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_Apostila_Modulo_1257_19 _GEOGRAFIA_BIBLICA

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2 
ÍNDICE 
1. INTRODUÇÃO 
1.1. O presente de Deus 
1.2. 6 coisas fundamentais na geografia bíblica 
1.3. Introdução 
1.4. A importância da geografia bíblica 
1.5. Por que estudar a geografia bíblica? 
2. DEFINIÇÕES 
2.1. Definição de geografia no aspecto geral 
2.2. A fonte da geografia 
2.3. A criação como ponto de referência 
2.4. Os pontos cardeais 
2.5. O que é o Mundo Antigo 
3. LOCALIZAÇÃO DE ACONTECIMENTOS BÍBLICOS 
3.1. Localização exata dos acontecimentos bíblicos 
3.2. Mesopotâmia 
3.3. Assíria 
3.4. Babilônia 
3.5. Arábia 
3.6. Pérsia 
3.7. Elão 
3.8. Média 
3.9. Armênia 
3.10. Arã 
3.11. Fenícia 
3.12. Palestina 
3.13. Egito 
3.14. Etiópia 
3.15. Ásia Menor 
3.16. Grécia 
3.17. Macedônia 
3.18. Dalmácia 
3.19. Itália 
3.20. Espanha 
3.21. Ilhas do Mar 
4. HIDROGRAFIA BÍBLICA 
 
 3 
4.1. Os quatro rios do mundo bíblico 
5. DESERTOS 
5.1. Acerca dos desertos do texto bíblico 
5.2. Descrição 
5.3. Desertos bíblicos da parte Oeste 
5.4. Desertos da parte Leste 
6. 12 CIDADES QUE NÃO FAZIAM PARTE DA PALESTINA 
6.1. Descrição 
6.2. Mapas Ilustrativos 
7. OROGRAFIA 
7.1. Ararate 
7.2. Sinai 
7.3. Líbano 
7.4. Hermon 
7.5. Monte Seir 
 
 
 4 
INTRODUÇÃO 
Estas são as origens dos céus e da terra, quando 
foram criados; no dia em que o Senhor Deus fez 
a terra e os céus, E toda a planta do campo que 
ainda não estava na terra, e toda a erva do campo 
que ainda não brotava; porque ainda o Senhor 
Deus não tinha feito chover sobre a terra, e não 
havia homem para lavrar a terra.Um vapor, 
porém, subia da terra, e regava toda a face da 
terra. E formou o Senhor Deus o homem do pó da 
terra, e soprou em suas narinas o fôlego da vida; 
e o homem foi feito alma vivente. E plantou o 
Senhor Deus um jardim no Éden, do lado oriental; 
e pôs ali o homem que tinha formado. E o Senhor 
Deus fez brotar da terra toda a árvore agradável 
à vista, e boa para comida; e a árvore da vida no 
meio do jardim, e a árvore do conhecimento do 
bem e do mal. 
Gênesis 2:4-9 
O presente de Deus 
Se atentarmos nitidamente ao texto bíblico, perceberemos sua relação com a 
geografia bíblica. O segundo capítulo de Gênesis abarca diversas temáticas. A 
primeira coisa que podemos perceber é o retrato do Deus criador. O versículo 1 do 
aponta como causa, origem e governo de toda a criação o próprio Senhor. 
Nesses primeiros versículos lidos perceber tanto a presença do Deus Imanente 
quanto do Deus Transcendente. Quando atentamo-nos ao transcendente, 
percebemos a separação entre Ele e Sua criação: 
No ano em que morreu o rei Uzias, eu vi também 
ao Senhor assentado sobre um alto e sublime 
trono; e a cauda do seu manto enchia o templo. 
Isaías 6:1 
Tratando-se do imanente, percebemos que Deus também está perto de nós, sua 
criação. 
Um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, 
e por todos e em todos vós. 
Efésios 4:6 
A segunda coisa a ser percebida é que esse Deus não é apenas criador, mas também 
aquele que busca relacionamento conosco. Esse Deus perfeito não deseja abster-se 
de suas criaturas, mas relacionar-se com elas na Terra que Ele mesmo cria. 
A geografia bíblica mostra-nos que Deus deu a terra para o homem para que sirva de 
habitat, uma localidade pontuada pelo próprio Deus. A terra foi dada por Deus ao 
 
 5 
homem, porém o pecado estragou tudo. Apesar disso, Deus emitiu uma promessa: 
se vocês me ouvirem, comerão o melhor da terra. 
Todo israelita que obedeceu a palavra do Senhor pôde desfrutar dos benefícios da 
Terra. O mesmo cabe para nós: apesar de a igreja não ter recebido promessa de 
terras como Israel, tem o direito de se beneficiar daquilo que é do Senhor. 
Do SENHOR é a terra e a sua plenitude, o mundo 
e aqueles que nele habitam. 
Salmos 24:1 
Tudo que há na terra vem de Deus. A geografia estende-se para além de medidas e 
localidades: mostra que Deus é gracioso, cheio de amor, misericordioso e bondoso 
ao colocar o homem na terra. Nesse ato de doar a terra manifesta-se a bondade dEle 
em nossas vidas. 
O texto de Gênesis descreve que Deus coloca o homem na terra e, sobre ele, ordens 
de natureza moral. Dessa forma, não fomos largados a esmo, mas com claros 
princípios morais. Nesse ato de doar a terra, Deus não entrega um lar estéril, mas 
abençoa o habitat. 
Gênesis cita a localidade desses rios para declarar que o local dado por Deus era rico 
e cheio de vida. Na geografia bíblica, rios apresentam dois sentidos: simbólicos (Sl 
1:3) e literais, como nesse caso. O povo de Deus, como Abraão e outros patriarcas, 
vão peregrinar em busca de localidades férteis onde houvesse maior produtividade. 
6 coisas fundamentais na geografia bíblica 
Diversos livros possuem uma maneira própria de abordar a geografia bíblica. Em 
síntese, ela pode ser pontuada em 6 pontos: 
1. O estudo do mundo antigo: deve-se começar o estudo da geografia pelo estudo 
do mundo antigo, que revela informações acerca de como era o mundo mesmo 
antes da era dos patriarcas 
2. Geografia física da Palestina: aqui temos a questão dos limites, a topografia, 
as planícies, os planaltos... 
3. Geografia humana da Palestina: trata dos costumes, das habitações, como 
eram as moradias, as casas, o vestuário, as bebidas… 
4. Geografia econômica da Palestina: as riquezas de determinado país. Por que 
tinham partes pobres e ricas? Qual o envolvimento animal e mineral na 
produção econômica de Israel? 
5. Geografia política: estudar os conflitos, tratar da origem do povo de Deus, o 
tempo dos juízes, o reino unido que se dividiu… 
 
