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011 - Módulo Direito - Gestão de departamentos jurídicos

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Estrutura dos departamentos jurídicos e dos escritórios de advocacia
CONHECIMENTO A RESPEITO RELATIVO A ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO DOS DEPARTAMENTOS JURÍDICOS E DOS ESCRITÓRIOS DE ADVOCACIA
AUTOR(A): PROF. ALINE CORDEIRO DOS SANTOS TORRES
O mundo moderno, em especial, no que tange ao mercado, se revela extremante competitivo, complexo e mutável. Neste sentido, as organizações empresariais, para que se mantenham e desenvolvam as suas atividades devem estar atentas às modificações operacionais, às tendências mercadológicas, às inovações tecnológicas e sobretudo a sua adaptação ao futuro.
Para tanto, estas organizações empresariais devem pautar o desempenho e desenvolvimento de suas atividades em bases sólidas implementando estratégias criativas para a sua manutenção dentro de um mercado altamente desafiador.
Dessa maneira, importante refletir acerca de uma gestão empresarial, com o estabelecimento de estratégias que possibilitem às organizações a antecipação do futuro e a construção de oportunidades futuras para a consolidação de sua empresa.
Sob o aspecto organizacional, a estratégia constitui a soma de planos e ações ajustadas que objetivam a garantia de vantagens competitivas e contínuas responsáveis por criar estímulo interno a sua estrutura social, bem como ao desenvolvimento e diferenciações de seus produtos e/ou serviços, conquistando a fração do mercado que lhe convém.
Dentro deste contexto, MATIAS-PEREIRA 1 explica que o planejamento é a busca por antecipar o futuro e o planejamento estratégico é o processo adequado para mobilizar as pessoas, as empresas e os governos para construir e definir claramente o futuro a que espiram.
O planejamento estratégico tem sua origem diante da competitividade instigada pelo processo de globalização e do capitalismo acirrado que abalou não somente as empresas, mas também os governos.
Assim, as providências, as decisões não podem ser ocasionadas e impulsionadas pelo improviso, ou por necessidades pontuais, mas ao invés disso, elas devem determinar rumos sustentáveis, a médio e a longo prazo, a fim de atender às necessidades organizacionais, buscando caminhos racionais para a solução de problemas.
Logo, a estratégia organizacional, pode ser compreendida como o meio pelo qual a empresa compatibiliza recursos e as capacidades internas no intuito de atingir segmentos de mercados determinados e a criação de serviços e/ou produtos para seus clientes.
Neste sentido, importante observar que muitos departamentos jurídicos e escritórios de advocacia renomados não atingiram tal condição apenas por conta de sua expertise ou de sua qualidade técnico- jurídica, mas também por conta da qualidade dos serviços não jurídicos por eles desenvolvidos, além da forma estratégica como se organizaram para a realização de suas atividades.
Por esta razão, diante do modelo empresarial vigente, os departamentos jurídicos não podem mais ser apenas compreendidos como um simples centro de custo, mas sim como setor de gestão estratégica, que servirá de alicerce para as demais áreas da empresa, já que atua de modo a reduzir o risco do passivo empresarial, atuando, portanto, de modo indireto no ganho e no lucro líquido da atividade da empresa.
Além disso, há de se destacar que o trabalho desenvolvido pelo departamento jurídico não se restringe apenas a mera atuação judicial, mas também a atuação preventiva que visa minimizar os riscos de eventuais processos judiciais no qual a empresa possa figurar como parte.
Por consequência, o departamento jurídico enquanto setor estratégico, deve conhecer os objetivos da organização, estabelecendo padronização de serviços, atuando como interface entre os demais setores da empresa, reconhecendo a capacidade de cada um de seus integrantes, a fim de transformar informações em dados gerenciais de modo a possibilitar que a empresa solucione problemas.
Ou seja, o departamento jurídico deverá estar atrelado às estratégias da organização, para que o conhecimento que detém trabalhe em prol dos demais setores da empresa servindo de base para uma atuação criativa e propulsora de novas oportunidades de negócios à empresa.
Deste modo, quando se pensa na estrutura de um departamento jurídico, deve-se levar em consideração este novo modelo empresarial, e incialmente em termos de hierarquia da organização, vinculá-lo à presidência ou ao setor executivo principal, já que em regra atuam nas áreas contenciosas, contratuais, administrativas, tributárias, entre outras, além de exercerem atuação preventiva, elaborando relatórios gerenciais, de modo a assessorar a empresa no que toca a tomada de decisões.
A estrutura e a proporção de um departamento jurídico podem variar de acordo com o tamanho e porte da empresa. Assim, em geral, pode-se dizer que os departamentos jurídicos são compostos por um Diretor Jurídico, um Gerente Jurídico, Coordenadores jurídicos (de acordo com as áreas de atuação que a empresa defina ou tenha necessidade ? Civil, Trabalhista, Administrativo, Tributário, entre outras), empregados administrativos (secretárias, assistentes administrativos, técnicos administrativos, técnicos jurídicos, preposto profissional), estagiários de Direito (quanto bastem às necessidades da empresa).
Importante, destacar que a empresa poderá se valer tanto de um departamento jurídico interno, a teor da estrutura acima relatada, quanto de um departamento jurídico externo, cuja estrutura poderá ser mais restrita, já que grande parte do trabalho operacional a ser desenvolvido será feito por uma equipe de advogados (escritório de advocacia) contratados pela empresa.
Nos casos do estabelecimento de um departamento jurídico externo, em regra, costuma-se se manter uma estrutura semelhante a do departamento internalizado, contudo, com menos indivíduos à disposição da empresa.
Importante ressaltar que a decisão de terceirizar serviços jurídicos ou estabelecer um departamento jurídico interno demanda uma análise pormenorizada em relação aos riscos que tal decisão poderá implementar à empresa, já que por consequência haverá vantagens e desvantagens a serem consideradas.
Fora do âmbito corporativo, ou seja, fora do ambiente da empresa, relevante destacar a existência e a estrutura dos escritórios de advocacia, que também dependem de um planejamento estratégico para que possa tratar adequadamente este negócio.
Sim, negócio!!! Os advogados precisam vislumbrar seu escritório como uma empresa!
Portanto, ter estratégia significa ter visão de futuro e consequentemente rascunhar os necessários para que os resultados possam efetivamente surgir. Sobre este aspecto, muito oportuno o entendimento de Luis Fernando Rabelo Chacon 2 a respeito de uma boa gestão de escritório:
o resultado positivo não está na qualidade técnico-jurídica do advogado, na qualidade da sua petição, no teor de sua tese, mas sim, na forma como ele organiza e planeja seu
escritório, estrategicamente focado no sucesso (...)
CHACON, LUIS FERNANDO RABELO. GESTãO PARA ADVOGADOS: GESTãO + GESTãO DE ESCRITóRIOS ? MéTODOS SIMPLES PARA ALCANçAR SUCESSO PROFISSIONAL. SãO
PAULO: SARAIVA, 2014. P. 58 E 59.
Dessa maneira, para que o escritório consiga de fato se organizar estrategicamente é necessário que seja dividido em quatro eixos distintos, conforme estabelece o autor supramencionado, quais sejam: pessoas, clientes, serviços e finanças.
Esta divisão permite vislumbrar a estrutura do escritório de advocacia, bem como sua organização, já que é possível a percepção de tudo o que está de forma interna ou externa atrelada a sua composição.
Em regra, basicamente, a estrutura do escritório de advocacia compreende: os advogados (que poderão ser sócios ou associados), secretárias, assistentes administrativos, estagiários. Logicamente, deve-se observar que este contingente de pessoas será determinado de acordo com a estrutura e porte do negócio. Estas figuras dão a dimensão interna da organização do escritório de advocacia.
Ainda em relação a dimensão interna, há de se considerar também, as questões atreladas a própria estrutura físicado escritório, bem como tecnologia, investimento, lucro e custos, já que constituem elementos significativos no momento de atender o cliente, de instalar seu quadro de pessoas, e de colocar à disposição do negócio ferramentas tecnológicas à disposição do trabalho técnico e operacional.
Quanto a dimensão externa, há de se destacar a relação que o escritório estabelecerá em relação aos seus fornecedores, fóruns, órgãos públicos, clientes em potencial (público alvo a ser atingido), parceiros e concorrência.
Não existe um formato adequado ou mais eficaz para se estabelecer um departamento jurídico ou mesmo um escritório de advocacia. De fato, nas duas situações a criação destes modelos deverá estar de acordo com as necessidades, seja da organização corporativa, seja do próprio escritório, que também não deixa de ser um negócio.
Além disso, a presença de um planejamento estratégico é essencial ao desenvolvimento da estrutura, organização e consequentemente da prestação de serviços a ser realizada.
Rotinas jurídicas
COMPREENSÃO SOBRE AS ROTINAS JURÍDICAS REALIZADAS TANTO NOS ESCRITÓRIOS DE ADVOCACIA QUANTO NOS DEPARTAMENTOS JURÍDICOS DE EMPRESAS
AUTOR(A): PROF. ALINE CORDEIRO DOS SANTOS TORRES
Para a compreensão das rotinas jurídicas, inicialmente se torna relevante conhecer o ambiente no qual estas rotinas são desenvolvidas.
Este ambiente, em linhas gerais, se apresenta de forma semelhante quando se pensa em uma empresa ou em um escritório de advocacia. Relevante ponderar que este ambiente é rico em diversidade, uma vez que, nele se encontram reunidas várias pessoas, cada qual com sua individualidade e consequentemente com valores e cultura. Um espaço, portanto, que deve estar aberto e propício à discussão ampliada das questões que lhes são encaminhadas, visto que, desempenham atividades relativas a prestação jurisdicional.
