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Gestão democrática

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UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO
CAMPUS GARANHUNS
LICENCIATURA EM HISTÓRIA
CLÉZIO DE ALMEIDA
DAMIÃO GOMES DA SILVA
GISELY MARIA DE OLIVEIRA
JOANA BÁRBARA DA SILVA
MATEUS DE SOUSA CADÉ
SIDNEY ALVES
GESTÃO EDUCACIONAL PARTICIPATIVA E INTEGRADORA X GESTÃO DEMOCRÁTICA: COMO SE COMPLETAM EM PROL DA EDUCAÇÃO E COMO SE DIVERGEM
GARANHUNS
2021
 CLÉZIO DE ALMEIDA
DAMIÃO GOMES DA SILVA
GISELY MARIA DE OLIVEIRA
JOANA BÁRBARA DA SILVA
MATEUS DE SOUSA CADÉ
SIDNEY ALVES
GESTÃO EDUCACIONAL PARTICIPATIVA E INTEGRADORA X GESTÃO DEMOCRÁTICA: COMO SE COMPLETAM EM PROL DA EDUCAÇÃO E COMO SE DIVERGEM
Trabalho apresentado à disciplina de gestão educacional, como requisito parcial para avaliação e atribuição de nota. 
Professor: Dr. Marcelo Teixeira
GARNAHUNS
2021
RESUMO
A construção desse trabalho está centrada na análise das contribuições e divergências de uma gestão Participativa e integradora com uma gestão democrática em função da educação. Buscamos compreender quais são as funções, obstáculos e possibilidades de cada uma delas para proporcionar um ensino de qualidade. Para isso, nos baseamos em autores que destacam a importância do estudo de caso realizado no lócus ao qual se destina esse trabalho, compreendendo as dimensões que serão trabalhadas dentro do ambiente de ensino, com gestão, funcionários e alunos e fora desse com toda a comunidade. Pois, além da importância de uma gestão eficiente para liderar o grupo escolar e desenvolver dentro dessa um sistema eficaz que vise um espaço propicio para a aprendizagem, é necessário que a comunidade principalmente a família do aluno possa participar na tomada de decisões e colaborar com o plano de ensino que será utilizado durante todo o ano letivo. Essa aproximação também permite conhecer o meio social no qual o estudante está inserido para que abordagens específicas sejam desenvolvidas. Na verdade, a relação entre comunidade está além disso e permiti-la é uma iniciativa para uma educação de qualidade em que todos possam participar e juntos desenvolver estratégias que tem como objetivo a aprendizagem e qualidade de vida do aluno.
Palavras chaves: Educação, ensino democrático, comunidade, gestão. 
INTRODUÇÃO 
A gestão educacional é regulamentada por uma legislação que se aplica a instituições públicas ou privadas do ensino básico e superior, dividida em três sistemas: federal, estadual e municipal que estabelecem as normas e objetivos para cada setor. Apoiada nos fundamentos da gestão educacional, a gestão escolar equivale a maneira de se administrar uma instituição de ensino, as metodologias que serão utilizadas para que a mesma obtenha bons resultados em todos seus aspectos. Existem características que compõe o perfil de um bom gestor que são indispensáveis nesse processo, como em uma empresa é importante ter uma formação para assumir essa reponsabilidade, saber trabalhar em equipe e está preparado para imprevistos que possam surgir ao longo de seu percurso. 
O projeto político pedagógico engloba esse planejamento que deve ser criado e executado pela escola, seria o primeiro passo para traçar esse percurso, estabelecer metas e definir estratégias que contornem a situação caso surja algum problema. Além de ser seguido pelos membros que compõe a instituição, os pais dos alunos também tem esse papel, que na verdade deve ser incentivado pela escola ao incluí-los na elaboração deste. A lei de diretrizes e bases da educação nacional (LDB) criada em 1996 estabelece os princípios que devem ser incorporados para uma educação de qualidade, direito de todos e promovida e incentivada com a colaboração da comunidade. Nesse contexto, é pautada a gestão democrática que defende a participação da família na elaboração do ppp e na tomada de decisões da escola. Para Mesquita (s.d)
A expressão “gestão democrática” ressalta a importância da participação popular no tocante às decisões relacionadas ao funcionamento da instituição escolar. Logo, vemos que nesse tipo de gestão a administração não fica restrita nas mãos de uma única pessoa, o gestor, mas submete-se o poder em todas as suas dimensões a uma descentralização, ou seja, a uma partilha na qual todos os interessados no processo educativo (professores, alunos, funcionários da escola, pais e toda a comunidade) poderão contribuir no processo de ensino aprendizagem.
