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Profa. Walkiria Rigolon UNIDADE I Projetos e Práticas de Ação Pedagógica – Ensino Fundamental “Diego não conhecia o mar. O pai, Santiago Kovakloff, levou-o para que descobrisse o mar. Viajaram para o Sul. Ele, o mar, estava do outro lado das dunas altas, esperando. Quando o menino e o pai enfim alcançaram aquelas alturas de areia, depois de muito caminhar, o mar estava na frente de seus olhos. E foi tanta a imensidão do mar, e tanto seu fulgor, que o menino ficou mudo de beleza. E quando finalmente conseguiu falar, tremendo, gaguejando, pediu ao pai: - Pai, me ensina a olhar!” GALEANO, Eduardo. O Livro dos Abraços. Porto Alegre: L&PM, 1995. Reflexão: “Texto extraído do Livro dos abraços– Educado Galeano ” Fonte: https://www.geledes.org.br/5-livros-essenciais- para-entender-a-obra-do-escritor-eduardo-galeano/ A articulação teoria e prática é essencial para a formação do professor, pois a prática sem a teoria pode ser entendida como uma atividade irrefletida, como ativismo. A teoria sem a prática também não faz sentido, pois teoria deve estar atrelada a uma experiência empírica, prática, caso contrário será apenas um discurso vazio. Articulação entre a teoria e a prática O ideal é que o professor realize sua prática pedagógica, tendo clareza de suas concepções, ou seja, das teorias que embasam seu modo de agir referente as ações de: ensino, aprendizagem, avaliação, função social da escola, interação família/escola, trabalho docente, entre outros. Prática e teoria são indissociáveis. “A realidade é um movimento constituído pela prática e pela teoria como face de um dever mais amplo, consistindo a prática no momento pelo qual se busca fazer algo, produzir alguma coisa e que a teoria procura conceituar, significar e, com isso, administrar o campo e o sentido dessa atuação”(PIMENTA, 2003) Articulação entre a teoria e a prática Participar e apoiar a definição os temas a serem trabalhados; Fortalecer sua autonomia, comprometimento com o trabalho e responsabilidade compartilhada com colegas e professores, sobretudo no trabalho em grupo; Debater e confrontar suas ideias, experiências, concepções e resultados de pesquisas, a partir do aprofundamento, enriquecimento, construção ou reelaboração coletiva de conceitos; Estabelecer vínculos entre as teorias estudadas nas disciplinas de PPAP e sua articulação prática na proposição de métodos e conteúdos estudados no decorrer do curso. A disciplina PPAP visa oferecer ao estudante: Os projetos estão atrelados às disciplinas do semestre e têm o propósito de colaborar para a formação da identidade do professor pesquisador, reflexivo e atuante na sociedade a partir da articulação com as demais disciplinas e mediante ações educativas integradoras que estreitem o vínculo entre universidade, escola e comunidade. O planejamento, assim como, o projeto de intervenção pedagógica têm como meta organizar a ação, a corresponsabilização e a divisão de tarefas a serem realizadas entre os participantes do grupo, mediante uma situação de necessidade da realidade no qual o Ensino Fundamental dos anos iniciais se insere. Qual o propósito do Projeto? Objetivo geral Desenvolver um projeto que constitua uma experiência que favoreça a participação ativa do estudante no processo de ensino e de aprendizagem, bem como o desenvolvimento de sua capacidade de observação, reflexão, escuta ativa, crítica e também de criação. Faz-se necessário que o futuro professor desenvolva a capacidade de identificar as necessidades, os desafios, tensões e contradições que permeiam o cotidiano escolar, com o objetivo de contribuir para uma educação emancipadora. Projetos e Práticas de Ação Pedagógica PPAP – Componente curricular A realidade se constitui pela articulação entre teoria e prática quando: a) A prática é analisada separadamente da teoria, para que ambas possam ser compreendidas em sua integralidade. b) As ações práticas só surgem depois de se teorizar muito a respeito do que deve ser feito, por isso nunca devemos agir na urgência, sem antes refletirmos teoricamente. c) A prática produz alguma coisa que a teoria procura conceituar, significar e com isso, administrar o campo e o sentido dessa atuação. d) Estamos agindo sempre a partir de um único referencial teórico. e) Estamos falando apenas hipoteticamente de nossas ações. Interatividade A realidade se constitui pela articulação entre teoria e prática quando: a) A prática é analisada separadamente da teoria, para que ambas possam ser compreendidas em sua integralidade. b) As ações práticas só surgem depois de se teorizar muito a respeito do que deve ser feito, por isso nunca devemos agir na urgência, sem antes refletirmos teoricamente. c) A prática produz alguma coisa que a teoria procura conceituar, significar e com isso, administrar o campo e o sentido dessa atuação. d) Estamos agindo sempre a partir de um único referencial teórico. e) Estamos falando apenas hipoteticamente de nossas ações. Resposta O ato de ler para estudar vai além da leitura, ele deve envolver o uso de diferentes procedimentos de apoio ao estudo como: grifar, anotar, resumir, fichar, esquematizar, resenhar entre outros. Ao estudar é essencial ter clareza do que se deseja aprender, do propósito do estudo, só assim será possível encontrar significado e sentido no ato de estudar. Estudar exige: técnica (procedimentos de estudo); método (recursos que dispomos para estudar); hábito (excluir, exige dedicação). Ler para estudar Sumário; Introdução; Postagens; Turma regular; Dependência (DP); Atividades; Atividade 1: Painel com a proposta inicial do projeto de intervenção; Atividade 2: Projeto de Intervenção Completo; Formatação; Como elaborar cada item do Projeto de Intervenção; Chat; Indicações para leitura: Modelo de Capa do Projeto. Manual Projetos e Práticas de Ação Pedagógica: E. F. POSTAGEM 1 – Atividade 1: Painel do Projeto de Intervenção Pedagógica POSTAGEM 2 – Atividade 2: Projeto de Intervenção Pedagógica com as informações específicas sobre o desenvolvimento das atividades estão detalhadas no capítulo 5 deste manual. Caso você não consiga efetuar a postagem 1, não deve deixar de efetuar a postagem 2, pois essa última tem peso maior e fará diferença mesmo no caso de ser necessário realizar o exame. Postagens Após essas duas postagens mencionadas, caso a média não seja atingida ou caso você perca algum prazo de postagem, poste as duas atividades em um único arquivo (atividade 1 e atividade 2), no período de exame (postagem 3). Postagem 3 (Exame): Atividade 1 + Atividade 2 No período do exame, poste as duas atividades em um único arquivo, procure inserir os slides como imagem no arquivo .doc, ou .docx e depois convertê-lo para pdf. Atenção – Período de Exame Além de elaborar e postar as atividades, será necessário participar de um dos chats que ocorrerão ao longo do semestre letivo. Não deixe de participar, pois será atribuída nota referente a esta participação! Antes de participar do chat, estude todo o material pedagógico da disciplina; assim, será possível aproveitar ao máximo o momento do chat para sanar suas dúvidas. As datas dos chats serão divulgadas por meio de aviso no Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) Blackboard (dentro da comunidade da sua turma). Chat Painel: postagem 1 Formatação Painel Painel: postagem 1 Letra do título e subtítulo: fonte Arial 32; Letra do texto: fonte Arial 24; Espaçamento entrelinhas: simples; Alinhamento do texto: justificado (margens alinhadas à esquerda e à direita); O uso de imagens é opcional, caso as utilize, informar a fonte. Programas que devem ser utilizados: utilizar o programa Power Point (PPT) para elaborar os slides e depois salvar em PDF para postar. Formatação Painel – Projeto deIntervenção Pedagógica Projeto de Intervenção Pedagógica: postagem 2 O projeto completo (atividade 2) deve ser redigido de acordo com as regras da norma padrão da Língua Portuguesa, deve apresentar coerência e coesão textual. Além disso, é necessário seguir as seguintes normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT): Programas que devem ser