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1. OK Sobre a intoxicação (medicamentos, saneantes domésticos, raticidas, agrotóxicos e psicofármacos): a) OK Definição de intoxicação aguda, xenobióticos, venenos, toxicidade, antídoto e dose letal. https://iqm.unicamp.br/sites/default/files/11.05_Toxicologia_Sueli%20Moreira%20Mello.pdf https://www.tjmt.jus.br/intranet.arq/cms/grupopaginas/105/988/Clinica_-_Intoxicação_aguda_e_crônica_por_drogas_-_Profª_Franci sca_Lucélia_-_Curso_UFMT.pdf https://cetesb.sp.gov.br/emergencias-quimicas/aspectos-gerais/toxicologia/conceitos-basicos-de-toxicologia/ ● Crianças menores de 5 anos e idosos. ● Agente tóxico: substância química, de estrutura química definida, capaz de produzir um efeito nocivo (efeito tóxico) através de sua interação com um organismo vivo. ● Intoxicação aguda: manifestação clínica, através de sinais e sintomas, de efeito nocivo resultante da interação de uma substância química com um organismo vivo, e que se apresenta de forma súbita, alguns minutos ou algumas horas após a exposição ao agente químico, a qual é geralmente única e dentro de 24 horas. ● Xenobiótico: qualquer substância que não tenha sido produzida pelo organismo. ● Toxina: geralmente refere-se a uma substância tóxica produzida por sistemas biológicos (ex. plantas, animais) ● Toxicidade: capacidade inerente de a substância química produzir efeito nocivo após interação com organismo. ○ A toxicidade de uma substância química refere-se à sua capacidade de causar dano em um órgão determinado, alterar os processos bioquímicos ou alterar um sistema enzimático. ○ Pode ser local ou sistêmica: ■ Ocorre no sítio primário de contato. ■ Após absorção e distribuição, os efeitos são produzidos no sistema por completo. ● Venenos: qualquer substância, preparada ou natural, que por sua atuação química é capaz de destruir ou perturbar as funções vitais de um organismo. ● Antídoto: que ou o que combate os efeitos de uma toxina ou veneno (diz-se de substância, medicamento, soro). ● Dose letal: ○ Dose Letal 50 ou média – DL50 que é a quantidade de uma substância química que quando é administrada em uma única dose por via oral, expressa em massa da substância por massa de animal, produz a morte de 50% dos animais expostos dentro de um período de observação de 14 dias. https://iqm.unicamp.br/sites/default/files/11.05_Toxicologia_Sueli%20Moreira%20Mello.pdf https://www.tjmt.jus.br/intranet.arq/cms/grupopaginas/105/988/Clinica_-_Intoxica%C3%A7%C3%A3o_aguda_e_cr%C3%B4nica_por_drogas_-_Prof%C2%AA_Francisca_Luc%C3%A9lia_-_Curso_UFMT.pdf https://www.tjmt.jus.br/intranet.arq/cms/grupopaginas/105/988/Clinica_-_Intoxica%C3%A7%C3%A3o_aguda_e_cr%C3%B4nica_por_drogas_-_Prof%C2%AA_Francisca_Luc%C3%A9lia_-_Curso_UFMT.pdf Corresponde a dose que provavelmente matam 50% dos animais de um lote de experiência, calculados a partir de dados experimentais. ○ Concentração letal 50-DL50 - é a concentração no ar de uma substância química que quando é inalada constantemente por 8 horas produz a morte de 50% dos animais expostos. ○ Concentração de interesse (em inglês: levels of concern-LOCs) - é a concentração no ar de uma substância extremamente perigosa acima da qual poderá produzir efeitos graves à saúde ou a morte como resultado de uma única exposição durante um período relativamente curto. ○ A relação entre a dose letal e a dose efetiva (DL50/DE50) determina o índice terapêutico (IT), utilizado para expressar o grau de segurança do medicamento. ● Em relação aos efeitos indesejáveis: ○ Reação alérgica: é uma reação imunológica em resposta à substância química, resultante de exposição prévia ao produto ou substância semelhante. ■ Também chamado de hipersensibilidade. ■ A maioria das substâncias precisam se combinar à proteínas endógenas (hapteno) para formar um antígeno. ■ São dose-dependentes. ● Após a primeira exposição, doses muito baixas costumam causar resposta. ○ Reações idiossincráticas: ■ Reação geneticamente anormal a uma substância química. b) Principais agentes tóxicos utilizados. c) OK Fases das intoxicações agudas. https://www.unifal-mg.edu.br/latf/wp-content/uploads/sites/77/2019/03/1-Fundamentos-de-Toxicologia-alunos.pdf https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788580551327/cfi/32!/4/4@0.00:61.3 Para que o efeito tóxico seja produzido, é necessário que o toxicante ou seus metabólitos alcancem sítios específicos e permaneçam em contato por período suficiente. https://www.unifal-mg.edu.br/latf/wp-content/uploads/sites/77/2019/03/1-Fundamentos-de-Toxicologia-alunos.pdf ● Exposição: ○ É o consumo do agente tóxico previamente à absorção. ○ Varia conforme alguns aspectos: ■ Propriedades físico-químicas da substância; ● Solubilidade; ● Grau de ionização; ○ Compostos ionizados não são normalmente absorvidos. ○ O grau de ionização depende do pKa do composto e do pH do meio. ● Tamanho da molécula; ○ Moléculas pequenas possuem maior facilidade de atravessar membranas. ● Forma da molécula; ○ Moléculas lineares são absorvidas mais facilmente. ● Pressão de vapor; ○ Quanto maior PV, maior o número de partículas no ar, aumentando a disponibilidade química do produto. ■ Dose e concentração; ■ Via de introdução; ● Intravenosa > pulmonar > subcutânea > intramuscular > intradérmica > TGI > dérmica ■ Duração e frequência da exposição (a frequência é diretamente proporcional à disponibilidade); ■ Suscetibilidade individual; ● Toxicocinética: ○ É o movimento do agente tóxico no organismo. ○ É composta pelos processos de absorção, distribuição, biotransformação e excreção. ○ O resultado dos processos leva à biodisponibilidade. ○ Nessa fase, tem-se a ação do organismo sobre o agente tóxico, procurando diminuir ou impedir a ação nociva da substância sobre ele. Dela resulta a quantidade de toxicante disponível para interagir com o sítio alvo e, consequentemente, exercer a ação tóxica. ○ Absorção; ■ Absorção é quando o agente tóxico passa de um meio externo para um meio interno, ou seja, é introduzido no organismo e vai para a circulação sistêmica. ■ Varia conforme os mecanismos de transporte através da membrana. ■ Difusão simples ou passiva: ● Passagem através da camada lipídica (não requer gasto de energia). ● É o principal mecanismo dos agentes tóxicos. ● Depende da CP(O/A), do gradiente de concentração e do grau de ionização. ■ Difusão facilitada: ● Mediada por proteína carreadora (não requer gasto de energia). ● Depende do gradiente de concentração e do carreador. ● Ex.: Glicose ■ Transporte ativo: ● Transporte por carreador contra gradiente de concentração (gasto de energia). ● Depende de enzimas específicas. ■ Filtração: ● Passagem de toxicantes hidrossolúveis e de baixo PM pelos poros da membrana. ● Depende da hidrossolubilidade, diâmetro dos poros (Ex. glomérulo renal e capilares Ø = 40 Å e demais células Ø = 4 Å) e da carga elétrica dos poros. ■ Pinocitose: ● Processo de invaginação devido à variações na tensão superficial da membrana. ● Formação de vesícula pinocitótica (macromoléculas). ■ Varia também conforme o local de absorção: ■ TGI: ● ● ● ● ■ Cutânea: ● A via dérmica é a porta de entrada mais frequente das intoxicações por agrotóxicos. Pois a contaminação acontece nas mãos, braços, pescoço, face, e couro cabeludo pela absorção de respingos, névoa de pulverização, uso de roupas contaminadas. ● Os fatores ligados à absorção via dérmica são o tempo de exposição, hidro e lipossolubilidade, tamanho da molécula, temperatura do corpo e do ambiente, volatilidade além de outros. ● A pele é formada por duas camadas, a epiderme que é a camada mais externa da pele e a derme, que é formada por tecido conjuntivo em que se encontram os vasos sanguíneos, nervos, folículos pilosos, glândulas sebáceas e sudoríparas. Esses três últimos elementos da derme permitem o contato direto com o meio externo. ● As substâncias químicas podem ser absorvidas, principalmente, através das células epidérmicas ou folículos pilosos. ● Transfolicular → ao redor do folículo piloso. ○ Todo tipo de substância. ●Transepidérmica → difusão simples. ○ AT lipofílico – difusão passiva pelos lipídeos entre a queratina. ○ AT hidrofílico – superfície externa do filamento de queratina. ■ Região palmar e plantar são de difícil absorção. ● Influência de acordo com região de absorção: ● Influência de acordo com substância: ● Variações fisiológicas: ■ Trato respiratório: ● É muito importante para a toxicologia ocupacional, visto que muitas intoxicações ocupacionais são decorrentes da aspiração de substâncias contidas no ar. ● Características: ● Vias aéreas superiores: ○ Baixa importância. ○ Hidrossolubilidade ⇒ retenção pelo muco: ■ expelido com o muco; ■ deglutido com o muco; ■ absorvido; ■ sofrer hidrólise; ● Alvéolos: ○ Contato com a circulação sanguínea; ○ Varia conforme concentração do AT no ar alveolar (pressão parcial). ○ Coeficiente de distribuição ar/sangue. ○ FC e FR. ○ ○ ○ ○ ○ ○ Eliminação pré-sistêmica: ■ Ocorre durante a transferência do sítio de exposição para circulação sistêmica. ■ Pode ocorrer a eliminação do AT. ■ No sistema digestório isso ocorre mais comumente. ● Ocorre a eliminação parcial ou total da substância. ● Pode atenuar o efeito tóxico. ○ Distribuição: ■ Na distribuição, o agente tóxico é transportado para o resto do organismo, podendo deslocar-se para diversos tecidos e células. ■ A concentração do agente é desigual para os vários pontos no sistema, e locais de maior área não necessariamente terão maior concentração do toxicante. ■ Ao circular, o agente tóxico pode ser biotransformado, ligar-se ao sítio de ação, ser eliminado, ligar-se a proteínas plasmáticas ou eritrócitos ou ser armazenado. ■ Os fatores que influem na distribuição e acúmulo são: ● Irrigação do órgão, pois uma maior vascularização facilita o contato do agente tóxico; ● Conteúdo aquoso ou lipídico; e ● Integridade do órgão. ■ Os principais locais de armazenamento são: proteínas plasmáticas, fígado e rins, tecido ósseo, tecido adiposo, placenta, leite materno, cabelos. ■ Fatores que influenciam ● Órgãos muito irrigado⇒ rápido equilíbrio de distribuição (ex: fígado). ● Órgãos pouco irrigados⇒ lento equilíbrio de distribuição (ex: osso). ■ ■ Redistribuição: ● O término do efeito tóxico de uma substância costuma ocorrer por biotransformação ou excreção, mas, também, pode resultar da redistribuição da substância do seu sítio de ação para outros tecidos. ● Entretanto, ela ainda estará armazenada nesses locais na forma ativa e sua saída definitiva dependerá de biotransformação e excreção. ● Se houver saturação do local de armazenamento com a dose inicial, uma dose subsequente pode produzir efeito prolongado. ■ A eliminação ocorre por biotransformação ou excreção. ■ Biotransformação: ● Para reduzir a possibilidade de uma substância desencadear uma resposta tóxica, o organismo apresenta mecanismos de defesa que buscam diminuir essa quantidade que chega de forma ativa ao tecido alvo, assim como reduzir o tempo de permanência em seu sítio de ação. ● Para isso, é necessário diminuir a difusibilidade do toxicante e aumentar a velocidade de sua excreção. ● Logo a biotransformação pode ser compreendida como um conjunto de alterações químicas ou estruturais que as substâncias sofrem no organismo, geralmente, ocasionadas por processos enzimáticos, com o objetivo de diminuir ou cessar a toxicidade e facilitar a excreção. ● 1) Funcionalização ○ Ex. hidrólise e oxidação ● 2) Conjugação ○ Incorporação de co-fatores endógenos às moléculas geralmente provenientes de reações de fase I; ○ Ex. glicuronidação, sulfatação, metilação, acetilação, conjugação com glutationa e aminoácidos. ● Fatores que influenciam: ● ■ Excreção: ● Os xenobióticos que penetram no organismo são, posteriormente, excretados através da urina, bile, fezes, ar expirado, leite, suor e outras secreções, sob forma inalterada ou modificada quimicamente. ● A excreção pode ser vista como um processo inverso ao da absorção, pois os fatores que interferem na entrada do xenobiótico no organismo, podem dificultar a sua saída. ● Basicamente existem três classes de excreção: ○ Eliminação através das secreções, tais como a biliar, sudorípara, lacrimal, gástrica, salivar, láctea; ○ Eliminação através das excreções, tais como urina, fezes e catarro; ○ Eliminação pelo ar expirado. ● Toxicodinâmica: ○ É a ação do agente tóxico no organismo. Ao atingir o alvo, o toxicante ou seu metabólito interagem, causando alterações morfológicas e/ou fisiológicas. ○ A fase da toxicodinâmica é caracterizada pela presença, em sítios específicos, do agente tóxico ou dos produtos da biotransformação, que ao interagirem com as moléculas orgânicas constituintes das células produzem alterações bioquímicas, morfológicas e funcionais que caracterizam o processo de intoxicação. ○ Mecanismos de ação tóxica: ■ ■ ■ ■ ● Clínica: ○ É a fase em que há evidências de sinais e sintomas, ou ainda, alterações patológicas detectáveis mediante provas diagnósticas, caracterizando os efeitos nocivos provocados pela interação do toxicante com o organismo. ○ INTOXICAÇÃO AGUDA LEVE: ■ Quadro clínico caracterizado por cefaléia, irritação cutâneo-mucosa, dermatite de contato irritativa ou por hipersensibilização, náusea e discreta tontura. ○ INTOXICAÇÃO AGUDA MODERADA: ■ Quadro clínico caracterizado por cefaléia intensa, náusea, vômitos, cólicas abdominais, tontura mais intensa, fraqueza generalizada, hipotensão, parestesias, dispnéia, salivação e sudorese aumentadas. ○ INTOXICAÇÃO AGUDA GRAVE: ■ Quadro clínico grave, caracterizado por miose, hipotensão, arritmias cardíacas, insuficiência respiratória, edema agudo de pulmão, pneumonite química, convulsões, alterações da consciência, choque, coma, podendo evoluir para óbito. d) OK Manifestações clínicas (das pacientes relatada no caso-problema). ● Sempre considerar potencialmente grave. ● Agudas: ○ Muscarínicas: ■ Salivação, sudorese, lacrimejamento, hipersecreção brônquica, bradicardia, miose, vômitos e diarreia; ○ Nicotínicas: ■ Taquicardia, hipertensão, midríase, fasciculações, fraqueza