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RINITE Compreendida como processo inflamatório nasal, podendo ser alérgica e não alérgica. Tecnicamente as sinusites e viroses são consideradas rinites, no entanto, há acometimento dos seios paranasais. De forma geral pode estar associada a asma e doenças inflamatórias da via aérea • Infecciosa • Alérgica • Não alérgica - Induzida por drogas - hormonal - neurogênica - atrófica - Ocupacional PRINCIPAIS AEROALÉRGENOS • Ácaros de poeira: Dermatophagoides pteroyssinus, Dermatophagoides farinae, Bioma tropicalis • Fungos: Clostridium sp, Aspergillus sp, Alternaria sp e Penicillium notatum • Baratas • Animais: gato, cão, cavalo, hamster • Polens: gramíneas • Ocupacionais: trigo, poeira de madeira, detergentes, látex FISIOPATOGENIA Resposta imune da mucosa nasal mediada por IgE RINITE IRRITATIVA-TÓXICA: exposição a irritantes como cigarro, solventes, produtos químicos HORMONAL: estrógenos aumentam ácido hialurônico edemaciando e congestionando a mucosa MEDICAMENTOSA: vasoconstritor tópico por tafilaxia dos receptores alfa VASOMOTORA OU IDIOPÁTICA: descontrole autonômico com crises de rinorreia clara APRESENTAÇÃO DAS RINITES Como diferenciar rinite alérgica e não alérgica TIPOS História familiar IgE específica Eosinofilia em Citograma nasal Teste alérgico cutâneo Obstrução nasal Espirros, Pruridos Coriza Alérgica + + + + + + + Idiopática (não alérgica) - - - - + - + RENA (rinite eosinofílica não alérgica) - - + - +/- + + EFEITOS DOS PRINCIPAIS MEDIADORES NOS PROCESSOS ALÉRGICOS DE VIAS AÉREAS HISTAMINA: primeiro mediador que surge nos processos alérgicos das VA, ou seja, é mediador de fase aguda • Vasodilatação • Aumento da permeabilidade vascular • Prurido • Secreção glandular • Estimulação de terminações nervosas PROSTAGLANDINAS • Aumento da permeabilidade vascular • Prurido LEUCOTRIENOS • Mais importantes no quadro crônico • Recrutamento e ativação de eosinófilos • Redução da apoptose de eosinófilos • Aumento da produção de citocinas • Aumento da permeabilidade vascular • Vasodilatação e edema • Aumento da secreção de muco pelas células caliciformes • Redução de batimento ciliar RESPOSTA ALÉRGICA Sensibilização → resposta imediata → resposta tardia SENSIBILIZAÇÃO: contato primário com o alérgeno e produção de memória RESPOSTA IMEDIATA: apresentação da rinite aguda com ativação das IgE’s presentes na mucosa e apresentação aos mastócitos que irão degranular e liberar principalmente histamina, leucotrienos e prostaglandinas que levam à vasodilatação e consequente edema de mucosa RESPOSTA TARDIA: contato constante com o alérgeno e constância na resposta mediada por IgE levando a uma inflamação crônica com produção principalmente de leucotrienos CLASSIFICAÇÃO DA RINITE ALÉRGICA INTERMITENTE X PERSISTENTE INTERMITENTE • < 4 dias por semana • Ou < = 4 semanas PERSISTENTE • > 4 dias por semana • E > = 4 semanas Ambas podem ser leve ou moderada-grave Leve: sono normal, atividades normais (esporte, lazer, trabalho, escola), sintomas não incomodam Moderada-grave (um ou mais itens): sono comprometido, atividades comprometidas (esporte, lazer, trabalho, escola), sintomas incomodam DROGAS INDUTORAS DE RINITE MEDICAMENTOSA • Vasoconstritores tópicos (principal) • Anti-hipertensivos (hidralazina, metildopa, beta-bloq) • Anticoncepcionais orais • Mediação anti-tireóideas • Antidepressivos tricíclicos • Benzodiazepínicos • Clordiazepóxido e alprazolan APRESENTAÇÃO CLÍNICA RA – RINITE ALÉRGICA • Espirro, prurido nasal, rinorreia, congestão nasal • Irritação conjuntival epiforia e palatal iching • Em pacientes com RA perene podem prevalecer obstrução nasal e rinorreia RINITE VASOMOTORA • Rinorreia clara e copiosa quando mudança de temperatura • Álcool • Exposição a odores e aromas • Geralmente pacientes > 60 anos RINITE MEDICAMENTOSA • Obstrução nasal sem sintomas acompanhantes • Melhora com vasoconstritores DIAGNÓSTICO Sintomas – história pessoal e familiar de atopia – exame físico RECURSOS DIAGNÓSTICOS AUXILIARES NA RINITE ALÉRGICA ETIOLÓGICO • Teste cutâneo por punctura • IgE: sérica específica • Provocação nasal CITOLOGIA NASAL EXAMES INESPECÍFICOS: IgE total, bacterioscopia, bacteriologia, rinomanometria, rinometria acústica, exames radiológicos e biópsia TRATAMENTO • Controle ambiental • Redução dos alérgenos ambientais • Evitar tapetes • Cortinas • Pelúcias • Redução de mofo e umidade • Evitar vassouras e aspiradores de pó • Evitar animais de pelo e penas ANTI-HISTAMÍNICOS Histamina – é um hormônio de vigília que ajuda o SNC se manter acordado, junto com epinefria e norepinefrina. Por isso a inibição da histamina pelos anti-histamínicos (que ultrapassam a BHE) causa sono ANTI-HISTAMÍNICOS DE 2ª GERAÇÃO CORTICOIDE TÓPIDO NASAL: agem em toda cascata inflamatória FUROATO DE FLUTICASONA E FUROATO DE MOMETASONA : baixa porcentagem de absorção sistêmica. Os outros apresentam maior porcentagem, mas a dose é baixa, então não há problema se uso prolongado OUTRAS MEDICAÇÕES: Cromoglicato dissódico (estabilizador da membrana de mastócitos), Brometo de Ipatrópio (ação anti- colinérgica), Montelucaste (Anti-leucotrieno) IMUNOTERAPIA ESPECÍFICA: dessensibilizar o paciente (tratamento de 1 a 2 anos) com dissolução dos alérgenos em concentrações muito baixas que podem ser usadas via sublingual ou aplicação subcutânea
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