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APG 24 - Diferenciação sexual, fisiologia endócrina das gônadas e histologia do aparelho genital feminino.

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@sarahellen_figueredo 
 
 
 
A diferenciação sexual humana é um processo de 
eventos progressivos e coordenados que começa 
desde a concepção e dependem de fatores 
cromossômicos - gênicos, gonadais e hormonais, que 
permitem uma perfeita organogênese. 
Por sua vez, a diferenciação sexual feminina 
acredita- se que o desenvolvimento ovariano 
ocorreria pela ausência da expressão gênica SRY. 
O estímulo inicial para o desenvolvimento testicular 
é condicionado pela expressão do gene SRY que está 
localizado no cromossomo Y do, XY. 
Quando este fator de transcrição (SRY) é expresso 
nas células somáticas de sustentação das futuras 
gônadas indiferenciadas, o desenvolvimento 
masculino é desencadeado. Este passo é chamado 
de determinação sexual primária. Caso este fator 
esteja ausente ou defeituoso, ocorre o 
desenvolvimento feminino. 
As células somáticas de sustentação começam a se 
diferencias em Células De Sertoli e a envolver as 
células germinativas. Durante a 7a semana, as células 
de Sertoli em diferenciação, associadas às células 
intersticiais da gônada, organizam-se para formar 
os cordões testiculares, circundando as células 
germinativas no centro destes cordões. 
À medida que as células pré-Sertoli começam sua 
diferenciação morfológica em resposta ao Sry, elas 
também iniciam a secreção de um hormônio 
glicoproteico denominado hormônio 
antimülleriano. Esse hormônio faz com que os 
ductos paramesonéfricos regridam rapidamente entre 
a 8a e a 10a semana. (os ductos paramesonéfricos têm 
um papel essencial no desenvolvimento do sistema 
reprodutor feminino). 
Durante a 9a ou 10a semana, as células de Leydig se 
diferenciam das células mesonéfricas mesenquimais, 
recrutadas pelas células pré-Sertoli. Estas células 
endócrinas produzem o hormônio esteroide sexual 
masculino, testosterona, estimula os ductos 
mesonéfricos a formar os ductos genitais masculinos. 
A partir da testosterona a 5α-redutase da célula de 
Leydig produz di-hidrotestosterona, necessária para 
induzir a uretra masculina, a próstata, o pênis e o 
escroto. 
A secreção de testosterona é regulada pelo hormônio 
peptídico gonadotrofina coriônica, secretado pela 
placenta. 
Entretanto, as células de Leydig fetais eventualmente 
regridem e degeneram tardiamente no período fetal 
ou logo após o nascimento. Na puberdade, uma nova 
população de células de Leydig adultas se diferencia 
a partir de progenitores de células de Leydig 
residentes no interstício peritubular. 
Por volta da 12ª semana de gestação, o falo 
primordial se diferencia para formar o pênis. Vários 
estudos indicam que a determinação do sexo é 
altamente precisa na maioria dos casos (99 a 100%) 
após 13 semanas de gestação, por ultrassom 
transabdominal. 
 Em embriões femininos, as células somáticas de 
sustentação XX não possuem o cromossoma Y ou o 
gene SRY, portanto, elas se diferenciam 
como células foliculares, em vez de células de 
Sertoli. 
Na sua ausência, nem AMH nem testosterona são 
produzidos. Portanto, os ductos genitais masculinos e 
as estruturas sexuais acessórias não são estimulados 
a se desenvolver. Em vez disso, os ductos 
paramesonéfricos persistem e são estimulados a se 
diferenciar em tubas de Falópio, útero e vagina. 
As células somáticas de sustentação cercam os 
ovócitos individuais, quebrando os aglomerados de 
células germinativas para formar folículos 
primordiais. O recrutamento e a diferenciação destas 
Regulação sexual masculina e feminina 
Embriologia 
Diferenciação sexual 
Na presença do cromossomo XY: 
Na ausência do cromossoma Y: 
@sarahellen_figueredo 
 