muscular e hiporreflexia, podendo evoluir para paralisia dos músculos respiratórios; ○ Centrais: ■ Agitação, labilidade emocional, cefaléia, tontura, confusão mental, ataxia, convulsões e coma. ● Tardias: ○ As intoxicações graves por inseticidas inibidores das colinesterases habitualmente estão associadas a distúrbios ácido básicos, metabólicos e hidroelectrolíticos; ○ Nas intoxicações agudas por inseticidas OF, podem ocorrer quadros clínicos neurológicos mais tardios; ○ Síndrome intermediária: Aparece 24 a 96 horas após a exposição, e é caracterizada pela paralisia das musculaturas proximal e respiratória que pode ocorrer com alguns OF tais como: fentiona, malationa, diazinona, monocrotofos, metamidofos, parationa metilica, parationa etílica; ○ Polineuropatia tardia: pode ocorrer após 7 a 21 dias da exposição a alguns OF como o metamidofos, a malationa e o clorpirifos entre outros (Organic Phosphorous-Compound Induced Delayed Neuropathy - OPIND); ○ Desordens neuropsiquiátricas: em exposições agudas à altos níveis de OF ou nas exposições a baixas doses por períodos prolongados, têm sido descritas em trabalhadores expostos à OF, desordens neuropsiquiátricas induzidas por OF (Chronicorganophosphate induced neuropsychiatric disorder - COPIND); Estas desordens vão desde manifestações inespecíficas tais como sonolência, ansiedade. alterações da memória, fadiga, até delírio, agressividade e alucinações. MAIS ESPECÍFICO ORGANOF. ● Também se dividem quanto a gravidade: e) OK Diagnóstico ● A abordagem diagnóstica de uma suspeita de intoxicação envolve a história da exposição, o exame físico e exames complementares de rotina e toxicológicos. ○ História de exposição: ■ Utiliza-se a estratégia dos “5 Ws”, isto é, deve-se obter os dados relacionados ao paciente (Who? - Quem?), à substância utilizada (What? - O quê?), horário da exposição (When? - Quando?), local da ocorrência (Where? - Onde?) e motivo daexposição (Why? - Por quê?). ■ Atentar para o fato de que muitas informações podem ser distorcidas ou omitidas, principalmente quando há tentativas de suicídio ou homicídio envolvidas, uso de drogas ilícitas, abortamento ou maustratos. ■ Paciente: ● Obter o histórico de doenças, medicações em uso, tentativas de suicídio anteriores, ocupação, acesso a substâncias, uso de drogas e gravidez. ■ Agente tóxico: ● Procurar saber qual foi a substância utilizada e a quantidade. ○ Sempre que possível, solicitar para os acompanhantes trazerem os frascos ou embalagens e questionar se pode ser um produto clandestino. ■ Tempo: ● Verificar qual foi o horário da exposição e por quanto tempo a substância foi utilizada, nos casos de exposições repetidas. ● Questionar se houve algum sintoma prévio à exposição. ■ Local: ● Saber onde ocorreu a exposição e se foram encontrados frascos, embalagens, seringas ou cartelas de comprimidos próximos ao paciente. ● Verificar quais medicamentos são utilizados pelos familiares ou pelas pessoas onde o indivíduo foi encontrado. ● Também é útil saber se foi encontrada alguma carta ou nota de despedida em casos de tentativa de suicídio. ■ Motivo: ● Identificar a circunstância da exposição, já que é de extrema importância saber se foi tentativa desuicídio, homicídio, acidente, abuso de drogas e outras. ○ Exame físico: ■ Fazer exame geral detalhado e buscar por alguns sinais de alerta: ● Odores característicos: ex.: hálito etílico (uso de álcool), odor de alho (organofosforados); ● Achados cutâneos: sudorese, secura de mucosas, vermelhidão, palidez, cianose, desidratação, edema; ● Temperatura: hipo ou hipertermia; ● Alterações de pupilas: miose, midríase, anisocoria, alterações de reflexo pupilar; ● Alterações da consciência: agitação, sedação, confusão mental, alucinação, delírio, desorientação; ● Anormalidades neurológicas: convulsões, síncope, alteração de reflexos, alteração de tônus muscular, fasciculações, movimentos anormais; ● Alterações cardiovasculares: bradicardia, taquicardia, hipertensão, hipotensão, arritmias; ● Anormalidades respiratórias: bradipnéia ou taquipneia, presença de ruídos adventícios pulmonares (vasoconstrição); ● Achados do aparelho digestivo: sialorréia, vômitos, hematêmese, diarreia, rigidez abdominal, aumento ou diminuição de ruídos hidroaéreos; ■ As principais síndromes tóxicas utilizadas para o diagnóstico da intoxicação aguda são: síndrome sedativo-hipnótica, opioide, colinérgica, anticolinérgica, adrenérgica, serotoninérgica e extrapiramidal. ○ Exames complementares de rotina e toxicológico: ■ Gerais: dependendo do agente envolvido podem ser solicitados exames laboratoriais, ECG, exames de imagem (RX,TC) ou endoscopia digestiva alta. ● Hemograma, glicemia de jejum, funções hepática e renal, gasometria, eletrólitos, ECG e CPK. ■ Toxicológicos: o diagnóstico laboratorial toxicológico na suspeita de intoxicação aguda. ○ APROFUNDAR EXAMES f) OK Conduta terapêutica (medidas gerais de suporte para pacientes intoxicados). Todos os casos de intoxicação devem ser tratados como potencialmente fatais. Em caso de suspeita, deve-se iniciar a lista de verificação: ● A: airway ○ Avaliação: a principal causa de complicação em casos de intoxicação é a perda de reflexos de proteção da via aérea, levando à obstrução (língua flácida, aspiração pulmonar de conteúdo gástrico ou parada respiratória). ■ Pacientes acordados: devem ser monitorados, porém é mais provável que a integridade da via aérea esteja mantida. ■ Paciente letárgico: deve-se testar os reflexos da via aérea ● Estimulação da nasofaringe (ex. reação à colocação de via aérea nasal); ● Reflexo de tosse espontânea ou provocada. ■ Entubação endotraqueal: deve ser realizada em pacientes sem capacidade de proteger a via aérea, ou com capacidade reduzida. ● B: breathing ○ Junto as alterações da via aérea, dificuldades respiratórias são a principal causa de morbidade e mortalidade em caso de intoxicação. ○ Buscar por 1 das 3 complicações: ■ Insuficiência ventilatória: ● Pode ser por insuficiência dos músculos ventilatórios, depressão central do impulso respiratório, pneumonia grave ou edema pulmonar. ○ A hipóxia resulta em danos no SNC, arritmias cardíacas e PCR. ○ A hipercapnia causa acidose. ● Solicitar gasometria. ● Adequar ventilação. ■ Hipóxia: ● Causada por algumas condições: ○ insuficiência de O2 no ambiente; ○ perturbação da absorção de O2 (ex. edema pulmonar); ○ hipóxia celular: ex. intoxicação por CO, cianeto e sulfeto de hidrogênio. ■ Broncoespasmo: ● Pode ser causada por lesão irritante direta, hipersensibilidade ou efeitos diretos da toxina. ● Administrar O2, remover fonte causadora, interromper tratamento com beta-adrenérgico, administrar broncodilatadores de rápida ação. ● C: circulation ○ Verificar PA, pulsação e ritmo. ○ Iniciar monitorização contínua com ECG. ○ Coletar sangue e iniciar infusão de IV de soro fisiológico normal, glicose 5% em soro fisiológico, dextrose em metade de soro ou glicose 5% em água. ● D: disability → estado mental ○ Avaliação do nível de consciência do paciente. ○ Avaliar hipotermia ou hipertermia → temperatura retal. ○ Avaliar hipoglicemia. ○ Controlar agitação, convulsões e etc. ● Outras complicações devem ser investigadas: ○ Obter histórico de alergias. ○ Solicitar mioglobina urinária. ● Descontaminação: ○ Visa a remoção do agente tóxico com o intuito de diminuir a sua absorção. ○ Durante o procedimento, a equipe de atendimento deverá tomar as precauções para se proteger da exposição ao agente tóxico. ○ Os seguintes procedimentos estão indicados, de acordo com a via de exposição: ○ Cutânea: ■ retirar roupas impregnadas com o agente tóxico e lavar a superfície exposta com água em abundância; ○ ○ Respiratória: ■ remover a vítima do local da exposição e administrar oxigênio umidificado suplementar; ○ Ocular: ■ instilar uma ou duas gotas de colírio anestésico no olho afetado e proceder a lavagem com SF 0,9% ou água filtrada, sempre da região medial do olho para a região externa, com as pálpebras abertas durante pelo menos cinco minutos. ■ solicitar avaliação oftalmológica; ○ Gastrintestinal (GI): ■ consiste na remoção do agente tóxico do trato gastrintestinal no intuito de evitar ou diminuir sua absorção. ■ A indicação da descontaminação GI depende da substância ingerida, do tempo decorrido da ingestão, dos sintomas apresentados e do potencial de gravidade do caso. ■ Recomenda-se avaliação criteriosa do nível de consciência do paciente, antes de iniciar o procedimento e sempre considerar intubação orotraqueal, caso julgar necessário, para proteção de vias aéreas. ■ Os benefícios maiores desse procedimento estão nas seguintes situações: ● Na ausência de fatores de risco para complicações, como torpor e sonolência; ● Na ingestão de quantidades potencialmente tóxicas da(s) substância(s); ● Nas ingestões recentes, isto é, até 1 a 2 horas da exposição; ● Nos casos envolvendo agentes que diminuam o trânsito intestinal (anticolinérgicos, fenobarbital, etc.) ou de substâncias de liberação prolongada, a indicação da descontaminação pode ser mais tardia. ■ O procedimento divide-se em duas etapas: ■ Lavagem gástrica: ● Consiste na infusão e posterior aspiração de soro fisiológico a 0,9% (SF 0,9%) através de sonda nasogástrica ou orogástrica, com o objetivo de retirar a substância ingerida. ● Sempre avaliar criteriosamente a relação risco x benefício antes de iniciar o procedimento, pois há grande risco de aspiração. ■ Carvão ativado: ● É um pó obtido da pirólise de material orgânico, com partículas porosas com alto poder absorvente do agente tóxico, que previne a sua absorção pelo organismo. ● Geralmente é utilizado após a LG, mas pode ser utilizado como medida única de descontaminação GI. Nestes casos, a administração pode ser por via oral sem necessidade da passagem de sonda nasogástrica. ● Na maioria das vezes deverá ser utilizado em dose única, porém pode ser administrado em doses múltiplascomo medida de eliminação, em exposições a agentes de ação prolongada ou com circulação êntero hepática, como o fenobarbital, carbamazepina, dapsona, clorpropamida, dentre outros. ● Contraindicações ao uso do carvão ativado: ○ RN, gestantes ou pacientes muito debilitados, cirurgia abdominal recente, administração de antídotos por VO; ○ Pacientes que ingeriram cáusticos ou solventes ou que estão com obstrução intestinal; ○ Pacientes intoxicados com substâncias que não são efetivamente adsorvidas pelo carvão, como os ácidos, álcalis, álcoois, cianeto e metais como lítio, ferro, entre outros. ○ Complicações que podem ocorrer com o uso do CA: constipação e impactação intestinal, principalmente quando utilizado em doses múltiplas; broncoaspiração, especialmente quando realizado em pacientes torporosos, sem a proteção da via aérea. ■ Lavagem intestinal: ● Consiste na administração de solução de polietilenoglicol (PEG) via sonda naso-enteral para induzir a eliminação do agente através do trato gastrintestinal pelas fezes. ● É raramente utilizada, salvo nos casos de ingestão de pacotes contendo drogas (body-packing) ou de quantidades potencialmente tóxicas de substâncias não absorvidas pelo carvão ativado (ex.; ferro, lítio, etc). ● Está contraindicada na presença de íleo paralítico, perfuração gastrintestinal, hemorragia gastrintestinal e instabilidade hemodinâmica. ● Diurese forçada ● Diálise em alguns casos g) OK Medidas específicas dos organofosforados e carbamatos. http://www.samu192.feiradesantana.ba.gov.br/protocolos/040915/assit/POP%2009%20INTOXICACAO%20EXOGENA.pdf Livro ● Descontaminação: ○ Em pacientes que apresentem exposição cutânea, as medidas de descontaminação externa da pele, cabelos, olhos, e a retirada de vestimentas e calçados contaminados devem ser realizadas concomitantemente com as medidas de reanimação e a aplicação de antídotos. ○ Indica-se lavar a pele com quantidades abundantes de água e utilizar sabão neutro, principalmente em banho de chuveiro, se possível. ○ Os atendentes devem utilizar luvas e proteção para evitar contato com secreções e roupas contaminadas; ○ Realizar lavagem gástrica precoce com SF 0,9% até 1 hora após ingestão; ○ Administrar carvão ativado por SNG após realizar a lavagem gástrica; ■ Observar se o paciente apresentou episódios de vômitos espontaneamente. Nessa situação, a lavagem gástrica não é indicada, devendo-se realizar o tratamento sintomático (antieméticos) e administrar apenas o carvão ativado. ■ Só pode ser feito em casos de contaminação via oral de substâncias ingeridas em no máximo até 2h. ○ Antídotos para inibidores de colinesterases: ■ Atropina: ● Age como um bloqueador dos receptores muscarínicos, evitando a ação da acetilcolina acumulada nas sinapses. ● É um antagonista competitivo e o medicamento de escolha para as manifestações muscarínicas e do SNC. ● Não estabelece a reativação da enzima inibida e não influi na eliminação dos agentes anticolinesterásicos; não atua nos sintomas causados pela estimulação de receptores http://www.samu192.feiradesantana.ba.gov.br/protocolos/040915/assit/POP%2009%20INTOXICACAO%20EXOGENA.pdf nicotínicos, principalmente de origem muscular e na depressão respiratória; ■ Oximas: ● O efeito terapêutico esperado das oximas é a reativação da acetilcolinesterase; ● A indicação das oximas deve basear-se na gravidade das manifestações clínicas do paciente, especialmente aqueles que apresentam sintomas colinérgicos graves e persistentes, mesmo após várias horas de atropinização adequada. ● O início do tratamento deve ser o mais precoce possível em relação à exposição, e mantido preferencialmente até 12 horas após o desaparecimento dos sintomas colinérgicos; ● Pode ser recomendada essencialmente no tratamento das intoxicações moderadas a graves por inseticidas organofosforados, sendo mais efetiva quanto mais precocemente utilizada nas primeiras 24 horas após a exposição, e antes de ocorrer inativação permanente da acetilcolinesterase; ● Pode ser utilizada nas intoxicações graves por carbamatos de alta toxicidade aguda, como o aldicarbe, promovendo uma recuperação clínica mais rápida e