 6 
6. Geografia da Ásia menor: novamente estudar a economia, a geografia 
humana, física e, por último, as viagens do apóstolo Paulo. 
Introdução 
De agora em diante, estaremos apresentando uma visão geral de 5 pontos acerca da 
importância de se estudar a geografia bíblica. Comecemos com algumas citações: 
deve-se atentar às obras de Enéas Tognini, Netta Kemp de Money, Claudionor de 
Andrade e Osvaldo Ronis. Essas obras da geografia bíblica são de grande 
importância para a compreensão da matéria aqui apresentada. 
1. A importância do método da história e da geografia bíblica para a compreensão 
das Sagradas Escrituras: Sabemos que os exegetas e hermeneutas 
apresentam alguns métodos sobre como fazer a leitura da palavra de Deus, 
mas se alguém deseja realmente se aprofundar nelas deverá se atentar ao 
método histórico e geográfico. 
2. O significado de geografia: A palavra é composta por geo (terra) e grafia 
(escrita). A geografia sofreu, entretanto, algumas evoluções ao longo dos 
séculos, estendendo-se para além de uma mera ciência descritiva de análise 
da terra para narrar os fatos e fazer ligações com o contexto hodierno. Ela 
abarca muitos outros fenômenos, como a questão humana e política. 
3. A geografia através da história: Como, quando e por que a geografia se tornou 
uma ciência salutar importante para nós? Sabemos que diversos povos se 
envolveram na conquista de grandes terras. Alguns se prenderam em 
determinados locais, como o Egito, já os fenícios e gregos se espalharam, os 
gregos principalmente sob Alexandre, o Grande. Esse tipo de conhecimento é 
essencial para a precisa compreensão dos eventos bíblicos. 
Diversos sábios da grécia se interessaram pelo estudo da geografia, mesmo que não 
de forma sistemática. Aristóteles, Tales e outros pontuaram questões atinentes à 
geografia. Roma em expansão tratou profundamente acerca disso, e nela houve 
grande desenvolvimento social e jurídico. Cada um dos grandes povos da antiguidade 
deixou seu legado para o estudo histórico da geografia 
No período medieval, entretanto, a geografia não se desenvolveu tanto. 
Lamentavelmente, a igreja católica trouxe atrasos na interpretação bíblica, o que 
suprimiu esse estudo. 
Chegando ao séc XVI há o envolvimento de diversos povos em busca de crescimento. 
Velejando para outras terras, novas descobertas serão feitas e, por meio dos grandesalemães, a geografia bíblica será tratada com imensa precisão. 
A importância da geografia bíblica 
 
 7 
Tudo está interligado. Se desejarmos uma verdadeira teologia sistemática, 
hermenêutica e exegética mas não tivermos um conhecimento correto da geografia 
bíblica, não encontraremos perfeição em nosso estudo estudo. 
A geografia secular trata da Terra no aspecto de criação. A geografia bíblica, 
entretanto, versa sobre as terras onde o povo de Deus desenvolveu sua existência, 
seus trabalhos e sua construção histórica. 
Não podemos deixar de lado o fato de que de que a terra na qual pisamos veio de 
Deus. Existem, entretanto, explicações cosmorgânicas que buscam dizer como o 
mundo surgiu. Porém a verdade absoluta está clara nas escritura. 
No princípio criou Deus o céu e a terra. 
Gênesis 1:1 
Pela fé entendemos que os mundos pela palavra 
de Deus foram criados; de maneira que aquilo 
que se vê não foi feito do que é aparente. 
Hebreus 11:3 
Os filósofos pré-socráticos trataram muito acerca da origem do mundo, atribuindo 
como causa primeira elementos como a água, fogo ou o ser. Cada um desses homens 
intentou explicar o surgimento do mundo no campo da racionalidade humana. O 
cristão, entretanto, descarta teorias que vão de encontro à doutrina das Escrituras. 
Ora, sem fé é impossível agradar-lhe; porque é 
necessário que aquele que se aproxima de Deus 
creia que ele existe, e que é galardoador dos que 
o buscam. 
Hebreus 11:6 
Não podemos partir para a análise da terra pela matéria, como fizeram os pré 
socráticos. Devemos entender a origem deste planeta por meio da fé na criação 
gloriosa do poder de Deus (At 17:24). Paulo, homem culto e entendido, não traz para 
sua explicação bíblica teorias quaisquer, elementos mitológicos ou lendas, mas a fé. 
Por que estudar a geografia bíblica? 
Ele é o que está assentado sobre o círculo da 
terra, cujos moradores são para ele como 
gafanhotos; é ele o que estende os céus como 
cortina, e os desenrola como tenda, para neles 
habitar; 
Isaías 40:22 
Por não examinar corretamente o conteúdos das Sagradas Escrituras, alguns tem 
feito interpretações jocosas, erradas e cheias de concepções puramente humanas. É 
por isso que Lutero afirmava que deveríamos nos calar quando em frente à Palavra. 
 
 8 
Muitos não sabem, mas para um compreensão precisa e benéfica das Sagradas 
Escrituras faz-se necessário, além do conhecimento exegético e hermenêutico, ater-
se ao estudo da Geografia Bíblica. Isto se dá porque ela não tem apenas seu aspecto 
histórico, mas também leva cada estudante a uma aventura da revelação divina que 
se deu em determinado lugar, evidenciando as terras bíblicas, questões étnicas, 
costumes, topografia, hidrografia, etc… 
Lendo passagens tanto do Velho quanto do Novo Testamento, faz-se menção não 
somente de pessoas, mas de lugares, rios e montanhas, o que consubstancia ainda 
mais a veracidade dos fatos relatados nas Sagradas Escrituras. 
Note que Mateus, ao relatar o nascimento de Jesus, envolve uma história de aventura 
marcada por certos lugares, os quais são considerados por ele como proféticos (Mt 
1). 
 
 9 
DEFINIÇÕES 
Definição de geografia no aspecto geral 
A geografia pode ser entendida como a ciência que trata da descrição da Terra e do 
estudo dos fenômenos físicos, biológicos e humanos que nela ocorrem, suas causas 
e relações. 
Nas palavras do pastor Claudionor de Andrade: segundo a etimologia da palavra - 
geo “terra” e graphein “descrever” - a Geografia limitou-se durante séculos a 
descrever a Terra. Entretanto, a partir do Século XIX, assumiu um caráter científico. 
Não mais limitou-se à descrição; passou, também, a explicar os fatos. No entanto, as 
definições variam de autor para autor. 
Para o alemão Alfred Hettner, Geografia é o ramo de estudos da diferenciação 
regional da superfície da Terra e das causas dessa diferenciação. Richard Hartshorne 
declara ser o objetivo da Geografia proporcionar a descrição e a interpretação, de 
maneira precisa, ordenada e racional, do caráter variável da superfície da Terra. 
[ANDRADE, Claudionor, Geografia Bíblica: Rio de Janeiro: CPAD, 1987, p. 14] 
● Podemos dizer que a Geografia Bíblica tem por objetivo apresentar o espaço 
geográfico das diversas áreas da Terra que está relacionada com os 
acontecimentos bíblicos, nesse sentido ela é geral e abrangente. Por meio da 
Geografia Bíblica a compreensão dos fatos bíblicos nos conduz a um melhor 
entendimento do que o texto bíblico quer nos dizer. Ademais, iremos poder 
discernir que a ação divina entrou no cenário humano. 
● Por meio da Geografia Bíblica entendemos claramente que o Deus verdadeiro 
não está distante dos homens, como pensavam e afirmam os deístas, mas que 
esse Deus dos céus começa Seu reino no espaço dos homens, o que inclui 
não apenas a perspectiva subjetiva interior, mas objetiva, quando o mesmo 
será implantado na Terra (Mt 6:10). 
● Através da Geografia Bíblica se entende claramente que os fatos narrados nas 
Escrituras se deram em algum lugar, de modo que o estudante poderá 
compreender isso, lendo, pesquisando, comparando, localizando, provando 
assim a veracidade de tais acontecimentos. 
A primeira coisa que devemos levar em consideração é quanto à questão do espaço 
geográfico: trata-se daquele que é ocupado pelos seres humanos e é modificado por 
eles ao longo do tempo porque é nele onde os homens exercem suas atividades. 
Nesse espaço geográfico é que se dá a existência de cidades, plantações, florestas, 
rios, montanhas, estradas e locais em que o ser humano vive. Observe que logo no 
primeiro livro da Bíblia, Gênesis, o homem aparece dentro de um espaço geográfico, 
no qual estão presentes plantações, rios, florestas, etc… (Gn 2:10-13). 
 