utilizados: utilizar o programa Microsoft Word (.doc, .docx) para elaborar o texto e depois salvar em PDF para postar. Formatação – Projeto de Intervenção Completo Slide 1: Título do projeto / Identificação dos integrantes do grupo (nome com o RA dos alunos do grupo, polo de apoio presencial); Slide 2: Tema / Situação-problema / Justificativa; Slide 3: Público-alvo / Objetivos gerais e específicos; Slide 4: Percurso metodológico; Slide 5: Recursos / Cronograma; Slide 6: Produto final / Avaliação; Slide 7: Referências. Itens constantes do “Painel” do Projeto e Prática de Ação Pedagógica Após postar os slides do Painel – Atividade 1, um professor da UNIP avaliará a proposta e fará observações que julgar relevantes para a elaboração do projeto completo. Dessa forma, não mude a temática ou a proposta para a 2ª postagem, a não ser que seja solicitado pelo professor na devolutiva da correção do painel. Importante Para realização dos Projetos e Práticas de Ação Pedagógica (PPAP) é necessário ler atentamente o manual, bem como pesquisar seriamente sobre o tema que será escolhido para o projeto. Nesta perspectiva, vale a pena lembrar que o ato de estudar envolve: a) Técnica, memorização e hábito. b) Hábito, cópias e método. c) Técnica, hábito e realização de testes. d) Técnica, método e hábito. e) Hábito, técnica e criatividade. Interatividade Para realização dos Projetos e Práticas de Ação Pedagógica (PPAP) é necessário ler atentamente o manual, bem como pesquisar seriamente sobre o tema que será escolhido para o projeto. Nesta perspectiva, vale a pena lembrar que o ato de estudar envolve: a) Técnica, memorização e hábito. b) Hábito, cópias e método. c) Técnica, hábito e realização de testes. d) Técnica, método e hábito. e) Hábito, técnica e criatividade. Resposta Estabelecer a possibilidade de vincular os Projetos e Práticas de Ação Pedagógica ao estágio Supervisionado; Relacionar a prática pedagógica e a dimensão teórica de forma indissociável. Para se compreender e aprender sobre os meandros desta profissão é preciso observar de forma analítica a rotina que se estabelece no interior das salas de aula do Ensino Fundamental. Estar atento às interações e aos vínculos estabelecidos entre professor e estudantes. Princípios norteadores dos projetos O estágio por si só não contempla a formação do futuro professor diante das exigências cada vez mais complexas desta profissão; A realização do projeto permitirá aos estudantes refletir criticamente sobre as condições objetivas nas quais os professores precisam intervir pedagogicamente, desta forma, nada melhor do que observar, refletir, analisar, discutir, estudar coletivamente; O PPAP se constitui como atividade na qual as relações educação/trabalho, teoria/prática, ação/reflexão se articulam no processo de formação docente, o que contribuirá sobremaneira para prática pedagógica do futuro professor. Por que realizar o PPAP? O trabalho deve partir de uma situação concreta que se configure como uma questão relevante e significativa para o Ensino Fundamental a ser trabalhada pelo grupo; O tema escolhido deve traduzir um problema relevante a ser assumido por todos do grupo, com envolvimento e participação ativa de cada participante, tornando- se verdadeiramente um agrupamento produtivo; Faz-se necessário tomar como base os referenciais teóricos das disciplinas do semestre, utilizando a biblioteca ou outros espaços físicos ou virtuais da universidade, consultando revistas científicas do campo educacional, artigos, livros e demais periódicos, além da realização de entrevistas, se for necessário. Operacionalização dos projetos Tema Situação-problema Justificativa e embasamento teórico Público-alvo Objetivo Percurso metodológico Recurso Cronograma Avaliação e produto final Referências Roteiro do Projeto Presença de uma situação-problema; Duração prevista para médio e longo prazo; Presença de um produto final. O trabalho deve partir de uma situação concreta que se configure como uma questão relevante e significativa a ser tratada pelos envolvidos, no caso, o professor do ensino fundamental e sua turma. O importante, nesse momento, é que o tema escolhido realmente traduza uma necessidade observada durante o estágio, se possível. As principais características do projeto são: O trabalho da disciplina Projetos e Práticas de Ação Pedagógica (PPAP) no Ensino Fundamental deve partir de: a) uma situação concreta que se configure como uma questão relevante e significativa. b) Uma situação que parta somente do interesse do grupo, sem levar em conta nenhuma situação específica. c) Um desejo de pesquisar sobre um tema da disciplina da qual o grupo mais se interesse, buscando depois observar se algo no estágio pode contemplar o projeto desejado. d) Uma teoria que o grupo queira comprovar empiricamente. e) Uma situação fictícia que possa ser observada durante o estágio. Interatividade O trabalho da disciplina Projetos e Práticas de Ação Pedagógica (PPAP) no Ensino Fundamental deve partir de: a) uma situação concreta que se configure como uma questão relevante e significativa. b) Uma situação que parta somente do interesse do grupo, sem levar em conta nenhuma situação específica. c) Um desejo de pesquisar sobre um tema da disciplina da qual o grupo mais se interesse, buscando depois observar se algo no estágio pode contemplar o projeto desejado. d) Uma teoria que o grupo queira comprovar empiricamente. e) Uma situação fictícia que possa ser observada durante o estágio. Resposta Título do projeto: Indicar o título do projeto completo. Lembre-se de que ele deve estar diretamente relacionado ao tema e que títulos muito abrangentes podem não traduzir a real ideia do projeto. Por exemplo: Título: Alfabetização no 1º ano e a importância da leitura Orientações para a elaboração de um projeto de intervenção Tema / Situação-problema / Justificativa: Indicar a temática, o assunto do projeto e o problema que será investigado pelos alunos. Descrever como surgiu o interesse pelo tema do projeto e justificar sua relevância – o porquê –, para isso, você pode responder, por meio de um pequeno texto, às seguintes questões: Como surgiu a escolha do tema? Por que o tema do projeto é importante para a instituição? Orientações para a elaboração de um projeto de intervenção Tema / Situação-problema / Justificativa: O trabalho deve partir de uma situação concreta que se configure como uma questão relevante e significativa a ser tratada pelos envolvidos. O importante nesse momento é que o tema escolhido realmente traduza uma necessidade real do processo de aprendizagem das crianças no Ensino Fundamental (anos iniciais) Por exemplo: Tema: O processo de alfabetização nos anos iniciais Orientações para a elaboração de um projeto de intervenção Público-alvo / Objetivos: Público-alvo: enquanto a temática e a justificativa envolvem “o quê” e o “por quê”, o público-alvo refere-se a “para quem”. Informar para quem será desenvolvido o projeto Nos objetivos, informe o que se pretende discutir (verificar, solucionar, alcançar) por meio do projeto. Os verbos dos objetivos devem estar no infinitivo. Exemplos: favorecer, criar, propiciar, promover, ampliar, entre outros. Orientações para a elaboração de um projeto de intervenção Público-alvo / Objetivos: O objetivo deve ser dividido em duas partes: Objetivo geral:o objetivo geral refere-se à intenção maior que se pretende alcançar. Objetivos específicos: os objetivos específicos devem advir do objetivo geral, ou seja, devem estar intimamente ligados. Eles irão especificar exatamente os pontos que se pretende alcançar por meio da intervenção. Orientações para a elaboração de um projeto de intervenção Orientações para a elaboração de um projeto de intervenção Percurso metodológico: Recursos/Cronograma: Indicar cada etapa do projeto com breve descrição da execução. Descrever como serão desenvolvidas as atividades propostas, considerando os objetivos estabelecidos. Nos recursos você deve descrever o material que será utilizado na efetivação do projeto, como os objetos; material educativo, tecnológico; pessoas que porventura auxiliarão no desenvolvimento do