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Olá cursista!
Estamos no terceiro módulo de nosso curso e nele 
você estudará as referências curriculares nacionais, 
suas características para a educação infantil e 
algumas considerações sobre creches e 
pré-escolas.
Verá também sobre o modo como educar, cuidar e 
brincar com as crianças. Como deve ser o espaço 
físico, recursos de materiais e acessibilidade dos 
materiais para o bom desenvolvimento da criança.
Boa leitura! 
Bons estudos e sucesso!
Constatou-se nesse documento, que são inúmeras e diferentes as 
propostas de currículo para a educação infantil que têm sido 
elaboradas, nos últimos anos, em diversas partes do Brasil. Refletem 
o nível de tensão de três instâncias determinantes na construção de 
um projeto educativo para a educação infantil. São elas: a das 
práticas sociais, a das políticas públicas e a da sistematização dos 
conhecimentos relacionadas a etapa educacional. Essa ampla 
produção revela a riqueza de soluções encontradas nas diferentes 
regiões brasileiras, mesmo com as desigualdades de condições 
institucionais para a garantia da qualidade nessa etapa educacional. 
Respeitando as diversidades da sociedade brasileira e das diversas 
propostas curriculares de educação infantil existentes, este 
referencial é uma proposta aberta, flexível e não obrigatória, que 
poderá subsidiar os sistemas educacionais, que assim o desejarem, 
na elaboração ou implementação de programas e currículos que 
condizem com suas realidades e singularidades. Por não ser 
obrigatório visa a favorecer o diálogo com propostas e currículos que 
se constroem na realidade de cada instituição, sejam creches, 
pré-escolas ou nos grupos de formação existentes nos diferentes 
sistemas, espalhados pelo Brasil.
O uso deste referencial só tem sentido se traduzir a vontade do grupo 
escolar envolvido com a educação da criança, sejam pais, 
professores, técnicos e funcionários; de fazer acontecer mesmo 
diante das dificuldades que serão encontradas, como acontecem 
nos demais projetos educativos da instituição.
O referencial funciona como elemento orientador de ações na busca 
da melhoria de qualidade da educação infantil brasileira. A busca da 
qualidade do atendimento envolve questões extensas ligadas às 
políticas públicas, às decisões de ordem orçamentária, à 
implantação de políticas de recursos humanos, aos padrões de 
atendimento que garantam espaço físico de qualidade, materiais 
tanto em quantitativa como qualitativa para propostas educacionais 
compatíveis com a faixa etária nas diferentes modalidades de 
atendimento, para as quais este Referencial pretende dar sua 
contribuição.
auxiliar de creche
MÓDULO 3
2
A educação infantil
A educação infantil no Brasil e no mundo vem ocorrendo de forma 
crescente nos últimos anos, acompanhando a crescimento da 
urbanização, a participação da mulher no mercado de trabalho e as 
mudanças nas estruturas familiares. A sociedade atual está mais 
consciente da importância da criança nas creches, o que motiva 
empenho por uma educação com qualidade para crianças de zero a 
cinco anos. 
Devido a todos esses fatores citados acima, deu-se início a um 
movimento na sociedade e de órgãos governamentais para que o 
atendimento às crianças de zero a cinco anos fosse reconhecido. O 
Estatuto da Criança e do Adolescente obriga o direito da criança a este 
atendimento. 
Creches, para as crianças de zero a três anos, e pré-escolas, para as 
de quatro a cinco anos, correspondem a etapas da educação infantil. 
A diferença entre ambas é feita pelo critério de faixa etária.
Conforme a LEI Nº 9.394 de 20 de dezembro de 1996, a educação infantil é 
avaliada como a primeira etapa da educação básica, tendo como 
finalidade o desenvolvimento integral da criança até cinco anos de 
idade. Essa lei marca ainda a complementaridade entre as 
instituições de educação infantil e os familiares da criança. 
Considerando a grande distância entre o que diz a lei e a realidade da 
educação infantil, a LDB dispõe no título IX, das Disposições Transitórias, art. 89, 
que: 
Constatou-se nesse documento, que são inúmeras e diferentes as 
propostas de currículo para a educação infantil que têm sido 
elaboradas, nos últimos anos, em diversas partes do Brasil. Refletem 
o nível de tensão de três instâncias determinantes na construção de 
um projeto educativo para a educação infantil. São elas: a das 
práticas sociais, a das políticas públicas e a da sistematização dos 
conhecimentos relacionadas a etapa educacional. Essa ampla 
produção revela a riqueza de soluções encontradas nas diferentes 
regiões brasileiras, mesmo com as desigualdades de condições 
institucionais para a garantia da qualidade nessa etapa educacional. 
Respeitando as diversidades da sociedade brasileira e das diversas 
propostas curriculares de educação infantil existentes, este 
referencial é uma proposta aberta, flexível e não obrigatória, que 
poderá subsidiar os sistemas educacionais, que assim o desejarem, 
na elaboração ou implementação de programas e currículos que 
condizem com suas realidades e singularidades. Por não ser 
obrigatório visa a favorecer o diálogo com propostas e currículos que 
se constroem na realidade de cada instituição, sejam creches, 
pré-escolas ou nos grupos de formação existentes nos diferentes 
sistemas, espalhados pelo Brasil.
O uso deste referencial só tem sentido se traduzir a vontade do grupo 
escolar envolvido com a educação da criança, sejam pais, 
professores, técnicos e funcionários; de fazer acontecer mesmo 
diante das dificuldades que serão encontradas, como acontecem 
nos demais projetos educativos da instituição.
O referencial funciona como elemento orientador de ações na busca 
da melhoria de qualidade da educação infantil brasileira. A busca da 
qualidade do atendimento envolve questões extensas ligadas às 
políticas públicas, às decisões de ordem orçamentária, à 
implantação de políticas de recursos humanos, aos padrões de 
atendimento que garantam espaço físico de qualidade, materiais 
tanto em quantitativa como qualitativa para propostas educacionais 
compatíveis com a faixa etária nas diferentes modalidades de 
atendimento, para as quais este Referencial pretende dar sua 
contribuição.
3
“As creches e pré-escolas existentes ou 
que venham a ser criadas deverão, no 
prazo de três anos, a contar da publicação 
desta Lei, integrar-se ao respectivo 
sistema de ensino”
No título IV, da LDB, diz sobre a organização da Educação Nacional, art. 11, 
considera-se que os municípios incumbir-se-ão de:
 1. Organizar, manter e desenvolver os órgãos e instituições 
oficiais dos seus sistemas de ensino, integrando-os às políticas e 
planos educacionais da União e dos Estados;
 2. Exercer ação redistributiva em relação às suas escolas;
 3. Baixar normas complementares para o seu sistema de ensino;
 4. Autorizar, credenciar e supervisionar os estabelecimentos do 
seu sistema de ensino;
 5. Oferecer a educação infantil em creches e pré-escolas, e, com 
prioridade, o ensino fundamental, permitida a atuação em outros 
níveis de ensino somente quando estiverem atendidas plenamente 
as necessidades de sua área de competência e com recursos acima 
dos percentuais mínimos vinculados pela Constituição Federal a 
manutenção e desenvolvimento do ensino.
Parágrafo único. “Os Municípios poderão optar, ainda, por se integrar ao 
sistema estadual de ensino ou compor com ele um sistema único de 
educação básica.”
Conforme descrito na LDB e considerando seu papel e sua 
responsabilidade na inferência, proposição e avaliação das políticas 
públicas relativas à educação nacional, o Ministério da Educação e do 
Desporto propõe um Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil.
Constatou-se nesse documento, que são inúmeras e diferentes as 
propostas de currículo para a educação infantil que têm sido 
elaboradas, nos últimos anos, em diversas partes do Brasil. Refletem 
o nível de tensão de três instâncias determinantes na construção de 
um projeto educativo para a educaçãoinfantil. São elas: a das 
práticas sociais, a das políticas públicas e a da sistematização dos 
conhecimentos relacionadas a etapa educacional. Essa ampla 
produção revela a riqueza de soluções encontradas nas diferentes 
regiões brasileiras, mesmo com as desigualdades de condições 
institucionais para a garantia da qualidade nessa etapa educacional. 
Respeitando as diversidades da sociedade brasileira e das diversas 
propostas curriculares de educação infantil existentes, este 
referencial é uma proposta aberta, flexível e não obrigatória, que 
poderá subsidiar os sistemas educacionais, que assim o desejarem, 
na elaboração ou implementação de programas e currículos que 
condizem com suas realidades e singularidades. Por não ser 
obrigatório visa a favorecer o diálogo com propostas e currículos que 
se constroem na realidade de cada instituição, sejam creches, 
pré-escolas ou nos grupos de formação existentes nos diferentes 
sistemas, espalhados pelo Brasil.
O uso deste referencial só tem sentido se traduzir a vontade do grupo 
escolar envolvido com a educação da criança, sejam pais, 
professores, técnicos e funcionários; de fazer acontecer mesmo 
diante das dificuldades que serão encontradas, como acontecem 
nos demais projetos educativos da instituição.
O referencial funciona como elemento orientador de ações na busca 
da melhoria de qualidade da educação infantil brasileira. A busca da 
qualidade do atendimento envolve questões extensas ligadas às 
políticas públicas, às decisões de ordem orçamentária, à 
implantação de políticas de recursos humanos, aos padrões de 
atendimento que garantam espaço físico de qualidade, materiais 
tanto em quantitativa como qualitativa para propostas educacionais 
compatíveis com a faixa etária nas diferentes modalidades de 
atendimento, para as quais este Referencial pretende dar sua 
contribuição.
