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AULAS 6 8 E 9

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AULA 6
• 3.4 CONCEITO DE AÇÃO, NATUREZA, ESPÉCI
ES, PRINCÍPIOS, ELEMENTOS E AS 
CONDIÇÕES NECESSÁRIAS AO SEU REGULA
R EXERCÍCIO. 
ELEMENTOS DA AÇÃO
• PARTES – autor e réu
• CAUSA DE PEDIR – próxima e remota
• PEDIDO – mediato e imediato
PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS
 Os pressupostos processuais são
requisitos que devem ser preenchidos, em
cada caso concreto, para que o processo se
constitua e desenvolva regular e
validamente.
 São requisitos necessários à
existência e validade da relação
processual.
A falta dos pressupostos processuais acarreta 
nulidade absoluta, insanável.
• PRESSUPOSTOS DE EXISTÊNCIA OU
CONSTITUIÇÃO
➢Órgão investido de jurisdição - A parte deve
formular seu pedido a um órgão jurisdicional
devidamente investido dos poderes inerentes a essa
função estatal.
➢Demanda - A petição inicial é p instrumento da
demanda, por meio do qual o autor exerce o direito
de ação e invoca a prestação da tutela jurisdicional
➢Capacidade de ser parte – confunde-se com a
capacidade civil, sendo, no entanto, mais ampla.
• CAPACIDADE PROCESSUAL: toda pessoa que
se acha no exercício dos seus direitos tem
capacidade para estar em juízo.
• Os menores de 16 deverão ser representados por
seus responsáveis e aqueles que tem entre 16 e
18 deverão estar assistidos.
Art. 70. Toda pessoa que se encontre no
exercício de seus direitos tem capacidade
para estar em juízo.
• CAPACIDADE PROCESSUAL DAS PESSOAS
CASADAS:
Caso estejam no polo ativo, salvo quando
casados sob o regime de separação absoluta de
bens, é necessário o consentimento do cônjuge
em ações que versem direitos reais imobiliários e
ações possessórias em que haja composse ou
discuta atos praticados por ambos os cônjuges.
(OUTORGA UXÓRIA)
Caso estejam no polo passivo, ambos figurarão
como réus em ações que:
• versem direitos reais imobiliários,
• discutam atos praticados por ambos ou digam
respeito a ambos,
• fundadas em dívidas contraídas em favor da
família, cuja execução tenha de recair sobre o
produto do trabalho da outro cônjuge ou os seus
bens reservados,
• que tenham por objeto o reconhecimento, a
constituição ou a extinção de ônus sobre imóveis
de um ou de ambos os cônjuges.
REPRESENTAÇÃO POR CURADOR ESPECIAL
➢Incapaz sem representante legal, ou em caso de 
colisão de interesses.
➢Réu preso ou réu revel citado por edital ou hora 
certa.
Art. 72. O juiz nomeará curador especial ao:
I - incapaz, se não tiver representante legal ou se
os interesses deste colidirem com os daquele,
enquanto durar a incapacidade;
II - réu preso revel, bem como ao réu revel
citado por edital ou com hora certa, enquanto
não for constituído advogado.
• Capacidade postulatória: é privativa do
advogado devidamente inscrito junto a OAB, não
podendo a própria parte elaborar e subscrever a
petição inicial, exigindo-se que esta manifestação
processual origine-se de profissional devidamente
habilitado. Segundo o art. 133 da Constituição de
1988, o advogado exerce função essencial à
administração da Justiça.
• Exceções: Juizados Especiais nas causas inferiores
a 20 salários mínimos, Justiça do Trabalho e
Habeas Corpus.
• PRESSUPOSTOS DE VALIDADE
• Pressupostos intrínsecos consistem no respeito
às regras procedimentais, a observância das
regras procedimentais previstas na legislação. É
por isso que se exige que a petição inicial seja
apta, e também é por isso que se exige a citação.
• Pressupostos extrínsecos consistem em fatos
estranhos ao processo, que impedem a validade
do processo, são chamados de pressupostos
negativos (ou, ainda, impedimentos
processuais).
Pressupostos Processuais de 
Validade Negativos
• 1. Litispendência
• Quando já há ação idêntica previamente
proposta, pendente de julgamento.
• 2. Coisa Julgada
• Quando já há ação idêntica previamente
proposta, e já julgada.
• 3. Perempção
• Quando já há três ações idênticas previamente
propostas e extintas sem resolução do mérito,
pois o Autor deixou de dar andamento ao
processo por mais de 30 dias.
Aula 8
• 1.2 CLASSIFICAÇÕES DE PROCESSO E O 
CONCEITO DE PROCEDIMENTO
• PROCEDIMENTO – sequência de atos
processuais, visando alcançar um ato final
• PROCESSO – é o procedimento em
contraditório (Fazzalari).
• Processo de Conhecimento: procedimento
comum e procedimentos especiais
• Processo de Execução
AULA 09
• 1.3 SUJEITOS DO PROCESSO, AS ESPÉCIES D
E LITISCONSÓRCIO E DE INTERVENÇÕES D
E TERCEIROS E OS ATOS PROCESSUAIS
SUJEITOS DO PROCESSO
• Sujeito do Processo é todo agente
público ou privado que reúne em suas
atribuições função processual.
JUIZ
• É sujeito investido de jurisdição, é quem exerce a
atividade jurisdicional.
• Sua principal função é DIRIGIR O PROCESSO,
em tempo razoável e garantindo a observância
da igualdade processual das partes.