 
 
células foliculares são dependentes e conduzidos por 
um fator liberado pelo ovócito chamado Figα. 
Não é apenas a ausência do SRY que contribui para o 
desenvolvimento sexual feminino. O gene Wnta4 é 
essencial para o desenvolvimento dos rins 
mesonéfricos e metanéfricos, mas estudos em 
camundongos knockout mostram que ele é crucial 
também para o desenvolvimento sexual feminino 
normal. Os genes Foxl2 é essencial para a 
diferenciação de células foliculares, e sua perda 
masculiniza a gônada. 
Curiosidade: Quando Foxl2 é condicionalmente 
excluído nos ovários de camundongos adultos, 
células foliculares e da teca se transdiferenciam em 
células testiculares de Sertoli e de Leydig. 
Na ausência de Sry e expressão subsequente de genes 
masculinos, as gônadas femininas formam folículos 
primordiais e células tecais. 
Como os ductos mesonéfricos e túbulos 
mesonéfricos necessitam de testosterona para o seu 
desenvolvimento. Os ductos paramesonéfricos, ao 
contrário, se desenvolvem sem inibição. O detalhado 
exame morfológico de embriões humanos sugere que 
toda a vagina adulta surge exclusivamente da 
extremidade distal-caudal dos ductos 
paramesonéfricos fundidos. 
A expressão de genes Hox desempenha um papel 
fundamental na mediação da caracterização regional 
de estruturas encontradas ao longo do eixo 
craniocaudal do aparelho reprodutor feminino. 
O crescimento do falo primordial nos fetos femininos 
gradualmente diminui, e ele se torna o clitóris 
 O clitóris se desenvolve de forma semelhante ao 
pênis, porém as pregas urogenitais não se fusionam, 
exceto posteriormente, quando se juntam para formar 
o frênulo dos pequenos lábios. As partes não 
fusionadas das pregas urogenitais formam 
os pequenos lábios. As pregas labioescrotais se 
fusionam posteriormente para formar a comissura 
labial posterior e anteriormente para formar 
a comissura labial anterior e o monte pubiano. A 
maior parte das pregas labioescrotais permanece 
não fusionada e forma duas grandes pregas de pele, 
os grandes lábios 
Síndrome da insensibilidade androgênica 
Pessoas com síndrome da insensibilidade 
androgênica, que ocorre em 1 em 20.000 
nascimentos vivos, são mulheres de aparência 
normal, apesar da presença de testículos e de uma 
constituição cromossômica 46,XY. A genitália 
externa é feminina, entretanto, a vagina geralmente 
termina em uma bolsa de fundo cego e o útero e as 
tubas uterinas estão ausentes ou são rudimentares. 
Na puberdade, há o desenvolvimento normal das 
mamas e características femininas, entretanto, a 
menstruação não ocorre. 
Os testículos geralmente estão no abdome ou nos 
canais inguinais, porém podem estar dentro dos 
grandes lábios. A deficiência de masculinização que 
ocorre nessas pessoas resulta de uma resistência à 
ação da testosterona em nível celular no tubérculo 
genital e nas pregas labioescrotais e uretrais. 
Referências: 
SCHOENWOLF, Schoenwolf. Larsen Embriologia 
Humana . [Digite o Local da Editora]: Grupo GEN, 
2016. E-book. ISBN 9788595151840. 
MOORE, Keith L.; PERSAUD, TVN; TORCHIA, Mark 
G. Embriologia Básica . [Digite o Local da Editora]: 
Grupo GEN, 2022. E-book. ISBN 9788595159020. 
Disponível em: 
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/978859
5159020/. Acesso em: 05 nov. 2022 
Desenvolvimento da genitália externa 
feminina: 
Funcionamento endócrino das gônadas 
masculina e feminina 
@sarahellen_figueredo 
 
 
 
