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Maria Eduarda Voigt Sarti 20103820 -Direitos do Trabalho 1) Quais são os princípios do Direito do Trabalho? Explicite cada um deles de forma sucinta. Princípio da proteção É a relação formada por empregado e empregador sendo desigual, afinal, um está necessariamente subordinado ao outro. Dessa forma, o direito do trabalho busca compensar essa desigualdade ao fornecer garantias ao trabalhador. Princípio da norma mais favorável Por ser amplas as fontes do direito, se preleva-se o mais favorável ao trabalhador, porque em outros ramos do Direito, existe a aplicação de princípios como a “lei específica que sobrepõe a lei geral”. E no Direito Trabalhista, mesmo que existam leis específicas sobre o assunto em questão, se analisa caso haja outra norma mais vantajosa, ela deve ser aplicada. Como por exemplo, a obrigatoriedade do pagamento do piso salarial, salário mínimo e etc. Princípio da manutenção da condição mais benéfica Garante o direito do ambiente de trabalho seja seguro e que este trabalho não possa romper com os direitos humanos, trabalhista e assegurar que esse cidadão não seja prejudicado. Alguns requisitos citados no texto lido: MAGALHÃES, Camila. Instituições de Direito Público e Privado. Salvador: UFBA, Faculdade de Ciências Contábeis, Superintendência de Educação a Distância, 2017. pp. 78-91. Disponível em: https://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/24418 Não pode prejudicar a saúde física, mental, biológica e social do trabalhador. Estabelecida no contrato ou regulamento ou de forma tácita, desde que habitual. Concedida pelo empregador de forma voluntária e incondicional. Não contrarie dispositivo legal ou constitucional Princípio da primazia da realidade A Primazia da Realidade é o direito que prevalece os fatos sobre os ajustes formais. Ou seja, de acordo com esse princípio, a verdade real deve prevalecer sobre a relação formal, visando coibir a coação dentro do ambiente trabalhista. Mesmo que possa ser comprovado com papéis e documentos, a verdade com auxílio de testemunhas ou provas serão as válidas para as ações. De acordo com o Direito do Trabalho, os fatos são mais importantes do que os ajustes formais. Princípio da continuidade da relação de emprego Nesse princípio, rege que todo contrato de trabalho deve ser celebrado por prazo indeterminado, desse modo, deve durar indefinidamente. O contrato de trabalho caracteriza-se pela continuidade, valorizando a permanência do empregado no vínculo empregatício, e dadas as vantagens que isso representa. Princípio da indisponibilidade de direitos De acordo com este Princípio do Direito de Trabalho, qualquer alteração no contrato do empregado exige mútuo consentimento e ausência de prejuízo ao empregado, seja direto ou indireto. Ademais este princípio se aplica uma exceção, prevista no art.7 da Constituição Federal, que prevê redução de salário por meio de negociação coletiva. É evidente que essa decisão precisa ser bem pautada e justificada, garantindo que a manobra irá salvar operações e manter postos de trabalho, por exemplo. Todas as outras alterações no contrato devem ser acordadas e não podem ser negativas para o trabalhador. Princípio da intangibilidade e irredutibilidade salarial O salário do trabalhador é a contraprestação máxima na relação de trabalho, e portanto, ele precisa ser protegido. De acordo com esse Princípio do Direito do Trabalho, é vedada a mudança que não seja benéfica ao empregado. O pagamento do empregado não pode ser retido pelo patrão, afinal, ele é intangível. Dessa forma, o trabalhador tem direito de receber o seu pagamento, no momento oportuno e combinado, sem qualquer desconto abusivo. Vale lembrar que essa intangibilidade visa coibir abusos, mas a própria CLT autoriza descontos de salários em casos de previsões contratuais, por prejuízos causados ao patrão e em casos judiciais, como desconto de pagamento para pensão alimentícia, por exemplo. Todas as situações de desconto, dele ser parcial a visando preservar a subsistência do empregado. Os direitos do trabalhador são irrenunciáveis, sendo assim, ele não pode abrir mão de seus direitos que foram conquistados através de acordos e Leis Trabalhistas. De acordo com esse princípio, não se admite que o trabalhador renuncie seus direitos. Mesmo que aconteçam acordos e contratos para que os funcionários abram mão de seu FGTS, folgas e descanso ou férias, por exemplo, trata-se de um vício ou em erro cometido por ambas as partes nessa relação. É possível que sejam negociados valores e condições, mas o trabalhador jamais pode abrir mão de seus direitos. 