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Olá cursista! Estamos no terceiro módulo de nosso curso e nele você estudará as referências curriculares nacionais, suas características para a educação infantil e algumas considerações sobre creches e pré-escolas. Verá também sobre o modo como educar, cuidar e brincar com as crianças. Como deve ser o espaço físico, recursos de materiais e acessibilidade dos materiais para o bom desenvolvimento da criança. Boa leitura! Bons estudos e sucesso! Constatou-se nesse documento, que são inúmeras e diferentes as propostas de currículo para a educação infantil que têm sido elaboradas, nos últimos anos, em diversas partes do Brasil. Refletem o nível de tensão de três instâncias determinantes na construção de um projeto educativo para a educação infantil. São elas: a das práticas sociais, a das políticas públicas e a da sistematização dos conhecimentos relacionadas a etapa educacional. Essa ampla produção revela a riqueza de soluções encontradas nas diferentes regiões brasileiras, mesmo com as desigualdades de condições institucionais para a garantia da qualidade nessa etapa educacional. Respeitando as diversidades da sociedade brasileira e das diversas propostas curriculares de educação infantil existentes, este referencial é uma proposta aberta, flexível e não obrigatória, que poderá subsidiar os sistemas educacionais, que assim o desejarem, na elaboração ou implementação de programas e currículos que condizem com suas realidades e singularidades. Por não ser obrigatório visa a favorecer o diálogo com propostas e currículos que se constroem na realidade de cada instituição, sejam creches, pré-escolas ou nos grupos de formação existentes nos diferentes sistemas, espalhados pelo Brasil. O uso deste referencial só tem sentido se traduzir a vontade do grupo escolar envolvido com a educação da criança, sejam pais, professores, técnicos e funcionários; de fazer acontecer mesmo diante das dificuldades que serão encontradas, como acontecem nos demais projetos educativos da instituição. O referencial funciona como elemento orientador de ações na busca da melhoria de qualidade da educação infantil brasileira. A busca da qualidade do atendimento envolve questões extensas ligadas às políticas públicas, às decisões de ordem orçamentária, à implantação de políticas de recursos humanos, aos padrões de atendimento que garantam espaço físico de qualidade, materiais tanto em quantitativa como qualitativa para propostas educacionais compatíveis com a faixa etária nas diferentes modalidades de atendimento, para as quais este Referencial pretende dar sua contribuição. auxiliar de creche MÓDULO 3 2 A educação infantil A educação infantil no Brasil e no mundo vem ocorrendo de forma crescente nos últimos anos, acompanhando a crescimento da urbanização, a participação da mulher no mercado de trabalho e as mudanças nas estruturas familiares. A sociedade atual está mais consciente da importância da criança nas creches, o que motiva empenho por uma educação com qualidade para crianças de zero a cinco anos. Devido a todos esses fatores citados acima, deu-se início a um movimento na sociedade e de órgãos governamentais para que o atendimento às crianças de zero a cinco anos fosse reconhecido. O Estatuto da Criança e do Adolescente obriga o direito da criança a este atendimento. Creches, para as crianças de zero a três anos, e pré-escolas, para as de quatro a cinco anos, correspondem a etapas da educação infantil. A diferença entre ambas é feita pelo critério de faixa etária. Conforme a LEI Nº 9.394 de 20 de dezembro de 1996, a educação infantil é avaliada como a primeira etapa da educação básica, tendo como finalidade o desenvolvimento integral da criança até cinco anos de idade. Essa lei marca ainda a complementaridade entre as instituições de educação infantil e os familiares da criança. Considerando a grande distância entre o que diz a lei e a realidade da educação infantil, a LDB dispõe no título IX, das Disposições Transitórias, art. 89, que: Constatou-se nesse documento, que são inúmeras e diferentes as propostas de currículo para a educação infantil que têm sido elaboradas, nos últimos anos, em diversas partes do Brasil. Refletem o nível de tensão de três instâncias determinantes na construção de um projeto educativo para a educação infantil. São elas: a das práticas sociais, a das políticas públicas e a da sistematização dos conhecimentos relacionadas a etapa educacional. Essa ampla produção revela a riqueza de soluções encontradas nas diferentes regiões brasileiras, mesmo com as desigualdades de condições institucionais para a garantia da qualidade nessa etapa educacional. Respeitando as diversidades da sociedade brasileira e das diversas propostas curriculares de educação infantil existentes, este referencial é uma proposta aberta, flexível e não obrigatória, que poderá subsidiar os sistemas educacionais, que assim o desejarem, na elaboração ou implementação de programas e currículos que condizem com suas realidades e singularidades. Por não ser obrigatório visa a favorecer o diálogo com propostas e currículos que se constroem na realidade de cada instituição, sejam creches, pré-escolas ou nos grupos de formação existentes nos diferentes sistemas, espalhados pelo Brasil. O uso deste referencial só tem sentido se traduzir a vontade do grupo escolar envolvido com a educação da criança, sejam pais, professores, técnicos e funcionários; de fazer acontecer mesmo diante das dificuldades que serão encontradas, como acontecem nos demais projetos educativos da instituição. O referencial funciona como elemento orientador de ações na busca da melhoria de qualidade da educação infantil brasileira. A busca da qualidade do atendimento envolve questões extensas ligadas às políticas públicas, às decisões de ordem orçamentária, à implantação de políticas de recursos humanos, aos padrões de atendimento que garantam espaço físico de qualidade, materiais tanto em quantitativa como qualitativa para propostas educacionais compatíveis com a faixa etária nas diferentes modalidades de atendimento, para as quais este Referencial pretende dar sua contribuição. 3 “As creches e pré-escolas existentes ou que venham a ser criadas deverão, no prazo de três anos, a contar da publicação desta Lei, integrar-se ao respectivo sistema de ensino” No título IV, da LDB, diz sobre a organização da Educação Nacional, art. 11, considera-se que os municípios incumbir-se-ão de: 1. Organizar, manter e desenvolver os órgãos e instituições oficiais dos seus sistemas de ensino, integrando-os às políticas e planos educacionais da União e dos Estados; 2. Exercer ação redistributiva em relação às suas escolas; 3. Baixar normas complementares para o seu sistema de ensino; 4. Autorizar, credenciar e supervisionar os estabelecimentos do seu sistema de ensino; 5. Oferecer a educação infantil em creches e pré-escolas, e, com prioridade, o ensino fundamental, permitida a atuação em outros níveis de ensino somente quando estiverem atendidas plenamente as necessidades de sua área de competência e com recursos acima dos percentuais mínimos vinculados pela Constituição Federal a manutenção e desenvolvimento do ensino. Parágrafo único. “Os Municípios poderão optar, ainda, por se integrar ao sistema estadual de ensino ou compor com ele um sistema único de educação básica.” Conforme descrito na LDB e considerando seu papel e sua responsabilidade na inferência, proposição e avaliação das políticas públicas relativas à educação nacional, o Ministério da Educação e do Desporto propõe um Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil. Constatou-se nesse documento, que são inúmeras e diferentes as propostas de currículo para a educação infantil que têm sido elaboradas, nos últimos anos, em diversas partes do Brasil. Refletem o nível de tensão de três instâncias determinantes na construção de um projeto educativo para a educaçãoinfantil. São elas: a das práticas sociais, a das políticas públicas e a da sistematização dos conhecimentos relacionadas a etapa educacional. Essa ampla produção revela a riqueza de soluções encontradas nas diferentes regiões brasileiras, mesmo com as desigualdades de condições institucionais para a garantia da qualidade nessa etapa educacional. Respeitando as diversidades da sociedade brasileira e das diversas propostas curriculares de educação infantil existentes, este referencial é uma proposta aberta, flexível e não obrigatória, que poderá subsidiar os sistemas educacionais, que assim o desejarem, na elaboração ou implementação de programas e currículos que condizem com suas realidades e singularidades. Por não ser obrigatório visa a favorecer o diálogo com propostas e currículos que se constroem na realidade de cada instituição, sejam creches, pré-escolas ou nos grupos de formação existentes nos diferentes sistemas, espalhados pelo Brasil. O uso deste referencial só tem sentido se traduzir a vontade do grupo escolar envolvido com a educação da criança, sejam pais, professores, técnicos e funcionários; de fazer acontecer mesmo diante das dificuldades que serão encontradas, como acontecem nos demais projetos educativos da instituição. O referencial funciona como elemento orientador de ações na busca da melhoria de qualidade da educação infantil brasileira. A busca da qualidade do atendimento envolve questões extensas ligadas às políticas públicas, às decisões de ordem orçamentária, à implantação de políticas de recursos humanos, aos padrões de atendimento que garantam espaço físico de qualidade, materiais tanto em quantitativa como qualitativa para propostas educacionais compatíveis com a faixa etária nas diferentes modalidades de atendimento, para as quais este Referencial pretende dar sua contribuição. 