Além de ser um ambiente de trabalho propriamente dito, no qual advogados, redigem petições, desenvolvem pareceres, prestam serviços consultivos e contenciosos, este ambiente deve ser versátil, estando apto a receber clientes, auxiliares da justiça, representantes da parte adversa envolvida em processos judiciais, estabelecendo e desenvolvendo também com qualidade serviços não jurídicos, afim de atingirem os resultados almejados alinhados a estratégia da organização ou do próprio escritório de advocacia.
Diante deste contexto, imprescindível se torna a organização do trabalho a ser desenvolvido dentro deste ambiente. Logicamente, não existe uma fórmula mágica para a divisão de trabalho a ser realizado neste ambiente que sirva para todos os escritórios de advocacia e departamentos jurídicos.
A divisão do trabalho deverá levar em consideração a estrutura e o porte dos ambientes corporativos e dos escritórios de advocacia. Se não bastasse isso, há de se considerar também a especialização do trabalho desenvolvido.
Geralmente, os grandes escritórios de advocacia e os departamentos jurídicos das empresas conseguem distribuir seus profissionais de acordo com seus respectivos perfis, os colocando em posições estratégicas nas quais seu trabalho e qualidade poderão ser melhor utilizadas.
Deste modo, alguns advogados podem atuar de forma mais direta na realização de audiências, enquanto outros podem atuar no atendimento de clientes, por exemplo. Da mesma forma, o gerenciamento de processos judiciais pode ser dividido de forma a aprimorar os resultados, sendo a divisão do trabalho feita em relação aos advogados que conduzirão o processo da contestação até a sentença, por exemplo, e outros que ficarão responsáveis pela fase recursal.
Como dito a pouco, o atendimento não jurídico também constitui parte essencial ao desempenho dos resultados almejados. Assim, a educação, o respeito, a cordialidade e outros pequenos detalhes farão grande diferença na prestação dos serviços.
Portanto, o atendimento ao público (seja ela interno - colegas de trabalho, demais empregados da empresa alocados em setores diversos) ou externo (cliente, fornecedores, auxiliares da justiça), e o feedback, constituem regra de ouro para o desempenho das atividades.
Superada esta contextualização quanto ao ambiente de trabalho, relevante falar especificamente das rotinas jurídicas. Contudo, antes de iniciar as considerações, oportuno se falar das atribuições relativas aos departamentos jurídicos e aos escritórios de advocacia para que a rotina jurídica possa ser melhor compreendida.
Assim sendo, relevante destacar as principais atribuições dos departamentos jurídicos e dos escritórios de advocacia:
· Defesa dos interesses e direitos de seus clientes, seja por meio do ajuizamento de ações ou estabelecimento de meios alternativos de solução de conflitos que propiciem a pacificação de eventuais conflitos;
· Acompanhamento e gerenciamento dos processos judiciais e/ou administrativos que sejam do interesse da empresa ou de seu cliente;
· Elaboração, análise e gestão de contratos em áreas específicas do Direito (Cível, Trabalhista, Administrativa, entre outras);
· Elaboração e emissão de pareceres jurídicos;
· Atendimento ao cliente (seja ele interno ou externo);
· Fiscalização de escritórios externos relativos aos andamentos de processos judiciais ou administrativos, bem como estabelecer alinhamento de comunicação e padronização de serviços no caso de departamentos jurídicos terceirizados ou de parceiros em escritórios de advocacia;
· Esclarecer a respeito dos riscos processuais e possibilidades de contingenciamentos;
· Desenvolvimento de ferramentas capazes de otimizar e padronizar a rotina das atividades jurídicas integrando inclusive parceiros e escritórios terceirizados;
· Elaboração de relatórios estatísticos acerca do desempenho do trabalho realizado pela equipe do escritório ou departamento jurídico.
Note que este rol, se refere as principais atribuições desenvolvidas pelos departamentos jurídicos e/ou escritórios de advocacia, portanto, não se trata de um rol taxativo, sendo assim, exemplificativo, posto que, tais atribuições dependerão da estratégia e do planejamento desenvolvido por ambos em relação a atividade empresarial desenvolvida.
A par das atribuições, necessário se faz o estabelecimento de rotinas, justamente para que as atividades possam ser realizadas de forma efetiva e sem prejuízo a quaisquer das partes envolvidas.
Por isso, a definição de fluxos de trabalho, alinhamento de equipes de trabalho, padronização de processos de trabalho, estabelecimento de estratégias para o atendimento ao cliente, constituem afazeres que integram o controle de rotinas, seja nos departamentos jurídicos ou em escritórios de advocacia.
Sendo assim, o gestor deve se atentar aos prazos processuais, aos andamentos do processo, para que não incorra em erros primários, que poderão gerar consequências desastrosas para a realização do trabalho desejado e a obtenção dos resultados a serem alcançados.
Então, entre as principais rotinas jurídicas destacam-se:
· Cadastros de processos: A cada nova ação recebida no escritório ou no departamento jurídico há a necessidade de um controle relativo ao início de cada processo. Atualmente é muito comum a utilização de softwares jurídicos que possibilitem ao advogado ou ao empregado administrativo a inserção dos processos em ambiente virtual próprio, facilitando o controle das ações e consequentemente o acesso às informações, pois muitos deles ou quase todos podem ser acessados remotamente, não apenas no âmbito laboral. O controle e a inserção destes processos auxilia a gestão de processos e evitam a ocorrência de erros que poderiam gerar prejuízos tanto às partes envolvidas quanto ao próprio escritório ou departamento jurídico.
· Controle dos prazos processuais e andamento processual: dentro da área jurídica gerir prazos e processos é de extrema importância, pois não basta apenas a realização de serviços jurídicos, como, por exemplo, redação de petições, realização de audiências, entre outros, é necessário saber exatamente o status do processo e acompanhar cada etapa de seu desenvolvimento. Assim,a importância também dos controles de prazos, posto que como se diz no mundo jurídico ? ?o Direito não socorre a quem dorme?- logo, a perda de prazo é algo imperdoável, sendo necessário um controle muito eficiente. Estes controles podem ser feitos por meio de planilhas específicas atribuindo a respectiva divisão de tarefas aos integrantes da equipe de trabalho, disponibilizadas por meio dos recursos tecnológicos existentes ou mantidos em arquivos de computador compartilhados entre a equipe. Há inclusive, a possibilidade de se adquirir softwares ou sistemas de gestão jurídica para um controle mais rígido, capaz de oferecer indicadores de performance, relatórios estatísticos, agenda, integração com sites dos Tribunais e gerenciador eletrônico de documentos, ou que venha a somar com aquele já feito dentro do departamento jurídico ou do escritório de advocacia.
· Controle das publicações em nome dos advogados ou da empresa: várias são as possibilidades de se obter informações quanto a realização do trabalho dos advogados. No tocante ao andamento e acompanhamento processual, é necessário que se consulte de modo atencioso e eficiente os sites de diversos tribunais, tais como, Tribunal de Justiça do Estado, Tribunal Regional Federal ou Tribunal Regional do Trabalho, além é claro dos Tribunais Superiores. Muitos departamentos jurídicos e escritórios de advocacia contam com empresas contratadas, que são responsáveis por fazer estas buscas de forma automática em todos os sites mencionados, encaminhando diariamente boletins contendo publicações em nome da empresa (e neste caso dos advogados que nela trabalhem) ou dos advogados do escritório, ou noticiando a inocorrência de publicações em determinado dia. Existe também a possibilidade de serem adquiridos sistemas ou softwares jurídicos que automaticamente fazem esta busca de informações e imediatamente alimentam o sistema com o registro das informações e atividades a serem realizadas. Este trabalho simplifica e otimiza em muito o trabalho de controle destas informações. Após a busca destas informações, em geral, o trabalho será distribuído entre os integrantes da equipe.
· Arquivo físico e digital: tanto os escritórios quanto os departamentos jurídicos, contam com o
armazenamento de informações, seja em arquivos físicos ou digitais. Certo é que, antes mesmo da informatização dos processos judiciais, o ambiente jurídico das empresas e escritórios de advocacia
contavam com arquivos físicos nos quais guardavam cópias dos processos, cópias de petições e todo e qualquer material em forma documento físico em pastas identificadas por números de processos ou mesmo nome das partes. Este arquivo ainda é mantido por muitos ambientes jurídicos, nos quais diariamente de acordo com o cumprimento dos prazos processuais, das citações e intimações, são alimentados mediante as providências tomadas pelos advogados no andamento do processo. Paralelamente a este arquivo físico, existe agora a possibilidade do arquivo digital, advindo com o avanço tecnológico e o implemento de softwares que permitem o armazenamento de informações no próprio ambiente destes programas informatizados vendidos para escritórios e/ou departamentos jurídicos. Importante pontuar que tanto o arquivo físico quanto o digital, demandam acompanhamento diário realizado pelos próprios operadores do direito quanto pelos colaboradores que prestam suporte administrativo dentro do ambiente laboral. A manutenção destes arquivos é de extrema importância, pois permite um controle mais eficaz a respeito dos atos jurídicos praticados responsáveis por impulsionar o desdobramento do andamento processual.
· Controle de tarefas/elaboração de documentos: há a necessidade de se controlar as atividades que são realizadas individualmente por cada integrante da equipe (redação de petições, manifestações, recursos a fim de que o fluxo de trabalho possa ter fluidez. Este controle permite ainda, a distribuição, a avaliação das atividades desenvolvidas, bem como a limitação de acesso a determinadas informações e a mensuração do tempo gasto em cada etapa da realização das atividades.
· Controle de agenda de audiências: este controle é de suma importância tanto para o departamento jurídico quanto para o escritório de advocacia, pois o cumprimento do dever legal se faz necessário, na medida que, constitui complemento às atividades já realizadas pelos advogados. Tal controle deve ser minucioso e pode ser feito em conjunto ao controle dos andamentos processuais e das publicações em nome dos advogados ou da empresa. Em geral, nos ambientes jurídicos, a agenda de audiências, inclusive indica o advogado que as realizará.