A testosterona, sintetizada pelas células de Leydig, é 
o principal e mais importante androgênio testicular e 
circulante. O LH estimula a biossíntese da 
testosterona por aumento da mobilização e transporte 
do colesterol. 
Síntese: a proteína StAR (também encontrada nas 
células do córtex suprarrenal) desempenha um papel-
chave na transferência do colesterol da membrana 
mitocondrial externa para a interna, visando à 
conversão do colesterol em pregnenolona. A 
pregnenolona nas mitocôndrias difunde-se para o 
retículo endoplasmático liso, onde é ainda 
metabolizada em progesterona pela ação da 3β-
hidroxiesteroide-desidrogenase. Por sua vez, a 
progesterona é convertida em androstenediona por 
meio da ação da 17α-hidroxilase. A conversão de 
androstenediona em testosterona é catalisada pela 
17β-hidroxiesteroide-desidrogenase. 
Testosteronapode ser convertida nas células-alvo aos 
metabólitos ativos 5-alfa-di-hidrotestosterona (DHT; 
pela ação das enzimas 5-alfa-redutase do tipo 1 ou 2) 
e estradiol (E2; pela ação da aromatase). A 
testosterona e a DHT exercem seus efeitos ao 
interagirem com o receptor de androgênios. 
A testosterona promove a migração (descida) dos 
testículos para o escroto antes do nascimento, regula 
a produção de espermatozoides e estimula o 
desenvolvimento e a manutenção de características 
sexuais secundárias masculinas, como crescimento 
de barba e engrossamento da voz. 
A inibina é produzida e liberada pelas células de 
Sertoli em resposta à estimulação do FSH e induz 
respostas tanto parácrinas quanto endócrinas. s 
inibinas são glicoproteínas heterodiméricas que 
consistem em uma subunidade α e uma 
subunidade β (βA ou βB). Das duas formas de inibina 
(α-βA e α-βB), a inibina B é a forma fisiologicamente 
importante nos indivíduos do sexo masculino. Sua 
principal função consiste em suprimir a secreção 
hipofisária de FSH por um mecanismo endócrino 
clássico de retroalimentação negativa, por meio de 
sua ligação a um receptor de serina/treonina-quinase 
que atravessa a membrana. 
No hipotálamo, são gerados os pulsos de secreção do 
GnRH, que atua diretamente na hipófise, 
promovendo a secreção das gonadotrofinas (FSH e 
LH). Esses dois hormônios, por sua vez, atuam nas 
gônadas estimulando a síntese dos esteroides sexuais 
(androgênios, estrogênio, progesterona). 
Estrogenio: 
A produção de estrogênio envolve as atividades 
enzimáticas coordenadas entre as células da 
granulosa e as células da teca do folículo ovariano. 
Todos os estrogênios (i.e., estradiol e estrona) 
provêm da conversão dos androgênios (i.e., 
androstenediona e testosterona) sintetizados nas 
glândulas suprarrenais ou nos ovários. Essa reação, 
que é catalisada pela aromatase, é irreversível e 
proporciona as diferenças sexuais entre homens e 
mulheres. 
Ação: 
-No Útero: Os estrogênios promovem a proliferação 
do endométrio, sensibilizam o músculo liso uterino 
aos efeitos da ocitocina, aumentando a expressão dos 
receptores de ocitocina e das proteínas contráteis, e 
aumentam a produção de muco cervical aquoso. 
- No ovário: Os estrogênios exercem poderosos 
efeitos mitóticos (relacionado com mitose) sobre as 
células da granulosa. 
- Na mama: Os estrogênios estimulam o crescimento 
e a diferenciação do epitélio dos ductos, induzem a 
atividade mitótica das células cilíndricas dos ductos e 
estimulam o crescimento do tecido conectivo. 
-No Fígado: Os estrogênios afetam a expressão dos 
genes das apoproteínas e aumentam a expressão dos 
receptores de lipoproteínas, resultando em 
diminuição das concentrações séricas do colesterol 
total e do colesterol das lipoproteínas de baixa 
densidade (LDL, de low-density lipoprotein), 
aumento nos níveis séricos do colesterol das 
lipoproteínas de alta densidade (HDL, de high-
density lipoprotein). 
- No Sistema nervoso central: Os estrogênios 
possuem ações neuroprotetoras, e seu declínio 
relacionado com a idade está associado a um declínio 
da função cognitiva. 
- No Osso: De modo global, os efeitos dos 
estrogênios são antirreabsortivos. Eles promovem a 
maturação óssea e o fechamento das placas 
epifisárias nos ossos longos. 
Feminino 
Masculino 
@sarahellen_figueredo 
 
