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DHEG 1 💥 DHEG Importâcia do tema Principal causa de morte materna no brasil Tema mais cobrado nas provas de residência médica diagnóstico e conduta Epidemiologia Primeira causa de morte materna no Brasil Segunda causa de morte materna no mundo DHEG afetam 10% das gestantes Complicações maternas e fetais Medidas preventivas e de tto precoce capazes de reduzir morbimortalidade materno fetais Classificação A diferença entre HAG, HAC e Pré Eclampsia é o tempo do surgimento do aumento da pressão arterial. Quando o aumento da pressão arterial surge após 20 semanas e desaparece até 12 semanas pós parto ou é Hipertensão Arterial Gestacional ou é Pré Eclâmpsia DHEG 2 Etiopatogenia DHEG 3 Deficiência trofoblástica A principal teoria relacionada à DHEG é a deficiência de invasão trofoblástica que está relacionada a uma placentação deficiente. Para que ocorra a DHEG é necessária a presença de placenta, mas não de feto. Situação normal: é que ocorra primeira invasão trofoblástica → atinge vasos da decídua. Na segunda onda de invasão trofoblástica → atinge arteríolas espiraladas da camada muscular média do endométrio, que tem seu diâmetro aumentado, diminui a resistência vascular, aumenta o fluxo sanguíneo Situação na Pré eclâmpsia: Com a invasão deficiente, as artérias espiraladas não modificadas pela invasão inadequada do trofoblasto apresentam camada muscular média com diâmetro menor e alta resistência, o que resulta na redução do fluxo sanguíneo no espaço interviloso e alteração da perfusão placentária DHEG 4 Disfunção endotelial A lesão endotelial é consequente à má invasão trofoblástica e placentação deficiente, de forma que a lesão endotelial promove a diminuição das prostaglandinas vasodilatadoras (prostaciclinas – PGI2) e a ativação plaquetária leva a um aumento das prostaglandinas vasoconstritoras (tromboxano – TXA2). O aumento da relação TXA2/PGI2 favorece o aumento da sensibilidade de infusão da angiotensina II, que acarreta vasoconstrição DHEG 5 Fatores imunológicos Na prática, observam-se níveis circulantes de sFLt-1 e PIGF alterados várias semanas antes das alterações clínicas da DHEG. Fatores genéticos DHEG 6 Sabe-se que há predisposição genética para o desenvolvimento da DHEG, uma vez que filhas de mães com préeclâmpsia apresentam um risco entre 20 a 40% de desenvolver a doença Fatores ambientais 1 fatro de risco alto ou 2 fatores de risco moderados Fisiopatologia A DHEG pode cursar com alterações em praticamente todos os órgãos e sistemas. A lesão endotelial, o vasoespasmo e a isquemia são responsáveis por praticamente todas as alterações clínicas e laboratoriais que ocorrem nessa doença 💡 A hipertensão não é o evento primário da Pré eclâmpsia ou da DHEG, mas uma consequência da lesão endotelial e do aumento da resistência vascular 💡 A lesão glomerular é a principal lesão renal que ocorre na DHEG, sendo a endoteliose glomerulocapilar a alteração mais específica, relacionada à ocorrência de proteinúria significativa. Essa lesão é reversível e desaparece após o parto A elevação abrupta e grave da pressão arterial pode ocasionar vasoconstrição reflexa e a quebra do mecanismo de autorregulação da circulação cerebral, DHEG 7 desencadeando edema cerebral, infarto cerebral e encefalopatia hipertensiva que culminam na eclâmpsia Hemato: A lesão endotelial e a adesão plaquetária com formação de trombos são responsáveis pela hemólise microangiopática, que se manifesta por níveis elevados de DHL presença de esquizócitos, esferócitos reticulócitos no sangue periférico. plaquetopenia de consumo Hepato: em consequência do vasoconstricção e da isquemia, pode ocorrer também hemorragia periportal e necrose hemorrágica periportal culminando com a elevação dos níveis séricos de transaminases. Essas lesões podem evoluir para sangramento intenso, com formação de hematoma subcapsular. Pulmonar: A presença de vasoespasmo associado à infusão de cristaloides ou coloides sem monitorização pode levar ao edema pulmonar e à insuficiência