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Resumão do módulo 12

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Resumão do módulo 12
Problema 1
· Agente tóxico ou toxicante é qualquer substância química ou agente físico (radiações X, gama, ultravioleta etc.) que ao interagir com o organismo vivo provoca algum efeito nocivo
· Peçonha se for transmitida por mordedura ou ferroada, sendo os animais chamados de peçonhentos, como, por exemplo, as serpentes, os escorpiões e as abelhas. 
· Chamada de veneno se o animal não possuir um aparelho inoculador, sendo esses chamados de animais venenosos, como, por exemplo, os sapos, cujo veneno está presente na pele e/ou nas glândulas paratoides, bem como nas asas de algumas borboletas e nas cerdas de algumas lagartas. – (basicamente venoso e peçonha são toxinas)
Principais Serpentes
Botrópicos : Bothrops (ex: jararaca do Amazonas/ jararaca pintada/ caiçaca). São responsáveis entre 85% a 95% dos acidentes ofídicos do Brasil. Principais efeitos: “inflamatória aguda”, coagulante e hemorrágica – muitas compicações locais
Crotálicos: Crotalus (cascavéis). Atividade neurótica (miotóxico). Poucas alterações locais. Mioglobina possui atividade tóxica sobre os rins, sua presença maciça na circulação pode levar ao desenvolvimento da insuficiência renal aguda (IRA), 
Elapídico: Elapidae (corais). Ação neurotóxica.
· Neurotoxina pré-sináptica: atividade fosfolipásica que interfere no influxo de Ca+2 para o interior da terminação axonal colinérgica (pré-sináptico) das junções neuromusculares, impedindo que ocorra a migração das vesículas contendo acetilcolina e sua liberação na fenda sináptica; não há, assim, neurotransmissor para a promoção da contração muscular.
· Neurotoxina pós-sináptica: possui atividade antagonista competitiva colinérgica na fenda sináptica da junção neuromuscular, bloqueando receptores nicotínicos( receptores de acetilcolina) pós-sinápticos na placa motora e, consequentemente, levando ao desenvolvimento da paralisia flácida
Laquético: gênero Lachesis(surucucu). Atividade “inflamatória aguda local”/ proteolíticas, coagulante, hemorrágica e “neurotóxica”
Soros
1. Anticrotálico:  Crotalus,  (cobra cascavel)
1. Antibotrópico (pentavalente): Bothrops, (jararaca, jararacuçu, urutu, surucucu, comboia). 
1. Soro antielapídico(bivalente), (coral verdadeira).
1. Soro antibotrópico (pentavalente) e antilaquético : Bothrops (jararaca, jararacuçu, urutu, surucucu, comboia), ou em acidentes por Lachesis (surucucu-pico-de-jaca), encontrada principalmente na Amazônia.
1. Soro antibotrópico (pentavalente) e anticrotálico : Bothrops (jararaca, jararacuçu, urutu, surucucu, comboia), ou em acidente por Crotalus (cobra cascavel)
Acidentes ofídicos e tratamentos
· Após um acidente ofídico, o paciente deve ser tranquilizado e removido para o hospital ou centro de saúde mais próximo. 
· O local da picada deve ser lavado com água e sabão. 
· Se possível hidratar a vítima, para prevenir a insuficiência renal aguda. 
· Na medida do possível, deve-se evitar que a pessoa ande ou corra, ela deve ficar deitada com o membro picado elevado – evitar a circulação 
· Não se deve fazer o uso de torniquetes (garrotes), incisões ou passar substâncias (folhas, pó de café, couro da cobra etc.) no local da picada. Essas medidas interferem negativamente, aumentando a chance de complicações como infecções, necrose e amputação de um membro.
· O único tratamento é o soro antiofídico, que é específico para cada tipo (gênero) de serpente. Quanto antes for iniciada a terapia com soro, menor será a chance de haver complicações. As escolhas do soro e sua dosagem dependem do diagnóstico médico, que deve levar em consideração as peculiaridades de cada tipo de acidente.
