Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Família Syngamidae ➢ Syngamus sp: ➔ Importância veterinária: Doença popularmente conhecida como gôgo, causam traqueíte catarral, dispnéia e asfixia; A principal espécie é Syngamus trachea, os quais são parasitas de aves (galinhas, perus, galinhas d ' angola). O habitat é a traqueia. ➔ Características gerais: - Macho e fêmea vivem permanentemente acasalados; - O ciclo pode ser direto ou com hospedeiro paratênico; - Possuem grandes cápsulas bucais, são vermelhos e hematófagos; - Os ovos são operculados. ➔ Ciclo biológico: - Os ovos são postos na traqueia, seguem até a laringe e, por meio de expectoração com muco, são deglutidos; - São eliminados nas fezes embrionados; - Podem ser ingeridos por moscas, baratas, lesmas e minhocas (hospedeiros paratênicos). Nas minhocas, os ovos permanecem por mais tempo e chegam até L3 (forma infectante); - A ave se infecta ingerindo a minhoca ou a larva no ambiente. Após a ingestão vão para o intestino e fazem o ciclo hepatopulmonar. Se fixam na traqueia (acasalados permanentemente), os ovos são deglutidos e saem nas fezes. - O ciclo é direto quando a ave ingere o ovo larvado. ➢ Mammomogamus sp: A principal espécie é o Mammomoganus laryngeus, que parasitam mamíferos (humanos, veados, bovinos, cabras, gatos, orangotangos e elefantes. - Ciclo de vida parecido com Syngamus sp; - Os ovos não são operculados; ➔ Ciclo biológico: - Os hospedeiros ingerem os ovos larvados. As larvas, ao eclodirem, fazem o ciclo hepatopulmonar, perfuram os alvéolos e vão para o pulmão; - Os adultos parasitam a traquéia; - Ocorre oviposição, os ovos são deglutidos e são liberados nas fezes; - Não tem hospedeiro paratênico. Família Dictyocaulidae ➢ Dictyocaulus spp: Três espécies de importância veterinária: - Dictyocaulus viviparus: bovinos; - Dictyocaulus arnfieldi: equinos e asinos; - Dictyocaulus filaria: pequenos ruminantes. ➔ Características gerais: - São vermes que parasitam os pulmões, ficando nos brônquios e bronquíolos de seus hospedeiros; - Ciclo de vida direto, não possuem hospedeiros paratênicos; - Possuem raios bursais bem desenvolvidos; - São mais frequentes em meses de baixa temperatura. ➔ Ciclo biológico: - Os ovos são postos nos brônquios e bronquíolos, os quais retornam a laringe pela expectoração e são deglutidos; - As larvas L1 eclodem no intestino e saem nas fezes. Fungos (as larvas escalam cogumelos, os quais liberam esporos no ambiente com as larvas) podem ajudar a dispersão das larvas na pastagem. Podem ser encontradas no muco também; - Ocorre L1-> L3 no ambiente; - As formas infectantes são ingeridas e fazem o ciclo hepatopulmonar, vão para os brônquios e se tornam adultos. ➔ Importância veterinária: - D. viviparus: a forma aguda é mais frequente em animais jovens, as quais causam tosse, cianose e dispnéia. A forma crônica acomete animais adultos, causando tosse, dispnéia e letargia. Ocorre irritação das vias aéreas e a presença de muitos eosinófilos provocam a obstrução de brônquios e bronquíolos. Pode ocorrer enfisema e edema pulmonar e a presença dos ovos nos alvéolos causam reações inflamatórias. - D. arnfieldi: equinos são mais sensíveis aos sintomas. Família Metastrongylidae ➢ Metastrongylus sp: ➔ Importância veterinária: Causam tosse, exsudato com muitos eosinófilos, secreção nasal, dificuldade respiratória, as larvas podem causar pequenas hemorragias, os vermes que morreram formam nódulos, causam enfisema e edema pulmonar. Grandes infecções podem levar a óbito. Espécies de importância: - Metastrongylus apri; - Metastrongylus salmi. ➔ Características gerais: - Parasitam brônquios e bronquíolos de suínos; - Possuem ciclo indireto, tendo como HI anelídeos; - São semelhantes aos Dictyocaulus sp; ➔ Ciclo biológico: - As fêmeas fazem a postura dos ovos nos brônquios e bronquíolos. Os ovos retornam pela