respiratória. Predição de PE DHEG 8 Esses fatores predizem principalmente PE precoce que é a que mais mata! Marcadores bioquimicos PLGF, VEGF, PAPPA diminuidos → maior risco PE SflT1 e endoglina aumentados → maior risco PE Fatores de risco maternos Fatores biofisicos AU normal tem baixa resistênca (diástole cheia) AU alterada quando tem alta resistência (vaso espiculado) (IP acima do percentil 90 ou incisura protodiastolica presente) DHEG 9 Prevenção de PE Para todas as gestantes (universal) Atividade física Suplementação de cálcio de 500mg dia se houver baixa ingesta (< 600mg/dia) Para gestantes alto risco de PE Apresentando 1FR alto ou 2FR moderado ou rastreamento combinado (bioquimico, biofisico, fatores maternos) a medida mais importante é o uso de Aspirina em baixa dose a partir de 12 sem. Diagnóstico de Hipertensão gestacional DHEG 10 após 20 semanas de gestação que volta ao normal após 12sem pos parto AUSÊNCIA DE PROTEINÚRIA!! AUSÊNCIA DE LOA 💡 a hipertensão gestacional pode surgir a partir o segundo trimestre, mas a época em que mais ocorre o diagnóstico é no terceiro trimestre. Classificação da HAG Se, ao longo da gestação, ocorrer proteinúria ou lesão de órgãos-alvo a gestante passa a ter o diagnóstico de pré- eclâmpsia, (acontece em mais de 50% dos casos de hipertensão gestacional, POR ISSO QUE PACIENTE COM HAG ENCAMINHA PRA PNAR, POIS ALTO RISCO DE PE) Risco de gestante com HASG virar PE Gestantes com hipertensão gestacional antes de 34 semanas PAS média >135 mmHg Aumento dos níveis de ácido úrico (acima de 5,2 mg/dl) apresentam maior risco de desenvolver pré-eclâmpsia 💡 o ácido úrico sérico é o exame que melhor avalia gravidade na pré- eclâmpsia e ajuda na diferenciação de pré-eclâmpsia e da hipertensão arterial crônica DHEG 11 Diagnóstico Pré Eclâmpsia Quadro clínico clássico PE Hipertensão Edema DHEG 12 Proteinúria APÓS 20 SEMANAS DE GESTAÇÃO QUE DESAPARECE APÓS 12 SEM PÓS PARTO Critérios diagnósticos de PE Se paciente tem aumento dos niveis pressóricos associada a LOA materno , ou a disfunção utero placentária, mas não há proteinúria, já considera PE! Não é mais obrigatória a presença de proteinúria para dar diagnóstico de PE, basta ocorrer hipertensão arterial na presença de disfunção de órgãos-alvo ou disfunção uteroplacentária para constituir-se pré-eclâmpsia. Classificação da PE quanto a gravidade Nível alto de proteinúria não é mais critério de gravidade para pré-eclâmpsia. Sendo assim, uma vez confirmada a proteinúria, não há necessidade de ficar repetindo o exame. Além disso, DHEG 13 oligúria também não faz mais parte dos critérios de gravidade para pré-eclâmpsia para diversas instituições, fique atento! PE sem sinais de gravidade : HAG leve + Ausência de LOA e Ausência de disfunção utero placenária , ou seja, aumento pressórico + proteinúria apenas quanto ao tempo Diagnóstico de Eclâmpsia DHEG 14 Constitui uma PE grave: toda eclâmpsia e iminência de eclâmpsia são PE grave Diagnóstico clínico: Convulsões tônico clônica generalizadas na ausência de outras causas podendo ser diagnosticada antes, durante ou após o parto, a partir de 20 semanas Na maioria das vezes, a convulsão é precedida de sinais clínicos que chamamos de iminência de eclâmpsia: cefaleia frontal ou occipital persistente turvação visual, escotomas, fotofobia, epigastralgia ou dor em hipocôndrio direito. alteração do estado mental hiperreflexia 💡 quadro classico de iminencia de eclampsia: cefaleia, turvação visual e epigastralgia, não precisa ter os três, basta um Todo quadro de crise convulsiva na gestação, na ausência de outras causas, como epilepsia,aneurisma, isquemia cerebral ou uso de drogas, deve ser tratado como eclâmpsia até que se prove o contrário independentemente de haver hipertensão arterial e proteinúria associada. Complicações da Eclâmpsia A eclâmpsia é a complicaçãomais severa da DHEG Importante causa de morte materna e está associada à hipóxia, trauma e pneumonia aspirativa. Feto Durante a convulsão, geralmente, ocorre bradicardia fetal, que se recupera após o episódio, e o