 10 
Há que se dizer ainda que além do espaço geográfico também existe nele elementos 
invisíveis, como por exemplo o barulho das ondas do mar e o soprar dos ventos (Sl 
107:25). Todos esses fatores fazem parte da criação. 
A fonte da geografia 
Podemos asseverar que a fonte principal é a própria Palavra de Deus. Nela consta o 
que se precisa para entender os lugares, cidades, povos, culturas, relevos e questões 
econômicas. O principal é a Palavra de Deus, e isso deve ficar claro. 
Apesar disso, o estudante pode recorrer tanto à história envolvendo o povo de Deus 
como à secular. Por fim, outra fonte importante é a arqueologia, lembrando que jamais 
podemos dizer que precisamos da arqueologia para firmar as verdades das Sagradas 
Escrituras, pois existem áreas em que essa ciência não pode entrar, visto que são de 
particularidade plenamente espiritual. 
A criação como ponto de referência 
Para não ficar perdido, o homem buscou situar-se no espaço em que se encontrava, 
as formas para isso foram as mais diversas, por exemplo, a Bíblia fala do Patriarca 
Abraão deslocando-se para diversos lugares (Gn 12:1,5,6,8), o que ele fazia para não 
se perder? Quais eram os pontos de referências para tais localidades? Observe que 
até mesmo o próprio Deus deu pontos de referências para Pedro, quando foi lhe 
informar sobre a casa de Cornélio (At 9:11). 
Na atualidade, nós, seres modernos, temos à disposição os recursos tecnológicos, 
mas não deixamos a prática de nos orientarmos sobre o lugar em que estamos por 
meio de pontos de referências: igrejas, escolas, templos, lojas, supermercados, 
dentre outros… Além disso, usamos expressões tais como “para frente”, “para trás”, 
“direita”, “esquerda”, “para cima”, “para baixo”... Quando se faz uso dessas 
referências, conclui-se em que ponto a pessoa estar ou quer chegar. 
É bem verdade que existem lugares nos quais não existem pontos de referências, 
como desertos e mares, mesmo assim o homem buscou meios para não ficar 
desorientado, sem saber em que espaço se encontrava. Para isso, sem o recurso da 
tecnologia, passou a fazer uso dos corpos celestes: planetas, estrelas, cometas. 
Primitivamente asorientações se deram pelo Sol e a Lua. 
O homem entendeu ao longo de sua existência que o sol tanto nasce como se põe 
na mesma direção, então o Sol passou a ser um ponto de referência para localizar 
um determinado lugar, assim passou a ser utilizado para apontar diversos pontos de 
orientação, os quais são chamados de pontos cardeais: leste, oeste, norte, sul. 
Os pontos cardeais 
Local onde o sol nasce ou aparece Local oposto onde o sol desaparece 
 
 11 
Ficou conhecido como Leste (L). O 
nascente passou também a ser 
chamado de Oriente (E). 
Oeste é onde o Sol desaparece (O). O 
Ocidente significa poente 
 
A partir do ponto oeste, também chamado de ocidente ou poente e do leste, que é o 
oriente ou nascente, surgiram então mais dois: o Norte, denominado também de 
setentrional ou boreal, e o Sul, chamado de Meridional ou austral. Os geógrafos 
afirmam que através dos pontos cardeais outras direções intermediárias surgiram, 
que são denominadas de pontos colaterais, são elas: 
● Entre o Norte e o Leste fica o Nordeste 
● Entre o Norte e o Oeste fica o Noroeste 
● Entre o Sul e o Leste fica o Sudeste 
● Entre o Sul e o Oeste fica o Sudeste 
 
Há um pequeno problema quanto a fazer uso do Sol e da Lua: se as condições do 
tempo não estiverem boas, isso é quase impossível. É como a situação que 
aconteceu com Paulo em Atos: 
E, não aparecendo, havia já muitos dias, nem sol 
nem estrelas, e caindo sobre nós uma não 
pequena tempestade, fugiu-nos toda a esperança 
de nos 
 
 12 
Atos 27:20 
Deus deu inteligência e conhecimento aos homens, sabendo que nem sempre podiam 
fazer uso dos astros celestes. Os chineses, por exemplo, criaram a bússola, que em 
seu formato assemelha-se ao relógio por meio de sua agulha imantada. Atualmente, 
os métodos de localização já estão mais bem sofisticados. Para saber a localização, 
faz-se uso dos satélites, radares e GPS. 
Um exemplo claro da presença dessas informações no texto bíblico está na ordem do 
acampamento das tribos. As tribos dividiam-se em quatro grupos de três tribos cada, 
chamados “exércitos”, que deviam acampar em determinado lado do Tabernáculo. 
Nomeiam-se por ordem os quatro exércitos, começando no oriente, então o sul, 
ocidente e finalmente o norte, cada um dos quais era chefiado por um capitão, que 
superintendia os soldados em número limitado. 
● Banda do Oriente: nascente (Nu 2:3) 
● Banda do Sul: (Nu 2:10) 
● Banda do Ocidente: (Nu 2:18) 
● Banda do Norte: (Nm 2:25) 
 
Por meio dos pontos de orientação é possível saber as devidas direções por meio de 
uma referência, que dá o caminho certo que se deve seguir. Para se saber 
precisamente os lugares no espaço geográfico, entretanto, faz-se uso de redes 
quadriculadas alicerçadas nos paralelos e meridianos, que são linhas imaginárias: 
 
 13 
 
Latitude É a distância entre um ponto qualquer na superfície terrestre e a linha do 
equador. É medida em graus, minutos e segundos, variando de 0° na linha do 
Equador até o valor máximo de 90°, a norte ou a sul do principal paralelo. Lugares 
sobre o mesmo paralelo possuem a mesma latitude 
Longitude É a distância entre um ponto qualquer na superfície terrestre e o Meridiano 
de Greenwich. É medida em graus, minutos e segundos e varia de 0°, em Greenwich, 
até o valor máximo de 180°, a oeste ou a leste desse meridiano. Lugares sobre o 
mesmo meridiano apresentam a mesma latitude. 
Os meridianos são linhas verticais que ligam o Polo Norte ao Polo Sul e são medidos 
de graus, minutos e segundos. Todos os meridianos são medidos a partir do 
meridiano de Greenwich, que corresponde a 0°. Greenwich divide a Terra em dois 
hemisférios: o hemisfério leste, ou Oriental, e o hemisfério oeste, ou Ocidental. As 
longitudes, ou meridianos, são as linhas que partem do meridiano de Greenwich (0°) 
até 180° a oeste ou a leste e convergem para os polos. 
A linha imaginário tem esse nome porque passa pelo antigo observatório de 
Greenwich, que se localiza na periferia de Londres. 
Os paralelos são definidos como linhas horizontais que atravessam o planeta, a linha 
do equador é o principal paralelo e divide a Terra em duas partes iguais, chamadas 
de hemisférios: o hemisfério norte e o hemisfério sul. 
É importante ter em mente que as latitudes, ou paralelos, são medidas em graus, 
minutos e segundos e determinadas a partir da linha do equador (0°), podendo atingir 
o valor máximo de 90° a norte ou a sul. 
O que é o Mundo Antigo 
Esse Mundo Antigo pode ser chamado de mundo bíblico, era nele que se destacavam 
os povos que habitavam as regiões banhadas pelo Mediterrâneo, também conhecido 
 
 14 
como o Grande Mar. Como também aquelas que envolviam toda essa área, que 
também eram banhadas ou cercadas pelos seguintes mares: 
● Mar Negro (Euxino) 
● Mar Cáspio (Setentrional) 
● Mar Meridional (Golfo Pérsico) 
● Mar Vermelho (Mar Eritreu) 
● Mar Egeu 
● Mar da Galiléia 
● Mar Morto 
● O Golfo Pérsico é um golfo localizado no Médio Oriente, como um braço do 
mar da Arábia entre a península da Arábio e o Irã 
 
 
 