· Levar junto a cobra (viva ou morta) para identificação ou tirar foto.
Problema 2
Intoxicação: conjunto de sinais (objetivo, mensurável) e/ou sintomas (subjetivo, sentido pelo doente) causados pelo agente tóxico no organismo animal; este conjunto de sinais e/ou sintomas evidenciam uma alteração orgânica ou quebra da homeostasia ou ainda alteração patológica, podendo ou não ser reversível. A habilidade intrínseca do tecido lesado de se regenerar é que vai determinar a natureza reversível ou não da lesão.
Tipos de intoxicação
Segundo o tempo de 
· Aguda: rápido aparecimento dos sintomas, exposição única ou por curto período a produto extremamente ou altamente tóxico.
· Subaguda: surgimento lento dos sintomas. Decorre de exposições intermitentes ou continuadas, horas por dia ou por período longo a substancias altamente ou medianamente tóxicas - sintomas são vagos e subjetivos tais como cefaléia, fraqueza, mal estar, dor abdominal e sonolência .
· Crônica: surgimento tardio de sintomas, decorrentes de exposição ao longo de meses ou anos a produtos medianamente ou pouco tóxicos, ou a múltiplos produtos. Ocasionam danos irreversíveis, tais como lesões hepáticas, renais, neuropatias e neoplasias. Geralmente ocupacional ou ambiental – por mais de 3 anos
· Subcrônica: aquela em que os efeitos tóxicos em animais produzidos por exposições diárias repetidas a uma substância, por qualquer via, aparecem em um período de aproximadamente 10% do tempo de vida de exposição do animal ou alguns meses – 1 a 3 meses
Segundo a severidade
· Leve: rapidamente reversíveis e desaparecem com o término da exposição. 
· Moderada :são reversíveis e não são suficientes para provocar danos físicos sérios ou prejuízos à saúde. 
· Grave ocorrem mudanças irreversíveis no organismo, suficientemente severas para produzirem lesões graves ou morte.
Fases
· Fases de exposição: contato de estruturas internas e externas com o toxicante
· Fase toxicocinética: absorção, distribuição, biotransformação e excreção
1- Absorção: transferência do composto químico do sítio de exposição, que geralmente é superfície corpórea interna ou externa, para dentro da circulação sistêmica. Fatores que influenciam a absorção: concentração, área de superfície da exposição, características da camada epitelial que o toxicante está sendo absorvido e a solubilidade lipídica, sendo que moléculas lipossolúveis são absorvidas mais facilmente para o interior das células.
2-Distribuição para o alvo e para longe do alvo: os toxicantes saem do sangue durante a fase de distribuição, entram no espaço extracelular e alcançam o sítio ou sítios de ação, geralmente uma macromolécula na superfície ou no interior de um tipo específico de célula.
3- Biotransformação (produtos danosos é chamada de toxificação ou ativação metabólica) Com alguns xenobióticos, a toxificação confere propriedades físico-químicas que alteram de forma adversa o microambiente de processos ou estruturas biológicas. 
Detoxificação: biotransformações que eliminam o toxicante ou previnem a formação desses toxicantes são chamadas de detoxificações. Em alguns casos, a detoxificação pode competir com a toxificação. Quando a detoxificação pode ser insuficiente quando o toxicante é maior do que a detoxificação, um toxicante reativo inativa uma enzima detoxificante, a detoxificação é revertida após a transferência para outros tecidos ou quando subprodutos danosos são gerados pelo processo de toxificação.
4- Eliminação pré-sistêmica: eliminação pré-sistêmica geralmente reduz os efeitos tóxicos de compostos químicos que alcançam os sítios-alvo pela circulação sistêmica, mas podem contribuir para a lesão da mucosa digestiva, do fígado e dos pulmões, porque esses processos promovem liberação do toxicante para esses sítios.