4 No título IV, da LDB, diz sobre a organização da Educação Nacional, art. 11, considera-se que os municípios incumbir-se-ão de: 1. Organizar, manter e desenvolver os órgãos e instituições oficiais dos seus sistemas de ensino, integrando-os às políticas e planos educacionais da União e dos Estados; 2. Exercer ação redistributiva em relação às suas escolas; 3. Baixar normas complementares para o seu sistema de ensino; 4. Autorizar, credenciar e supervisionar os estabelecimentos do seu sistema de ensino; 5. Oferecer a educação infantil em creches e pré-escolas, e, com prioridade, o ensino fundamental, permitida a atuação em outros níveis de ensino somente quando estiverem atendidas plenamente as necessidades de sua área de competência e com recursos acima dos percentuais mínimos vinculados pela Constituição Federal a manutenção e desenvolvimento do ensino. Parágrafo único. “Os Municípios poderão optar, ainda, por se integrar ao sistema estadual de ensino ou compor com ele um sistema único de educação básica.” Conforme descrito na LDB e considerando seu papel e sua responsabilidade na inferência, proposição e avaliação das políticas públicas relativas à educação nacional, o Ministério da Educação e do Desporto propõe um Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil. CARACTERÍSTICAS DO REFERENCIAL CURRICULAR NACIONAL PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL Fonte: Freepik O Referencial Curricular Nacional para a educação infantil, Brasília 1998, estabelece um conjunto de referências e orientações pedagógicas que tendem a contribuir com a implantação ou implementação de métodos educativos de qualidade que possam gerar e ampliar as condições necessárias para o exercício da cidadania das crianças brasileiras. Foi criado para contribuir com as políticas e programas de educação infantil, com informações, discussões e pesquisas, ajudando ao trabalho educativo de técnicos, professores e demais profissionais da educação infantil. Considerando-se as qualidades próprias das crianças de zero a cinco anos, as afetivas, emocionais, sociais e cognitivas, a qualidade das experiências oferecidas que podem contribuir para o exercício da cidadania deve estar baseada nos seguintes princípios, conforme a RCN (Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil): I. O respeito à dignidade e aos direitos das crianças, respeitando suas diferenças individuais, sociais, econômicas, religiosas culturais, étnicas; II. O direito das crianças a brincar livremente, como forma de expressão, pensamento, interação e comunicação infantil; III. A acessibilidade das crianças aos bens socioculturais disponíveis, expandindo o desenvolvimento das capacidades relativas à expressão, à comunicação, à interação social, ao pensamento, à ética e à estética; IV. Socializar as crianças com conhecimento e introdução nas mais diferentes práticas sociais, sem discriminação de classe alguma; V. O atendimento aos cuidados básicos relacionado à sobrevivência e ao desenvolvimento de sua identidade. A estes princípios cabe adicionar que as crianças têm direito, de viver experiências de qualidade nas instituições. O conjunto de propostas ditas acima, proclama responder às necessidades de referências nacionais, como ficou apontado em um estudo elaborado pelo Ministério da Educação e do Desporto, que resultou na publicação do documento: Constatou-se nesse documento, que são inúmeras e diferentes as propostas de currículo para a educação infantil que têm sido elaboradas, nos últimos anos, em diversas partes do Brasil. Refletem o nível de tensão de três instâncias determinantes na construção de um projeto educativo para a educação infantil. São elas: a das práticas sociais, a das políticas públicas e a da sistematização dos conhecimentos relacionadas a etapa educacional. Essa ampla produção revela a riqueza de soluções encontradas nas diferentes regiões brasileiras, mesmo com as desigualdades de condições institucionais para a garantia da qualidade nessa etapa educacional. Respeitando as diversidades da sociedade brasileira e das diversas propostas curriculares de educação infantil existentes, este referencial é uma proposta aberta, flexível e não obrigatória, que poderá subsidiar os sistemas educacionais, que assim o desejarem, na elaboração ou implementação de programas e currículos que condizem com suas realidades e singularidades. Por não ser obrigatório visa a favorecer o diálogo com propostas e currículos que se constroem na realidade de cada instituição, sejam creches, pré-escolas ou nos grupos de formação existentes nos diferentes sistemas, espalhados pelo Brasil. O uso deste referencial só tem sentido se traduzir a vontade do grupo escolar envolvido com a educação da criança, sejam pais, professores, técnicos e funcionários; de fazer acontecer mesmo diante das dificuldades que serão encontradas, como acontecem nos demais projetos educativos da instituição. O referencial funciona como elemento orientador de ações na busca da melhoria de qualidade da educação infantil brasileira. A busca da qualidade do atendimento envolve questões extensas ligadas às políticas públicas, às decisões de ordem orçamentária, à implantação de políticas de recursos humanos, aos padrões de atendimento que garantam espaço físico de qualidade, materiais tanto em quantitativa como qualitativa para propostas educacionais compatíveis com a faixa etária nas diferentes modalidades de atendimento, para as quais este Referencial pretende dar sua contribuição. 5 O Referencial Curricular Nacional para a educação infantil, Brasília 1998, estabelece um conjunto de referências e orientações pedagógicas que tendem a contribuir com a implantação ou implementação de métodos educativos de qualidade que possam gerar e ampliar as condições necessárias para o exercício da cidadania das crianças brasileiras. Foi criado para contribuir com as políticas e programas de educação infantil, com informações, discussões e pesquisas, ajudando ao trabalho educativo de técnicos, professores e demais profissionais da educação infantil. Considerando-seas qualidades próprias das crianças de zero a cinco anos, as afetivas, emocionais, sociais e cognitivas, a qualidade das experiências oferecidas que podem contribuir para o exercício da cidadania deve estar baseada nos seguintes princípios, conforme a RCN (Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil): I. O respeito à dignidade e aos direitos das crianças, respeitando suas diferenças individuais, sociais, econômicas, religiosas culturais, étnicas; II. O direito das crianças a brincar livremente, como forma de expressão, pensamento, interação e comunicação infantil; III. A acessibilidade das crianças aos bens socioculturais disponíveis, expandindo o desenvolvimento das capacidades relativas à expressão, à comunicação, à interação social, ao pensamento, à ética e à estética; IV. Socializar as crianças com conhecimento e introdução nas mais diferentes práticas sociais, sem discriminação de classe alguma; V. O atendimento aos cuidados básicos relacionado à sobrevivência e ao desenvolvimento de sua identidade. A estes princípios cabe adicionar que as crianças têm direito, de viver experiências de qualidade nas instituições. O conjunto de propostas ditas acima, proclama responder às necessidades de referências nacionais, como ficou apontado em um estudo elaborado pelo Ministério da Educação e do Desporto, que resultou na publicação do documento: “Proposta pedagógica e currículo em educação infantil: Um diagnóstico e a construção de uma metodologia de análise”. Constatou-se nesse documento, que são inúmeras e diferentes as propostas de currículo para a educação infantil que têm sido elaboradas, nos últimos anos, em diversas partes do Brasil. Refletem o nível de tensão de três instâncias determinantes na construção de um projeto educativo para a educação infantil. São elas: a das práticas sociais, a das políticas públicas e a da sistematização dos conhecimentos relacionadas a etapa educacional. Essa ampla produção revela a riqueza de soluções encontradas nas diferentes regiões brasileiras, mesmo com as desigualdades de condições institucionais para a garantia da qualidade nessa etapa educacional. Respeitando as diversidades da sociedade brasileira e das diversas propostas curriculares de educação infantil existentes, este referencial é uma proposta aberta, flexível e não obrigatória, que poderá subsidiar os sistemas educacionais, que assim o desejarem, na elaboração ou implementação de programas e currículos que condizem com suas realidades e singularidades. Por não ser obrigatório visa a favorecer o diálogo com propostas e currículos que se constroem na realidade de cada instituição, sejam creches, pré-escolas ou nos grupos de formação existentes nos diferentes sistemas, espalhados pelo Brasil. O uso deste referencial só tem sentido se traduzir a vontade do grupo escolar envolvido com a educação da criança, sejam pais, professores, técnicos e funcionários; de fazer acontecer mesmo diante das dificuldades que serão encontradas, como acontecem nos demais projetos educativos da instituição. O referencial funciona como elemento orientador de ações na busca da melhoria de qualidade da educação infantil brasileira. A busca da qualidade do atendimento envolve questões extensas ligadas às políticas públicas, às decisões de ordem orçamentária, à implantação de políticas de recursos humanos, aos padrões de atendimento que garantam espaço físico de qualidade, materiais tanto em quantitativa como qualitativa para propostas educacionais compatíveis com a faixa etária nas diferentes modalidades de atendimento, para as quais este Referencial pretende dar sua contribuição. 