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ADM 10 - A Responsabilidade Civil do Estado

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DIREITO ADMINISTRATIVO 
 10 
A Responsabilidade 
Civil do Estado 
 
 
 
 
 
 
 A Responsabilidade Extracontratual do Estado 
 
 
 Noções Gerais 
 
Responsabilidade: 
A responsabilidade é a situação de todo homem a quem, por qualquer título, incumbem as 
conseqüências de um fato danoso. A responsabilidade pública pode ser: 
a) contratual: rege-se pelos princípios gerais dos contratos públicos; 
b) extracontratual: decorre de atos jurídicos, de atos ilícitos de comportamentos materiais ou de 
omissão do Poder Público. 
Será tratado a seguir da responsabilidade extracontratual, ficando excluída a responsabilidade 
contratual, que se rege por princípios próprios. 
 
! Responsabilidade pública " é a que se subordina a um regime jurídico de direito público exorbitante e derrogatório do direito comum inconfundível com o regime jurídico de direito 
privado, estudado pelo direito civil. 
 
 
 Teorias da Responsabilidade 
 
Noções Iniciais: 
Existem diversas teorias sobre a responsabilidade civil do Estado. As diferentes teorias apresentam 
uma evolução histórica e são ou foram adotadas preferencialmente no sistema europeu-continental. 
 
 
 
 
 
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 Copyright 2003 – Todos os direitos reservados à CMP Editora e Livraria Ltda. 
É proibida a reprodução total ou parcial desta apostila por qualquer processo eletrônico ou mecânico. 
 
 Teoria da irresponsabilidade 
Teorias civilistas Teoria dos atos de império e de gestão 
Teoria da culpa civil 
Teorias publicistas Teoria da culpa administrativa ou culpa do serviço público 
Teoria do risco administrativo 
Teoria do risco integral 
 
1) Irresponsabilidade do Estado: 
Segundo esta teoria o Estado não erra (“the king can do no wrong”), portanto não repara danos. É 
uma teoria já superada. 
 
2) Responsabilidade do Estado por Atos de Império e de Gestão: 
No século XIX passou-se a adotar os princípios do Direito Civil, apoiados na idéia da culpa. De 
acordo com a teoria da responsabilidade do Estado por atos de império e de gestão, houve um 
abrandamento da teoria da irresponsabilidade. De acordo com esta teoria, distinguem-se os atos de 
império (atos próprios da Administração) dos atos de gestão (atos praticados pela Administração em 
igualdade com os particulares), respondendo o Estado subjetivamente somente por estes últimos. 
 
3) Responsabilidade por Culpa Civil ou da Responsabilidade Subjetiva. 
De acordo com esta teoria o Estado só responde se houver culpa do agente (culpa em sentido 
tradicional). A doutrina civilista serviu de inspiração ao artigo 15 do Código Civil brasileiro de 1916 
que consagrou a teoria da responsabilidade subjetiva do Estado. 
 
4) Culpa Administrativa ou Acidente Administrativo 
Representa um estágio de transição entre a doutrina subjetiva da culpa civil e a tese objetiva do risco 
administrativo. Segundo esta teoria, a vítima deve comprovar que houve mau funcionamento ou não 
funcionamento do serviço prestado pela Administração. 
 
5) Teoria do Risco Administrativo: 
Conforme esta teoria, existe a obrigação de indenizar só por haver risco causal (relação de causa e 
efeito) entre ação e omissão da Administração e dano. Não se cogita da culpa da Administração ou de 
seus agentes, bastando que a vítima demonstre o fato danoso e injusto ocasionado por ação ou 
omissão do Poder Público. Foi consagrada no Brasil, pela primeira vez no art. 194 da Constituição de 
1946. Atualmente, encontra-se no art. 37 § 6º da Constituição Federal. A teoria do risco 
administrativo, embora dispense a prova da culpa da Administração, permite que o Poder Público 
demonstre a culpa da vítima para excluir ou atenuar a indenização. O risco administrativo não 
significa que a Administração deva indenizar sempre e em qualquer caso o dano suportado pelo 
particular; significa, apenas e tão-somente, que a vítima fica dispensada da prova de culpa da 
Administração, mas esta poderá demonstrar a culpa total ou parcial do lesado no evento danoso. 
 
6) Teoria do Risco Integral: 
É a modalidade extremada da doutrina do risco administrativo. Por essa teoria, a Administração 
ficaria obrigada a indenizar todo e qualquer abuso suportado por terceiros, ainda que resultante de 
culpa ou dolo da vítima. Está abandonada na prática, por conduzir ao abuso e à iniqüidade social. 
 
 
 
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Teoria do risco integral a Administração paga sempre 
Teoria do risco administrativo a Administração pode se eximir total ou parcialmente se comprovar que 
a vítima concorreu total ou parcialmente para o dano 
 
 
A Responsabilidade do Estado no Direito Brasileiro 
 
Tratamento Legal: 
Até o advento da Constituição de 1946 adotava-se no Brasil a teoria da responsabilidade subjetiva 
(com culpa). Neste contexto, foi editado o Código Civil em 1916, que acolhendo a doutrina 
subjetivista, estabeleceu que as pessoas jurídicas de direito público são civilmente responsáveis por 
atos de seus representantes que nessa qualidade causem dano a terceiros, procedendo de modo 
contrário ao direito ou faltando a dever prescrito por lei, salvo o direito regressivo contra os 
causadores do dano. Este dispositivo corresponde ao art. 43 do atual Código Civil. O § 6º do art. 37 
da Constituição Federal seguiu a linha traçada nas Constituições anteriores, e, abandonando a 
privatística teoria subjetiva da culpa, orientou-se pela doutrina do Direito Público e manteve a 
responsabilidade civil objetiva da Administração, sob a modalidade do risco administrativo. 
 
Responsabilidade por Atos Legislativos: 
A responsabilidade do Estado por ato legislativo típico (lei) não tem sido admitida no ordenamento 
brasileiro. Esse entendimento, porém, não é pacífico na doutrina. 
 
Responsabilidade por Atos Judiciais: 
Sobre a responsabilidade por ato jurisdicional típico (sentença ou acórdão) predomina entendimento 
de que ato jurisdicional não enseja responsabilidade do Estado. Somente caso do art. 630 do Código 
de Processo Penal (erro judiciário) uma vez obtida a revisão criminal. Admite-se também a 
responsabilidade individual do juiz no caso de dolo, fraude, recusa, omissão, retardamento 
injustificado de providências por parte do juiz (art. 133 do Código de Processo Civil). 
 