· Digitalização de documentos: diante da implementação tecnológica e a informatização dos processos que se tornaram atualmente digitais, há a necessidade de se digitalizar documentos pertinentes as peças processuais produzidas no ambiente laboral. Em regra, este serviço é realizado pelo pessoal que compõe o quadro administrativo do escritório ou do departamento jurídico, constituindo uma das facetas dos serviços não jurídicos ou de apoio, que assessoram o corpo de advogados na realização de seus prazos e demandas judiciais.
· Pesquisa de jurisprudência: no exercício diário das atribuições e atividades destinadas ao cumprimento dos prazos e atos processuais, necessário se faz o suporte dado aos operadores de direito quanto aos posicionamentos judiciais que envolvam questões jurídicas relacionadas as peças processuais desenvolvidas. Assim, o monitoramento e acompanhamento da legislação, bem como a busca por posicionamentos unificados dos tribunais superiores são de extrema relevância a fim de otimizar o trabalho realizado pelos profissionais do direito, o que contribui para o êxito dos processos, das teses desenvolvidas, bem como minimiza eventuais riscos ao processo, já que de posse de tais posicionamentos a condução do processo e as decisões quanto se prosseguimento se tornam mais efetivas e eficazes. Oportuno considerar que esta, dentro das rotinas jurídicas, constitui uma faceta da qualidade do serviço não jurídico que também poderá ser desenvolvido pela equipe administrativa de apoio.
· Atendimento ao cliente (interno ou externo) ? esta constitui uma atividade bastante delicada e relevante, já que o cliente é peça essencial à realização da prestação de serviços. Logo tal atendimento deve ser realizado da melhor maneira possível, pautado pela qualidade técnica, com coerência e devido respeito à ética. Em linhas gerais, no exercício da advocacia o atendimento ao cliente constitui em lhe dar consultoria, em lhe assessorar na realização de determinados atos, ou representa-lo de forma contenciosa, administrativa ou judicial.
O implemento das rotinas jurídicas no ambiente jurídico-laboral, propiciam inúmeros benefícios, sendo que dentre os principias é possível destacar:
· Estruturação e melhor controle da gestão e do planejamento estratégico desenvolvido para o cumprimento das atividades e o alcance dos resultados almejados;
· Aumento da produtividade da equipe envolvida no cumprimento da prestação de serviços, bem como a melhoria do custo-benefício envolvido na execução das atividades do escritório de advocacia ou do departamento jurídico;
· Uniformização de informações e padronização de processos de trabalho, que permitem a otimização do trabalho realizado e a tomada de decisão por parte dos gestores, o que é primordial para o planejamento estratégico da organização ou do escritório de advocacia.
· Possibilidade de mensuração de quantidade de trabalho, desempenho da equipe e realização de relatórios estatísticos que apontem os pontos positivos e negativos de todo o processo de planejamento estratégico, possibilitando um aperfeiçoamento da gestão dos negócios.
· Otimização de tempo, gerenciamento de comunicação efetiva e qualidade na execução da prestação de serviços.
O estabelecimento de rotinas jurídicas demonstra o quanto a gestão jurídica pode ser mais profissional e eficiente, e quanto os serviços podemser otimizados garantindo a satisfação de seu cliente.
Análise e elaboração de documentos
COMPREENSÃO ACERCA DA IMPORTÂNCIA DA ANÁLISE E ELABORAÇÃO DE DOCUMENTOS NO CONTEXTO DAS ATIVIDADES DIÁRIAS DO ADVOGADO.
AUTOR(A): PROF. ALINE CORDEIRO DOS SANTOS TORRES
No exercício de suas atribuições o advogado não fica restrito apenas a postulação de ações perante o Poder Judiciário, a prestação de consultoria, assessoria e direção jurídica.
Ele desenvolve uma série de outras atividades que se integram as suas atribuições principais. Desta forma, a análise e a elaboração de documentos constituem uma importante função realizada pelo advogado.
A relevância da análise de documentos se fortalece cada vez mais frente a sociedade da informação, pois o avanço tecnológico, aliado ao desenvolvimento das tecnologias da informação e comunicação fomentam e facilitam a análise, o manuseio e consequentemente a elaboração de documentos tanto jurídicos quanto administrativos.
No ambiente jurídico, a análise de documentos, possibilita ao operador do direito delimitar os pontos divergentes e convergentes dos conflitos que lhes trazidos para resolução, bem como ajudam a mensurar as probabilidades de êxito ou não diante da propositura de uma ação judicial perante o Poder Judiciário.
A análise de documentos norteia, inclusive, a estratégia a ser utilizada e a adoção de teses a serem defendidas e desenvolvidas pelo advogado quanto a elaboração de uma petição, de um parecer jurídico, ou mesmo de um relatório estatístico, por exemplo.
A partir da análise documental, o advogado pode iniciar a elaboração de documentos pertinentes a sua rotina jurídica diária. Quanto a elaboração dos documentos, relevante ponderar que a redação das informações deve ser bastante clara, concisa, específica e objetiva, pois desta maneira, se prestarão de forma mais ágil ao propósito que objetivam.
Assim, se o advogado elabora uma petição, um requerimento perante a autoridade judiciária, esta deve ser suficientemente clara e objetiva para que o juiz possa entender precisamente o requerimento. Por outro lado, se o advogado elabora um parecer jurídico, a resposta a consulta que lhe foi feita deve ser específica, clara e sintética, a fim de dar ao cliente o entendimento relativo as dúvidas apresentadas, ou norte de que precisa para tomar uma determinada decisão.
Da mesma forma, ao elaborar um relatório estatístico de desempenho, ou rendimento, por exemplo, o advogado deve tomar o cuidado de apresentar as informações de modo detalhado e esclarecedor, primando pela clareza e concisão das informações, a fim de que, estas possam verdadeiramente se prestar ao objetivo da solicitação do documento.
Tanto a análise quanto a elaboração de documentos constituem uma das habilidades do profissional da advocacia, pois o advogado, no exercício de suas atribuições, deve estar atento a toda documentação de que dispõe para a solução da situação conflituosa e deve escrever de forma clara, sem tantas redundâncias, sendo o mais preciso possível, de modo que consiga expor suas ideias, teses e se fazer compreender perante ao próprio cliente ou frente a autoridade judiciária.
Estas habilidades aliadas a outras de mesma importância, como a de conhecer o mercado, o perfil de seu cliente, a capacidade de negociação e persuasão, a capacidade de liderança, o trabalho em equipe, a comunicação e o desenvolvimento de relações (networking), dão ao advogado a condição de se tornar um profissional mais completo, versátil e atento às necessidades do mercado.
Atendimento ao cliente
COMPREENSÃO QUANTO A RELEVÂNCIA DO ATENDIMENTO AO CLIENTE, JÁ QUE CONSTITUI ATRIBUIÇÃO DE VITAL IMPORTÂNCIA PARA O DESEMPENHO PROFISSIONAL DO ADVOGADO
AUTOR(A): PROF. ALINE CORDEIRO DOS SANTOS TORRES
Entre as atribuições do advogado consta o atendimento ao cliente. Esta atribuição é de vital importância para o desempenho profissional do advogado, pois sem cliente fatalmente não haveria razão para a existência do operador de direito.
Seja no departamento jurídico de uma empresa ou mesmo no âmbito de um escritório de advocacia o atendimento ao cliente deve ser feito com bastante atenção, cautela e respeito.
O exercício profissional da advocacia exige seriedade, equilíbrio e reflexão, afinal, o advogado lida diariamente com problemas e interesses alheios, e seu trabalho exige capacitação técnica e o devido conhecimento da ciência jurídica para que possa resolver as questões que lhes são apresentadas.
Além disso, estabelecer uma relação de confiança com o cliente é essencial para o desenvolvimento de sua fidelização. Por esta razão, durante o atendimento do cliente é necessário que ele sinta segurança em relação as informações que lhes são transmitidas.
Importante que se estabeleça uma relação transparente, devendo o advogado esclarecer o cliente a respeito de todas as possibilidades de solução para o conflito que ele traz, alertando quanto aos mecanismos jurídicos que poderão ser empregados, bem como quanto a possibilidade de resolução da questão apresentada, mediante a utilização de instrumentos que viabilizem a solução pacifica dos conflitos.
Se não bastasse isso, o operador de direito deverá fazer uma análise de risco quanto aos fatos trazidos e a documentação apresentada pelo cliente, orientando de forma clara e precisa, quanto as possibilidades de êxito ou não com a propositura de eventual ação.
Relevante destacar que o profissional do direito jamais deverá garantir ao cliente o êxito de eventual ação judicial, pois sua atividade é de meio e não de resultado, portanto, o que poderá ser garantido ao cliente é o esmero, o bom desempenho técnico com que o caso será tratado, a fim de que, as chances de êxito possam ser aumentadas.
A boa comunicação com o cliente também tem papel fundamental para a sua fidelização e sua segurança, pois é preciso estabelecer inicialmente uma escuta eficiente, ou seja, ouvir o que ele tem a dizer, prestando atenção nos fatos por ele relatados, a fim de que, se possa entender as suas reais necessidades e suas expectativas, evitando desta forma, a existência de uma comunicação ruidosa que possa criar dúvidas, desentendimentos e ineficácia do trabalho a ser realizado.
Logo, a fala do advogado deverá ser pontual, apenas interrompendo o cliente para estabelecer uma melhor compreensão daquilo que é exposto. Neste momento a segurança e a firmeza do profissional de advocacia são essenciais para gerar a confiança em seu cliente.
Além disso, estabelecer empatia com o cliente também ajudará no trato das questões, bem como, na manutenção da relação existente entre as partes.
O esclarecimento de dúvidas no atendimento ao cliente efetiva o trabalho inicialmente consultivo do advogado, pois tudo o que de pronto puder ser respondido deve ser feito, uma vez que, porém, o que depender de pesquisa, de análise de documentos, deve ser informado para que as informações possam ser transmitidas com mais precisão.