6 Constatou-se nesse documento, que são inúmeras e diferentes as propostas de currículo para a educação infantil que têm sido elaboradas, nos últimos anos, em diversas partes do Brasil. Refletem o nível de tensão de três instâncias determinantes na construção de um projeto educativo para a educação infantil. São elas: a das práticas sociais, a das políticas públicas e a da sistematização dos conhecimentos relacionadas a etapa educacional. Essa ampla produção revela a riqueza de soluções encontradas nas diferentes regiões brasileiras, mesmo com as desigualdades de condições institucionais para a garantia da qualidade nessa etapa educacional. Respeitando as diversidades da sociedade brasileira e das diversas propostas curriculares de educação infantil existentes, este referencial é uma proposta aberta, flexível e não obrigatória, que poderá subsidiar os sistemas educacionais, que assim o desejarem, na elaboração ou implementação de programas e currículos que condizem com suas realidades e singularidades. Por não ser obrigatório visa a favorecer o diálogo com propostas e currículos que se constroem na realidade de cada instituição, sejam creches, pré-escolas ou nos grupos de formação existentes nos diferentes sistemas, espalhados pelo Brasil. O uso deste referencial só tem sentido se traduzir a vontade do grupo escolar envolvido com a educação da criança, sejam pais, professores, técnicos e funcionários; de fazer acontecer mesmo diante das dificuldades que serão encontradas, como acontecem nos demais projetos educativos da instituição. O referencial funciona como elemento orientador de ações na busca da melhoria de qualidade da educação infantil brasileira. A busca da qualidade do atendimento envolve questões extensas ligadas às políticas públicas, às decisões de ordem orçamentária, à implantação de políticas de recursos humanos, aos padrões de atendimento que garantam espaço físico de qualidade, materiais tanto em quantitativa como qualitativa para propostas educacionais compatíveis com a faixa etária nas diferentes modalidades de atendimento, para as quais este Referencial pretende dar sua contribuição. 7 Constatou-se nesse documento, que são inúmeras e diferentes as propostas de currículo para a educação infantil que têm sido elaboradas, nos últimos anos, em diversas partes do Brasil. Refletem o nível de tensão de três instâncias determinantes na construção de um projeto educativo para a educação infantil. São elas: a das práticas sociais, a das políticas públicas e a da sistematização dos conhecimentos relacionadas a etapa educacional. Essa ampla produção revela a riqueza de soluções encontradas nas diferentes regiões brasileiras, mesmo com as desigualdades de condições institucionais para a garantia da qualidade nessa etapa educacional. Respeitando as diversidades da sociedade brasileira e das diversas propostas curriculares de educação infantil existentes, este referencial é uma proposta aberta, flexível e não obrigatória, que poderá subsidiar os sistemas educacionais, que assim o desejarem, na elaboração ou implementação de programas e currículos que condizem com suas realidades e singularidades. Por não ser obrigatório visa a favorecer o diálogo com propostas e currículos que se constroem na realidade de cada instituição, sejam creches, pré-escolas ou nos grupos de formação existentes nos diferentes sistemas, espalhados pelo Brasil. O uso deste referencial só tem sentido se traduzir a vontade do grupo escolar envolvido com a educação da criança, sejam pais, professores, técnicos e funcionários; de fazer acontecer mesmo diante das dificuldades que serão encontradas, como acontecem nos demais projetos educativos da instituição. O referencial funciona como elemento orientador de ações na busca da melhoria de qualidade da educação infantil brasileira. A busca da qualidade do atendimento envolve questões extensas ligadas às políticas públicas, às decisões de ordem orçamentária, à implantação de políticas de recursos humanos, aos padrões de atendimento que garantam espaço físico de qualidade, materiais tanto em quantitativa como qualitativa para propostas educacionais compatíveis com a faixa etária nas diferentes modalidades de atendimento, para as quais este Referencial pretende dar sua contribuição.ALGUMAS CONSIDERAÇÕES SOBRE CRECHES E PRÉ-ESCOLAS O atendimento nas creches à criança pequena, apresenta ao decorrer dos anos entendimentos bastante divergentes sobre sua finalidade social. Algumas dessas instituições nasceram com o objetivo de atender exclusivamente às crianças de baixa renda. As creches e os projetos pré-escolas surgiram como tática para combater a pobreza e resolver problemas ligados à sobrevivência das crianças. Por muito tempo, esta foi a justificativa para a existência de atendimentos de baixo custo, com aplicações orçamentárias insuficientes, escassez de recursos materiais; precariedade de instalações; profissionais não qualificados e alto número de crianças por adultos. Em instituições de educação infantil, privadas ou mantidas pelo poder público, significou em muitas situações agir de forma compensatória para sanar as supostas faltas e carências das crianças e de suas famílias. O atendimento era para poucos, selecionados por critérios, ou seja, nem toda criança era contemplada. O entendimento educacional era marcado por características de assistências, no qual as questões de cidadania ligadas aos ideais de liberdade e igualdade não eram consideradas. Fazer modificação na educação assistencialista significa atentar para várias questões que vão muito além dos aspectos legais, ou seja, admitir as especificidades da educação infantil e rever concepções sobre a infância, as diferentes classes sociais, as responsabilidades da sociedade e o papel do Estado diante das crianças pequenas. Existe uma concordância sobre a necessidade de que a educação infantil deva promover a integração entre os aspectos físicos, emocionais, afetivos, cognitivos e sociais da criança. Quando se fala em cuidar da criança, os cuidados são aqueles referentes à proteção, alimentação e saúde, incluindo as necessidades de interação, afeto, estimulação, segurança e brincadeiras que possibilitem a exploração e ao descobrimento. A preocupação com o desenvolvimento emocional da criança pequena produziu orientações nas quais, principalmente nas creches, os profissionais deveriam atuar como substitutos maternos. Houve também a tendência de se usar o espaço de educação infantil para o desenvolvimento de uma pedagogia relacional, ou seja, baseada exclusivamente no estabelecimento de relações pessoais intensas entre adultos e crianças. Desenvolvimento cognitivo também é usado em algumas práticas. O termo “cognitivo” aparece ora especificamente ligado ao desenvolvimento das estruturas do pensamento, tendo a capacidade de generalizar, recordar, formar conceitos e raciocinar logicamente, se referindo a aprendizagens de conteúdo específicos. A polêmica entre a concepção que a educação deve principalmente promover a construção das estruturas cognitivas e aquela que ressalta a construção de conhecimentos como meta da educação, pouca contribuição porque o desenvolvimento das capacidades cognitivas do pensamento humano mantém uma relação estreita com o processo das aprendizagens específicas que as experiências educacionais podem proporcionar. Esse assunto sempre terá sua polêmica, quando se fala sobre cuidar e educar, sobre o papel do afeto na relação pedagógica e sobre educar para o desenvolvimento e para o conhecimento estabelecendo, portanto, o cenário sobre o qual se constroem as propostas em educação infantil. A elaboração de propostas educacionais conduz concepções sobre o cuidado, o educar e a aprendizagem, cujos fundamentos devem ser considerados de maneira explícita. Cuidar de uma criança em um contexto educativo manifesta a integração de vários campos de conhecimentos e a cooperação de profissionais de diferentes áreas. O cuidado é um ato em relação ao outro e a si próprio que tem uma dimensão expressiva e implica em métodos específicos. O desenvolvimento total depende tanto dos cuidados relacionado ao envolvimento a dimensão afetiva e dos cuidados com os aspectos biológicos do corpo, como a qualidade da alimentação e dos cuidados com a saúde, quanto da forma como esses cuidados são oferecidos. As atitudes e procedimentos de cuidado de se dão pelas influências por crenças e valores em torno da saúde, da educação e do desenvolvimento infantil. Por mais que as necessidades humanas básicas sejam simples, como alimentação, proteção, entre outras; as formas de identificá-las, valorizá-las e atendê-las são estabelecidas socialmente. A identificação dessas necessidades sentidas e expressas pelas crianças, depende também da compreensão que o adulto tem das várias formas de comunicação que elas, uma vez que cada faixa etária possui e desenvolvi sua própria maneira de se comunicar. Prestar atenção e valorizar o choro de um bebê e responder a ele com um cuidado ou outro depende de como é interpretada a expressão de choro, e dos recursos existentes para responder a ele. É possível que o adulto que cuida da criança, tendo como base concepções de desenvolvimento e aprendizagem infantis, de educação e saúde, acredite que os bebês devem aprender a permanecer no berço, após serem alimentados e higienizados, e, portanto, não considerem o embalo como um cuidado, mas como uma ação que pode “acostumar mal” a criança. Em outras culturas, o embalo tem uma grande importância no cuidado de bebês, tanto que existem berços próprios para embalar. O cuidador precisa avaliar as necessidades das crianças, que quando notadas, ouvidas e respeitadas, podem dar pistas importantes sobre a qualidade que estão recebendo. Os procedimentos de cuidado também precisam seguir os princípios de acesso à saúde. Para se atingir os objetivos dos cuidados com a preservação da vida e com o acréscimo das capacidades humanas, é necessário que as atitudes e procedimentos estejam baseados em informações específicas sobre o desenvolvimento biológico, emocional e intelectual das crianças, levando em consideração as diferentes realidades socioculturais. Para cuidar é preciso antes de tudo estar comprometido com o outro, seus atos, ser solidário com suas necessidades. Disso depende a construção de um vínculo entre quem cuida e quem é cuidado. Além da afetividade e da quantidade de cuidados, é preciso que o professor possa ajudar a criança a identificar suas necessidades priorizando-as, assim como atendê-las de forma certa. Cuidar da criança é sobretudo dar atenção a ela como pessoa que está num consecutivo crescimento e desenvolvimento, compreendendo seus atos, identificando e respondendo às suas necessidades. Inclui ter interesse sobre o que a criança sente, pensa, visando o aumento deste conhecimento e de suas capacidades, que aos poucos a tornarão mais independente e mais autônoma. 