Ação Regressiva: 
Se a administração foi condenada a indenizar e se ficar comprovada culpa ou dolo do agente, a 
administração deve exercer direito de regresso contra o agente. O agente pode concordar com os 
descontos em seus vencimentos ou a Administração move ação regressiva contra ele. 
 
Omissão: 
De acordo com uma corrente, a responsabilidade do Estado só é objetiva na ação. Na omissão a 
responsabilidade é subjetiva, ou por culpa. Porque na omissão é necessário verificar se o fato era 
previsível e se o Estado tinha a obrigação e os meios para interferir e evitar o resultado danoso. O 
problema surge em certas hipóteses de caso fortuito ou força maior, como inundações ou convulsões 
sociais. Deve-se verificar, nos casos de omissão, se a ação estatal era exigível. Se o era, passa a 
omissão a ser causa ou concausa do evento danoso, com a responsabilização integral ou parcial da 
administração. 
 
 
 
 
 
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Reparação do Dano: 
A reparação do dano causado pelo Estado pode ser feita no âmbito administrativo, desde que seja 
reconhecida a sua responsabilidade e haja entendimento entre as partes quanto ao valor da 
indenização. Caso contrário, a reparação de danos é cobrada emjuízo através da ação civil de 
reparação de danos, proposta por qualquer pessoa com legítimo interesse. 
 
! Existe também a ação civil de reparação de danos prevista na Lei de Improbidade Administrativa (Lei 8.429/92). Esta ação segue, em linhas gerais, o rito ordinário do Código de Processo Civil, 
mas com alterações marcantes, que a tornam, na verdade, uma ação de rito especial. Tal ação só 
pode ser proposta pelo Ministério Público ou certas pessoas mencionadas na lei. Sob o aspecto 
processual, portanto, não se deve confundir a ação civil comum de reparação de danos com a ação 
de reparação da Lei de Improbidade Administrativa, embora de nome idêntico. 
 
 
 
 
 
 
 A Improbidade Administrativa 
 
 
 Disposições Gerais 
 
Noções Iniciais: 
Com a Constituição de 1988 ficou estabelecido que “os atos de improbidade administrativa 
importarão a suspensão dos direitos políticos, a perda da função pública, a indisponibilidade dos bens 
e o ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal 
cabível” (art. 37, § 4°). A Lei de Improbidade Administrativa foi criada para dar exeqüibilidade ao 
art. 37, § 4° da Constituição Federal. Esta lei trata das sanções aplicáveis aos agentes públicos que 
praticarem atos de improbidade, prevendo os casos de enriquecimento ilícito, prejuízo ao erário ou 
atentado aos princípios administrativos, no exercício de mandato, cargo, emprego ou função na 
Administração pública, direta ou indireta. 
 
! Ato de improbidade " é o ato contrário às normas da moral, lei e aos bons costumes. O ato de improbidade não é necessariamente um ato desonesto, podendo ser também um ato de má 
qualidade. O termo “ato de improbidade” é o designativo técnico para a chamada corrupção 
administrativa, que, sob diversas formas, promove o desvirtuamento da Administração 
Pública e afronta os princípios nucleares da ordem jurídica. 
 
Aplicação da Lei de Improbidade Administrativa: 
A Lei de Improbidade Administrativa é de âmbito nacional e, portanto, obrigatória para todas as 
esferas de governo. No entanto, alguns de seus dispositivos tratam de matéria estritamente 
administrativa, a respeito da qual cada ente da federação tem competência privativa para legislar. 
Esses dispositivos somente se aplicam na esfera federal. 
 
 
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Elementos do Ato de Improbidade Administrativa: 
São elementos do ato de improbidade administrativa: 
a) o sujeito ativo; 
b) o sujeito passivo: 
c) a ocorrência do ato danoso descrito na lei, causador de enriquecimento ilícito para o sujeito 
ativo, prejuízo para o erário ou atentado contra os princípios da Administração Pública; 
d) o elemento subjetivo: dolo ou culpa. 
 
Sujeito Ativo: 
O sujeito ativo é todo agente público ou terceiro que induza ou concorra para a prática do ato de 
improbidade ou dele se beneficie sob qualquer forma direta ou indireta (arts. 1° a 3°). São abrangidos 
ainda aqueles que, mesmo não sendo agentes públicos, induzam ou concorram para a prática do ato 
de improbidade ou dele se beneficiem sob qualquer forma, direta ou indireta. 
 
Sujeito Passivo (art. 1°): 
O sujeito passivo do ato de improbidade é toda entidade pública ou particular que tenha participação 
de dinheiro público em seu patrimônio ou receita anual. Fazem parte desta relação a Administração 
direta, indireta ou fundacional de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal, 
dos Municípios, de territórios. Também fazem parte as empresas incorporadas ao patrimônio público 
e as entidades para cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra com mais de 50% do 
patrimônio ou da receita anual. 
 
Art. 1º - Os atos de improbidade praticados por qualquer agente público, servidor ou não, 
contra a administração direta, indireta ou fundacional de qualquer dos Poderes da União, dos 
Estados, do Distrito Federal, dos Municípios, de Território, de empresa incorporada ao 
patrimônio público ou de entidade para cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou 
concorra com mais de cinqüenta por cento do patrimônio ou da receita anual, serão punidos na 
forma desta Lei. 
 
! Embora o art. 1° fale em administração direta, indireta ou fundacional de qualquer dos Poderes, os Poderes Legislativo e Judiciário não possuem administração indireta e fundacional, exercendo as 
funções administrativas em caráter excepcional. 
 
Parágrafo único. Estão também sujeitos às penalidades desta Lei os atos de improbidade 
praticados contra o patrimônio de entidade que receba subvenção, benefício ou incentivo, fiscal 
ou creditício, de órgão público bem como daquelas para cuja criação ou custeio o erário haja 
concorrido ou concorra com menos de cinqüenta por cento do patrimônio ou da receita anual, 
limitando-se, nestes casos, a sanção patrimonial à repercussão do ilícito sobre a contribuição 
dos cofres públicos. 
 
Art. 2º - Reputa-se agente público, para os efeitos desta Lei, todo aquele que exerce, ainda que 
transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou 
qualquer outra forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função nas 
entidades mencionadas no artigo anterior. 
 
