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AE_Unidade 03 - DEMONSTRACOES FINANCEIRAS - AUDITORIA EMPRESARIAL

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AUDITORIA EMPRESARIAL 
Prof. Dr. Michael Dias Corrêa 
Oportunidades de aprendizagem 
Nesta unidade, você irá conhecer as demonstrações financeiras, os grupos que devem ser auditados e os principais aspectos que devem ser verificados neste processo. Além disso, 
iremos investigar o planejamento de auditoria, bem como a questão dos procedimentos, as evidências, as formas de exame e como ocorre a investigação na auditoria. 
Apresentação Geral da Disciplina 
No ano de 2001, Enron, gigante do ramo energia, decretou um pedido de concordata em meio a um grande escândalo de fraude e desvio de recursos de seus investidores. Isso gerou 
uma comoção no mercado acionário americano e, também, uma grande surpresa, uma vez que a empresa, aparentemente, tinha bons resultados e estava em franco crescimento. 
Essa organização se destacava por ser de capital aberto, ou seja, teoricamente, tinha os melhores controles e passava, periodicamente, por auditoria, que é o processo contínuo de 
verificação de suas demonstrações contábeis. Ademais, tinha várias formas de atuação, além da energia elétrica e à gás, que era o seu carro chefe. A Enron ainda atuava na área de 
gás natural, negociava commodities financeiras, serviços de telecomunicações e provia serviços na área de abastecimento de água. Logo, não se podia afirmar que era pouco 
fiscalizada ou limitada em seus negócios. Então, o que aconteceu? 
Infelizmente, no caso da Enron, em particular, mesmo passando por auditoria, que é um processo confiável, vários mecanismos eram utilizados para burlá-la, contando com a 
própria firma de auditoria, como estas são conhecidas, que auxiliava a empresa a esconder certas operações que não estavam adequadas. Assim, controles internos, auditoria 
interna, revisão por pares e a própria auditoria externa e todos os seus procedimentos acabaram falhando e, nesse caso, deixando investidores, literalmente, abandonados e sem 
seus recursos. Outro ponto era o otimismo exagerado por parte da imprensa, o que acabou gerando uma onda de investidores que, muitas vezes, não observavam as demonstrações 
contábeis, que é o ponto crucial na auditoria. Ressalta-se a importância desta, porém é importante lembrar que, nesse caso, em específico, as demonstrações eram manipuladas, o 
que, muitas vezes, pode enganar os investidores. 
Para evitar essas situações e penalizar os executivos e outros envolvidos, foram criados mecanismos e leis que passaram a punir e, também, mudaram a auditoria para todo o 
sempre, permitindo que ela protegesse mais os investidores e que fossem evitados escândalos como os da Enron. Frente a esse caso, abordaremos na disciplina: 
● Aspectos iniciais da área e do profissional: conceito, para que serve, diferentes tipos, como ocorre sua aplicação, aspectos relativos à pessoa do auditor, normas e questões 
éticas. 
https://sites.google.com/unicesumar.com.br/auditoriaempresarialunidade4/p%C3%A1gina-inicial
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● Normas de auditoria e controles internos: normatização com foco na pessoa do auditor, demonstração dos controles internos e de sua influência no processo de auditoria. 
● Demonstrações a serem auditadas e procedimentos de auditoria: demonstrações financeiras que são verificadas e principais características dos procedimentos de auditoria. 
● Finalização dos trabalhos de auditoria e emissão do relatório: demonstração do que é feito antes e depois e como ocorre a elaboração e apresentação do relatório de auditoria. 
Avançar 
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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS A SEREM 
AUDITADAS E PLANEJAMENTO DE AUDITORIA 
Você sabia que a auditoria busca, nas empresas, durante o processo de verificação, documentos fidedignos e que comprovem os fatos, refletindo a realidade patrimonial, visando 
proteger os investidores? 
No final de 1980, foram fundadas as Fazendas Reunidas Boi Gordo ou, somente, Boi Gordo, como ficaram conhecidas quando, por volta de 1996, anunciavam, no horário nobre, 
uma forma inovadora de investimento. Esta era baseada em Contratos de Investimento Coletivo (CICs) e prometiam lucros exorbitantes, cerca de 42% em um período de um ano e 
meio para aqueles que acreditassem na proposta da empresa. Em 1998, o setor passou a ser regulado, ou seja, foram criadas lei específicas para tais operações. Em 2001, pouco 
tempo antes de sua falência decretada, o que ainda foi possível na época, a Boi Gordo terminou o processo de abertura de seu capital. Tal fato chamou ainda mais a atenção, porque 
passou pela rigorosa vistoria da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o que acontece quando uma empresa busca dinheiro de investidores em um mercado regulado. 
As demonstrações contábeis, que deveriam refletir com fidedignidade o que ocorria na organização, não foram suficientes para que os interessados percebessem o que realmente 
acontecia: um esquema Ponzi ou pirâmide. Nesta fraude, entre outros artifícios, o principal estoque, composto por gado, era simulado, em transferências entre empresas do grupo, 
sendo que não existia documentação que comprovasse a sua existência física. Documentos eram adulterados ou simplesmente não existiam, porém, mesmo assim, eram registrados 
como se fizessem parte da organização e atraiam cada dia mais investidores. Você consegue identificar quais são as principais características da fraude empresarial envolvendo a 
pirâmide financeira? 
Agora é com você. Que tal buscar outras fraudes empresariais e que envolveram pirâmides financeiras no Brasil e no mundo, demonstrando a importância de se estar atento para as 
características que estas possuem em comum. 
O nome Ponzi, relacionado a este tipo de fraude, foi criado por um italiano, Charles Ponzi, em 1903, que prometia juros altíssimos nos Estados Unidos. A fraude consistia em pegar 
dinheiro, prometer juros altos, fazer investimentos em outros países e usar o dinheiro para pagar, eventualmente, quem pedisse a sua parte. O problema ocorreu quando todos 
pediram os recursos ao mesmo tempo, o que normalmente acaba com o esquema de pirâmide. A Telexfree suspendeu suas operações em 2014, depois de ser considerada fraude 
financeira com o uso de esquema de pirâmide. A empresa de telecomunicações vendia pacotes de telefonia, mas, na verdade, o dinheiro era usado para remunerar membros 
superiores da organização. A empresa somente recrutava pessoas e não tinha faturamento com vendas. Avestruz Master foi outro caso de pirâmide e culminou com a falência da 
empresa em 2005. Existiam as promessas de ganhos de 10% nos 18 meses do nascimento ao crescimento das aves, o que nunca se concretizou. Após a falência, os donos fugiram 
para o Paraguai. Você poderia pensar em algumas formas de identificar e prevenir tais tipos de fraudes? 