 
 
 
Androgênios: 
Os androgênios femininos derivam das glândulas 
suprarrenais (deidroepiandrosterona e 
androstenediona), dos ovários (androstenediona e 
testosterona) e da conversão periférica da 
androstenediona e da deidroepiandrosterona em 
testosterona. A secreção de androgênios pelos 
ovários ocorre paralelamente à do estrogênio durante 
todo o ciclo menstrual. 
Progesterona: 
O surto pré-ovulatório do LH resulta na luteinização 
das células da granulosa e da teca, alterando a via de 
esteroidogênese, de modo que a progesterona 
constitui o principal hormônio esteroide sintetizado 
após a luteinização. 
Ação: 
Em geral, a progesterona atua sobre o trato 
reprodutor, preparando-o para o início e a 
manutenção da gravidez. As principais funções 
fisiológicas da progesterona são mediadas no útero e 
no ovário. A progesterona diminui a atresia folicular, 
promove a maturação dos ovócitos, facilita a 
implantação e mantém a gestação por meio de 
estimulação do crescimento e da diferenciação do 
útero e supressão da contratilidade do miométrio. No 
cérebro, ela modula o comportamento sexual e regula 
a temperatura corporal. 
 
O ciclo ovariano é dividido em fase folicular e fase 
lútea: 
- A fase folicular começa no primeiro dia do ciclo (o 
primeiro dia da menstruação) e corresponde ao 
crescimento e ao desenvolvimento de um folículo 
dominante. Durante essa fase, o folículo dominante 
produz altas concentrações de 17β-estradiol e inibina 
B. Embora inicialmente o estradiol exerça um efeito 
de retroalimentação negativa sobre a liberação de 
FSH e LH, à medida que as concentrações de 
estradiol aumentam, no final da fase folicular, 
observa-se uma mudança de retroalimentação 
negativa para positiva. 
- Fase lútea: O pico de LH na metade do ciclo induz 
a ovulação e a retomada da meiose e promove a 
formação e a sobrevida do corpo lúteo durante a fase 
lútea. Durante essa fase, as concentrações circulantes 
elevadas de progesterona (produzida pelo corpo 
lúteo) suprimem a frequência e a amplitude de 
liberação do LH. 
A regulação da progesterona por retroalimentação 
negativa durante a fase lútea impede um segundo 
pico de LH. A acentuada supressão na frequência de 
pulsos de GnRH e LH obtida pelos níveis elevados 
de progesterona durante a fase lútea possibilita um 
enriquecimento das células gonadotróficas com FSH. 
Controle hormonal do ciclo menstrual 
Ações nos óvulos: 
@sarahellen_figueredo 
 
 
 