Embora o atendimento do cliente seja uma atribuição do advogado, esta atividade também poderá ser realizada pela equipe administrativa que integra o escritório ou departamento jurídico. Desta forma, o advogado poderá ter o auxílio de uma secretária, de um assistente jurídico, de um estagiário, de modo a emprestar qualidade no serviço não jurídico.
Assim, a importância de um adequado atendimento não jurídico é sintetizado na afirmação de Lara Selem 3:
Assim, antes de partir para o ataque a territórios não ocupados, faça o dever de casa e transmita a toda a equipe ? da copeira ao sócio fundador ? a cultura do atendimento ao cliente em nível de excelência. Retornar ligações, prestar contas, pesquisar suas necessidades jurídicas, ouvi-lo, entendê-lo e mantê-lo informado sobre seus processos e casos são pequenas, mas poderosas, atitudes que fazem toda a diferença. Somente assim seu escritório estará preparado para receber mais e mais clientes
SELEM. LARA. REVISTA ADVOGADOS ? MERCADO E NEGóCIOS, ANO VI, N. 32. P.27.
O reconhecimento e a valorização do serviço não jurídico também é de extrema importância, tantopara o escritório de advocacia, como para o departamento jurídico de uma empresa, afinal, ao contratar um serviço, o cliente espera que suas necessidades e expectativas sejam atendidas, assim, realizar ou mesmo exceder as expectativas do cliente fortalece o vínculo depositado nesta relação negocial.
Logo, a execução de serviços não jurídicos tanto para o escritório de advocacia quanto para o departamento jurídico de uma organização, constituem atividade de apoio para a prestação dos serviços jurídicos desenvolvidos por advogados devidamente habilitados.
Nesse sentido, verifica-se que o atendimento ao cliente está relacionado a prática das atividades jurídicas essenciais, como ao desempenho de atividades administrativas, que irão compor, respectivamente, a execução das rotinas jurídicas e administrativas.
Controle de agenda de audiências e Controle de prazos
ENTENDIMENTO QUANTO A IMPORTÂNCIA RELATIVA AO CONTROLE DE AGENDA DE AUDIÊNCIAS E CONTROLE DE PRAZOS, POIS A PERDA DE UMA AUDIÊNCIA OU DE UM PRAZO PROCESSUAL PODEM ACARRETAR INÚMEROS PREJUÍZOS AOS ADVOGADOS, AOS CLIENTES, AO ESCRITÓRIO DE ADVOCACIA E AOS DEPARTAMENTOS JURÍDICOS.
AUTOR(A): PROF. ALINE CORDEIRO DOS SANTOS TORRES
O controle da agenda de audiências e o controle de prazos possui uma essência híbrida, se assim, pode-se dizer. Ou seja, tais controles orbitam tanto na esfera jurídica quanto administrativa.
Na rotina dos escritórios e dos departamentos jurídicos, verifica-se que sempre haverá um advogado responsável por determinados processos e consequentemente deverá monitorar o andamento processual, fazendo, de forma eficaz, o controle das audiências e dos prazos que deverão ser cumpridos em relação aos processos.
Todavia, este controle também será feito por meio do exercício da atividade não jurídica de apoio, ou seja, a equipe administrativa ficará encarregada de acompanhar e registrar detalhadamente tais controles.
Assim, na esfera administrativa, estes controles poderão ser feitos, através do trabalho de um estagiário de direito, ou as vezes, por um assistente administrativo, ou assistente técnico jurídico ou ainda até por secretárias.
Relevante, destacar a importância do estabelecimento destes controles, pois a perda de uma audiência ou de um prazo processual pode trazer inúmeras consequências tanto a equipe de trabalho, quanto ao escritório ou departamento jurídico, como também, ao cliente.
Estes controles, em geral são feitos por planilhas em Excel. Há quem, também os faça em complemento a planilha, em quadros brancos instalados em ambiente de trabalho comum a equipe de trabalho. Contudo, atualmente com a implementação dos recursos tecnológicos, tanto escritórios como as empresas têm investido na compra de softwares jurídicos, que otimizam o controle destas informações, desde que, é claro, sejam alimentadas de forma correta dentro do ambiente de sistema operacional. Softwares mais avançados, conseguem buscar as informações relativas as datas de audiência e aos prazos processuais diretamente da rede mundial de computadores, sem a necessidade do registro manual dessas informações.
Pesquisa de Jurisprudência
COMPREENSÃO DO MECANISMO PARA ATUALIZAÇÃO TÉCNICA DO PROFISSIONAL DO DIREITO NO AUXÍLIO DA SEDIMENTAÇÃO DE TESES JURÍDICAS PARA A ELABORAÇÃO DE PETIÇÕES E PARECERES JURÍDICOS.
AUTOR(A): PROF. ALINE CORDEIRO DOS SANTOS TORRES
No exercício técnico da profissão de advogado é essencial que o profissional esteja devidamente atualizado, devendo, para tanto, estar a par das mudanças na legislação, no entendimento pacificado dos tribunais, bem como na doutrina.
Assim, diante de suas atribuições e atividades destinadas ao cumprimento dos prazos e atos processuais, necessário se faz, a busca pela informação atualizada. Neste sentido, a pesquisa da jurisprudência se torna relevante para o suporte de teses jurídicas, para o esclarecimento eventual de dúvidas sobe a operacionalização do direito em si e de sua efetivação.
O monitoramento e acompanhamento da legislação, bem como a busca por posicionamentos unificados dos tribunais superiores são de extrema relevância, a fim de, otimizar o trabalho realizado pelos profissionais do direito, o que contribui para o êxito dos processos, das teses desenvolvidas, bem como minimiza eventuais riscos ao processo, já que de posse de tais posicionamentos a condução do processo e as decisões quanto se prosseguimento se tornam mais efetivas e eficazes. Oportuno considerar que esta, dentro das rotinas jurídicas, constitui uma faceta da qualidade do serviço não jurídico que também poderá ser desenvolvido pela equipe administrativa de apoio.
Deste modo, o próprio advogado pode realizar o acompanhamento e a pesquisa de jurisprudência, contudo, considerando-se, que as vezes, esta pesquisa possa demandar tempo precioso do técnico do direito, que poderia estar, diante do estabelecimento de prioridades, realizando outras atividades mais importantes que não a busca por novos entendimentos jurisprudenciais, este profissional pode ter como suporte o apoio da equipe administrativa.
Contando então com uma atividade não jurídica de apoio, o advogado poderá contar com o auxílio de estagiários ou assistentes jurídicos para a realização dessa tarefa, de modo, a otimizar o seu tempo e trabalho. Logo, oportuno considerar que esta, dentro das rotinas jurídicas, constitui uma faceta da qualidade do serviço não jurídico que também poderá ser desenvolvido pela equipe administrativa de apoio. A pesquisa de jurisprudência é realizada mediante a consulta dos sites dos tribunais, que possuem informações atualizadas sobe decisões judicias, súmulas, orientações jurisprudenciais, temas de repercussão geral, entre outros.
Compromisso na solução de conflitos
ENTENDIMENTO A RESPEITO DO PAPEL DO ADVOGADO EM RELAÇÃO AO SEU COMPROMISSO NA SOLUÇÃO DE CONFLITOS E A POSSIBILIDADE DA UTILIZAÇÃO DE MECANISMOS DE AUTOCOMPOSIÇÃO.
AUTOR(A): PROF. ALINE CORDEIRO DOS SANTOS TORRES
As relações humanas são regulamentadas pelo Direito, que detém a responsabilidade de estabelecer determinadas condutas para a convivência pacífica entre os indivíduos em sociedade.
Desde os tempos mais antigos, é sabido que os indivíduos se enfrentam diante dos conflitos oriundos das relações sociais, pois a essência do conflito está no próprio ser humano. Assim, qualquer situação que possa fugir ao seu controle ou que lhe traga qualquer receio já constitui motivo para se instaurar a controvérsia, a lide, o litígio.
Desse modo, o comportamento combativo de operadores de direito e consequentemente de seus clientes fortalece o processo de judicialização, ou seja, a provocação do Poder Judiciário para que este resolva o litígio. Institui-se, portanto, a cultura do ganha-perde e a perspectiva de se buscar, de alguma forma, vantagem sobre o propósito jurídico.
Este comportamento é fortalecido na sociedade, uma vez que, o advogado é frequentemente reconhecido como aquele profissional que ostenta um perfil direcionado ao contencioso, pois, atua, via de regra, na resolução de demandas encaminhadas ao Poder Judiciário.
Esse perfil de reconhecimento social advém do próprio contexto legal inserido tanto na ordem constitucional quanto no Estatuto da Ordem dos Advogados do Brasil, haja vista, a normatização de sua profissão, a qual identifica o desempenho de sua atividade como sendo indispensável à administração da justiça.
No universo acadêmico, esta situação se comprova e ganha força, pois, os operadores de direito são preparados, ressalvadas pequenas exceções, apenas para o combate jurídico, para o embate judicial com o desenvolvimento e aplicação das técnicas jurídicas voltadas ao litígio.