 15 
LOCALIZAÇÃO DE 
ACONTECIMENTOS BÍBLICOS 
Localização exata dos acontecimentos bíblicos 
A princípio, os limites do mundo bíblico tratando-se de longitude estão entre 5 graus 
a oeste e 55 ao leste. Tratando-se da latitude, isto é, os paralelos, temos a medição 
correta entre 10 graus e 45 graus. Pelo entrelaçamento dessas linhas tanto verticais 
quanto orientais vamos encontrar a localização exata onde foi o palco do surgimento 
da história do povo de Deus, em especial a história de nossa salvação. 
Mesopotâmia 
E o servo tomou dez camelos, dos camelos do 
seu senhor, e partiu, pois que todos os bens de 
seu senhor estavam em sua mão, e levantou-se 
e partiu para Mesopotâmia, para a cidade de 
Naor. 
Gênesis 24:10 
Do hebraico Aram Naharayim, Mesopotâmia = “Arã dos dois rios”, ou melhor, entre 
rios. Essa região localizada entre os rios Tigre e Eufrates, também chamada de Arã 
e Padã-Arã (Gn 24.10; At 2.9). Os antepassados dos hebreus vieram do norte dessa 
região (Gn 11; At 7:20). É nesse local que se dá o início da história bíblica envolvendo 
o povo de Deus, mas não somente isso, é o lugar ou berço da humanidade. 
Na concepção de diversos estudiosos, historiadores e antropólogos, o surgimento do 
homem se deu na dita região da Mesopotâmia e, conforme os registros bíblicos, foi 
no Éden que o homem foi formado. Conclui-se que esse jardim estava localizado 
nessa região, dada a presença dos dois rios, Tigre e Eufrates (Gn 2.14-10). Afirma-
se que esses dois rios se expandiram partindo dos montes da Armênia parte do Norte, 
indo até o lado do sul, Golfo Pérsico. Pontuamos diversos acontecimentos na 
localidade denominada Mesopotâmia: 
● A questão do dilúvio 
● A torre de Babel 
● A formação da família de Noé 
● A migração de sua descendência… 
Assíria 
Suas capitais foram Assur, Calá e Nínive. Sua população era semita. Em várias 
ocasiões os assírios guerrearam contra o povo de Deus (2Rs 15.19,29; 16.7). Em 721 
a.C. os assírios acabaram com o Reino do Norte, tornando Samaria sua capital (2Rs 
17.6). Os medos e os babilônios derrotaram a Assíria, tomando Nínive em 612 a.C. A 
assíria é mencionada várias vezes nos livros proféticos (Is 10.5-34; 14.24-27; 19.23-
25; 20.1-6; 30.27-33; Ez 23.1-31; Os 5.13; Na 1.1-15; Sf 2.13-15). 
 
 16 
Babilônia 
Nome de uma região e de sua capital (NTLH Gn 10.10; 2Rs 20.12). A cidade foi 
construída na margem esquerda do rio Eufrates, onde agora existe o Iraque. Gn 11:1-
9 conta como a construção de uma torre ali não foi terminada porque Deus confundiu 
a língua falada pelos seus construtores. 
Diversos nomes foram dados para essa região: Sumer, Acade, terra de Sinear. Trata-
se de uma região alagadiça, bem fértil, isso por causa do lodo dos rios Tigre e 
Eufrates, diz-se que a parte mais rica é a sul. O surgimento dos babilônios deu-se por 
uma mesclagem de sumériose acádios, a prosperidade desse local era a causa para 
que diversos povos desejavam apossar-se de tal região. 
As cidades que se destacaram nessa região foram Ur, Eridu, Obeide, Larsa, Fara, 
Ereque, Nipur, dentre outras. Mas, em destaque, está a Babilônia, que foi fundada 
por Nimrode, o qual era bisneto de Noé. 
Arábia 
No começo era a parte norte da península situada entre o mar Vermelho e o golfo 
Pérsico (Is 12.13). Mais tarde, toda a península (Gl 1.17; 4.25). A região da Arábia é 
caracterizada, no escopo bíblico, por grande deserto, o qual vai desde o rio Nilo 
chegando ao Golfo Arábico para o norte-sul. 
Essa localidade tem grande importância envolvendo o povo de Deus, pois foi na parte 
ocidental da Arábia, conhecida por Arábia Pétrea, que envolve a península do Sinai 
e Edom, que os israelitas receberam a Lei de Deus, no demais, também nessa parte 
peregrinaram 40 anos. Lendo Gn 25.6, o que é denominado de Partes do Oriente 
pode referir-se à Arábia. 
Pérsia 
País hoje chamado de Irã (Et 1.18), palco de personagens poderosos como Ciro, 
Dario, Xerxes, Assuero e Artaxerxes. Podemos dizer que estava situada em uma 
região pequena ficando ao nordeste do Golfo Pérsico, por outro lado a sudeste da 
Babilônia e Elão, na parte sul da Média, no leste a Carmânia. 
Essa região não é conhecida nos relatos bíblicos, porém os acontecimentos 
marcantes envolvendo a história de Ester se deu nessa localidade. 
Elão 
País situado a leste do rio Tigre, fazendo divisa com a Babilônia. Foi uma das 
civilizações mais adiantadas do seu tempo (Jr 25.25). Pelos gregos era denominado 
de Suziânia, limita-se ao Sul com o Golfo Pérsico, ao Oeste com o Rio Tigre. Crê-se 
que a capital de Elão, Susã, teve sua fundação em 4000 a.C. 
 
 17 
A Bíblia faz menção de Elão no episódio envolvendo o sobrinho de Abraão, Ló, 
quando o rei Quedorlaomer o havia aprisionado (Gn 14.1). Essa região caracterizava-
se pelas suas montanhas e lugares férteis, atualmente é pertencente à província do 
Irã. 
Média 
País localizado a noroeste da Pérsia e habitado por um povo indo-europeu. Atingiu 
sua maior glória no reinado de Nabucodonosor (Is 21.2; Dn 8:20). Estava localizada 
ao norte de Elão, leste da Síria, ao sul do Mar Cáspio, ao oeste da Pártia, que 
modernamente faz parte da província persa de Khorasan. 
Os Partas na Bíblia são mencionados apenas uma vez (At 2.9). Parte da Média é 
descrita como sendo uma grande planície de aproximadamente 1.000 metros de 
altitude com uma bonita e grande paisagem. 
Armênia 
Também era conhecida por Arará, ao norte da Média expressava-se como uma região 
grande e de altas serras. O Mar Cáspio estava a leste, Assíria e Síria, ficando a oeste 
a Ásia menor e o mar Negro a oeste, as montanhas do Cáucaso ficavam ao norte. 
Fala-se que as cabeceiras do Rio Tigre e Eufrates se encontraram ali. O episódio 
bíblico que se registra nessas partes é o dito Monte Ararate, grupo de montanhas 
onde pousou a arca de Noé (RA Gn 8.4; RC, Arará), E para onde fugiram os filhos de 
Senaqueribe (RA 2Rs 19.37; na RC, Arará). Essa região era parte da antiga Armênia. 
Hoje está localizada na Turquia. 
Arã 
1. Filho de Sem (Gn 10.22), antepassado dos sírios. 
2. A Síria, que se estendia desde o nordeste da Palestina até os vales dos rios 
Tigre e Eufrates (Nm 23.7) V. Mesopotâmia. Ficava ao sudeste da Armênia ou 
Arará, leste da Ásia Menor e do Mediterrâneo, norte da Palestina, a oeste da 
Assíria demais partes da Arábia. Essa região no período dos patriarcas era 
formada de pequenos reinos independentes; O nome de sua cidade principal 
era Arã-naaraim, Arã-damascus, Arã-zobá. 
Em destaque, no aspecto bíblico, fala-se do centro comercial Harã, que também era 
conhecido como local militar no distrito de Padã-Arã, local em que Abraão residiu com 
seu pai e dali deixou seus parentes para ir a Canaã. 
Fenícia 
Do grego Terra das Tamareiras. País Mediterrâneo, situado ao Norte de Israel (At 
21.2). Suas cidades principais eram os pontos de Tiro e Sidom, de onde foi exportado 
o cedro usado na construção do Templo (1Rs 5.1-10). 
 
