade de citocinas lesão do endotélio vascular de maneira sistêmica agregação plaquetária pela inflamação disseminada geração de trombina trombose da microcirculação. VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C Mecanismo anaeróbio gera aumento da produção de ácido lático tentativa de manter a célula viva mesmo na ausência de oxigênio. Lactato traduz dificuldade de perfusão tecidual (quanto mais alto o lactato, pior a perfusão dos tecidos) é um marcador de evolução do paciente. Manifestações clínicas da Sepse Hipotensão arterial e Hipóxia tecidual. As disfunções pulmonares e renais são reconhecidas mais precocemente. As disfunções neurológicas, hepáticas e gastrintestinais são reconhecidas mais tardiamente. Alteração da consciência, confusão e psicose. Taquipneia (PaO2 < 70 mmHg, SaO2 < 90% ou PaO2/FiO2 ≤ 300). Icterícia, aumento das enzimas (TGO e TGP), diminuição de albumina (diminui pressão oncótica = extravasa líquido) e aumento do tempo de protrombina. Taquicardia (tentar manter o DC), hipotensão, aumento da PVC e aumento da PAOP. Oligúria, anúria e aumento de creatinina rim sofrendo com mediadores inflamatórios e com a liberação de hormônios vasoconstritores. Diminuição de plaquetas, aumento do tempo de protrombina CIVD. Diagnóstico da Sepse VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C Nova definição - Precisa pelo menos 2 desses 3 critérios. VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C - Choque séptico: Lactato alterado e necessidade de uso de vasopressor para manter a PA maior do que 65 mmHg. - Único choque que tem a resistência vascular sistêmica diminuída. - Saturação venosa de O2 aumentada, uma vez que o tecidos não conseguem extrair O2. Tratamento da Sepse É uma doença tempo-dependente: Atraso no tratamento determina menor sobrevida. VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C - Clareamento do lactato: diminuição do lactato sinal de que o paciente está melhorando. - Começar o ATB o mais precocemente possível, pois interfere na sobrevida. - Se não tiver acesso venoso central, usar a droga vasoativa em acesso periférico e providenciar o mais precocemente possível o acesso venoso central. VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C - Com relação a reposição volêmica: é melhor que o paciente esteja mais edemaciado do que “ressecado”. VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C - estimular beta 1: melhora a contratilidade miocárdica. - estimular alfa 1: vasoconstrição, melhorando a PA. - NORADRENALINA é a droga de escolha na sepse (vasoconstritora). - Dobutamina apenas se tiver disfunção miocárdica. VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C “O objetivo final é restaurar a perfusão tecidual sistêmica e regional, revertendo a acidose láctica e normalizando o metabolismo celular”
Compartilhar