No entanto, o que se esquece é que o advogado também poderá exercer um papel preventivo e conciliador, tendo um nicho de mercado também assegurado, porém para que isso ocorra a há necessidade de se mudar
o que se chama de cultura do litígio, cultura do ganha-perde ou cultura da sentença. Sobre este aspecto, Luis Fernando Rabelo Chacon 4 expõe sua visão crítica:
Neste sentido, se verifica queo advogado também pode atuar por meio de consultoria jurídica, assessoramento legal, auxiliando seu cliente na tomada de decisões, valendo-se de um viés voltado à
Além disso na faculdade nos ensinam a enquadrar fatos em normas, ou seja, estas são vendidas como vasos prontos e inalteráveis que receberão os fatos amoldados, excluindo da capacidade intelectual dos futuros profissionais do direito o exercício da criatividade e até mesmo do diálogo para construir soluções de conflitos. É mais fácil dizer que a lei não permite do que imaginar uma saída permitida por ela e, assim, manter longas batalhas judiciais sem solução, ocupando prateleiras dos cartórios e tempo dos juízes, acarretando
custos para as partes CHACON, LUIS FERNANDO RABELO. GESTãO PARA ADVOGADOS: GESTãO + GESTãO DE ESCRITóRIOS MéTODOS SIMPLES PARA ALCANçAR SUCESSO PROFISSIONAL. SãO
PAULO: SARAIVA, 2014. P. 128.
pacificação não contenciosa de conflitos. Além disso, este profissional desponta como um grande articulador, capaz eleger condutas colaborativas, por meio de habilidade de negociar, o que poderá permitir a solução de eventual conflito de modo satisfatório para as partes envolvidas na controvérsia.
Portanto, há uma necessidade de se reverter estas culturas arcaicas!!! Os advogados no exercício de sua profissão lidam todos os dias com a arte do convencimento, com a persuasão, a fim de, resolver as questões que lhes são apresentas, o que torna tal arte um instrumento perfeitamente aplicável na solução pacífica dos conflitos.
A legislação, por meio do Novo Código de Processo Civil (Lei n.13.105 de 16 de março de 2015), estabelece como uma de suas funções o incentivo a utilização dos métodos alternativos para a resolução de conflitos, principalmente através da realização de conciliações e mediações, elencando também o instituto da arbitragem, em especial frente aos sucessivos conflitos econômicos decorrentes do mundo globalizado.
Além disso, vale destacar que a própria norma que regulamenta a conduta profissional do advogado, Código de Ética e Disciplina da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), institui em seu artigo 2º, inciso VI, como deveres dos advogados, estimular a conciliação entre os litigantes, prevenindo, sempre que possível, a instauração de litígios.
Portanto, cada vez mais o advogado é estimulado a buscar formas alternativas de conflitos, sem a necessidade de se judicializar as questões que envolvem os indivíduos dentro da sociedade.
Contudo, infelizmente, ainda falta para alguns operadores do direito conhecimento destes mecanismos alternativos, como também lhes falta interesse em estar a par da diferença de cada um deles.
Logo, a desinformação quanto a tais mecanismos de autocomposição impede sua utilização e consequentemente as soluções consensuais dos conflitos.
Compete, portanto, ao advogado por meio de sua capacitação técnica e pela relação de confiança que estabelece junto ao seu cliente, apontar para seu constituinte melhores formas de solução para os conflitos que se apresentam.
Nesse sentido, o papel do advogado passa a ser colaborativo e não mais combativo, posto que, poderá priorizar a cultura não adversarial, orientando seu cliente em relação as vantagens de se resolver situações conflituosas através dos meios alternativos de composição dos litígios.
Nesse rumo, relevante é o estímulo de uma cultura voltada a pacificação fundada em um sentimento de solidariedade e de respeito aos direitos e garantias que são assegurados aos indivíduos enquanto parte integrante da sociedade.
A valorização dos métodos alternativos de resolução pacífica de conflitos, pode vir a ser um grande aliado na otimização das inter-relações pessoais e estimular a busca por soluções que beneficiem o melhor entrosamento da sociedade, e o crescimento social do indivíduo.
Desta maneira, deve-se observar que estes métodos não foram estabelecidos com o intuito de substituir o tradicional modelo jurisdicional, mas sim, para oferecer alternativas possíveis para aqueles que buscam por soluções mais ágeis e menos desgastantes como as oferecidas por meio da resolução contenciosa.
Independentemente do modelo escolhido, seja o sistema judicial tradicional ou mecanismos de autocomposição, o compromisso do advogado com a solução dos conflitos, deve ser permanente e conquistada, por meio de seu empenho, determinação e capacidade técnica, na elucidação dos conflitos que lhe são apresentados frente ao exercício de sua profissão.
Organização de prioridades e Eleição de procedimentos emergenciais
ESTABELECIMENTO DE DISTINÇÃO ENTRE PRIORIDADE E URGÊNCIA, EM RELAÇÃO A EXECUÇÃO DAS TAREFAS E ATRIBUIÇÕES COTIDIANAS DO ADVOGADO.
AUTOR(A): PROF. ALINE CORDEIRO DOS SANTOS TORRES
Para que a saúde do ambiente de trabalho seja salutar, há a necessidade de se determinar pequenas rotinas a fim de que o escritório ou mesmo o departamento jurídico possa manter de modo razoável sua organização e otimizar o tempo para a realização de suas atividades.
O ambiente jurídico é constantemente demandado, sendo sua rotina diária bastante movimentada, pois a todo o instante surgem novas demandas de trabalho, o que exige certa organização e o estabelecimento de métodos de trabalho.
Portanto, o estabelecimento de prioridades para se atingir os objetivos e metas da organização ou propriamente do escritório de advocacia, é essencial, pois do contrário, há uma forte e séria probabilidade de que o serviço seja comprometido e praticamente perdido, o que poderá contribuir com a ocorrência de sensíveis prejuízos advindos da desorganização e incapacidade de se determinar as tarefas mais importantes no ambiente de trabalho.
Assim, estabelecer um planejamento a curto prazo, e a determinar o cumprimento de metas logicamente mensuráveis e atingíveis, pode auxiliar na eleição das prioridades e consequentemente na otimização do tempo na realização das atividades diárias, além é claro, efetivar o alcance dos objetivos e resultados da empresa.
Contudo, para o estabelecimento de prioridades é importante saber diferenciá-las daquilo que é urgente. Assim, prioridade e urgência são coisas distintas, pois prioritárias são aquelas atividades ou tarefas que possuem potencial de produzir resultados, já urgentes são aquelas atividades ou tarefas que se não solucionadas podem gerar repercussão negativa para o escritório ou para o departamento jurídico.
A compreensão desta distinção é muito importante, pois há uma grande tendência de se julgar a realização de todas as atividades ou tarefas como urgentes. Caso esta diferença não seja bem compreendida a rotina do ambiente de trabalho poderá sofrer um impacto muito negativo pois a organização para a realização de seus serviços estará comprometida.
Assim, sabendo distinguir o que é urgente do que é prioridade, o desenvolvimento das atividades deve ser feito de modo a respeitar passo a passo da rotina, ou seja, cumprindo cada uma de cada vez. Desta maneira, não se pode, de forma, apressada e desordenada descumprir o planejamento estabelecido para o desempenho das atividades e rotinas na ânsia de se fazer tudo de uma única vez.
Deste modo, a organização das tarefas conforme sua prioridade e urgência, a constitui meio hábil para o alcance das metas e dos resultados almejados. 
Elaboração de relatórios
MOSTRAR AO ALUNO QUE ALÉM DAS ATRIBUIÇÕES NORMAIS QUE FAZEM PARTE DA ROTINA DOS ADVOGADOS EXISTEM OUTRAS, COMO A ELABORAÇÃO DE RELATÓRIOS NECESSÁRIOS A DAR AO CLIENTE UMA VISÃO MAIS GERENCIAL EM RELAÇÃO AOS DADOS E INFORMAÇÕES RELATIVAS AOS PROCESSOS EM ANDAMENTO, A POSSIBILIDADE DE PROVISIONAMENTO DE VALORES, ANÁLISES DE RISCO EM RELAÇÃO AOS PROCESSOS, COMO TAMBÉM EM RELAÇÃO AOS CONTROLES GERENCIAS FINANCEIROS E ANÁLISE DE RENTABILIDADE DO ESCRITÓRIO OU DO DEPARTAMENTO JURÍDICO.
AUTOR(A): PROF. ALINE CORDEIRO DOS SANTOS TORRES
Inúmeras são as atividades realizadas pelos advogados. Não basta apenas aquelas encartadas no ordenamento jurídico a teor do que dispõe o art. Art. 1º da Lei. N. 8.906 /94, Estatuto da Advocacia e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), como a postulação deações perante o Poder Judiciário, a prestação de consultoria, assessoria e direção jurídica.
Há também a necessidade de se apresentar ao cliente uma visão mais gerencial em relação aos dados e informações relativas aos processos em andamento, a possibilidade de provisionamento de valores, análises de risco em relação aos processos, como também em relação aos controles gerencias financeiros e análise de rentabilidade do escritório ou do departamento jurídico.
Tais informações, propiciam uma visão mais gerencial do negócio, afinal de contas, o cliente tem interesse receber um diagnóstico mais específico quanto aos gastos eventuais que terá de arcar, bem como as possibilidades de êxito em relação aos processos que pretende promover ou em relação aqueles que já estão em andamento.
Note que tanto para o escritório de advocacia quanto para departamento jurídico de uma empresa a elaboração de relatórios se faz imprescindível.
Nos escritórios, a elaboração de tais relatórios tem como objeto principal o atendimento das necessidades dos clientes, que diante das análises realizadas pelo corpo de advogados poderá tomar decisões, reduzir custos e avaliar possíveis estratégias para o alcance dos resultados almejados.
Já para os departamentos jurídicos, os relatórios elaborados pelos advogados também são muito relevantes, pois podem diagnosticar as áreas ou setores da empresa que podem causar mais prejuízos e consequentemente mais gastos com demandas judiciais, bem como estruturar um planejamento estratégico para a diminuição dos riscos relativos aos processos contenciosos já existentes e apresentar soluções para deficiências encontradas no desempenho das atividades realizadas pela empresa.
Em geral, estes relatórios consideram todos os dados e as informações pertinentes as demandas processuais, além de uma visão mais estrutural da própria empresa, no caso dos departamentos jurídicos, quanto a própria estrutura do escritório de advocacia. Desta forma, o mapeamento de problemas, e
apontamento de soluções com a entrega dos resultados é essencial para o cliente ou para a empresa, pois um relatório jurídico bem elaborado, preciso, completo e confiável, permite a condução mais eficiente do negócio.