expectoração e são deglutidos; - São eliminados nas fezes e ingeridos por anelídeos, onde desenvolve até L3; - O suíno se infecta ingerindo a minhoca. A larva L3 é liberada, faz o ciclo hepatopulmonar; - O adulto se aloja nos brônquios e fazem oviposição. Família Aelurostrongylidae ➢ Aelurostrongylus sp: ➔ Importância veterinária: Geralmente assintomáticas, mas podem causar pequenas lesões nas artérias pulmonares, trombos, atelectasia e nódulos na pleura. Infecções grandes causam tosse, dispnéia, fraqueza, emagrecimento e morte. A espécie de maior importância é o Aelurostrongylus abstrusus, o qual parasita parênquima pulmonar de gatos. ➔ Características gerais: - Ficam em arteríolas pulmonares. - Ciclo indireto: HI são caramujos e lesmas. ➔ Ciclo biológico: - Os ovos são deglutidos e eliminados nas fezes. A eclosão da larva L1 ocorre no ambiente; - Caramujos e lesmas podem ingerir as larvas L1 ou elas podem penetrar. Ocorre L1-> L3 dentro do HI; - Há hospedeiros paratênicos: aves e roedores, que comem os caramujos e lesmas; - O gato se infecta ingerindo o HI ou HP. Após a ingestão, as larvas fazem o ciclo hepatopulmonar, adultos ficam no parênquima ou nas arteríolas. Família Angiostrongylidae ➢ Angiostrongylus sp: ➔ Importância veterinária: Em cães causam formação de nódulos, enfisema pulmonar, hipertrofia cardíaca, ascite, congestão hepática, tosse e retardo de coagulação. A espécie de importância é Angiostrongylus vasorum, que parasita a árvore arterial pulmonar de cães. ➔ Características gerais: - O ciclo é semelhante ao de Aelurostrongylus sp; - Hi: anfíbios, caramujos, lesmas, camarões, caranguejos, lagartos e planária; - É zoonótico. ➔ Ciclo evolutivo: - As fêmeas fazem a postura dos ovos nas artérias pulmonares, os quais eclodem ainda na região; - Em cães e ratos: as larvas vão para a traquéia e são deglutidas. Saem junto com as fezes e são ingeridas pelos HI. Podem ficar espalhadas pela vegetação e serem ingeridas por humanos; - Em humanos: infectam-se ingerindo alimentos contaminados com larvas ou planárias. As larvas migram pela corrente sanguínea do intestino e não chegam na fase adulta; - Formam granulomas eosinofílicos, os quais podem se desenvolver no cérebro. Subfamília Stephanurinae ➢ Stephanurus sp: ➔ Importância veterinária: Ocorre mais frequentemente em suínos criados soltos. As larvas podem fazer migração errada e serem encontradas no pulmão, baço e músculos. Causam lesões cutâneas, aumento de linfonodos locais, edema, lesão no parênquima hepático devido às várias vezes que migra para o órgão. Em infecções maciças, pode causar insuficiência hepática, cirrose, trombose em vasos hepáticos, ascite e morte. Um sinal de infestação é o emagrecimento. ➔ Características gerais: - Parasitam tecidos renais ou peri- renais de suínos; - Podem utilizar HP; - Transmissão: ingestão das larvas infectantes, ingestão de minhocas contaminadas, penetração de L3 na pele e infecção pré natal (pelo útero). ➔ Ciclo evolutivo: - Os ovos são eliminadas na urina, larvam e podem ser ingeridos por moscas, caramujos e minhocas; - Quando o suíno ingere a minhoca com a larva L3 ou a larva na vegetação, essas sofrem muda para L4 no estômago e vão para o fígado pela circulação sanguínea, ao intestino pelo sistema porta, coração e pulmão. - São deglutidos e retornam ao fígado pela corrente sanguínea. Passam para a cavidade abdominal e chegam aos tecidos renais e peri-renais. Permanecem acasalados em cistos no tecido gorduroso do rim. Os ovos saem na urina. - Na via percutânea, as larvas penetram na pele, vão para o pulmão onde se tornam L4, vão para o coração e fígado, onde se tornam adultos. Os adultos passam para a cavidade abdominal e chegam ao rim.Ficam em cistos acasalados, liberam os ovos na urina. - Quando as larvas chegam na cavidade abdominal, podem penetrar o útero (infecção pré- natal).
Compartilhar