A concentração do toxicante na molécula-alvo depende da eficácia relativa no processo que aumenta ou diminui sua concentração no sítio-alvo . O aumento da concentração é facilitado pela absorção, distribuição no sítio de ação, reabsorção e toxificação, enquanto a eliminação pré-sistêmica, a distribuição para fora do sítio de ação, a excreção e a detoxificação diminuem a concentração do toxicante no alvo.
Fase toxicodinâmica( interação) : interação entre o toxicante e os sítios alvos, causando alteraçõeshomeostáticas : a toxicidade costuma ser mediada pela reação de um toxicante com a molécula-alvo. Subsequentemente, ocorre uma série de eventos bioquímicos secundários, levando a uma disfunção ou a um dano que se manifesta em vários níveis da organização, como na molécula-alvo em si, em organelas celulares, nas células, nos tecidos, nos órgãos e, até mesmo, no organismo como um todo.
Etapa 4 - Reparo ou falha no reparo(clínica) ou Fase clínica: sinais e sintomas, alterações patológicas resultantes dessas alterações. Podendo ser reversíveis ou não . Sinais clínico: bolha, febre, dificuldade de respirar.
Intoxicação por pesticidas 
Síndromes toxicológicas
Escala REED – Avaliar o estado de consciência 
Contaminação por agrotóxicos
Organofosforados – Chumbinho : Inibição irreversível da enzima acetilcolinesterase (inativa acetilcolina por meio da hidrólise). Inibição irreversível. 
Tratamento: atropina e pralidoxima
Carbamatos: inibição reversível da enzima acetilcolinesterase( inibição fraca da acetilicolinesterase) . Sintomas mesmos que os organofosforados. Aplicação somente da atropina. plantas (Atropa belladonna, Trombeta de anjo, Meimendro-negro), medicamentos (atropina, escopolamina, ciclopentolato, tropicamida, ciclobenzaprina, antipsicóticos de primeira geração, antidepressivos tricíclicos, anti-histamínicos, antiparkisonianos)
Pireitroides : aumento do tempo de despolarização dos canais de Na+ e bloqueio dos canais de Cl-. Hiperexcitabilidade. : Grupo de inseticidas sintéticos derivados das piretrinas naturais, que são extraídas das flores de crisântemo. Fenômenos de sinais alérgicos. Tratamentto é manter o suporte. Não há antídotos.
Tipo I: não possuem o grupo ciano e Tipo II: possuem um grupo ciano
Em concentrações altas, os piretróides do tipo II ligam-se aos receptores do GABA bloqueando os canais de cloro e sua ativação o que leva a uma hiperexcitabilidade do SNC.
Organoclorados : interferência do fluxo iônico. Náuseas e convulsão. Não tem antídoto, mantém somente o suporte. 
· Atropina: Age como um bloqueador dos receptores muscarínicos, evitando a ação da acetilcolina acumulada nas sinapses
· Pralidoxima : uso definido somente em organofosforados:, antídoto reativador da actilcolinesterase
· Oximas: reativação da acetilcolinesterase;
Síndromes 
Síndrome colinérgica( muita acetilcolina): diminuição da atividade da enzima acetilcolinesterase e caracteriza-se por: sialorréia, lacrimejamento, diurese, diaforese, diarréia e vômitos, broncorréia (edema pulmonar), bradicardia, broncoespasmo, fraqueza e fasciculações musculares e convulsões. Substâncias : Agrotóxicos organofosforados, carbamatos e cogumelos;
	
	Muscarínicos
	Nicotínicos
	Centrais/mistas
	Miose
Bradicardia
Broncorréia, broncoespasmo
Vômitos, diarréia
Sialorréia, lacrimejamento
Incontinência urinária
	Midríase
Taquicardia
Broncodilatação
Hipertensão
Diaforese
Fraqueza e fasciculação muscular
	Agitação
Confusão mental
Letargia 
Convulsões 
Coma
Óbito
Síndrome anticolinérgica: bloqueio dos receptores muscarínicos da acetilcolina. Normalmente os pacientes apresentam agitação psicomotora e/ou sonolência, confusão mental, alucinações visuais, mucosas secas, rubor cutâneo, hipertermia, retenção urinária, diminuição dos ruídos intestinais, midríase e cicloplegia - paralisia do músculo ciliar do olho (incapacidade de acomodação visual para perto). Substância: antagonistas H1 da histamina, atropina, escopolamina (hioscina), antidepressivos tricíclicos, vegetais beladonados
Aumentar o tempo de permanência da acetilcolina na fenda.