sem efe itos adversos importantes. Como outros carbamatos geralmente determinam intoxicações leves e de curta duração, as oximas não são indicadas no seu tratamento. h) OK Caracterizar o mecanismo de ação dos organofosforados e do carbamato. ● Visão geral: utilizados amplamente no controle de insetos e outros parasitas, podendo ser utilizados com finalidade agrícola, doméstica ou veterinária. Atualmente existem cerca de 29 princípios ativos organofosforados e 14 carbamatos, utilizados sozinhos ou em formulações. ○ Carbamatos ou uretanos são um grupo de compostos orgânicos que compartilham de um mesmo grupo funcional cuja estrutura é -NH(CO)O-. ○ Um composto organofosforado ou simplesmente organofosforado é um composto orgânico degradável contendo ligações carbono–fósforo. São utilizados principalmente no controle de pragas como uma alternativa para hidrocarbonetos clorados, que persistem no meio ambiente. ● Mecanismo de ação: ○ Inibição da Acetilcolinesterase, resultando no acúmulo de acetilcolina nas sinapses colinérgicas no sistema nervoso central, periférico somático e autônomo, levando ao aumento da resposta dos receptores pós-sinápticos, nicotínicos ou muscarínicos; ○ No caso dos inseticidas carbamatos, a inibição é reversível e a reativação da enzima é espontânea e rápida, geralmente acontece em menos de 24 horas; ○ Nas exposições a inseticidas organofosforados, a inibição é quimicamente mais estável quando comparada aos carbamatos e a recuperação da enzima pode ser mais lenta, podendo levar dias semanas e até ser irreversível, onde a reativação dependerá da síntese de novas moléculas de acetilcolinesterase. ○ Dose tóxica: ■ Varia de acordo com o princípio ativo porém é sempre uma intoxicação potencialmente grave necessitando de um diagnóstico rápido e pronta intervenção terapêutica; ■ Atentar para: ● Produtos destinados ao uso agrícola, veterinário e os clandestinos, por conterem maiores concentrações do princípio ativo; ● Tentativa de suicídio, onde existe o risco de ingestão de doses elevadas; ● Farmacocinética carbamatos: ○ Absorção: ■ Bem absorvidos por ingestão e inalação e através da pele e mucosas; ■ Trabalhos recentes mostram que atravessam a barreira hematoencefálica; ■ Pico plasmático em cerca de 30 a 40 minutos da ingestão. ○ Distribuição: ■ São lipossolúveis possibilitando uma boa distribuição em todos tecidos incluindo o SNC; ■ O Aldicarb na forma líquida possui uma elevada lipofilicidade e uma toxicidade dérmica muito maior que a de outros carbamatos. ○ Metabolismo: ■ A maior parte é biotransformada no fígado. ○ Eliminação: ■ Cerca de 90% é excretado na urina dentro de 3 a 4 dias. ● Farmacocinética organofosforados: ○ Absorção: ■ Bem absorvidos por todas as vias. ■ Deve-se ficar atento às exposições cutâneas maciças, pois podem causar grave toxicidade; ● A presença de lesões cutâneas ou ambientes com altas temperaturas aumentam a absorção; ■ A dificuldade de remoção destes compostos da pele e da roupa, pode explicar algumas intoxicações crônicas, assim como o'uso inadequado dos EPIs para via respiratória e cutânea; ■ O pico plasmático difere muito conforme o princípio ativo, variando de minutos como é o caso dos derivados oxons ou tions de ação rápida, até horas como é o caso do clorpirifós ○ Distribuição: ■ A maioria é lipofílico, levando a um grande volume de distribuição e a possibilidade de acúmulo em tecido adiposo protegidos do metabolismo. ■ A mobilização deste estoque pode causar recorrência da crise colinérgica, sendo mais provável com compostos altamente lipofílicos como a fentiona. ○ Metabolismo: ■ Hepático; ○ Eliminação: ■ Renal; i) OK Identificar os dados epidemiológicos de intoxicações no BR. ● A intoxicação é um problema de Saúde Pública de importância global. ○ Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) em 2012, foi estimadoque 193.460 pessoas morreram em todo mundo devido a intoxicações não intencionais. ○ Em torno de 1.000.000 pessoas morrem a cada ano devido ao suicídio, sendo significante o número relacionado às substâncias químicas e os pesticidas foram responsáveis por 370.000 destas mortes. ○ No Brasil, embora a dimensão ainda não seja conhecida em sua plenitude, foram registrados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), entre 2010 a 2014, 376.506 casos suspeitos de intoxicação. ● É de notificação compulsória: ○ A notificação das Intoxicações Exógenas se tornou obrigatória a partir de 2011, com a publicação da Portaria GM/MS nº 104 de 25 de janeiro de 2011, que incluiu a intoxicação exógena (IE) na lista de agravos de notificação compulsória, posteriormente a Portaria GM/MS nº 1271, de 06 de junho de 2014, manteve a IE na lista de doenças e agravos de notificação compulsória e definiu sua periodicidade de notificação como semanal. * 1975 em diante j) OK Caracterizar os órgãos de notificação e de orientação de casos de intoxicação. http://portalsinan.saude.gov.br/intoxicacao-exogena http://portalsinan.saude.gov.br/images/documentos/Agravos/iexog/Intoxicacao_Exogena_v5.pdf https://www.gov.br/anvisa/pt-br/assuntos/agrotoxicos/disque-intoxicacao/disque-intoxicacao Vigilância e notificação A Vigilância em saúde de populações expostas a contaminantes químicos tem como objetivo o desenvolvimento de ações de vigilância em saúde de forma a adotar medidas de promoção, prevenção contra doenças e agravos e atenção integral à saúde das populações expostas a contaminantes químicos. Esta área trabalha com os contaminantes químicos que interferem na saúde humana e nas inter-relações entre o homem e o ambiente, buscando articular ações integradas de saúde–prevenção, promoção, vigilância e assistência à saúde de populações expostas a contaminantes químicos. Caso suspeito: todo aquele indivíduo que, tendo sido exposto a substâncias químicas (agrotóxicos, medicamentos, produtos de uso doméstico, cosméticos e higiene pessoal, produtos químicos de uso industrial, drogas, plantas e alimentos e bebidas), apresente sinais e sintomas clínicos de intoxicação e/ou alterações laboratoriais provavelmente ou possivelmente compatíveis. SINAN (Sistema de Informação de Agravos de Notificação): Coleta, transmite e dissemina os dados gerados no Sistema de Vigilância Epidemiológica das três esferas de governo, através de uma rede informatizada. Os dados do Sinan contribuem para o processo de investigação e subsidiam a análise dessas informações com a realização de um diagnóstico dinâmico na ocorrência de um evento na população, fornecendo informações da realidade epidemiológica para avaliação do risco aos quais as pessoas estão sujeitas, auxiliando para a tomada de decisão das autoridades sanitárias e planejamento em saúde. Disque intoxicação e Renaciat A população e os profissionais de saúde contam com um 0800 para tirar dúvidas e fazer denúncias relacionadas a intoxicações. O Disque-Intoxicação, criado pela Anvisa, atende pelo número 0800-722-6001. A ligação é gratuita e o usuário é atendido por uma das 36 unidades da Rede Nacional de Centros de