O processo de auditoria das demonstrações contábeis é bastante extenso e precisa ser desenvolvido em etapas. Isto se deve, em partes, porque, nos últimos anos, no Brasil, 
conforme afirma Almeida (2017), houve uma grande evolução nas demonstrações contábeis, principalmente no que diz respeito à sua forma de apresentação, quantidade e 
qualidade das informações divulgadas. 
Este fato ocorreu porque os investidores passaram a exigir um volume cada vez maior, assim como uma maior transparência do que era apresentado, uma vez que necessitavam de 
um conhecimento mais profundo sobre a situação das entidades em que, possivelmente, fariam investimentos. 
O autor afirma que esse processo, de maior exigência com relação às demonstrações financeiras e as suas informações, foi decorrente de uma evolução normativa. Ele foi iniciado 
na década de 1940, com empresas ainda familiares, depois com a promulgação da lei n° 6.404/76 (BRASIL,1976, on-line) ligada às sociedades anônimas e que teve artigos 
reformulados pela emissão de novas leis e de Pronunciamentos Técnicos pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC). 
Conecte-se 
O CPC responsável pela emissão dos Pronunciamentos contábeis, que promoverão mudanças tanto na contabilidade, de forma geral, 
quanto na questão da apresentação das demonstrações financeiras, pode ser melhor conhecido, acessando o link abaixo. 
Disponível aqui 
https://sites.google.com/unicesumar.com.br/auditoriaempresarialunidade4/p%C3%A1gina-inicial
https://sites.google.com/unicesumar.com.br/auditoriaempresarialunidade4/p%C3%A1gina-inicial
https://www.google.com/url?q=https%3A%2F%2Fapigame.unicesumar.edu.br%2Fqrcode%2F10617&sa=D&sntz=1&usg=AOvVaw34c78A_YVb62MvuMvjbPvA
Na legislação brasileira, o conjunto completo de demonstrações que devem ser observadas pelas companhias está disposto de acordo com a lei n° 6.404 (BRASIL, 1976, on-line) que 
dispõe o seguinte: 
Art. 176. Ao fim de cada exercício social, a diretoria fará elaborar, com base na escrituração mercantil da companhia, as seguintes 
demonstrações financeiras, que deverão exprimir com clareza a situação do patrimônio da companhia e as mutações ocorridas no 
exercício: 
I - balanço patrimonial; 
II - demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados; 
III - demonstração do resultado do exercício; e 
IV – demonstração dos fluxos de caixa; e (Redação dada pela Lei nº 11.638, de 2007); 
V – se companhia aberta, demonstração do valor adicionado. (Incluído pela Lei nº 11.638, de 2007); 
[...] 
§ 4º As demonstrações serão complementadas por notas explicativas e outros quadros analíticos ou demonstrações contábeis 
necessárias para esclarecimento da situação patrimonial e dos resultados do exercício (BRASIL, 1976, on-line). 
Entretanto, de acordo com a evolução normativa, o CPC 26 – Apresentação das demonstrações contábeis (CPC, 2011, on-line) adicionou mais demonstrações que deveria, 
apresentadas em conjunto com a legislação prévia: “(b1) demonstração do resultado do período; (b2) demonstração do resultado abrangente do período; (c) demonstração das 
mutações do patrimônio líquido do período”. 
É preciso que fique claro que não existe hierarquia diferenciada entre as demonstrações financeiras ou, ainda, nenhuma é mais ou menos importante que a outra. Assim sendo, a sua 
elaboração e divulgação, de acordo com o conjunto, deverá ocorrer para que a empresa seja auditada e validada de acordo com as normas vigentes. 
Estas demonstrações representam o conjunto de informações padronizadas, que são utilizadas pelos usuários finais, que podem ser internos ou externos, com foco no segundo tipo, 
uma vez que estes investem seus capitais nestas empresas. 
O Balanço Patrimonial, uma das demonstrações que faz parte do conjunto mínimo exigido pela legislação, apresenta o conjunto de bens, direitos e obrigações de uma entidade. 
Segundo Almeida (2017), pode-se dizer que esta demonstração representa a posição financeira e patrimonial da entidade. De forma resumida, seus grupos são apresentados a 
seguir: 
Quadro 1 – Modelo de Balanço Patrimonial 
Fonte: adaptado de Brasil (1976, on-line). 
A classificação das contas do Ativo pode ser observada segundo o disposto na lei n° 6.404 (BRASIL, 1976, on-line) que define: 
Art. 178. No balanço, as contas serão classificadas segundo os elementos do patrimônio que registrem, e agrupadas de modo a 
facilitar o conhecimento e a análise da situação financeira da companhia. 
§ 1º No ativo, as contas serão dispostas em ordem decrescente de grau de liquidez dos elementos nelas registrados, nos seguintes 
grupos: 
I – ativo circulante; e (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009) 
II – ativo não circulante, composto por ativo realizável a longo prazo, investimentos, imobilizado e intangível. (Incluído pela Lei nº 
11.941, de 2009). 
Depois de entender a classificação e como as contas estão dispostas, ou seja, de acordo com o grau de liquidez decrescente, é preciso definir os elementos que fazem parte deste 
grupo. De acordo com o CPC 00 (CPC, 2008), as principais características do Ativo são: 
4.3 Ativo é um recurso econômico presente controlado pela entidade como resultado de eventos passados. 
4.4 Recurso econômico é um direito que tem o potencial de produzir benefícios econômicos. 
4.5 Esta seção discute três aspectos dessas definições: 
(a) direito 
(b) potencial de produzir benefícios econômicos 
(c) controle (CPC, 2008, on-line). 
É necessário compreender a classificação e composição do Ativo para a determinação dos programas e procedimentos de auditoria que serão realizados. No grupo, como um todo, 
Crepaldi e Crepaldi (2019) afirmam que devem ser observadas algumas questões. Entre elas estão: 
● Determinar se a legislação foi cumprida em todos os aspectos. 
● Definir se as contas do grupo estão observando a classificação de forma correta e se as notas explicativas mostram detalhes relativos a este grupo. 
● Fazer a conferência de todos os valores e bens que estão representados no balanço patrimonial. 
● Verificar se os títulos negociáveis são realmente de propriedade da empresa. 
● Confirmar a autenticidade das contas a receber e sua origem, de acordo com as vendas da entidade. 
● Atestar a existência física dos estoques e que estes são da empresa. 
O primeiro grupo, dentro do Ativo Circulante, é o de Disponibilidades. De acordo com Attie (2018, p. 584) este grupo é representado por: 
1. Disponibilidade são recursos de propriedades da entidade, representadas por caixa e equivalentes de caixa, à disposição para uso 
imediato e irrestrito. 