 
O ciclo ovariano é acompanhado de crescimento 
cíclico e descamação do endométrio, controlados 
pelo estrogênio e pela progesterona. Podem-se 
identificar 3 fases distintas: 
A fase proliferativa corresponde à fase folicular do 
ovário. Caracteriza-se por proliferação das células 
epiteliais do endométrio induzida pelos estrogênios e 
suprarregulação da expressão dos receptores de 
estradiol e progesterona. A proliferação endometrial 
pré-ovulatória leva à hipertrofia relativa da mucosa 
uterina. Trata-se da fase inicial de maturação 
endometrial na preparação para a implantação do 
embrião. 
A fase secretora corresponde à fase lútea do ovário e 
caracteriza-se pela diferenciação induzida pela 
progesterona das células epiteliais endometriais em 
células secretoras. Durante a fase secretora, observa-
se um curto período bem-definido de receptividade 
do útero para a implantação do embrião. 
A fase menstrual caracteriza-se por descamação do 
endométrio. Se o óvulo não for fertilizado cerca de 2 
dias antes do final do ciclo menstrual, o corpo lúteo 
involui no ovário e os hormônios ovarianos 
diminuem. A falta desses hormônios faz com que o 
fluxo sanguíneo para as camadas superficiais do 
endométrio praticamente cesse. Com isso o tecido 
endometrial morre e é descamado para a cavidade 
uterina, logo após ocorre perda de pequenas 
quantidades de sangue pela parede endometrial 
descamado, este conjunto é chamado de mênstruo, 
que é expelido por contrações do útero durante cerca 
de 3 a 4 dias, este processo é denominado 
menstruação. 
Artigo: 
Relação entre cefaleia e ciclo menstrual em 
estudantes universitárias- (RODRIGUES et al. 2021) 
A enxaqueca é um tipo de cefaleia crônica e 
incapacitante. A enxaqueca menstrual pura, 
caracterizada por crises que cumprem critérios para 
enxaqueca com ou sem aura, ocorrendo apenas dois 
dias antes e três dias após a menstruação. 
O estudo de MacGregor(2013) afirma que a 
diminuição do estrogênio pós-ovulatório está 
associado ao aumento da atividade da enxaqueca. 
Referencias:Molina, Patricia E. Fisiologia 
Endócrina . Disponível em: Minha Biblioteca, (5ª 
edição). Grupo A, 2021 
Sato, Monica A. Tratado de Fisiologia 
Médica . Disponível em: Minha Biblioteca, Grupo 
GEN, 2021. 
Silva, Milena Santos Rodrigues, et al. "Relação entre 
cefaleia e ciclo menstrual em estudantes 
universitárias." Revista Biociências 27.2 (2021): 1-7. 
Os ovários são recobertos por uma camada de células 
cuboides, conhecido como epitélio germinativo. 
Abaixo do epitélio germinativo, está uma cápsula de 
tecido conjuntivo denso não modelado, rica em 
colágeno e pouco vascularizada, a túnica albugínea. 
Cada ovário é subdividido no córtex, altamente 
celularizado, e na medula de tecido conjuntivo 
frouxo ricamente vascularizada. 
O córtex ovariano de uma mulher sexualmente 
madura é composto de uma estrutura de tecido 
conjuntivo, o estroma (compartimento 
intersticial), que abriga células estromais (células 
intersticiais) e folículos ovarianos em diferentes 
estágios de desenvolvimento. 
A zona pelúcida é composta de quatro glicoproteínas 
diferentes – ZP1, ZP2, ZP3 e ZP4 – secretadas pelo 
oócito. As glicoproteínas ZP humanas são 
substancialmente glicosiladas. ZP-3 e ZP-4 atuam 
como receptores primários ligadores de 
espermatozoides. Sua ligação é detectada no capuz 
acrossômico do espermatozoide. ZP-1 e ZP-2 atuam 
como proteínas secundárias ligadoras de 
espermatozoides, que interagem principalmente com 
o segmento equatorial da cabeça do espermatozoide. 
Além disso, ZP-1, ZP-3 e ZP-4 são responsáveis pela 
indução da reação acrossômica nos espermatozoides 
capacitados. 
À medida que as células da granulosa proliferam, 
as células do estroma, que circundam imediatamente 
o folículo, formam uma bainha de células de tecido 
Ações no útero: 
Histologia do Sistema Reprodutor 
Feminino 
Ovários: 
@sarahellen_figueredo 
 
 
 
conjuntivo conhecida como teca folicular. A teca 
interna é a camada interna altamente vascularizada 
de células secretoras cuboides. Em resposta à 
estimulação do LH, essas células sintetizam e 
secretam os androgênios que são os precursores dos 
estrogênios. Além das células secretoras, a teca 
interna contém fibroblastos, feixes de colágeno e 
uma rede rica de pequenos vasos. 
A teca externa é a camada externa e contém, 
principalmente, células musculares lisas e feixes de 
fibras colágenas. 
 