Art. 139. O juiz dirigirá o processo conforme as disposições deste Código,
incumbindo-lhe:
I - assegurar às partes igualdade de tratamento;
II - velar pela duração razoável do processo;
III - prevenir ou reprimir qualquer ato contrário à dignidade da justiça e indeferir
postulações meramente protelatórias;
IV - determinar todas as medidas indutivas, coercitivas, mandamentais ou sub-
rogatórias necessárias para assegurar o cumprimento de ordem judicial, inclusive
nas ações que tenham por objeto prestação pecuniária;
V - promover, a qualquer tempo, a autocomposição, preferencialmente com
auxílio de conciliadores e mediadores judiciais;
VI - dilatar os prazos processuais e alterar a ordem de produção dos meios de
prova, adequando-os às necessidades do conflito de modo a conferir maior
efetividade à tutela do direito;
VII - exercer o poder de polícia, requisitando, quando necessário, força policial,
além da segurança interna dos fóruns e tribunais;
VIII - determinar, a qualquer tempo, o comparecimento pessoal das partes, para
inquiri-las sobre os fatos da causa, hipótese em que não incidirá a pena de
confesso;
IX - determinar o suprimento de pressupostos processuais e o saneamento de
outros vícios processuais;
X - quando se deparar com diversas demandas individuais repetitivas, oficiar o
Ministério Público, a Defensoria Pública e, na medida do possível, outros
legitimados a que se referem o art. 5o da Lei no 7.347, de 24 de julho de 1985, e
o art. 82 da Lei no 8.078, de 11 de setembro de 1990, para, se for o caso, promover
a propositura da ação coletiva respectiva.
REQUISITOS DE ATUAÇÃO DO JUIZ
➢Jurisdicionalidade: deve estar investido de
jurisdição;
➢Competência: deve atuar dentro de sua faixa
de atribuição;
➢Imparcialidade: é terceiro imparcial, não
deve ter qualquer interesse na lide;
➢ Independência: exerce suas funções sem
qualquer subordinação hierárquica;
➢Processualidade: deve observar a ordem
processual instituída por lei.
Poderes do juiz:
• Instrutórios (poderes-meio) ou probatórios –
presidir a colheita de provas, determinar as 
diligências, ouvir testemunhas não apresentadas, etc. 
• Disciplinares (poder de polícia) ou 
administrativo – de ordem processual e 
administrativa
• Decisórios (poderes-fins) – despachos, decisões e 
sentenças. 
• Anômalos – àqueles não jurisdicionais.
Deveres do Juiz:
• a) Celeridade processual (velar pela rápida 
prestação jurisdicional);
• b) Imparcialidade;
• c) Tratar as partes com urbanidade.
Garantias ou Prerrogativas Constitucionais 
(art. 95 da CF):
• a) Vitaliciedade - só perde cargo por sentença
judicial;
• b) Inamovibilidade - só se ocorrer motivo de
interesse público, reconhecido por 2/3 do
tribunal competente;
• c) Irredutibilidade de subsídios - com
vistas a preservar a imparcialidade nos
processos, dentro e fora dele.
Art. 143. O juiz responderá, civil e regressivamente,
por perdas e danos quando:
I - no exercício de suas funções, proceder com dolo
ou fraude;
II - recusar, omitir ou retardar, sem justo motivo,
providência que deva ordenar de ofício ou a
requerimento da parte.
Parágrafo único. As hipóteses previstas no inciso II
somente serão verificadas depois que a parte
requerer ao juiz que determine a providênciae o
requerimento não for apreciado no prazo de 10 (dez)
dias.
PARTES
• Polo ativo: autor
• Polo passivo: réu
• Parte é aquele que pleiteia e em face de quem se 
pleiteia a tutela jurisdicional.
Art. 77. Além de outros previstos neste Código, são
deveres das partes, de seus procuradores e de todos
aqueles que de qualquer forma participem do processo:
I - expor os fatos em juízo conforme a verdade;
II - não formular pretensão ou de apresentar defesa
quando cientes de que são destituídas de fundamento;
III - não produzir provas e não praticar atos inúteis ou
desnecessários à declaração ou à defesa do direito;
IV - cumprir com exatidão as decisões jurisdicionais, de
natureza provisória ou final, e não criar embaraços à sua
efetivação;
V - declinar, no primeiro momento que lhes couber falar
nos autos, o endereço residencial ou profissional onde
receberão intimações, atualizando essa informação
sempre que ocorrer qualquer modificação temporária ou
definitiva;
VI - não praticar inovação ilegal no estado de fato de bem
ou direito litigioso.
Art. 78. É vedado às partes, a seus procuradores, aos
juízes, aos membros do Ministério Público e da
Defensoria Pública e a qualquer pessoa que participe do
processo empregar expressões ofensivas nos escritos
apresentados.
§ 1o Quando expressões ou condutas ofensivas forem
manifestadas oral ou presencialmente, o juiz advertirá o
ofensor de que não as deve usar ou repetir, sob pena de
lhe ser cassada a palavra.
§ 2o De ofício ou a requerimento do ofendido, o juiz
determinará que as expressões ofensivas sejam riscadas
e, a requerimento do ofendido, determinará a expedição
de certidão com inteiro teor das expressões ofensivas e a
colocará à disposição da parte interessada.
LITISCONSÓRCIO
• É uma pluralidade de pessoas atuando como parte
no mesmo pólo da relação processual.
• São considerados, em suas relações com a parte
adversa, como litigantes distintos; os atos e as
omissões de um não prejudicarão nem beneficiarão
os outros.
• Cada litisconsorte tem o direito de promover o
andamento do processo e todos devem ser
intimados dos respectivos atos
• Ativo é quando há mais de um autor; passivo
quando há mais de um réu.
• No simples, cada litisconsorte tem uma lide
distinta e, por isso, o juiz pode decidir de forma
diferente para cada litisconsorte. No unitário,
a decisão do juiz deve ser igual (unitária) para
todos os litisconsortes. Há uma única lide com
relação ao demandado, por isso unitário.
• Tem-se litisconsórcio necessário quando é
obrigatória a presença de mais um autor ou de
mais de um réu no processo, sob pena de
nulidade; sendo facultativo a parte
voluntariamente escolhe propor a ação contra
mais de um réu ou litigar, no polo passivo,
conjuntamente com outra parte.
• Facultativo
Art. 113. Duas ou mais pessoas podem litigar, no
mesmo processo, em conjunto, ativa ou
passivamente, quando:
I - entre elas houver comunhão de direitos ou de
obrigações relativamente à lide;
II - entre as causas houver conexão pelo pedido
ou pela causa de pedir;
III - ocorrer afinidade de questões por ponto
comum de fato ou de direito.
Necessário
Art. 114. O litisconsórcio será necessário por
disposição de lei ou quando, pela natureza da
relação jurídica controvertida, a eficácia da
sentença depender da citação de todos que
devam ser litisconsortes.