A elaboração destes relatórios assegura um maior controle gerencial dos processos, das atividades realizadas e do trabalho feito pela equipe de advogados.
Os relatórios podem ser desenvolvidos e apresentados aos clientes ou a áreas específicas da empresa das mais variadas formas possíveis, dependendo das ferramentas disponíveis. A adequação da forma escolhida e as informações e dados existentes nos relatórios dependerão daquilo que for demandado pelo cliente ou pela empresa.
Assim, os relatórios poderão ser elaborados e apresentados por meio de um simples documento em formato Word, ou por meio de planilhas de Excel, com a elaboração de planilhas que contenham informações e dados mais detalhados, ou por meio de apresentação em Power Point, quando será possível transmitir os diagnósticos dos relatórios através de gráficos que tornam a visualização dos dados colhidos e apresentados mais prática e fácil.
Além destas possibilidades, tanto as empresas como os escritórios de advocacia podem investir em tecnologia e optarem pela escolha de softwares jurídicos, que de forma mais ágil, poderão acompanhar os processos e elaborar relatórios mediante as informações disponíveis em sua central de dados.
Desta maneira, as informações poderão ser acessadas de modo mais célere, e o conteúdo dos relatórios poderão versar a respeito da quantidade de processos por cliente, do status do processo, dos últimos andamentos processuais, do profissional responsável por cada processo, da indicação das áreas do direito relacionadas as demandas processuais, das horas em que a equipe se detém na análise das demandas e processos, bem como, das informações financeiras pertinentes a gestão e ao controle das entradas e despesas do escritório ou do departamento jurídico.
Há quem prefira a utilização destes softwares jurídicos, pelo fato de que eles permitem uma praticidade maior em relação as informações e aos diagnósticos dos dados por eles armazenados, além da capacidade de filtro e gerenciamento de um grande contingente de informações.
Assim, independentemente, da forma e da apresentação destes relatórios, o importante é que sejam preparados com o máximo de atenção e detalhamento possível, a fim de produzir resultados fidedignos e seguros, permitindo, tanto a empresa quanto ao escritório de advocacia, o atendimento de suas necessidades, a tomada de decisões, o gerenciamento mais eficaz dos processos e de sua vida financeira.
Rotinas administrativas
COMPREENSÃO SOBRE A IMPORTÂNCIA DAS ROTINAS ADMINISTRATIVAS APLICADAS AOS PROCESSOS DE PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO.
AUTOR(A): PROF. ALINE CORDEIRO DOS SANTOS TORRES
Tanto os departamentos jurídicos, que integram o mundo corporativo quanto os escritórios de advocacia demandam de planejamento estratégico e consequentemente desenvolvem atividades empresariais. No âmbito empresarial as empresas necessitam constantemente de adequação para que possam continuar a sobreviver dentro do mercado e operar de modo satisfatório.
Assim, as empresas preocupadas com a otimização de processos, aperfeiçoamento no atendimento a clientes e prestação de serviços, implementam ações que buscam mudanças no intuito de identificar possíveis falhas que possam vir a comprometer o pleno desenvolvimento de suas atividades, objetivando agregar valor e aprimorar o desempenho do negócio.
Desta maneira, na busca por uma empresa mais dinâmica, funcional e voltada a conquista de resultados consideráveis se faz necessário o conhecimento e a aplicação de rotinas administrativas, que auxiliarão a realização de atividades mais assertivas com mais emprego de conhecimento técnico.
Contudo, antes de se ater ao conceito propriamente dito de rotinas administrativas, primeiramente se faz necessário observar o conceito de rotina.
Neste sentido, oportuno o conceito de rotina proposto por Tadeu Cruz 5
.
Rotina era o termo utilizado pelos analistas de O&M para descrever passo a passo como as pessoas interagiam dentro das empresas ou entre elas e os clientes. Genericamente, seria para identificar um conjunto de ações que tinham como principal preocupação o
fluxo de papelada dentro das organizações. CRUZ, TADEU. SISTEMAS, ORGANIZAçãO & MéTODOS. ESTUDO INTEGRADO DAS NOVAS TECNOLOGIAS DA INFORMAçãO à GERêNCIA DO CONTEúDO E DO CONHECIMENTO. 3ª EDIçãO. SãO PAULO: ATLAS, 2002. P. 114.
Diante desde conceito pode-se estabelecer que rotina administrativa engloba inúmeros processos que se consumam de modo organizado demandando para tanto conhecimentos técnicos próprios além de domínio tecnológico.
Neste contexto, Vicente Falconi Campos 6, compreende que:
A rotina é estabelecida pela administração da empresa para as pessoas que executam as
tarefas do dia-a-dia. CAMPOS, VICENTE FALCONI. QUALIDADE TOTAL. PADRONIZAçãO DE EMPRESAS. BELO
HORIZONTE: FUNDAçãO CHRISTIANO OTTONI, 1992. P. 71.
Deste modo, dentro de um contexto prático pode-se dizer que as rotinas administrativas são desenvolvidas por trabalhadores que tem como objetivo a busca por atingir resultados satisfatórios de acordo com a sua função técnica.
Contudo, oportuno, registrar que no âmbito corporativo, há de se observar a distinção entre rotinas administrativas e rotinas gerenciais. As rotinas gerenciais são responsáveis por elaborar a estratégia a ser adotada pela organização, a fim de, traçar as melhores oportunidades que proporcionarão o alcance dos objetivos da empresa otimizando a utilização consciente dos recursos de que dispõe.
Deste modo, diante desta estratégia estabelecida e o planejamento desenvolvido para a realização dos resultados, é possível implementar as rotinas administrativas, que por sua vez, viabilizarão a prática de tudo o que fora planejado estrategicamente pela organização.
Logo, verifica-se que as rotinas administrativas servem de complemento às rotinas gerenciais, posto que, servem deapoio, de base àquelas que lhes dão origem.
Diante de tal constatação, relevante observar que em linhas gerais, toda organização, independentemente de seu foco de atuação, possui algumas funções sedimentares, tais como: atendimento ao cliente, gestão de pessoas, controle financeiro (contas a pagar e contas a receber), emissão de relatórios gerenciais e de controle das atividades administrativas, rotina de recursos humanos, entre outras.
Para o desenvolvimento destas funções sedimentares, necessário se faz o estabelecimento de técnicas que possibilitem sua efetivação de modo eficaz e coerente no atendimento dos objetivos traçados pelo planejamento estratégico prévio, otimizando o gerenciamento de contratos e fornecedores, a proteção de informações e o desenvolvimento do trabalho contencioso e preventivo realizado pela equipe de advogados. Desta forma, a implementação e o desenvolvimento de organogramas, responsáveis por identificar os departamentos, seja da empresa ou do próprio escritório de advocacia, e o estabelecimento inequívoco de diferentes níveis hierárquicos é de suma importância, pois imprime ao desenvolvimento das atividades de apoio rumo, na consecução dos objetivos a que pretende chegar.
Para que as rotinas administrativas sejam melhor constituídas, há a necessidade de que as funções entre a equipe de trabalho sejam devidamente escalonadas e separadas de acordo com os diversos níveis hierárquicos, facilitando o entendimento de pertencimento de cada função ao seu respectivo setor.
Além disso, o estabelecimento de uma atividade interna organizada e sequencial se mostra essencial. Logo, a determinação de regras por meio da implementação de regulamentos internos (instrumentos que estabelecem regras e indicam que as rotinas administrativas devem ser realizadas sempre da mesma forma),
tende a tornar mais eficaz a realização das atividades não jurídicas de apoio.
Em paralelo, também primordial se faz, o acompanhamento das rotinas administrativas que pode ser realizado através da criação de relatórios internos que viabilizem a identificação de possíveis e eventuais falhas na aplicação e desenvolvimento do método sistemático e a indicação de possíveis soluções e melhorias de resultados, já que a documentação de rotinas importantes para o progresso da empresa é de suma conveniência.
Digitalização de documentos e Arquivo físico e virtual
MOSTRAR AO ALUNO QUE COM O AVANÇO DA TECNOLOGIA E DOS MEIOS TELEMÁTICOS, A ADMINISTRAÇÃO DA JUSTIÇA PASSOU A SOFRER OS SEUS IMPACTOS. DIANTE DA IMPLEMENTAÇÃO TECNOLÓGICA E A INFORMATIZAÇÃO DOS PROCESSOS JUDICIAIS, SE TORNA NECESSÁRIA A DIGITALIZAÇÃO DE DOCUMENTOS FÍSICOS PERTINENTES AOS PROCESSOS EM ANDAMENTO PERANTE AO PODER JUDICIÁRIO, BEM COMO O SEU ARQUIVAMENTO VIRTUAL.
AUTOR(A): PROF. ALINE CORDEIRO DOS SANTOS TORRES
Com o avanço da tecnologia e dos meios telemáticos, a administração da Justiça passa a sofrer os seus impactos. Desta forma, diante da implementação tecnológica e a informatização dos processos judiciais, surge a necessidade de se tornar digital os documentos físicos pertinentes aos processos em andamento perante ao Poder Judiciário.
Diante do modelo informatizado da Justiça, os processos que tramitam perante ao Poder Judiciário, são os chamados de processos eletrônicos. Esses processos eletrônicos, correspondem aos processos sem papel, ou seja, por meio dele todos os atos processuais, tais como petições, despachos, sentenças, entre outros, são realizados, acondicionados, comunicados e disponibilizados, através do meio eletrônico.
A existência dos processos eletrônicos foi permitida em razão edição da Lei n. 11.419, de 19 de dezembro de 2006, que dispõe a respeito da informatização do processo judicial.
Assim, com o passar do tempo, se verificou a inutilidade da utilização de papel no ambiente judiciário, se tornando cada vez mais constante a busca por alternativas que viabilizassem o acúmulo desmedido de papéis.