2. Caixa ou equivalente de caixa: na movimentação dos recursos financeiros, 
incluem-se não somente saldo de moeda em caixa ou depósito em conta bancária, mas, também, outros tipos de contas que tenham 
as mesmas características de liquidez e de disponibilidade imediata. Como equivalentes de caixa, devem ser consideradas as 
aplicações financeiras com características de liquidez imediata. 
3. São consideradas como disponibilidades: 
a) o numerário em mãos, em trânsito e os saldos bancários que possam ser livremente utilizados; 
b) os cheques à vista em poder da entidade; 
c) as aplicações em título negociáveis com conversibilidade imediata; e 
d) as aplicações em ouro. 
Nas disponibilidades, Crepaldi e Crepaldi (2019) afirmam que, no caso da auditoria de Caixa e Bancos, esta deve ser elaborada, observando o fato de que estas duas contas possuem 
o maior risco na empresa. Segundo os autores, o Caixa possui grande risco e é difícil de ser controlado, por isso, seus procedimentos devem ser mais extensos e detalhados. 
Entre os objetivos específicos de auditoria, relacionados com o Caixa e Bancos, contam-se a verificação da existência, da 
propriedade, da exatidão dos valores, a descoberta de eventuais restrições e a determinação e apresentação fidedigna nas 
demonstrações financeiras. Com base em tais objetivos, podem surgir procedimentos adequados de auditoria, para compor o 
programa de auditoria de Caixa e Bancos. O valor de Caixa e Bancos normalmente apresentado no balanço de uma empresa é 
formado de dois componentes, encaixe (numerário em mãos) e depósito em bancos. Cada componente possui características 
próprias e, por isso, consideram-se separadamente os procedimentos de auditoria para cada um (CREPALDI; CREPALDI, 2019, p. 
391). 
No caso específico da conta Bancos, é necessário verificar valores de cheques em transferência, depósitos e outros valores que possam gerar diferenças entre o razão e o extrato 
bancário. Este processo, normalmente, utiliza a conciliação, que é previamente feita pela empresa, assim como os controles internos que esta possui e são aplicados na área. 
A conciliação do banco irá utilizar o razão contábil que é extraído da contabilidade e o extrato bancário. As diferenças entre os dois são inerentes entre cheques que foram 
registrados na contabilidade e não foram compensados, depósitosbloqueados ou valores ainda não reconhecidos na contabilidade. 
As conciliações podem ser entendidas, segundo Attie (2018, p. 593), da seguinte forma: 
[...] conciliações bancárias: obter as conciliações bancárias e certificar-se de que as pendências são decorrentes de operações 
normais. As pendências, dependendo de sua materialidade, devem ser cuidadosamente examinadas para evitar possíveis ativos, 
passivos ou despesas não contabilizadas em seu período de competência. 
A seguir, confira um modelo de conciliação bancária. Lembrando que estas podem ser adaptadas à empresa de acordo com as suas necessidades e características, além de situação 
observada no momento em que o extrato for apresentado: 
Quadro 2 – Modelo de reconciliação bancária 
Fonte: o autor. 
Na auditoria dos bancos, além da verificação dos extratos e outros documentos oficiais, o auditor ainda deverá contar com a confirmação junto às instituições financeiras. Este 
processo é feito com o envio de correspondências, podendo estas ser físicas ou eletrônicas às intuições que a empresa alega ter relacionamento, em que irá acontecer a 
circularização dos valores. 
Perez Junior (2012) afirma que a auditoria feita nas contas bancárias tem como objetivo principal a existência dos ativos, feita por meio das reconciliações e a verificação se estes 
são reais caso estejam na custódia de terceiros, como no caso de cheques ainda não depositados. 
Quando os auditores fazem a verificação, tanto de caixa quanto de bancos, eles podem se deparar com alguns erros, entre eles, podemos destacar: 
Quadro 3 – Relação do tipo de erros em caixa e bancos nas demonstrações financeiras 
Fonte: adaptado de Crepaldi e Crepaldi (2019). 
Em pauta 
Que tal acessar o podcast que preparamos pra você e entender mais sobre os desvios em caixa e bancos, tipos de desvios que são 
facilmente evidenciados pela auditoria e alguns procedimentos utilizados nestas contas para evitar tais desvios. 
https://www.google.com/url?q=https%3A%2F%2Fapigame.unicesumar.edu.br%2Fqrcode%2F8774&sa=D&sntz=1&usg=AOvVaw1PY2vfSXsUQ4U6ysNANiB0
Disponível aqui 
No caso da existência dos valores, por exemplo, o objetivo está ligado a entender se realmente estão no caixa, uma vez que a empresa precisa ter tudo o que declarou nas 
demonstrações contábeis. O processo de verificação é feito por meio de confirmações de saldos, contábeis e outras verificações, e caso as quantias não sejam verificadas, a 
administração poderá ser responsabilizada. 
Outro processo que pode ser efetuado pelo auditor é o cruzamento das contas de Caixa e Bancos com outras do Balanço Patrimonial, como pode ser observado a seguir: 
Quadro 4 – Relações entre as contas de disponibilidades e o balanço patrimonial 
Fonte: adaptado de Perez Júnior (2012). 
A conta banco, por exemplo, deve ter relações explícitas com aplicações financeiras, cujos valores devem estar ligados a aplicações e resgates de valores. O mesmo vale para a conta 
caixa, que pode receber os valores de clientes, assim como outras relações que são observadas de valores que existem nas disponibilidades. 
Caso o auditor verifique discrepâncias quando faz o cruzamento, por exemplo, entre os valores das contas de caixa, clientes e do volume de vendas, deverá averiguar com mais 
profundidade, utilizando procedimentos adicionais de auditoria que permitam entender eventuais diferenças. 
Outro importante grupo do Ativo que deverá ser observado é o de Estoques. Este possui relevância, já que, segundo Crepaldi e Crepaldi (2019), em muitas situações, acaba por 
constituir um dos principais ativos de determinadas instituições. Como este grupo é representado por elementos físicos, em sua maioria, os auditores podem realizar a sua 
contagem física. 
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Este grupo pode ser definido segundo o CPC 16 (2009, on-line), conforme pode ser observado: 
Estoques são ativos: 
(a) mantidos para venda no curso normal dos negócios; 
(b) em processo de produção para venda; ou 
(c) na forma de materiais ou suprimentos a serem consumidos ou transformados no processo de produção ou na prestação de 
serviços. 