 No litisconsórcio necessário, é obrigatória a citação 
de todos os réus, sob pena de extinção do feito.
• LITISCONSÓRCIO MULTITUDINÁRIO:
Ocorre quando o litisconsórcio facultativo
apresenta um número excessivo de
litisconsortes, que dificulta a defesa ou a rápida
solução do litígio. Nesse caso, pode o juiz, de
ofício ou a requerimento, limitar o
número de litisconsortes.
ADVOGADO
• O advogado é essencial ao regular
desenvolvimento do processo.
• É a pessoa versada em Direito com a função de
orientar e patrocinar aqueles que têm direitos ou
interesses jurídicos a pleitear ou defender em
juízo.
• Art. 133, CF: O advogado é indispensável à
Administração da Justiça.
Art. 103. A parte será representada em juízo por
advogado regularmente inscrito na Ordem dos
Advogados do Brasil.
Parágrafo único. É lícito à parte postular em
causa própria quando tiver habilitação legal.
Art. 104. O advogado não será admitido a
postular em juízo sem procuração, salvo para
evitar preclusão, decadência ou prescrição, ou
para praticar ato considerado urgente.
• Exige-se que o advogado seja devidamente
constituído como PROCURADOR da parte, por
meio de mandato judicial.
• O advogado pode atuar sem procuração somente
para praticar atos urgentes, sendo concedido o
prazo de 15 dias, prorrogáveis por mais 15, para
juntar aos autos a procuração.
Art. 105. A procuração geral para o foro,
outorgada por instrumento público ou particular
assinado pela parte, habilita o advogado a
praticar todos os atos do processo, exceto
receber citação, confessar, reconhecer a
procedência do pedido, transigir, desistir,
renunciar ao direito sobre o qual se funda
a ação, receber, dar quitação, firmar
compromisso e assinar declaração de
hipossuficiência econômica, que devem
constar de cláusula específica.
• O advogado pode renunciar ao seu mandato –
deve cientificar seu cliente e ainda fica
responsável pelo processo por 10 dias.
• A parte também pode revogar o mandato,
constituindo, no mesmo ato, novo procurador.
Art. 112. O advogado poderá renunciar ao
mandato a qualquer tempo, provando, na forma
prevista neste Código, que comunicou a renúncia
ao mandante, a fim de que este nomeie sucessor.
§ 1o Durante os 10 (dez) dias seguintes, o
advogado continuará a representar o mandante,
desde que necessário para lhe evitar prejuízo
§ 2o Dispensa-se a comunicação referida
no caput quando a procuração tiver sido
outorgada a vários advogados e a parte continuar
representada por outro, apesar da renúncia.
Art. 107. O advogado tem direito a:
I - examinar, em cartório de fórum e secretaria de
tribunal, mesmo sem procuração, autos de
qualquer processo, independentemente da fase de
tramitação, assegurados a obtenção de cópias e o
registro de anotações, salvo na hipótese de
segredo de justiça, nas quais apenas o advogado
constituído terá acesso aos autos;
II - requerer, como procurador, vista dos autos de
qualquer processo, pelo prazo de 5 (cinco) dias;
III - retirar os autos do cartório ou da secretaria,
pelo prazo legal, sempre que neles lhe couber falar
por determinação do juiz, nos casos previstos em
lei.
MINISTÉRIO PÚBLICO
• Ministério Público é uma instituição permanente,
essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-
lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e
dos interesses sociais e individuais indisponíveis (CF,
art. 127).
• Pode atuar como parte (legitimidade extraordinária) ou
como fiscal da lei (custos legis).
Art. 176. O Ministério Público atuará na defesa da
ordem jurídica, do regime democrático e dos
interesses e direitos sociais e individuais
indisponíveis.
Art. 177. O Ministério Público exercerá o direito de ação
em conformidade com suas atribuições constitucionais.
Art. 178. O Ministério Público será intimado para, no
prazo de 30 (trinta) dias, intervir como fiscal da
ordem jurídica nas hipóteses previstas em lei ou na
Constituição Federal e nos processos que envolvam:
I - interesse público ou social;
II - interesse de incapaz;
III - litígios coletivos pela posse de terra rural ou urbana.
Princípios institucionais (CF art. 127, § 1º):
• a) unidade - MP é um só órgão sob a mesma 
direção.
• b) indivisibilidade - os membros podem ser 
substituídos sem quebra das tarefas.
• c) independência - apesar de hierarquizados, 
são autônomos no uso de suas funções.
• d) autonomia funcional – liberdade, nos limites 
da lei, para exercício da função.
Garantias ou Prerrogativas Constitucionais 
(CF art. 128, I, a, b e c):
• a) vitaliciedade- só perde cargo por sentença 
judicial;
• b) inamovibilidade- só se ocorrer motivo de 
interesse público, reconhecido por 2/3 do Colégio de 
Procuradores;• c) irredutibilidade- com vistas a preservar a 
imparcialidade nos processos, dentro e fora dele. 
• d) garantia de foro por prerrogativa de função
(CF 96, III; 52, II; 102, I, b; 105, I; 108, I, a).
Vedações (CF, art. 128, §2º, II):
• a) receber, a qualquer título e sob qualquer pretexto, 
honorários, percentagens ou custas processuais; ou 
exercer a advocacia;
• c) participar de sociedade comercial, na forma da lei;
• d) exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer 
outra função pública, salvo uma de magistério; e
• e) exercer atividade político-partidária, salvo exceções 
previstas em lei.
• Obs. Hipóteses de impedimento ou suspeição (art. 258)
AUXILIARES DA JUSTIÇA
• Escrivão
É aquele que comanda, dirige a secretaria do
cartório judicial, e por conseqüência, coordena o
trabalho exigido para o desenrolar de todos os
atos processuais, e é ele o responsável pela
guarda dos autos dos processos, respondendo
assim por eles. É quem auxilia o magistrado na
direção do processo.
