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Farmacologia Rinite alérgica e tosse · Rinite é a inflamação da mucosa nasal (aguda ou crônica), caracterizada pela presença de um ou mais dos seguintes sintomas: Rinorreia Obstrução nasal Prurido Espirros · Tipos: -Infecciosa -Alérgica -Não alérgica e não infecciosa --> gravidez: aumento de estrogênio no 2/3º trimestre resultará em um acúmulo maior de ác. Hialurônico. --> vasomotora: mudanças bruscas de temperatura --> ocupacional: local com muitas poluentes --> medicamentosa: efeito rebote -Mista · Rinite Alérgica – sintomas decorrentes de uma resposta mediada por IgE -Endótipo 1- Resposta imune do tipo 2 (+ comum): resposta alérgica imediata com IgE específico, eosinófilos, mastócitos, basófilos, lindócitos T, Il- 4,5 e 13 e sintomas nasais. 2- Resposta imune do tipo 1: influxo de IL-7 com neutrófilos e linfócitos TCD4, haverá uma produção aumentada de INF-gama. 3- Rinite neurogênica: elevada concentração de substância P e peptídeo relacionado ao gene da calcitonina. Rinite gustativa, rinite do idoso. Obstrução nasal por permeabilidade vascular. 4 – Disfunção epitelial: disfunção ciliar ou disfunção da barreira. -Classificação · Fatores de risco -família atópica -indivíduo atópico -poluição do ar -classe social elevada -IgE > 100 quando menor de 6 anos · Condições associadas -atopia: asma, dermatite atópica e conjuntivite alérgica -polipose nasal -apnéia do sono · Fisiopatologia -Reação de hipersensibilidade do tipo 1 mediada por IgE e mastócito --> resposta imediata: Histamina (30min) Rinorréia Prurido Espirros -->resposta tardia: citocinas e leucotrienos (4-8h) – obstrução nasal · Clínica -Sintomas: ROPE, quantificar cada um com escala analógica -Características da ROPE: história ambiental, fatores precipitantes e sazonalidade. -Sintomas associados: hiposmia, tosse seca, astenia, epistaxe, polipose. · Exame físico -Crianças podem se tornar respiradora nasal (palato ogival) -Pele: costuma ter sinais de dermatite Saudação do alérgico – marca no dorso nasal -Rinoscopia anterior: cornetos pálidos e hipertróficos -Olho: sinal de conjuntivite alérgica Linhas de Dennie Morgan – duplas pregas na região inferior do olho · Diagnóstico -O diagnóstico clínico é suficiente -Fazer diagnóstico diferencial: rinites não alérgicas, obstruções físicas, fibrose cística... · Tratamento -Rinite não alérgica *evitar irritantes *irrigação salina *esteroide tópico – para pacientes refratários *adrenérgicos – orais (pseudoefedrina – absorção sistêmica) ou tópicos (neosoro- até 5 dias de uso) --> vasoconstrição pelos alfa receptores -Rinite alérgica -->Controle ambiental *evitar poeira *evitar mofo *evitar animais *evitar pólen --> Tratamento de primeira escolha: descongestionantes nasais e anti-histamínicos (difenidramina, loratadina e fexofenadina) -->Tratamento secundário: agonistas alfa1-adrenégicos (fenilefrina), corticosteroides,cromolina e antagonista dos receptores de leutrienos. -->Corticoide intranasal *são mais eficazes que anti-histamínicos e montelucaste juntos *uso contínuo é mais efetivo *gravidez: usar budesonida *efeitos adversos: epistaxe, perfuração septal e aumento de pressão intraocular -->Corticoide nasal *apresenta efeito satisfatório *uso: crises – 7 dias + anti-histamínico Polipose nasal *não devem ser usados de forma contínua devido seus efeitos adversos -->Anti-histaminico *oral X intranasal = mesmo efeito *é inferior ao CI sozinho *são melhores para RPE -->Descongestionante *são fármacos pertencentes à classe doas agonistas alfa1-adrenérgicos e corticoides *pseudoefedrina é mais eficaz que fenilnefrina *alivia a obstrução (pode acarretar em rinite medicamentosa) *descongestionantes nasais por via oral não produzem congestão rebote *efeitos adversos: insônia, palpitação, retenção urinária e irritabilidade. *Contraindicações: uso de IMAO, HAS não controlada e doença coronariana. -->Montelucaste *é inferior ao CI sozinho *Indicação: Rinossinusite crônica com polipose nasal Doença respiratória exacerbada