8 Constatou-se nesse documento, que são inúmeras e diferentes as propostas de currículo para a educação infantil que têm sido elaboradas, nos últimos anos, em diversas partes do Brasil. Refletem o nível de tensão de três instâncias determinantes na construção de um projeto educativo para a educação infantil. São elas: a das práticas sociais, a das políticas públicas e a da sistematização dos conhecimentos relacionadas a etapa educacional. Essa ampla produção revela a riqueza de soluções encontradas nas diferentes regiões brasileiras, mesmo com as desigualdades de condições institucionais para a garantia da qualidade nessa etapa educacional. Respeitando as diversidades da sociedade brasileira e das diversas propostas curriculares de educação infantil existentes, este referencial é uma proposta aberta, flexível e não obrigatória, que poderá subsidiar os sistemas educacionais, que assim o desejarem, na elaboração ou implementação de programas e currículos que condizem com suas realidades e singularidades. Por não ser obrigatório visa a favorecer o diálogo com propostas e currículos que se constroem na realidade de cada instituição, sejam creches, pré-escolas ou nos grupos de formação existentes nos diferentes sistemas, espalhados pelo Brasil. O uso destereferencial só tem sentido se traduzir a vontade do grupo escolar envolvido com a educação da criança, sejam pais, professores, técnicos e funcionários; de fazer acontecer mesmo diante das dificuldades que serão encontradas, como acontecem nos demais projetos educativos da instituição. O referencial funciona como elemento orientador de ações na busca da melhoria de qualidade da educação infantil brasileira. A busca da qualidade do atendimento envolve questões extensas ligadas às políticas públicas, às decisões de ordem orçamentária, à implantação de políticas de recursos humanos, aos padrões de atendimento que garantam espaço físico de qualidade, materiais tanto em quantitativa como qualitativa para propostas educacionais compatíveis com a faixa etária nas diferentes modalidades de atendimento, para as quais este Referencial pretende dar sua contribuição. O atendimento nas creches à criança pequena, apresenta ao decorrer dos anos entendimentos bastante divergentes sobre sua finalidade social. Algumas dessas instituições nasceram com o objetivo de atender exclusivamente às crianças de baixa renda. As creches e os projetos pré-escolas surgiram como tática para combater a pobreza e resolver problemas ligados à sobrevivência das crianças. Por muito tempo, esta foi a justificativa para a existência de atendimentos de baixo custo, com aplicações orçamentárias insuficientes, escassez de recursos materiais; precariedade de instalações; profissionais não qualificados e alto número de crianças por adultos. Em instituições de educação infantil, privadas ou mantidas pelo poder público, significou em muitas situações agir de forma compensatória para sanar as supostas faltas e carências das crianças e de suas famílias. O atendimento era para poucos, selecionados por critérios, ou seja, nem toda criança era contemplada. O entendimento educacional era marcado por características de assistências, no qual as questões de cidadania ligadas aos ideais de liberdade e igualdade não eram consideradas. Fazer modificação na educação assistencialista significa atentar para várias questões que vão muito além dos aspectos legais, ou seja, admitir as especificidades da educação infantil e rever concepções sobre a infância, as diferentes classes sociais, as responsabilidades da sociedade e o papel do Estado diante das crianças pequenas. Existe uma concordância sobre a necessidade de que a educação infantil deva promover a integração entre os aspectos físicos, emocionais, afetivos, cognitivos e sociais da criança. Quando se fala em cuidar da criança, os cuidados são aqueles referentes à proteção, alimentação e saúde, incluindo as necessidades de interação, afeto, estimulação, segurança e brincadeiras que possibilitem a exploração e ao descobrimento. A preocupação com o desenvolvimento emocional da criança pequena produziu orientações nas quais, principalmente nas creches, os profissionais deveriam atuar como substitutos maternos. Houve também a tendência de se usar o espaço de educação infantil para o desenvolvimento de uma pedagogia relacional, ou seja, baseada exclusivamente no estabelecimento de relações pessoais intensas entre adultos e crianças. Desenvolvimento cognitivo também é usado em algumas práticas. O termo “cognitivo” aparece ora especificamente ligado ao desenvolvimento das estruturas do pensamento, tendo a capacidade de generalizar, recordar, formar conceitos e raciocinar logicamente, se referindo a aprendizagens de conteúdo específicos. A polêmica entre a concepção que a educação deve principalmente promover a construção das estruturas cognitivas e aquela que ressalta a construção de conhecimentos como meta da educação, pouca contribuição porque o desenvolvimento das capacidades cognitivas do pensamento humano mantém uma relação estreita com o processo das aprendizagens específicas que as experiências educacionais podem proporcionar. Esse assunto sempre terá sua polêmica, quando se fala sobre cuidar e educar, sobre o papel do afeto na relação pedagógica e sobre educar para o desenvolvimento e para o conhecimento estabelecendo, portanto, o cenário sobre o qual se constroem as propostas em educação infantil. A elaboração de propostas educacionais conduz concepções sobre o cuidado, o educar e a aprendizagem, cujos fundamentos devem ser considerados de maneira explícita. Cuidar de uma criança em um contexto educativo manifesta a integração de vários campos de conhecimentos e a cooperação de profissionais de diferentes áreas. O cuidado é um ato em relação ao outro e a si próprio que tem uma dimensão expressiva e implica em métodos específicos. O desenvolvimento total depende tanto dos cuidados relacionado ao envolvimento a dimensão afetiva e dos cuidados com os aspectos biológicos do corpo, como a qualidade da alimentação e dos cuidados com a saúde, quanto da forma como esses cuidados são oferecidos. As atitudes e procedimentos de cuidado de se dão pelas influências por crenças e valores em torno da saúde, da educação e do desenvolvimento infantil. Por mais que as necessidades humanas básicas sejam simples, como alimentação, proteção, entre outras; as formas de identificá-las, valorizá-las e atendê-las são estabelecidas socialmente. A identificação dessas necessidades sentidas e expressas pelas crianças, depende também da compreensão que o adulto tem das várias formas de comunicação que elas, uma vez que cada faixa etária possui e desenvolvi sua própria maneira de se comunicar. Prestar atenção e valorizar o choro de um bebê e responder a ele com um cuidado ou outro depende de como é interpretada a expressão de choro, e dos recursos existentes para responder a ele. É possível que o adulto que cuida da criança, tendo como base concepções de desenvolvimento e aprendizagem infantis, de educação e saúde, acredite que os bebês devem aprender a permanecer no berço, após serem alimentados e higienizados, e, portanto, não considerem o embalo como um cuidado, mas como uma ação que pode “acostumar mal” a criança. Em outras culturas, o embalo tem uma grande importância no cuidado de bebês, tanto que existem berços próprios para embalar. O cuidador precisa avaliar as necessidades das crianças, que quando notadas, ouvidas e respeitadas, podem dar pistas importantes sobre a qualidade que estão recebendo. Os procedimentos de cuidado também precisam seguir os princípios de acesso à saúde. Para se atingir os objetivos dos cuidados com a preservação da vida e com o acréscimo das capacidades humanas, é necessário que as atitudes e procedimentos estejam baseados em informações específicas sobre o desenvolvimento biológico, emocional e intelectual das crianças, levando em consideração as diferentes realidades socioculturais. Para cuidar é preciso antes de tudo estar comprometido com o outro, seus atos, ser solidário com suas necessidades. Disso depende a construção de um vínculo entre quem cuida e quem é cuidado. Além da afetividade e da quantidade de cuidados, é preciso que o professor possa ajudar a criança a identificar suas necessidades priorizando-as, assim como atendê-las de forma certa. Cuidar da criança é sobretudo dar atenção a ela como pessoa que está num consecutivo crescimento e desenvolvimento, compreendendo seus atos, identificando e respondendo às suas necessidades. Inclui ter interesse sobre o que a criança sente, pensa, visando o aumento deste conhecimento e de suas capacidades, que aos poucos a tornarão mais independente e mais autônoma. 