Art. 152. Incumbe ao escrivão ou ao chefe de secretaria:
I - redigir, na forma legal, os ofícios, os mandados, as cartas precatórias
e os demais atos que pertençam ao seu ofício;
II - efetivar as ordens judiciais, realizar citações e intimações, bem
como praticar todos os demais atos que lhe forem atribuídos pelas
normas de organização judiciária;
III - comparecer às audiências ou, não podendo fazê-lo, designar
servidor para substituí-lo;
IV - manter sob sua guarda e responsabilidade os autos, não
permitindo que saiam do cartório, exceto:
a) quando tenham de seguir à conclusão do juiz;
b) com vista a procurador, à Defensoria Pública, ao Ministério Público
ou à Fazenda Pública;
c) quando devam ser remetidos ao contabilista ou ao partidor;
d) quando forem remetidos a outro juízo em razão da modificação da
competência;
V - fornecer certidão de qualquer ato ou termo do processo, 
independentemente de despacho, observadas as disposições referentes 
ao segredo de justiça;
VI - praticar, de ofício, os atos meramente ordinatórios.
• O Oficial de Justiça
É responsável pela execução dos procedimentos
que tenham repercussão externa ao juízo. Os
oficiais de justiça são os mensageiros e
executores de ordens judiciais.
Art. 154. Incumbe ao oficial de justiça:
I - fazer pessoalmente citações, prisões, penhoras, arrestos e
demais diligências próprias do seu ofício, sempre que possível
na presença de 2 (duas) testemunhas, certificando no mandado
o ocorrido, com menção ao lugar, ao dia e à hora;
II - executar as ordens do juiz a que estiver subordinado;
III - entregar o mandado em cartório após seu cumprimento;
IV - auxiliar o juiz na manutenção da ordem;
V - efetuar avaliações, quando for o caso;
VI - certificar, em mandado, proposta de autocomposição
apresentada por qualquer das partes, na ocasião de realização de
ato de comunicação que lhe couber.
Parágrafo único. Certificada a proposta de autocomposição
prevista no inciso VI, o juiz ordenará a intimação da parte
contrária para manifestar-se, no prazo de 5 (cinco) dias, sem
prejuízo do andamento regular do processo, entendendo-se o
silêncio como recusa.
Art. 155. O escrivão, o chefe de secretaria e o
oficial de justiça são responsáveis, civil e
regressivamente, quando:
I - sem justo motivo, se recusarem a cumprir no
prazo os atos impostos pela lei ou pelo juiz a que
estão subordinados;
II - praticarem ato nulo com dolo ou culpa.
• Perito
O perito é o profissional que, em razão de seus 
conhecimentos técnicos e científicos, é chamado 
para auxiliar o juiz no descobrimento da verdade 
sobre determinado fato. 
• Os peritos serão nomeados entre os profissionais
legalmente habilitados e os órgãos técnicos ou
científicos devidamente inscritos em cadastro
mantido pelo tribunal ao qual o juiz está
vinculado.
• Na localidade onde não houver inscrito no
cadastro disponibilizado pelo tribunal, a
nomeação do perito é de livre escolha pelo juiz e
deverá recair sobre profissional ou órgão técnico
ou científico comprovadamente detentor do
conhecimento necessário à realização da perícia.
Art. 157. O perito tem o dever de cumprir o ofício no prazo
que lhe designar o juiz, empregando toda sua diligência,
podendo escusar-se do encargo alegando motivo legítimo.
§ 1o A escusa será apresentada no prazo de 15 (quinze) dias,
contado da intimação, da suspeição ou do impedimento
supervenientes, sob pena de renúncia ao direito a alegá-la.
§ 2o Será organizada lista de peritos na vara ou na
secretaria, com disponibilização dos documentos exigidos
para habilitação à consulta de interessados, para que a
nomeação seja distribuída de modo equitativo, observadas
a capacidade técnica e a área de conhecimento.
Art. 158. O perito que, por dolo ou culpa, prestar
informações inverídicas responderá pelos prejuízos que
causar à parte e ficará inabilitado para atuar em outras
perícias no prazo de 2 (dois) a 5 (cinco) anos,
independentemente das demais sanções previstas em lei,
devendo o juiz comunicar o fato ao respectivo órgão de
classe para adoção das medidas que entender cabíveis.
• Intérprete
A qualidade de intérprete pode ser classificada como 
tradutor, ou seja, aquele que traduz para outrem o 
conteúdo escrito em linguagem estrangeira ou outro 
código de comunicação; e intérprete que revela o 
pensamento de alguém que não consegue se 
expressar por uma deficiência orgânica ou física ou 
porque não conhece o idioma.
Não é funcionário público e exerce suas funções 
mediante remuneração, escolhido livremente pelo 
juiz.
Art. 162. O juiz nomeará intérprete ou tradutor
quando necessário para:
I - traduzir documento redigido em língua
estrangeira;
II - verter para o português as declarações das partes
e das testemunhas que não conhecerem o idioma
nacional;
III - realizar a interpretação simultânea dos
depoimentos das partes e testemunhas com
deficiência auditiva que se comuniquem por meio da
Língua Brasileira de Sinais, ou equivalente, quando
assim for solicitado.
Art. 163. Não pode ser intérprete ou tradutor 
quem:
I - não tiver a livre administração de seus bens;
II - for arrolado como testemunha ou atuar 
como perito no processo;
III - estiver inabilitado para o exercício da 
profissão por sentença penal condenatória, 
enquanto durarem seus efeitos.
Art. 164. O intérprete ou tradutor, oficial ou 
não, é obrigado a desempenhar seu ofício, 
aplicando-se-lhe o disposto nos arts. 157 e 158.
DEPOSITÁRIO E ADMINISTRADOR
• São terceiros nomeados para guardar e
administrar bem penhorado, arrecadado,
sequestrado ou arrestado em procedimento
judicial, mediante o pagamento de remuneração.
Art. 159. A guarda e a conservação de bens penhorados,
arrestados, sequestrados ou arrecadados serão confiadas a
depositário ou a administrador, não dispondo a lei de outro
modo.
Art. 160. Por seu trabalho o depositário ou o administrador
perceberá remuneração que o juiz fixará levando em conta a
situação dos bens, ao tempo do serviço e às dificuldades de sua
execução.
Parágrafo único. O juiz poderá nomear um ou mais prepostos por
indicação do depositário ou do administrador.
Art. 161. O depositário ou o administrador responde pelos
prejuízos que, por dolo ou culpa, causar à parte, perdendo a
remuneração que lhe foi arbitrada, mas tem o direito a haver o
que legitimamente despendeu no exercício do encargo.