Uma gestão democrática, participativa e integradora contribuirá para a formação de sujeitos que possam se inserir na sociedade de forma positiva e colaborativa, a presença da comunidade nas decisões da escola quebra a visão retrógrada ainda existente em muitas gestões educacionais de que o diretor compõe todo o poder de tomar as decisões que serão executadas. Em contrapartida, muitos ainda veem um problema nessa participação externa dentro do ambiente educacional que influenciará na tomada de decisões, estabelecendo limites nas estratégias já formuladas, causando conflitos. Diante disso, iremos abordar os pontos positivos dessa condição de ensino democrático e quais seus impactos no planejamento para o ano letivo e propostas que podem ser implementadas, visando essa relação externa, novas abordagens de ensino e principalmente a aprendizagem do estudante. 
ESTADO DA ARTE
GESTÃO EDUCACIONAL SOB UMA OTICA DEMOCRATICA OU PARTICIPATIVA {SUGESTÃO DE TÍTULO}
	A atual conjuntura educacional necessita de novas abordagens e direcionamentos, que busquem efetivar uma construção do conhecimento mais dinâmica e conectada com as mudanças sociais. A gestão tem papel primordial nesse processo, pois se configura como coordenação para se estruturar os objetivos aos quais almejam a instituição e a comunidade, e nesse aspecto podemos discutir sobre duas metodologias, a democrática e a participativa, singulares na administração escolar. 
	Quando ponderamos o projeto de efetivar uma gestão que visa a atuação democrática, a qual trabalha a ideia de envolver todos os personagens que corroboram o sistema escolar, para desenvolver juntos por meio de decisões colaborativas e votações os rumos aos quais a escola deve percorrer, devemos ter em mente o quão complexo pode ser esse modelo, pois o caminho do planejamento até a efetivação do ensino pode passar por longos empasses de opiniões divergentes. 
	Mediante isso podemos analisar em paralelo a gestão participativa e integradora, semelhante a anterior mas que difere em certos aspectos, o primeiro e mais visível é que todos devem e tem direito a participar da elaboração do planejamento escolar, esclarecendo seus pontos de vista e trazendo opiniões e novas abordagens como no ideal anterior, no entanto o fator decisivo e final cabe a gestão em quanto representante, assim esse modelo objetiva abranger a demanda social e integralizar partes da comunidade escolar que muitas vezes se encontram distantes, como os pais, mas sempre tendo o poder moderador no final, que o torna menos democrático.