9 Constatou-se nesse documento, que são inúmeras e diferentes as propostas de currículo para a educação infantil que têm sido elaboradas, nos últimos anos, em diversas partes do Brasil. Refletem o nível de tensão de três instâncias determinantes na construção de um projeto educativo para a educação infantil. São elas: a das práticas sociais, a das políticas públicas e a da sistematização dos conhecimentos relacionadas a etapa educacional. Essa amplaprodução revela a riqueza de soluções encontradas nas diferentes regiões brasileiras, mesmo com as desigualdades de condições institucionais para a garantia da qualidade nessa etapa educacional. Respeitando as diversidades da sociedade brasileira e das diversas propostas curriculares de educação infantil existentes, este referencial é uma proposta aberta, flexível e não obrigatória, que poderá subsidiar os sistemas educacionais, que assim o desejarem, na elaboração ou implementação de programas e currículos que condizem com suas realidades e singularidades. Por não ser obrigatório visa a favorecer o diálogo com propostas e currículos que se constroem na realidade de cada instituição, sejam creches, pré-escolas ou nos grupos de formação existentes nos diferentes sistemas, espalhados pelo Brasil. O uso deste referencial só tem sentido se traduzir a vontade do grupo escolar envolvido com a educação da criança, sejam pais, professores, técnicos e funcionários; de fazer acontecer mesmo diante das dificuldades que serão encontradas, como acontecem nos demais projetos educativos da instituição. O referencial funciona como elemento orientador de ações na busca da melhoria de qualidade da educação infantil brasileira. A busca da qualidade do atendimento envolve questões extensas ligadas às políticas públicas, às decisões de ordem orçamentária, à implantação de políticas de recursos humanos, aos padrões de atendimento que garantam espaço físico de qualidade, materiais tanto em quantitativa como qualitativa para propostas educacionais compatíveis com a faixa etária nas diferentes modalidades de atendimento, para as quais este Referencial pretende dar sua contribuição. O atendimento nas creches à criança pequena, apresenta ao decorrer dos anos entendimentos bastante divergentes sobre sua finalidade social. Algumas dessas instituições nasceram com o objetivo de atender exclusivamente às crianças de baixa renda. As creches e os projetos pré-escolas surgiram como tática para combater a pobreza e resolver problemas ligados à sobrevivência das crianças. Por muito tempo, esta foi a justificativa para a existência de atendimentos de baixo custo, com aplicações orçamentárias insuficientes, escassez de recursos materiais; precariedade de instalações; profissionais não qualificados e alto número de crianças por adultos. Em instituições de educação infantil, privadas ou mantidas pelo poder público, significou em muitas situações agir de forma compensatória para sanar as supostas faltas e carências das crianças e de suas famílias. O atendimento era para poucos, selecionados por critérios, ou seja, nem toda criança era contemplada. O entendimento educacional era marcado por características de assistências, no qual as questões de cidadania ligadas aos ideais de liberdade e igualdade não eram consideradas. Fazer modificação na educação assistencialista significa atentar para várias questões que vão muito além dos aspectos legais, ou seja, admitir as especificidades da educação infantil e rever concepções sobre a infância, as diferentes classes sociais, as responsabilidades da sociedade e o papel do Estado diante das crianças pequenas. Existe uma concordância sobre a necessidade de que a educação infantil deva promover a integração entre os aspectos físicos, emocionais, afetivos, cognitivos e sociais da criança. Quando se fala em cuidar da criança, os cuidados são aqueles referentes à proteção, alimentação e saúde, incluindo as necessidades de interação, afeto, estimulação, segurança e brincadeiras que possibilitem a exploração e ao descobrimento. A preocupação com o desenvolvimento emocional da criança pequena produziu orientações nas quais, principalmente nas creches, os profissionais deveriam atuar como substitutos maternos. Houve também a tendência de se usar o espaço de educação infantil para o desenvolvimento de uma pedagogia relacional, ou seja, baseada exclusivamente no estabelecimento de relações pessoais intensas entre adultos e crianças. Desenvolvimento cognitivo também é usado em algumas práticas. O termo “cognitivo” aparece ora especificamente ligado ao desenvolvimento das estruturas do pensamento, tendo a capacidade de generalizar, recordar, formar conceitos e raciocinar logicamente, se referindo a aprendizagens de conteúdo específicos. A polêmica entre a concepção que a educação deve principalmente promover a construção das estruturas cognitivas e aquela que ressalta a construção de conhecimentos como meta da educação, pouca contribuição porque o desenvolvimento das capacidades cognitivas do pensamento humano mantém uma relação estreita com o processo das aprendizagens específicas que as experiências educacionais podem proporcionar. Esse assunto sempre terá sua polêmica, quando se fala sobre cuidar e educar, sobre o papel do afeto na relação pedagógica e sobre educar para o desenvolvimento e para o conhecimento estabelecendo, portanto, o cenário sobre o qual se constroem as propostas em educação infantil. A elaboração de propostas educacionais conduz concepções sobre o cuidado, o educar e a aprendizagem, cujos fundamentos devem ser considerados de maneira explícita. 3.1 A CRIANÇA Fonte: Freepik A percepção de criança vem modificando ao longo dos tempos, não se apresentando da mesma forma, por classe social ou sociedade. Em uma mesma cidade, pode ocorrer crianças de diversas classes sociais, grupo étnico no qual fazem parte. No Brasil uma grande parte das crianças enfrentam um cotidiano bastante atribulado que as conduz desde muito cedo a precárias condições de vida e ao trabalho infantil. Enquanto a realidade de outras crianças é outra, sendo protegidas de todas as maneiras, recebendo de suas famílias e da sociedade em geral todos os cuidados necessários para seu desenvolvimento. Essas duas realidades revelam a contradição de uma sociedade com muitas desigualdades sociais presentes no cotidiano das crianças. A criança faz parte de uma organização familiar que está inserida em uma sociedade, com diversas culturas, social e familiar. Seu desenvolvimento é de acordo com o meio social que ela vive. A família é o ponto de referência para a criança. Cada criança possui uma natureza própria, que as caracteriza como seres que pensam e veem o mundo de um jeito próprio. No procedimento de construção do conhecimento, as crianças usam das mais diferentes linguagens e desempenham a capacidade de possuir ideias e hipóteses originais sobre o que buscam descobrir. Nessa perspectiva as crianças estabelecem o conhecimento a partir das interações com as outras pessoas e com o meio em que vivem. O conhecimento não se constitui em cópia da realidade e sim, como fruto de um intenso trabalho de criação, ou seja, fazer com que as pessoas possam atribuir novo significado a acontecimentos através da mudança de sua visão de mundo. Saber reconhecer a individualidade que cada criança possui é o grande desafio da educação infantil e de seus profissionais. Ainda que com os conhecimentos decorridos da psicologia, antropologia, sociologia, medicina, ou seja, a parte clínica, possam ser de grande valor para desvelar o universo infantil apontando algumas características comuns das crianças, permanecem únicas em suas individualidades e diferenças. Cuidar de uma criança em um contexto educativo manifesta a integração de vários campos de conhecimentos e a cooperação de profissionais de diferentes áreas. O cuidado é um ato em relação ao outro e a si próprio que tem uma dimensão expressiva e implica em métodos específicos. O desenvolvimento total depende tanto dos cuidados relacionado ao envolvimento a dimensão afetiva e dos cuidados com os aspectos biológicos do corpo, como a qualidade da alimentação e dos cuidados com a saúde, quanto da forma como esses cuidados são oferecidos. As atitudes e procedimentos de cuidado de se dão pelas influências por crenças e valores em torno da saúde, da educação e do desenvolvimentoinfantil. Por mais que as necessidades humanas básicas sejam simples, como alimentação, proteção, entre outras; as formas de identificá-las, valorizá-las e atendê-las são estabelecidas socialmente. A identificação dessas necessidades sentidas e expressas pelas crianças, depende também da compreensão que o adulto tem das várias formas de comunicação que elas, uma vez que cada faixa etária possui e desenvolvi sua própria maneira de se comunicar. Prestar atenção e valorizar o choro de um bebê e responder a ele com um cuidado ou outro depende de como é interpretada a expressão de choro, e dos recursos existentes para responder a ele. É possível que o adulto que cuida da criança, tendo como base concepções de desenvolvimento e aprendizagem infantis, de educação e saúde, acredite que os bebês devem aprender a permanecer no berço, após serem alimentados e higienizados, e, portanto, não considerem o embalo como um cuidado, mas como uma ação que pode “acostumar mal” a criança. Em outras culturas, o embalo tem uma grande importância no cuidado de bebês, tanto que existem berços próprios para embalar. O cuidador precisa avaliar as necessidades das crianças, que quando notadas, ouvidas e respeitadas, podem dar pistas importantes sobre a qualidade que estão recebendo. Os procedimentos de cuidado também precisam seguir os princípios de acesso à saúde. Para se atingir os objetivos dos cuidados com a preservação da vida e com o acréscimo das capacidades humanas, é necessário que as atitudes e procedimentos estejam baseados em informações específicas sobre o desenvolvimento biológico, emocional e intelectual das crianças, levando em consideração as diferentes realidades socioculturais. Para cuidar é preciso antes de tudo estar comprometido com o outro, seus atos, ser solidário com suas necessidades. Disso depende a construção de um vínculo entre quem cuida e quem é cuidado. Além da afetividade e da quantidade de cuidados, é preciso que o professor possa ajudar a criança a identificar suas necessidades priorizando-as, assim como atendê-las de forma certa. Cuidar da criança é sobretudo dar atenção a ela como pessoa que está num consecutivo crescimento e desenvolvimento, compreendendo seus atos, identificando e respondendo às suas necessidades. Inclui ter interesse sobre o que a criança sente, pensa, visando o aumento deste conhecimento e de suas capacidades, que aos poucos a tornarão mais independente e mais autônoma. 