4
No título IV, da LDB, diz sobre a organização da Educação Nacional, art. 11, 
considera-se que os municípios incumbir-se-ão de:
 1. Organizar, manter e desenvolver os órgãos e instituições 
oficiais dos seus sistemas de ensino, integrando-os às políticas e 
planos educacionais da União e dos Estados;
 2. Exercer ação redistributiva em relação às suas escolas;
 3. Baixar normas complementares para o seu sistema de ensino;
 4. Autorizar, credenciar e supervisionar os estabelecimentos do 
seu sistema de ensino;
 5. Oferecer a educação infantil em creches e pré-escolas, e, com 
prioridade, o ensino fundamental, permitida a atuação em outros 
níveis de ensino somente quando estiverem atendidas plenamente 
as necessidades de sua área de competência e com recursos acima 
dos percentuais mínimos vinculados pela Constituição Federal a 
manutenção e desenvolvimento do ensino.
Parágrafo único. “Os Municípios poderão optar, ainda, por se integrar ao 
sistema estadual de ensino ou compor com ele um sistema único de 
educação básica.”
Conforme descrito na LDB e considerando seu papel e sua 
responsabilidade na inferência, proposição e avaliação das políticas 
públicas relativas à educação nacional, o Ministério da Educação e do 
Desporto propõe um Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil.
CARACTERÍSTICAS DO REFERENCIAL CURRICULAR NACIONAL
 PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL
Fonte: Freepik
O Referencial Curricular Nacional para a educação infantil, Brasília 1998, 
estabelece um conjunto de referências e orientações pedagógicas 
que tendem a contribuir com a implantação ou implementação de 
métodos educativos de qualidade que possam gerar e ampliar as 
condições necessárias para o exercício da cidadania das crianças 
brasileiras. 
Foi criado para contribuir com as políticas e programas de educação 
infantil, com informações, discussões e pesquisas, ajudando ao 
trabalho educativo de técnicos, professores e demais profissionais 
da educação infantil.
Considerando-se as qualidades próprias das crianças de zero a 
cinco anos, as afetivas, emocionais, sociais e cognitivas, a qualidade 
das experiências oferecidas que podem contribuir para o exercício da 
cidadania deve estar baseada nos seguintes princípios, conforme a 
RCN (Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil):
 I. O respeito à dignidade e aos direitos das crianças, respeitando 
suas diferenças individuais, sociais, econômicas, religiosas culturais, 
étnicas;
 II. O direito das crianças a brincar livremente, como forma de 
expressão, pensamento, interação e comunicação infantil;
 III. A acessibilidade das crianças aos bens socioculturais 
disponíveis, expandindo o desenvolvimento das capacidades 
relativas à expressão, à comunicação, à interação social, ao 
pensamento, à ética e à estética;
 IV. Socializar as crianças com conhecimento e introdução nas 
mais diferentes práticas sociais, sem discriminação de classe 
alguma;
 V. O atendimento aos cuidados básicos relacionado à 
sobrevivência e ao desenvolvimento de sua identidade.
A estes princípios cabe adicionar que as crianças têm direito, de viver 
experiências de qualidade nas instituições. 
O conjunto de propostas ditas acima, proclama responder às 
necessidades de referências nacionais, como ficou apontado em um 
estudo elaborado pelo Ministério da Educação e do Desporto, que resultou na 
publicação do documento:
Constatou-se nesse documento, que são inúmeras e diferentes as 
propostas de currículo para a educação infantil que têm sido 
elaboradas, nos últimos anos, em diversas partes do Brasil. Refletem 
o nível de tensão de três instâncias determinantes na construção de 
um projeto educativo para a educação infantil. São elas: a das 
práticas sociais, a das políticas públicas e a da sistematização dos 
conhecimentos relacionadas a etapa educacional. Essa ampla 
produção revela a riqueza de soluções encontradas nas diferentes 
regiões brasileiras, mesmo com as desigualdades de condições 
institucionais para a garantia da qualidade nessa etapa educacional. 
Respeitando as diversidades da sociedade brasileira e das diversas 
propostas curriculares de educação infantil existentes, este 
referencial é uma proposta aberta, flexível e não obrigatória, que 
poderá subsidiar os sistemas educacionais, que assim o desejarem, 
na elaboração ou implementação de programas e currículos que 
condizem com suas realidades e singularidades. Por não ser 
obrigatório visa a favorecer o diálogo com propostas e currículos que 
se constroem na realidade de cada instituição, sejam creches, 
pré-escolas ou nos grupos de formação existentes nos diferentes 
sistemas, espalhados pelo Brasil.
O uso deste referencial só tem sentido se traduzir a vontade do grupo 
escolar envolvido com a educação da criança, sejam pais, 
professores, técnicos e funcionários; de fazer acontecer mesmo 
diante das dificuldades que serão encontradas, como acontecem 
nos demais projetos educativos da instituição.
O referencial funciona como elemento orientador de ações na busca 
da melhoria de qualidade da educação infantil brasileira. A busca da 
qualidade do atendimento envolve questões extensas ligadas às 
políticas públicas, às decisões de ordem orçamentária, à 
implantação de políticas de recursos humanos, aos padrões de 
atendimento que garantam espaço físico de qualidade, materiais 
tanto em quantitativa como qualitativa para propostas educacionais 
compatíveis com a faixa etária nas diferentes modalidades de 
atendimento, para as quais este Referencial pretende dar sua 
contribuição.
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O Referencial Curricular Nacional para a educação infantil, Brasília 1998, 
estabelece um conjunto de referências e orientações pedagógicas 
que tendem a contribuir com a implantação ou implementação de 
métodos educativos de qualidade que possam gerar e ampliar as 
condições necessárias para o exercício da cidadania das crianças 
brasileiras. 
Foi criado para contribuir com as políticas e programas de educação 
infantil, com informações, discussões e pesquisas, ajudando ao 
trabalho educativo de técnicos, professores e demais profissionais 
da educação infantil.
Considerando-seas qualidades próprias das crianças de zero a 
cinco anos, as afetivas, emocionais, sociais e cognitivas, a qualidade 
das experiências oferecidas que podem contribuir para o exercício da 
cidadania deve estar baseada nos seguintes princípios, conforme a 
RCN (Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil):
 I. O respeito à dignidade e aos direitos das crianças, respeitando 
suas diferenças individuais, sociais, econômicas, religiosas culturais, 
étnicas;
 II. O direito das crianças a brincar livremente, como forma de 
expressão, pensamento, interação e comunicação infantil;
 III. A acessibilidade das crianças aos bens socioculturais 
disponíveis, expandindo o desenvolvimento das capacidades 
relativas à expressão, à comunicação, à interação social, ao 
pensamento, à ética e à estética;
 IV. Socializar as crianças com conhecimento e introdução nas 
mais diferentes práticas sociais, sem discriminação de classe 
alguma;
 V. O atendimento aos cuidados básicos relacionado à 
sobrevivência e ao desenvolvimento de sua identidade.
A estes princípios cabe adicionar que as crianças têm direito, de viver 
experiências de qualidade nas instituições. 
O conjunto de propostas ditas acima, proclama responder às 
necessidades de referências nacionais, como ficou apontado em um 
estudo elaborado pelo Ministério da Educação e do Desporto, que resultou na 
publicação do documento:
“Proposta pedagógica e currículo em 
educação infantil: Um diagnóstico e a 
construção de uma metodologia de análise”.
Constatou-se nesse documento, que são inúmeras e diferentes as 
propostas de currículo para a educação infantil que têm sido 
elaboradas, nos últimos anos, em diversas partes do Brasil. Refletem 
o nível de tensão de três instâncias determinantes na construção de 
um projeto educativo para a educação infantil. São elas: a das 
práticas sociais, a das políticas públicas e a da sistematização dos 
conhecimentos relacionadas a etapa educacional. Essa ampla 
produção revela a riqueza de soluções encontradas nas diferentes 
regiões brasileiras, mesmo com as desigualdades de condições 
institucionais para a garantia da qualidade nessa etapa educacional. 
Respeitando as diversidades da sociedade brasileira e das diversas 
propostas curriculares de educação infantil existentes, este 
referencial é uma proposta aberta, flexível e não obrigatória, que 
poderá subsidiar os sistemas educacionais, que assim o desejarem, 
na elaboração ou implementação de programas e currículos que 
condizem com suas realidades e singularidades. Por não ser 
obrigatório visa a favorecer o diálogo com propostas e currículos que 
se constroem na realidade de cada instituição, sejam creches, 
pré-escolas ou nos grupos de formação existentes nos diferentes 
sistemas, espalhados pelo Brasil.
O uso deste referencial só tem sentido se traduzir a vontade do grupo 
escolar envolvido com a educação da criança, sejam pais, 
professores, técnicos e funcionários; de fazer acontecer mesmo 
diante das dificuldades que serão encontradas, como acontecem 
nos demais projetos educativos da instituição.
O referencial funciona como elemento orientador de ações na busca 
da melhoria de qualidade da educação infantil brasileira. A busca da 
qualidade do atendimento envolve questões extensas ligadas às 
políticas públicas, às decisões de ordem orçamentária, à 
implantação de políticas de recursos humanos, aos padrões de 
atendimento que garantam espaço físico de qualidade, materiais 
tanto em quantitativa como qualitativa para propostas educacionais 
compatíveis com a faixa etária nas diferentes modalidades de 
atendimento, para as quais este Referencial pretende dar sua 
contribuição.
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Constatou-se nesse documento, que são inúmeras e diferentes as 
propostas de currículo para a educação infantil que têm sido 
elaboradas, nos últimos anos, em diversas partes do Brasil. Refletem 
o nível de tensão de três instâncias determinantes na construção de 
um projeto educativo para a educação infantil. São elas: a das 
práticas sociais, a das políticas públicas e a da sistematização dos 
conhecimentos relacionadas a etapa educacional. Essa ampla 
produção revela a riqueza de soluções encontradas nas diferentes 
regiões brasileiras, mesmo com as desigualdades de condições 
institucionais para a garantia da qualidade nessa etapa educacional. 