projeto etc. No cronograma, informar quando será realizada cada atividade, quanto tempo de duração terá cada etapa do projeto. Produto final / Avaliação: No produto final, informar qual será a atividade de encerramento do projeto. Na avaliação, descrever o que será verificado, como e quando será realizada a avaliação. É um procedimento que mostra se o que está sendo desenvolvido avança na direção dos objetivos. A avaliação é constante e mostra como vai indo o desenvolvimento do projeto. Orientações para a elaboração de um projeto de intervenção Referências: Relacionar os autores que darão embasamento ao projeto e os sites consultados, ou seja, seu projeto precisa apresentar uma fundamentação teórica de autores que corroboram para sua proposta de intervenção. LUCK, H. Gestão escolar. São Paulo: Martins Fontes, 2000. HERNANDEZ, F.; MONTESERRAT, V. A organização do currículo por projetos de trabalho. Porto Alegre: Artmed, 1998 Orientações para a elaboração de um projeto de intervenção Serão propostos casos de ensino que são recorrentes nos anos iniciais do Ensino Fundamental. A análise destes casos favorecerão nossa reflexão acerca do trabalho pedagógico realizado pelos professores que atuam neste segmento e contribuirão para modelizar projetos de intervenção. Nas próximas unidades... Fonte: https://br.freepik.com/fotos- premium/. Acesso em 02/08/2018. O percurso metodológico deve: a) deve descrever o material que será utilizado na efetivação do projeto, como os objetos; material educativo, tecnológico; pessoas que porventura auxiliarão no desenvolvimento do projeto. b) informar quando será realizada cada atividade, quanto tempo de duração terá cada etapa do projeto. c) Indicar a questão que será investigada durante o projeto. d) especificar exatamente os pontos que se pretende alcançar por meio da intervenção. e) Indicar cada etapa do projeto com breve descrição da execução. Descrever como serão desenvolvidas as atividades propostas, considerando os objetivos estabelecidos. Interatividade O percurso metodológico deve: a) deve descrever o material que será utilizado na efetivação do projeto, como os objetos; material educativo, tecnológico; pessoas que porventura auxiliarão no desenvolvimento do projeto. b) informar quando será realizada cada atividade, quanto tempo de duração terá cada etapa do projeto. c) Indicar a questão que será investigada durante o projeto. d) especificar exatamente os pontos que se pretende alcançar por meio da intervenção. e) Indicar cada etapa do projeto com breve descrição da execução. Descrever como serão desenvolvidas as atividades propostas, considerando os objetivos estabelecidos. Resposta ATÉ A PRÓXIMA! Profa. Walkiria Rigolon UNIDADE II Projetos e Práticas de Ação Pedagógica – Ensino Fundamental Analisaremos um caso de ensino envolvendo uma situação-problema em uma sala em processo de alfabetização, tendo como foco a construção do sistema de escrita e as intervenções pedagógicas necessárias durante a alfabetização. Nesta unidade II Fonte: http://tecla.pt/index.php%3Ft=training&key=concecao-e-gestao-de- projetos-de-intervencao-social. Acesso em 03/08/2018. Na escola Sol do Amanhecer, a professora Luíza que já atua no Ensino Fundamental há 12 anos, sempre preferiu ministrar aulas para os alunos dos quartos ou quintos anos. Contudo, neste ano ela precisou mudar de escola, pois seu marido ficou desempregado e o aluguel onde moravam estava muito caro. Luíza, seu marido e seus três filhos mudaram para outra cidade e ela pediu remoção. Ao chegar no dia da atribuição de aula na nova escola, ela estava muito aflita, não queria de jeito nenhum pegar uma turma de alfabetização. Não gostava de alfabetizar, embora nunca tivesse alfabetizado ninguém, desde de o início de sua carreira. Luíza desde que havia se formado tinha trabalhado apenas em uma escola, esta era a primeira vez que mudava de escola e por isso, estava bem angustiada. Tudo era muito novo. Caso I – Assumindo uma turma de alfabetização O processo de atribuição de classe seguiu a escala dos professores, levando em conta a pontuação devido aos anos trabalhados e aos cursos, diplomas e certificações que possuíam e por isso, dentre os 14 professores inscritos, Luíza era a 11ª professora na escala. Quando na atribuição chegou sua vez, Luíza conseguiu escolher o período da manhã que era o que ela desejava, contudo teve de escolher um 1º ano. Luíza não contou para ninguém que nunca havia alfabetizado. Sua sala contava com 34 alunos. Naquele dia ela voltou para casa muito angustiada. No primeiro semestre Luiza propunha aos alunos atividades como as que ela realizava quando aluna. No início do terceiro bimestre os alunos pareciam não saber nada, apresentavam escritas que para ela eram sem sentido, apesar dela já ter trabalhado todas as sílabas simples, por meio das família silábicas. O primeiro ano Luíza sempre dava ditado das palavras trabalhas, porém a maioria não se saia bem, investia muito no treino caligráfico e ortográfico, mas sem resultado. A coordenadora pedagógica, logo após a primeira semana de aula tirou uma licença prêmio que emendou com as férias de julho, quando voltou visitou cada uma das classes para saber do nível de aprendizagem dos alunos e pediu cadernos de alguns alunos e também o diário de classe dos professores. Após ter analisado os materiais da professora Luíza, ela a chamou para conversar e perguntou para ela como os alunos estavam. Luíza então respondeu que a turma não avançava, que as crianças eram muito imaturas, só queriam brincar e que apesar das inúmeras atividades que ela ofertava diariamente. Depois que a professora concluiu sua fala, a coordenadora pedagógica perguntou se ela já tinha feito a sondagem das hipóteses de escrita e ela respondeu que não e admitiu que não sabia fazer. A coordenação pedagógica Foi quando a coordenadora entregou uma lista de palavras para professora: brigadeiro, beijinho, coca, bis e pediu que a professora realizasse um ditado individual, que começasse a ditar primeiro a polissílaba (brigadeiro), depois a trissílaba (beijinho), em seguida a dissílaba (coca) e por último a monossílaba (bis). E acrescentou que, após a escrita, devia pedir para que o aluno lesse as palavras ditadas e que ela registrasse a leitura realizada, mostrando como fazê-lo. A professora Luíza disse que não era possível realizar esse ditado, pois os alunos não dariam conta de escrever palavras tão difíceis. Então a coordenadora entregou para Luíza o Livro “Psicogênese da Língua escrita”, solicitou que ela lesse e que chegasse mais cedo, para que ela fossem conversando. Luíza pegou o livro e começou a leitura. Mas, não acreditava que ler aquele livro ajudaria as crianças de alguma forma, mesmo assim seguiu a orientação da coordenadora. Sondagem das hipóteses de escrita “Luíza, já era professora há 12 anos, mesmo assim utilizava um método conservador no ensino da alfabetização, ainda trabalhava comfamília silábicas, investia em atividades como: treino ortográfico, ensino de letras cursivas e cópia”. Por que os alunos de Luíza não se apropriavam do sistema de escrita? Por que a coordenadora solicitou que ela lesse a “Psicogênese da língua escrita”? Como os desafios surgem de repente em nossas vidas nos tirando da zona de conforto e exigindo de nós a construção de novos saberes, experiências, conhecimentos. Nestes momentos, como no caso de Luíza, o que fazer? Uma pausa para questões iniciais Luíza, achava a leitura do texto do livro muito difícil. Na verdade ela não estava acostumada a realizar leitura de textos acadêmicos e por isso, a impressão que ela tinha era de que a leitura não fluía, ler parecia ser um exercício muito exaustivo. Mas a coordenadora todos os dias a chamava e perguntava o que ela havia lido e retomava alguns trechos, explicava algumas partes e assim, devido a este apoio que ela teve, ela conseguiu ler todo o livro. Terminada a leitura a coordenadora pediu que ela fizesse uma sondagem das hipóteses de escrita da turma. Luíza fez e ficou muito abismada quando descobriu que as hipóteses silábicas dos 34 alunos eram as seguintes: 3 eram pré-silábicos; 11 