Art. 3º - As disposições desta Lei são aplicáveis, no que couber, àquele que, mesmo não sendo 
agente público, induza ou concorra para a prática do ato de improbidade ou dele se beneficie 
sob qualquer forma direta ou indireta. 
 
Art. 4º - Os agentes públicos de qualquer nível ou hierarquia são obrigados a velar pela estrita 
observância dos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade e publicidade no trato dos 
assuntos que lhe são afetos. 
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Ressarcimento do Dano: 
 
Art. 5º - Ocorrendo lesão ao patrimônio público por ação ou omissão, dolosa ou culposa, do 
agente ou de terceiro, dar-se-á o integral ressarcimento do dano. 
 
Perda de Bens e Valores: 
 
Art. 6º - No caso do enriquecimento ilícito, perderá o agente público ou terceiro beneficiário os 
bens ou valores acrescidos ao seu patrimônio. 
 
Indisponibilidade dos Bens do Indiciado: 
 
Art. 7º - Quando o ato de improbidade causar lesão ao patrimônio público ou ensejar 
enriquecimento ilícito, caberá à autoridade administrativa responsável pelo inquérito 
representar ao Ministério Público, para a indisponibilidade dos bens do indiciado. 
 
Parágrafo único - A indisponibilidade a que se refere o "caput" deste artigo recairá sobre bens 
que assegurem o integral ressarcimento do dano, ou sobre o acréscimo patrimonial resultante do 
enriquecimento ilícito. 
 
Responsabilidade do Sucessor: 
 
Art. 8º - O sucessor daquele que causar lesão ao patrimônio público ou se enriquecer 
ilicitamente está sujeito às cominações desta Lei até o limite do valor da herança. 
 
" A responsabilidade do sucessor está limitada ao valor da herança. 
 
 
 Os Atos de Improbidade Administrativa 
 
Noções Iniciais: 
Os atos de improbidade estão definidos em três modalidades: 
a) o art. 9° cuida dos atos que importam enriquecimento ilícito; 
b) o art. 10 trata dos atos que causam prejuízo ao erário; 
c) o art. 11 cuida dos atos que atentam contra os princípios da administração pública. 
 
I - Atos de Improbidade que Importam em Enriquecimento Ilícito: 
 
Art. 9º - Constitui ato de improbidade administrativa importando enriquecimento ilícito auferir 
qualquer tipo de vantagem patrimonial indevida em razão do exercício de cargo, mandato, 
função,emprego ou atividade nas entidades mencionadas no art. 1º desta Lei, e notadamente: 
 
I - receber, para si ou para outrem, dinheiro, bem móvel ou imóvel, ou qualquer outra vantagem 
econômica, direta ou indireta, a título de comissão, percentagem, gratificação ou presente de 
quem tenha interesse, direto ou indireto, que possa ser atingido ou amparado por ação ou 
omissão decorrente das atribuições do agente público; 
 
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II - perceber vantagem econômica, direta ou indireta, para facilitar a aquisição, permuta ou 
locação de bem móvel ou imóvel, ou a contratação de serviços pelas entidades referidas no art. 
1º por preço superior ao valor de mercado; 
 
III - perceber vantagem econômica, direta ou indireta, para facilitar a alienação, permuta ou 
locação de bem público ou o fornecimento de serviço por ente estatal por preço inferior ao valor 
de mercado; 
 
IV - utilizar, em obra ou serviço particular, veículos, máquinas, equipamentos ou material de 
qualquer natureza, de propriedade ou à disposição de qualquer das entidades mencionadas no 
art. 1º desta Lei, bem como o trabalho de servidores públicos, empregados ou terceiros 
contratados por essas entidades; 
 
V - receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indireta, para tolerar a 
exploração ou a prática de jogos de azar, de lenocínio, de narcotráfico, de contrabando, de 
usura ou de qualquer outra atividade ilícita, ou aceitar promessa de tal vantagem; 
 
VI - receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indireta, para fazer 
declaração falsa sobre medição ou avaliação em obras públicas ou qualquer outro serviço, ou 
sobre quantidade, peso, medida, qualidade ou característica de mercadorias ou bens fornecidos 
a qualquer das entidades mencionadas no art. 1º desta Lei; 
 
VII - adquirir, para si ou para outrem, no exercício de mandato, cargo, emprego ou função 
pública, bens de qualquer natureza cujo valor seja desproporcional à evolução do patrimônio ou 
à renda do agente público; 
 
VIII - aceitar emprego, comissão ou exercer atividade de consultoria ou assessoramento para 
pessoa física ou jurídica que tenha interesse suscetível de ser atingido, ou amparado por ação ou 
omissão decorrente das atribuições do agente público, durante a atividade; 
 
IX - perceber vantagem econômica para intermediar a liberação ou aplicação de verba pública 
de qualquer natureza; 
 
X - receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indiretamente, para omitir ato 
de ofício, providência ou declaração a que esteja obrigado; 
 
XI - incorporar, por qualquer forma, ao seu patrimônio bens, rendas, verbas ou valores 
integrantes do acervo patrimonial das entidades mencionadas no art.1º desta Lei; 
 
XII - usar, em proveito próprio, bens, rendas, verbas ou valores integrantes do acervo 
patrimonial das entidades mencionadas no art. 1º desta Lei. 
 
II - Atos de Improbidade que Causam Prejuízo ao Erário: 
 
Art.10 - Constitui ato de improbidade administrativa que causa lesão ao erário, qualquer ação 
ou omissão, dolosa ou culposa, que enseje perda patrimonial, desvio, apropriação, mau 
barateamento ou dilapidação dos bens ou haveres das entidades referidas no art. 1º desta Lei, e 
notadamente: 
 
I - facilitar ou concorrer por qualquer forma para a incorporação ao patrimônio particular, de 
pessoa física ou jurídica, de bens, rendas, verbas ou valores integrantes do acervo patrimonial 
das entidades mencionadas no art. 1º desta Lei; 
 
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II - permitir ou concorrer para que pessoa física ou jurídica privada utilize bens, rendas, verbas 
ou valores integrantes do acervo patrimonial das entidades mencionadas no art. 1º desta Lei, 
sem a observância das formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à espécie; 
 
