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Fascite Plantar Nome: Maysa Darci Bicalho RA: 52304181 Fáscia Plantar ??? Fascite Plantar ??? Fasceíte Plantar ??? � A fáscia plantar é uma banda espessa de tecido fibroso que se estende desde o osso do calcanhar até aos dedos dos pés. Esta banda está recoberta de gordura para absorver choques e suporta a arcada plantar. � A fascite plantar ou fasceíte plantar é a inflamação da fáscia plantar, ou degeneração da fáscia plantar. Fisiopatologia � A fáscia é um tecido bem fibroso e pouco elástico. � Na fase de apoio da marcha, ao apoiar planta do pé, é gerada uma foça de tração na fáscia. Essa força é exercida repetidamente durante a caminhada e, dependendo da frequência e intensidade, pode provocar micro lesões e degeneração na origem da fáscia, junto ao calcanhar, desencadeando o processo inflamatório e gerando dor. � Em casos mais severos outras estruturas podem ser envolvidas, como o nervo medial do calcâneo e o nervo tibial posterior. Prevalência / Incidência � A fascite plantar é a causa mais frequente de dor no calcanhar, afetando entre 3,6 a 7,0% da população. O seu pico de incidência ocorre entre os 40 e os 60 anos de idade, afetando o sexo feminino (mulheres) e masculino (homens) de igual forma. � A fascite plantar é na maioria dos casos unilateral, afetando tanto o calcanhar esquerdo como o direito. A fascite plantar bilateral, ou seja, que afeta os dois pés em simultâneo é menos frequente, ocorrendo em cerca de um terço dos casos. Causas � Obesidade � Atividade desportiva em carga (correr, saltar, ballet e dançar), ou quando as pessoas permanecem por largos períodos de tempo de pé; � Idade; � Pé cavo/ pé plano/padrões anómalos de marcha; � Diminuição da dorsiflexão do tornozelo � Retração dos músculos gastrocnémio-solear e isquiotibiais; � Secundária a doenças inflamatórias sistémicas. (Ex: artrite reumatoide). Sintomas � Dor (muitas vezes descrito como "pontada"). � Queimação na Região do Calcanhar e Arco Plantar � Edema – presente ou não conforme Fase da Lesão � Sensibilidade à Palpação � Sensação de Rigidez � A dor tipicamente possui um início insidioso e sem irradiação, muitas vezes ao sair da cama de manhã e tende a aliviar após dar os primeiros passos. A dor tende a agravar ao subir escadas ou se o doente permanecer de pé durante algum tempo. � A dor tende a aliviar com a deambulação (andar, caminhar) e agrava com o repouso prolongado. Habitualmente, as dores agravam ao fim do dia com o ortostatismo prolongado Diagnóstico da fascite plantar � O diagnóstico de fascite plantar é feito pelo médico ortopedista com base na história clínica e recorrendo, em alguns casos, a alguns exames: � Radiografia (RX) do pé. � Ressonância magnética (RMN) � Cintigrafia óssea - É um exame que permite ajudar a quantificar a inflamação. Pode ser realizada para excluir outras patologias (ex. fratura de stress do calcâneo); � Estudo analítico - Embora não seja usado por rotina, pode ser útil para excluir outras patologias (artrite inflamatória, infeção, etc.). � Eletromiografia - A electromiografia pode se usada para excluir compressões nervosas. Tratamento Cirurgico � A cirurgia (ou operação) na fascite plantar deve ser apenas considerada em caso de falência do tratamento conservador, que ocorre em cerca de 5% dos doentes. � A cirurgia, designada por fasciotomia plantar, consiste na libertação de 30 a 50%das fibras da fáscia. A taxa de sucesso estimada situa-se entre 70 a 80%, sendo superior nas situações em que se associa libertação do gastrocnémio. � Esta técnica está indicada em situações de dor crónica (> 9 meses) refratária a tratamento conservador. Pode ser realizada cirurgia aberta (se síndrome do túnel társico associado) ou artroscópica com igual eficácia, permitindo esta última uma recuperação mais rápida. Tratamento Conservador � Em caso de obesidade o doente deve perder peso de modo a reduzir a pressão exercida sobre a articulação. � Se o doente praticar alguma atividade física deve ser efetuada restrição do exercício físico. Deve ser realizado repouso e limitação de atividade física de contacto com o solo. Caso não exista dor, pode retomar-se o retorno gradual à atividade física após 4 a 6 semanas de repouso. � Na fase aguda não deve forçar o caminhar. No entanto, após a fase aguda a caminhada é benéfica. � O uso de uma palmilha ortopédica (“calcanheira“ ou “almofada para o calcanhar” em silicone ou outro material) permite distribuir a carga durante a marcha e desta forma aliviar as queixas. Tratamento Conservador � A utilização de uma “bota walker” desenvolvida de forma a permitir uma melhor distribuição das cargas durante a marcha, pode ser uma boa opção a utilizar nas fases mais agudas, permitindo um alívio das queixas. � O uso de uma tala ou ortótese noturna contribui também para o alívio da dor. � A prescrição de medicamentos (ou remédio) anti-inflamatórios não esteróides (AINE’s), como por exemplo o ibuprofeno ou naproxeno, por norma em comprimidos ou pomada anti-inflamatória permitem aliviar a dor e reduzir a inflamação da fáscia plantar. � O doente deve tomar sempre esta medicação como indicado na prescrição médica. O tratamento medicamentoso pode também, nos casos mais graves, incluir a infiltração no pé de corticóides (dexametasona ou metilprednisolona ou beclometasona + lidocaína). Fisioterapia � Alongamento da fáscia plantar e do gastrocnémio e solear. � Nas situações de dor crónica no calcanhar (> 6 meses) refratária aos restantes métodos de tratamento conservador pode-se associar terapia por ondas de choque. � Na fase aguda, a aplicação de gelo (frio) duas a três vezes por dia diretamente no calcanhar durante 5 a 10 minutos ajuda também a aliviar as queixas. � Já na fase cronica aplicar calor (água quente, por exemplo) que ajuda no relaxamento dos músculos e da fáscia. Fisioterapia
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