8. Os estoques compreendem bens adquiridos e destinados à venda, incluindo, por exemplo, mercadorias compradas por varejista 
para revenda ou terrenos e outros imóveis para revenda. Os estoques também compreendem produtos acabados e produtos em 
processo de produção pela entidade e incluem matérias-primas e materiais, aguardando utilização no processo de produção, tais 
como: componentes, embalagens e material de consumo. Os custos incorridos para cumprir o contrato com o cliente, que não 
resultam em estoques (ou ativos dentro do alcance de outro pronunciamento), devem ser contabilizados de acordo com o CPC 47 – 
Receita de Contrato com Cliente. (Alterado pela Revisão CPC 12) 
E a realização de auditoria em suas contas, conforme define Almeida (2017,) tem como um dos objetivos principais a necessidade de se entender se realmente os estoques existem, 
se estão na organização, na sua custódia ou, ainda, junto a terceiros. 
Adicionalmente, conforme o autor, ainda procura-se confirmar se todas as normas vigentes foram seguidas e aplicadas, se seguem a classificação adequada (CPC 16, 2009, on-line), 
se estão adequadas à natureza das atividades empresariais e outros aspectos que o auditor pode definir que sejam necessários. 
A auditoria de estoques envolve procedimentos especiais, entre eles, deve-se parar a produção, incluir a contagem física e o registro de tudo o que entrou e saiu da empresa no 
período analisado. 
Se, na data de contagem, descobre que os planos não são bons, pode ser tarde demais para as providências que garantam uma 
contagem exata do estoque. Para um trabalho bem controlado de contagem, o cliente deve distribuir etiquetas pré-numeradas aos 
empregados, para serem usadas no registro das contagens e descrições. Essas etiquetas podem ser de vários formatos, sendo mais 
comuns as de duas ou três partes. Os números das etiquetas emitidas devem ser controlados, assim como o recolhimento de cada 
uma das etiquetas das peças (CREPALDI; CREPALDI, 2019, p. 403). 
Os autores citam que este processo é denominado de observação e contagem, e é feito por equipes de auditoria. Durante a sua realização pelos profissionais, um dos processos 
utilizados é a contagem às cegas, que irá permitir a validação entre os pares. 
Neste tipo de verificação, existe a recontagem e validação, que são feitas por uma parte da equipe ou um grupo diferente daquele que fez as contagens para verificar se existem 
discrepâncias entre o processo inicial. 
Nos estoques também são verificadas importantes relações com outras contas e que deverão ser observadas pelos auditores para traçar tendências com a finalidade de observar a 
fidedignidade dos registros contábeis. 
Quadro 5 – Relações entre as contas de estoques e outras contas 
Fonte: adaptado de Perez Júnior (2012). 
O auditor tem que observar, por exemplo, o impacto das compras à vista, cuja contrapartida deverá ocorrer no grupo de disponibilidades, como caixa ou bancos. Se não for 
observada tal contrapartida, o valor deve estar em fornecedores, caso contrário, a empresa precisa comprovar como fez a aquisição do estoque em questão. 
Atenção 
A conta de estoques passa por diversas fases na empresa, desde a compra, representada por matéria-prima, produtos em processo e 
acabados. Todas elas devem ser auditadas e devidamente comprovadas. 
Como os estoques são consumidos em diferentes estágios na empresa ou, ainda, incorporados de distintas formas ao que está sendo produzido, esta é uma outra etapa de avaliação 
do grupo que deve ser observada pelos auditores. O quadro a seguir apresenta possíveis relações dos diferentes estágios do estoque: 
Quadro 6 – Relações entre as contas produtos em elaboração e outras contas 
Fonte: adaptado de Perez Júnior (2012).Nas relações, pode-se observar o estoque de materiais adquiridos versus o seu consumo na produção. Este não pode ser discrepante, assim como os valores pagos de salários e 
encargos e horas efetivamente aplicadas para a produção. 
Na auditoria do Ativo Não Circulante, outro grupo do Balanço Patrimonial, cada um dos seus grupos deverá observar suas regras próprias. Ribeiro e Coelho (2013, p. 237) apontam 
que: 
[...] na auditoria do Imobilizado, o auditor deve tomar os mesmos cuidados que toma com todas as demais Contas do Balanço, como: 
conferência de cálculos, checagem de saldos do Balanço com saldos constantes nos livros contábeis e documentação comprobatória. 
Como cada um dos Grupos do Ativo Não Circulante possui alta complexidade e diferenças entre si, é preciso que se verifique cada norma específica. Também ficará a cargo do 
auditor, com base na sua experiência e no que observar, determinar os testes, programas e procedimentos que irá aplicar. 
Para auditar o Passivo, por sua vez, o auditor precisa reconhecer e entender os valores que fazem parte deste grupo, que é classificado segundo a Lei n° 6.404 (BRASIL, 1976, on- 
line), de acordo com o grau de exigibilidade. Segundo o CPC 00 (CPC, 2008, on-line), a definição de passivo pode ser entendida como: 
4.26 Passivo é uma obrigação presente da entidade de transferir um recurso econômico como resultado de eventos passados. 
4.27 Para que exista passivo, três critérios devem ser satisfeitos: 
(a) a entidade tem uma obrigação 
(b) a obrigação é de transferir um recurso econômico 
(c) a obrigação é uma obrigação presente que existe como resultado de eventos passados. 
Além disso, a exemplo do que ocorre no Ativo, este grupo está dividido em Passivo Circulante e Não Circulante, de acordo com o vencimento das exigibilidades. Os objetivos de 
auditoria desta área devem mostrar, segundo aponta Attie (2018): 
● Confirmar a classificação dos grupos e se as contas estão contabilizadas corretamente, além de detalhadas em notas explicativas. 
● Houve a observação das normas de contabilidade vigentes. 
● Verificar se existem as contas em contrapartida, por exemplo, ativo ou despesas. 
● Outras verificações necessárias de acordo com as definições da auditoria. 
Os auditores devem, ainda, observar os controles internos e procedimentos de auditoria da área que devem seguir, de acordo com Ribeiro e Coelho (2013, p. 328), a seguinte linha 
de raciocínio: 
Os procedimentos de auditoria, nesse caso, são semelhantes àqueles aplicados na auditoria de Contas a Receber de Clientes, 
envolvendo conferências, confrontações de saldos do Balanço com o Razão Geral e com o Razão Analítico, circularização com 
fornecedores, exame de procedimentos e cálculos efetuados para avaliação das obrigações a valor presente etc. 
No caso do Passivo Circulante, por exemplo, ou das obrigações exigíveis até o final do exercício seguinte, é preciso explicar a origem dos recursos e também outros valores de curto 
prazo (CREPALDI, CREPALDI, 2019). 
Tech+ 
Os auditores precisam de atenção especial ao grupo de Provisões, e Passivos Contingentes estão ligados a valores oriundos de ações 
ou possíveis problemas que a empresa possa enfrentar. Estas situações precisam ser reconhecidas e divulgadas em notas 
explicativas, no caso das Provisões, somente divulgadas em Notas Explicativas no caso dos Passivos Contingentes e não devem ser 
nem reconhecidas, quando são remotas. A norma que apresenta e explica tais conceitos é o CPC 25. Vamos lá? 