Informação e Assistência Toxicológica (Renaciat). A Renaciat é uma rede coordenada pela Anvisa, criada em 2005 pela resolução RDC nº 19. É composta por 36 Centros de Informação e Assistência Toxicológica (Ciats), espalhados em 19 estados brasileiros. ● Os Ciats funcionam em hospitais universitários, Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde e fundações. Há estados que ainda estão em processo de abertura dos centros, como Amapá, Acre, Maranhão e Tocantins. http://portalsinan.saude.gov.br/intoxicacao-exogena http://portalsinan.saude.gov.br/images/documentos/Agravos/iexog/Intoxicacao_Exogena_v5.pdf ● Quando o usuário utiliza o 0800, sua ligação é transferida para o Ciat mais próximo da região de onde a chamada foi originada. ● Os 36 centros estão preparados para receber ligações de longa distância, 24 horas por dia, sete dias por semana, durante todo o ano. ● Gerando respostas rápidas, o 0800 presta esclarecimentos à população e auxilia os profissionais de saúde a prestarem os primeiros socorros e a prescreverem o tratamento terapêutico adequado para cada tipo de substância tóxica. Em alguns casos, o atendimento pode ser presencial. ● Com o serviço, tanto um o profissional de saúde pode, em uma emergência, saber como proceder com um paciente intoxicado, quanto uma pessoa leiga pode buscar informações sobre qualquer tipo de intoxicação. SINITOX (Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas): Tem como principal atribuição coordenar a coleta, a compilação, a análise e a divulgação dos casos de intoxicação e envenenamento notificados no país. CIATox - Centros de Informação e Assistëncia Toxicológica: Compõe a linha de cuidado ao trauma da Rede de Atenção às urgências e emergências do SUS. CEATOX (Centro de Assistência Toxicológica): É um serviço gratuito que funciona 24h por dia, 365 dias por ano, onde trabalham profissionais treinados especificamente na área de toxicologia. Sua função é orientar casos de intoxicação, sendo os principais por medicamentos, alimentos ou inseticidas. k) OK Reconhecer a importância do ambiente psicossocial, incluindo os serviços de educação e saúde como fatores determinante para a ocorrência de intoxicações. As intoxicações são acidentes comuns na infância. Muitas dessas intoxicações acontecem devido ao fácil acesso que as crianças têm, dentro de sua própria residência, a medicamentos, alimentos, inseticidas e outros produtos que possam desencadear casos de intoxicação. O ambiente de trabalho também exerce influência, visto que muitas intoxicações são acidentes ocupacionais. ● Prevenção da educação: ○ Mantenha os produtos em suas embalagens originais, nunca troque a embalagem, principalmente por garrafas de refrigerantes ou de outros produtos alimentícios; ○ Nunca reutilize embalagens de produtos; ○ Oriente as crianças a partir de 2 anos de idade sobre os riscos das intoxicações; ○ Mantenha os produtos de limpeza e medicamentos em gavetas, armários e caixas com chave, longe do alcance das crianças; ○ Não deixe os inseticidas e raticidas ao alcance dos olhos e das mãos de crianças menores; ○ Siga as orientações do fabricante contidas no rótulo ou na bula. Elas devem conter informações importantes para você e para o médico, em caso de intoxicação; ○ Não tome medicamento no escuro; ○ Não pratique automedicação e não oriente medicamentos aos outros. ○ Procure o médico. ● Epidemiologia e escolaridade: ■ Inversamente proporcionais: mais mortes quanto menor escolaridade. ■ Assim, partindo de um total de 14.524, a distribuição de escolaridade das vítimas deu-se da seguinte forma: 34,5% possuíam até 3 anos de estudo, 33,7% tinham 4 a 7 anos de estudo; 23,9% apresentavam 8 a 11 anos de estudo e 7,9% possuíam mais de 12 anos de escolaridade. ■ Esse perfil, com maior percentual de óbitos em vítimas com baixa escolaridade foi observado para agrotóxicos e medicamentos, 37,3% e 30,6%, respectivamente. ■ Para os demais agentes tóxicos a maioria das vítimas apresentaram 4 a 7 anos de estudo: drogas de abuso (40%) e produtos químicos industriais (36,8%). ○ Cuidados na hora da compra: ■ Não compre medicamentos com embalagem ou frasco amassado, tampa violada, com vazamento ou alteração de cor; ■ Verifique se a data de validade; ■ Verifique se o nome do medicamento corresponde ao receitado pelo médico; ■ Cada prescrição é individual e tem considerações diferentes para cada pessoa; ■ Jamais aceite ou compre um medicamento por sugestão de conhecidos; ■ Só compre medicamentos em farmácias ou drogarias, de preferência onde você já conhece; ■ Nunca aceite substituição do medicamento sem a autorização do médico ou cirurgião dentista responsável pela prescrição; ■ Não se esqueça de pedir a nota fiscal com o nome e número do lote do medicamento adquirido. A nota é importante caso você precise fazer alguma reclamação sobreo produto. Na dúvida, não compre, procure orientação farmacêutica; ■ Toda farmácia é obrigada a ter um farmacêutico, solicite todo o esclarecimento e informação que você precisar antes de adquirir o medicamento; ■ Nunca compre medicamentos em feiras ou de vendedores ambulantes, sob a forma de garrafadas ou produtos fora da embalagem original, ou sem registro no Ministério da Saúde. 2. OK Discriminar os agentes tóxicos utilizados com maior prevalência (medicamentos, saneantes domésticos e raticidas) e morbimortalidade (raticidas, agrotóxicos e psicofármacos). ● Por agente tóxico: http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/tabcgi.exe?sinannet/cnv/Intoxbr.def ● Agentes tóxicos irritantes – são substâncias que produzem inflamação dos tecidos com que entram em contato, tais como a pele, conjuntiva ocular, tecidos de revestimento das vias respiratórias, etc. (gás clorídrico, amônia, cloro, soda cáustica, ácido sulfúrico); ● Agentes tóxicos asfixiantes - são aqueles que exercem sua ação no organismo interferindo com o oxigênio disponível. ○ Há os asfixiantes simples, que são gases inertes cuja interferência é apenas em nível de diluição do oxigênio disponível (gás carbônico, hélio, hidrogênio, nitrogênio, etc.). ○ Há também os asfixiantes químicos, os quais impedem o transporte de oxigênio ou a sua perfeita distribuição pelo organismo monóxido de carbono, anilina, cianeto de hidrogênio, sulfeto de hidrogênio, etc.); ● Agentes tóxicos anestésicos – são aqueles que interagem com o organismo, atuando a nível do sistema nervoso central, de ampla aplicação médica (alcoóis, éter, cloroformio, etc.); ● Agentes tóxicos de ação local – são aqueles cujos efeitos se manifestam no local onde ocorreu o contato inicial com o organismo (cimento versus dermatose ocupacional); ● Agentes tóxicos de ação sistêmica – são aqueles cujos efeitos se manifestam à distância do local onde se deu o contato inicial entre o agente tóxico e o organismo (benzeno versus danos celulares na medula óssea, tetracloreto de carbono versus danos hepáticos/renais/Sistema Nervoso Central); ● Agentes tóxicos mutagênicos – são aqueles capazes de provocar alterações na informação do material genético, acarretando o aparecimento de alterações em descendentes do indivíduo contaminado (alguns pesticidas, cloroformio, formaldeído); ● Agentes tóxicos teratogênicos – são aqueles capazes de produzirem alterações no desenvolvimento do feto (mercúrio, selênio, manganês); ● Agentes tóxicos carcinogênicos – são aqueles capazes de induzirem a transformação de células normais em células cancerígenas (benzeno, asbesto, formaldeído, anilina). 