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TUTORIA 4 - DROGADIÇÃO DEFINIÇÃO Dependência física ou psicológica de substâncias entorpecentes e drogas alucinógenas FISSURA: compulsão para o consumo de drogas, desejo incontrolável de consumir a substância. DEPENDÊNCIA: consumo sem controle – diferentes graus. Pessoa não consegue parar de consumir a droga, porque o organismo acostumou-se com a substância DEPENDÊNCIA FÍSICA: Sintomas físicos que aparecem quando o indivíduo para de tomar a droga ou diminui bruscamente o seu uso (síndrome da abstinência). Dependem do tipo da substância utilizada e aparecem algumas horas ou dias depois que ela foi consumida pela última vez. DEPENDÊNCIA PSICOLÓGICA: Estado de mal-estar e desconforto que surge quando o dependente interrompe o uso da droga. Sintomas: busca compulsiva pela droga ou fissura; ansiedade; sensação de vazio; e dificuldade de concentração TOLERÂNCIA: necessidade de doses cada vez maiores da droga para alcançar os efeitos originalmente obtidos com doses mais baixas ocorre porque o organismo se habitua e se adapta à presença da droga no corpo. EPIDEMIOLOGIA Prevalência de uso de drogas ilícitas anual é estimada em 4,7% da população mundial acima de 15 anos. DROGAS MAIS USADAS: · Maconha · Anfetamina · Opiáceos · Cocaína · Ecstasy ANATOMOPATOLÓGICO: infiltrado celular intersticial e alveolar rico em eosinófilos com deposição de IgE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA ABSTINÊNCIA Surgimento de sinais e sintomas físicos desagradáveis de intensidade variável que aparecem quando o usuário para ou reduz abruptamente o consumo da droga INTOXICAÇÃO AGUDA SINAIS DE OVERDOSE: · Midríase · Excitação · Pensamento acelerado · Desorganizado e paranoia · Uso recente de cocaína, crack ou outros estimulantes · Pulso e PA aumentados · Comportamento agressivo, imprevisível ou violento TRATAMENTO · Psicossocial: acompanhamento interdisciplinar, apoio familiar. · Diazepam em doses fracionadas ou antipsicóticos (haloperidol) · Monitorização de PA, FC, FR e temperatura de 2/2 horas · Carvão ativado FATORES DE RISCO: · Hereditariedade · Transtornos psiquiátricos · Conflitos familiares · Falta de informação e influência social (adolescência) · Tabagismo · Etilismo QUADRO CLÍNICO GERAL · Taquicardia; arritmia (HIPERTENSÃO) · Midríase · Aumento da temperatura (HIPERTEMIA) · Comportamento agressivo ANFETAMINAS QUADRO CLÍNICO Euforia, privação da fome, insônia, inapetência, extroversão, do cansaço, midríase, taquicardia, PA, bruxismo, temperatura corporal (hipertemia), risco de convulsão, tremores, alucinação, sentimento de confiança, fadiga, boca seca, respiração ofegante. EFEITO DURANDO: 4-14 horas. EPIDEMIOLOGIA Maior uso em mulheres MECANISMO DE AÇÃO Ocorre liberação de neurotransmissores monoamínicos (noradrenalina, serotonina e dopamina) por exocitose de vesículas produzindo ação simpatomimética e causando permanência na fenda sináptica = estimulação Bloqueio dos receptores que fazem a recaptação dos neurotransmissores monoamínicos (por ligação direta ao receptor, sítio de ligação) Inibição da MAO, assim, não ocorre a destruição dos neurotransmissores, pois impede a metabolização das monoaminas e a transmissão desses neurotransmissores. CRACK E COCAÍNA QUADRO CLÍNICO Euforia, febre, liberação erótica, desinibição, agressividade, maior recorrência de infecções, psicose, perfuração do septo nasal, maior recorrência de IAM, hipertensão, arritmia, risco aumentado de AVE. MECANISMO DE AÇÃO A concentração das monoaminas noradrenalina, serotonina e dopamina na fenda sináptica Quando esses neurotransmissores caem bruscamente causa o craving (fissura) Se liga por remodelação alostérica no receptor impedindo que a dopamina seja recaptada Além disso, bloqueia a recaptação de noradrenalina e serotonina levando a uma estimulação excessiva (taquicardia, hipertensão, vasoconstrição periférica) Bloqueia canais de sódio = impulso nervoso = causando anestesia PULMÃO DO CRACK QUADRO CLÍNICO Hemoptise, dor torácica, tosse seca, escarro escuro, dispneia com hipóxia, sibilância, febre e infiltrado alveolar difuso. FISIOPATOLOGIA Vasoconstrição pulmonar, causando isquemia celular, além de ter efeito tóxico direto no endotélio alvéolocapilar e reação de hipersensibilidade aos componentes inalados. DIAGNÓSTICO Raio x: com opacidade pulmonar intersticial e alveolar difusa com presença de consolidações heterogêneas (substituição do ar por líquido nos alvéolos) com predomínio dos campos pulmonares superiores e médios bilateralmente.
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