feto mantém taquicardia, desacelerações e diminuição DHEG 15 da variabilidade após o quadro convulsivo. hipóxia descolamento prematuro de placenta Maternas hemorragia cerebral edema pulmonar e insuficiência respiratória insuficiência renal coagulopatia Diagnóstico Sindrome HELLP Também constitui uma PE grave, pode acontecer na PE ou na Eclâmpsia Diagnóstico laboratorial: necessita dos 3 critérios 💡 primeiro altera TGP 💡 Lesão hepática na S. HELLP: Necrose Hemorrágica Periportal Diagnósticos diferenciais S. HELLP DHEG 16 Diagnóstico de PE sobreposta se a paciente já era hipertensa antes da gestação, e antes das 20semanas os niveis pressóricos aumentam, mas ela não tem proteinúra, não tem LOA e não tem DUP, não fecha diagnóstico para PE sobreposta Hipertensão Crônica hipertensão antes de 20semanas ou que permanece após 12 semanas pos parto Conduta Realizar USG obst MENSAL DHEG 17 Dieta c restricao de sal Prevenir PE com AAS e carbonato de calcio Solicitar Exames pra LOA de HASC ECG Fundocopia Usg de rins e vias Microalb Acido urico e Calciuria são normais na Hipertensão Crônica e na PE são alterados Exames pos 20sem para investigar PE Conduta obstetrica: Parto vaginal ate 40s Tratamento Medicamentoso Metildopa Nifedipino Anlodipino Metoprolol SE HAS grave Antes de 20s tratar no ambula Se após 20s é suspeita de PE sobreposta Internar Hidralazina Solicitar Perfil toxemico e exames de DUP Tratamento Formas não graves :HAG leve e PE sem sinais de gravidade não precisa internar DHEG 18 encaminhar Pnar controle diario pressorico nao fazer restrição de sal reduzir atividade fisica mas continuar fazendo proteina de fita 1-2x na semana pra sgmto usg doppler medicamentoso: metildopa 37 semanas pra realizar parto (via vaginal preferencial) 💡 antihipertensivos permitidos na gestação: hidralazina, anlo e nifedipino, fursemida, metoprolol /// proibidos na gestação: IECA, BRA, losartana, propranolol, atenolol Formas graves: HAG grave (≥ 160x110); PE com sinais de gravidade, eclâmpsia e iminência de eclâmpsia internar avaliar vitalidade fetal estabilizar hemodinâmicamente classificar a DHEG 1º prevenção de convulsão - sulfato de mg serve pra tratar e prevenir Prichard - quando precisa transferir 4g EV in bolus + 10g IM (não precisa ficar com acesso) Zuspel 4g EV em 10-15min + 1g/h em BI de manutenção intoxicação por sulfato de mg (concentração terapêutica 4-7) DHEG 19 perda de reflexo patelar depressão respiratório (FR<16) infarto dosar sulfato de mg a cada 4h e avaliar os parametros clinicos a cada 1h sinais de intoxicação = gluconato de cálcio ⭐ obs: é depurado no rim, se a mulher tem insuficiencia ou lesao renal a chance de intoxicação por sulfato é maior, por isso AVALIAR OLIGURIA (<25ml/h) 2º controle pressórico se ≥ 160x110 apos 15min = hidralazina EV → nifedipino via oral (SE FOR TRANSFERIR) 3º resolver gestação independente da IG pela via mais rápida deterioração condições MF Sindrome HELP Iminência de Eclâmpsia Eclâmpsia DPP HAG grave refrataria EAP Diastole reversa da Artéria umbilical Cardiotoco categoria 3 morte fetal Fora dessas condições, para decidir: < 24s : o feto é inviavel, por isso interromper a gestação >34s: resolver gestação pela via mais rápida (via obstétrica) 24-34s: segurar gestação até >34s (corticoterapia para maturação pulmonar) Se a paciente estabilizar, observar sintomas de iminência de eclâmpsia, fazer controle laboratorial semanal, vitalidade fetal e corticoide para DHEG 20 maturação pulmonar. Caso a gestante apresente algum sinal de piora do quadro deve-se resolver a gestação imediatamente; 💡 A conduta obstétrica nos casos de iminência de eclâmpsia, eclâmpsia, síndrome HELLP, hipertensão grave refrataria ao tratamento, edema agudo de pulmão, diástole reversa da artéria umbilical, cardiotocografia categoria III ou morte fetal é resolução imediata da gestação, de preferência pela via mais rápida - NÃO NECESSARIAMENTE CESÁRIA, PODE INDUZIR O PARTO VAGINAL!!! 💡 não se deve adiar a resolução da gestação para administração de corticoide em caso de síndrome HELLP.