A maturação do oócilo: Faz com que a distribuição 
das organelas modifica-se com o amadurecimento do 
oócito. Múltiplos elementos dispersos do aparelho de 
GolgiA distribuição das organelas modifica-se com o 
amadurecimento do oócito. Múltiplos elementos 
dispersos do aparelho de Golgi. 
O estrato granuloso tem espessura relativamente 
uniforme, exceto na região associada ao oócito. 
Nesse local, as células da granulosa formam uma 
região espessada, o cúmulo oóforo, que se projeta 
para dentro do antro. As células do cúmulo 
oóforo que circundam imediatamente o oócito, ao 
qual permanecem associadas na ovulação, são 
denominadas coroa radiada. Esta é composta de 
células do cúmulo que emitem microvilosidades que, 
por sua vez, penetram em toda a zona pelúcida e 
comunicam-se – por meio de junções comunicantes – 
com as microvilosidades do oócito. 
Corpo lúteo: As células luteínicas da granulosa são 
células grandes (cerca de 30 μm de diâmetro) e de 
localização central, derivadas das células da 
granulosa. Constituem cerca de 80% do corpo lúteo e 
sintetizam estrogênios, progesterona e inibina. 
As células luteínicas da teca são células menores (, 
mais intensamente coradas e de localização 
periférica, derivadas das células da camada interna 
da teca. Elas representam os 20% restantes das 
células do corpo lúteo e 
secretam androgênios e progesterona. 
A parede da tuba uterina assemelha-se à parede de 
outras vísceras ocas e consiste em uma camada 
serosa externa, uma camada muscular intermediária e 
uma camada mucosa interna. 
- A serosa ou peritônio é a camada mais externa da 
tuba uterina, composta de mesotélio e de uma 
camada fina do tecido conjuntivo. 
- A muscular, na maior parte de sua extensão, está 
organizada em uma camada circular interna, 
relativamente espessa, e uma camada longitudinal 
externa, mais delgada. 
- A mucosa, o revestimento interno da tuba uterina, 
exibe pregas longitudinais relativamente finas, que se 
projetam para dentro do lúmen da tuba uterina em 
toda sua extensão. As pregas são mais numerosas e 
complexas na ampola. 
O revestimento mucoso consiste em epitélio simples 
colunar composto de dois tipos de células – ciliadas e 
não ciliadas. As células ciliadas são mais numerosas 
no infundíbulo e na ampola da tuba uterina. 
As células em “cavilha” não ciliadas são células 
secretoras que produzem o líquido que, por sua vez, 
fornece material nutritivo ao óvulo. 
As células epiteliais sofrem hipertrofia cíclica 
durante a fase folicular e atrofia durante a fase lútea, 
em resposta a alterações nos níveis hormonais. 
 
A parede uterina do corpo e do fundo é composta 
de endométrio, miométrio e de uma 
camada adventícia ou serosa. 
- O endométrio, ou mucosa de revestimento do 
útero, é composto de um epitélio simples cilíndrico, 
que consiste em células cilíndricas secretoras não 
ciliadas e células ciliadas, e uma lâmina própria que 
abriga glândulas tubulares ramificadas simples, que 
se estendem até o miométrio. O tecido conjuntivo 
denso não modelado da lâmina própria é altamente 
celularizado e contém células em formato de estrela, 
macrófagos, leucócitos e uma abundância de fibras 
reticulares. 
O endométrio é dividido em duas camadas, a camada 
funcional que a espessura varia durante o ciclo 
menstrual e a camada basal muito mais fina e 
profunda, com aproximadamente 1 mm de espessura, 
que não descama durante a menstruação. 
 
- o miométrio, é composta de três camadas de 
tecido muscular liso. Os músculos 
longitudinais constituem as camadas 
interna e externa, enquanto a camada intermediária, 
ricamente vascularizada, contém principalmente 
feixes de músculos lisos dispostos circularmente. 
À medida que o útero se estreita em direção ao colo, 
as camadas de músculo liso são substituídas 
principalmente por tecido conjuntivo fibroso. 
Tuba Uterina: 
Útero 
@sarahellen_figueredo 
 
 
 
