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13/07/2021
Saúde Pública
Aula 2 
Políticas Públicas em Saúde
Silvia Albanese
Doutoranda de Ciências da Saúde
Políticas Públicas 
em Saúde
Política Pública em Saúde: conceito e importância
“um conjunto de ações do governo que irão
produzir efeitos específicos” (LYNN, 1980).
Laswell explica, como: “decisões e análises sobre
política pública implicam responder às seguintes
questões: quem ganha o quê, por quê e que
diferença faz”.
Política Pública em Saúde: conceito e importância
Embora existam outras definições mais e menos
abrangentes, podemos compreender basicamente
como todas as ações e decisões de um governo
que tem pode ter por objetivo ou não a soluções
de problemas da sociedade e que influenciam a
vida dos cidadãos nas mais diversas áreas, seja
social, de infraestrutura, de saúde, entre outras.
Política Pública em Saúde e os Poderes 
Legislativo, Executivo e Judiciário
• ou "União". Tem por sede Brasília.
• É composto pelo Presidente da República, 
Ministros, Deputados Federais e Senadores.
Federal
• É simplesmente o governo de cada um dos 
estados brasileiros.
• É composto pelo Governador, Secretários e 
Deputados estaduais.
Estadual
• É o governo de cada uma das cidades. 
• É composto pelo Prefeito, Secretário Municipais 
e Vereadores.
Municipal
Em resumo:
O Legislativo cria as leis.
O Executivo coloca as leis em prática.
O Judiciário cobra o cumprimento das leis.
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Cargos de acordo com os 3 poderes nas esferas 
federal, estadual e municipal.
O Papel do Estado 
nas Políticas Públicas 
em Saúde e os 
objetivos do SUS
Constituição Federal de 1988
“Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a 
alimentação, o trabalho, a moradia, o lazer, a 
segurança, a previdência social, a proteção à 
maternidade e à infância, a assistência aos 
desamparados, na forma desta Constituição”
Constituição Federal de 1988
“Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do 
Estado, garantido mediante políticas sociais e 
econômicas que visem à redução do risco de 
doença e de outros agravos e ao acesso universal e 
igualitário às ações e serviços para sua promoção, 
proteção e recuperação” 
Constituição Federal de 1988
É no Artigo 5º da Lei 8.080/90 que encontramos os 
três objetivos do SUS. Vamos conhece-los e 
discuti-los um a um.
1. “A Identificação e divulgação dos fatores 
condicionantes e determinantes da saúde”;
2. A formulação de política de saúde destinada a 
promover, nos campos econômico e social, a 
observância do disposto no parágrafo 1º do 
artigo 2º desta lei”
Constituição Federal de 1988
3. “A assistência às pessoas por intermédio de 
ações de promoção, proteção e recuperação da 
saúde, com a realização integrada das ações 
assistenciais e preventivas”.
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Fatores condicionantes e determinantes da 
saúde.
Fatores 
Condicionantes 
e 
Determinantes
Educação
Saneamento 
básico
Acesso aos 
bens e 
Serviços 
essenciais
Moradia
Lazer e 
Atividade 
Física
Alimentação
Meio 
Ambiente
Trabalho e 
Renda
Organização do 
Sistema 
Suplementar de 
Saúde
Organização do Sistema Suplementar de Saúde
É constituída basicamente pelos serviços de planos
e seguros de saúde privados. O desenvolvimento
do Sistema Suplementar de Saúde no Brasil tem
início na década de 1960, com expressiva
expansão nos anos subsequentes e ...
Organização do Sistema Suplementar de Saúde
...com progressivo aumento da complexidade de
seus serviços em função das demandas de
mercado, sobretudo com iniciativas autônomas de
empresas estatais e multinacionais da época.
Dois marcos Históricos
1º. Constituição Federal promulgada em 1988,
onde a saúde passa a ser um dever do Estado,
segundo o artigo 196, porém é também liberada a
participação da iniciativa privada na saúde no
artigo de 199.
2º. Lei 9.961 de 28 de janeiro de 2000,
estabelecendo as bases para a criação da Agência
Nacional de Saúde Suplementar (ANS) que regula
as operadoras de saúde suplementar no país.
Órgãos que participam do Sistema Suplementar 
de Saúde.