silábicos sem valor sonoro 14 silábicos com valor sonoro 6 eram silábicos-alfabéticos Continuando... Após a realização da sondagem, Luíza foi até a sala da coordenadora durante a aula do especialista. A coordenadora pedagógica ficou muito feliz pelo fato da Luíza ter conseguido realizar a sondagem das hipóteses de escrita, e mais ainda por saber que os alunos estavam sabendo muito mais do que a professora havia dito inicialmente. O passo seguinte seria então realizar atividades para que as crianças pudessem avançar em suas hipóteses de escrita, porém Luíza agora já havia percebido que as atividades que ela estava acostumada a oferecer para seus alunos não favoreceriam em nada os avanços desejados. Desta vez, Luíza não esperou, ela mesmo procurou sua coordenadora pedagógica para pedir ajuda na elaboração de novas atividades que ajudassem seus alunos a atingirem a base de escrita alfabética. Continuando... Nosso conhecimento acerca do processo de avaliação avançou muito desde as pesquisas realizadas a partir da década de 1970. O estudo de Emília Ferreiro e Ana Teberosky foi uma verdadeira revolução, pela primeira vez sabíamos como a crianças constrói a escrita. Estudos como este evidenciaram que era importante durante o processo de alfabetização: a) Dar muita cópia para os estudantes, pois a realização da cópia ajuda os alunos a aprender a ler e escrever. b) Ensinar logo de início a letra cursiva. c) Investir em muitos exercícios de prontidão d) Permitir que as crianças escrevessem a partir de suas hipóteses de escrita e refletissem sobre a mesma. e) Começar pelo o ensino das vogais e depois ir ensinando as famílias silábicas, uma a uma. Interatividade Nosso conhecimento acerca do processo de avaliação avançou muito desde as pesquisas realizadas a partir da década de 1970. O estudo de Emília Ferreiro e Ana Teberosky foi uma verdadeira revolução, pela primeira vez sabíamos como a crianças constrói a escrita. Estudos como este evidenciaram que era importante durante o processo de alfabetização: a) Dar muita cópia para os estudantes, pois a realização da cópia ajuda os alunos a aprender a ler e escrever. b) Ensinar logo de início a letra cursiva. c) Investir em muitos exercícios de prontidão d) Permitir que as crianças escrevessem a partir de suas hipóteses de escrita e refletissem sobre a mesma. e) Começar pelo o ensino das vogais e depois ir ensinando as famílias silábicas, uma a uma. Resposta Foi bem difícil para Luíza abrir mão das atividades que estavam bem cristalizadas em sua matriz pedagógica. Ela tinha a impressão de não saber fazer mais nada, entendia como as crianças construíam a escrita, devido ao estudo da “Psicogênese da língua escrita”, todavia não conseguia identificar um método que desse conta de ajudá-la a mudar sua prática pedagógica. De qualquer forma, Luíza aos poucos foi fazendo amizade com a professora Rita, que também tinha um primeiro ano. Rita já trabalhava há muitos anos como alfabetizadora e já tinha feito muitos cursos sobre alfabetização. Com a ajuda de Rita, Luíza ia conseguindo aos poucos produzir atividades que estavam em consonância com a concepção construtivista de alfabetização, mas seguia ainda oferecendo algumas das atividades anteriores. Continuação Luíza se incomodava muito pelo fato dos alunos escreverem com muitos “erros”. Ela ainda não tinha ainda muita paciência e nem o conhecimento necessário para realizar as intervenções pedagógicas necessárias para que todos avançassem. Como ela queria evitar que os alunos escrevessem errado, então sempre depois das atividades, Luíza passava na lousa uma lista com as palavras trabalhadas, para que todos copiassem, isso a fazia se sentir melhor, embora que do ponto de vista da alfabetização, por exemplo, das crianças pré- silábicas ou silábicas sem valor sonoro, o registro da escrita “correta” não fazia sentido algum. A professora sentia necessidade de corrigir, para que o erro não se repetisse novamente, ela acreditava que se a correção não fosse feita, ela poderia passar o resto da vida escrevendo errado. Continuação No começo do quarto bimestre, a coordenadora pedagógica foi na sala de aula da Luíza, ela mesmo realizou a sondagem dos alunos e percebeu que muitos haviam avançado em suas hipóteses de escrita. Luíza ainda não havia se acostumado com o barulho na classe. Muitas das atividades propostas eram realizadas em dupla e durante essas atividades Luíza ia passando nas mesas e fazendo algumas intervenções, mas com essa dinâmica de aula, a sala nunca estava quieta e nem tranquila como antes. Os alunos perguntavam o tempo todo, ajudavam uns aos outros, andavam pela classe para pegar: cola, tesoura, lápis de cor que ficavam em caixas na mesa da professora e Luíza ainda não lidava bem com tamanha agitação. Continuação Na reunião de país, muitas mães vieram comentar que seus filhos e filhas estavam mais interessados em escrever, estavam sempre perguntando qual era a letra quando tinham dúvida e no caso do Julinho, que antes chorava muito todos os dias para não ir à escola, agora já ia sem chorar. Luíza não esperava por esses relatos e ficou feliz, parecia que seu trabalho estava mesmo dando frutos que já eram percebidos pelas famílias dos alunos. O reconhecimento é sempre o melhor incentivo. Luiza ficou sabendo que haveria um curso sobre alfabetização e decidiu se inscrever, assim ela poderia avançar mais em seu conhecimento sobre este processo e procurar mais alternativas de ajudar seus alunos a avançarem. Continuação No curso de alfabetização Luíza consolidou seu conhecimento sobre as hipóteses de escrita e começou a repensar a questão do erro, ela passou a entender o erro como algo produtivo, pois era a partir dele que ela poderia realizar novas intervenções, tecer perguntas que favorecessem aos seus alunos refletirem sobre a escrita. Ao entender essa nova concepção sobre o erro Luíza já não ficava tão incomodada com os erros dos alunos. Ela entendia que durante o processo de alfabetização, no começo, os alunos pareceriam não errar tanto a escrita das palavras porque copiavam letra por letra. Agora, como estavam avançando na leitura, a escrita se ampliava e mais erros eram observados por este motivo. Continuação O curso ajudou Luíza a: Entender melhor cada uma das hipóteses de escrita; Compreender quais os critérios para realização da sondagem das hipóteses de escrita; Aceitar a escrita das crianças, a partir das hipóteses de escrita que apresentavam no momento; Evitar atividades desprovidas de sentido e ser mais exigente nas propostas de atividadesde leitura, de escrita e de produção textual; Ampliar os gêneros textuais trabalhados em sala de aula: parlendas, adivinhas, listas de diferentes natureza, contos de fada, cantigas de roda, convite, bilhetes etc.; Rever sua concepção sobre o “erro”. Mais informações Outro aspecto importante foi o fato de Luíza ter adquirido o hábito de ler para estudar. Antes ela lia muito os livros de literatura infantil que usava em sala de aula, lia notícias e revistas em geral. Mas, artigos científicos, livros, revistas especializadas e pesquisas não faziam parte de seu universo leitor. Neste sentido, ela passou a ler para estudar, procurava as indicações bibliográficas que a coordenadora pedagógica lhe passava, lia os livros destinados aos professores que havia na escola, procurava na internet as leituras indicadas no curso que havia feito. Enfim, ela queria aprender cada vez mais sobre alfabetização, competência leitora e escritora, sobre leitura e muito mais. Mais informações A Psicogênese da Língua escrita ancora-se na concepção construtivista. Nesta concepção: a) O erro deve sempre ser evitado. b) O erro é necessário, faz parte do processo de construção do conhecimento. c) Quando houver erro é necessário corrigi-lo o quanto antes, para que não se fixe. d) Não devemos corrigir os erros dos alunos para não traumatiza-los e) O erro faz parte do processo de aprendizagem, mas é preciso deixar bem claro para o aluno os erros cometidos, destacando-os, corrigindo com canetas vermelhas, grifando-os para que eles se lembrem e não errem mais. Interatividade A Psicogênese da