Parágrafo único. O depositário infiel responde civilmente pelos
prejuízos causados, sem prejuízo de sua responsabilidade penal e
da imposição de sanção por ato atentatório à dignidade da justiça.
CONCILIADOR E MEDIADOR
- Conciliadores e mediadores serão cadastrados junto aos
órgãos jurisdicionais, sendo que o cadastro pode ser
precedido de concurso público.
- Os conciliadores e mediadores judiciais cadastrados na
forma do caput, se advogados, estarão impedidos de exercer a
advocacia nos juízos em que desempenhem suas funções.
- O tribunal poderá optar pela criação de quadro próprio de
conciliadores e mediadores, a ser preenchido por concurso
público de provas e títulos, observadasas disposições deste
Capítulo.
Art. 169. Ressalvada a hipótese do art. 167, § 6o, o
conciliador e o mediador receberão pelo seu
trabalho remuneração prevista em tabela
fixada pelo tribunal, conforme parâmetros
estabelecidos pelo Conselho Nacional de Justiça.
§ 1o A mediação e a conciliação podem ser
realizadas como trabalho voluntário,
observada a legislação pertinente e a
regulamentação do tribunal.
Art. 173. Será excluído do cadastro de conciliadores e
mediadores aquele que:
I - agir com dolo ou culpa na condução da conciliação
ou da mediação sob sua responsabilidade ou violar
qualquer dos deveres decorrentes do art. 166, §§ 1o e
2o;
II - atuar em procedimento de mediação ou
conciliação, apesar de impedido ou suspeito.
§ 1o Os casos previstos neste artigo serão apurados em
processo administrativo.
§ 2o O juiz do processo ou o juiz coordenador do
centro de conciliação e mediação, se houver,
verificando atuação inadequada do mediador ou
conciliador, poderá afastá-lo de suas atividades por
até 180 (cento e oitenta) dias, por decisão
fundamentada, informando o fato imediatamente ao
tribunal para instauração do respectivo processo
administrativo.
- O conciliador, que atuará preferencialmente nos
casos em que não houver vínculo anterior
entre as partes, poderá sugerir soluções para o
litígio, sendo vedada a utilização de qualquer tipo de
constrangimento ou intimidação para que as partes
conciliem.
- O mediador, que atuará preferencialmente nos
casos em que houver vínculo anterior entre as
partes, auxiliará aos interessados a compreender as
questões e os interesses em conflito, de modo que
eles possam, pelo restabelecimento da comunicação,
identificar, por si próprios, soluções consensuais que
gerem benefícios mútuos.
Art. 166. A conciliação e a mediação são informadas pelos
princípios da independência, da imparcialidade, da
autonomia da vontade, da confidencialidade, da
oralidade, da informalidade e da decisão
informada.
§ 1o A confidencialidade estende-se a todas as informações
produzidas no curso do procedimento, cujo teor não poderá
ser utilizado para fim diverso daquele previsto por expressa
deliberação das partes.
§ 2o Em razão do dever de sigilo, inerente às suas funções, o
conciliador e o mediador, assim como os membros de suas
equipes, não poderão divulgar ou depor acerca de fatos ou
elementos oriundos da conciliação ou da mediação.
§ 3o Admite-se a aplicação de técnicas negociais, com o
objetivo de proporcionar ambiente favorável à
autocomposição.
§ 4o A mediação e a conciliação serão regidas conforme a
livre autonomia dos interessados, inclusive no que diz
respeito à definição das regras procedimentais.
ADVOCACIA PÚBLICA
• A Advocacia Pública é a responsável por defender os
interesses dos entes do próprio Estado, seja
judicialmente ou extrajudicialmente.
• É composta pela Advocacia Geral da União (CRFB,
131) chefiada pelo Advogado-Geral da União,
escolhido e destituído, a qualquer tempo, pelo
Presidente da República. Trata-se de cargo de
confiança e político. No âmbito estadual e no
Distrito Federal, a atividade é exercida por
Procuradores.
Art. 182. Incumbe à Advocacia Pública, na forma da lei,
defender e promover os interesses públicos da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, por meio da
representação judicial, em todos os âmbitos federativos, das
pessoas jurídicas de direito público que integram a
administração direta e indireta.
Art. 183. A União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios
e suas respectivas autarquias e fundações de direito público
gozarão de prazo em dobro para todas as suas manifestações
processuais, cuja contagem terá início a partir da intimação
pessoal.
§ 1o A intimação pessoal far-se-á por carga, remessa ou meio
eletrônico.
§ 2o Não se aplica o benefício da contagem em dobro quando a
lei estabelecer, de forma expressa, prazo próprio para o ente
público.
Art. 184. O membro da Advocacia Pública será civil e
regressivamente responsável quando agir com dolo ou fraude no
exercício de suas funções
DEFENSORIA PÚBLICA
• Segundo a Constituição Federal, a Defensoria
Pública é instituição essencial à função
jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a
orientação jurídica e a defesa, em todos os graus,
dos necessitados, na forma do art. 5º, LXXIV.)
Art. 185. A Defensoria Pública exercerá a orientação jurídica, a
promoção dos direitos humanos e a defesa dos direitos
individuais e coletivos dos necessitados, em todos os graus, de
forma integral e gratuita.
Art. 186. A Defensoria Pública gozará de prazo em dobro para todas as
suas manifestações processuais.
§ 1o O prazo tem início com a intimação pessoal do defensor público, nos
termos do art. 183, § 1o.
§ 2o A requerimento da Defensoria Pública, o juiz determinará a intimação
pessoal da parte patrocinada quando o ato processual depender de
providência ou informação que somente por ela possa ser realizada ou
prestada.
§ 3o O disposto no caput aplica-se aos escritórios de prática jurídica
das faculdades de Direito reconhecidas na forma da lei e às
entidades que prestam assistência jurídica gratuita em razão de
convênios firmados com a Defensoria Pública.
§ 4o Não se aplica o benefício da contagem em dobro quando a lei
estabelecer, de forma expressa, prazo próprio para a Defensoria Pública.
Art. 187. O membro da Defensoria Pública será civil e regressivamente
responsável quando agir com dolo ou fraude no exercício de suas funções.