Respeitando as diversidades da sociedade brasileira e das diversas 
propostas curriculares de educação infantil existentes, este 
referencial é uma proposta aberta, flexível e não obrigatória, que 
poderá subsidiar os sistemas educacionais, que assim o desejarem, 
na elaboração ou implementação de programas e currículos que 
condizem com suas realidades e singularidades. Por não ser 
obrigatório visa a favorecer o diálogo com propostas e currículos que 
se constroem na realidade de cada instituição, sejam creches, 
pré-escolas ou nos grupos de formação existentes nos diferentes 
sistemas, espalhados pelo Brasil.
O uso deste referencial só tem sentido se traduzir a vontade do grupo 
escolar envolvido com a educação da criança, sejam pais, 
professores, técnicos e funcionários; de fazer acontecer mesmo 
diante das dificuldades que serão encontradas, como acontecem 
nos demais projetos educativos da instituição.
O referencial funciona como elemento orientador de ações na busca 
da melhoria de qualidade da educação infantil brasileira. A busca da 
qualidade do atendimento envolve questões extensas ligadas às 
políticas públicas, às decisões de ordem orçamentária, à 
implantação de políticas de recursos humanos, aos padrões de 
atendimento que garantam espaço físico de qualidade, materiais 
tanto em quantitativa como qualitativa para propostas educacionais 
compatíveis com a faixa etária nas diferentes modalidades de 
atendimento, para as quais este Referencial pretende dar sua 
contribuição.
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Constatou-se nesse documento, que são inúmeras e diferentes as 
propostas de currículo para a educação infantil que têm sido 
elaboradas, nos últimos anos, em diversas partes do Brasil. Refletem 
o nível de tensão de três instâncias determinantes na construção de 
um projeto educativo para a educação infantil. São elas: a das 
práticas sociais, a das políticas públicas e a da sistematização dos 
conhecimentos relacionadas a etapa educacional. Essa ampla 
produção revela a riqueza de soluções encontradas nas diferentes 
regiões brasileiras, mesmo com as desigualdades de condições 
institucionais para a garantia da qualidade nessa etapa educacional. 
Respeitando as diversidades da sociedade brasileira e das diversas 
propostas curriculares de educação infantil existentes, este 
referencial é uma proposta aberta, flexível e não obrigatória, que 
poderá subsidiar os sistemas educacionais, que assim o desejarem, 
na elaboração ou implementação de programas e currículos que 
condizem com suas realidades e singularidades. Por não ser 
obrigatório visa a favorecer o diálogo com propostas e currículos que 
se constroem na realidade de cada instituição, sejam creches, 
pré-escolas ou nos grupos de formação existentes nos diferentes 
sistemas, espalhados pelo Brasil.
O uso deste referencial só tem sentido se traduzir a vontade do grupo 
escolar envolvido com a educação da criança, sejam pais, 
professores, técnicos e funcionários; de fazer acontecer mesmo 
diante das dificuldades que serão encontradas, como acontecem 
nos demais projetos educativos da instituição.
O referencial funciona como elemento orientador de ações na busca 
da melhoria de qualidade da educação infantil brasileira. A busca da 
qualidade do atendimento envolve questões extensas ligadas às 
políticas públicas, às decisões de ordem orçamentária, à 
implantação de políticas de recursos humanos, aos padrões de 
atendimento que garantam espaço físico de qualidade, materiais 
tanto em quantitativa como qualitativa para propostas educacionais 
compatíveis com a faixa etária nas diferentes modalidades de 
atendimento, para as quais este Referencial pretende dar sua 
contribuição.ALGUMAS CONSIDERAÇÕES SOBRE CRECHES E PRÉ-ESCOLAS
O atendimento nas creches à criança pequena, apresenta ao 
decorrer dos anos entendimentos bastante divergentes sobre sua 
finalidade social. Algumas dessas instituições nasceram com o 
objetivo de atender exclusivamente às crianças de baixa renda. As 
creches e os projetos pré-escolas surgiram como tática para 
combater a pobreza e resolver problemas ligados à sobrevivência 
das crianças. Por muito tempo, esta foi a justificativa para a 
existência de atendimentos de baixo custo, com aplicações 
orçamentárias insuficientes, escassez de recursos materiais; 
precariedade de instalações; profissionais não qualificados e alto 
número de crianças por adultos.
Em instituições de educação infantil, privadas ou mantidas pelo 
poder público, significou em muitas situações agir de forma 
compensatória para sanar as supostas faltas e carências das 
crianças e de suas famílias. O atendimento era para poucos, 
selecionados por critérios, ou seja, nem toda criança era 
contemplada. O entendimento educacional era marcado por 
características de assistências, no qual as questões de cidadania 
ligadas aos ideais de liberdade e igualdade não eram consideradas.
Fazer modificação na educação assistencialista significa atentar para 
várias questões que vão muito além dos aspectos legais, ou seja, 
admitir as especificidades da educação infantil e rever concepções 
sobre a infância, as diferentes classes sociais, as responsabilidades 
da sociedade e o papel do Estado diante das crianças pequenas.
Existe uma concordância sobre a necessidade de que a educação 
infantil deva promover a integração entre os aspectos físicos, 
emocionais, afetivos, cognitivos e sociais da criança.
Quando se fala em cuidar da criança, os cuidados são aqueles 
referentes à proteção, alimentação e saúde, incluindo as 
necessidades de interação, afeto, estimulação, segurança e 
brincadeiras que possibilitem a exploração e ao descobrimento.
A preocupação com o desenvolvimento emocional da criança 
pequena produziu orientações nas quais, principalmente nas 
creches, os profissionais deveriam atuar como substitutos 
maternos. Houve também a tendência de se usar o espaço de 
educação infantil para o desenvolvimento de uma pedagogia 
relacional, ou seja, baseada exclusivamente no estabelecimento de 
relações pessoais intensas entre adultos e crianças.
Desenvolvimento cognitivo também é usado em algumas práticas. O 
termo “cognitivo” aparece ora especificamente ligado ao 
desenvolvimento das estruturas do pensamento, tendo a 
capacidade de generalizar, recordar, formar conceitos e raciocinar 
logicamente, se referindo a aprendizagens de conteúdo específicos. 
A polêmica entre a concepção que a educação deve principalmente 
promover a construção das estruturas cognitivas e aquela que 
ressalta a construção de conhecimentos como meta da educação, 
pouca contribuição porque o desenvolvimento das capacidades 
cognitivas do pensamento humano mantém uma relação estreita 
com o processo das aprendizagens específicas que as experiências 
educacionais podem proporcionar. 
Esse assunto sempre terá sua polêmica, quando se fala sobre cuidar 
e educar, sobre o papel do afeto na relação pedagógica e sobre 
educar para o desenvolvimento e para o conhecimento 
estabelecendo, portanto, o cenário sobre o qual se constroem as 
propostas em educação infantil. 
A elaboração de propostas educacionais conduz concepções sobre 
o cuidado, o educar e a aprendizagem, cujos fundamentos devem 
ser considerados de maneira explícita. 
Cuidar de uma criança em um contexto educativo manifesta a 
integração de vários campos de conhecimentos e a cooperação de 
profissionais de diferentes áreas.
O cuidado é um ato em relação ao outro e a si próprio que tem uma 
dimensão expressiva e implica em métodos específicos.
O desenvolvimento total depende tanto dos cuidados relacionado ao 
envolvimento a dimensão afetiva e dos cuidados com os aspectos 
biológicos do corpo, como a qualidade da alimentação e dos 
cuidados com a saúde, quanto da forma como esses cuidados são 
oferecidos.
As atitudes e procedimentos de cuidado de se dão pelas influências 
por crenças e valores em torno da saúde, da educação e do 
desenvolvimento infantil. Por mais que as necessidades humanas 
básicas sejam simples, como alimentação, proteção, entre outras; as 
formas de identificá-las, valorizá-las e atendê-las são estabelecidas 
socialmente. 
A identificação dessas necessidades sentidas e expressas pelas 
crianças, depende também da compreensão que o adulto tem das 
várias formas de comunicação que elas, uma vez que cada faixa 
etária possui e desenvolvi sua própria maneira de se comunicar. 
Prestar atenção e valorizar o choro de um bebê e responder a ele 
com um cuidado ou outro depende de como é interpretada a 
expressão de choro, e dos recursos existentes para responder a ele. 
É possível que o adulto que cuida da criança, tendo como base 
concepções de desenvolvimento e aprendizagem infantis, de 
educação e saúde, acredite que os bebês devem aprender a 
permanecer no berço, após serem alimentados e higienizados, e, 
portanto, não considerem o embalo como um cuidado, mas como 
uma ação que pode “acostumar mal” a criança. Em outras culturas, 
o embalo tem uma grande importância no cuidado de bebês, tanto 
que existem berços próprios para embalar.
O cuidador precisa avaliar as necessidades das crianças, que quando 
notadas, ouvidas e respeitadas, podem dar pistas importantes sobre 
a qualidade que estão recebendo. Os procedimentos de cuidado 
também precisam seguir os princípios de acesso à saúde. Para se 
atingir os objetivos dos cuidados com a preservação da vida e com o 
acréscimo das capacidades humanas, é necessário que as atitudes 
e procedimentos estejam baseados em informações específicas 
sobre o desenvolvimento biológico, emocional e intelectual das 
crianças, levando em consideração as diferentes realidades 
socioculturais.
Para cuidar é preciso antes de tudo estar comprometido com o 
outro, seus atos, ser solidário com suas necessidades. Disso 
depende a construção de um vínculo entre quem cuida e quem é 
cuidado.