Língua escrita ancora-se na concepção construtivista. Nesta concepção: a) O erro deve sempre ser evitado. b) O erro é necessário, faz parte do processo de construção do conhecimento. c) Quando houver erro é necessário corrigi-lo o quanto antes, para que não se fixe. d) Não devemos corrigir os erros dos alunos para não traumatiza-los e) O erro faz parte do processo de aprendizagem, mas é preciso deixar bem claro para o aluno os erros cometidos, destacando-os, corrigindo com canetas vermelhas, grifando-os para que eles se lembrem e não errem mais. Resposta Embora Luíza já tivesse avançado bastante no entendimento acerca do processo de aprendizagem, já havia se apropriado do processo de aquisição do sistema de escrita pelas crianças, por ter revisto sua concepção sobre o erro. Ela ainda sentia muita dificuldade em agrupar as crianças. Ela propunha atividades em duplas, mas percebia que a forma de agrupar os alunos, mas na maioria das vezes o agrupamento não surtia o efeito esperado, ou porque ela juntava um aluno alfabético com um aluno pré-silábico e assim, o aluno que estava na hipótese alfabética fazia toda a atividade rapidamente, deixando de lado seu par que só ficava olhando. Outras vezes, porque ela unia dois alunos que estavam na mesma hipótese e assim não avançavam. Para além da Psicogênese da Língua Escrita Então Luíza pediu auxílio sobre como poderia realizar agrupamento produtivos, que pudessem favorecer o avanço de todos os seus alunos. Foi quando uma professora que havia feito o curso com ela lhe explicou como trabalha com as duplas produtivas em sala de aula. Ela explicou que as duplas deveriam ser formadas de acordo com o tipo de atividade que seria proposta: de escrita, de leitura ou de produção de texto. Ou seja, um agrupamento que pode dar certo para uma atividade leitura, pode não ser produtivo para uma atividade de escrita e seguiu explicitando quais os critérios que utilizava para organizar as duplas em sua sala de aula. Os agrupamentos produtivos no processo de alfabetização A amiga da Luíza explicou que quando a atividade for de leitura, é importante que as duplas sejam organizadas com alunos que tenham hipóteses de escrita próximas, ou seja: silábico com valor sonoro + silábico sem valor sonoro; silábico com valor sonoro + silábico-alfabético e assim por diante, quer dizer que no agrupamento para atividade de leitura é preciso garantir que, pelo menos um aluno da dupla tenha uma hipótese com valor sonoro, pois se agruparmos dois alunos pré-silábicos eles não terão como tentar realizar a leitura. No caso da atividade de escrita é importante que o agrupamento também seja realizado com estudantes que tenham hipóteses próximas, caso contrário, o par mais avançado acabará realizando a atividade sozinho e assim, o outro não terá tempo de refletir sobre que letra usar, em qual ordem colocar as letras etc. Os agrupamentos produtivos no processo de alfabetização No caso do agrupamento produtivo de uma atividade produção de texto é possível unir em uma dupla crianças com hipóteses de escrita mais distantes. Por exemplo, posso colocar um aluno pré-silábico em dupla com um aluno alfabético. Neste caso, o aluno pré-silábico pode ditar a história que será registrada pelo aluno alfabético, como se fosse o escriba, pois o desafio dessa atividade é a produção textual e não necessariamente o registro escrito. Luíza percebeu que para realizar agrupamentos que fossem verdadeiramente produtivos ela precisaria conhecer bem a hipótese de escrita de seus alunos, ou seja, precisaria conhecer bem o que cada aluno já sabia. Os agrupamentos produtivos no processo de alfabetização Favorecer o intercâmbio de saberes; Permitir que os estudantes aprendam a trabalhar em grupo; Permitir que os estudantes coloquem todos os seus saberes sobre o sistema de escrita para resolverem os desafios das atividades propostas de: leitura, escrita ou produção textual; Contribuir para a autonomia do estudante; Garantir que o professor possa ir atendendo as duplas, realizando as intervenções pedagógicas necessárias para que eles reflitam sobre o sistema de escrita; Promover o compartilhamento de saberes por meio das hipóteses dos alunos que são confrontadas durante as atividades nas duplas. As contribuições do trabalho com agrupamentos produtivos Luíza estava cada vez mais envolvida com a aprendizagem de seus alunos, aos poucos ela estava alterando sua prática pedagógica. Nem tudo que ela tentava dava certo, mas o mais importante era o fato dela não desanimar e de agora acreditar na capacidade de todos os alunos aprender. Ela ia para o trabalho cada vez mais animada, gostava muito de compartilhar suas experiências com seus pares, sua coordenadora e até nas reuniões de pais ela explicava de forma simples o trabalho que vinha realizando com seus alunos. O processo de mudança da prática pedagógica A professora Luíza percebeu a importância de propor algumas atividades por meio de agrupamentos produtivos, pois eles favorecem: a) Que os alunos com mais dificuldade vejam como os alunos mais avançados conseguem realizar todas as atividade propostas. b) Facilitar a correção das atividades já que a professora terá somente metade das atividades para corrigir. c) Promover o compartilhamento de saberes, por meio das hipóteses dos alunos que são confrontadas durante as atividades nas duplas. d) Para que os estudantes mais avançados ensinem aos demais estudantes. e) Para que em dupla os alunos realizem as atividades mais rapidamente, pois assim aprenderam mais depressa. Interatividade A professora Luíza percebeu a importância de propor algumas atividades por meio de agrupamentos produtivos, pois eles favorecem: a) Que os alunos com mais dificuldade vejam como os alunos mais avançados conseguem realizar todas as atividade propostas. b) Facilitar a correção das atividades já que a professora terá somente metade das atividades para corrigir. c) Promover o compartilhamento de saberes, por meio das hipóteses dos alunos que são confrontadas durante as atividades nas duplas. d) Para que os estudantes mais avançados ensinem aos demais estudantes. e) Para que em dupla os alunos realizem as atividades mais rapidamente,pois assim aprenderam mais depressa. Resposta No final do ano, ao realizar a última sondagem das hipóteses de escrita a professora Luísa ficou muito feliz ao constatar que os seus alunos encerrariam o ano da seguinte maneira: 1 - silábico sem valor sonoro 5 - silábicos com valor sonoro 17 - silábicos-alfabéticos 11 - alfabéticos No final do ano... A professora Luísa que havia começado o ano muito insegura, por uma série de motivos. Ela estava enfrentando muitos desafios: desemprego do marido, mudança de bairro, nova escola além de ter de atuar como alfabetizadora, algo que nunca havia feito. Contudo, apesar dos conflitos, das tensões e contradições enfrentadas, ela com o apoio da coordenadora pedagógica e de professoras mais experientes ela ousou mudar. Investiu no estudo para poder se apropriar de uma nova concepção de ensino, de aprendizagem, de alfabetização etc. No final do ano... 1. Quais as dificuldades enfrentadas pela professora Luíza para mudar sua prática? 2. De que forma o apoio de pessoas mais experientes contribuiu para a formação da professora Luíza? 3. Como abandonar uma prática tradicional cristalizada e ousar mudar a atuação em sala de aula? 4. Quais os conhecimentos que favoreceram as mudanças empreendidas pela professora Luíza com sua turma do 1º ano? Questões para reflexão: 1. Como contribuir para que todos os alunos se alfabetizem? 2. Como romper com as práticas mais conservadoras de alfabetização e propor um processo de alfabetização mais significativo? 3. Como lidar com os desafios advindos do processo de alfabetização? 4. A Psicogênese da língua escrita tem servido de referência na prática de professores alfabetizadores? 