• Regula o fluxo financeiro e de serviçosANS
• Exerce o controle sanitário de todos os 
produtos e serviços (nacionais ou importados) 
submetidos à vigilância sanitáriaANVISA
• Evita o monopólio de mercado e garante a 
competitividade no setor.SBDC
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Organização do Sistema Suplementar de Saúde
A iniciativa privada é considerada como
complementar quando, por meio de contratos ou
convênios celebrados junto ao poder público,
firma parceria.
Organização do Sistema Suplementar de Saúde
As instituições sem fins lucrativos e filantrópicas
tem preferência para parcerias desse tipo e, uma
vez celebrada a parceira, a instituição passa a fazer
parte do SUS e deverá seguir suas diretrizes,
princípios e objetivos.
Políticas públicas em 
saúde e o sus –
bases legais e os 
princípios doutrinários 
do sus
As bases legais do Sistema Único de Saúde
O SUS é fruto de uma luta árdua por diversos
movimentos e setores da sociedade que
reivindicavam maior participação política e pela
redemocratização do país.
Em 2021 o SUS completa 33 anos e enfrenta
desafios que ameaçam sua existência da forma
como conhecemos.
As bases legais do Sistema Único de Saúde
A proposta de saúde universal e participativa
proposta pela Constituição Federal de 1988 é um
marco histórico na conquista de direitos sociais no
Brasil, sendo imprescindível conhecer as leis que
regem esse sistema.
O SUS foi criado na Constituição promulgada em
05 de outubro de 1988, na seção II que tratava do
tema saúde, no capítulo II que discorria sobre a
Seguridade Social e título VIII – “da ordem social”.
As bases legais do Sistema Único de Saúde
A base legal que sustenta nosso SUS é constituída
pela Lei Orgânica da Saúde - Lei nº 8.080 de 19 de
setembro de 1990 que regulamenta o SUS e a Lei
de nº 8.142 de 28 de dezembro de 1990 que
dispõem sobre a participação da comunidade na
gestão do SUS.
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As bases legais do Sistema Único de Saúde
A Lei nº8.080/90 regulamenta o SUS proposto na
Constituição de 1988 e dispõem sobre as
condições para promoção, proteção e recuperação
de saúde, além de especificar o funcionamento e
organização dos serviços de saúde.
Estabelecimento dos recursos financeiros
Os Estados deverão garantir 12% de suas receitas
para a área da saúde e os Municípios deverão
investir 15%. Já em âmbito federal os gastos com
saúde devem ser iguais ao do ano anterior somado
com a correção do valor do PIB.
A Lei de nº 8.142/90 dispõem sobre a criação de
dois importantes mecanismos de participação da
comunidade no SUS, são eles: os conselhos de
saúde e as conferências de saúde.
Composição dos conselhos de saúde
São implantados em todas as esferas de governo e
são compostos por representantes do governo (25%),
prestadores de serviço e profissionais da saúde (25%)
e usuários do SUS (50%), também chamados de
tripartites por envolver três “partes” em sua
composição. Podemos dizer que representatividade é
paritária, a mesma quantidade de usuários do SUS e
dos demais representantes, garantindo assim a
participação popular na gestão do sistema.
Caráter deliberativo
Participam no controle da execução da política 
de saúde
Participam da formulação de estratégias
Atuam também nos aspectos econômicos e 
financeiros
Conferências de saúde
As conferências de saúde ocorrem a cada quatro
anos, em todas as esferas do governo com
participação de diversos segmentos sociais tem
por objetivo avaliar a situação da saúde e propor
novas diretrizes para formulações de políticas de
saúde.
Situação problema
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Situação problema
O gestor de saúde que estava palestrando para
uma plateia de profissionais de saúde em um curso
de capacitação. Esse profissional questionou a
turma, onde você fazia parte da mesma, sobre
qual era o real papel do SUS para a nossa
sociedade, assim como, se a turma sabia que
todos os presentes já utilizaram e ainda que se
beneficiavam diariamente dos serviços do nosso
Sistema Único?Resolução da 
Situação Problema 
Resolução da situação problema
O SUS é universal, ou seja, para todos e gratuito,
logo atende a todos os mais de 200 milhões de
brasileiros e também por problemas de gestão e
administrativos, enfrenta desafios desde que foi
concebido em 1988.