 18 
No Antigo Testamento, é designada como o limite dos cananeus desde Sidom, o 
termo que estendia até Sidom, à Grande cidade que pertencia a Sidom (Gn 10.19; Js 
11.8). Era a faixa de terra da costa mediterrânea de 32 km de largura que se estendia 
por uns 192 km do Monte Carmelo para o norte. 
Palestina 
Região da Ásia, entre a Fenícia ao norte, o Mar Morto ao sul, o Mediterrâneo ao 
ocidente e o deserto da Síria ao oriente. A palavra palestina quer dizer a Terra dos 
Filisteus, chamava-se também a Terra de Canaã. a Terra de Israel, a Terra da 
Promissão, a Terra Santa. 
Em sua concepção, é de praxe entender e compreender que a Palestina trata-se do 
lar ou pátria dos judeus. A Palestina é um dos países mais pequenos do mundo, não 
maior que o Estado de Sergipe, porém tem influenciado o mundo mais do que 
qualquer outro. 
Egito 
Egito Aegyptus, a terra do Nilo, que também é chamado em hebraico de Mizraim (1 
Cr 1.8), pelos Egípcios é chamado de Kam-t, os cananeus denominava de Misru, as 
vezes terra de Cão (SI 105.23,27). País situado no nordeste da África. É também 
chamado de Cão (SI 105.23); na NTLH e RA, Cam. Suas terras são percorridas pelo 
maior rio do mundo, o Nilo. 
Foi um império poderoso no tempo do Antigo Testamento. Os hebreus viveram ali e 
ali foram escravizados, sendo libertados por intermédio de Moisés (Gn cap. 46 a Ex 
cap. 19). A nação israelita sempre manteve contato com o Egito. Salomão se casou 
com a filha do Faraó (1Rs 3.1). 
Etiópia 
Do grego sol abrasador. Pais que ficava ao sul do Egito e que incluía a Núbia, o Sudão 
e o norte da Etiópia dos tempos modernos. É uma região do oriente africano. Em 
hebraico esse país se chamava Cuxe (RA) ou Cuse (RC), nome do um dos filhos de 
CAM (1). 
Israel teve alguns contatos com a Etiópia (Nm 12.1; 2Cr 12.3;14.913; 2Rs 19.9). Os 
profetas a mencionaram (Is 11.11; 18.1; 20.3-5; ) (ir 46.9; Ez: 29.10; 30.4-9; Na 3.9; 
Sf 3.10). No NT relata-se o batismo de um alto funcionário da Etiópia (At 8.26-40). 
Lendo Ester 1.1, é dito que Assuero reinou desde a índia até a Etiópia. Atualmente é 
denominada de Abissínia. 
Ásia Menor 
Região ocidental do continente da Ásia, limitada pelos mares Negro. ao norte, Egeu, 
ao oeste, e Mediterrâneo, ao sul. Ali Paulo se entregou a intensa atividade 
missionária. A província da ÁSIA estava localizada no extremo ocidental da Ásia 
 
 19 
Menor. Ela está limitada com a Arménia, na parte extrema do norte da Mesopotâmia 
e da Síria. 
No aspecto Bíblico. da Ásia Menor, que o apóstolo Paulo desempenhou com denodo 
sua obra missionária: nela também esta a presença das Sete Igrejas da Ásia. corno 
descrito no Apocalipse. Na presente atualidade Turquia é quem domina essa área. 
Grécia 
País situado no Sul da Europa (Dn 10.20), chamado no Antigo Testamento também 
de Javã (Is 66.19), o qual era neto de Noé, o qual foi o pai dos jônicos, uma das 
principais tribos constituição da raça grega. Trata-se de uma península montanhosa 
oriental que forma a extremidade meridional da península dos Balcãs. É banhada ao 
leste pelo mar Egeu do Arquipélago ao sul peIo Mediterrâneo e ao oeste pelo mar 
Jônio. A Macedónia ficava ao norte. 
Muitas ilhas cercavam a Grécia Antiga, ela tinha muitas montanhas e declives, de 
pouca planícies e rios. Devido a essas e outras questões, os gregos aventuravam-se 
em busca de novas riquezas e desejo de conquistar, razão pela qual eles buscam 
expandir-se além de suas fronteiras. A Grécia Antiga era conhecida pelo nome de 
Acaia. 
Macedônia 
Província romana situada ao norte da Grécia várias vezes visitada por Paulo (At 16.9-
17.15;. 20:1-6). Pouco se sabe sobre a Macedônia, mas o certo e que ela esteve sob 
o domínio de Felipe, o Macedônio, como também pelo reconhecido Alexandre, seu 
filho. 
A Macedônia sob seu poder veio a ser uma grandepotència (360-323 a. C). 
Referindo-se ao seu limite estava ao sul com a Grécia, ficando ao leste com o Mar 
Egeu e Trácia. ao norte com os Montes Balcânicos, e no oeste com Ilíaco. Essa região 
se descreve como sendo fértil com muitas montanhas. 
Dalmácia 
Província romana situada na costa nordeste mar mar Adriático, oeste da Macedônia, 
leste do Mar Adriático e noroeste da Grécia também chamada de Ilírico (2Tm 4.10). 
Crê-se que essa foi a região mais distante alcançada por Paulo para anunciar a 
mensagem do Evangelho de Cristo Jesus (Rm 15.19) 
O conteúdo dessa região é quase totalmente desconhecido, incluindo seus 
habitantes, mas diz-se que eram bastante selvagens. Hoje ela pode referir-se à 
Albânia e Iugoslávia. 
Itália 
 
 20 
País situado ao sul dos Alpes e banhado pelo mar Mediterråneo. Roma, sua capital, 
era a sede do Império Romano (At 18.2 27.1-6; Hb 1324). Originalmente é um 
pequeno distinto do extremo sul da península italiana. Sua capital. Roma, governava 
o mundo dos tempos de Jesus e dos apóstolos. Menciona-se, nas Escrituras, Cinco 
cidades da Itália: Roma, Régio, Puteoli. Ápio e Três Vendas (At 2813.15).v 
Espanha 
Província romana situada no extremo oeste da Europa ( NTLH Jn 1.3). ela faz parte 
da Península Ibérica, na parte do sudoeste da Europa. Banhada ao sul pelo Mar 
Mediterräneo e ao Norte pelo Oceano Atlåntico. Foi para essa regiäo que Paulo 
manifestou um grande desejo de ir, não se sabe se Paulo conseguiu chegar até Iå 
(Rm 15.24.28). Porém, o fragmento Muratöria (170 d.C), diz que Paulo chegou até lá 
sim. A Espanha permanece com o mesmo nome até hoje, A cidade Tårsis ficava ao 
sul da Espanha, bem próximo de Gibraltar. 
Ilhas do Mar 
Por meio dessa expressão se entende, a luz do Contexto Bíblico, uma referência 
direta às dando Mediterrâneo e do Mar Egeu, que são as seguintes: Patmos, Mitilene, 
Samotrácia, Creta. Chipre, Rodes dentre outras regiões, o que pode incluir Malta e 
Sicília. 
 