Disponível aqui 
Quando o auditor está verificando o passivo, ele procura, entre outras questões, segundo apontam Crepaldi e Crepaldi (2019), por valores fictícios, contabilizações omitidas, 
simulações ou acréscimos. 
Os autores destacam o caso de superavaliações e subavaliações que poderão acontecer no grupo. Na primeira situação, podem ser aumentados os capitais de terceiros, com 
empréstimos e financiamentos, o que leva a prejuízo de sócios e credores. 
Nas subavaliações, são feitas manobras para esconder dificuldades ou problemas financeiros da entidade. Para isso, podem deixar de ser registradas dívidas e outros passivos e, 
com isso, são enganados diversos tipos de interessados na situação da entidade. Entre eles estão o governo, sócios e outros interessados na liquidez na organização. 
Ribeiro e Coelho (2013) também relatam que pode acontecer a prática de valores ocultos, com a contrapartida em contas de resultado, o que gera impactos para o pagamento de 
impostos, prejudicando o governo. 
https://www.google.com/url?q=https%3A%2F%2Fapigame.unicesumar.edu.br%2Fqrcode%2F10618&sa=D&sntz=1&usg=AOvVaw3cWh6pPviKcwO0gf38piXj
A simulação é outra possibilidade e envolve a classificação de contas que devem ser do Passivo Circulante no Não Circulante e vice-versa. Tal situação é observada quando uma 
empresa tenta melhorar seus índices de liquidez para obtenção de empréstimos ou, ainda, para aprovação junto a fornecedores. 
Quadro 7 – Grupo de contas, objetivos e procedimentos de auditoria das contas do passivo 
Fonte: adaptado de Crepaldi e Crepaldi (2019). 
As contas de exigibilidade são verificadas por meio de diversos procedimentos. Um dos mais utilizados é conhecido como confirmação. Este é feito, segundo Almeida (2017), 
inicialmente, obtendo-se a relação de fornecedores, conferindo-se a soma dessa relação, comparando-se o total com o razão da conta e, na sequência, obtendo-se a confirmação 
com alguns fornecedores. 
A confirmação, como procedimento de auditoria, implica a obtenção de declaração formal e imparcial de pessoas independentes à 
empresa e que estejam habilitadas a confirmar. 
Para ser competente, a prova deve ser tanto válida quanto relevante. A validade do elemento comprobatório é tão dependente das 
circunstâncias em que é obtida, que generalizações sobre a confiança nos vários tipos de prova estão sujeitas a sérias restrições. 
Dessa forma, quando for reconhecida a possibilidade de restrições, a obtenção de elemento comprobatório através de fontes 
externas independentes à empresa proporciona maior grau de confiança do que aquele obtido internamente (ATTIE, 2018, p. 400). 
Almeida (2017) afirma que a confirmação pode ser positiva ou negativa. No primeiro tipo, é solicitada uma resposta ao auditor, no segundo, é mandada uma lista, e somente em caso 
de divergência, pede-se que envie algo contestando. 
O Passivo, a exemplo de outros grupos, também possui extensas relações com outras contas, tanto patrimoniais quanto de resultado. Algumas destas conexões podem ser 
observadas a seguir: 
Quadro 8 – Relações entre as contas de passivo e o balanço patrimonial 
Fonte: adaptado de Perez Júnior (2012). 
No caso dos valores pagos referentes a empréstimos, por exemplo, a sua contrapartida deverá ser observada nas disponibilidades, usualmente por meio da conta de bancos. Os 
fornecedores acabam tendo ligação com a movimentação de estoques, assim como outras ligações entre origens e aplicações de recursos. 
O Passivo Não Circulante também deverá ser observado, bem como suas contrapartidas, que podem estar ligadas a bens do Ativo Circulante e Não Circulante, assim como 
eventuais relações com contas de resultado. Alguns dos procedimentos que podem ser efetuados são, conforme elenca Perez Junior (2012): 
● Empréstimos e financiamentos – processo de verificação ou, ainda, circularização junto às instituições financeiras, análise das garantias oferecidas, revisão de cálculos, cláusulas 
e valores. 
● Impostos e outros valores – revisão e conciliação dos valores, pagamentos, alíquotas, parcelamentos e prazos. 
Os profissionais da área devem sempre estar atentos ao fato de que os passivos deverão ser ligados às atividades da empresa e que todas as operações ocorridas devem ser 
devidamente reconhecidas (PEREZ JUNIOR, 2012). 
O patrimônio líquido, por sua vez, que também faz parte do Passivo, mas é classificado como não exigível, é definido conforme o CPC 00 (CPC, 2008, on-line):4.63 Patrimônio líquido é a participação residual nos ativos da entidade após a dedução de todos os seus passivos. 
4.64 Direitos sobre o patrimônio líquido são direitos sobre a participação residual nos ativos da entidade após a dedução de todos os 
seus passivos. Em outras palavras, são reivindicações contra a entidade que não atendem à definição de passivo. Essas reivindicações 
podem ser estabelecidas por contrato, legislação ou meios similares, e incluem, na medida em que não atendem à definição de 
passivo: 
(a) ações de diversos tipos emitidas pela entidade; e 
(b) algumas obrigações da entidade de emitir outro direito sobre o patrimônio líquido. 
4.65 Diferentes classes de direitos sobre o patrimônio líquido, tais como ações ordinárias e ações preferenciais, podem conferir a 
seus titulares diferentes direitos, por exemplo, direitos de receber a totalidade ou parte dos seguintes itens do patrimônio líquido: 
(a) dividendos, se a entidade decide pagar dividendos aos titulares elegíveis; 
(b) proventos pelo cumprimento dos direitos sobre o patrimônio líquido, seja integralmente na liquidação, ou parcialmente em outras 
ocasiões; ou 
(c) outros direitos sobre o patrimônio líquido. 
A análise e entendimento inicial deste grupo têm como objetivo principal, segundo Attie (2018), definir a sua correta classificação, se as ações e títulos emitidos foram autorizados, 
se estatutos e outros documentos existem e estão sendo observados e se as normas vigentes estão sendo cumpridas. 
Tendo em vista que as mutações que ocorrem entre as contas do Patrimônio Líquido normalmente não correspondem a um número 
elevado de operações, é aconselhável que o auditor teste todas elas, para se certificar de que os eventos que provocaram as 
respectivas mutações foram devidamente autorizados e não infringiram dispositivos legais e estatutários (RIBEIRO; COELHO, 2013, 
p. 330). 
