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DIVERSIDADE E EQUIDADE DE GÊNERO 2 4. DIVERSIDADE E EQUIDADE DE GÊNERO Nesta etapa da nossa disciplina, tratamos de temas que estão rela- cionados a algumas minorias. Abordamos a violência que muitas mulheres brasileiras sofrem, tanto de ordem psíquica como física. Nesse contexto, a Lei Maria da Penha passou a ser um tema, pois foi um caso emblemático de nossa sociedade. O caso de Maria da Penha tomou repercussão por ter havido várias denúncias junto a diferentes instâncias de nosso Judiciário, porém suas denúncias nunca eram levadas à cabo, até o caso ir parar na esfera dos direitos humanos, só então o Estado brasileiro passou a se posicionar de forma diferente quanto à violência sofrida pelas mulheres. Também tratamos sobre como os transexuais e homossexuais lidam com o mercado de trabalho em nosso país, e em que medida a educação poderia ser um meio de debates e esclarecimentos sobre esse assunto. 5.1. Conceito de gênero O gênero, por ser um conceito construído socialmente, pode ser construído e desconstruído, ou seja, pode ser entendido como algo mutável, e não limitado como define a ciência biológica, em que as definições se restringem a sexo feminino e masculino. Podemos assim pensar que a identidade de um gênero, ou identi- dade social, é um sentimento individual que atende às necessidades daquele indivíduo. Para uma simples demonstração do conceito de identidade de gênero, podemos pegar como exemplo uma pessoa que biologicamente nasceu com o sexo masculino, mas se identifica com o papel social do gênero feminino, portanto, passa a ser social- mente reconhecida como mulher. Essa pessoa é denominada trans- gênera, pois possui uma identidade de gênero diferente da biológica. 3 5.2. Violência de gênero: violência contra a mulher Por meio das estatísticas, fica evidente como as mulheres no Brasil, ainda hoje, são vítimas da violência. Os dados são alarmantes tanto nos centros urbanos como em locais de um Brasil mais “distante”. Números apontam a ocorrência de 1 estupro a cada 11 minutos; todos os dias há notificações de 10 estupros coletivos junto ao sistema de saúde do país; e ainda há a violência doméstica, como foi o caso de Maria da Penha. Esta reali- dade muitas vezes vem acompanhada de assassinatos praticados por pessoas próximas às vítimas. Estas estatísticas conferem uma frágil segurança das mulheres em nosso país. 4 5.3. Gênero e mercado de trabalho Em muitas profissões, principalmente n os cargos executivos de grandes corporações, as mulheres são remuneradas de maneira diferente que os homens, seus salários são menores ou dificilmente são oferecidas tais posições. Transexuais e homossexuais também são vítimas de preconceito dentro de nossa sociedade, pois ainda existe uma resistência na compreensão da diversidade, e muitas vezes, por conta deste compor- tamento, para além do preconceito há o assédio, que também cons- trangem homens e mulheres em seus ambientes de trabalho. Por fim, nossa herança conservadora é um dos geradores de compor- tamento intolerante contra quem se mostra diferente das expecta- tivas comportamentais, e tal intolerância n ão permite a inclusão nem a diversidade. 5.4. Gênero e educação É necessário compreender que os indivíduos têm o direito de esco- lher o seu papel social, isto é, o seu gênero. Pelo fato de a estrutura de nossa sociedade ser conservadora, há paradigmas que precisam ser questionados ou, ao menos, debatidos. Não basta existir nas instituições de ensino um espaço para o debate, é preciso que os professores sejam melhor orientados a respeito do tema para não reproduzirem um entendimento aleatório e sem fundamento aos seus alunos. 5.5. Lei n. 11.340/2006 Lei Maria da Penha Observamos que a Lei Maria da Penha representa uma conquista coletiva das mulheres, dada a violência que elas sofrem dentro de seus lares ou fora deles. Além disso, a violência também se fazia presente de forma abstrata, já que as instâncias que trabalhavam com as leis no Brasil não reconheciam que as mulheres eram vítimas de violência em diferentes circunstâncias. Podemos afirmar que houve uma conquista muito grande para as mulheres, mas não apenas para elas, houve uma conquista para todos aqueles que passam por violência doméstica, e aí podemos incluir também homens que sofrem maus tratos por suas companheiras. jdoribeiro Nota Marked definida por jdoribeiro jdoribeiro Nota Marked definida por jdoribeiro jdoribeiro Nota Marked definida por jdoribeiro 5 O que hoje se observa é um crescimento de aparatos que permitem às vítimas denunciarem os agressores, estabelecendo inclusive leis que em outros momentos não existiam. Conclusão Procuramos estabelecer ao longo deste bloco o conceito de gênero e refletir sobre ele. Tratamos também de temas como a violência contra a mulher, homossexuais e transexuais. Vimos que a lei Maria da Penha veio dar suporte àqueles que passam por agressões privadas ou públicas, mas que antes não tinham meio de denunciá-las, pois as estruturas jurídicas e mesmo de suporte comportamental e cultural de nosso país não propiciavam tal espaço para uma maior reflexão ou diálogos acerca da diversidade presente. 6 REFERÊNCIAS COLOMBO, Artur. Voluntariado cresce em Porto Alegre. 2017. Disponível em: <https://medium.com/ betaredacao/voluntariado-cresce-em-porto-alegre-714471cc3ca8>. Acesso em: 08 jun. 2018. Nações Unidas do Brasil. Disponível em: <http://nacoesunidas.org/conheca/historia>. Acesso em: 08 jun. 2018. ONU Brasil. Brasileira foi essencial para menção à igualdade de gênero na Carta da ONU. 2016. Dispo- nível em: <http://www.youtube.com/watch?time_continue=131&v=UfJhUisAQJo>. Acesso em: 08 jun. 2018.
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