III - doar à pessoa física ou jurídica bem como ao ente despersonalizado, ainda que de fins 
educativos ou assistenciais, bens, rendas, verbas ou valores do patrimônio de qualquer das 
entidades mencionadas no art. 1º desta Lei, sem observância das formalidades legais e 
regulamentares aplicáveis à espécie; 
 
IV - permitir ou facilitar a alienação, permuta ou locação de bem integrante do patrimônio de 
qualquer das entidades referidas no art. 1º desta Lei, ou ainda a prestação de serviço por parte 
delas, por preço inferior ao de mercado; 
 
V - permitir ou facilitar a aquisição, permuta ou locação de bem ou serviço por preço superior 
ao de mercado; 
 
VI - realizar operação financeira sem observância das normas legais e regulamentares ou 
aceitar garantia insuficiente ou inidônea; 
 
VII - conceder benefício administrativo ou fiscal sem a observância das formalidades legais ou 
regulamentares aplicáveis à espécie; 
 
VIII - frustrar a licitude de processo licitatório ou dispensá-lo indevidamente; 
 
IX - ordenar ou permitir a realização de despesas não autorizadas em lei ou regulamento; 
 
X - agir negligentemente na arrecadação de tributo ou renda, bem como no que diz respeito à 
conservação do patrimônio público; 
 
XI - liberar verba pública sem a estrita observância das normas pertinentes ou influir de 
qualquer forma para a sua aplicação irregular; 
 
XII - permitir, facilitar ou concorrer para que terceiro se enriqueça ilicitamente; 
 
XIII - permitir que se utilize, em obra ou serviço particulares, veículos, máquinas, equipamentos 
ou material de qualquer natureza, de propriedade ou à disposição de qualquer das entidades 
mencionadas no art. 1º desta Lei, bem como o trabalho de servidor público, empregados ou 
terceiros contratados por essas entidades. 
 
III - Atos de Improbidade que Atentam Contra os Princípios Administrativos: 
 
Art. 11 - Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da 
administração pública qualquer ação ou omissão que viole os deveres de honestidade, 
imparcialidade, legalidade, e lealdade às instituições, e notadamente: 
 
I - praticar ato visando fim proibido em lei ou regulamento ou diverso daquele previsto, na regra 
de competência; 
 
II - retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício; 
 
III - revelar fato ou circunstância de que tem ciência em razão das atribuições e que deva 
permanecer em segredo; 
 
IV - negar publicidade aos atos oficiais; 
 
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V - frustrar a licitude de concurso público; 
 
VI - deixar de prestar contas quando esteja obrigado a fazê-lo; 
 
VII - revelar ou permitir que chegue ao conhecimento de terceiro, antes da respectiva 
divulgação oficial, teor de medida política ou econômica capaz de afetar o preço de mercadoria, 
bem ou serviço. 
 
 
 As Penas 
 
Noções Iniciais: 
De acordo com o art. 37, § 4° da Constituição Federal os atos de improbidade administrativa trazem 
como conseqüência à suspensão dos direitos políticos, perda da função pública, a indisponibilidade 
dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação 
penal cabível. Na Lei de Improbidade Administrativa, as sanções estão previstas no art. 12, prevendo 
ainda outras medidas, tais como a multa civil e a proibição de contratar com o Poder Público ou 
receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios. Estas sanções têm natureza civil e política, não 
têm a natureza de sançõespenais, embora possa o ato de improbidade corresponder também a um 
ilícito penal, se configurar crime definido em lei. O ato de improbidade caracteriza um ilícito de 
natureza civil e política, porque pode implicar a suspensão dos direitos políticos, a indisponibilidade 
dos bens e o ressarcimento dos danos causados ao erário. 
 
! Segundo Maria Sylvia Di Pietro a perda da função pública não pode ser considerada uma sanção administrativa da mesma forma que não se pode afirmar que a perda do cargo prevista no art. 92, 
I, do Código Penal, seja sanção de natureza administrativa. A perda da função pública neste caso é 
inerente à própria suspensão dos direitos políticos. 
 
Art. 12 - Independentemente das sanções penais, civis e administrativas, previstas na legislação 
específica, está o responsável pelo ato de improbidade sujeito às seguintes cominações: 
 
I - na hipótese do art. 9º, perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio, 
ressarcimento integral do dano, quando houver, perda da função pública, suspensão dos direitos 
políticos de oito a dez anos, pagamento de multa civil de até três vezes o valor do acréscimo 
patrimonial e proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos 
fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da 
qual seja sócio majoritário, pelo prazo de dez anos; 
 
II - na hipótese do art. 10, ressarcimento integral do dano, perda dos bens ou valores acrescidos 
ilicitamente ao patrimônio, se concorrer esta circunstância, perda da função pública, suspensão 
dos direitos políticos de cinco a oito anos, pagamento de multa civil de até duas vezes o valor do 
dano e proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais 
ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja 
sócio majoritário, pelo prazo de cinco anos; 
 
III - na hipótese do art. 11, ressarcimento integral do dano, se houver, perda da função pública, 
suspensão dos direitos políticos de três a cinco anos, pagamento de multa civil de até cem vezes 
o valor da remuneração percebida pelo agente e proibição de contratar com o Poder Público ou 
receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por 
intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de três anos. 
 
Parágrafo único. Na fixação das penas previstas nesta Lei o juiz levará em conta a extensão do 
dano causado, assim como o proveito patrimonial obtido pelo agente. 
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Modalidades Penas 
Atos de improbidade que 
importam em enriquecimento 
ilícito 
(art. 9°) 
Ressarcimento integral do dano, quando houver. 
Perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio. 
Perda da função pública. 
Suspensão dos direitos políticos de oito a dez anos. 
Multa civil (até três vezes o valor do acréscimo patrimonial). 
Proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou 
incentivos fiscais ou creditícios pelo prazo de dez anos. 
Atos de improbidade que 
causam prejuízo ao erário 
(art. 10) 
Ressarcimento integral do dano. 
Perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio. 
Perda da função pública. 
Suspensão dos direitos políticos de cinco a oito anos. 
Multa civil (até duas vezes o valor do dano). 
Proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou 
incentivos fiscais ou creditícios pelo prazo de cinco anos. 
Atos de improbidade que 
atentam contra os princípios 
administrativos 
(art. 11) 
Ressarcimento integral do dano, se houver. 
Perda da função pública. 
Suspensão dos direitos políticos de três a cinco anos. 
Multa civil (até cem vezes o valor da remuneração). 
Proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou 
incentivos fiscais ou creditícios pelo prazo de três anos. 
 