	A gestão coletiva tem suas vantagens, por abrir espaços e possibilidades de firmar caminhos mais coerentes em virtude de uma educação democrática e socializadora, ainda assim, não devemos deixar de lado a paciência e a perseverança, diante do convívio e trabalho em grupo, já que cada um tem uma experiência metodológica própria e vai querer aplicar sua percepção da educação, como aponta Rita Machado em Planejamento Participativo: Ferramenta Integradora da Escola,
O planejamento coletivo exige paciência, reflexão constante e, principalmente disposição para estar sempre (re)construindo, ou seja, pensando, avaliando e tomando novas decisões e caminhos para poder dar direção. Todo esse trabalho de construção não acontece por acaso e nem de forma tranqüila dentro da escola, já que os envolvidos são pessoas e estas pensam e agem de maneiras diferente umas das outras. (Machado, Rita. 2009, p26)
	A participação é algo que sempre deve estar em discursão nas reuniões pedagógicas e no Projeto Político Pedagógico (PPP), porque apenas dessa maneira se consegue solidificar reais mudançaspor meio de novas abordagens, construindo com o entendimento dos estudantes, com a consciência dos pais e as metodologias do corpo docente. Pauleany Simões de Morais afirma que “A participação é um processo de conquista (sócio-histórico cultural) e de tomada de consciência (autopromoção) do seu papel como agente transformador da sociedade.” (MORAIS, Pauleany. 2011, p9) Assim a gestão pode trabalhar a conscientização e transformação da comunidade escolar, como aborda mais a frente Morais,
As concepções sobre a participação apresentam um ponto em consonância: a necessidade do envolvimento de diversos setores da sociedade em questões que dizem respeito ao coletivo, procurando refutar idéias e atitudes que possam deixar os indivíduos alheios aos processos de produção de sua existência, o que representa a conscientização do seu poder de transformação. (MORAIS, Pauleany. 2011, p9)
ESTUDO DE CASO
O estudo de caso se dará a vista de um programa da TV cultura cujo o nome é: De olho na educação. O presente programa tenta despertar aos telespectadores informações necessárias para compreender e analisar meios alternativos da situação educacional do país. O episódio selecionado aborda sobre a gestão participativa, e colocando pontos positivos e negativos desse método. A convidada deste episódio é a dirigente regional de ensino, Débora Gonzalez. 
No início da entrevista a Débora é questionada sobre os prós e contras dessa gestão participativa, ela discorre que os prós é a própria legislação brasileira, LDB, plano nacional da educação que dá oportunidade para tal método, porém a execução desse projeto é a dificuldade, pois é necessária uma mobilização da comunidade, claro também é necessária uma equipe gestora que saiba fazer uma união com todo a comunidade que a escola tem referência. 
Criando esses conselhos escolares onde a comunidade tem espaço e acesso as informações e possam opinar sobre posicionamentos educacionais e estruturais da escola. O conselho participativo envolve toda a gestão, junto com as famílias, professores e funcionários e definem o melhor projeto educativo, e assim aproximando as famílias ao espaço de aprender com o intuito de transformar as relações dentro e fora da sala de aula. 
Ao decorrer do programa, aborda um exemplo de como funciona esse método da gestão participativa dentro de uma escola que atende do 6° ao 9° do fundamental. O destaque desse método é o espaço aberto para diálogos e decisões, entre gestão e o conselho que é formado por pais voluntários, e de pais com os alunos. O diretor, Ângelo, foi entrevistado e abordou a grande diferença e crescimento entre os alunos após a implantação desse novo sistema na escola, principalmente cuidando mais do patrimônio escolar, mais respeito entre as pessoas, e até foi criado uma horta pelos pais voluntários, para os alunos cuidarem. 
E por fim, uma mãe voluntária, Fabiana, fala das adversidades problemática que se encontra normalmente em outras escolas, mas que apesar de alguns anos eles não estavam mais enfrentando na escola, como: bullying, pichação, estragar armários. Ela mostra que a iniciativa tem que partir de cada um e não esperar ações externas para intervir no meio escolar. E questões sentimentais é levado a uma importância significativa, Fabiana falou que, "quando a gente ama, a gente cuida" e assim os pais podem demonstrar valores para os filhos estando presente na escola e eles compreenderem que a escola é lugar de cuidar e preservar.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
MESQUITA, Alex. Gestão democrática: integração escolar e comunidade. Uol. Disponível em: https://monografias.brasilescola.uol.com.br/educacao/gestao-democratica integracao-escola-comunidade.htm. Acesso em 25 de julho de 2021. 
MACHADO, Rita. Planejamento Participativo: Ferramenta Integradora da Escola. Monografia de Pós-Graduação, UFSM, RS, 2009.
MORAIS, Pauleany. PARTICIPAÇÃO COMO FORMA DE AMPLIAÇÃO DOS ESPAÇOS DEMOCRÁTICOS: CONCEPÇÕES E PERSPECTIVAS PARA GESTÃO DA ESCOLA. Simpósio, Artigo, UFRN, 2011.

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