5. Como propor agrupamentos produtivos e quais atividades oferecer aos alunos em processo de aquisição do sistema de escrita? Aspectos que poderiam servir para realizar um Projeto de Intervenção 1. Desenvolver ações que auxiliem o processo de alfabetização na perspectiva construtivista 2. Propor modelos de formação continuada que favoreçam a formação de grupos de estudo e formação coletiva dos professores alfabetizadores junto aos professores dos demais anos. 3. A importância de ofertar atividades de leitura, escrita e produção de texto na perspectiva construtivista, que favoreça o avanço dos alunos em suas hipóteses de escrita 4. Promover estratégias de fortalecimento do trabalho coletivo na constituição de experiência entre professores alfabetizadores 5. Desenvolver atividades que os professores possam utilizar nos agrupamentos produtivos e que garantam boas situações de aprendizagem Aspectos que poderiam servir para realizar um Projeto de Intervenção A formação continuada de professores desenvolvida no interior das escolas deve favorecer: a) O avanço dos professores iniciantes, que adentram ao magistério sem nenhum conhecimento e por isso, precisam da formação continuada. b) Ser oferecida apenas para os professores que se sintam como Luíza, inseguros diante dos desafios que precisam enfrentar em sala de aula. c) A formação continuada deve dar continuidade à formação inicial. Sendo assim, o coordenador deve atuar como um professor dos professores. d) A formação continuada deve estar à favor de um processo de aprendizagem coletiva e contínua, por meio do compartilhamento de experiências entre todos os professores, sendo entendida como um direito. e) A formação continuada deve ser entendida como um processo de controle do trabalho pedagógico. Interatividade A formação continuada de professores desenvolvida no interior das escolas deve favorecer: a) O avanço dos professores iniciantes, que adentram ao magistério sem nenhum conhecimento e por isso, precisam da formação continuada. b) Ser oferecida apenas para os professores que se sintam como Luíza, inseguros diante dos desafios que precisam enfrentar em sala de aula. c) A formação continuada deve dar continuidade à formação inicial. Sendo assim, o coordenador deve atuar como um professor dos professores. d) A formação continuada deve estar à favor de um processo de aprendizagem coletiva e contínua, por meio do compartilhamento de experiências entre todos os professores, sendo entendida como um direito. e) A formação continuada deve ser entendida como um processo de controle do trabalho pedagógico. Resposta ATÉ A PRÓXIMA! Profa. Walkiria Rigolon UNIDADE III Projetos e Práticas de Ação Pedagógica – Ensino Fundamental SKHOLE = Grego SCHOLA = Latim Escola – Língua Portuguesa Lugar onde acontece o maravilhamento da alma. Projeto de intervenção didática Fonte: https://ensinarhistoriajoelza.com.br/category/didatica/ PPAP componente curricular Teoria e prática: indissociáveis O estágio por si só não contempla a formação do pedagogo no contexto das exigências deste novo século. Por outro lado, os Projetos de Ação Pedagógica poderão subsidiar essa formação à medida que estes propiciam aos estudantes momentos de elaboração, ação e reflexão. Por que fazer PPAP? Eles têm o propósito de colaborar para a formação da identidade do professor pesquisador, reflexivo e atuante na sociedade a partir da articulação com as demais disciplinas e mediante ações educativas integradoras que estreitem o vínculo universidade-escola-comunidade. Por que fazer PPAP? O trabalho deve partir de uma situação concreta relativa aos aspectos da didática, que se configure como uma questão relevante e significativa a ser tratada pelo grupo. O importante nesse momento é que o tema escolhido realmente traduza uma questão importante e que seja assumido por todos com envolvimento e participação ativa. Essa situação é o ponto de partida para explicitar as questões subjacentes que justificam o trabalho. Obs.: o trabalho deve ser realizado em grupos com até 10 alunos e deve-se evitar o trabalho individual. Operacionalização do projeto Trabalhar em grupo demanda responsabilidade, é essencial que todos se comprometam com a atividade. Para que o agrupamento seja produtivo, faz-se necessário estabelecer de forma clara e objetiva o que compete a todos e a cada um para elaboração do trabalho. É preciso agir com maturidade e foco para realizar o projeto, evitando que questões menores desvirtuem o trabalho do grupo. As experiências e conhecimentos prévios de cada um deve ser colocado a favor da elaboração do projeto, para que juntos todos avancem na construção do conhecimento que será produzido no processo de construção do projeto. Trabalhar coletivamente é um exercício de solidariedade, humildade, participação e responsabilidade. O trabalho coletivo A didática é a arte de ensinar. É no campo da didática que as ações de ensino são analisadas, planejadas, discutidas, visando que o processo de aprendizagem ocorra de forma exitosa. O projeto de intervenção didática do Ensino Fundamental deve ter como objetivo modificar, ampliar ou ainda aprofundar uma determinada situação que foi observada e que necessita de uma intervenção didática. É preciso ter um olhar refinado para as situações de ensino, aprendizagem, para as interações, afetos e vínculos estabelecidos entre professor e aluno. Projeto de intervenção didática “Um projeto se bem trabalhado poderá auxiliar a formação de um sujeito integral, com possibilidades de desenvolvimento em diferentes áreas, formando-se amplamente, não limitando-se a uma ou outra competência privilegiada nos diferentes contextos.” NOGUEIRA (2002, p. 95) Um bom projeto leva em conta as diferentes dimensões da prática pedagógica: Relacional, Curricular Didática Formativa Ética Por que vale a pena trabalhar com um projeto didático na escola? “A aprendizagem só será significativa se houver a elaboração de sentido e se essa atividade acontecer em um contexto histórico e cultural, pois é na vida socialque os sujeitos adquirem marcos de referência para interpretar as experiências e aprender a negociar os significados de modo congruente com as demandas da cultura. [...] As construções coletivas são fonte privilegiada de aprendizagem” BARBOSA; HORN (2008, p. 26) Continuando... O projeto será o meio para atingirmos um fim. Para a sua viabilização, há que se considerar o que se entende por conhecimento. Diferente do entendimento linear de conhecimento, que tem o mesmo ponto de partida e de chegada, definindo o mesmo conhecimento para todos, o desenvolvimento de projetos favorece a construção do conhecimento como uma rede de significados, que possibilita múltiplas interligações dos diferentes campos disciplinares, contribui para interdisciplinaridade e incentiva as relações entre as pessoas, entendidas em suas singularidades criativas. Projeto e construção do conhecimento Você está convidado a elaborar com seu grupo um projeto de intervenção didática; aproveitando as observações realizadas durante o estágio, compartilhando suas descobertas; constituindo redes de conhecimento; aumentando as possibilidades de pensar e agir de modo autônomo e reflexivo, praticando um verdadeiro Artesanato Intelectual. Projeto e construção do conhecimento O projeto de intervenção didática do Ensino Fundamental deve ter como objetivo: a) Possibilitar que o professor siga de forma eficaz a utilização de material didático. b) Deve servir para que o processo de avaliação seja efetivamente implementado. c) Possibilitar que o professor garanta o pleno cumprimento do que o currículo prevê para cada ano escolar. d) Permitir que a teoria seja posta em prática. e) Modificar, ampliar ou ainda aprofundar uma determinada situação que foi observada e que necessita de uma intervenção didática. Interatividade O projeto de intervenção didática do Ensino Fundamental deve ter como objetivo: a) Possibilitar que o professor siga de forma eficaz a utilização de material didático. b) Deve servir para que o processo de avaliação seja efetivamente implementado. c) Possibilitar que o professor garanta o pleno cumprimento do que o currículo prevê para cada ano escolar. d) Permitir que a teoria seja posta em prática. e) Modificar, ampliar ou ainda aprofundar uma determinada situação que foi observada e que necessita de uma intervenção didática. Resposta A professora Marília corrige