 
 
 
 
 
 21 
HIDROGRAFIA BÍBLICA 
Os quatro rios do mundo bíblico 
Agora trataremos de alguns rios bíblicos, esse assunto é da parte geografia chamada 
de Hidrografia. É uma parte da geografia física que classifica e estuda as águas do 
planeta Terra. 
1. Nilo: É o grande rio da África oriental, seu curso é de 6.500 km, é o mais 
comprido rio do mundo. Esse rio é formado pela confluência do Nilo Branco e 
do Nilo Azul, são assim denominados devido à cor o barro que atinge suas 
águas. Esses dois rios têm suas águas nascente na África equatorial. As águas 
que descem para o mar passam por uma grande região árida e estéril. 
Através das enchentes periódicas, a causa de se regar o Egito, ele deixa um 
limo escuro que possibilita a fertilidade da terra. Fala-se que em tempo de seca 
essas enchentes causavam espanto aos antigos. Depois da última enchente 
do ano fazia-se a sementeira, e a ceifa acontecia antes que a outra viesse. 
Acreditava-se que as bênçãos por meio da fertilização dada pelo Nilo era dos 
deuses, de modo que os egípcios divinizavam o Nilo. 
Quando o Nilo se aproximava de Cairo, dividia-se em dois rios e 
posteriormente deságua no mediterrâneo. A grandeza desse rio foi muito 
importante para o Egito e os faraós, por causa da grandeza desse rio ele foi 
denominado o império do Nilo. 
O NIlo era chamado de “o rio do Egito” (Gn 15.18) ou também “rios do Egito”, 
devido a seus canais (Is 7.18). Por vezes, era chamado de mar por causa das 
muitas águas que cobriam a terra nas enchentes (Na 3.8). 
2. Rio Tigre: Um dos dois grandes rios que formam a Mesopotâmia, correndo ao 
seu lado oriental. Nasce na Armênia e atravessa o Iraque, unindo-se ao 
Eufrates pouco antes de desembocarem no golfo Pérsico. Nínive e Assur 
ficavam às suas margens. Ele banha Diarbeki, Mossul, Bagdad, as ruínas do 
Nínive e se reúne ao Eufrates. 
Ele tem um curso de 2.000 km. O Tigre passa pelo centro do país moderno, 
Iraque. Um dos quatro rios do Éden (Gn 2.14), foi perante ele que um anjo 
aparece a Daniel, que também era denominado de Hidequél (Dn 10.4). 
Atualmente ele é chamado de Shat-el-Arab. 
3. Rio Eufrates: Rio da Mesopotâmia, mencionado como um dos rios do Éden 
(Gn 2.14). Nasce nas montanhas da Armênia, formando dois ramos: o Eufrates 
do Leste e o Eufrates do Oeste, e, como o Tigre, corre para o sul, indo 
desembocar no golfo Pérsico. 
 
 22 
Os dois se reúnem e formam o Chatt-el-Arab. Serviu como limite aos domínios 
de Davi e Salomão (1Cr 18.3). Ele é um dos grandes rios da Ásia e do mundo, 
com um curso de 2.165km. 
No vale do Eufrates, situavam-se as seguintes cidades antigas da Babilônia: 
Ártemis, Acade, Ur entre outras. Esse rio foi chamado de “o rio” em Dt 11:4, 
Gn 15.18, 2Rs 24.7, 1Rs 4.24 e Ap 16.4. 
4. Rio Jordão: Do hebraico quer dizer “o que desce”. Rio principal da Palestina, 
que nasce no monte Hermom, atravessa os lagos Hulé e da Galiléia e 
desemboca no mar Morto. Ele é formado por diversas das nascentes nas 
encostas noroeste e oeste do Monte Hermom. 
O Jordão faz muitas curvas, estendendo-se por mais de 200 km numa distância 
de 112 km, entre o lago da Galiléia e o mar Morto. O rio tem a profundidade de 
um a três metros e a largura média de 30m. Na maior parte de seu curso, o rio 
encontra-se abaixo do nível do mar, chegando a 390 m abaixo deste nível ao 
desembocar no Mar Morto. 
Podemos dizer que a fama do Jordão está firmada em três pontos principais: 
as características físicas, os eventos históricos que sucederam e o lugar que 
ele tem na história do povo de Deus. 
Muitos episódios ocorreram no Jordão envolvendo personagens bíblicos, por 
exemplo Abraão (Gn 13.10), Jacó (Gn 32.10), Gideão (Jz 8:4), Davi (2Sm 
10.17) em especial à nação de Israel (Js 3.15, Sl 114.3), Elias (2Rs 2.8) Naamã 
e Jesus (Mt 3.1-13). 
 
 23 
DESERTOS 
E, naqueles dias, apareceu João o Batista 
pregando no deserto da Judéia, E dizendo: 
Arrependei-vos, porque é chegado o reino dos 
céus. 
 
Mateus 3:1,2 
Acerca dos desertos no texto bíblico 
O deserto da Judeia tratava-se de um local infértil e estéril, localizado perto do Mar 
Morto. Aqui não aplica-se a ideia comum de deserto repleto de areia: havia também 
uma conotação espiritual, pois há 400 anos não se ouvia a voz de Deus e não havia 
produtividade espiritual significativa. 
No contexto do capítulo, podemos perceber alguns grupos que se acreditavam 
verdadeiros detentores do conhecimento das sagradas escrituras: 
● Tradicionalistas: davam muito valor à Torá e à tradição rabínica, sendo 
chamados de fariseus. Diziam-se espirituais, e acreditavam em anjos e na 
ressurreição. Porém esse fariseus não apresentavam frutos, sendo também 
um deserto espiritual. 
● Racionalistas: chamados saduceus, não acreditavam em milagres ou anjos, 
mas apenas na Torá. Eram frios e céticos, opondo-se a Jesus. 
Descrição 
Biblicamente podemos definir o deserto da seguinte maneira: Terras extensas e 
secas, com poucas árvores e pouco capim, onde não mora ninguém. Nessas terras 
vivem animais ferozes (Jó 24.5; Mt 3.1). Equivale mais ou menos ao “sertão”. 
No aspecto secular a palavra pode ser definida em dois sentidos, no aspecto 
geográfico quer dizer zona árida, com precipitações atmosféricas irregulares ou 
escassas, vegetação inexistente ou rara e relevo formado pela alteração de 
determinadas rochas. 
Na concepção judaica, o deserto era chamado YESHIMON: essa palavra hebraica 
fala de um deserto onde é impossível a vivência. A palavra carrega conotação 
negativa, um deserto absoluto. 
HERABOTH: o termo aqui apresentado não faz referência direta à sequidão, mas 
trata de lugares destruídos por causa de uma guerra. 
Em terceiro lugar, a palavra MIDBAR é a expressão que trata de um deserto com 
capacidade para a vida, onde existe a possibilidade do plantio e do cuidado animal. 
 
 24 
Em épocas de chuva, o local pode vir a tornar-se verdejante e repleto de muito pasto, 
contradizendo a figurade um deserto desolado. 
Desertos bíblicos da parte Oeste 
● Deserto de Sur, Sin e Sinai: 
○ Deserto de Sur, do hebraico muralha (Gn 16.17; Êx 15.2). Encontra-se 
situado entre a Palestina e o Egito; 
○ Deserto de Sin, do hebraico pântano. Era uma região inculta entre Elim 
e o Sinai, que foi atravessado pelos israelitas (Ex 16.1). Foi nele também 
que o povo de Deus recebeu o Maná e os codornizes. 
○ Deserto do Sinai, península montanhosa da Arábia entre os golfos de 
Suez e de Akabah. Foi no deserto do Sinai que Deus apareceu em uma 
sarça a Moisés (At 7.31). 
● Deserto de Parã e Cades-Barnéia 
○ Deserto de Parã, do hebraico região das cavernas. Era uma região 
montanhosa e despovoada, que atravessava a península do Sinai. Foi 
a pátria de Ismael (Gn 21.21) e palco das jornadas incertas de Israel 
(Nm 10.12) 
○ Deserto de Cades-Barnéia, do hebraico consagrado. Era uma região do 
deserto do sul da Palestina, foi nela que Quedorlaomer venceu os 
chefes dos amorreus (Gn 14.7). Local em que o anjo encontrou-se com 
Agar (Gn 16.14). 
● Deserti de Zim e Berseba 
○ Deserto de Zim do hebraico palmeira baixa. Era um deserto ao sul da 
Palestina (Js 15.1, Nm 34.3). Havia uma cidade com esse nome no 
extremo sul da Judéia (Nm 34.4). 
○ Berseba do hebraico quer dizer poço do juramento. Tratava-se de um 
pequeno deserto bem perto da cidade de Berseba. Atualmente trata-se 
de um lugar em ruínas, com apenas dois poços de pedras para dar água 
aos animais. Serviu antes como limite meridional. 
Frases como “desde Dã até Berseba” ou “Geba até Berseba” 
significavam desde o norte até o sul da Palestina (2Sm 17.11, Jz 20.1). 
Desertos da parte Leste 
Os desertos dessa parte não são tão conhecidos, e no seu aspecto histórico não são 
de tanta relevância, mas faz-se necessário citá-los para efeito de conhecimento: 
 
