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Monitoria Patologia aula 1

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Setembro 2022 
Ceres 2022 
Faculdade Evangélica de Ceres – FACER 
Curso Biomedicina/Farmácia 
Disciplina: Patologia Geral 
Discente: Guilherme Macedo 
Monitora: Any Maria de Oliveira Martins 
 
Introdução a Patologia 
Patologia = estudo das doenças 
o conceito de Patologia não abrange todos os aspectos das doenças, que são 
muito numerosos e poderiam confundir a Patologia Humana com a Medicina – 
esta, sim, aborda todos os elementos ou componentes das doenças e sua 
relação com os doentes. 
Um patologista realiza técnicas moleculares, microbiológicas e imunológicas que 
estuda as alterações bioquímicas, estruturais e funcionais das células, tecidos e 
órgãos. 
A história da patologia é dividida em fases desde a idade antiga até a atual. 
Na Idade Antiga até o fim da Idade Média FASE HUMORAL: Houve os 
desequilíbrios dos humores que era relacionado aos deuses. 
No séc. XV-XVI FASE ORGANICA se deu a observação dos órgãos do corpo, 
realizou-se a necropsia e autopsia. 
Séc. XVI-XVll FASE TECIDUAL enfatizou-se a estrutura e organização de 
tecidos e as alterações morfológicas e relação com desequilíbrios funcionais. 
Séc. XIX FASE CELULAR uma visão morfológica, utilização do microscópio e 
deu-se o início da patologia moderna. 
Atual FASE ULTRACELULAR desenvolvimento da biologia molecular. 
 
Na pré-história a doença estava relacionada a ação de projeteis no corpo 
humos como lanças e flechas ou a ingestão de ossos e espinhos. 
As técnicas de embalsamento ocorreram no antigo Egito por volta de 1.900 a.C. 
Já na Grécia por volta de (460-355 a.C.) Hipócrates criou a teoria humoral da 
enfermidade, que se baseava no desequilíbrio entre os 4 tipos de humores: 
 
 
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Sangue; Fleuma; Bílis amarela; Bílis negra (coração, pulmão, fígado e baço) 
Roma – 42 a 37 d.C. 
 
Roma – 42 a 37 d.C. Cornelius Celsus: 4 sinais cardinais da inflamação 
(calor, rubor, tumor e dor) 
 
1150 Florença -Itália -> Necropsia para investigar a causa da “mortis” - Antonio 
Benivieni 
1514-1564 -> Andreas Vesalius: revoluciona a anatomia 
1628-> Willian Harvey descreveu o sistema circulatório 
Séc.XVIII -> Giovanni Battista Morgagni: considerado o pai da Anatomia 
Patológica; Marie-François-Xavier Bichat : considerado o pai da histologia, 
dividiu a patologia em geral e especial 
 
 
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Séc. XIX -> Julius Conheim: explicou as bases histológicas da inflamação, 
analisando, sob o ponto de vista microscópico os 4 sinais cardinais: Tumor, 
Calor, Rubor e Dor 
SAUDE X DOENÇÃ 
Definições: 
Saúde -> como um estado de adaptação do organismo ao ambiente físico, 
psíquico ou social em que vive, de modo que o indivíduo se sente bem (saúde 
subjetiva) e não apresenta sinais ou alterações orgânicas (saúde objetiva). 
“Saúde é o estado do mais completo bem-estar físico, mental e social e não 
apenas a ausência de enfermidade”. (OMS, 1948); 
Doença -> é um estado de falta de adaptação ao ambiente físico, psíquico ou 
social, no qual o indivíduo se sente mal (sintomas) e/ou apresenta alterações 
orgânicas evidenciáveis (sinais). 
é importante considerar que o conceito de saúde envolve o ambiente em que o 
indivíduo vive, tanto no seu aspecto físico como também no psíquico e no social. 
Saúde e normalidade não têm o mesmo significado. A palavra saúde é utilizada 
em relação ao indivíduo, enquanto o termo normalidade (normal) é utilizado em 
relação a parâmetros de parte estrutural ou funcional do organismo. 
 