Síndrome serotoninérgica: estimulação excessiva de receptores serotoninérgicos centrais e periféricos provocada pela serotonina e pode ser devido ao : aumento da produção, da liberação ou diminuição da recaptação da serotonina (LSD e Lítio)
Ao aumento da resposta pós-sináptica à estimulação causada pela serotonina: lítio. Clinicamente a síndrome serotoninérgica apresenta-se como uma tríade de sintomas envolvendo disfunção autonômica, alterações neurológicas e mentais. O diagnóstico é sugestivo quando há manifestação de quatro ou mais sintomas em cada grupo descritos no quadro abaixo.
	Diagnóstico clínico da síndrome serotoninérgica
	Disfunção autonômica
	Alterações neurológicas
	Alterações mentais
	Diaforese
	Tremores
	Alteração da consciência
	Diarreia
	Vertigem
	Agitação
	Febre
	Hiperrreflexia
	Hipomania
	Taquicardia sinusal
	Mioclonia
	Letargia
	Hiper ou hipotensão
	Convulsões
	Insônia
	Taquipneia
	Rigidez muscular
	Alucinações
	Midríase
	Reflexo de Babinski
	Hiperatividade
	Rubor
	Opistótono
	 
	Cãibras abdominais
	Ataxia
	 
	Sialorréia
	Coma
	 
	Calafrios
	 
	 
Contudo, deve-se realizar diagnóstico diferencial com outras situações que possam apresentar manifestações clínicas em comum. O diagnóstico diferencial mais importante e provável refere-se à síndrome neuroléptica maligna (SNM), caso o paciente iniciou o uso de agentes neurolépticos ou teve a dose aumentada antes do aparecimento dos sinais e sintomas. Deve-se ainda fazer exclusão entre síndrome anticolinérgica; intoxicação por carbamazepina; infecções do sistema nervoso central; insolação; abstinência de etanol, opióides ou hipnótico-sedativos; overdose de simpatomiméticos e intoxicação por lítio. 
 Síndrome simpatomimética: caracterizada por agitação psicomotora, alucinações, paranóia, sudorese, taquicardia, hipertensão arterial (ou hipotensão nos casos graves), midríase, tremores, convulsões e arritmias nos casos graves. É determinada por agentes que promovem estimulação da atividade simpática através de: Anfetaminas, ecstasy, cocaína, teofilina, fenilpropanolamina, efedrina, pseudoefedrina e cafeína.
broncodilatadores, descongestionantes nasais, anorexígenos, estimulantes da vigília e do humor, agentes alucinógenos
Síndrome de liberação extrapiramidal : bloqueio de receptores dopaminérgicos. O paciente apresenta-se com quadro de hipertonia, espasmos musculares, sinal da roda denteada, catatonia, acatisia, crises oculógiras, opistótono, mímica facial pobre, choro monótono. metoclopramida e a bromoprida,
Síndrome metemoglobinêmica: conversão excessiva da hemoglobina em metemoglobina que é incapaz de se ligar e transportar oxigênio. Dentre as manifestações clínicas destacam-se: cianose, taquicardia, astenia, irritabilidade, dificuldade respiratória, depressão neurológica e convulsões.