Além da afetividade e da quantidade de cuidados, é preciso que o 
professor possa ajudar a criança a identificar suas necessidades 
priorizando-as, assim como atendê-las de forma certa. Cuidar da 
criança é sobretudo dar atenção a ela como pessoa que está num 
consecutivo crescimento e desenvolvimento, compreendendo seus 
atos, identificando e respondendo às suas necessidades. Inclui ter 
interesse sobre o que a criança sente, pensa, visando o aumento 
deste conhecimento e de suas capacidades, que aos poucos a 
tornarão mais independente e mais autônoma.
8
Constatou-se nesse documento, que são inúmeras e diferentes as 
propostas de currículo para a educação infantil que têm sido 
elaboradas, nos últimos anos, em diversas partes do Brasil. Refletem 
o nível de tensão de três instâncias determinantes na construção de 
um projeto educativo para a educação infantil. São elas: a das 
práticas sociais, a das políticas públicas e a da sistematização dos 
conhecimentos relacionadas a etapa educacional. Essa ampla 
produção revela a riqueza de soluções encontradas nas diferentes 
regiões brasileiras, mesmo com as desigualdades de condições 
institucionais para a garantia da qualidade nessa etapa educacional. 
Respeitando as diversidades da sociedade brasileira e das diversas 
propostas curriculares de educação infantil existentes, este 
referencial é uma proposta aberta, flexível e não obrigatória, que 
poderá subsidiar os sistemas educacionais, que assim o desejarem, 
na elaboração ou implementação de programas e currículos que 
condizem com suas realidades e singularidades. Por não ser 
obrigatório visa a favorecer o diálogo com propostas e currículos que 
se constroem na realidade de cada instituição, sejam creches, 
pré-escolas ou nos grupos de formação existentes nos diferentes 
sistemas, espalhados pelo Brasil.
O uso destereferencial só tem sentido se traduzir a vontade do grupo 
escolar envolvido com a educação da criança, sejam pais, 
professores, técnicos e funcionários; de fazer acontecer mesmo 
diante das dificuldades que serão encontradas, como acontecem 
nos demais projetos educativos da instituição.
O referencial funciona como elemento orientador de ações na busca 
da melhoria de qualidade da educação infantil brasileira. A busca da 
qualidade do atendimento envolve questões extensas ligadas às 
políticas públicas, às decisões de ordem orçamentária, à 
implantação de políticas de recursos humanos, aos padrões de 
atendimento que garantam espaço físico de qualidade, materiais 
tanto em quantitativa como qualitativa para propostas educacionais 
compatíveis com a faixa etária nas diferentes modalidades de 
atendimento, para as quais este Referencial pretende dar sua 
contribuição.
O atendimento nas creches à criança pequena, apresenta ao 
decorrer dos anos entendimentos bastante divergentes sobre sua 
finalidade social. Algumas dessas instituições nasceram com o 
objetivo de atender exclusivamente às crianças de baixa renda. As 
creches e os projetos pré-escolas surgiram como tática para 
combater a pobreza e resolver problemas ligados à sobrevivência 
das crianças. Por muito tempo, esta foi a justificativa para a 
existência de atendimentos de baixo custo, com aplicações 
orçamentárias insuficientes, escassez de recursos materiais; 
precariedade de instalações; profissionais não qualificados e alto 
número de crianças por adultos.
Em instituições de educação infantil, privadas ou mantidas pelo 
poder público, significou em muitas situações agir de forma 
compensatória para sanar as supostas faltas e carências das 
crianças e de suas famílias. O atendimento era para poucos, 
selecionados por critérios, ou seja, nem toda criança era 
contemplada. O entendimento educacional era marcado por 
características de assistências, no qual as questões de cidadania 
ligadas aos ideais de liberdade e igualdade não eram consideradas.
Fazer modificação na educação assistencialista significa atentar para 
várias questões que vão muito além dos aspectos legais, ou seja, 
admitir as especificidades da educação infantil e rever concepções 
sobre a infância, as diferentes classes sociais, as responsabilidades 
da sociedade e o papel do Estado diante das crianças pequenas.
Existe uma concordância sobre a necessidade de que a educação 
infantil deva promover a integração entre os aspectos físicos, 
emocionais, afetivos, cognitivos e sociais da criança.
Quando se fala em cuidar da criança, os cuidados são aqueles 
referentes à proteção, alimentação e saúde, incluindo as 
necessidades de interação, afeto, estimulação, segurança e 
brincadeiras que possibilitem a exploração e ao descobrimento.
A preocupação com o desenvolvimento emocional da criança 
pequena produziu orientações nas quais, principalmente nas 
creches, os profissionais deveriam atuar como substitutos 
maternos. Houve também a tendência de se usar o espaço de 
educação infantil para o desenvolvimento de uma pedagogia 
relacional, ou seja, baseada exclusivamente no estabelecimento de 
relações pessoais intensas entre adultos e crianças.
Desenvolvimento cognitivo também é usado em algumas práticas. O 
termo “cognitivo” aparece ora especificamente ligado ao 
desenvolvimento das estruturas do pensamento, tendo a 
capacidade de generalizar, recordar, formar conceitos e raciocinar 
logicamente, se referindo a aprendizagens de conteúdo específicos. 
A polêmica entre a concepção que a educação deve principalmente 
promover a construção das estruturas cognitivas e aquela que 
ressalta a construção de conhecimentos como meta da educação, 
pouca contribuição porque o desenvolvimento das capacidades 
cognitivas do pensamento humano mantém uma relação estreita 
com o processo das aprendizagens específicas que as experiências 
educacionais podem proporcionar. 
Esse assunto sempre terá sua polêmica, quando se fala sobre cuidar 
e educar, sobre o papel do afeto na relação pedagógica e sobre 
educar para o desenvolvimento e para o conhecimento 
estabelecendo, portanto, o cenário sobre o qual se constroem as 
propostas em educação infantil. 
A elaboração de propostas educacionais conduz concepções sobre 
o cuidado, o educar e a aprendizagem, cujos fundamentos devem 
ser considerados de maneira explícita. 
Cuidar de uma criança em um contexto educativo manifesta a 
integração de vários campos de conhecimentos e a cooperação de 
profissionais de diferentes áreas.
O cuidado é um ato em relação ao outro e a si próprio que tem uma 
dimensão expressiva e implica em métodos específicos.
O desenvolvimento total depende tanto dos cuidados relacionado ao 
envolvimento a dimensão afetiva e dos cuidados com os aspectos 
biológicos do corpo, como a qualidade da alimentação e dos 
cuidados com a saúde, quanto da forma como esses cuidados são 
oferecidos.
As atitudes e procedimentos de cuidado de se dão pelas influências 
por crenças e valores em torno da saúde, da educação e do 
desenvolvimento infantil. Por mais que as necessidades humanas 
básicas sejam simples, como alimentação, proteção, entre outras; as 
formas de identificá-las, valorizá-las e atendê-las são estabelecidas 
socialmente. 
A identificação dessas necessidades sentidas e expressas pelas 
crianças, depende também da compreensão que o adulto tem das 
várias formas de comunicação que elas, uma vez que cada faixa 
etária possui e desenvolvi sua própria maneira de se comunicar. 
Prestar atenção e valorizar o choro de um bebê e responder a ele 
com um cuidado ou outro depende de como é interpretada a 
expressão de choro, e dos recursos existentes para responder a ele. 
É possível que o adulto que cuida da criança, tendo como base 
concepções de desenvolvimento e aprendizagem infantis, de 
educação e saúde, acredite que os bebês devem aprender a 
permanecer no berço, após serem alimentados e higienizados, e, 
portanto, não considerem o embalo como um cuidado, mas como 
uma ação que pode “acostumar mal” a criança. Em outras culturas, 
o embalo tem uma grande importância no cuidado de bebês, tanto 
que existem berços próprios para embalar.
O cuidador precisa avaliar as necessidades das crianças, que quando 
notadas, ouvidas e respeitadas, podem dar pistas importantes sobre 
a qualidade que estão recebendo. Os procedimentos de cuidado 
também precisam seguir os princípios de acesso à saúde. Para se 
atingir os objetivos dos cuidados com a preservação da vida e com o 
acréscimo das capacidades humanas, é necessário que as atitudes 
e procedimentos estejam baseados em informações específicas 
sobre o desenvolvimento biológico, emocional e intelectual das 
crianças, levando em consideração as diferentes realidades 
socioculturais.
Para cuidar é preciso antes de tudo estar comprometido com o 
outro, seus atos, ser solidário com suas necessidades. Disso 
depende a construção de um vínculo entre quem cuida e quem é 
cuidado.
Além da afetividade e da quantidade de cuidados, é preciso que o 
professor possa ajudar a criança a identificar suas necessidades 
priorizando-as, assim como atendê-las de forma certa. Cuidar da 
criança é sobretudo dar atenção a ela como pessoa que está num 
consecutivo crescimento e desenvolvimento, compreendendo seus 
atos, identificando e respondendo às suas necessidades. Inclui ter 
interesse sobre o que a criança sente, pensa, visando o aumento 
deste conhecimento e de suas capacidades, que aos poucos a 
tornarão mais independente e mais autônoma.
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Constatou-se nesse documento, que são inúmeras e diferentes as 
propostas de currículo para a educação infantil que têm sido 
elaboradas, nos últimos anos, em diversas partes do Brasil. Refletem 
o nível de tensão de três instâncias determinantes na construção de 
um projeto educativo para a educação infantil. São elas: a das 
práticas sociais, a das políticas públicas e a da sistematização dos 
conhecimentos relacionadas a etapa educacional. Essa amplaprodução revela a riqueza de soluções encontradas nas diferentes 
regiões brasileiras, mesmo com as desigualdades de condições 
institucionais para a garantia da qualidade nessa etapa educacional. 