10 Constatou-se nesse documento, que são inúmeras e diferentes as propostas de currículo para a educação infantil que têm sido elaboradas, nos últimos anos, em diversas partes do Brasil. Refletem o nível de tensão de três instâncias determinantes na construção de um projeto educativo para a educação infantil. São elas: a das práticas sociais, a das políticas públicas e a da sistematização dos conhecimentos relacionadas a etapa educacional. Essa ampla produção revela a riqueza de soluções encontradas nas diferentes regiões brasileiras, mesmo com as desigualdades de condições institucionais para a garantia da qualidade nessa etapa educacional. Respeitando as diversidades da sociedade brasileira e das diversas propostas curriculares de educação infantil existentes, este referencial é uma proposta aberta, flexível e não obrigatória, que poderá subsidiar os sistemas educacionais, que assim o desejarem, na elaboração ou implementação de programas e currículos que condizem com suas realidades e singularidades. Por não ser obrigatório visa a favorecer o diálogo com propostas e currículos que se constroem na realidade de cada instituição, sejam creches, pré-escolas ou nos grupos de formação existentes nos diferentes sistemas, espalhados pelo Brasil. O uso deste referencial só tem sentido se traduzir a vontade do grupo escolar envolvido com a educação da criança, sejam pais, professores, técnicos e funcionários; de fazer acontecer mesmo diante das dificuldades que serão encontradas, como acontecem nos demais projetos educativos da instituição. O referencial funciona como elemento orientador de ações na busca da melhoria de qualidade da educação infantil brasileira. A busca da qualidade do atendimento envolve questões extensas ligadas às políticas públicas, às decisões de ordem orçamentária, à implantação de políticas de recursos humanos, aos padrões de atendimento que garantam espaço físico de qualidade, materiais tanto em quantitativa como qualitativa para propostas educacionais compatíveis com a faixa etária nas diferentes modalidades de atendimento, para as quais este Referencial pretende dar sua contribuição. A percepção de criança vem modificando ao longo dos tempos, não se apresentando da mesma forma, por classe social ou sociedade. Em uma mesma cidade, pode ocorrer crianças de diversas classes sociais, grupo étnico no qual fazem parte. No Brasil uma grande parte das crianças enfrentam um cotidiano bastante atribulado que as conduz desde muito cedo a precárias condições de vida e ao trabalho infantil. Enquanto a realidade de outras crianças é outra, sendo protegidas de todas as maneiras, recebendo de suas famílias e da sociedade em geral todos os cuidados necessários para seu desenvolvimento. Essas duas realidades revelam a contradição de uma sociedade com muitas desigualdades sociais presentes no cotidiano das crianças. A criança faz parte de uma organização familiar que está inserida em uma sociedade, com diversas culturas, social e familiar. Seu desenvolvimento é de acordo com o meio social que ela vive. A família é o ponto de referência para a criança. Cada criança possui uma natureza própria, que as caracteriza como seres que pensam e veem o mundo de um jeito próprio. No procedimento de construção do conhecimento, as crianças usam das mais diferentes linguagens e desempenham a capacidade de possuir ideias e hipóteses originais sobre o que buscam descobrir. Nessa perspectiva as crianças estabelecem o conhecimento a partir das interações com as outras pessoas e com o meio em que vivem. O conhecimento não se constitui em cópia da realidade e sim, como fruto de um intenso trabalho de criação, ou seja, fazer com que as pessoas possam atribuir novo significado a acontecimentos através da mudança de sua visão de mundo. Saber reconhecer a individualidade que cada criança possui é o grande desafio da educação infantil e de seus profissionais. Ainda que com os conhecimentos decorridos da psicologia, antropologia, sociologia, medicina, ou seja, a parte clínica, possam ser de grande valor para desvelar o universo infantil apontando algumas características comuns das crianças, permanecem únicas em suas individualidades e diferenças. 3.2 EDUCAR Nos últimos anos, as contestações em nível tanto nacional quanto internacional apontam para a necessidade de que as instituições de educação infantil agrupem de maneira integrada as funções de educar e cuidar, e não mais diferenciando nem hierarquizando os profissionais e instituições que atuam com as crianças pequenas e/ou aqueles que trabalham com as maiores. As novas funções para a educação infantil devem estar adjuntas a padrões de qualidade. Essa qualidade acontece com as concepções de desenvolvimento que consideram as crianças nos seus contextos sociais, ambientais, culturais e, mais concretamente, nas interações e práticas sociais que lhes fornecem elementos das mais diversas linguagens e ao contato dos mais variados conhecimentos para a construção de uma identidade independente. A instituição de educação infantil deve tornar acessível a todas as crianças que a frequentam, sem discriminação. Tem um papel socializador, concedendo o desenvolvimento da identidade das crianças, por meio de aprendizagens variadas, realizadas em ambiente de interação (BOBBIO, 1992). Na instituição de educação infantil, proporciona-se às crianças condições para as aprendizagens que ocorrem nas brincadeiras acrescidas de situações pedagógicas propositadas.Essas aprendizagens ocorrem de maneira integrada no processo de desenvolvimento infantil. Educar significa, entretanto, propiciar situações de cuidados, brincadeiras e aprendizagens orientadas de forma integrada e que possam colaborar para o desenvolvimento das capacidades infantis de relação interpessoal, que é de ser e estar com os outros com respeito e confiança, e o acesso aos conhecimentos mais amplos da realidade social e cultural. A educação auxiliar no desenvolvimento das capacidades de apropriação e conhecimento das potencialidades corporais, afetivas, emocionais, estéticas e éticas, na perspectiva de colaborar para a formação de crianças felizes e saudáveis (RCNEI, 1998, p.23). Cuidar de uma criança em um contexto educativo manifesta a integração de vários campos de conhecimentos e a cooperação de profissionais de diferentes áreas. O cuidado é um ato em relação ao outro e a si próprio que tem uma dimensão expressiva e implica em métodos específicos. O desenvolvimento total depende tanto dos cuidados relacionado ao envolvimento a dimensão afetiva e dos cuidados com os aspectos biológicos do corpo, como a qualidade da alimentação e dos cuidados com a saúde, quanto da forma como esses cuidados são oferecidos. As atitudes e procedimentos de cuidado de se dão pelas influências por crenças e valores em torno da saúde, da educação e do desenvolvimento infantil. Por mais que as necessidades humanas básicas sejam simples, como alimentação, proteção, entre outras; as formas de identificá-las, valorizá-las e atendê-las são estabelecidas socialmente. A identificação dessas necessidades sentidas e expressas pelas crianças, depende também da compreensão que o adulto tem das várias formas de comunicação que elas, uma vez que cada faixa etária possui e desenvolvi sua própria maneira de se comunicar. Prestar atenção e valorizar o choro de um bebê e responder a ele com um cuidado ou outro depende de como é interpretada a expressão de choro, e dos recursos existentes para responder a ele. É possível que o adulto que cuida da criança, tendo como base concepções de desenvolvimento e aprendizagem infantis, de educação e saúde, acredite que os bebês devem aprender a permanecer no berço, após serem alimentados e higienizados, e, portanto, não considerem o embalo como um cuidado, mas como uma ação que pode “acostumar mal” a criança. Em outras culturas, o embalo tem uma grande importância no cuidado de bebês, tanto que existem berços próprios para embalar. O cuidador precisa avaliar as necessidades das crianças, que quando notadas, ouvidas e respeitadas, podem dar pistas importantes sobre a qualidade que estão recebendo. Os procedimentos de cuidado também precisam seguir os princípios de acesso à saúde. Para se atingir os objetivos dos cuidados com a preservação da vida e com o acréscimo das capacidades humanas, é necessário que as atitudes e procedimentos estejam baseados em informações específicas sobre o desenvolvimento biológico, emocional e intelectual das crianças, levando em consideração as diferentes realidades socioculturais. Para cuidar é preciso antes de tudo estar comprometido com o outro, seus atos, ser solidário com suas necessidades. Disso depende a construção de um vínculo entre quem cuida e quem é cuidado. Além da afetividade e da quantidade de cuidados, é preciso que o professor possa ajudar a criança a identificar suas necessidades priorizando-as, assim como atendê-las de forma certa. Cuidar da criança é sobretudo dar atenção a ela como pessoa que está num consecutivo crescimento e desenvolvimento, compreendendo seus atos, identificando e respondendo às suas necessidades. Inclui ter interesse sobre o que a criança sente, pensa, visando o aumento deste conhecimento e de suas capacidades, que aos poucos a tornarão mais independente e mais autônoma. 