Resolução da situação problema
Os profissionais tivessem consciência de que não
temos necessariamente que ter um plano de
saúde privado, pois, devemos exigir que o SUS seja
gerido de maneira mais eficaz, que haja mais
investimentos, que exista maior fiscalização e tudo
isso para que esse serviço, que é para todos, se
mantenha operante e com qualidade.
Resolução da situação problema
Outro ponto importante é a parte do “Nunca
utilizei o SUS”. Todos os cidadãos que estão em
território nacional utilizam o SUS, já que esse é
responsável não só pela assistência médica, como
também pela qualidade de alimentos, água e
outras bebidas que ingerimos, as campanhas de
vacinação e várias outras medidas de vigilância
epidemiológica, sanitária, nutricional e outra
infinidade de serviços.
Princípios da 
Universalidade
Equidade
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Princípio da Universalidade
A universalidade do SUS ultrapassa apenas o
direito ao acesso aos serviços de saúde, mas passa
também por questões importantes como o direito
à vida e a igualdade de acesso independente da
raça, etnia, religião, sexo, orientação sexual ou
qualquer outro tipo de discriminação.
Princípio da Universalidade
O arco da universalidade traz ainda consigo dois
desafios a serem vencidos, o primeiro diz respeito
a universalidade de acesso aos serviços de saúde e
o outro que entende também que esse princípio
deve ser estendido às condições de vida que
possibilitem boa saúde.
Princípio da Equidade
A desigualdade social e econômica ocorreu,
historicamente, por toda a construção do Brasil,
desde a época do descobrimento. A equidade
constitui um dos problemas mais relevantes e
complexos de nossa sociedade, os abismos sociais
e econômicos revela o quão distante estamos
ainda de solucioná-lo.
Princípio da Equidade
A palavra equidade é frequentemente confundida
com igualdade, o que gera confusão na correta
compreensão do termo. Equidade se aproxima
mais das diferenças do que do conceito de
igualdade. Atua como uma espécie de ferramenta
reguladora das desigualdades existentes, ou seja,
reconhece a pluralidade e diferentes graus de
necessidades e tenta equilibrar com diferentes
medidas de reparo.
Igualdade Equidade
Disponível em: https://www.shutterstock.com/pt/search/equidade Acesso em: 25 mai. 2021
Princípio da Integralidade
O indivíduo e comunidade são vistos em suas
complexidades e tratados de forma integral, como
seres com necessidades, sociais, econômicas,
físicas, psicológicas e espirituais, sendo todos esses
fatores importantes para manutenção de sua
saúde ou mesmo para que a assistência em saúde
em todos os níveis ocorra de maneira humanizada.
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Diretrizes do SUS
Diretrizes do SUS
Estudamos os princípios do SUS, são eles: a
universalidade, equidade e integralidade e devem
se articular com algumas diretrizes que constituem
a base para a organização do nosso Sistema de
saúde.
Diretrizes do SUS
São as diretrizes do SUS: a descentralização, a
regionalização e hierarquização e a participação da
comunidade.
Diretrizes da descentralização
No SUS a descentralização no Sistema de Saúde
deve ocorrer em direção única em cada esfera do
governo e envolve descentralizar poder,
responsabilidades, recursos e consequentemente
sua gestão, para garantir que essa seja
democrática e que haja de fato a participação da
sociedade.
Diretriz da regionalização e hierarquização
A hierarquização organiza os serviços de saúde em
níveis crescentes de complexidade criando um fluxo
de atendimento, com o estabelecimento dos serviços
de referência e contra-referência integrando os
serviços de um município com os de outros
municípios também quando necessário. Dessa forma
fica assegurado ao usuário o princípio da
integralidade no cuidado em todos os níveis de
complexidade, desde a prevenção até a reabilitação.
Diretriz da participação da comunidade
A participação da sociedade na gestão do SUS é
fruto da reforma sanitária que exigia não só a
reformulação do sistema de saúde, mas que esse
fosse universal e democrático. Essa premissa foi
acatada na Constituição Federal de 1988 e,
consequentemente, o SUS foi construído em cima
dessa diretriz.
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Objetivos gerais das Normas Operacionais Básicas 
do SUS.
Reorientar e avançar com a 
implementação do SUS
Operacionalizar a descentralização da 
gestão do SUS
Regular as relaçoes entre os gestores do 
SUS e as esferas.
Estabelecer prioridades e novos objetivos 
estratégicos .
Recapitulando
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