Respeitando as diversidades da sociedade brasileira e das diversas 
propostas curriculares de educação infantil existentes, este 
referencial é uma proposta aberta, flexível e não obrigatória, que 
poderá subsidiar os sistemas educacionais, que assim o desejarem, 
na elaboração ou implementação de programas e currículos que 
condizem com suas realidades e singularidades. Por não ser 
obrigatório visa a favorecer o diálogo com propostas e currículos que 
se constroem na realidade de cada instituição, sejam creches, 
pré-escolas ou nos grupos de formação existentes nos diferentes 
sistemas, espalhados pelo Brasil.
O uso deste referencial só tem sentido se traduzir a vontade do grupo 
escolar envolvido com a educação da criança, sejam pais, 
professores, técnicos e funcionários; de fazer acontecer mesmo 
diante das dificuldades que serão encontradas, como acontecem 
nos demais projetos educativos da instituição.
O referencial funciona como elemento orientador de ações na busca 
da melhoria de qualidade da educação infantil brasileira. A busca da 
qualidade do atendimento envolve questões extensas ligadas às 
políticas públicas, às decisões de ordem orçamentária, à 
implantação de políticas de recursos humanos, aos padrões de 
atendimento que garantam espaço físico de qualidade, materiais 
tanto em quantitativa como qualitativa para propostas educacionais 
compatíveis com a faixa etária nas diferentes modalidades de 
atendimento, para as quais este Referencial pretende dar sua 
contribuição.
O atendimento nas creches à criança pequena, apresenta ao 
decorrer dos anos entendimentos bastante divergentes sobre sua 
finalidade social. Algumas dessas instituições nasceram com o 
objetivo de atender exclusivamente às crianças de baixa renda. As 
creches e os projetos pré-escolas surgiram como tática para 
combater a pobreza e resolver problemas ligados à sobrevivência 
das crianças. Por muito tempo, esta foi a justificativa para a 
existência de atendimentos de baixo custo, com aplicações 
orçamentárias insuficientes, escassez de recursos materiais; 
precariedade de instalações; profissionais não qualificados e alto 
número de crianças por adultos.
Em instituições de educação infantil, privadas ou mantidas pelo 
poder público, significou em muitas situações agir de forma 
compensatória para sanar as supostas faltas e carências das 
crianças e de suas famílias. O atendimento era para poucos, 
selecionados por critérios, ou seja, nem toda criança era 
contemplada. O entendimento educacional era marcado por 
características de assistências, no qual as questões de cidadania 
ligadas aos ideais de liberdade e igualdade não eram consideradas.
Fazer modificação na educação assistencialista significa atentar para 
várias questões que vão muito além dos aspectos legais, ou seja, 
admitir as especificidades da educação infantil e rever concepções 
sobre a infância, as diferentes classes sociais, as responsabilidades 
da sociedade e o papel do Estado diante das crianças pequenas.
Existe uma concordância sobre a necessidade de que a educação 
infantil deva promover a integração entre os aspectos físicos, 
emocionais, afetivos, cognitivos e sociais da criança.
Quando se fala em cuidar da criança, os cuidados são aqueles 
referentes à proteção, alimentação e saúde, incluindo as 
necessidades de interação, afeto, estimulação, segurança e 
brincadeiras que possibilitem a exploração e ao descobrimento.
A preocupação com o desenvolvimento emocional da criança 
pequena produziu orientações nas quais, principalmente nas 
creches, os profissionais deveriam atuar como substitutos 
maternos. Houve também a tendência de se usar o espaço de 
educação infantil para o desenvolvimento de uma pedagogia 
relacional, ou seja, baseada exclusivamente no estabelecimento de 
relações pessoais intensas entre adultos e crianças.
Desenvolvimento cognitivo também é usado em algumas práticas. O 
termo “cognitivo” aparece ora especificamente ligado ao 
desenvolvimento das estruturas do pensamento, tendo a 
capacidade de generalizar, recordar, formar conceitos e raciocinar 
logicamente, se referindo a aprendizagens de conteúdo específicos. 
A polêmica entre a concepção que a educação deve principalmente 
promover a construção das estruturas cognitivas e aquela que 
ressalta a construção de conhecimentos como meta da educação, 
pouca contribuição porque o desenvolvimento das capacidades 
cognitivas do pensamento humano mantém uma relação estreita 
com o processo das aprendizagens específicas que as experiências 
educacionais podem proporcionar. 
Esse assunto sempre terá sua polêmica, quando se fala sobre cuidar 
e educar, sobre o papel do afeto na relação pedagógica e sobre 
educar para o desenvolvimento e para o conhecimento 
estabelecendo, portanto, o cenário sobre o qual se constroem as 
propostas em educação infantil. 
A elaboração de propostas educacionais conduz concepções sobre 
o cuidado, o educar e a aprendizagem, cujos fundamentos devem 
ser considerados de maneira explícita. 
3.1 A CRIANÇA 
Fonte: Freepik
A percepção de criança vem modificando ao longo dos tempos, não 
se apresentando da mesma forma, por classe social ou sociedade. 
Em uma mesma cidade, pode ocorrer crianças de diversas classes 
sociais, grupo étnico no qual fazem parte. No Brasil uma grande 
parte das crianças enfrentam um cotidiano bastante atribulado que 
as conduz desde muito cedo a precárias condições de vida e ao 
trabalho infantil. Enquanto a realidade de outras crianças é outra, 
sendo protegidas de todas as maneiras, recebendo de suas famílias 
e da sociedade em geral todos os cuidados necessários para seu 
desenvolvimento. Essas duas realidades revelam a contradição de 
uma sociedade com muitas desigualdades sociais presentes no 
cotidiano das crianças.
A criança faz parte de uma organização familiar que está inserida em 
uma sociedade, com diversas culturas, social e familiar. Seu 
desenvolvimento é de acordo com o meio social que ela vive. A 
família é o ponto de referência para a criança. 
Cada criança possui uma natureza própria, que as caracteriza como 
seres que pensam e veem o mundo de um jeito próprio. No 
procedimento de construção do conhecimento, as crianças usam 
das mais diferentes linguagens e desempenham a capacidade de 
possuir ideias e hipóteses originais sobre o que buscam descobrir. 
Nessa perspectiva as crianças estabelecem o conhecimento a partir 
das interações com as outras pessoas e com o meio em que vivem. 
O conhecimento não se constitui em cópia da realidade e sim, como 
fruto de um intenso trabalho de criação, ou seja, fazer com que as 
pessoas possam atribuir novo significado a acontecimentos através 
da mudança de sua visão de mundo.
Saber reconhecer a individualidade que cada criança possui é o 
grande desafio da educação infantil e de seus profissionais. Ainda 
que com os conhecimentos decorridos da psicologia, antropologia, 
sociologia, medicina, ou seja, a parte clínica, possam ser de grande 
valor para desvelar o universo infantil apontando algumas 
características comuns das crianças, permanecem únicas em suas 
individualidades e diferenças.
Cuidar de uma criança em um contexto educativo manifesta a 
integração de vários campos de conhecimentos e a cooperação de 
profissionais de diferentes áreas.
O cuidado é um ato em relação ao outro e a si próprio que tem uma 
dimensão expressiva e implica em métodos específicos.
O desenvolvimento total depende tanto dos cuidados relacionado ao 
envolvimento a dimensão afetiva e dos cuidados com os aspectos 
biológicos do corpo, como a qualidade da alimentação e dos 
cuidados com a saúde, quanto da forma como esses cuidados são 
oferecidos.
As atitudes e procedimentos de cuidado de se dão pelas influências 
por crenças e valores em torno da saúde, da educação e do 
desenvolvimentoinfantil. Por mais que as necessidades humanas 
básicas sejam simples, como alimentação, proteção, entre outras; as 
formas de identificá-las, valorizá-las e atendê-las são estabelecidas 
socialmente. 
A identificação dessas necessidades sentidas e expressas pelas 
crianças, depende também da compreensão que o adulto tem das 
várias formas de comunicação que elas, uma vez que cada faixa 
etária possui e desenvolvi sua própria maneira de se comunicar. 
Prestar atenção e valorizar o choro de um bebê e responder a ele 
com um cuidado ou outro depende de como é interpretada a 
expressão de choro, e dos recursos existentes para responder a ele. 
É possível que o adulto que cuida da criança, tendo como base 
concepções de desenvolvimento e aprendizagem infantis, de 
educação e saúde, acredite que os bebês devem aprender a 
permanecer no berço, após serem alimentados e higienizados, e, 
portanto, não considerem o embalo como um cuidado, mas como 
uma ação que pode “acostumar mal” a criança. Em outras culturas, 
o embalo tem uma grande importância no cuidado de bebês, tanto 
que existem berços próprios para embalar.
O cuidador precisa avaliar as necessidades das crianças, que quando 
notadas, ouvidas e respeitadas, podem dar pistas importantes sobre 
a qualidade que estão recebendo. Os procedimentos de cuidado 
também precisam seguir os princípios de acesso à saúde. Para se 
atingir os objetivos dos cuidados com a preservação da vida e com o 
acréscimo das capacidades humanas, é necessário que as atitudes 
e procedimentos estejam baseados em informações específicas 
sobre o desenvolvimento biológico, emocional e intelectual das 
crianças, levando em consideração as diferentes realidades 
socioculturais.
Para cuidar é preciso antes de tudo estar comprometido com o 
outro, seus atos, ser solidário com suas necessidades. Disso 
depende a construção de um vínculo entre quem cuida e quem é 
cuidado.
Além da afetividade e da quantidade de cuidados, é preciso que o 
professor possa ajudar a criança a identificar suas necessidades 
priorizando-as, assim como atendê-las de forma certa. Cuidar da 
criança é sobretudo dar atenção a ela como pessoa que está num 
consecutivo crescimento e desenvolvimento, compreendendo seus 
atos, identificando e respondendo às suas necessidades. Inclui ter 
interesse sobre o que a criança sente, pensa, visando o aumento 
deste conhecimento e de suas capacidades, que aos poucos a 
tornarão mais independente e mais autônoma.