novamente a prova de seu aluno Bruno e percebe que suas avaliações tem piorado a cada bimestre. Sobretudo quando o desafio da atividade envolve a competência leitora. Ele tem demonstrado muitas dificuldades em interpretar textos, enunciados de situação-problema, consignas de atividades, as vezes até mesmo questões de localização de informação explícita ele tem errado. O Bruno já tinha sido aluno da professora Marília no 3º ano, era um bom aluno, cumpria todas as atividades, era participante nas aulas, tinha amizade com todos. Mas agora no 5º ano, ele nem parece mais o mesmo aluno. Está sempre isolado da turma, está sempre distante e disperso durante as aulas, não conclui as atividades em sala de aula e nem os deveres de casa. Caso de estudo A professora já havia percebido também que Bruno estava sempre com o celular em sala de aula. Nesta escola os alunos não eram proibidos de levarem os celulares para sala de aula, mas só poderiam utilizá-lo quando o professor permitisse, para pesquisa de alguma questão relacionada as atividade propostas pelo professor. A professora Marília já havia pedido várias vezes para que o Bruno parasse de utilizar o celular na aula, ele ficava o tempo todo com o celular escondido. Uma vez, a professora viu e olhou o celular e ele estava jogando. Diante da situação a professora resolveu chamar a mãe do Bruno para conversar a respeito da situação. Continuação A mãe do Bruno foi à escola, atendendo ao bilhete da professora. Durante a conversa a professora explicitou para a mãe do Bruno como ele vinha se comportando e também falou sobre seu comportamento na aula, bem como os resultados de suas avaliações, explicitando sua preocupação. Durante a conversa com a mãe do Bruno, a professora Marília ficou sabendo que em casa a mãe dele também enfrentava o mesmo problema, Bruno passava muito tempo no computador e no celular, já não ficava mais junto com a família como antes, se ela deixasse ele ficaria o tempo todo nos jogos da internet. E ela acreditava que a situação piorou quando ela se separou, pois quando Bruno vai para a casa de seu pai, ele fica mais tempo ainda na frente do computador, porque o pai também adora jogos de videogame. Continuação A partir da conversa com a mãe do Bruno, a professora Marília ficou aflita e pensou que deveria fazer algo para que Bruno voltasse a se interessar pelas aulas, estabelecesse novamente o vínculo com a turma e pudesse avançar em seu processo de aprendizagem. Assim a professora decidiu realizar com a turma um projeto de orientação de estudo para pesquisa, no qual ela utilizaria a sala de informática e o computador como instrumentos de apoio à pesquisa. Desta forma ela acreditava que as aulas se tornariam mais significativas para os alunos. Então, ela começou a planejar o projeto de “Orientação de estudo: aprendendo a estudar”. Continuação É muito comum que os professores cobrem os alunos para que estudem. Diante de notas ruins eles sempre enfatizam que o estudante deveria estudar mais. Todavia, dificilmente encontramos algum estudante que aprendeu na escola a elaborar, grifos, anotações, resumos, resenhas, esquemas, mapa conceitual entre outros procedimentos de apoio à aprendizagem. A iniciativa da professora Marília era muito interessante, pois ao mesmo tempo em que criava uma alternativa para ajudar o Bruno, também incluía em suas aulas o ensino de procedimentos de estudo. É importante que os alunos aprendam a estudar para que assim possam alcançar sua autonomia e futura emancipação. Orientação de estudo Tema: Orientação de estudo no 5º ano Situação-problema: A necessidade de desenvolver a autonomia dos estudantes, considerando que não existe autonomia sem conhecimento, é preciso que os alunos sejam ensinados a utilizar diferentes procedimentos de estudo de apoio à leitura como: grifo, anotação, esquema, resumo, resenha, fichamento, mapa conceitual entre outros. Fundamentos para construção do projeto de intervenção didática Justificativa: A competência leitora é essencial para o desenvolvimento do conhecimento em todos os campos do conhecimento, afinal não existe nenhuma disciplina que não faça uso da leitura ou da escrita para ser ensinada e aprendida. Neste sentido, justifica-se a criação de um projeto de orientação de estudo, como uma estratégia didática fundamental que instrumentalize os estudantes para que possam aprender a estudar de forma autônoma. Fundamentos para construção do projeto de intervenção didática O projeto didático deve envolver situações de ensino e de aprendizagem. Quando tratamos de projeto de trabalho nas escolas, nos referimos: a) A um projeto de mudança estabelecido unicamente pelo coordenador pedagógico. b) A um projeto pré-definido por decreto pela Secretaria da Educação. c) A um documento elaborado pela direção que reflita somente as metas para melhorar o IDEB. d) A um projeto vinculado à melhoria da escola, ditado por especialistas de diferentes áreas que não trabalhem na escola. e) A um projeto vinculado à melhoria das ações de ensino, que promova o avanço das aprendizagens de todos os alunos, que parta das necessidades dos estudantes e que seja compartilhado com toda comunidade educativa. Interatividade O projeto didático deve envolver situações de ensino e de aprendizagem. Quando tratamos de projeto de trabalho nas escolas, nos referimos: a) A um projeto de mudança estabelecido unicamente pelocoordenador pedagógico. b) A um projeto pré-definido por decreto pela Secretaria da Educação. c) A um documento elaborado pela direção que reflita somente as metas para melhorar o IDEB. d) A um projeto vinculado à melhoria da escola, ditado por especialistas de diferentes áreas que não trabalhem na escola. e) A um projeto vinculado à melhoria das ações de ensino, que promova o avanço das aprendizagens de todos os alunos, que parta das necessidades dos estudantes e que seja compartilhado com toda comunidade educativa. Resposta Embasamento teórico – É importante que ao definir o tema, o grupo comece a pesquisar quais os autores e pesquisadores que se aprofundaram sobre aquela temática, ou seja, que já desenvolveram pesquisas e artigos que possam servir para embasar teoricamente o projeto que será elaborado, favorecendo a articulação indissociável entre teoria e prática. No caso do tema “Orientação de estudo” autores como Paulo Freire, Délia Lerner, Antônio Joaquim Severino, Leda Tessari entre outros já exploraram o assunto. Por isso, é importante que todos consultem esses autores e se apropriem das concepções e métodos propostos por eles. Exemplo de embasamento teórico do projeto É muito comum ouvirmos frases como: “ A prática é uma, a teoria é outra”! “Dentro do processo pedagógico, teoria e prática precisam dialogar permanentemente, fugindo da ideia tradicional de que o saber está somente na teoria, construído distante ou separado da ação/prática. Na concepção de Freire, teoria e prática são inseparáveis tornando-se, por meio de sua relação, práxis autêntica, que possibilita aos sujeitos reflexão sobre a ação, proporcionando educação para a liberdade.” (Fortuna, p.65) Relação teoria e prática A parábola da canoa Fonte: http://encenasaudemental.net/comportamento/insight/a-canoa-e-o-rio-eu-e-a-vida/ Durante a realização do projeto de intervenção didática é muito importante que as atividades que serão propostas estejam em consonância com o referencial teórico escolhido para embasar teoricamente o projeto. Caso contrário, haverá contradição entre a concepção anunciada pelo modelo teórico e as atividades práticas, é fundamental garantir uma articulação entre a teoria e prática na organização e produção do projeto. Por isso, todos do grupo devem se apropriar bem do referencial teórico, para que possam ter conhecimento suficiente para avaliar as atividades propostas. Relação entre teoria e prática Público-alvo: Ao se elaborar um projeto didático é muito importante não perder de vista a quem ele se destina. No caso de estudo em que a professora Marília irá desenvolver um projeto de orientação de estudo para o 5º ano, faz-se necessário considerar por exemplo, quais seriam os procedimentos a serem ensinados