Síndrome narcótica: manifestações clínicas incluem de sonolência ao coma, hiporreflexia, miose, hipotensão, bradicardia, hipotermia e edema pulmonar. Os benzodiazepínicos (diazepam, alprazolam, midazolam, etc) 
Naloxona: antagonista de opioide indicado para o tratamento de emergência de superdose ou intoxicação aguda por opioide. Antagonista dos receptores opioides
Problema 3 – Material biológico perfurocortante
Acidentes com material biológico: lesões corporais que envolvem o contato direto com sangue e fluidos orgânicos no ambiente de trabalho, podendo ocorrer por inoculação percutânea, por intermédio de agulhas ou objetos cortantes, e pelo contato direto com pele e/ou mucosas não íntegras
· fluidos orgânicos potencialmente infectantes (sêmen, secreção vaginal, liquor, líquido sinovial, líquido pleural, peritoneal, pericárdico e amniótico, sangue),
fluidos orgânicos potencialmente não-infectantes (suor, lágrima, fezes, urina e saliva), exceto se contaminado com sangue
HIV – Vírus da imunodeficiência
· Paciente-fonte HIV positivo : quando há documentação de exames Anti-HIV positivos ou o diagnóstico clínico de aids. Conduta: análise do acidente e indicação de quimioprofilaxia anti-retroviral (ARV). 
· Paciente-fonte HIV negativo: envolve a existência de documentação laboratorial disponível e recente (até 60 dias para o HIV) ou no momento do acidente, através do teste convencional ou do teste rápido. Não está indicada a quimioprofilaxia anti-retroviral. 
· Paciente-fonte com situação sorológica desconhecida: um paciente-fonte com situação sorológica desconhecida deve, sempre que possível, ser testadopara o vírus HIV, depois de obtido o seu consentimento; deve-se colher também sorologias para HBV e HCV. 
· Paciente-fonte desconhecido: na impossibilidade de se colher as sorologias do paciente-fonte ou de não se conhecer o mesmo, recomenda-se a avaliação do risco de infecção pelo HIV, levando-se em conta o tipo de exposição, dados clínicos e epidemiológicos. 
Indicação de Profilaxia Pós-Exposição (PPE) ou Anti- Viral : quando indicada, deverá ser iniciada o mais rápido possível, idealmente, nas primeiras 2 horas após o acidente. Estudos em animais sugerem que a quimioprofilaxia não é eficaz quando iniciada 24 a 48 horas após a exposição. Recomenda-se que o prazo máximo, para início de PPE, seja de até 72 horas após o acidente. A duração da quimioprofilaxia é de 28 dias. 
HBV – Hepatite B ( não tem cura)
HCV – Hepatite C ( tem cura)
Até o momento não existe nenhuma profilaxia pós-exposição contra o HCV. A incubação do HCV é de 2 a 24 semanas (em média 6 a 7 semanas). Pode ocorrer alteração na TGP em torno de 15 dias e a positividade do RNA-HCV (PCR – reação em cadeia da polimerase) aparece entre 8 e 21 dias. O Anti-HCV (3.ª geração) já pode ser detectado cerca de seis semanas após a exposição. Considerando que a positivação do Anti-HCV pode ser tardia e que grande parte dos profissionais acidentados terão a eliminação espontânea do vírus até 70 dias após a exposição, é recomendada a realização do RNA-VHC qualitativo 90 dias após a data do acidente. Caso positivo, o profissional acidentado será orientado a realizar o tratamento. 
Dessa forma, o acompanhamento preconizado para trabalhadores que se acidentaram com fonte HCV positiva ou desconhecida consiste na realização dos seguintes exames: 
GRUPO A : resíduos com a possível presença de agentes biológicos que, por suas características, podem apresentar risco de infecção. 
Subgrupo A1
 - Culturas e estoques de micro-organismos; resíduos de fabricação de produtos biológicos, exceto os medicamentos hemoderivados; descarte de vacinas de microrganismos vivos, atenuados ou inativados; meios de cultura e instrumentais utilizados para transferência, inoculação ou mistura de culturas; resíduos de laboratórios de manipulação genética.