11 Constatou-se nesse documento, que são inúmeras e diferentes as propostas de currículo para a educação infantil que têm sido elaboradas, nos últimos anos, em diversas partes do Brasil. Refletem o nível de tensão de três instâncias determinantes na construção de um projeto educativo para a educação infantil. São elas: a das práticas sociais, a das políticas públicas e a da sistematização dos conhecimentos relacionadas a etapa educacional. Essa ampla produção revela a riqueza de soluções encontradas nas diferentes regiões brasileiras, mesmo com as desigualdades de condições institucionais para a garantia da qualidade nessa etapa educacional. Respeitando as diversidades da sociedade brasileira e das diversas propostas curriculares de educação infantil existentes, este referencial é uma proposta aberta, flexível e não obrigatória, que poderá subsidiar os sistemas educacionais, que assim o desejarem, na elaboração ou implementação de programas e currículos que condizem com suas realidades e singularidades. Por não ser obrigatório visa a favorecer o diálogo com propostas e currículos que se constroem na realidade de cada instituição, sejam creches, pré-escolas ou nos grupos de formação existentes nos diferentes sistemas, espalhados pelo Brasil. O uso deste referencial só tem sentido se traduzir a vontade do grupo escolar envolvido com a educação da criança, sejam pais, professores, técnicos e funcionários; de fazer acontecer mesmo diante das dificuldades que serão encontradas, como acontecem nos demais projetos educativos da instituição. O referencial funciona como elemento orientador de ações na busca da melhoria de qualidade da educação infantil brasileira. A busca da qualidade do atendimento envolve questões extensas ligadas às políticas públicas, às decisões de ordem orçamentária, à implantação de políticas de recursos humanos, aos padrões de atendimento que garantam espaço físico de qualidade, materiais tanto em quantitativa como qualitativa para propostas educacionais compatíveis com a faixa etária nas diferentes modalidades de atendimento, para as quais este Referencial pretende dar sua contribuição. Nos últimos anos, as contestações em nível tanto nacional quanto internacional apontam para a necessidade de que as instituições de educação infantil agrupem de maneira integrada as funções de educar e cuidar, e não mais diferenciando nem hierarquizando os profissionais e instituições que atuam com as crianças pequenas e/ou aqueles que trabalham com as maiores. As novas funções para a educação infantil devem estar adjuntas a padrões de qualidade. Essa qualidade acontece com as concepções de desenvolvimento que consideram as crianças nos seus contextos sociais, ambientais, culturais e, mais concretamente, nas interações e práticas sociais que lhes fornecem elementos das mais diversas linguagens e ao contato dos mais variados conhecimentos para a construção de uma identidade independente. A instituição de educação infantil deve tornar acessível a todas as crianças que a frequentam, sem discriminação. Tem um papel socializador, concedendo o desenvolvimento da identidade das crianças, por meio de aprendizagens variadas, realizadas em ambiente de interação (BOBBIO, 1992). Na instituição de educação infantil, proporciona-se às crianças condições para as aprendizagens que ocorrem nas brincadeiras acrescidas de situações pedagógicas propositadas. Essas aprendizagens ocorrem de maneira integrada no processo de desenvolvimento infantil. Educar significa, entretanto, propiciar situações de cuidados, brincadeiras e aprendizagens orientadas de forma integrada e que possam colaborar para o desenvolvimento das capacidades infantis de relação interpessoal, que é de ser e estar com os outros com respeito e confiança, e o acesso aos conhecimentos mais amplos da realidade social e cultural. A educação auxiliar no desenvolvimento das capacidades de apropriação e conhecimento das potencialidades corporais, afetivas, emocionais, estéticas e éticas, na perspectiva de colaborar para a formação de crianças felizes e saudáveis (RCNEI, 1998,p.23). 3.3 CUIDAR Cuidar de uma criança em um contexto educativo manifesta a integração de vários campos de conhecimentos e a cooperação de profissionais de diferentes áreas. O cuidado é um ato em relação ao outro e a si próprio que tem uma dimensão expressiva e implica em métodos específicos. O desenvolvimento total depende tanto dos cuidados relacionado ao envolvimento a dimensão afetiva e dos cuidados com os aspectos biológicos do corpo, como a qualidade da alimentação e dos cuidados com a saúde, quanto da forma como esses cuidados são oferecidos. As atitudes e procedimentos de cuidado de se dão pelas influências por crenças e valores em torno da saúde, da educação e do desenvolvimento infantil. Por mais que as necessidades humanas básicas sejam simples, como alimentação, proteção, entre outras; as formas de identificá-las, valorizá-las e atendê-las são estabelecidas socialmente. A identificação dessas necessidades sentidas e expressas pelas crianças, depende também da compreensão que o adulto tem das várias formas de comunicação que elas, uma vez que cada faixa etária possui e desenvolvi sua própria maneira de se comunicar. Prestar atenção e valorizar o choro de um bebê e responder a ele com um cuidado ou outro depende de como é interpretada a expressão de choro, e dos recursos existentes para responder a ele. É possível que o adulto que cuida da criança, tendo como base concepções de desenvolvimento e aprendizagem infantis, de educação e saúde, acredite que os bebês devem aprender a permanecer no berço, após serem alimentados e higienizados, e, portanto, não considerem o embalo como um cuidado, mas como uma ação que pode “acostumar mal” a criança. Em outras culturas, o embalo tem uma grande importância no cuidado de bebês, tanto que existem berços próprios para embalar. O cuidador precisa avaliar as necessidades das crianças, que quando notadas, ouvidas e respeitadas, podem dar pistas importantes sobre a qualidade que estão recebendo. Os procedimentos de cuidado também precisam seguir os princípios de acesso à saúde. Para se atingir os objetivos dos cuidados com a preservação da vida e com o acréscimo das capacidades humanas, é necessário que as atitudes e procedimentos estejam baseados em informações específicas sobre o desenvolvimento biológico, emocional e intelectual das crianças, levando em consideração as diferentes realidades socioculturais. Para cuidar é preciso antes de tudo estar comprometido com o outro, seus atos, ser solidário com suas necessidades. Disso depende a construção de um vínculo entre quem cuida e quem é cuidado. Além da afetividade e da quantidade de cuidados, é preciso que o professor possa ajudar a criança a identificar suas necessidades priorizando-as, assim como atendê-las de forma certa. Cuidar da criança é sobretudo dar atenção a ela como pessoa que está num consecutivo crescimento e desenvolvimento, compreendendo seus atos, identificando e respondendo às suas necessidades. Inclui ter interesse sobre o que a criança sente, pensa, visando o aumento deste conhecimento e de suas capacidades, que aos poucos a tornarão mais independente e mais autônoma. 12 Constatou-se nesse documento, que são inúmeras e diferentes as propostas de currículo para a educação infantil que têm sido elaboradas, nos últimos anos, em diversas partes do Brasil. Refletem o nível de tensão de três instâncias determinantes na construção de um projeto educativo para a educação infantil. São elas: a das práticas sociais, a das políticas públicas e a da sistematização dos conhecimentos relacionadas a etapa educacional. Essa ampla produção revela a riqueza de soluções encontradas nas diferentes regiões brasileiras, mesmo com as desigualdades de condições institucionais para a garantia da qualidade nessa etapa educacional. Respeitando as diversidades da sociedade brasileira e das diversas propostas curriculares de educação infantil existentes, este referencial é uma proposta aberta, flexível e não obrigatória, que poderá subsidiar os sistemas educacionais, que assim o desejarem, na elaboração ou implementação de programas e currículos que condizem com suas realidades e singularidades. Por não ser obrigatório visa a favorecer o diálogo com propostas e currículos que se constroem na realidade de cada instituição, sejam creches, pré-escolas ou nos grupos de formação existentes nos diferentes sistemas, espalhados pelo Brasil. O uso deste referencial só tem sentido se traduzir a vontade do grupo escolar envolvido com a educação da criança, sejam pais, professores, técnicos e funcionários; de fazer acontecer mesmo diante das dificuldades que serão encontradas, como acontecem nos demais projetos educativos da instituição. O referencial funciona como elemento orientador de ações na busca da melhoria de qualidade da educação infantil brasileira. A busca da qualidade do atendimento envolve questões extensas ligadas às políticas públicas, às decisões de ordem orçamentária, à implantação de políticas de recursos humanos, aos padrões de atendimento que garantam espaço físico de qualidade, materiais tanto em quantitativa como qualitativa para propostas educacionais compatíveis com a faixa etária nas diferentes modalidades de atendimento, para as quais este Referencial pretende dar sua contribuição. Cuidar de uma criança em um contexto educativo manifesta a integração de vários campos de conhecimentos e a cooperação de profissionais de diferentes áreas. O cuidado é um ato em relação ao outro e a si próprio que tem uma dimensão expressiva e implica em métodos específicos. O desenvolvimento total depende tanto dos cuidados relacionado ao envolvimento a dimensão afetiva e dos cuidados com os aspectos biológicos do corpo, como a qualidade da alimentação e dos cuidados com a saúde, quanto da forma como esses cuidados são oferecidos. As atitudes e procedimentos de cuidado de se dão pelas influências por crenças e valores em torno da saúde, da educação e do desenvolvimento