1) Inseticidas: - Organofosforados: Ex: Malathion, Diazinon, Nuvacrom, Parathion(Folidol, Rhodiatox), Diclorvós (DDVP), Metamidofós (Tamaron), Monocrotophós (Azodrin), Fentrothion, Coumaphos, outros. - Carbamatos: Ex: Aldicarb, Carbaril, Carbofuram, Metomil, Propoxur e outros. - Organoclorados: Uso progressivamente restringido ou proibido. Ex Aldrin, Endrin, BHC, DDT, Endossulfan, Heptacloro, Lindane, Mirex, Dicofol,Clordane, outros. - Piretróides: Ex: Aletrina, Cipermetrina, Piretrinas, Tetrametrina, outros. 2) Fungicidas: - Os principais grupos químicos são: Etileno-bis ditiocarbamatos (Maneb, Mancozeb, Dithane (Manzate), Zineb, Thiram); Trifenilestânico (Duter, Brestan, Mertin); Captan (Orthocide e Merpan); Hexaclorobenzeno. 3) Herbicidas: - Os principais representantes são: Paraquat: (Gramoxone, Gramocil); Glifosato (Round-up, Glifosato Nortox); Pentaclorofenol; Derivados do Ácido Fenoxiacético: (2,3 diclorofenoxiacético (Tordon 2,4 D) e 2,4,5 triclorofenoxiacético (2,4,5 T). A mistura de 2,4 D com 2,4,5 T é o agente laranja; Dinitrofenóis: Dinoseb. 4) Outros grupos: - Raticidas, acaricidas, nematicidas, molusquicidas e fumigantes. 5) Agrotóxicos: ● Epidemiologia: ● Mortalidade no Brasil: https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232020000200761 ○ No Brasil, no período de 2010 a 2015, foram registrados pelo SIM 18.247 óbitos decorrentes de intoxicação. ○ Os agentes que mais causaram óbitos foram os agrotóxicos (24%) seguidos dos medicamentos (23%) e das drogas de abuso (22%). ○ Para medicamentos e agrotóxicos o suicídio foi a principal circunstância dos óbitos, respondendo por 58% e 78%, respectivamente. ○ Já para as drogas de abuso e produtos químicos industriais a circunstância acidental foi a que concentrou o maior percentual de óbitos, 49% e 53%, respectivamente. ○ Medicamentos: ■ Para os medicamentos, os códigos X44, X64 e Y14 que contemplam outras drogas, medicamentos e substâncias biológicas não especificadas concentraram 50% dos óbitos; seguidos dos anticonvulsivantes [antiepilépticos], sedativos, hipnóticos, antiparkinsonianos e psicotrópicos, representados nos códigos X41, X61 e Y11, com 39% dos óbitos. ■ Benzodiazepínico → sedação. ● Antídoto: flumazenilo. ■ Paracetamol → antídoto: acetilcisteína. ■ Antidepressivo tricíclico ● Antídoto: bicarbonato de sódio. ■ Opióide (ex. tramal) → antídoto: malo.. ○ Drogas de abuso: ■ Para as drogas de abuso, os narcóticos e psicodislépticos [alucinógenos], descritos nos códigos X42, X62 e Y12, e o uso de álcool, traduzido pelo código F10.0, responderam por quase a totalidade dos óbitos, 67% e 27%, respectivamente. ○ Químicos industriais: ■ Para os produtos químicos industriais, outros gases e vapores presentes nos códigos X47, X67, Y17 e X88, e os solventes orgânicos e hidrocarbonetos halogenados e seus vapores, representados pelos códigos X46, X66, Y16, concentraram 40% e 44% dos óbitos, respectivamente. ○ Com relação às faixas etárias mais acometidas, 61% estão relacionados a adultos com idades entre 20 a 49 anos. 3. OK Discutir os aspectos éticos e legais da relação médico paciente familiares nos casos de intoxicações. Na emergência, os pacientes são levados muitas vezes contra a sua vontade, recusando o atendimento médico padrão. Muitas vezes podem estar com o seu estado mental perturbado, quer seja por um problema psiquiátrico, por uma doença ou até por uma intoxicação. Os médicos que trabalham têm pouco tempo para ter acesso a capacidade de raciocínio, ou à competência do paciente em tomar decisões que protejam sua saúde, e tem que tomar decisões rápidas, sem ter o benefício de poder consultar as comissões de ética, por exemplo. Os médicos que trabalham no setor têm a obrigação de dar o melhor de sua atenção técnica e ética a todos os pacientes que procuram esse setor. E a instituição que o mantém tem obrigação de fornecer a ele direta ou indiretamente uma educação médica continuada, que possa manter sua qualidade no atendimento, exigindo das organizações mantenedoras que forneçam os recursos; que eles sejam correspondentes às necessidades, mantendo em todas as áreas sistemas de controle de qualidade, usando, se for necessário, os órgãos fiscalizadores das profissões, não se esquecendo de lançar mão também da justiça comum. Diante do exposto não é ético que o médico seja obrigado a quebrar o sigilo médico, portanto não seria ele o responsável por abrir um boletim de ocorrência nem tampouco revelar segredo profissional a outrem. É sim seu dever, cuidar para que o paciente que tentou suicídio, por quaisquer que sejam os meios, tenha o melhor encaminhamento para que o tratamento psiquiátrico tenha continuidade. 4. OK Minti - Medicina nuclear ● Emissor de radioatividade: ○ Paciente após a administração de material de baixa radioatividade (isótopos radioativos). ● Captador: ○ Gama câmara ou câmara de cintilação. ○ Objetivos gerais: ■ avaliação diagnóstica função fisiológica e não a anatomia. ■ terapêutica. ● Medicina nuclear: ○ É um ramo da radiologia. ○ Trata-se de um método diagnóstico de alta sensibilidade para encontrar anormalidades na estrutura e, especialmente, na função dos órgãos estudados, com a facilidade de identificar precocemente inúmeras alteraçõe em comparação a outros métodos de diagnóstico. ○ Esse método pode avaliar recidivas, acompanhar a evolução, a remissão ou a progressãode certas enfermidades. ○ Substitui testes com maior potencial iatrogênico. ○ Indispensável para as seguintes enfermidades: ■ cardíacas, endócrinas, traumatológicas, oncológicas, pulmonares e renais, entre outras. ○ Definições: ■ Sociedade Brasileira de Biologia e Medicina Nuclear: ● “a especialidade médica que emprega fontes abertas de radionuclídeos com finalidade de diagnóstico e de terapia”. ■ OMS: ● “a especialidade que se ocupa do diagnóstico, tratamento e investigação médica mediante o uso de radioisótopos como fontes radioativas abertas”. ■ Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear (SBMN): ● “a medicina nuclear é uma especialidade médica que utiliza métodos seguros, praticamente indolores, não invasivos e de relativo baixo custo para fornecer informações que outros exames diagnósticos não conseguiriam, através do emprego de fontes abertas de radionuclídeos” ○ Vantagens: ■ Baixa probabilidade de reação alérgica; ■ Menor custo em relação a outros métodos de diagnóstico por imagem; ■ Melhor avaliação fisiológica. ○ Funcionamento: ■ Os exames em medicina nuclear são chamados de cintilografia, palavra de origem grega formada por cintilo = brilho, e grafia = registro/fotografia. ■ O procedimento completo, de forma geral, envolve a emissão de raios gama pelo paciente, cintilação do cristal detector, geração de pulsos elétricos, e formação da imagem. ● Cristais de iodeto de sódio. ■ As doses de radiação são geradas quase exclusivamente nas células-alvo, irradiando pouco para tecidos normais → baixo risco. ○ Detector de radioisótopos: ■ Gama câmara; ● Possui cristal detector que cintila em contato com a radiação gama → deslocamento de elétrons. ○ Radioisótopos: ■ Habitualmente são administrados in vivo, por VO, EV, SB e inalatória. ■ Apresentam distribuição para órgãos ou tipos celulares específicos, não havendo risco de reações alérgicas. ■ Pode estar ligado à outros grupos químicos, formando os radiofármacos. ■ Átomo: ● Prótons e nêutrons são minúsculas partículas localizadas no interior do núcleo; ○ elas contêm a maior parte da massa do átomo; ○ Próton: possui massa e carga positiva; ○ Nêutron: possui apenas massa; ● Elétrons: são minúsculas partículas que vagueiam aleatoriamente ao redor do núcleo e cuja massa é cerca de 1.840 vezes menor que a do núcleo do átomo. ○ Possui massa praticamente inexistente e carga negativa; ● No centro do átomo encontra-se o núcleo, que, apesar de minúsculo, contém quase toda a massa do átomo (N+P). ● O número de prótons designa o número atômico do elemento químico, e a soma dos prótons e nêutrons é o número da massa atômica desse elemento. ● Os elétrons ficam fora do núcleo e têm pequena massa. ■ Pósitron: é o elétron com carga positiva, produzido artificialmente. ● A formação de um pósitron acontece quando um próton no núcleo decai dentro de um nêutron e um elétron é carregado positivamente. ● O pósitron é, então, emitido do núcleo. ● É a antimatéria do elétron. ○ Radiação: ■ É um termo da física que significa a propagação de energia de um ponto a outro no espaço ou em um meio material, com certa velocidade. ■ Formas de radiação: ● Eletromagnética: toda aquela que se caracteriza pela oscilação entre um campo elétrico e um campo magnético. ○ É classificada de acordo com a frequência de ondas, das quais as mais conhecidas são: ondas hertzianas (de rádio ou TV), micro-ondas, radiação infravermelha, ultravioleta. ● Corpuscular: ○ É constituída por partículas subatômicas, e os tipos mais conhecidos são: elétrons, prótons, nêutrons, dêuterons e partículas alfa e beta. ○ Existem quatro tipos de radiação: alfa, beta, gama e X. ● Ionizante: ○ É a designação dada às radiações de tipo eletromagnético e corpuscular, que, ao entrarem em contato com a matéria, causam direta ou indiretamente a criação de íons. ○ Dependendo da quantidadede energia, a radiação pode ser ionizante (alto nível de energia) ou não ionizante (baixa energia). ○ A radiação ionizante tem inúmeras aplicabilidades na vida humana, como: medicina nuclear, radioterapia, exames dediagnósticos (raio-X), indústria bélica, conservação de alimentos, agricultura, entre outras. ● Nuclear: ○ A radiação nuclear, ou radioatividade, é a radiação emitida pela desintegração de alguns elementos químicos. ○ A exposição prolongada à radiação nuclear pode causar várias lesões e doenças, por exemplo: queimaduras (radiação alfa), infertilidade, doenças sanguíneas, doenças cerebrais, doenças gastrointestinais, mutações genéticas, principalmente pela radiação gama etc. ○ Alfa: ■ tipo de radiação quase que inofensiva, pois não consegue ultrapassar as células mortas da pele de uma pessoa. ■ Entretanto, se penetrarem no organismo por meio de um ferimento ou por aspiração, as partículas alfa podem causar lesões graves. ■ Esse tipo de partícula pode ser detido por uma folha de papel ou de alumínio. ○ Beta: ■ tipo de radiação mais penetrante e menos energética que a das partículas alfa e pode penetrar nos tecidos, provocando danos à pele. ■ Essas partículas só atingem os órgãos internos do corpo se forem ingeridas ou aspiradas, seu poder de penetração na pele é de aproximadamente 4 cmg). ○ Gama: ■ É o tipo de radiação mais perigosa. ■ Embora não seja tão energética, é altamente penetrante, podendo atravessar o corpo humano e causar malformações nas células. ■ A radiação gama só é detida por uma paredede concreto ou por algum tipo de metal. ■ Originam-se do núcleo do átomo ondas eletromagnéticas que não possuem massa e se propagam á velocidadede 300.000 km/s, o que lhe confere grande poder de penetração. ○ Ou seja, quanto mais energética, menor o poder de penetração: ■ Alfa: mais energética e menos penetrante. ■ Gama: menos energética e mais penetrante. ○ Em relação à energia: α>β>γ ○ Em relação à penetrância: α<β<γ ● Radioatividade: é regida por leis que estão ligadas às emissões radioativas com a decorrente conversão de um radionuclídeo (núcleo radioativo) em outro elemento químico. ○ Essa conversão tem por objetivo transformar um átomo instável em outro mais estável. ● Modalidades de aquisição de imagens: ○ Estáticas: ■ As contagens são acumuladas em uma única imagem até que seja atingido um determinado intervalo de tempo ou nível de contagens. ■ São imagens localizadas ou varreduras (spots ou scans). ○ Dinâmicas: ■ Técnica empregada quando o fenômeno a ser estudado é variável no tempo. ■ São feitas várias imagens sequenciais (várias imagens em pequeno intervalo de tempo), cada uma das quais é composta de contagens acumuladas em umperíodo prefixado de tempo (cintilografia dinâmica). ○ SPECT: ■ Técnica da tomografia por emissão de fóton único, que gera imagens em planos dentro de um volume radioativo. ■ As projeções desse volume são obtidas em diferentes ângulos, e as imagens são imagens tomográficas em plano axial, podendo ser reconstruídas no plano tridimensional. ○ Gated: ■ É o método de aquisição de imagem sincronizada com algum sinal fisiológico,por exemplo o eletrocardiograma. ○ PET: ■ Método mais complexo; ■ Nas técnicas da tomografia por emissão de pósitrons, injetam-se radiofármacos emissores de pósitrons no paciente, e, como o pósitron é a antimatéria do elétron, ele rapidamente se anula com um dos inúmeros elétrons das moléculas do paciente. ■ Essa interação gera dois raios gama com mesma direção e sentidos opostos, que são detectados por um circuito eletrônico (colimador eletrônico). ■ Algoritmos de reconstrução tomográfica estimam a distribuição dessa energia dentro dos volumes corporais e auxiliam na identificação de lesões. FIQUE ATENTO A medicina nuclear é indicada para pacientes no controle pré e pós-cirurgia, quimioterapia ou radioterapia, estudos funcionais dos sistemas urinário, gastrointestinal, entre outros. Ao contrário dos exames com raios-X, em que a radiação proveniente do aparelho atravessa o paciente, formando a imagem, os exames de medicina nuclear usam o procedimentooposto: um material radioativo é administradoao paciente e então é detectado externamente por um aparelho chamado Gama Câmara. ● Cocaína: simpático. ● Morfina: depressão do SNC. ● Benzodiazepínico: depressivo do SNC. Opióides: PERGUNTAS
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