 - Resíduos resultantes da atividade de ensino e pesquisa ou atenção à saúde de indivíduos ou animais, com suspeita ou certeza de contaminação biológica por agentes classe de risco 4, microrganismos com relevância epidemiológica e risco de disseminação ou causador de doença emergente que se torne epidemiologicamente importante ou cujo mecanismo de transmissão seja desconhecido. 
- Bolsas transfusionais contendo sangue ou hemocomponentes rejeitadas por contaminação ou por má conservação, ou com prazo de validade vencido, e aquelas oriundas de coleta incompleta. 
- Sobras de amostras de laboratório contendo sangue ou líquidos corpóreos, recipientes e materiais resultantes do processo de assistência à saúde, contendo sangue ou líquidos corpóreos na forma livre. 
Subgrupo A2 - Carcaças, peças anatômicas, vísceras e outros resíduos provenientes de animais submetidos a processos de experimentação com inoculação de microrganismos, bem como suas forrações, e os cadáveres de animais suspeitos de serem portadores de microrganismos de relevância epidemiológica e com risco de disseminação, que foram submetidos ou não a estudo anatomopatológico ou confirmação diagnóstica. 
Subgrupo A3 - membros do ser humano; produto de fecundação sem sinais vitais, com peso menor que 500 gramas ou estatura menor que 25 centímetros ou idade gestacional menor que 20 semanas, que não tenham valor científico ou legal e não tenha havido requisição pelo paciente ou seus familiares. 
Subgrupo A4 
- Kits de linhas arteriais, endovenosas e dialisadores, quando descartados. 
- Filtros de ar e gases aspirados de área contaminada; membrana filtrante de equipamento médico-hospitalar e de pesquisa, entre outros similares. 
– Sobras de amostras de laboratório e seus recipientes contendo fezes, urina e secreções, provenientes de pacientes que não contenham e nem sejam suspeitos de conter agentes classe de risco 4, e nem apresentem relevância epidemiológica e risco de disseminação, ou microrganismo causador de doença emergente que se torne epidemiologicamente importante ou cujo mecanismo de transmissão seja desconhecido ou com suspeita de contaminação com príons. 
- Resíduos de tecido adiposo proveniente de lipoaspiração, lipoescultura ou outro procedimento de cirurgia plástica que gere este tipo de resíduo. 
- Recipientes e materiais resultantes do processo de assistência à saúde, que não contenha sangue ou líquidos corpóreos na forma livre. 
- Peças anatômicas (órgãos e tecidos), incluindo a placenta, e outros resíduos provenientes de procedimentos cirúrgicos ou de estudos anatomopatológicos ou de confirmação diagnóstica. 
- Cadáveres, carcaças, peças anatômicas, vísceras e outros resíduos provenientes de animais não submetidos a processos de experimentação com inoculação de microrganismos. 
- Bolsas transfusionais vazias ou com volume residual pós-transfusão. 
Subgrupo A5 
-Órgãos, tecidos e fluidos orgânicos de alta infectividade para príons, de casos suspeitos ou confirmados, bem como quaisquer materiais resultantes da atenção à saúde de indivíduos ou animais, suspeitos ou confirmados, e que tiveram contato com órgãos, tecidos e fluidos de alta infectividade para príons. 
- Tecidos de alta infectividade para príons são aqueles assim definidos em documentos oficiais pelos órgãos sanitários competentes. 
GRUPO B (Resíduo Químico) : resíduos contendo produtos químicos que apresentam periculosidade à saúde pública- Produtos farmacêuticos - Resíduos de saneantes, desinfetantes, desinfestantes; resíduos contendo metais pesados; reagentes para laboratório, inclusive os recipientes contaminados por estes. - Efluentes de processadores de imagem (reveladores e fixadores). - Efluentes dos equipamentos automatizados utilizados em análises clínicas. - Demais produtos considerados perigosos: tóxicos, corrosivos, inflamáveis e reativos. 