 
 A Declaração de Bens 
 
Noções Gerais: 
Para facilitar a fiscalização da evolução patrimonial dos agentes públicos, a Lei 8.429/92 prevê a 
obrigação de declarar seus bens e valores que compõem seu patrimônio particular. 
 
Art. 13 - A posse e o exercício de agente público ficam condicionados à apresentação de 
declaração dos bens e valores que compõem o seu patrimônio privado, a fim de ser arquivada no 
Serviço de Pessoal competente. 
 
§ 1º - A declaração compreenderá imóveis, móveis, semoventes, dinheiro, títulos, ações, e 
qualquer outra espécie de bens e valores patrimoniais, localizados no País ou no exterior, e, 
quando for o caso, abrangerá os bens e valores patrimoniais do cônjuge ou companheiro, dos 
filhos e de outras pessoas que vivam sob a dependência econômica do declarante, excluídos 
apenas os objetos e utensílios de uso doméstico. 
 
§ 2º - A declaração de bens será anualmente atualizada e na data em que o agente público 
deixar o exercício do mandato, cargo, emprego ou função. 
 
§ 3º - Será punido com a pena de demissão, a bem do serviço público, sem prejuízo de outras 
sanções cabíveis, o agente público que se recusar a prestar declaração dos bens, dentro do 
prazo determinado, ou que a prestar falsa. 
 
§ 4º - O declarante, a seu critério, poderá entregar cópia da declaração anual de bens 
apresentada à Delegacia da Receita Federal na conformidade da legislação do Imposto sobre a 
Renda e proventos de qualquer natureza, com as necessárias atualizações, para suprir a 
exigência contida no "caput" e no § 2º deste artigo. 
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 O Procedimento Administrativo e o Processo Judicial 
 
Representação: 
Qualquer pessoa pode representar à autoridade administrativa competente para que seja instaurada a 
investigação destinada a apurar a prática de ato de improbidade. A rejeição, porém, não impedirá a 
investigação dos fatos pelo Ministério Público. 
 
Art. 14 - Qualquer pessoa poderá representar à autoridade administrativa competente para que 
seja instaurada investigação destinada a apurar a prática de ato de improbidade. 
 
§ 1º - A representação, que será escrita ou reduzida a termo e assinada, conterá a qualificação 
do representante, as informações sobre o fato e sua autoria e a indicação das provas de que 
tenha conhecimento. 
 
§ 2º - A autoridade administrativa rejeitará a representação, em despacho fundamentado, se esta 
não contiver as formalidades estabelecidas no § 1º deste artigo. A rejeição não impede a 
representação ao Ministério Público, nos termos do art. 22 desta Lei. 
 
§ 3º - Atendidos os requisitos da representação, a autoridade determinará a imediata apuração 
dos fatos que, em se tratando de servidores federais, será processada na forma prevista nos 
artigos 148 a 182 da Lei número 8.112, de 11 de dezembro de 1990 e, em se tratando de servidor 
militar, de acordo com os respectivos regulamentos disciplinares. 
 
Ministério Público/Tribunal de Contas: 
Instaurado o processo administrativo a comissão processante dará ciência ao Tribunal de Contas e ao 
Ministério Público, podendo estes, designar representantes para acompanhar o processo 
administrativo. 
 
Art. 15 - A comissão processante dará conhecimento ao Ministério Público e ao Tribunal ou 
Conselho de Contas da existência de procedimento administrativo para apurar a prática de ato 
de improbidade. 
 
Parágrafo único. O Ministério Público ou Tribunal ou Conselho de Contas poderá, a 
requerimento, designar representante para acompanhar o procedimento administrativo. 
 
Medidas Cautelares:Além da indisponibilidade dos bens (art. 7°), outras medidas cautelares estão previstas na Lei de 
Improbidade como o seqüestro dos bens e a investigação, exame e bloqueio de bens, contas bancárias 
e aplicações financeiras mantidas pelo indiciado no exterior. 
 
Art. 16 - Havendo fundados indícios de responsabilidade, a comissão representará ao Ministério 
Público ou à Procuradoria do órgão para que requeira ao juízo competente a decretação do 
seqüestro dos bens do agente ou terceiro que tenha enriquecido ilicitamente ou causado dano ao 
patrimônio público. 
 
§ 1º - O pedido de seqüestro será processado de acordo com o disposto nos artigos 822 a 825 do 
Código de Processo Civil. 
 
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! Código de Processo Civil: Art. 822 - O juiz, a requerimento da parte, pode decretar o seqüestro: 
I - de bens móveis, semoventes ou imóveis, quando lhes for disputada a propriedade ou a posse, 
havendo fundado receio de rixas ou danificações; 
II - dos frutos e rendimentos do imóvel reivindicando, se o réu, depois de condenado por sentença 
ainda sujeita a recurso, os dissipar; 
III - dos bens do casal, nas ações de separação judicial e de anulação de casamento, se o cônjuge 
os estiver dilapidando; 
IV - nos demais casos expressos em lei. 
Art. 823 - Aplica-se ao seqüestro, no que couber, o que este Código estatui acerca do arresto. 
Art. 824 - Incumbe ao juiz nomear o depositário dos bens seqüestrados. A escolha poderá, 
todavia, recair: 
I - em pessoa indicada, de comum acordo, pelas partes; 
II - em uma das partes, desde que ofereça maiores garantias e preste caução idônea. 
Art. 825 - A entrega dos bens ao depositário far-se-á logo depois que este assinar o compromisso. 
Parágrafo único - Se houver resistência, o depositário solicitará ao juiz a requisição de força 
policial. 
 
§ 2º - Quando for o caso, o pedido incluirá a investigação, o exame e o bloqueio de bens, contas 
bancárias e aplicações financeiras mantidas pelo indiciado no exterior, nos termos da lei e dos 
tratados internacionais. 
 
A Ação Judicial de Improbidade: 
Vem se firmando o entendimento de que a ação judicial cabível para apurar e punir os atos de 
improbidade tem a natureza de ação civil pública, sendo lhe cabível, no que não contrariar 
disposições específicas da lei de improbidade, a Lei n° 7.347/95. É sob essa forma que o Ministério 
Público tem proposto as ações de improbidade administrativa, com aceitação pela jurisprudência. 
 