 25 
● Idumeu: situado ao sudeste do mar morto 
● Moabe situado ao nortesde to mar morto 
● Quedemote situado ao norte de Moabe 
● Diblat 
● Beser 
 
 
 26 
12 CIDADES QUE NÃO 
FAZIAM PARTE DA PALESTINA 
Descrição 
Uma cidade pode ser definida como povoação de categoria superior à vila. Em suma, 
o que grandemente caracterizava as cidades antigas eram seus muros, que tinham 
como objetivo proteger a população contra investidas dos inimigos (Gn 4.17. Js 
10.12). 
● Ur dos Caldeus e Nínive: 
○ Ur dos Caldeus: ficava ao sul da Babilônia. Dela procedeu Terá e Abrão 
para irem a Harã (Gn 11.28-31). Diz-se que ela poderia ser identificada 
geralmente como a atual Tell el-Muqayyar no rio Eufrates. 
■ Através de escavações recentes por suas ruínas, diversas 
informações foram recebidas quanto à marcha da civilização 
desde o início. 
■ A cultura de Ur precede a do Egito, Síria, Fenícia e Grécia. Essa 
era a cidade natural de Abrão, destacando-se na indústria e 
agricultura e possuindo um porto marítimo. 
○ Nínive: uma das mais antigas cidades do mundo. Fundada por Ninrode 
(Gn 10.11), estava à margem oriental do Rio Tigre, 50 km ao norte do 
Rio Zabe. 
■ Durante vários séculos foi a capital dos assírios próximo ao rio 
Tigre, sendo destruída pelos babilônios em 612 a.C. 
■ Foi nessa cidade que se deu a grande mensagem do profeta 
Jonas. O profeta Naum anunciou a queda da cidade, 
descrevendo-a como uma cidade sanguinária. 
■ Seus moradores praticavam os mais perversos atos, como 
mutilar os escravos, furar olhos de cativos e construir pirâmides 
com as cabeças dos inimigos. Como Naum falou, sua queda veio 
200 anos depois. 
■ A biblioteca criada por Assurbanipal tem sido fonte para assuntos 
diversos envolvendo Síria e Babilônia. 
■ Cai em 612 a.c. por meio do poder da Babilônia. Isso se deu 
quando uma repentina inundação do rio derrubou estádios e 
muralhas. 
● Damasco e Mênfis: 
 
 27 
○ Damasco: a capital da Síria, estando na parte sul. Segundo a tradição, 
foi fundada através de Uz, neto de Sem (Gn 6.10). Estava situada no rio 
Barad, era antigamente denominada de Abna. Podia ser vista de 
Jerusalém (215km). Atualmente Damasco tem aproximadamente 300 
mil habitantes, e é a mais antiga cidade do mundo. 
■ É primeiramente mencionada na Bíblia em Gn 14.15. 
■ Segundo Sm 8.5, a cidade foi conquistada por Davi e o próprio 
Naamã citou os rios desta cidade (2Rs 5.12). 
■ Damasco era um centro comercial e foi nela em que a conversão 
de Paulo aconteceu (At 9). 
■ Afirma-se que Damasco era um tipo de entroncamento que dava 
acesso ao Egito, Arábia, Síria, Babilônia e Roma. 
○ Mênfis: primeira capital do Egito unido, situada à margem do rio Nilo, 
um pouco antes do início do Delta (Os 9.6). 
■ Foi fundada por Menês, o qual foi o primeiro rei, no Nilo 15km ao 
sul da cidade atual de Cairo. 
■ Era também denominada de Note (Is 19.13, Jr 44.1), estando 
próximas das pirâmides do Egito. 
● Babilônia e Arã 
○ Babilônia: do grego quer dizer porta de deus. Seu nome mais antigo era 
Sinear, mas era chamada também de Caldéia (Jr 50.10). 
■ A Babilônia, capital, ocupava o mesmo lugar da torre de Babel 
(Gn 10.10) 
■ Pelos registros históricos sabe-se que a torre foi construída 28 
séculos antes de Nabucodonosor nascer, mas sua destruição se 
deu pelo poder da Síria em 689 a.C. 
■ A Babilônia tem seu maior momento de glória com o rei 
Nabucodonosor, em destaque citam-se as grandiosas muralhas 
da Babilônia e os jardins suspensos, uma das sete maravilhas do 
mundo antigo. 
■ Cada lado da cidade tinha 25 portas. Também estava ali o templo 
de Bel (Dn 1.2). Deseja-se saber como pedras tão grandes foram 
levadas até lá, e admira-se os cortes precisos nelas feitos. 
■ No aspecto bíblico, o nome da Babilônia é citado mais de 200 
vezes. 
 
 28 
○ Arã: do hebraico quer dizer região montanhosas: 
■ Filho de Sem Gn 10.22, antepassado dos sírios 
■ A Síria, que se estendia desde o nordeste da Palestina até os 
vales dos rios Tigre e Eufrates (Nm 23.7). 
■ Apesar das poucas informações, pode-se dizer que era um 
centro comercial e militar, e ponto de convergência dos caminhos 
da Babilônia, Assíria, Egito e Ásia menor. 
● Jerusalém e Tiro 
○ Jerusalém, do hebraico habitação de paz. Essa cidade estava localizada 
a aproximadamente 50 km do mar Mediterrâneo e a 22 km do mar 
Morto, a uma altitude de 765 m. 
■ O vale do Cedrom ficava a leste dela, e o vale de Hinom, a oeste 
e ao sul. A leste do vale de Cedrom esta o Getsemani e o monte 
das Oliveiras. Davi tornou Jerusalém a capital do reino unido 
(2Sm 5.6-10). 
■ Salomão construiu nela o templo e seu palácio. Quando o reino 
se dividiu, Jerusalém continuou como capital do sul. Em 587 a.C. 
a cidade e o templo foram totalmente destruídos por 
Nabucodonosor (2Rs 25:1-26). 
■ Zorobabel, Neemias e Esdras trabalharam fortemente para 
reconstruir as muralhas e o templo, que foram depois mais uma 
vez destruídos. Posteriormente, o templo foi reconstruído por 
Herodes, o Grande. Novamente o general Tito destruirá a cidade 
e o templo em 70 d.C. 
■ O nome primitivo da cidade de Jerusalém era Jebus, também 
chamada de Salém (Gn 14.18), a cidade de Davi (1Rs 2.10), Sião 
(1Rs 8.1), cidade de Judá (2Cr 25.28), cidade de Deus (Sl 46.4), 
e cidade do Grande Rei. 
○ A cidade de Tiro foi fundada pelos sidônios e era célebre por seu 
comércio. Era urn antigo posto marítimo da antiga Fenícia, no 
Mediterrâneo entre Beirute e monte Carmelo. 
■ Hirão, rei de Tiro, era aliado de Davi e Salomão (2Sm 5.11). 
■ Foi de Tiro que procederam os materiais para a construção do 
templo (1Rs 5). 
■ Cristo pregou em Tiro (Mc 7:24-30). 
 