GRUPO C(Resíduos Radioativos) : Qualquer material que contenha radionuclídeo em quantidade superior aos níveis de dispensa especificados em norma da CNEN e para os quais a reutilização é imprópria ou não prevista. 
GRUPO D ( Resíduos Domésticos)
Resíduos que não apresentam risco biológico, químico ou radiológico à saúde ou ao meio ambiente, podendo ser equiparados aos resíduos domiciliares. 
- Papel de uso sanitário e fralda, absorventes higiênicos, peças descartáveis de vestuário, gorros e máscaras descartáveis, resto alimentar de paciente, material utilizado em antissepsia e hemostasia de venóclises, luvas de procedimentos que não entraram em contato com sangue ou líquidos corpóreos, equipo de soro, abaixadores de língua e outros similares não classificados como A1.
- Sobras de alimentos e do preparo de alimentos.
- Resto alimentar de refeitório. 
- Resíduos provenientes das áreas administrativas.
- Resíduos de varrição, flores, podas e jardins. 
- Resíduos de gesso provenientes de assistência à saúde. 
- Forrações de animais de biotérios sem risco biológico associado. 
- Resíduos recicláveis sem contaminação biológica, química e radiológica associada. 
- Pelos de animais. 
GRUPO E(Resíduos Perfurocortantes): lâminas de barbear, agulhas, escalpes, ampolas de vidro, brocas, limas endodônticas, pontas diamantadas, lâminas de bisturi, lancetas; tubos capilares; ponteiras de micropipetas; lâminas e lamínulas; espátulas; e todos os utensílios de vidro quebrados no laboratório (pipetas, tubos de coleta sanguínea e placas de Petri) e outros similares. 
Problema 4
Portaria 3120/98: desenvolvimento de ações de Vigilância em Saúde do Trabalhador, no âmbito do SUS. A Vigilância em Saúde do Trabalhador compreende uma atuação contínua e sistemática, ao longo do tempo, no sentido de detectar, conhecer, pesquisar e analisar os fatores determinantes e condicionantes dos agravos à saúde relacionados aos processos e ambientes de trabalho, em seusaspectos tecnológico, social, organizacional e epidemiológico, com a finalidade de planejar, executar e avaliar intervenções sobre esses aspectos, de forma a eliminá-los ou controlá-los. 
Portaria 777/2004: Regulamenta a notificação compulsória de agravos à saúde do trabalhador - acidentes e doenças relacionados ao trabalho – em rede de serviços sentinela específica.  O Instrumento de Notificação Compulsória é a Ficha de Notificação, a ser padronizada pelo Ministério da Saúde, segundo o fluxo do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN).A Rede Sentinela é um conjunto de instituições de saúde que atuam de forma articulada com os entes do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária, na vigilância de eventos adversos e queixas técnicas relativas aos produtos sujeitos à vigilância sanitária.
Portaria 1339/199: instituir a Lista de Doenças relacionadas ao Trabalho, a ser adotada como referência dos agravos originados no processo de trabalho no Sistema Único de Saúde, para uso clínico e epidemiológico e que pode ser revisada anualmente.
POLÍTICA NACIONAL DE SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHADOR - PNSST (2011): tem por objetivos a promoção da saúde e a melhoria da qualidade de vida do trabalhador e a prevenção de acidentes e de danos à saúde advindos, relacionados ao trabalho ou que ocorram no curso dele, por meio da eliminação ou redução dos riscos nos ambientes de trabalho; 
NR5: norma regulamentadora da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA
NR7- Exames Médicos: estabelece a obrigatoriedade de elaboração e implementação, por parte de todos os empregadores e instituições que admitam trabalhadores como empregados, do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO, com o objetivo de promoção e preservação da saúde do conjunto dos seus trabalhadores.
.
NR 9 – RISCOS AMBIENTAIS-Estabelece a obrigatoriedade da elaboração e implementação, por parte de todos os empregadores e instituições que admitam trabalhadores como empregados, do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA, visando à preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores, através da antecipação, reconhecimento, avaliação e consequente controle da ocorrência de riscos ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho, tendo em consideração a proteção do meio ambiente e dos recursos naturais.