A digitalização de documentos foi o caminho encontrado para a adequação da nova realidade do Poder Judiciário. Esta realidade, por sua vez, também causou impactos diretos, tanto nos escritórios de advocacia, quanto nos departamentos jurídicos das empresas, que se viram no dever de se adequar e de implementar meios que tornassem possíveis a digitalização dos documentos físicos que compõem os processos judiciais e consequentemente adotar medidas para que fosse possível o arquivamento digital de todo este material, não mais físico, e sim eletrônico.
A manutenção de arquivos físicos e a produção maciça de documentação em papel, trouxe a percepção do alto custo envolvido tanto nos processos de produção quanto de arquivamento dos documentos judiciais, sem contar o grande impacto causado a natureza, pois, quantas árvores seriam necessárias para se manter uma produção gigante de documentos em papel?
As mudanças trazidas com a tecnologia propiciam aos gestores novas possibilidades de gerirem seus negócios, por meio de estratégias e planejamento quanto as rotinas e processos de trabalho.
Dessa forma, a produção de documentos físicos e seu armazenamento, começou a impactar na produtividade, na gestão do tempo, e no próprio espaço físico dos escritórios e dos departamentos jurídicos, que também, assim como o Poder Judiciário já não tinham mais espaços para guardar tanto papel. Assim, muito se tem buscado alternativas quanto a não utilização do papel. A adoção da digitalização parece ser uma resposta muito bem aceita perante a nova realidade, pois sua implementação, responde favoravelmente a economia quanto ao alto custo de produção e armazenamento dos documentos físicos, além de contribuir com a realização de um trabalho sustentável, já que a digitalização dos documentos reduz consideravelmente os impactos causados ao meio ambiente, já que o uso de papel é praticamente reduzido a zero.
Por meio do processo de digitalização, foi possível instituir o que se pode chamar de documento eletrônico. Assim, através da digitalização de um documento físico, ou seja, em papel, pode-se criar um documento mantendo sua forma original, porém de forma eletrônica, não havendo mais a necessidade desse documento ser impresso ou arquivado em papel, bem como, não há mais a necessidade de ser assinado de modo manuscrito, pois sua validade é reconhecida e mantida pela assinatura digital.
A assinatura digital, por sua vez, opera por meio de uma tecnologia criptografada (certificado digital) capaz de reconhecer o indivíduo que assina o documento, pois seus dados ficam armazenados em uma base de dados, garantindo a integridade do documento.
O certificado digital, corresponde a um arquivo eletrônico capaz de relacionar os dados armazenados do indivíduo e conferir sua identidade no momento em que o documento é assinado eletronicamente, além de atestar a veracidade do documento.
Desta forma, possibilita o desuso do documento físico, ou seja, em papel, bem como da assinatura manuscrita, pois através da assinatura digital o documento tem validade e reconhecimento jurídico.
Para que os documentos físicos, possam ser inseridos aos processos eletrônicos, devem ser previamente digitalizados, com a utilização de um scanner. Em regra, este serviço é realizado pelo pessoal que compõe o quadro administrativo do escritório ou do departamento jurídico, constituindo uma das facetas dos serviços não jurídicos ou de apoio, que assessoram o corpo de advogados na realização de seus prazos e demandas judiciais.
Importante destacar que, para o envio dos documentos digitais, é preciso observar as particularidades de cada Tribunal, que possuem, por sua vez, sistemas próprios, sendo necessário conhecer as instruções específicas de cada um, em relação a juntada dos documentos no meio eletrônico.
Em relação ao arquivo digital de documentos eletrônicos, a saída encontrada por muitos escritórios de advocacia e de departamentos jurídicos, é a aquisição de softwares jurídicos capazes de armazenar todas as informações pertinentes aos processos, pois muitos deles, inclusive, os de tecnologia mais avançada, permiteo arquivamento de uma grande quantidade de documentos relacionados de forma específica ao processo judicial correspondente.
Contudo, ainda por conta de uma cultura arcaica, existe certo temor no meio jurídico quanto a manutenção de um acervo totalmente no formato digital, pois o apego ao papel, até então, ainda é uma realidade.
Mas, diante da modernidade e do avanço tecnológico, este temor vai perdendo espaço, afinal, a adoção da digitalização dos documentos físicos e a utilização de arquivos digitais ou virtuais, se mostra como um recurso mais produtivo, mais sustentável, além de manter de forma mais adequada o arquivo dos documentos, pois o papel pode se deteriorar com o tempo. Além disso, a manutenção de um arquivo digital ou virtual pode propiciar mais segurança quanto ao manuseio das informações constantes nos processos eletrônicos, pois há uma maior segurança quanto a dados sigilosos neles contidos.
Portanto, a adequação a modernidade e a tecnologia é uma realidade!
Correspondentes
APRESENTAR A FIGURA DOS CORRESPONDENTES, SEUS REQUISITOS E ATRIBUIÇÕES, BEM COMO VANTAGENS DE SUA CONTRATAÇÃO.
AUTOR(A): PROF. ALINE CORDEIRO DOS SANTOS TORRES
A figura do correspondente jurídico não é recente, pelo contrário este profissional muito conhecido dos departamentos jurídicos e dos escritórios de advocacia há muito tempo lhes presta serviços relacionados a área jurídica.
Sua contratação é realizada de forma direta pelo advogado constituído nos autos do processo e não por meio do cliente, para prestar um serviço determinado. Logo, não se trata de transferência de poderes de representação e sim de atuação em casos específicos nos quais o advogado responsável pelo processo irá orientar o correspondente no sentido de como deve atuar e qual a tarefa que deverá ser realizada.
A contratação destes profissionais costuma ser simples, pois é feita geralmente por meio de sites especializados e confiáveis. A própria OAB, disponibiliza em seu site a contratação deste tipo de serviço, pois é possível o cadastro destes profissionais em seu ambiente virtual.
Nos escritórios de advocacia e departamentos jurídicos a intermediação desta contratação é realizada por meio da equipe administrativa que auxilia os advogados fazendo contatos com os correspondentes, agendo as diligências, tratando das formas de realização dos serviços e formas de pagamento e comprovação das atividades, sempre sob a orientação do advogado responsável pelo processo.
O correspondente é um advogado, que tanto pode estar em início de carreira ou ser já bastante experiente. Por se tratar da realização de serviços jurídicos efetivados por um advogado há de ser observado regramentos de conduta específico, tais como Código de Ética e o Estatuto da Advocacia e Ordem dos
Advogados do Brasil (OAB).
Este correspondente pode prestar uma série de atividades jurídicas, ou não. Neste caso, importante observar que os bacharéis em direito e estagiários também podem se inscrever como correspondentes, contudo, não poderão praticar atos que são inerentes a condição de advogado devidamente habilitado nos quadros da OAB, como por exemplo, realizar audiências ou fazer sustentação oral perante os tribunais.
As atividades realizadas por estes correspondentes são denominadas de diligências. Estas diligências podem ser desde o serviço de extração de cópias, como protocolos de documentos, acompanhamento de processos na própria secretaria dos fóruns e tribunais, como também a realização de audiências.
Em geral, estes correspondentes atuam em localidades onde o escritório ou departamento jurídico que o contratam, estejam distantes. Sua contratação, na maioria das vezes, é utilizada no intuito de reduzir custos com despesas de viagem, alimentação, horas extras e em casos mais específicos, redução em custos de hospedagem.
Além disso, a contratação destes profissionais também pode ser encarada como uma possibilidade de ampliação dos negócios, pois a equipe interna do escritório de advocacia ou do departamento jurídico de uma empresa pode trabalhar de modo remoto cuidando do andamento do processo sem a necessidade de se deslocar presencialmente para a efetivação de diligências em cidades distantes.
A possibilidade desta contratação imprimir mais agilidade e eficiência na prestação dos serviços também é vista como um ponto muito favorável, afinal, considerando-se que este profissional atue um uma região que já conhece o expediente forense e as particularidades do local, consegue agir de modo mais eficiente e célere.
Em todos estes casos, relevante destacar que há a necessidade de um acordo prévio quanto as diligências que deverão ser realizadas, bem como, o estabelecimento de prazos para o seu cumprimento e a estipulação do valor e o modo de pagamento dos honorários a fim de que tudo possa ser devidamente cumprido.
Ao final do cumprimento da diligência, o correspondente jurídico deverá encaminhar ao escritório ou ao departamento jurídico comprovante da realização dos serviços para que possa ser providenciado o pagamento de seus honorários.
A realização de serviços bem prestados, poderá, inclusive, gerar parcerias entre os escritórios, os departamentos jurídicos e os próprios correspondentes jurídicos, ao passo que se o serviço não for executado a contento, poderá ser contratado outro correspondente, o que imprime poder de escolha e flexibilidade aos escritórios e aos departamentos jurídicos.
Atualmente estes serviços têm sido realizados em menor quantidade, haja vista, o implemento da tecnologia aos processos judiciais e a informatização da Justiça. Em geral, este tipo de contratação acaba se destinando a realização de audiências.
Prepostos
APRESENTAR A FIGURA DO PREPOSTO, SUAS RESPONSABILIDADES E IMPLICAÇÕES ADVINDAS DE SEU PODER DE REPRESENTAÇÃO.
AUTOR(A): PROF. ALINE CORDEIRO DOS SANTOS TORRES
No âmbito empresarial a figura do preposto se faz existente, na medida em que, este é nomeado para representar a empresa em seus devidos atos.
O Código Civil estabelece em seus artigos 1.169 a 1.178 o regramento legal pertinente a esta figura.