infantil. Por mais que as necessidades humanas básicas sejam simples, como alimentação, proteção, entre outras; as formas de identificá-las, valorizá-las e atendê-las são estabelecidas socialmente. A identificação dessas necessidades sentidas e expressas pelas crianças, depende também da compreensão que o adulto tem das várias formas de comunicação que elas, uma vez que cada faixa etária possui e desenvolvi sua própria maneira de se comunicar. Prestar atenção e valorizar o choro de um bebê e responder a ele com um cuidado ou outro depende de como é interpretada a expressão de choro, e dos recursos existentes para responder a ele. É possível que o adulto que cuida da criança, tendo como base concepções de desenvolvimento e aprendizagem infantis, de educação e saúde, acredite que os bebês devem aprender a permanecer no berço, após serem alimentados e higienizados, e, portanto, não considerem o embalo como um cuidado, mas como uma ação que pode “acostumar mal” a criança. Em outras culturas, o embalo tem uma grande importância no cuidado de bebês, tanto que existem berços próprios para embalar. O cuidador precisa avaliar as necessidades das crianças, que quando notadas, ouvidas e respeitadas, podem dar pistas importantes sobre a qualidade que estão recebendo. Os procedimentos de cuidado também precisam seguir os princípios de acesso à saúde. Para se atingir os objetivos dos cuidados com a preservação da vida e com o acréscimo das capacidades humanas, é necessário que as atitudes e procedimentos estejam baseados em informações específicas sobre o desenvolvimento biológico, emocional e intelectual das crianças, levando em consideração as diferentes realidades socioculturais. Para cuidar é preciso antes de tudo estar comprometido com o outro, seus atos, ser solidário com suas necessidades. Disso depende a construção de um vínculo entre quem cuida e quem é cuidado. Além da afetividade e da quantidade de cuidados, épreciso que o professor possa ajudar a criança a identificar suas necessidades priorizando-as, assim como atendê-las de forma certa. Cuidar da criança é sobretudo dar atenção a ela como pessoa que está num consecutivo crescimento e desenvolvimento, compreendendo seus atos, identificando e respondendo às suas necessidades. Inclui ter interesse sobre o que a criança sente, pensa, visando o aumento deste conhecimento e de suas capacidades, que aos poucos a tornarão mais independente e mais autônoma. 13 Cuidar de uma criança em um contexto educativo manifesta a integração de vários campos de conhecimentos e a cooperação de profissionais de diferentes áreas. O cuidado é um ato em relação ao outro e a si próprio que tem uma dimensão expressiva e implica em métodos específicos. O desenvolvimento total depende tanto dos cuidados relacionado ao envolvimento a dimensão afetiva e dos cuidados com os aspectos biológicos do corpo, como a qualidade da alimentação e dos cuidados com a saúde, quanto da forma como esses cuidados são oferecidos. As atitudes e procedimentos de cuidado de se dão pelas influências por crenças e valores em torno da saúde, da educação e do desenvolvimento infantil. Por mais que as necessidades humanas básicas sejam simples, como alimentação, proteção, entre outras; as formas de identificá-las, valorizá-las e atendê-las são estabelecidas socialmente. A identificação dessas necessidades sentidas e expressas pelas crianças, depende também da compreensão que o adulto tem das várias formas de comunicação que elas, uma vez que cada faixa etária possui e desenvolvi sua própria maneira de se comunicar. Prestar atenção e valorizar o choro de um bebê e responder a ele com um cuidado ou outro depende de como é interpretada a expressão de choro, e dos recursos existentes para responder a ele. É possível que o adulto que cuida da criança, tendo como base concepções de desenvolvimento e aprendizagem infantis, de educação e saúde, acredite que os bebês devem aprender a permanecer no berço, após serem alimentados e higienizados, e, portanto, não considerem o embalo como um cuidado, mas como uma ação que pode “acostumar mal” a criança. Em outras culturas, o embalo tem uma grande importância no cuidado de bebês, tanto que existem berços próprios para embalar. O cuidador precisa avaliar as necessidades das crianças, que quando notadas, ouvidas e respeitadas, podem dar pistas importantes sobre a qualidade que estão recebendo. Os procedimentos de cuidado também precisam seguir os princípios de acesso à saúde. Para se atingir os objetivos dos cuidados com a preservação da vida e com o acréscimo das capacidades humanas, é necessário que as atitudes e procedimentos estejam baseados em informações específicas sobre o desenvolvimento biológico, emocional e intelectual das crianças, levando em consideração as diferentes realidades socioculturais. Para cuidar é preciso antes de tudo estar comprometido com o outro, seus atos, ser solidário com suas necessidades. Disso depende a construção de um vínculo entre quem cuida e quem é cuidado. Além da afetividade e da quantidade de cuidados, é preciso que o professor possa ajudar a criança a identificar suas necessidades priorizando-as, assim como atendê-las de forma certa. Cuidar da criança é sobretudo dar atenção a ela como pessoa que está num consecutivo crescimento e desenvolvimento, compreendendo seus atos, identificando e respondendo às suas necessidades. Inclui ter interesse sobre o que a criança sente, pensa, visando o aumento deste conhecimento e de suas capacidades, que aos poucos a tornarão mais independente e mais autônoma. 3.4 BRINCAR Fonte: Freepik Para os Parâmetros Curriculares Nacionais (1997), a estruturação do espaço, com formato de como os materiais estão organizados, a qualidade e ajustamento destes são elementos essenciais de um projeto educativo. Espaço físico, materiais, brinquedos, instrumentos sonoros e mobiliários fazem parte do processo educacional que cogitam a concepção de educação assumida pela instituição. Formam assim, uma poderosa assistenciais da aprendizagem, para a definição de práticas educativas de qualidade em instituição de educação infantil. A melhoria da ação educativa está condicionada ao uso que fazem deles os professores juntamente às crianças com as quais trabalham. Cabe aos professores prepararem o ambiente para que a criança possa estudar de forma ativa na interação com outras crianças e com os adultos. Versatilidade Do Espaço O espaço na instituição de educação infantil necessita propiciar condições para que as crianças possam usufruí-lo em benfeitoria do seu desenvolvimento e aprendizagem. Sujeito às alterações propostas pelas crianças e pelos professores em função das ações desenvolvidas. Deve ser considerado as diferentes necessidades de cada faixa etária, assim como os distintos projetos e atividades que estão sendo desenvolvidos. As crianças de zero a um ano de idade necessitam de um espaço especialmente preparado onde possam engatinhar livremente, ensaiar os primeiros passos, brincar, interagir com outras crianças, descansar quando sentirem necessidade. É preciso observar os espaços livre do ambiente, planejar, organizar e mudar constantemente o espaço, para que ele fique cada vez mais aconchegante, que toleram o desenvolvimento de atividades diversificadas e simultâneas, como, por exemplo, ambientes para jogos, artes, faz de conta, leitura. Pesquisas indicam que ambientes divididos são mais recomendados para crianças pequenas ao invés de grandes áreas livres. Os pequenos interagem mais perfeito em grupos quando estão em espaços menores, mais aconchegantes e de onde podem visualizar o adulto. Os elementos para divisão do espaço podem ser variados, como prateleiras baixas, pequenas casinhas, caixas, biombos baixos dos mais diversos tipos. Esse tipo de organização favorece à criança ficar sozinha, se assim optar naquele momento. Na área externa, há que se criar espaços lúdicos que sejam alternativos para que as crianças possam correr, balar, subir, descer e escalar ambientes distintos. Elas pendurem-se, escorreguem, rolem, joguem bola, brinquem com água e areia, escondam-se. Recursos Materiais Recursos materiais como mobiliário, espelhos, brinquedos, livros, lápis, papéis, tintas, pincéis, tesouras, cola, massa de modelar, argila, jogos diversos, blocos para construções, material de sucata, roupas e panos para brincar necessitam ter presença obrigatória nas instituições de educação infantil de forma atentamente planejada. Os materiais compõem um instrumento importante para o desenvolvimento da tarefa educativa, pois são um meio que auxilia a ação das crianças. Elas descobrem os objetos, conhecem suas propriedades e funções e, transformam em suas brincadeiras, atribuindo novos significados, para KUHLMANN JR (1998). Os brinquedos são objetos privilegiados da educação das crianças. São objetos que dão apoio ao brincar e podem ser das mais diversas origens materiais, formas, texturas, tamanho e cor. Podem ser comprados ou fabricados pelos professores e pelas próprias crianças; podem também ter vida curta, quando inventados e confeccionados pelas crianças e durar várias gerações, quando transmitidos de pai para filho. As instituições devem integrá-los ao acervo de materiais existentes nas salas, prevendo discernimentos de escolha, seleção e aquisição de acordo com a faixa etária atendida e os diferentes projetos desenvolvidos na instituição. 14 Cuidar de uma criança em um contexto educativo manifesta a integração de vários campos de conhecimentos e a cooperação de profissionais de diferentes áreas. O cuidado é um ato em relação ao outro e a si próprio que tem uma dimensão expressiva e implica em métodos específicos. O desenvolvimento total depende tanto dos cuidados relacionado ao envolvimento a dimensão afetiva e dos cuidados com os aspectos biológicos do corpo, como a qualidade
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