 29 
■ Paulo também esteve na região, permanecendo lá por 7 dias: “E, 
indo já à vista de Chipre, deixando-a à esquerda, navegamos 
para a Síria e chegamos a Tiro; porque o navio havia de ser 
descarregado ali.” (Atos 21:3). 
■ Foi tomada por Nabucodonosor II depois de um cerco de 
aproximadamente 13 anos. Tempos depois, foi dominada por 
Alexandre, o Grande em 332, pelos cruzados em 1123 e pelosmaometanos em 1291. 
● Sidom e Atenas 
○ Sidom era uma cidade situada numa ilha entre Beirute e ao norte de 
Tiro, na Fenícia, atual Líbano. Esse cidade ficava distante de Tiro 
aproximadamente 30 km ao norte, e sofreu diversos ataques, mas 
sempre se Levantou. 
■ Era também um centro de fabricação de objetos de vidro, e seu 
povo era dado à idolatria (Jz 10.6, 1Rs 11.5, Ez 28.20-23). 
■ Jesus visitou Sidom (Mc 7.24), e mencionou-a (Mt 11.21), tendo 
contato com os sidônios em Mc 3.8 e Lc 6.17. 
■ Um dos reis dos sidônios, Etbaal, foi pai de Jezabel. 
○ Atenas, a famosa metrópole da antiga Ática, hoje é uma das mais 
bonitas e belas cidades do Oriente e a capital da Grécia. 
■ No seu aspecto histórico, sabe-se que Atenas foi por muitos 
séculos um dos maiores centros da ciência, cultura e literatura. 
Isso fez corn que o emprego do seu nome servisse para referir-
se ao emprego das letras e artes, de forma que alunos desejosos 
de crescer vindos de diversas regiões se dirigiam para Iá. 
■ Conforme At 17.22, Atenas era uma cidade muito religiosa, com 
muitos templos, altares e monumentos sagrados. 
■ Apesar de Paulo ter pregado em Atenas, não fez menção de 
Igrejas fundadas por ele ali, apesar de a tradição de afirmar que 
Dionísio, juiz, tornar-se primeiro bispo da cidade. 
● Éfeso e Roma 
○ Éfeso era capital da província romana da Ásia, e com Antioquia da Síria 
e Alexandria do Egito, foi uma das três maiores cidades do litoral leste 
do Mar Mediterrâneo. 
■ Éfeso era um grande centro comercial. 
 
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■ O templo de Diana, situado em Éfeso, levou aproximadamente 
220 anos para ser construído, e era uma das 7 maravilhas do 
mundo antigo. 
■ Paulo ficou nessa cidade pelo espaço de 2 anos e 3 meses, tendo 
grande sucesso na obra da evangelização. 
○ Roma, do latim quer dizer força. Capital do império romano, fundada em 
753 a.C. Ficava a 25 km da foz do rio Tigre, e atualmente está 
construída em uma planície ao norte dos sete montes. 
■ O surgimento de Roma se dá de modo lendário. 
■ Atualmente, Roma é a capital da Itália. 
■ Muito conhecida pelo Coliseu, agora em ruínas, que foi um 
grande anfiteatro que comportava aproximadamente 80 mil 
pessoas. 
■ Ficaram famosas suas catacumbas, galerias subterrâneas que 
serviam de refúgio para os cristãos primitivos. 
■ Em Roma Paulo ficou preso, e escreveu a carta aos efésios, 
filipenses, colossenses e a Filemom. 
■ Diz-se que a população de Roma chegava a um milhão e 
duzentos, sendo que a grande parte era de pessoas pobres e 
escravos.
 
 
 31 
Mapas Ilustrativos
 
 
 
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OROGRAFIA 
Levantarei os meus olhos para os montes, de 
onde vem o meu socorro.O meu socorro vem do 
Senhor que fez o céu e a terra. 
Salmos 121:1,2 
Ararate 
O nome vem do hebraico e significa “Terra Sagrada”. Ararate é o grupo de montanhas 
onde atracou a arca de Noé (RA Gn 8.4, RC, Arará) e para onde fugiram os filhos de 
Senaqueribe (RA 2Rs 19.37). 
Essa região era parte da antiga Armênia, e hoje está localizada na Turquia. Esse é o 
lugar da nascente dos rios Tigre, Eufrates e Aras. Nessas montanhas há um pico 
denominado Ararate, sempre coberto por neve, que se eleva a 5180 metros em 
relação ao nível do mar. 
Sinai 
1. Monte, também chamado de Horebe (Êx 17.6), situado entre os golfos de Suez 
e da Ácaba. Nesse monte foi dada a Moisés a Lei (Êx 19.20-20.26). 
2. Deserto (Êx 19.1). Trata-se de uma península montanhosa da Arábia, 
localizada entre o golfo de Suez e de Akabah. 
O deserto de Sinai é também marcante na Bíblia, pois foi nele que Deus 
apareceu a Moisés na sarça (At 7.30), onde os israelitas ficaram acampados 
aproximadamente um ano em frente ao Monte Sinai (Êx 19.2) e também onde 
foi levantado o senso de toda congregação de Israel (Nm 1.1,2). Esse Monte 
era denominado também de Horebe (Êx 3.1; 1Rs 19.8,9). 
Líbano 
Região formada por duas cordilheiras de montanhas de aproximadamente 160 km de 
extensão, conhecidas por montes Líbano e Antilíbano. localizadas ao longo da costa 
da Síria, correndo de nordeste a sudoeste. O grande vale entre as duas cordilheiras 
era chamado de vale do Líbano (Js 11.17). 
Alguns de seus picos alcançam 3000m e estão permanentemente cobertos de neve 
(Jr 18.14). O monte Hermon, que tem 2818 metros, está localizado na extremidade 
sul do Antilíbano, onde corria a fronteira norte da Palestina (Dt 1.7). 
Esses montes eram especialmente conhecidos pelos famosos cedros (Jz 9.15) que 
foram usados na construção do templo de Salomão: 
Dá ordem, pois, agora, que do Líbano me cortem 
cedros, e os meus servos estarão com os teus 
servos, e eu te darei o salário dos teus servos, 
conforme a tudo o que disseres; porque bem 
 
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sabes tu que entre nós ninguém há que saiba 
cortar a madeira como os sidônios. 1 Reis 5:6 
Hermon 
O nome vem do hebraico e significa “montanha sagrada”. O Hermon é um majestoso 
monte localizado no extremo Norte de Israel, perto da Cesaréia de Filipe, no término 
do sul da cordilheira Antilíbano, na fronteira norte da Palestina (Dt 3, Js 12.1) e ao 
lado do planalto de Basã (1Cr 5.23). 
Era chamado de de Senir pelos amorreus e de Siriom pelos sidônios. Seu topo fica a 
três mil metros de altitude, estando sempre coberto de neve. A transfiguração de 
Jesus se deu, provavelmente, ao pé desse monte (Sl 133.3, Mt 17.1-13). 
Esse monte tem uma altura de 3000 metros acima do nível do mar. Seu cume é 
coberto de neve, mas a terra ao seu lado é queimada pelo sol do verão. Do mar da 
Galileia é possível contemplar-se pelo reflexo o cume toucado de neve. 
Hermon era denominado ainda de Baal-Hermon (Jz 3.3). Esse monte sempre aparece 
nas poesias hebraicas (Sl 133.3, Cr 4.8). Possivelmente seja o alto monte de Mateus 
17.1. 
Monte Seir 
O nome “Seir” é oriundo do hebraico e quer dizer ”áspero” ou “cabeludo”. É uma 
região montanhosa de Edom (Gn 32.3). Foi Deus quem deu Seir para Esaú, que era 
rival das tribos de Jacó (Js 24.4). 
1. Monte situado na região de mesmo nome. O monte Seir no termo norte da tribo 
de Judá: 
E aos horeus no seu monte Seir, até El-Parã que 
está junto ao deserto. 
Gênesis 14:6 
Então volta este termo desde Baalá para o 
ocidente, até às montanhas de Seir, e passa ao 
lado do monte de Jearim do lado do norte (esta é 
Quesalom) e desce a Bete-Semes, e passa por 
Timna; 
Josué 15:10 
2. Região ocupada pelos descendentes de Esaú, e tinha aproximadamente 160 
quilômetros de extensão e ficava ao sul de Moabe, estendendo-se ao longo do 
lado oriental de Arabá: 
Estas, pois, são as gerações de Esaú, pai dos 
edomeus, na montanha de Seir. 
Gênesis 36:9

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