Em relação ao seu conceito oportuno o ensinamento de Plácido e Silva7 que diferencia a figura do preposto da figura do preponente:
Preponente, entende-se, na linguagem jurídica e comercial, a pessoa que pôs ou colocou alguém em seu lugar, em certo negócio ou comércio, para que o dirija, o faça ou o administre em seu nome. Preponente é propriamente o patrão, o empregador, quando se apresenta no duplo aspecto de locatário de serviços e de mandante. Juridicamente, o preponente é, em regra, responsável pelos atos praticados por seus prepostos: caixeiros, feitores, viajantes, quando no exercício da propositura, isto é, quando em desempenho das funções ou dos encargos, que se mostrem objetos da preposição. Já Preposto: designa a pessoa ou o empregado que, além de ser um locador de serviços, está investido no poder de representação de seu chefe ou patrão, praticando atos concernentes à locação, sob
direção e autoridade do preponente ou empregador. 7 SILVA, DE PLáCIDO. VOCABULáRIO JURíDICO. 26ª ED. RIO DE JANEIRO: FORENSE,
2006, P. 1083.
Da análise extraída deste conceito verifica-se que o preposto não constitui mero subordinado do empresário, pois em linhas gerais todos os demais empregados assim podem ser considerados, todavia, o que identifica a preposição é justamente o poder que lhe é atribuído afim de que possa representar o empresário tanto judicial como extrajudicialmente, já que o preposto substitui o dono do negócio jurídico perante os atos que lhes são competentes, seja no âmbito interno da organização corporativa quanto no âmbito externo perante a terceiros.
Assim, considera-se preposto aquela pessoa que dirige um serviço ou um negócio, por delegação da pessoa competente, denominada preponente, através de outorga de poderes
Importante destacar que o preposto pode ou não manter com a empresa vínculo empregatício, podendo desta maneira ser empregado de fato ou meramente um trabalhador temporário.
Atualmente, no âmbito da Justiça do Trabalho, em razãoda implementação da Reforma Trabalhista, Lei n. 13.467/17, o preposto, não mais precisa ser empregado da empresa. Tal alteração legislativa disposta no artigo 843, § 3º, da CLT, retirou a eficácia da Súmula 377 do Tribunal Superior do Trabalho (TST), que entendia a necessidade do preposto ser empregado da empresa, ressalvada as exceções legais.
O novo regramento legal aproxima à figura do preposto disposta no Código Civil, como logo no início do texto já se pontuava. Desta maneira, a figura do preposto personifica a figura do preponente, ou seja, do empresário, sendo-lhe atribuídos direitos e obrigações, sendo que responde pelos atos praticados nesta condição, além do que seus atos e suas declarações responsabilizam de forma imediata o preponente.
No que toca aos escritórios e aos departamentos jurídicos, a figura do preposto é de suma importância, pois, em geral, as contratações dos serviços jurídicos são intermediados por estes profissionais, e a representação judicial e extrajudicial também vincula-se a esta figura. 
Controle de contas a pagar e contas a receber
DEMONSTRAR A REAL NECESSIDADE DE UM CONTROLE FINANCEIRO HÁBIL EM PROPICIAR O ALCANCE DOS RESULTADOS E OBJETIVOS, SEJA DE UM ESCRITÓRIO JURÍDICO OU MESMO UM DEPARTAMENTO JURÍDICO.
AUTOR(A): PROF. ALINE CORDEIRO DOS SANTOS TORRES
Entre as rotinas administrativas de apoio, o controle financeiro é extremamente necessário e vital ao bom andamento das atividades realizadas tanto no departamento jurídico quanto em um escritório de advocacia.
Sobre este aspecto Lara Selem8 já advertia
O calcanhar de Aquiles de boa parte dos escritórios de advocacia, especialmente os de menor porte e de origem familiar, está na administração financeira
SELEM, LARA. REVISTA ADVOGADOS MERCADO E NEGóCIOS, ANO VI, N. 32, P. 25.
Desta forma, imprescindível se faz a elaboração de uma gestão financeira com a assimilação de uma cultura de planejamento voltada à administração das finanças.
Assim, importante a existência de uma atividade administrativa de apoio no que tange ao estabelecimento de um setor ou uma área específica que seja responsável pelo controle financeiro, capaz de organizar a contabilidade do ambiente laboral.
Portanto, o estabelecimento de arquivos de contas a receber e contas a pagar, o gerenciamento de conta bancária, controle do caixinha (controle de despesas do dia-a-dia, de valores menores), controle das despesas fixas e variáveis, entre outros é necessário ao desenvolvimento das atividades.
A administração e o controle da área financeira possibilitam o desenvolvimento de relatórios financeiros gerenciais, criação de controles orçamentários e de planejamento, análise de rendimentos ou de perdas, entre outras referências que possibilitarão a visualização e a mensuração do próprio ambiente laboral.
A criação da gestão financeira, de fato não é coisa simples, pois demanda foco, organização e colaboração, contudo, sua instituição permite a real compreensão da melhor dinâmica a ser adotada para o ambiente de trabalho.
Assim, uma boa gestão financeira, conforme observa Simone Viana Salomão9, deve demonstrar mais do que informações financeiras, deve traduzir o que os números indicam, sendo para tanto o estabelecimento de caminhos para a análise destes dados:
1. Ter um bom plano de contas alimentado e analisado periodicamente;
2. Usar um sistema de gerenciamento e mantê-lo alimentado;
3. Levantar dados do escritório como um todo, das áreas, das equipes, do profissional;
4. Implantar controle de horas trabalhas (time-sheet);
5. Avaliar a carteira de cliente como um todo, por contrato, por valor envolvido, por êxitos;
6. Avaliar os riscos do seu negócio, igualzinho faz para seus clientes;
7. Revisão constante dos dados (folow up);
8. Criar fundos de reserva.
Portanto, como pondera Luis Fernando Rabelo Chacon10 o fornecimento de ferramentas específicas para a organização otimizada de um escritório tem por
objetivo colher informações, analisar dados, tomar decisões, criar um plano de ação estratégico e ter condições de avaliar seu resultado posteriormente.
CHACON. LUIS FERNANDO RABELO. GESTãO PARA ADVOGADOS: GESTãO DE CAREIRA
+ GESTãO DE ESCRITóRIOS MéTODOS SIMPLES PARA ALCANçAR SUCESSO
PROFISSIONAL. SãO PAULO: SARAIVA, 2014. P. 71.
Diante disso, possuir uma gestão eficiente na área financeira, implica no crescimento sustentável tanto do departamento jurídico quanto do escritório de advocacia. O estabelecimento de um fluxo de caixa organizado e detalhado é imprescindível, pois tendo um controle deste fluxo, há possibilidade de estabelecer dados relativos entre as receitas fixas e variáveis, o que permitirá, inclusive a implementação de um plano de contingenciamento de recursos.
Importante, também que se estabeleça em provisões para ocasiões excepcionais, de emergência ou mesmo corriqueiras.
A gestão financeira, permitirá, portanto, o conhecimento da evolução de despesas e o controle específico para o desenvolvimento da prestação de serviços realizada pelos operadores do direito, bem como para o alcance dos resultados almejados pela organização.
Rotina de recursos humanos
DEMONSTRAR A IMPORTÂNCIA DA ROTINA DE RECURSOS HUMANOS EM RELAÇÃO A GESTÃO DOS INDIVÍDUOS QUE CONSTITUEM O CAPITAL HUMANO DAS ORGANIZAÇÕES E, PORTANTO, SEU RECURSO PRINCIPAL.
AUTOR(A): PROF. ALINE CORDEIRO DOS SANTOS TORRES
Dentro do contexto das rotinas administrativas, que servem de apoio para a consecução dos resultados e objetivos almejados pelo âmbito empresarial, pode-se destacar o papel relevante do Departamento de Recursos Humanos.
Como já verificado até aqui, diante do avanço da sociedade e a globalização que impulsiona o mundo corporativo, e da extrema competitividade e da quantidade de informações disponíveis que se tem, se torna necessária a adequação das empresas frente ao novo mercado que se apresenta, daí a conveniência do estabelecimento da área de Recursos Humanos.
A área de Recursos Humanos é responsável pela interface entre as expectativas das empresas e das pessoas que ali trabalham. As mudanças que vêm ocorrendo nas organizações impactam sobremaneira no trabalho exercido pelo departamento de recursos humanos, já que há a necessidade de uma nova visão da própria gestão dos recursos humanos.
Atualmente, dentro deste contexto globalizado, as pessoas que atuam no mundo corporativo ou empresarial não podem mais serem vistas como meros recursos organizacionais, posto que constituem capital humano essencial para o alcance dos resultados e metas financeiras almejados pela organização.
Sobre isso, já alertava Idalberto Chiovenato11:
No Brasil, a administração de recursos humanos é considerada uma área relativamente nova, pois o profissional de recursos humanos é encontrado nas grandes organizações e raramente nas médias. Mas sabe-se que a administração de recursos humanos é perfeitamente aplicável em qualquer tipo de organização. Basta uma conscientização dos executivos em relação a importância da administração de recursos humanos.
CHIOVENATO. IDALBERTO. RECURSOS HUMANOS NA EMPRESA: DESCRIçãO E ANáLISE DE CARGOS, AVALIAçãO DO DESEMPENHO HUMANO. V 3. SãO PAULO: ATLAS, 2000.P.
148.
Desta maneira, essencial se torna para qualquer empresa a administração de uma gestão tendente aos recursos humanos, visto que a sobrevivência da empresa e consequentemente sua manutenção no mercado, será determinada por sua qualidade na prestação de seus serviços e/ou produtos sedimentada em um capital humano motivado e com alto nível de profissionalismo.
Logo, saber compreender as necessidades reais de seus clientes, de seus proprietários, de seus fornecedores, entre outros, é fundamental para o desenvolvimento da empresa, uma vez que, no mercado não há mais espaço para empresas que segue modelos de gestão obsoletos.
Considerando-se que os seres humanos têm papel de destaque e constituem recurso principal de quaisquer organizações, Flavio de Toledo12, define a área de recursos humanos como a área que trabalha com os aspectos pertinentes ao elemento humano dentro das organizações, tratando de problemas

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