Art. 17 - A ação principal, que terá o rito ordinário, será proposta pelo Ministério Público ou 
pela pessoa jurídica interessada, dentro de trinta dias da efetivação da medida cautelar. 
 
§ 1º - É vedada a transação, acordo ou conciliação nas ações de que trata o "caput". 
 
" A ação judicial de improbidade administrativa é vedada a transação, acordo ou conciliação. 
 
§ 2º - A Fazenda Pública, quando for o caso, promoverá as ações necessárias à complementação 
do ressarcimento do patrimônio público. 
 
§ 3º - No caso de a ação principal ter sido proposta pelo Ministério Público, aplica-se, no que 
couber, o disposto no § 3º do art. 6º da Lei n. 4.717, de 29 de junho de 1965. 
 
! Lei n° 4.717, de 29.06.65: Art. 6° - ....................................... 
§ 3º A pessoa jurídica de direito público ou de direito privado, cujo ato seja objeto de 
impugnação, poderá abster-se de contestar o pedido, ou poderá atuar ao lado do autor, desde que 
isso se afigure útil ao interesse público, a juízo do respectivo representante legal ou dirigente. 
 
§ 4º - O Ministério Público, se não intervier no processo como parte, atuará obrigatoriamente, 
como fiscal da lei, sob pena de nulidade. 
 
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Art. 18 - A sentença que julgar procedente ação civil de reparação de dano ou decretar a perda 
dos bens havidos ilicitamente determinará o pagamento ou a reversão dos bens, conforme o 
caso, em favor da pessoa jurídica prejudicada pelo ilícito. 
 
 
 As Disposições Penais 
 
Art. 19 - Constitui crime a representação por ato de improbidade contra agente público ou 
terceiro beneficiário quando o autor da denúncia o sabe inocente. 
Pena: detenção de seis a dez meses e multa. 
 
Parágrafo único. Além da sanção penal, o denunciante está sujeito a indenizar o denunciado 
pelos danos materiais, morais ou à imagem que houver provocado. 
 
Art. 20 - A perda da função pública e a suspensão dos direitos políticos só se efetivam com o 
trânsito em julgado da sentença condenatória. 
 
Parágrafo único - A autoridade judicial ou administrativa competente poderá determinar o 
afastamento do agente público do exercício do cargo, emprego ou função, sem prejuízo da 
remuneração, quando a medida se fizer necessária à instrução processual. 
 
Art. 21 - A aplicação das sanções previstas nesta Lei independe: 
 
I - da efetiva ocorrência de dano ao patrimônio público; 
 
II - da aprovação ou rejeição das contas pelo órgão de controle interno ou pelo Tribunal ou 
Conselho de Contas. 
 
Art. 22 - Para apurar qualquer ilícito previsto nesta Lei, o Ministério Público, de ofício, a 
requerimento de autoridade administrativa ou mediante representação formulada de acordo com 
o disposto no art.14, poderá requisitar a instauração de inquérito policial ou procedimento 
administrativo. 
 
 
 A Prescrição 
 
Noções Gerais: 
A prescrição da ação de improbidade abrange duas hipóteses. Na primeira (art. 23, I), a prescrição 
ocorre cinco anos após o término do exercício de mandato, de cargo em comissão ou de função de 
confiança. Para aqueles que exercem cargo efetivo ou emprego (art. 23, II), a prescrição ocorre no 
mesmo prazo prescricional previsto em lei específica para faltas disciplinares puníveis com demissão 
a bem do serviço público. 
 
Art. 23 - As ações destinadas a levar a efeito as sanções previstas nesta Lei podem ser 
propostas: 
 
I - até cinco anos após o término do exercício de mandato, de cargo em comissão ou de função 
de confiança; 
 
II - dentro do prazo prescricional previsto em lei específica para faltas disciplinares puníveis 
com demissão a bem do serviço público, nos casos de exercício de cargo efetivo ou emprego. 
 
 
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 Questões de Concursos 
 
 
01 - (Magistratura/RS - 2000) Os atos de improbidade administrativa são tratados pela Lei n.º 8.429, 
de 02.06.1992. Tomando por base o conteúdo desta lei, assinale a assertiva correta. 
( ) a) O sucessor daquele que causar lesão ao patrimônio público, por ser terceiro, não está 
sujeito às cominações desta lei. 
( ) b) É possível a transação no processo judicial que tenha por objeto atos de improbidade 
administrativa por se tratar de direitos disponíveis. 
( ) c) Constitui ato de improbidade administrativa que causa prejuízo ao erário, adquirir, 
para si, no exercício de mandato, bem cujo valor seja desproporcional à evolução da 
renda do agente político. 
( ) d) A pena de suspensão dos direitos políticos pela prática de ato de improbidade 
administrativa que importe enriquecimento ilícito é de 3 (três) a 5 (cinco) anos. 
( ) e) Constitui ato de improbidade administrativa que importa enriquecimento ilícito, 
perceber o agente público vantagem econômica para intermediar a liberação ou 
aplicação de verba pública dequalquer natureza. 
 
 
02 - (Magistratura/RS - 2003) Tomando por tema a "improbidade administrativa", considere as 
assertivas abaixo. 
I- O servidor público punido com pena de demissão através de processo administrativo 
disciplinar pode, pelo mesmo fato, também ser penalizado por improbidade administrativa 
prevista na Lei nº 8.429/92, já que as sanções são independentes. 
II- As ações destinadas a levar a efeito as sanções previstas no art. 12 da Lei nº 8.429/92 
podem ser propostas até 5 (cinco) anos após o término do exercício de mandado, de cargo 
em comissão ou de função de confiança. 
III- A ação Cível por improbidade administrativa, como ação patrimonial, admite 
transação. 
Quais são corretas? 
( ) a) Apenas I. 
( ) b) Apenas II. 
( ) c) Apenas III. 
( ) d) Apenas I e II. 
( ) e) I, II e III. 
 