ATOS PROCESSUAIS
ATOS PROCESSUAIS
Entende-se por ATO PROCESSUAL todo ato
emanado das partes, dos agentes da jurisdição
ou de algum terceiro ligado ao processo,
suscetível de criar, modificar ou extinguir
efeitos processuais.
Forma
• É o conjunto de solenidades necessárias e
indispensáveis para a validade e eficácia dos atos
processuais.
• SOLENES: são aqueles atos para os quais a lei prevê
uma determinada forma como condição de validade.
NÃO SOLENES: são os atos de forma livre, que
podem ser praticados independentemente de
qualquer solenidade e que se provam por quaisquer
dos meios de convencimento admitidos em direito.
• Art. 188. Os atos e os termos processuais
independem de forma determinada, salvo
quando a lei expressamente a exigir,
considerando-se válidos os que, realizados de
outro modo, lhe preencham a finalidade
essencial.
• PRINCÍPIO DA INSTRUMENTALIDADE DAS
FORMAS: Os atos e termos processuais não
dependem de forma determinada senão quando
a lei expressamente a exigir, reputando-se
válidos os que, realizados de outro modo, Ihe
preencham a finalidade essencial.
• É obrigatório o uso da língua oficial:
PORTUGUÊS – art. 192 do CPC.
• Se a parte pretende juntar aos autos documento
redigido em língua estrangeira, deve-se
providenciar que sua apresentação em juízo se
faça acompanhada de versão em português,
firmada por tradutor juramentado – art. 192,
parágrafo único, do CPC.
Publicidade
• A publicidade dos atos processuais garante a sua
transparência, lisura e a moralidade.
• São públicos os atos processuais no sentido de
que as audiências se realizam a portas abertas,
com acesso franqueado ao público, e a todos é
dado conhecer os atos e termos que no processo
se contêm, obtendo traslados e certidões a
respeito deles.
• Os feitos que se sujeitam às restrições do
procedimento em segredo de Justiça, de acordo com
o art. 189 são:
I - em que o exija o interesse público ou social;
II - que versem sobre casamento, separação de
corpos, divórcio, separação, união estável, filiação,
alimentos e guarda de crianças e adolescentes;
III - em que constem dados protegidos pelo direito
constitucional à intimidade;
IV - que versem sobre arbitragem, inclusive sobre
cumprimento de carta arbitral, desde que a
confidencialidade estipulada na arbitragem seja
comprovada perante o juízo.
Tempo
• O tempo hábil à prática dos atos processuais é o
previsto no art. 212 do CPC, que determina sejam
eles realizados em dias úteis, de 6 às 20 horas.
• Durante as férias e nos feriados, não se praticarão
atos processuais.
• Sempre que o atofor daqueles que se praticam por
meio de petição, como os recursos, a manifestação
da parte terá de ser protocolada, dentro do horário
de expediente estabelecido pela lei de organização
judiciária local (art. 212, § 3).
• A prática de diligência em horário
excepcional dependerá dos seguintes requisitos:
a) pedido da parte, que demonstre a
excepcionalidade do caso e a urgência da medida;
b) autorização expressa do juiz;
c) observância do disposto no art. 5°, inc. XI, da
Constituição Federal: “A Casa é asilo inviolável
do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar
sem consentimento do morador, salvo em caso de
flagrante delito ou desastre, ou para prestar
socorro, ou durante o dia, por determinação
judicial”.
• Feitos que se processam no período de
férias/recesso forense:
I - os procedimentos de jurisdição voluntária;
II – ações de alimentos e de nomeação ou
remoção de tutores e curadores;
III - todas as causas que a lei federal determinar
(desapropriação, falência, etc).
Lugar
• Os atos processuais realizam-se de ordinário na sede
do juízo.
• Prevê o art. 217 (segunda parte) exceção à regra de
que os atos se devem realizar na sede do juízo, em
razão de:
a) deferência, por exemplo, a tomada de depoimento
de um Deputado;
b) interesse da justiça (inspeção judicial);
c) obstáculo arguido pelo interessado e acolhido
pelo juiz (testemunha enferma).
PRAZOS PROCESSUAIS
• Prazo é o espaço de tempo em que o ato
processual da parte pode ser validamente
praticado.
• Dispõe o art. 218 do CPC: “os atos
processuais realizar-se-ão nos prazos
prescritos em lei”.
• Contam-se os prazos somente em dias úteis;
• Férias ou recesso forense suspende o prazo
processual (art. 220);
• A contagem do prazo exclui o dia do começo e
inclui o termo final (art. 224);
• Também suspendem os prazos:
a) o obstáculo criado pela parte contrária;
b) a morte ou a perda da capacidade processual
da parte, de seu representante legal ou de seu
procurador;
c) a convenção das partes, se o prazo for
dilatório;
d) a exceção de incompetência, bem como de
suspeição ou de impedimento do juiz, salvo no
processo de execução.
• Contagem inicial dos prazos - art. 231 do CPC;
a) quando a citação ou intimação for pessoal ou com hora
certa, o prazo se inicia a partir da juntada aos autos do mandado
devidamente cumprido;
b) quando a citação ou a intimação for eletrônica, o prazo se inicia
no dia útil seguinte à consulta ao teor da citação ou da intimação
ou ao término do prazo para que a consulta se dê;
c) se a comunicação for feita por edital, o prazo para a prática do
ato processual terá início a partir do termo final do prazo
estipulado pelo juiz no edital para aperfeiçoamento da diligência;
d) se o ato de comunicação se der através de carta de ordem,
precatória ou rogatória, o termo a quo do prazo será a data de
sua juntada aos autos, depois de realizar a diligencia;
e) se a intimação for por via postal, a contagem do prazo será
feita a partir da juntada aos autos do aviso de recebimento.
• Prazo para o Ministério Público, Defensoria
Pública e Fazenda Pública: em dobro
• Prazo para partes com advogados distintos: em
dobro.
Classificação
• PRÓPRIOS: são prazos preclusivos, que dizem
respeito às praticas de atos processuais pelas
partes.
• IMPRÓPRIOS: O descumprimento não gera
qualquer desvalia em matéria processual, nem
mesmo a preclusão.
• LEGAIS: estabelecidos pela lei – art. 218.