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Constatou-se nesse documento, que são inúmeras e diferentes as 
propostas de currículo para a educação infantil que têm sido 
elaboradas, nos últimos anos, em diversas partes do Brasil. Refletem 
o nível de tensão de três instâncias determinantes na construção de 
um projeto educativo para a educação infantil. São elas: a das 
práticas sociais, a das políticas públicas e a da sistematização dos 
conhecimentos relacionadas a etapa educacional. Essa ampla 
produção revela a riqueza de soluções encontradas nas diferentes 
regiões brasileiras, mesmo com as desigualdades de condições 
institucionais para a garantia da qualidade nessa etapa educacional. 
Respeitando as diversidades da sociedade brasileira e das diversas 
propostas curriculares de educação infantil existentes, este 
referencial é uma proposta aberta, flexível e não obrigatória, que 
poderá subsidiar os sistemas educacionais, que assim o desejarem, 
na elaboração ou implementação de programas e currículos que 
condizem com suas realidades e singularidades. Por não ser 
obrigatório visa a favorecer o diálogo com propostas e currículos que 
se constroem na realidade de cada instituição, sejam creches, 
pré-escolas ou nos grupos de formação existentes nos diferentes 
sistemas, espalhados pelo Brasil.
O uso deste referencial só tem sentido se traduzir a vontade do grupo 
escolar envolvido com a educação da criança, sejam pais, 
professores, técnicos e funcionários; de fazer acontecer mesmo 
diante das dificuldades que serão encontradas, como acontecem 
nos demais projetos educativos da instituição.
O referencial funciona como elemento orientador de ações na busca 
da melhoria de qualidade da educação infantil brasileira. A busca da 
qualidade do atendimento envolve questões extensas ligadas às 
políticas públicas, às decisões de ordem orçamentária, à 
implantação de políticas de recursos humanos, aos padrões de 
atendimento que garantam espaço físico de qualidade, materiais 
tanto em quantitativa como qualitativa para propostas educacionais 
compatíveis com a faixa etária nas diferentes modalidades de 
atendimento, para as quais este Referencial pretende dar sua 
contribuição.
A percepção de criança vem modificando ao longo dos tempos, não 
se apresentando da mesma forma, por classe social ou sociedade. 
Em uma mesma cidade, pode ocorrer crianças de diversas classes 
sociais, grupo étnico no qual fazem parte. No Brasil uma grande 
parte das crianças enfrentam um cotidiano bastante atribulado que 
as conduz desde muito cedo a precárias condições de vida e ao 
trabalho infantil. Enquanto a realidade de outras crianças é outra, 
sendo protegidas de todas as maneiras, recebendo de suas famílias 
e da sociedade em geral todos os cuidados necessários para seu 
desenvolvimento. Essas duas realidades revelam a contradição de 
uma sociedade com muitas desigualdades sociais presentes no 
cotidiano das crianças.
A criança faz parte de uma organização familiar que está inserida em 
uma sociedade, com diversas culturas, social e familiar. Seu 
desenvolvimento é de acordo com o meio social que ela vive. A 
família é o ponto de referência para a criança. 
Cada criança possui uma natureza própria, que as caracteriza como 
seres que pensam e veem o mundo de um jeito próprio. No 
procedimento de construção do conhecimento, as crianças usam 
das mais diferentes linguagens e desempenham a capacidade de 
possuir ideias e hipóteses originais sobre o que buscam descobrir. 
Nessa perspectiva as crianças estabelecem o conhecimento a partir 
das interações com as outras pessoas e com o meio em que vivem. 
O conhecimento não se constitui em cópia da realidade e sim, como 
fruto de um intenso trabalho de criação, ou seja, fazer com que as 
pessoas possam atribuir novo significado a acontecimentos através 
da mudança de sua visão de mundo.
Saber reconhecer a individualidade que cada criança possui é o 
grande desafio da educação infantil e de seus profissionais. Ainda 
que com os conhecimentos decorridos da psicologia, antropologia, 
sociologia, medicina, ou seja, a parte clínica, possam ser de grande 
valor para desvelar o universo infantil apontando algumas 
características comuns das crianças, permanecem únicas em suas 
individualidades e diferenças.
3.2 EDUCAR
Nos últimos anos, as contestações em nível tanto nacional quanto 
internacional apontam para a necessidade de que as instituições de 
educação infantil agrupem de maneira integrada as funções de 
educar e cuidar, e não mais diferenciando nem hierarquizando os 
profissionais e instituições que atuam com as crianças pequenas 
e/ou aqueles que trabalham com as maiores. As novas funções para 
a educação infantil devem estar adjuntas a padrões de qualidade. 
Essa qualidade acontece com as concepções de desenvolvimento 
que consideram as crianças nos seus contextos sociais, ambientais, 
culturais e, mais concretamente, nas interações e práticas sociais 
que lhes fornecem elementos das mais diversas linguagens e ao 
contato dos mais variados conhecimentos para a construção de 
uma identidade independente.
A instituição de educação infantil deve tornar acessível a todas as 
crianças que a frequentam, sem discriminação. Tem um papel 
socializador, concedendo o desenvolvimento da identidade das 
crianças, por meio de aprendizagens variadas, realizadas em 
ambiente de interação (BOBBIO, 1992).
Na instituição de educação infantil, proporciona-se às crianças 
condições para as aprendizagens que ocorrem nas brincadeiras 
acrescidas de situações pedagógicas propositadas.Essas 
aprendizagens ocorrem de maneira integrada no processo de 
desenvolvimento infantil.
Educar significa, entretanto, propiciar situações de cuidados, 
brincadeiras e aprendizagens orientadas de forma integrada e que 
possam colaborar para o desenvolvimento das capacidades infantis 
de relação interpessoal, que é de ser e estar com os outros com 
respeito e confiança, e o acesso aos conhecimentos mais amplos da 
realidade social e cultural. A educação auxiliar no desenvolvimento 
das capacidades de apropriação e conhecimento das 
potencialidades corporais, afetivas, emocionais, estéticas e éticas, 
na perspectiva de colaborar para a formação de crianças felizes e 
saudáveis (RCNEI, 1998, p.23).
Cuidar de uma criança em um contexto educativo manifesta a 
integração de vários campos de conhecimentos e a cooperação de 
profissionais de diferentes áreas.
O cuidado é um ato em relação ao outro e a si próprio que tem uma 
dimensão expressiva e implica em métodos específicos.
O desenvolvimento total depende tanto dos cuidados relacionado ao 
envolvimento a dimensão afetiva e dos cuidados com os aspectos 
biológicos do corpo, como a qualidade da alimentação e dos 
cuidados com a saúde, quanto da forma como esses cuidados são 
oferecidos.
As atitudes e procedimentos de cuidado de se dão pelas influências 
por crenças e valores em torno da saúde, da educação e do 
desenvolvimento infantil. Por mais que as necessidades humanas 
básicas sejam simples, como alimentação, proteção, entre outras; as 
formas de identificá-las, valorizá-las e atendê-las são estabelecidas 
socialmente. 
A identificação dessas necessidades sentidas e expressas pelas 
crianças, depende também da compreensão que o adulto tem das 
várias formas de comunicação que elas, uma vez que cada faixa 
etária possui e desenvolvi sua própria maneira de se comunicar. 
Prestar atenção e valorizar o choro de um bebê e responder a ele 
com um cuidado ou outro depende de como é interpretada a 
expressão de choro, e dos recursos existentes para responder a ele. 
É possível que o adulto que cuida da criança, tendo como base 
concepções de desenvolvimento e aprendizagem infantis, de 
educação e saúde, acredite que os bebês devem aprender a 
permanecer no berço, após serem alimentados e higienizados, e, 
portanto, não considerem o embalo como um cuidado, mas como 
uma ação que pode “acostumar mal” a criança. Em outras culturas, 
o embalo tem uma grande importância no cuidado de bebês, tanto 
que existem berços próprios para embalar.
O cuidador precisa avaliar as necessidades das crianças, que quando 
notadas, ouvidas e respeitadas, podem dar pistas importantes sobre 
a qualidade que estão recebendo. Os procedimentos de cuidado 
também precisam seguir os princípios de acesso à saúde. Para se 
atingir os objetivos dos cuidados com a preservação da vida e com o 
acréscimo das capacidades humanas, é necessário que as atitudes 
e procedimentos estejam baseados em informações específicas 
sobre o desenvolvimento biológico, emocional e intelectual das 
crianças, levando em consideração as diferentes realidades 
socioculturais.
Para cuidar é preciso antes de tudo estar comprometido com o 
outro, seus atos, ser solidário com suas necessidades. Disso 
depende a construção de um vínculo entre quem cuida e quem é 
cuidado.
Além da afetividade e da quantidade de cuidados, é preciso que o 
professor possa ajudar a criança a identificar suas necessidades 
priorizando-as, assim como atendê-las de forma certa. Cuidar da 
criança é sobretudo dar atenção a ela como pessoa que está num 
consecutivo crescimento e desenvolvimento, compreendendo seus 
atos, identificando e respondendo às suas necessidades. Inclui ter 
interesse sobre o que a criança sente, pensa, visando o aumento 
deste conhecimento e de suas capacidades, que aos poucos a 
tornarão mais independente e mais autônoma.
11
Constatou-se nesse documento, que são inúmeras e diferentes as 
propostas de currículo para a educação infantil que têm sido 
elaboradas, nos últimos anos, em diversas partes do Brasil. Refletem 
o nível de tensão de três instâncias determinantes na construção de 
um projeto educativo para a educação infantil. São elas: a das 
práticas sociais, a das políticas públicas e a da sistematização dos 
conhecimentos relacionadas a etapa educacional. Essa ampla 
produção revela a riqueza de soluções encontradas nas diferentes 
regiões brasileiras, mesmo com as desigualdades de condições 
institucionais para a garantia da qualidade nessa etapa educacional. 