NR32 - NORMAS PARA OS EMPREGADOS DA ÁREA DA SAÚDE: d 
Lei 8213/1991: dispõe sobre os Planos de Benefícios da Previdência Social e dá outras providências.
Quelantes - capacidade de fixar ions metálicos – formando complexos hidrossolúveis. 
Problema 5
RADIAÇÃO IONIZANTE: ocorrem na forma de ondas eletromagnéticas de comprimento de onda extremamente curto e de partículas atômicas aceleradas (p. ex. elétrons, prótons, nêutrons, partículas α) de alta energia. As lesões causadas incluem efeitos mutagênicos, carcinogênicos e teratogênicos, além de diversas reações teciduais agudas e crônicas, como eritema, catarata do cristalino, esterilidade e inibição da hematopoese. Tem energia suficiente para remover elétrons dos átomos, criando então os íons
RADIAÇÃO NÃO IONIZANTE: de menor energia e frequência, ditas não ionizantes  geram apenas movimentos rotacionais e vibracionais nas moléculas ( radiação ultravioleta, luz visível, infravermelho, radiações de micro-ondas e radiofrequência) 
MELANOMA: tem origem nos melanócitos (células produtoras de melanina) e é mais frequente em adultos brancos. O melanoma pode aparecer em qualquer parte do corpo, na pele ou mucosas, na forma de manchas, pintas ou sinais. O melanoma representa apenas 3% das neoplasias malignas do órgão. É o tipo mais grave, devido à sua alta possibilidade de provocar metástase (disseminação do câncer para outros órgãos).
TIPOS/SUBTIPOS
1 - Melanoma expansivo superficial: (70% dos casos), aparece principalmente entre a 4º e 5º décadas de vida, preferencialmente no tronco dos homens e membros inferiores das mulheres, o que sugere que esta forma clínica esteja associada à exposição solar sazonal. Aparece sobre um nevo pré-existente, e tende a apresentar um crescimento radial, com invasão da derme e metástases mais tardias. 
2 - Melanoma nodular (MN): (15 a 30% dos casos), ocorre mais frequentemente nas 5º e 6º décadas de vida, sexo masculino, na proporção de 2:1. Apresenta-se como lesão papulosa ou nodular, elevada, de cor castanha, negra ou azulada. São frequentes a ulceração e o sangramento; existe a variante amelanótica, com superfície critematosa. Apresenta crescimento vertical com metástases precoces.
3 - Melanoma lentiginoso acral (MLA) – mais comum em pessoas pretas: nas regiões palmoplantares, extremidades digitais, mucosas e semimucosas; é mais frequente em indivíduos não-caucasianos (35 a 60%). Não tem predileção por sexo; e é mais frequente na 7º década de vida. Nas extremidades digitais podese apresentar como lesão tumoral acastanhada subungueal, melanoníquia estriada, fragmentação longitudinal da lâmina ungueal, além de paroníquia crônica e persistente. É o tipo histológico mais agressivo dentre os melanomas. 
4 - Melanoma lentigo maligno (MLM): (apenas 5% dos casos); + comum em idosos; surge em área de foto exposição crônica, apresenta-se como mancha acastanhada ou enegrecida, de limites nítidos e irregulares, alcançando vários centímetros de diâmetro, localizada na face (90%) , em mãos e membros inferiores (10%).
NÃO-MELANOMA ou CARCINOMA: é o mais frequente no Brasil e corresponde a cerca de 30% de todos os tumores malignos registrados no país.
Basocelular – discretamente mais elevado em mulheres.
· Toxicinética – o que o organismo faz com o agente
· Toxidinâmica - o que o agente faz com o corpo. 
Bicabornato - Alcaliniza a urina quando são ingeridas substâncias ácidas – menor absorção e maior excreção.

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