• JUDICIAIS: determinados pelo juiz – art. 218, 
§ 1º.
Ex.: designação da audiência
• CONVENCIONAIS: convencionados pelas 
partes.
• DILATÓRIOS: ainda que fixados na lei,
admitem ampliação pelo juiz ou que, por
convenção das partes podem ser ampliados ou
reduzidos.
• PEREMPTÓRIOS: é o que a convenção das
partes e, ordinariamente, o próprio juiz, não
podem alterar.
• A ampliação ou redução dos prazos dilatórios
pela convenção das partes só tem eficácia se:
a) for requerida antes do vencimento do prazo;
b) estiver fundada em motivo legítimo;
c) for objeto de aprovação do juiz, a quem
compete fixar o dia do vencimento do prazo da
prorrogação.
PRECLUSÃO
É a perda da possibilidade de praticar um ato 
processual pela parte.
O processo desenvolve-se em fases. Após passar 
para a próxima fase, somente se retorna à anterior 
em casos de nulidade absoluta.
•TEMPORAL: perda do prazo processual.
Art. 223. Decorrido o prazo, extingue-se o direito de
praticar ou de emendar o ato processual,
independentemente de declaração judicial, ficando
assegurado, porém, à parte provar que não o realizou
por justa causa.
•LÓGICA: decorre da incompatibilidade do ato
praticado e outro, que se queria praticar também.
•CONSUMATIVA: ocorre da prática do ato.
Ex.: recurso interposto nos primeiros dias do prazo 
não permite que haja substituição por outro igual 
ou adição ao pedido, mesmo que ainda dentro do 
prazo previsto pela lei.
COMUNICAÇÃO DOS ATOS PROCESSUAIS
• Atos fora dos limites territoriais do juízo:
a) Carta de ordem - a requisição de ato de juiz de 
categoria superior a juiz de categoria inferior se faz por 
carta de ordem.
• b) Carta rogatória - A carta rogatória será remetida à 
autoridade estrangeira, por via diplomática, depois de 
traduzida para a língua do país em que há de praticar-
se o ato.
• c) Carta precatória - a carta precatória circula entre 
juízes do mesmo grau de jurisdição, sendo lícito ao juiz 
deprecado recusar-lhe cumprimento e devolvê-la ao 
juiz deprecante, por irregularidades formais da carta, 
nos termos do art. 209. 
CITAÇÃO
Art. 238. Citação é o ato pelo qual são convocados 
o réu, o executado ou o interessado para integrar a 
relação processual.
É o ato de convocação inicial do processo, capaz de 
formalizar a relação processual, trazendo para ela 
a(s) pessoa(s) em face de quem se pede a atuação 
do direito.
Art. 239. Para a validade do processo é indispensável a 
citação do réu ou do executado, ressalvadas as 
hipóteses de indeferimento da petição inicial ou de 
improcedência liminar do pedido.
➢Falta de citação ou citação nula produzem as
mesmas consequências: nulo é o processo.
• Para ser considerada válida, a citação deve
ser:
1. Pessoal ao réu, seu representante legal ou
procurador com poderes especiais;
2. Não pode ser efetuada durante culto religioso
ou a até 7 dias da morte do cônjuge ou
parente consangüíneo ou afim, aos noivos nos
3 primeiros dias das bodas, aos doentes em
estado grave.
• A citação pode ser feita em qualquer lugar que o
réu seja encontrado (art. 243), porém,
preferencialmente no seu endereço. O militar em
serviço ativo só será citado na unidade em que
estiver servindo, se não for conhecida a sua
residência ou nela não for encontrado (art. 243,
parágrafo único).
EFEITOS DA CITAÇÃO – art. 240 do CPC
➢Torna litigiosa a coisa;
➢Induz litispendência;
➢Constitui o devedor em mora;
No CPC de 1973, a citação ainda produzia outros dois efeitos:
interrompia o prazo prescricional e tornava prevento o juízo. No
novo CPC, a prevenção é determinada pela distribuição da ação e a
prescrição é interrompida pelo despacho citatório.
Modalidades
• Citação real pelo correio: a regra geral é a citação pelo correio,
mediante carta registrada com “AR” (Aviso de Recebimento).
Exceções: ações de estado, quando o réu for incapaz ou pessoa
jurídica de direito público, nos processos de execução, quando o réu
residir em local não atendido pela entrega domiciliar de
correspondência ou quando o autor a requerer de outra forma.
• Citação real por oficial de justiça: em todos os casos em que seja
inadequada a citação por correio ou quando esta for frustrada,
deverá a citação ser feita por mandado. Munido do mandado, o
oficial de justiça procurará o citando, lendo-lhe e entregando-lhe a
contrafé.
• Citação ficta por edital: aqui o autor deve demonstrar que esgotou
todas as hipóteses para localizar o réu. O réu é desconhecido ou não
se pode individualizá-lo (réu incerto), ou que este se encontra em
local ignorado, incerto ou inacessível.
• Citação fictacom hora certa: é a hipótese em que o oficial de justiça
por duas vezes não encontra o réu e suspeita que o mesmo está se
ocultando. O oficial de justiça, então, informa a qualquer pessoa da
família ou a qualquer vizinho que no dia imediato voltará a fim de
efetuar a citação, na hora que designar.
INTIMAÇÃO
• Intimação é, na definição legal, “o ato pelo qual
se dá ciência a alguém dos atos e dos termos do
processo.” (art. 269).
• As intimações podem ser feitas pelo escrivão,
pelo correio, pelo oficial de justiça e por
publicação na imprensa. Admite-se também por
edital e com hora certa.
• Devem ser feitas preferencialmente por meio
eletrônico;
• Se não realizadas dessa forma, serão publicadas
em diário oficial;
• Também podem ser realizadas por carta
registrada ou pessoalmente.
DA INTERVENÇÃO DE TERCEIROS
• Terceiro é quem não seja parte, quer nunca o
tenha sido, que haja deixado de sê-lo em
momento anterior àquele que se profira a
decisão.
• Intervenção de terceiros consiste na atuação de
pessoas estranhas a determinado processo
judicial, quando esta não se dá por
litisconsórcio.