Respeitando as diversidades da sociedade brasileira e das diversas 
propostas curriculares de educação infantil existentes, este 
referencial é uma proposta aberta, flexível e não obrigatória, que 
poderá subsidiar os sistemas educacionais, que assim o desejarem, 
na elaboração ou implementação de programas e currículos que 
condizem com suas realidades e singularidades. Por não ser 
obrigatório visa a favorecer o diálogo com propostas e currículos que 
se constroem na realidade de cada instituição, sejam creches, 
pré-escolas ou nos grupos de formação existentes nos diferentes 
sistemas, espalhados pelo Brasil.
O uso deste referencial só tem sentido se traduzir a vontade do grupo 
escolar envolvido com a educação da criança, sejam pais, 
professores, técnicos e funcionários; de fazer acontecer mesmo 
diante das dificuldades que serão encontradas, como acontecem 
nos demais projetos educativos da instituição.
O referencial funciona como elemento orientador de ações na busca 
da melhoria de qualidade da educação infantil brasileira. A busca da 
qualidade do atendimento envolve questões extensas ligadas às 
políticas públicas, às decisões de ordem orçamentária, à 
implantação de políticas de recursos humanos, aos padrões de 
atendimento que garantam espaço físico de qualidade, materiais 
tanto em quantitativa como qualitativa para propostas educacionais 
compatíveis com a faixa etária nas diferentes modalidades de 
atendimento, para as quais este Referencial pretende dar sua 
contribuição.
Nos últimos anos, as contestações em nível tanto nacional quanto 
internacional apontam para a necessidade de que as instituições de 
educação infantil agrupem de maneira integrada as funções de 
educar e cuidar, e não mais diferenciando nem hierarquizando os 
profissionais e instituições que atuam com as crianças pequenas 
e/ou aqueles que trabalham com as maiores. As novas funções para 
a educação infantil devem estar adjuntas a padrões de qualidade. 
Essa qualidade acontece com as concepções de desenvolvimento 
que consideram as crianças nos seus contextos sociais, ambientais, 
culturais e, mais concretamente, nas interações e práticas sociais 
que lhes fornecem elementos das mais diversas linguagens e ao 
contato dos mais variados conhecimentos para a construção de 
uma identidade independente.
A instituição de educação infantil deve tornar acessível a todas as 
crianças que a frequentam, sem discriminação. Tem um papel 
socializador, concedendo o desenvolvimento da identidade das 
crianças, por meio de aprendizagens variadas, realizadas em 
ambiente de interação (BOBBIO, 1992).
Na instituição de educação infantil, proporciona-se às crianças 
condições para as aprendizagens que ocorrem nas brincadeiras 
acrescidas de situações pedagógicas propositadas. Essas 
aprendizagens ocorrem de maneira integrada no processo de 
desenvolvimento infantil.
Educar significa, entretanto, propiciar situações de cuidados, 
brincadeiras e aprendizagens orientadas de forma integrada e que 
possam colaborar para o desenvolvimento das capacidades infantis 
de relação interpessoal, que é de ser e estar com os outros com 
respeito e confiança, e o acesso aos conhecimentos mais amplos da 
realidade social e cultural. A educação auxiliar no desenvolvimento 
das capacidades de apropriação e conhecimento das 
potencialidades corporais, afetivas, emocionais, estéticas e éticas, 
na perspectiva de colaborar para a formação de crianças felizes e 
saudáveis (RCNEI, 1998,p.23).
3.3 CUIDAR
Cuidar de uma criança em um contexto educativo manifesta a 
integração de vários campos de conhecimentos e a cooperação de 
profissionais de diferentes áreas.
O cuidado é um ato em relação ao outro e a si próprio que tem uma 
dimensão expressiva e implica em métodos específicos.
O desenvolvimento total depende tanto dos cuidados relacionado ao 
envolvimento a dimensão afetiva e dos cuidados com os aspectos 
biológicos do corpo, como a qualidade da alimentação e dos 
cuidados com a saúde, quanto da forma como esses cuidados são 
oferecidos.
As atitudes e procedimentos de cuidado de se dão pelas influências 
por crenças e valores em torno da saúde, da educação e do 
desenvolvimento infantil. Por mais que as necessidades humanas 
básicas sejam simples, como alimentação, proteção, entre outras; as 
formas de identificá-las, valorizá-las e atendê-las são estabelecidas 
socialmente. 
A identificação dessas necessidades sentidas e expressas pelas 
crianças, depende também da compreensão que o adulto tem das 
várias formas de comunicação que elas, uma vez que cada faixa 
etária possui e desenvolvi sua própria maneira de se comunicar. 
Prestar atenção e valorizar o choro de um bebê e responder a ele 
com um cuidado ou outro depende de como é interpretada a 
expressão de choro, e dos recursos existentes para responder a ele. 
É possível que o adulto que cuida da criança, tendo como base 
concepções de desenvolvimento e aprendizagem infantis, de 
educação e saúde, acredite que os bebês devem aprender a 
permanecer no berço, após serem alimentados e higienizados, e, 
portanto, não considerem o embalo como um cuidado, mas como 
uma ação que pode “acostumar mal” a criança. Em outras culturas, 
o embalo tem uma grande importância no cuidado de bebês, tanto 
que existem berços próprios para embalar.
O cuidador precisa avaliar as necessidades das crianças, que quando 
notadas, ouvidas e respeitadas, podem dar pistas importantes sobre 
a qualidade que estão recebendo. Os procedimentos de cuidado 
também precisam seguir os princípios de acesso à saúde. Para se 
atingir os objetivos dos cuidados com a preservação da vida e com o 
acréscimo das capacidades humanas, é necessário que as atitudes 
e procedimentos estejam baseados em informações específicas 
sobre o desenvolvimento biológico, emocional e intelectual das 
crianças, levando em consideração as diferentes realidades 
socioculturais.
Para cuidar é preciso antes de tudo estar comprometido com o 
outro, seus atos, ser solidário com suas necessidades. Disso 
depende a construção de um vínculo entre quem cuida e quem é 
cuidado.
Além da afetividade e da quantidade de cuidados, é preciso que o 
professor possa ajudar a criança a identificar suas necessidades 
priorizando-as, assim como atendê-las de forma certa. Cuidar da 
criança é sobretudo dar atenção a ela como pessoa que está num 
consecutivo crescimento e desenvolvimento, compreendendo seus 
atos, identificando e respondendo às suas necessidades. Inclui ter 
interesse sobre o que a criança sente, pensa, visando o aumento 
deste conhecimento e de suas capacidades, que aos poucos a 
tornarão mais independente e mais autônoma.
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Constatou-se nesse documento, que são inúmeras e diferentes as 
propostas de currículo para a educação infantil que têm sido 
elaboradas, nos últimos anos, em diversas partes do Brasil. Refletem 
o nível de tensão de três instâncias determinantes na construção de 
um projeto educativo para a educação infantil. São elas: a das 
práticas sociais, a das políticas públicas e a da sistematização dos 
conhecimentos relacionadas a etapa educacional. Essa ampla 
produção revela a riqueza de soluções encontradas nas diferentes 
regiões brasileiras, mesmo com as desigualdades de condições 
institucionais para a garantia da qualidade nessa etapa educacional. 
Respeitando as diversidades da sociedade brasileira e das diversas 
propostas curriculares de educação infantil existentes, este 
referencial é uma proposta aberta, flexível e não obrigatória, que 
poderá subsidiar os sistemas educacionais, que assim o desejarem, 
na elaboração ou implementação de programas e currículos que 
condizem com suas realidades e singularidades. Por não ser 
obrigatório visa a favorecer o diálogo com propostas e currículos que 
se constroem na realidade de cada instituição, sejam creches, 
pré-escolas ou nos grupos de formação existentes nos diferentes 
sistemas, espalhados pelo Brasil.
O uso deste referencial só tem sentido se traduzir a vontade do grupo 
escolar envolvido com a educação da criança, sejam pais, 
professores, técnicos e funcionários; de fazer acontecer mesmo 
diante das dificuldades que serão encontradas, como acontecem 
nos demais projetos educativos da instituição.
O referencial funciona como elemento orientador de ações na busca 
da melhoria de qualidade da educação infantil brasileira. A busca da 
qualidade do atendimento envolve questões extensas ligadas às 
políticas públicas, às decisões de ordem orçamentária, à 
implantação de políticas de recursos humanos, aos padrões de 
atendimento que garantam espaço físico de qualidade, materiais 
tanto em quantitativa como qualitativa para propostas educacionais 
compatíveis com a faixa etária nas diferentes modalidades de 
atendimento, para as quais este Referencial pretende dar sua 
contribuição.
Cuidar de uma criança em um contexto educativo manifesta a 
integração de vários campos de conhecimentos e a cooperação de 
profissionais de diferentes áreas.
O cuidado é um ato em relação ao outro e a si próprio que tem uma 
dimensão expressiva e implica em métodos específicos.
O desenvolvimento total depende tanto dos cuidados relacionado ao 
envolvimento a dimensão afetiva e dos cuidados com os aspectos 
biológicos do corpo, como a qualidade da alimentação e dos 
cuidados com a saúde, quanto da forma como esses cuidados são 
oferecidos.
As atitudes e procedimentos de cuidado de se dão pelas influências 
por crenças e valores em torno da saúde, da educação e do 
desenvolvimento infantil. Por mais que as necessidades humanas 
básicas sejam simples, como alimentação, proteção, entre outras; as 
formas de identificá-las, valorizá-las e atendê-las são estabelecidas 
socialmente. 