A exemplo do que ocorre com outras contas do Balanço Patrimonial, cada uma das contas que compõem o Patrimônio Líquido deverá ser auditada de maneira separada, de acordo 
com as características da empresa analisada. Para que isso ocorra, Crepaldi e Crepaldi (2019) mencionam que: 
● Deverão ser executadas somas das ações e será efetuada a conferência com o razão da conta. 
● Será efetuado exame de certificados de ações cancelados, para confirmar os cancelados e os vigentes. 
● Confirmação dos certificados acionários cancelados e os vigentes. 
● Verificar as origens do capital social e seus elementos de prova, assim como eventuais documentos relacionados a este elemento. 
Dependendo das contas que compõem o patrimônio líquido da empresa, o profissional precisa definir os procedimentos e programas e que contas serão verificadas, uma vez que 
nem todas fazem parte de todas organizações. 
O Patrimônio Líquido mantém relação com inúmeras contas patrimoniais que irão depender das atividades e operações contábeis que foram reconhecidas. Algumas delas podem 
ser observadas a seguir: 
Quadro 9 – Relações entre as contas do Patrimônio Líquido e as contas patrimoniais e de resultado 
Fonte: adaptado de Perez Júnior (2012). 
Quando ocorre, por exemplo, o reconhecimento da integralização do capital, o auditor irá verificar a disponibilidade correspondente. Normalmente, caso esta operação seja em 
dinheiro, a contrapartida deverá estar no banco. Caso isso não aconteça, a empresa deve esclarecer a conta de aplicação dos recursos. 
Para a questão dos controles internos, o profissional de auditoria deve buscar documentos como: atas de assembleias e reuniões, arquivos em junta ou cartórios, cálculos de 
reservas e outros valores, bem como específicos relativos à situação da empresa (ATTIE, 2018). 
Nas contas de resultado, por sua vez, o auditor deve ter um cuidado especial, devido ao volume e importância das contas, que têm impacto direto no recolhimento e pagamento de 
tributos. De acordo com o CPC 00 (CPC, 2008, on-line): 
4.68 Receitas são aumentos nos ativos, ou reduções nos passivos, que resultam em aumentos no patrimônio líquido, exceto aqueles 
referentes a contribuições de detentores de direitos sobre o patrimônio. 
4.69 Despesas são reduções nos ativos, ou aumentos nos passivos, que resultam em reduções no patrimônio líquido, exceto aqueles 
referentes a distribuições aos detentores de direitos sobre o patrimônio. 
4.70 Decorre dessas definições de receitas e despesas que contribuições de detentores de direitos sobre o patrimônio não são 
receitas, e distribuições a detentores de direitos sobre o patrimônio não são despesas. 
4.71 Receitas e despesas são os elementos das demonstrações contábeis que se referem ao desempenho financeiro da entidade. Os 
usuários das demonstrações contábeis precisam de informações tanto sobre a posição financeira da entidade como de seu 
desempenho financeiro. Assim, embora receitas e despesas sejam definidas em termos de mudanças em ativos e passivos, 
informações sobre receitas e despesas são tão importantes como informações sobre ativos e passivos. 
4.72 Transações diferentes e outros eventos geram receitas e despesas com diferentes características. Fornecer informações 
separadamente sobre receitas e despesas com diferentes características pode ajudar os usuários das demonstrações contábeis a 
compreenderem o desempenho financeiro da entidade. 
As contas de resultado estão representadas na contabilidade pela Demonstração do Resultado do Exercício (DRE), que pode ser visualizada, de forma resumida a seguir: 
Quadro 10 – Demonstração do Resultado do Exercício 
Fonte: adaptado de Brasil (1976, on-line). 
Nos grupos de contas de resultado ou, ainda, da DRE, Attie (2018) recomenda que as contas correspondam ao período correto, ligado ao seu fato gerador. Verifica-se, no caso de 
contas ligadas a exercícios futuros, dependendo se estas estão corretamente diferidas, se todos os custos e despesas possuem contrapartida, observam as normas vigentes e se 
seus detalhes estão nas notas explicativas. 
Os auditores precisam de um cuidado especial ao verificar as contas de resultado. Isso ocorre porque, ao contrário das contas patrimoniais, os seus saldos são encerrados no final 
do exercício. Logo, Crepaldi e Crepaldi (2018, p. 471) comentam que: 
[...] a época mais indicada para efetuar esse trabalho é o da visita anterior ao encerramento do exercício. Nessa oportunidade, um ou 
dois meses antes do fechamento do exercício, a maior parte das despesas terão sido realizadas, podendo ser analisadas com mais 
tranquilidade. Depois de levantado o balanço, antes do fechamento dos trabalhos de auditoria, faz-se exame complementar dos 
meses não abrangidos, para testar a normalidade dos lançamentos. 
A verificação das contas de resultado acaba, muitas vezes, por ocorrer na investigação das contas patrimoniais. Por exemplo, quando o auditor aplica procedimentos na conta de 
clientes, no Ativo, e de Fornecedores, no Passivo, já está verificando contas que fazem parte da DRE. 
A respeito da verificação das contas de receitas e despesas, Attie (2018) afirma que, além das diversas correlações, devem ser observados: 
● Existência e aplicação dos controles internos específicos. 
● Testes de procedimentos visando entender a movimentação das contas. 
● Análise das contas propriamente ditas, ou seja, seus saldos, componentes e documentos. 
A auditoria dessas contas deve ser direcionada a verificar se as despesas, as receitas e os custos foram lançados de conformidade 
com o regime de competência; se não houve subavaliação dos valores das receitas e se não houve superavaliação nos lançamentos 
das despesas e dos custos (RIBEIRO; COELHO 2013, p. 331). 
Algumas das relações que existem entre as contas de resultado e do Balanço Patrimonial e que devem ser observadas pelo auditor podem ser entendidas a seguir: 
Quadro 11 – Relações entre as contas de resultado e as contas patrimoniais 
Fonte: adaptado de Perez Júnior (2012). 
No caso das disponibilidades, por exemplo, épreciso que o auditor verifique se as despesas pagas à vista transitaram realmente por caixa ou bancos, se são da empresa e se existem 
documentos hábeis que comprovem a transação. Todas as outras relações devem ser observadas de acordo com as características e ocorrência na organização. 
Para fazer a verificação de grupos ou demonstrações contábeis, os auditores aplicam os procedimentos de auditoria. Estes podem ser entendidos, conforme Perez Junior (2012), 
como necessários para a obtenção das evidências de auditoria ou, ainda, para a realização do trabalho do auditor. 
Estes serão selecionados com o que foi definido na etapa de planejamento e, caso necessário, serão complementados no decorrer dos trabalhos de verificação. 