• A intervenção de terceiros é fato jurídico
processual que transforma pessoa estranha ao
processo pendente em parte dele integrante. Não
gera processo novo, mas tão só efeitos
subjetivos e ou objetivos no processo em curso.
ASSISTÊNCIA
Art. 119. Pendendo causa entre 2 (duas) ou mais
pessoas, o terceiro juridicamente interessado
em que a sentença seja favorável a uma delas poderá
intervir no processo para assisti-la.
Parágrafo único. A assistência será admitida em
qualquer procedimento e em todos os graus
de jurisdição, recebendo o assistente o processo
no estado em que se encontre.
Art. 120. Não havendo impugnação no prazo de 15
(quinze) dias, o pedido do assistente será deferido,
salvo se for caso de rejeição liminar.
Parágrafo único. Se qualquer parte alegar que falta
ao requerente interesse jurídico para intervir, o juiz
decidirá o incidente, sem suspensão do processo.
ASSISTÊNCIA LITISCONSORCIAL
Art. 124. Considera-se litisconsorte da parte
principal o assistente sempre que a sentença
influir na relação jurídica entre ele e o
adversário do assistido.
DENUNCIAÇÃO DA LIDE
• Modalidade de Intervenção de Terceiro
relacionada ao direito de regresso.
• Direito de regresso é o direito exercido pelo
sucumbente da ação indenizatória contra um
terceiro responsável pela existência desta.
• UTILIDADE DA DENUNCIAÇÃO DA LIDE:
a) notificar a existência de um litígio a
terceiro;
b) propor antecipadamente a ação de
regresso contra quem deva reparar os prejuízos
do denunciante, na eventualidade de sair
vencido na ação originária.
Art. 125. É admissível a denunciação da lide, 
promovida por qualquer das partes:
I - ao alienante imediato, no processo relativo à coisa 
cujo domínio foi transferido ao denunciante, a fim de 
que possa exercer os direitos que da evicção lhe 
resultam;
II - àquele que estiver obrigado, por lei ou pelo 
contrato, a indenizar, em ação regressiva, o prejuízo 
de quem for vencido no processo.
(OCORRE EVICÇÃO QUANDO O ADQUIRENTE DE UM BEM VEM A PERDÊ-LO EM VIRTUDE
DE SENTENÇA JUDICIAL QUE RECONHECE A OUTREM DIREITO ANTERIOR SOBRE ELA.
O EVICTO TEM DIREITO DE REAVER O PREÇO PAGO PELA COISA, INDENIZAÇÃO PELOS
FRUTOS QUE TENHA SIDO OBRIGADO A RESTITUIR, INDENIZAÇÃO PELAS DESPESAS DO
CONTRATO, RESSARCIMENTO PELOS PREJUÍZOS QUE RESULTAM DIRETAMENTE DA
PERDA DA COISA, ALÉM DO REEMBOLSO DAS DESPESAS PROCESSUAIS E HONORÁRIOS
ADVOCATÍCIOS).
• Da obrigatoriedade da denunciação à lide:
• “Se o adquirente não lançar mão da denunciação
da lide e vier a sucumbir perante a reivindicação
da outra parte, não poderá exercitar, contra o
transmitente, o direito de garantia que da
evicção lhe resultaria.”
Humberto Theodoro Júnior
Vide art. 456 do CC de 2002
CHAMAMENTO AO PROCESSO
• É espécie de intervenção de terceiros, qualificada
como o “incidente pelo qual o devedor
demandado chama para integrar o mesmo
processo os coobrigados pela dívida, de modo a
fazê-los também responsáveis pelo resultado do
feito”.
• Cabimento : apenas nos processos de
conhecimento que se funda em um vínculo de
solidariedade entre chamante e chamado.
• Somente pode ser manejada pelo RÉU
Art. 130. É admissível o chamamento ao
processo, requerido pelo réu:
I - do afiançado, na ação em que o fiador for réu;
II - dos demais fiadores, na ação proposta contra
um ou alguns deles;
III - dos demais devedores solidários, quando o
credor exigir de um ou de alguns o pagamento
da dívida comum.
• INCIDENTE DE DESCONSIDERAÇÃO DA
PERSONALIDADE JURÍDICA
Art. 133. O incidente de desconsideração da
personalidade jurídica será instaurado a pedido da
parte ou do Ministério Público, quando lhe couber
intervir no processo.
§ 1o O pedido de desconsideração da
personalidade jurídica observará os pressupostos
previstos em lei.
§ 2o Aplica-se o disposto neste Capítulo à hipótese
de desconsideração inversa da personalidade
jurídica.
AMICUS CURIAE
Terceiro que ingressa em juízo, nos casos previstos
em lei, sem que tenha pretensão direta, pessoal e
imediata no resultado da demanda. Sua
participação em geral visa auxiliar o Judiciário na
interpretação da norma, sobretudo em processos
objetivos (de controle da constitucionalidade).
Com a promulgação do novo CPC, admite-se o
amicus curiae em qualquer procedimento
• (GLOSSÁRIO JURÍDICO, site STF): Amigo da
Corte. “Intervenção assistencial em processos de
controle de constitucionalidade por parte de entidades
que tenham representatividade adequada para se
manifestar nos autos sobre questão de direito pertinente
à controvérsia constitucional. Não são partes dos
processos; atuam apenas como interessados na causa.
Plural: Amici curiae (amigos da Corte)”.
Art. 138. O juiz ou o relator, considerando a relevância
da matéria, a especificidade do tema objeto da demanda
ou a repercussão social da controvérsia, poderá, por
decisão irrecorrível, de ofício ou a requerimento das
partes ou de quem pretenda manifestar-se, solicitar ou
admitir a participação de pessoa natural ou jurídica,
órgão ou entidade especializada, com representatividade
adequada, no prazo de 15 (quinze) dias de sua intimação.
§ 1o A intervenção de que trata o caput não implica
alteração de competência nem autoriza a interposição de
recursos, ressalvadas a oposição de embargos de
declaração e a hipótese do § 3o.
§ 2o Caberá ao juiz ou ao relator, na decisão que solicitar
ou admitir a intervenção, definir os poderes do amicus
curiae.
§ 3o O amicus curiae pode recorrer da decisão que julgar
o incidente de resolução de demandas repetitivas.

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