por aspiração *ATENÇÃO: relatos de casos de suicídio relacionado ao seu uso -->Anti-colinérgicos *uso de ipratrópio na nebulização *eficaz na redução da rinorreia -->Lavagem nasal *Melhora os sintomas da ROP --> Imunoterapia *superior a terapia medicamentosa *paciente deve ter IgE específica positiva *tratamento de 3-5 anos · Tosse -A tosse é um reflexo natural de defesa importante -Finalidade: retirar da árvore traqueobrônquica partículas estranhas, facilitando sua eliminação junto com as secreções. -A tosse é produzida pelo reflexo da tosse, que está integrado ao centro da tosse na medula. -Receptores de estiramento localizados nos brônquios e traqueia monitoram o estado de broncoconstrição e enviam sinais vagais aferentes ao centro da tosse, que responde com o reflexo da tosse. -Trata-se de um sintoma inespecífico que pode ocorrer em diferentes processos patológicos ou pode ter origem farmacológica. -Classificação *Tempo Aguda: < 3 semanas Subaguda: 3 a 8 semanas Crônica: > 8 semanas *Secreção Seca ou não produtiva: tosse sem expectoração mucosa Produtiva: útil para remover muco e corpos estranhos --> não deve ser inibida -Tratamento *Antitussígenos – Fármacos que suprimem ou inibem a tosse, por deprimir o centro bulbar (reflexo da tosse) *Expectorantes – Fármacos que estimulam os mecanismos de eliminação de muco (movimento ciliar). São irritantes da mucosa (facilitam a expulsão da secreção) e aumentam a secreção de muco (para dar fluidez) *Mucolíticos – Fármacos que promovem a liquefação do muco (mais fluido) -Antitussígenos *O uso de antitussígenos se justifica quando a tosse não é produtiva ou perigosa *Mecanismo de Ação -Atuam perifericamente corrigindo a irritação da mucosa ou bloqueando os receptores -Atuam ao longo do arco reflexo bloqueando as sinapses dos neurônios sensitivos vagais ou do glossofaríngeo na medula. - Elevam o limiar do centro da tosse. -Atuam ao longo da via eferente bloqueando a ativação dos músculos respiratórios. -Codeína *Derivado da morfina: 3 metil-éter da morfina. *Diminui a sensibilidade do centro da tosse no SNC aos estímulos periféricos, diminui a secreção da mucosa e inibe a atividade ciliar, em doses não analgésicas. *Aumenta a viscosidade das secreções respiratórias – diminui secreção dos bronquíolos e inibe atividade ciliar *Contraindicado em pacientes com asma descontrolada, alterações respiratórias graves e obstrução intestinal. -Expectorantes e mucolíticos *A atuação farmacológica sobre o muco e quantidade produzida pode se tornar prejudicial à medida que impede a árvore brônquica de barrar substâncias nocivas inaladas *Promover o transporte de muco. *Induzir a secreção reflexa de muco. *Modificar as características físico-químicas das secreções. *Estimular a atividade secretora das glândulas mucosas. *Os expectorantes devem ser usados com cautela no início do tratamento em pacientes com asma e insuficiência respiratória. *Os pacientes que fazem uso destes medicamentos devem ingerir bastante líquidos para ajudar na liquefação do muco. *Monitorar e relatar sintomas adversos que durarem mais que uma semana. -N-acetilcisteína *Além de mucolítico, também é utilizado como agente antagonista na overdose de paracetamol. *Mecanismo de ação – Quebram as pontes dissulfetos das mucoproteínas, diminuindo a viscosidade. *Efeitos adversos – Queimação traqueal, náuseas, anorexia, tosse, broncoespasmo, broncorreia abundante. *Cautela: inibição de antibióticos (tetraciclina, ampicilina, eritromicina, anfotericina) -Cloridrato de ambroxol *Mecanismo de ação: age no epitélio respiratório, controlando a produção de secreções traqueobrônquicas e reduz a sua viscosidade, além de estimular a síntese e a liberação do surfactante pulmonar. *Interações medicamentosas – Se administradojuntamente com antibióticos (amoxicilina, cefuroxima, eritromicina e doxiciclina) aumenta a concentração destes no tecido pulmonar. *Efeitos adversos – Dor epigástrica, má digestão, náusea e vômito
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