O auditor deverá definir os procedimentos de auditoria depois de definir que demonstrações ou partes delas irá auditar e, para isso, deverá planejar o seu trabalho de forma mais 
adequada possível. De acordo com Crepaldi e Crepaldi (2019), neste processo de planejamento dos procedimentos, estão: 
● Entender e avaliar os sistemas de controles internos da empresa. 
● Expandir avaliação dos controles até a contabilidade. 
● Revisar analiticamente as contas e estabelecer possíveis relações da extensão dos procedimentos que serão realizados. 
Para isso, os autores definem que algumas características devem ser levadas em consideração, entre elas estão: o conhecimento geral da empresa auditada, os riscos de auditoria, 
componentes significativos do risco, planejamento da abordagem da auditoria ou, ainda, como esta será executada. 
Alguns exemplos de relações que podem ser aplicadas nos procedimentos são relatados por Perez Junior (2012) e envolvem: 
● Associação patrimonial – processo de auditoria envolvendo as contas patrimoniais com contrapartida no patrimônio líquido ou em outras contas do Ativo ou Passivo. 
● Associação de resultado – procedimentos de auditoria que envolvem a verificação das receitas e despesas e suas respectivas contrapartidas. 
É importante que o auditor verifique tais contas e entenda, por exemplo, que as contas possuem relações entre elas e como estas funcionam para monitorar a fidedignidade destes, 
caso contrário, poderá haver erro ou fraude. Um exemplo é o cruzamento da conta de Estoques com a de fornecedores, nas compras a prazo, e de disponibilidades, nas compras à 
vista. 
Estes procedimentos são aplicados por meio de três tipos de teste: os substantivos, os de observância e os de controle. Segundo Crepaldi e Crepaldi (2019), no primeiro tipo, o 
profissional terá evidências para confirmar saldos e transações que ocorreram na entidade. Os testes de observância são ligados ao entendimento de processos, controles internos 
e permitem entender se sua aplicação está correta. 
Na prática 
Confira como funcionam alguns dos procedimentos que podem ser aplicados para realização dos testes de observância de forma 
prática pelos auditores. 
Disponível aqui 
No caso dos testes de controles, estes são procedimentos aplicados em que o auditor planeja medir a efetividade dos controles internos, tanto na prevenção quanto na detecção e 
correção de distorções relevantes NBC TA 330 (CFC, 2009, on-line). 
Natureza e extensão dos testes de controle 
10.Ao planejar e executar os testes de controle, o auditor deve: 
(a)executar outros procedimentos de auditoria juntamente com indagação para obter evidência de auditoria sobre a efetividade 
operacional dos controles, incluindo: 
(i) o modo como os controles foram aplicados ao longo do período. 
(ii) a consistência como eles foram aplicados; 
(iii) por quem ou por quais meios eles foram aplicados (ver itens A26 a 29); 
(b) determinar se os controles a serem testados dependem de outros controles (controles indiretos) e, caso afirmativo, se é 
necessário obter evidência de auditoria que suporte a operação efetiva desses controles indiretos (ver itens A30 e 31) (CFC, 2009, 
on-line). 
Cabe à firma de auditoria definir quais os procedimentos serão aplicados, por exemplo, caso não exista o programa específico para a área de controles internos do ativo, ela pode ser 
definida e aplicada (CREPALDI, CREPALDI, 2019). 
Attie (2018) afirma, adicionalmente, que o auditor deverá definir tanto a extensão quanto a profundidade dos procedimentos. Tais questões levarão ao número de verificações que 
serão efetuadas para validar o processo de auditoria. 
O profissional precisa ter em mente que algumas situações podem mudar o planejamento, sendo necessário acrescentar mais procedimentos, por exemplo. Para Crepaldi e Crepaldi 
(2019, p. 217) algumas situações podem gerar trabalhos adicionais ao auditor: 
● O simples registro contábil sem outras comprovações não constitui elemento comprobatório; 
● Na ausência de comprovante idôneos, corroboram para a determinação da validade dos registros contábeis, sua objetividade, sua 
tempestividade e sua correlação com os outros registros contábeis ou elementos extracontábeis; 
● Para ser aceitável a correlação deve ser legítima e relevante, dependendo das seguintes circunstâncias: 
○ Quando a correlação puder ser verificada relativamente à fonte externa, ela proporciona maior grau de confiança do que 
quando verificada na própria empresa; 
○ Quando as condições do sistema contábil e do controle interno forem satisfatórias, os registros e as demonstrações contábeis 
proporcionam maior grau de confiança; 
○ O conhecimento direto e pessoal, obtido pelo auditor por meio de verificações físicas, observações, cálculos e inspeções, 
oferece maior segurança do que as informações colhidas indiretamente. 
● Desde que praticável e razoável quando o ativo envolvido for de expressivo valor material em relação à posição material e 
financeira da empresa e ao resultado das operações, as contas a receber devem ser confirmadas mediante comunicação direta com 
os devedores e o levantamento físico de inventários deve ser observado pelo auditor; 
● Como regra geral, existe relação entre o custo de obtenção de uma comprovação e o seu significado para o exame. Contudo, a 
dificuldade ou o custo não constituem razões suficientes para sua dispensa, quando o auditor a julgue necessária. 
Desta forma, o auditor, partindo do planejamento que servirá como base para os procedimentos, ainda precisa estar consciente de que eventuais mudanças poderão ocorrer. 
Durante o processo de verificação mediante cruzamento de contas, análise documental e aplicação de outras técnicas, caso o profissional julgue necessário, poderá aplicar 
procedimentos adicionais para atingir o seu objetivo que é de emitir o relatório com o seu parecer. 
Para atuar na área de auditoria, é preciso estar consciente de que algumas contas possuem mais sensibilidade que outras, e a experiência do auditor é extremamente essencial para 
revelar eventuais problemas em algumas áreas. Será que você já percebeu quais são essas áreas? Uma dica é olhar o quadro que fala sobre Relação do tipo de erros em caixa e 
bancos nas demonstrações financeiras e entender possíveis problemas que podem afetar estas contas. 
O processo de auditoria requer do profissional organização, isso porque, devido à sua extensão, é preciso planejamento e uma visão integrada de como serão aplicados os 
procedimentos, sejam eles ligados aos grupos ou, ainda, às demonstrações contábeis. Além disso, os profissionais da área precisam de atenção para a aplicação dos procedimentos, 
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visando à escolha dos que mais se adequem às necessidades do momento, com base na experiência adquirida. Compreender as atividades da empresa e como estas podem 
influenciar no processo de auditoria também é uma qualidade essencial de bons profissionais. 