 
03 - (Magistratura/RS - 2003) Sobre a responsabilidade civil da Administração Pública, é correto 
afirmar que 
( ) a) a Administração Pública somente está obrigada a reparar o dano se o lesado 
demonstrar que o agente público agiu com culpa. 
( ) b) a Administração Pública está obrigada a indenizar, mesmo que fique demonstrada a 
culpa exclusiva da vítima. 
( ) c) o art. 37, § 6º, da Constituição Federal adotou a teoria subjetiva da culpa. 
( ) d) paga a indenização, surge para a Administração Pública, independentemente de 
aferição de culpa, o direito de regresso. 
( ) e) o empregado de pessoa jurídica de direito privado prestadora de serviço público é 
considerado agente para efeito de responsabilidade civil administrativa. 
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04 - (Magistratura/MA) Quanto à responsabilidade dos servidores públicos é falso afirmar: 
( ) a) A obrigação de reparar o dano estende-se aos sucessores e contra eles será executada, 
até o limite do valor da herança recebida. 
( ) b) As sanções civis, penais e administrativas poderão cumular-se, sendo independentes 
entre si. 
( ) c) A responsabilidade civil decorre somente de ato comissivo de que resulte prejuízo a 
terceiros. 
( ) d) Tratando-se de danos causados a terceiros, responderá o servidor perante a Fazenda 
Pública, em ação regressiva. 
 
 
05 - (Magistratura/MG - 2000) Segundo norma constitucional de regência válida para a atuação dos 
agentes públicos de qualquer dos três Poderes, os atos de improbidade administrativa 
importarão 
( ) a) a suspensão dos direitos políticos e o ressarcimento ao erário, entre outros efeitos, na 
forma e na gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível. 
( ) b) a cassação dos direitos políticos, a perda da função pública e o ressarcimento ao erário, 
na forma e gradação legais; 
( ) c) a cassação dos direitos políticos, a indisponibilidade de bens e o ressarcimento ao 
erário, na forma legal. 
( ) d) a suspensão dos direitos políticos e da função pública e a indisponibilidade de bens, de 
acordo com o resultado de prévia ação penal. 
( ) e) a suspensão da função pública, a cassação dos direitos políticos e o ressarcimento ao 
erário, sem prejuízo da penalidade imposta em processo criminal. 
 
 
06 - (Ministério Público/SP - 81) Marque a opção em que se inclui norma incompatível com o 
sistema da Lei n.º 8.429, de 2 de junho de 1992, que dispõe sobre as sanções aplicáveis às 
condutas de improbidade administrativa. 
( ) a) O sucessor daquele que causar lesão ao patrimônio público ou se enriquecer 
ilicitamente sujeita-se às cominações da Lei até o limite do valor da herança. 
( ) b) Na fixação das penas previstas, o juiz levará em conta a extensão do dano causado, 
assim como o proveito patrimonial obtido pelo agente. 
( ) c) As ações destinadas a levar a efeito as sanções previstas na Lei podem ser propostas 
no prazo de até cinco anos após o término do exercício do mandato, de cargo em 
comissão ou de função de confiança, ou dentro do prazo prescricional previsto em lei 
específica para faltas disciplinares puníveis com demissão a bem do serviço público, 
nos casos de exercício de cargo efetivo ou emprego. 
( ) d) O agente público que sofra investigação por improbidade pode ser afastado do 
exercício do cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração, caso a medida 
se mostre necessária à instrução processual. 
( ) e) A aplicação das sanções previstas depende da efetiva ocorrência de dano ao 
patrimônio público, mas independe da aprovação ou rejeição das contas pelo órgão de 
controle interno ou pelo Tribunal ou Conselho de Contas. 
 
 
 
 
 
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07 - (Ministério Público/SP - 81) A regra da responsabilidade objetiva do Estado pelos danos que 
seus agentes causem a terceiros (prevista no art. 37, § 6.º, da Constituição Federal), não se 
aplica 
( ) a) às empresas públicas e às sociedades de economia mista prestadoras de serviços 
públicos. 
( ) b) a quaisquer empresas públicas ou sociedades de economia mista, independentemente 
da atividade que constitua objeto de seu funcionamento. 
( ) c) às empresas públicas e às sociedades de economia mista dedicadas à exploração de 
atividade econômica. 
( ) d) às mencionadas na alternativa “B” e também aos concessionários de serviços públicos, 
pois tratando-se de pessoas jurídicas de direito privado, aplica-se a teoria da 
responsabilidade com culpa. 
( ) e) às mencionadas nas alternativas “B” e “D” e também aos permissionários de serviços 
públicos, pois como são pessoas jurídicas privadas, ao lesado incumbe o ônus da 
demonstração da culpa. 
 
 
08 - (Ministério Público/SP - 81) Caso o ato lesivo praticado por agente público, no exercício das 
funções, dê causa à instauração de persecução penal, constituirá causa impeditiva de sua 
responsabilização civil, em ação regressiva da Administração Pública, 
( ) a) a absolvição por insuficiência de provas. 
( ) b) a absolvição por ausência de culpabilidade penal. 
( ) c) a extinção da punibilidade pela prescrição da pretensão punitiva. 
( ) d) a absolvição por atipicidade penal. 
( ) e) a absolvição por negativa da autoria ou do fato. 
 
 
09 - (Ministério Público/SP - 82) Segundo a teoria do risco administrativo, a administração pode 
excluir ou atenuar sua responsabilidade, provando: 
I – que não houve nexo de causalidade vinculando seu comportamento ao dano; 
II – que não houve mau funcionamento ou retardamento do serviço; 
III – que o dano ocorreu por culpa exclusiva ou parcial da vítima. 
Pode-se afirmar que apenas 
( ) a) os itens I e III estão corretos. 
( ) b) o item I está correto. 
( ) c) o item II está correto. 
( ) d) o item III está correto. 
( ) e) os itens II e III estão corretos. 
 
 
10 - (Ministério Público/SP - 82) A lei a improbidade administrativa contém apenas uma das 
disposições abaixo. Indique-a. 
( ) a) A autoridade administrativa poderá decretar o seqüestro dos bens do agente que tenha 
enriquecido ilicitamente ou causado dano ao patrimônio público. 
( ) b) O seqüestro dos bens só poderá ser decretado no curso de procedimento 
administrativo. 
( ) c) A ação principal será proposta dentro do prazo de 60 dias pelo Ministério Público, 
único legitimado para tanto. 
( ) d) A sentença que julgar a ação civil procedente determinará que o réu repare o dano 
causado, efetuando o pagamento respectivo, ou decretará a reversão dos bens, em 
favor de pessoa jurídica prejudicada. 
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( ) e) O Ministério Público poderá desistir da ação, se houver acordo, transação ou 
conciliação. 
 