2) Quais são os elementos da relação de emprego? Subordinação, Onerosidade, Pessoalidade e pessoa física, Habitualidade A. Subordinação Para caracterizar a relação de emprego, a subordinação é um elemento muito importante, pois a sua presença/ausência diferencia a relação de emprego de outros tipos de relação de trabalho. Numa relação de emprego, o empregado está submetido ao poder de direção do empregador que determina o modo como o trabalho deve ser executado. O empregado não tem autonomia na escolha do “como” realizar determinada atividade. A subordinação implica num estado de dependência ou obediência do empregado à uma hierarquia de valores organizacionais da empresa; sujeição ao poder do empregador e às ordens de terceiros. B. Onerosidade A partir de uma perspectiva privatista da relação contratual de emprego, podemos afirmar que o contrato de trabalho é bilateral, sinalagmático (envolve prestação e contraprestação recíprocas e economicamente mensuráveis) e oneroso. A onerosidade é facilmente comprovada através do pagamento. A ausência da onerosidade, por exemplo, no trabalho voluntário, descaracteriza a relação de emprego. Não há relação de emprego sem o respectivo pagamento. C. Pessoalidade e pessoa física A prestação do serviço deve ser realizada pessoalmente por um sujeito, não podendo se fazer substituir por outro. O contrato de trabalho é instrumento firmado entre pessoas, sendo o empregado necessariamente uma pessoa física, o que afirma a dimensão privada do contrato de trabalho. Atualmente, há a figura do empresário individual, que dispõe de registro fiscal e comercial específico. Nestes casos, o sujeito pode atuar profissionalmente como uma pessoa jurídica, tornando-se, deste modo, um trabalhador autônomo. Contudo, considerando o princípio da primazia da realidade, a figura do empresário individual não pode ser utilizada para fraudar relações de trabalho. Assim sendo, se na prestação efetiva do serviço houver a presença dos elementos fático-jurídico da relação de emprego, esta pode ser reconhecida como tal, incidindo sobre esta todas as obrigações trabalhistas previstas na CLT. D. Habitualidade A habitualidade significa a não-eventualidade da prestação do serviço. É um dos elementos mais problemático e discutível da relação de emprego, uma vez que a lei não é expressa na quantificação do que seria serviço habitual. Segundo a fonte: MAGALHÃES, Camila. Instituições de Direito Público e Privado. Salvador: UFBA, Faculdade de Ciências Contábeis, Superintendência de Educação a Distância, 2017. pp. 78-91. Disponível em: https://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/24418 3) Quais são as modalidades de contratos de trabalho por prazo indeterminado e por prazo determinado? Contrato por tempo determinado O contrato é estabelecido com uma duração determinada, na qual é utilizado em serviços que possuam transitoriedade e justifiquem o prazo, contrato de experiência, e atividades empresariais transitórias. Exemplo: Contratos provisórios em casos de atletas ou experiência, desde que não ultrapasse o período de 2 anos. Trabalhos temporários como feiras, ou até mesmo devido a fatores climáticos, como por exemplo temporada no litoral e demais outros serviços em determinados épocas festivas. Contrato portempo indeterminado O contrato por tempo indeterminado é a forma geral de contrato trabalhistas, na qual permite evolução na carreira do trabalhador, como por exemplo: promoções, aumento de cargo, e sempre garantindo a continuidade do trabalhador. Não é previsto no contrato a duração temporal, embora a mesma é indeterminada.
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