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AGORA É COM VOCÊ 
Um gerente de um banco está sendo pressionado para melhorar os resultados do seu departamento. Este deveria ser feito com um esquema de operações não requisitadas nas 
contas dos clientes, o que traria impacto positivo para a instituição financeira. Mesmo não concordando, de início, acabou cedendo, e fez isso principalmente porque recebia uma 
remuneração baseada em resultados e não em sua performance. Assim, este esquema acabou durando anos. Entretanto, em uma auditoria, algo incomum começou a aparecer, 
relacionado com o número de operações, bastante volumosas, feitas sempre pelo gerente em questão, sem qualquer supervisão aparente, e os valores também eram parecidos. Os 
auditores também solicitaram os documentos em que os correntistas pediam tais operações, ou seja, a assinatura destes em documentos, ordenando que estas ações fossem 
executadas. Tentaram localizar, mas não conseguiram e, então, pediram, adicionalmente, controles internos, indicando que alguém conferia e autorizava o volume e o valor, que era 
bastante expressivo. Observando o contexto apresentado, quais são os problemas que podem causar fraude na empresa auditada? 
Orientação de resposta 
Um dos primeiros problemas observados é a questão da remuneração baseada em resultados, o que incentivou o gerente a simular operações. Depois, o fato deste não possuir 
supervisão aparente, não existiam documentos que comprovem as operações, ou seja, elas podiam ser forjadas, o que é bem provável na situação apresentada. Os controles 
internos faltantes também indicam possíveis problemas da empresa, uma vez que a ausência destes indica fragilidades na empresa. 
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REFERÊNCIAS 
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ATTIE, W. Auditoria : conceitos e aplicações. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2018. 
BRASIL. Lei no 6.404, de 15 de dezembro de 1976 . Dispõe sobre as Sociedades por Ações. 1976. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6404compilada.htm . 
Acesso em: 11 ago. 2021. 
CFC. NBC TA 330 (R1) – Resposta do auditor aos riscos avaliados . 2009. Disponível em: https://www2.cfc.org.br/sisweb/sre/detalhes_sre.aspx?Codigo=2016/NBCTA330(R1) . 
Acesso em: 11 ago. 2021. 
CPC. PRONUNCIAMENTO TÉCNICO CPC 00 (R2) . 2008. Disponível em: http://www.cpc.org.br/CPC/Documentos-Emitidos/Pronunciamentos/Pronunciamento?Id=80 . Acesso 
em: 11 ago. 2021. 
CPC. PRONUNCIAMENTO TÉCNICO CPC 16 (R1) . 2009. Disponível em: http://static.cpc.aatb.com.br/Documentos/243_CPC_16_R1_rev%2013.pdf . Acesso em: 11 ago. 2021. 
CPC. PRONUNCIAMENTO TÉCNICO CPC 26 (R1) . 2011. Disponível em: http://www.cpc.org.br/CPC/Documentos-Emitidos/Pronunciamentos/Pronunciamento?Id=57 . Acesso 
em: 11 ago. 2021. 
CREPALDI, S. A.; CREPALDI, G. S. Auditoria contábil - Teoria e prática . 11. ed. São Paulo: Gen, 2019. 
PEREZ JUNIOR, J. H. Auditoria de Demonstrações Contábeis : Normas e Procedimentos. Atualizada de acordo com as Normas Brasileiras de Contabilidade (NBC) emitidas até 30 
de setembro de 2011. São Paulo: Atlas, 2012. 
RIBEIRO, O. M.; COELHO, J. M. R. Auditoria fácil . 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2013. 
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http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fwww.cpc.org.br%2FCPC%2FDocumentos-Emitidos%2FPronunciamentos%2FPronunciamento%3FId%3D57&sa=D&sntz=1&usg=AOvVaw1UdrhQe0Ftry-q9Q9a0YuW
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EDITORIAL 
Profile 
Doutor em Contabilidade pela UFPR (2020), com período sanduíche pela Baylor University, no Texas, 
em 2020. Mestre em Contabilidade pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) em 2009. Graduado 
em Ciências Contábeis pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) em 2006. Atuação como docente 
em diversas instituições de Ensino Superior nas disciplinas de Contabilidade Avançada, Custos, 
orientação de Trabalho de Conclusão (TCC), bem como outras disciplinas relacionadas à área de 
negócios. Autor de diversos livros na área de Contabilidade e Finanças. 
Experiência no mercado de trabalho na ExxonMobil e na Cia. Vale. Professor de diferentes cursos 
preparatórios presenciais e on-line para concursos. Empresário na área de treinamentos e, também, 
na preparação para o Exame do CFC na MDC Concursos. 
O que não tem no meu currículo 
Além de atuar como professor universitário, sou apaixonado por viagens. Gosto da natureza, 
principalmente, do mar e de conhecer novas culturas. Sou organizado e gosto de planejar cada passo 
da viagem, seus detalhes, lugares que serão visitados e as melhores formas de conhecer cada parte, 
economizando dinheiro e encontrando pessoas locais. 
Acredito que explorar o mundo, na medida do possível, é uma das melhores formas para conhecer a 
humanidade, entender melhor seus costumes, tipos de comidas e, até mesmo, evitar preconceitos. 
Acho interessante encontrar gente nova, fazer amizades, conversar e falar dos países que visito, mas, 
também, mostrar como é o Brasil, principalmente, desfazer algumas visões errôneas que as pessoas 
podem ter. 
Lattes 
Já viajei por, praticamente, todos os continentes, tenho amigos em diversas partes do mundo, de 
diferentes religiões e culturas e que me ensinam, a cada dia, alguma coisa sobre suas nações. Conheço 
boa parte do Brasil e vejo as diferenças e semelhanças que nos unem, bem como as belezas do meu 
próprio país. 
Gosto muito de praia e calor, costumo aliar o meu trabalho na educação a distância com algumas 
viagens, uma vez que é possível trabalhar em lugares que possuem boa conexão de internet. 
Programei a vida para poder trabalhar e viajar e fazer as duas coisas que mais gosto. 
DIREÇÃO UNICESUMAR 
Reitor Wilson de Matos Silva 
Vice-Reitor Wilson de Matos Silva Filho 
Pró-Reitor de Administração Wilson de Matos Silva Filho 
Pró-Reitor Executivo de EAD William Victor Kendrick de Matos Silva 
Pró-Reitor de Ensino de EAD Janes Fidélis Tomelin 
Presidente da Mantenedora Cláudio Ferdinandi 
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C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ . Núcleo de Educação a Distância; 
CORRÊA, Michael Dias. 
Auditoria Empresarial . 
Michael Dias Corrêa. 
Maringá-Pr.: UniCesumar, 2021. 
“Pós-graduação Universo - EaD”. 
1. Auditoria. 2. Empresarial. 3. Legislação. 
4. EaD. I. Título. 
CDD - 22 ed. 372 
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ISBN: 978-65-5615-837-2 
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