 
11 - (Ministério Público/RS - 42) Assinale a alternativa correta: 
( ) a) A prática de atos de improbidade administrativa pelo servidor público poderá acarretar 
a suspensão de seus direitos políticos. 
( ) b) O seqüestro dos bens do servidor público, devido a danos por ele causados ao 
patrimônio público, somente poderá ser decretado após o trânsito em julgado da 
sentença prolatada no processo respectivo. 
( ) c) A ação principal, no tocante à improbidade administrativa, terá rito ordinário e poderá 
ser proposta exclusivamente pelo Ministério Público. 
( ) d) O ressarcimento ao erário, em caso de improbidade administrativa, poderá vir a ser 
dispensado quando ocorrer o reconhecimento, pelo servidor público, dos atos 
praticados indevidamente, caracterizando-se em tal hipótese a transação. 
( ) e) Todas as alternativas anteriores estão corretas. 
 
 
12 - (Ministério Público/MG - 37) Assinale a alternativa correta: 
( ) a) constitui ato de improbidade administrativa importando enriquecimento ilícito auferir 
qualquer tipo de vantagem patrimonial indevida em razão do exercício do cargo, 
mandato, função, emprego ou atividade nas entidades mencionadas no artigo 1º da Lei 
8.429/92, e notadamente: 
I - utilizar, em obra ou serviço particular, veículos, máquinas, equipamentos ou 
material de qualquer natureza, de propriedade ou à disposição de qualquer das 
entidades mencionadas no artigo 1º da Lei Federal 8.429/92, bem como o trabalho de 
servidores públicos, empregados ou terceiros contratados por essas entidades; 
II - perceber vantagem econômica para intermediar a liberação ou aplicação de verba 
pública de qualquer natureza; 
III - receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indiretamente, para 
omitir ato de ofício, providência ou declaração a que seja obrigado; 
( ) b) não constitui ato de improbidade administrativa e sim mera irregularidade a liberação 
de verba pública sem a estrita observância das normas pertinentes; 
( ) c) a lei estabelecerá os prazos de prescrição para ilícitos praticados por qualquer agente, 
servidor ou não, que causem prejuízos ao erário, ressalvadas as respectivas ações de 
ressarcimento que podem ser propostas até (cinco) 5 anos após o término do exercício 
de mandato, de cargo em comissão ou de função de confiança; 
( ) d) quando o ato de improbidade causar lesão ao patrimônio público ou ensejar 
enriquecimento ilícito, caberá à autoridade administrativa responsável pelo inquérito 
representar ao Procurador-Geral do Estado, para imediata indisponibilidade dos bens 
do indiciado; 
( ) e) o sucessor daquele que causar lesão ao patrimônio público ou se enriquecer 
ilicitamente está sujeito às cominações da Lei de Improbidade Administrativa, 
desconsiderando-se, inclusive, o limite do valor da herança. 
 
 
 
 
 
 
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13 - (Ministério Público/MG - 39) Assinale a opção falsa: 
( ) a) Para efeito da lei que dispõe sobre as sanções aplicáveis aos que praticam ato de 
improbidade (Lei n° 8.429/92), reputa-se agente público todo aquele que exerce, ainda 
que transitoriamente ou sem remuneração, em virtude de qualquer forma de 
investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função na administração pública 
direta, indireta ou fundacional, de qualquer das esferas governamentais, de empresa 
incorporada ao patrimônio público ou de ente privado para cuja criação ou custeio o 
erário haja concorrido ou concorra, ou, ainda, de ente subvencionado, beneficiado ou 
incentivado por órgão público. 
( ) b) Aquele que não é agente público, mas concorre para a prática de ato de improbidade, 
também está sujeito a todas as sanções previstas na Lei n° 8.429/92. 
( ) c) Quando o ato de improbidade causar lesão ao patrimônio público ou ensejar 
enriquecimento ilícito, caberá à autoridade administrativa responsável pelo inquérito 
representar ao Ministério Público, para a indisponibilidade dos bens do indiciado. 
( ) d) O responsável pelo ato de improbidade está sujeito, no que couber, a perda dos bens 
ou valores acrescidos ilicitamente ao seu patrimônio, ressarcimento integral do dano, 
perda da função, suspensão dos direitos políticos, pagamento de multa civil, proibição 
de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou 
creditícios. 
( ) e) Na ação que tem por objeto combater ato de improbidade é vedada a transação, acordo 
ou conciliação. 
 
 
14 - Sem querer invocar a culminância da “teoria do risco integral”, se, no direito brasileiro, o 
funcionário público age com dolo ou culpa, causando danos a terceiros, no exercício 
regular de suas funções, qual das teorias de direito público é necessária e suficiente para 
fundamentar, com êxito, a ação de responsabilidade civil proposta pelo particular 
prejudicado contra o Estado? 
( ) a) teoria subjetiva ou da culpa administrativa. 
( ) b) teoria objetiva. 
( ) c) teoria do risco. 
( ) d) teoria do risco integral. 
( ) e) teoria do acidente administrativo. 
 
 
15 - Qual o princípio que informa a teoria do risco integral, invocada para fundamentar a 
obrigação de indenizar, por parte do Estado, quando agente público, “sem dolo ou culpa”, 
causa danos ao cidadão? 
( ) a) princípio da obrigatoriedade. 
( ) b) princípio da responsabilidade objetiva. 
( ) c) princípio da responsabilidade solidária. 
( ) d) princípio da solidariedade objetiva. 
( ) e) princípio da repartição eqüitativa dos ônus e encargos públicos. 
 
 
 
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 Gabarito 
 
 
01.E 02.D 03.E 04.C 05.A 06.E 07.C 08.E 09.A 10.D 
 
11.A 12.A 13.B 14.A 15.E 
 
 
 
 
 
 
 Bibliografia 
 
 
• Direito Administrativo Brasileiro 
 Hely Lopes Meirelles 
 São Paulo: Malheiros, 18a ed., 1990 
 
• Direito Administrativo 
 Maria Sylvia Zanella Di Pietro 
 São Paulo: Editora Atlas, 13a ed., 2001 
 
• Direito Administrativo para Concursos Públicos 
 José Cretella Jr. 
 São Paulo: Revista dos Tribunais, 7ª ed., 1995 
 
 
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