para essa turma? Provavelmente o grifo, a anotação, esquema e resumo podem ser ensinados, mas a resenha, o fichamento e o mapa conceitual talvez fossem procedimentos de estudo destinados aos alunos dos anos finais, sobretudo levando-se em conta que será a primeira vez que estes alunos terão contato com tais procedimentos. A quem se destina o projeto? Ao se tratar de orientação de estudo, os procedimentos para estudo envolvem a modalidade de leitura “ler para estudar”. Temos várias modalidades de leitura: ler para se emocionar, se informar, passar o tempo, seguir uma instrução, se emocionar, para lembrar, para buscar força diante de problemas difíceis etc... Ler para estudar se diferencia das demais modalidades de leitura. A escola precisa ensinar aos estudantes que não lemos sempre do mesmo modo. A leitura parte sempre de uma intencionalidade, caso contrário não terá significado. Por isso, é importante que o professor desperte o interesse dos alunos pelas leituras que terão de ser feitas ao ler para estudar. É importante considerar que... Momentos específicos onde o ato de estudar ganhe centralidade nas práticas de ensino. Aprender a estudar é condição primordial para o desenvolvimento da ampliação do grau de autonomia dos estudantes. Transformar os alunos em verdadeiros estudantes. Perguntar, indagar, questionar, não só frente ao texto, mas frente ao mundo, pois o ato de estudar não se reduz à relação leitor e texto. É preciso abandonar a curiosidade ingênua e assumir uma curiosidade crítica diante da vida. A que a orientação de estudo deve assegurar? Objetividade e clareza daquilo que se pretende aprender, ou seja, do objetivo do estudo, só desta forma o ato de estudar terá significado e sentido. humildade para perceber que é preciso instrumentalizar-se interpretar um texto quando se quer estudá-lo. A interpretação de um texto não acontece sem esforço reflexivo daquele que o lê. Estudar não é consumir ideias , mas cria-las e recriá- las. (Freire, p.4) O que o ato de estudar exige de quem a ele se dedique? O que a orientação de estudo deve assegurar? a) Que os alunos tirem sempre boas notas. b) Que os estudantes possam aprender os todos conteúdos curriculares. c) Para que os estudantes ganhem autonomia e não dependam mais das intervenções dos professores. d) Momentos específicos em que se aprenda a estudar, para que assim os estudantes ganhem autonomia e abandonem a curiosidade ingênua. e) Para que assim os alunos aprendam os conteúdos mais rapidamente, já que estarão mais emancipados. Interatividade O que a orientação de estudo deve assegurar? a) Que os alunos tirem sempre boas notas. b) Que os estudantes possam aprender os todos conteúdos curriculares c) Para que os estudantes ganhem autonomia e não dependam mais das intervenções dos professores. d) Momentos específicos em que se aprenda a estudar, para que assim os estudantes ganhem autonomia e abandonem a curiosidade ingênua. e) Para que assim os alunos aprendam os conteúdos mais rapidamente, já que estarão mais emancipados. Resposta Ao estruturar os caminhos a serem trilhados para alcançar os objetivos pretendidos, as atividades, estratégias, intervenções pedagógicas, cronograma, envolvimento dos segmentos da escola, construção coletiva etc. No que se refere às atividades com os alunos, Hernandez (1998) salienta a necessidade de apresentar e problematizar com as crianças o projeto didático, para que elas também sejam coautoras neste processo. Quanto mais as crianças souberem sobre o projeto didático, maior a chance delas compreenderem a propostas que deve ser contextualizada, problematizada e depois sistematizada junto com as crianças. Percurso metodológico Todo projeto didático deve ser registrado, desde o início. Este registro pode ser elaborado de diversas formas, como: escrito, fotografado, filmado etc. Este processo de registro favorece a retomada posterior do percurso do projeto, desde o início até o alcance do produto final. Nestes registros devem constar todas as experiências vividas durante o projeto, as que deram certo e também aquelas que não deram errado, pois às vezes aprendemos mais com nossos erros do que com os acertos. A importância dos registros durante o projeto A organização do registro do percurso trilhado durante a elaboração do projeto, desde o seu planejamento, deve ser compartilhado. As próprias crianças devem ser convidadas a registrar as vivências e experiências que foram vividas durante as atividades propostas, bem como as discussões, tomadas de decisão, reajustes necessários durante o projeto entre outros aspectos que geralmente correm durante a realização de um projeto, pois nem tudo pode ser previsto com antecedência. Por isso, vale a pena considerar que o projeto não seja entendido como uma camisa de força, mas deve ter uma certa flexibilidade que favoreça ajustes que sejam necessários. A importância dos registros durante o projeto 1. Levantamento dos conhecimentos prévios (que os alunos já sabem) 2. Contextualização(favorece atribuição de significado aos conteúdos desenvolvidos) 3. Problematização (promove a reflexão do estudante, para que ele possa colocar em jogo tudo o que já sabe sobre o que será estudado) Atividades que garantam boas situações de aprendizagem 4. Interdisciplinaridade (contemplar diferentes campos do conhecimento) 5. Sistematização (o que os alunos aprenderam que não sabiam) 6. Avaliação (quais os conhecimentos construídos durante o projeto) Atividades que garantam boas situações de aprendizagem No caso deste projeto de “ Orientação de estudo” a avaliação deve levar em conta: As análises das atividades de orientação de estudo realizadas durante o projeto, bem como a participação de cada aluno nessas atividades, como na atividade de pesquisa. Que o produto final possa expressar as aprendizagens construídas pelos estudantes durante este processo. Avaliação No final do projeto de intervenção, o grupo deve fazer um pequeno texto, concluindo o trabalho e apontando as aprendizagens adquiridas com a sua elaboração. Nesta etapa, o grupo pode indicar que as mudanças propostas no projeto de intervenção são muito diferentes das ações dos professores observados, tendo em vista que a fundamentação adquirida e pesquisada pelos alunos está embasada em outra concepção educacional. Realizar uma reflexão – se a realização do projeto de intervenção foi uma atividade que contribuiu, ou não, para o desenvolvimento de habilidades instrumentais necessárias à implementação da ação pedagógica. Considerações finais Esperamos que o curso de formação esteja dando conta do aspecto prático da profissão na medida em que possibilite o treinamento em situações experimentais de determinadas habilidades consideradas, a priori, como necessárias ao bom desempenho profissional. (PIMENTA; LIMA, 2008 Concluindo... No caso deste projeto de “ Orientação de estudo” a avaliação deve levar em conta: a) Que o projeto seja cumprido no prazo. b) As análise das atividades de orientação de estudo realizadas durante o projeto, bem como a participação de cada aluno nessas atividades, como na atividade de pesquisa. c) Que o produto final seja muito valorizado, por meio de uma festa de encerramento e de grande divulgação dos resultados. d) Por meio de uma prova, onde os estudantes possam demonstrar o que aprenderam. e) Se os alunos gostaram de participar do projeto devido sua ludicidade e do dinamismo das atividades propostas. Interatividade No caso deste projeto de “ Orientação de estudo” a avaliação deve levar em conta: a) Que o projeto seja cumprido no prazo. b) As análise das atividades de orientação de estudo realizadas durante o projeto, bem como a participação de cada aluno nessas atividades, como na atividade de pesquisa. c) Que o produto final seja muito valorizado, por meio de uma festa de encerramento e de grande divulgação dos resultados. d) Por meio de uma prova, onde os estudantes possam demonstrar o que aprenderam. e) Se os alunos gostaram de participar do projeto devido sua ludicidade e do dinamismo das atividades propostas. Resposta ATÉ A PRÓXIMA!
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