As células musculares são maiores e mais numerosas 
durante a gravidez, quando os níveis de estrogênio 
estão muito altos, e são menores após o término da 
menstruação, quando os níveis de estrogênio estão 
baixos. 
- Grande parte da porção anterior do útero, que fica 
apoiada contra a bexiga urinária, é coberta da 
camada Serosa. 
 colo do útero (ou cérvice) é a extremidade terminal 
do útero que se projeta para dentro da vagina. Sua 
parede consiste principalmente em tecido conjuntivo 
denso e rico em colágeno que contém muitas fibras 
elásticas e apenas algumas fibras musculares lisas. O 
lúmen do colo do útero é revestido de um epitélio 
simples cilíndrico mucossecretor. No entanto, sua 
superfície externa, onde o colo do útero se projeta 
para dentro da vagina, é recoberta de um epitélio 
estratificado pavimentoso não queratinizado. 
A mucosa cervical contém glândulas 
cervicais ramificadas. O 
hormônio progesterona regula as mudanças na 
viscosidade das secreções das glândulas cervicais. 
A vagina consiste em três 
camadas: mucosa, muscular e adventícia. O lúmen 
da vagina é revestido de um epitélio estratificado 
pavimentoso não queratinizado espesso. 
As células epiteliais são estimuladas por estrogênios 
a sintetizarem e armazenarem grandes depósitos 
de glicogênio, que é liberado no lúmen à medida que 
as células epiteliais vaginais são descamadas. A flora 
bacteriana vaginal natural metaboliza o glicogênio, 
formando ácido láctico, responsável pelo baixo pH 
no lúmen da vagina. 
A lâmina própria da vagina é composta de um 
tecido conjuntivo frouxo fibroelástico contendo um 
rico suprimento vascular em suas regiões mais 
profundas, que ocasionalmente é chamado de 
submucosa. A lâmina própriatambém contém 
numerosos linfócitos e neutrófilos que alcançam o 
lúmen passando pelos espaços extracelulares durante 
certos períodos do ciclo menstrual, onde participam 
das respostas imunológicas. 
A camada muscular da vagina é composta de células 
musculares lisas dispostas de forma que os feixes 
mais longitudinais da face externa se misturem com 
os feixes dispostos circularmente próximos ao 
lúmen. Um esfíncter muscular, composto de fibras 
musculares estriadas esqueléticas, circunda a vagina 
em sua abertura externa. 
O tecido conjuntivo denso e fibroelástico constitui a 
camada adventícia da vagina, fixando-se às 
estruturas circundantes. Contido na adventícia está 
um rico suprimento vascular, com um vasto plexo 
venoso e feixes nervosos derivados dos nervos 
esplâncnicos pélvicos. 
 
Os grandes lábios (lábios maiores, labia 
majora) são duas pregas de pele contendo muito 
tecido adiposo e uma fina camada de músculo liso. 
Numerosas glândulas sudoríparas e glândulas 
sebáceas se abrem em ambas as superfícies. 
Os pequenos lábios são duas pregas menores de 
pele, desprovidas de folículos capilares e tecido 
adiposo. Seu interior é composto de um tecido 
conjuntivo esponjoso contendo fibras elásticas 
dispostas em rede. Eles contêm numerosas glândulas 
sebáceas e são ricamente supridos de vasos 
sanguíneos e terminações nervosas. 
A fenda situada entre os pequenos lábios direito e 
esquerdo constitui o vestíbulo, um espaço que 
recebe secreções das glândulas de Bartholin 
(glândulas vestibulares maiores), que são glândulas 
secretoras de muco pareadas, e muitas 
pequenas glândulas vestibulares menores. Também 
localizados no vestíbulo estão os orifícios da uretra e 
da vagina. 
 O clitóris é coberto de epitélio estratificado 
pavimentoso e composto de dois corpos 
eréteis contendo numerosos vasos sanguíneos e 
nervos sensoriais, incluindo os corpúsculos de 
Meissner e de Pacini, que ficam sensíveis durante a 
excitação sexual. 
Referencia: 
Pawlina, Wojciech. Ross Histologia - Texto e Atlas. 
Disponível em: Minha Biblioteca, (8th edição). 
Grupo GEN, 2021. 
Gartner, Leslie P. Tratado de Histologia . Disponível 
em: Minha Biblioteca, (5ª edição). Grupo GEN, 
2022. 
Colo do útero: 
Genitália externa: 
Vagina:

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