Elementos de uma doença/ divisões da patologia 
 
Patologia geral: estuda os aspectos comuns às diferentes doenças no que se 
referem às suas causas, mecanismos patogenéticos, lesões estruturais e 
alterações da função. 
Patologia Especial: se ocupa das doenças de um determinado órgão ou 
sistema (sistema respiratório, cavidade oral etc.) ou estuda as doenças 
agrupadas por suas causas (doenças infecciosas, doenças causadas por 
 
 
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radiações etc.). Dentro dessa abrangência, tem-se a Patologia Médica, a 
Patologia Veterinária e a Patologia Odontológica 
Respostas celulares à estímulos agressores 
As agressões podem se originar no ambiente externo ou a partir do próprio 
organismo. De modo muito resumido, agressões podem ser provocadas por 
agentes físicos, químicos e biológicos, além de por alterações na expressão 
gênica ou por modificações nutricionais ou dos próprios mecanismos defensivos 
do organismo. 
AÇÃO DIRETA: alterações moleculares que se traduzem em alterações 
morfológicas. AÇÃO INDIRETA: mecanismos de adaptação, que ao serem 
acionados para neutralizar a agressão, induzem alterações morfológicas. 
Principais alvos dos agentes agressores são: Mitocôndrias; Membranas 
celulares; Síntese proteica; Citoesqueleto; Aparelho genético celular. 
Os mecanismos de defesa contra agentes externos são muito numerosos. Ao 
lado de barreiras mecânicas e químicas existentes no revestimento externo e 
interno (pele e mucosas), o organismo conta com diversos mecanismos 
defensivos. É importante salientar que os próprios mecanismos defensivos 
podem se tornar agressores, o que acontece com certa frequência. A 
desregulação da reação imunitária, por exemplo, para mais ou para menos, está 
na base de muitas doenças prevalentes. 
O mecanismo de defesa desencadeia a Resposta inata, que surge 
imediatamente após agressões e a Resposta adaptativa; 
 
 
 
 
 
 
 
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Células Presentes nas respostas celulares. 
 
 
 
 
 
 
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Função celular 
Neutrófilos: fagocitose, citotoxicidade mediada por anticorpos. Associado a 
processos infecciosos. 
Eosinófilos: fagocitose, citotoxicidade mediada por anticorpos presente em 
doenças parasitarias e processos alérgicos. 
Basófilo: liberação de granulo contendo histaminas e outros agentes ativos, 
pode estar relacionado a processos inflamatórios ou alérgicos 
Linfócitos T: respostas imunes adaptativas, citotoxicidade, ativação de 
fagócitos e linfócitos B, regulação das respostas imunes. “General do nosso 
sistema imune”. 
Linfócitos B: Resposta imune adaptativas, produção de anticorpos, 
apresentação de antígenos. “Soldados do Sistema Imune”. 
NK (Natural Killer): liberação de grânulos que matam células infectadas por 
vírus e células tumorais, citotoxicidade mediada por anticorpos, ativação de 
macrófagos (IFN-y). 
Macrófago: fagocitose e apresentação de antígenos. 
Célula dendrítica: apresentação de antígenos. Mastócito: liberação dos 
grânulos contendo histaminas e outros agentes ativos. 
 
A adaptação refere-se à capacidade das células, dos tecidos ou do próprio 
indivíduo de, frente a um estímulo, modificar suas funções dentro de certos 
limites (faixa da normalidade), para ajustar-se às modificações induzidas pelo 
estímulo. A adaptação pode envolver apenas células (ou suas organelas) ou o 
indivíduo como um todo. 
NECROSE X APOPTOSE 
 
 
 
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Lesão ou processo patológico é o conjunto de alterações morfológicas, 
moleculares e/ou funcionais que surgem nas células e tecidos após agressões. 
As alterações morfológicas que caracterizam as lesões podem ser observadas 
a olho nu (alterações macroscópicas) ou ao microscópio de luz ou eletrônico 
(alterações microscópicas e sub microscópicas). 
 
As lesões são dinâmicas quando começam, evoluem e tendem a cura ou 
cronicidade, que desencadeiam um processo patológico.

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