A identificação dessas necessidades sentidas e expressas pelas 
crianças, depende também da compreensão que o adulto tem das 
várias formas de comunicação que elas, uma vez que cada faixa 
etária possui e desenvolvi sua própria maneira de se comunicar. 
Prestar atenção e valorizar o choro de um bebê e responder a ele 
com um cuidado ou outro depende de como é interpretada a 
expressão de choro, e dos recursos existentes para responder a ele. 
É possível que o adulto que cuida da criança, tendo como base 
concepções de desenvolvimento e aprendizagem infantis, de 
educação e saúde, acredite que os bebês devem aprender a 
permanecer no berço, após serem alimentados e higienizados, e, 
portanto, não considerem o embalo como um cuidado, mas como 
uma ação que pode “acostumar mal” a criança. Em outras culturas, 
o embalo tem uma grande importância no cuidado de bebês, tanto 
que existem berços próprios para embalar.
O cuidador precisa avaliar as necessidades das crianças, que quando 
notadas, ouvidas e respeitadas, podem dar pistas importantes sobre 
a qualidade que estão recebendo. Os procedimentos de cuidado 
também precisam seguir os princípios de acesso à saúde. Para se 
atingir os objetivos dos cuidados com a preservação da vida e com o 
acréscimo das capacidades humanas, é necessário que as atitudes 
e procedimentos estejam baseados em informações específicas 
sobre o desenvolvimento biológico, emocional e intelectual das 
crianças, levando em consideração as diferentes realidades 
socioculturais.
Para cuidar é preciso antes de tudo estar comprometido com o 
outro, seus atos, ser solidário com suas necessidades. Disso 
depende a construção de um vínculo entre quem cuida e quem é 
cuidado.
Além da afetividade e da quantidade de cuidados, épreciso que o 
professor possa ajudar a criança a identificar suas necessidades 
priorizando-as, assim como atendê-las de forma certa. Cuidar da 
criança é sobretudo dar atenção a ela como pessoa que está num 
consecutivo crescimento e desenvolvimento, compreendendo seus 
atos, identificando e respondendo às suas necessidades. Inclui ter 
interesse sobre o que a criança sente, pensa, visando o aumento 
deste conhecimento e de suas capacidades, que aos poucos a 
tornarão mais independente e mais autônoma.
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Cuidar de uma criança em um contexto educativo manifesta a 
integração de vários campos de conhecimentos e a cooperação de 
profissionais de diferentes áreas.
O cuidado é um ato em relação ao outro e a si próprio que tem uma 
dimensão expressiva e implica em métodos específicos.
O desenvolvimento total depende tanto dos cuidados relacionado ao 
envolvimento a dimensão afetiva e dos cuidados com os aspectos 
biológicos do corpo, como a qualidade da alimentação e dos 
cuidados com a saúde, quanto da forma como esses cuidados são 
oferecidos.
As atitudes e procedimentos de cuidado de se dão pelas influências 
por crenças e valores em torno da saúde, da educação e do 
desenvolvimento infantil. Por mais que as necessidades humanas 
básicas sejam simples, como alimentação, proteção, entre outras; as 
formas de identificá-las, valorizá-las e atendê-las são estabelecidas 
socialmente. 
A identificação dessas necessidades sentidas e expressas pelas 
crianças, depende também da compreensão que o adulto tem das 
várias formas de comunicação que elas, uma vez que cada faixa 
etária possui e desenvolvi sua própria maneira de se comunicar. 
Prestar atenção e valorizar o choro de um bebê e responder a ele 
com um cuidado ou outro depende de como é interpretada a 
expressão de choro, e dos recursos existentes para responder a ele. 
É possível que o adulto que cuida da criança, tendo como base 
concepções de desenvolvimento e aprendizagem infantis, de 
educação e saúde, acredite que os bebês devem aprender a 
permanecer no berço, após serem alimentados e higienizados, e, 
portanto, não considerem o embalo como um cuidado, mas como 
uma ação que pode “acostumar mal” a criança. Em outras culturas, 
o embalo tem uma grande importância no cuidado de bebês, tanto 
que existem berços próprios para embalar.
O cuidador precisa avaliar as necessidades das crianças, que quando 
notadas, ouvidas e respeitadas, podem dar pistas importantes sobre 
a qualidade que estão recebendo. Os procedimentos de cuidado 
também precisam seguir os princípios de acesso à saúde. Para se 
atingir os objetivos dos cuidados com a preservação da vida e com o 
acréscimo das capacidades humanas, é necessário que as atitudes 
e procedimentos estejam baseados em informações específicas 
sobre o desenvolvimento biológico, emocional e intelectual das 
crianças, levando em consideração as diferentes realidades 
socioculturais.
Para cuidar é preciso antes de tudo estar comprometido com o 
outro, seus atos, ser solidário com suas necessidades. Disso 
depende a construção de um vínculo entre quem cuida e quem é 
cuidado.
Além da afetividade e da quantidade de cuidados, é preciso que o 
professor possa ajudar a criança a identificar suas necessidades 
priorizando-as, assim como atendê-las de forma certa. Cuidar da 
criança é sobretudo dar atenção a ela como pessoa que está num 
consecutivo crescimento e desenvolvimento, compreendendo seus 
atos, identificando e respondendo às suas necessidades. Inclui ter 
interesse sobre o que a criança sente, pensa, visando o aumento 
deste conhecimento e de suas capacidades, que aos poucos a 
tornarão mais independente e mais autônoma.
3.4 BRINCAR
Fonte: Freepik
Para os Parâmetros Curriculares Nacionais (1997), a estruturação do espaço, 
com formato de como os materiais estão organizados, a qualidade e 
ajustamento destes são elementos essenciais de um projeto 
educativo. Espaço físico, materiais, brinquedos, instrumentos 
sonoros e mobiliários fazem parte do processo educacional que 
cogitam a concepção de educação assumida pela instituição.
Formam assim, uma poderosa assistenciais da aprendizagem, para 
a definição de práticas educativas de qualidade em instituição de 
educação infantil. A melhoria da ação educativa está condicionada 
ao uso que fazem deles os professores juntamente às crianças com 
as quais trabalham. Cabe aos professores prepararem o ambiente 
para que a criança possa estudar de forma ativa na interação com 
outras crianças e com os adultos.
Versatilidade Do Espaço
O espaço na instituição de educação infantil necessita propiciar 
condições para que as crianças possam usufruí-lo em benfeitoria do 
seu desenvolvimento e aprendizagem. Sujeito às alterações 
propostas pelas crianças e pelos professores em função das ações 
desenvolvidas.
Deve ser considerado as diferentes necessidades de cada faixa 
etária, assim como os distintos projetos e atividades que estão 
sendo desenvolvidos. As crianças de zero a um ano de idade 
necessitam de um espaço especialmente preparado onde possam 
engatinhar livremente, ensaiar os primeiros passos, brincar, interagir 
com outras crianças, descansar quando sentirem necessidade.
É preciso observar os espaços livre do ambiente, planejar, organizar 
e mudar constantemente o espaço, para que ele fique cada vez mais 
aconchegante, que toleram o desenvolvimento de atividades 
diversificadas e simultâneas, como, por exemplo, ambientes para 
jogos, artes, faz de conta, leitura.
Pesquisas indicam que ambientes divididos são mais 
recomendados para crianças pequenas ao invés de grandes áreas 
livres. Os pequenos interagem mais perfeito em grupos quando 
estão em espaços menores, mais aconchegantes e de onde podem 
visualizar o adulto. Os elementos para divisão do espaço podem ser 
variados, como prateleiras baixas, pequenas casinhas, caixas, 
biombos baixos dos mais diversos tipos. Esse tipo de organização 
favorece à criança ficar sozinha, se assim optar naquele momento.
Na área externa, há que se criar espaços lúdicos que sejam 
alternativos para que as crianças possam correr, balar, subir, descer 
e escalar ambientes distintos. Elas pendurem-se, escorreguem, 
rolem, joguem bola, brinquem com água e areia, escondam-se.
Recursos Materiais
Recursos materiais como mobiliário, espelhos, brinquedos, livros, 
lápis, papéis, tintas, pincéis, tesouras, cola, massa de modelar, argila, 
jogos diversos, blocos para construções, material de sucata, roupas 
e panos para brincar necessitam ter presença obrigatória nas 
instituições de educação infantil de forma atentamente planejada.
Os materiais compõem um instrumento importante para o 
desenvolvimento da tarefa educativa, pois são um meio que auxilia a 
ação das crianças. Elas descobrem os objetos, conhecem suas 
propriedades e funções e, transformam em suas brincadeiras, 
atribuindo novos significados, para KUHLMANN JR (1998).
Os brinquedos são objetos privilegiados da educação das crianças. 
São objetos que dão apoio ao brincar e podem ser das mais diversas 
origens materiais, formas, texturas, tamanho e cor. Podem ser 
comprados ou fabricados pelos professores e pelas próprias 
crianças; podem também ter vida curta, quando inventados e 
confeccionados pelas crianças e durar várias gerações, quando 
transmitidos de pai para filho. As instituições devem integrá-los ao 
acervo de materiais existentes nas salas, prevendo discernimentos 
de escolha, seleção e aquisição de acordo com a faixa etária 
atendida e os diferentes projetos desenvolvidos na instituição.
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Cuidar de uma criança em um contexto educativo manifesta a 
integração de vários campos de conhecimentos e a cooperação de 
profissionais de diferentes áreas.
O cuidado é um ato em relação ao outro e a si próprio que tem uma 
dimensão expressiva e implica em métodos específicos.
O desenvolvimento total depende tanto dos cuidados relacionado ao 
envolvimento a dimensão afetiva e dos cuidados com os aspectos 
biológicos do corpo, como a qualidade

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