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Gestacão e lactação

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Enf 4/10 Nutrição Sala - Aula 7
Gestação e Lactação 
Processo fisiológico que compreende uma 
sequência de adaptações no corpo da 
mulher a partir da fertilização. 
Adaptações fisiológicas da gestação 
• Elevação do volume sanguíneo; 
• Estrogênio e progesterona; 
• Metabolismo basal; 
• Debito cardiaco; 
• Ingestão alimentar; 
• Reservas/mobilização de gorduras; 
• Aumento dos tecidos maternos (seios, 
útero e músculos de sustenção) 
Mediante essas alterações é comum que 
ocorram alterações na estrutura 
corporal da mulher. 

Os hormônios produzidos durante a 
gestação regulam alterações corporais, 
promovendo o desenvolvimento e o 
amadurecimento fetal e viabilizando o parto 
e a lactação. 
Quanto maior o número de bebês, 
mais precoce será o nascimento. 
Nutrição na gestação: Ganho de peso 
O estado nutricional pré-gestacional influi 
diretamente na saúde, crescimento e 
desenvolvimento adequado dos fetos, 
repercutindo no peso ao nascer, nas chances 
de prematuridade, mortalidade e morbidade 
neonatal. 
1º trimestre: 
✓Ganho de até 
2kg 
✓Perda de até 
3kg (náuseas e 
vômitos) 
2º e 3º trimestre: 
✓ Ganho de peso acelerado; 
✓ Não súbito 
✓ Sem edemas repentinos 
✓ Não é recomendado perda de peso 
O ganho de peso ponderal deve ocorrer a 
partir do segundo trimestre. 
1º Trimestre: 
Saúde do embrião depende da condição 
nutricional pré-gestacional 
da mãe; 
• Intensa divisão celular; 
• Reserva de energia, vitaminas e minerais; 
• Enjoos e vômitos. 
2º e 3º Trimestres: 
Meio externo influencia na condição 
nutricional do feto; 
• Ganho de peso adequado; 
• Ingestão de energia e nutrientes; 
• Fator emocional; 
• Estilo de vida 



Gestação 
Enf 4/10 Nutrição Sala - Aula 7
As principais complicações do ganho 
ponderal inadequado são: 
❑ Macrossomia fetal 
❑ Tocotraumas 
❑ Prematuridade 
❑ Óbito fetal 
❑ Comorbidades futuras 
 
Avaliação do Estado Nutricional 
Quem tem menos peso, geralmente tende 
a ganhar mais peso, pois precisa aumentar 
a reserva de gordura. 
Método de Atalah: 
 
✓Fácil aplicação 
✓Utiliza a IG e o 
IMC atual, 
servindo de base 
para a 
recomendação 
nutricional 
✓Classifica o 
estado nutricional 
da gestante em 
baixo peso, 
eutrofia, 
sobrepeso e 
obesidade 

Recomendações nutricionais das 
gestantes: 
▪Calorias: aumenta 300 kcal/dia a 
partir do 2º trimestre gestacional; 
▪Mães desnutridas ou adolescentes 
aumenta desde o 1º trimestre (início 
da gestação) 
▪Carboidratos: adicional de 35 g/dia, 
ou seja, total de 135 g/dia (45-65% do 
VET); 
▪ Proteínas: adicional de 25 g/dia, ou seja, 
total de 60 g/dia; 
▪ Lipídeos: recomendação normal de 
20-35% do VET. 
A energia adicional é necessária para 
suportar as necessidades metabólicas da 
gravidez e crescimento fetal. 
ÁCIDO FÓLICO 
Importância do consumo de 
ácido fólico: 
▪Sua deficiência prejudica a 
divisão celular e a síntese 
proteica; 
▪No início da gravidez, a 
deficiência de folato pode 
levar a defeito no tubo 
Enf 4/10 Nutrição Sala - Aula 7
neural. Essa estrutura dá origem ao SNC e 
defeitos nela podem levar à espinha 
bífida, paralisia de membros inferiores, 
anencefalia, retardo mental e dificuldade 
de aprendizado escolar; 
▪ No final da gravidez a deficiência de 
folato pode levar à anemia 
megaloblástica (produção anormal de 
hemácias); 
Recomendação: 
▪ Mulheres em idade fértil: 400mg 
▪ Gestantes e no período de 
periconcepção: 600mg 
FERRO 
Importância do consumo de 
ferro: 
▪Mulheres grávidas e crianças 
são mais vulneráveis à 
deficiência de ferro – expansão da massa 
de células vermelhas; 
▪ Na gravidez, mais ferro é necessário para 
o crescimento do feto e da placenta, e 
para aumentar a massa de hemácias; 
▪ No 1º trimestre as necessidades não 
mudam devido à ausência de 
menstruação e aumento da absorção 
intestinal. 
▪ A partir do 2º trimestre as demandas 
aumentam: Recomendação de 27mg/
dia no segundo e terceiro trimestres. 
▪ A deficiência de ferro leva à anemia 
ferropriva, que aumenta a mortalidade 
materna; 
Fontes: carnes vermelhas, vísceras, ovo, 
hortaliças verde-escuras e leguminosas + 
frutas ricas em vitamina C = aumenta a 
biodisponibilidade. 
!!! Não é necessário suplementar exceto nos 
casos abaixo: 
▪ Ingestão crônica baixa de ferro 
▪ Hb < 12mb/dl na fase inicial da gestação 
▪ História prévia de anemia 
▪ Histórico de menstruação abundante 
▪ Pequeno intervalo entre gestações 
▪ Grande multípara (4 ou mais filhos) 
▪ Gestações múltiplas 
▪ Fatores clínicos que afetam absorção de 
ferro (ex: verminose); 
VITAMINA A 
Tanto a deficiência 
como o excesso podem 
causar malformações 
do feto. 
• Excesso com efeito teratogênico 
Recomendam-se 1500 μg/dia 
 
•UL de 3.000 μg/dia; (consumo máximo 
diário!!!) 
Só faz suplementação se houver deficiência! 
Adquirir dos alimentos fontes: Fígado, Leite e 
derivados, Vegetais verde-escuros e laranja. 

CALCIO 
Maior necessidade no 
terceiro trimestre 
(últimas 10 semanas – 
Cálcio é transferido 
para o esqueleto 
fetal): 
• Aumento da taxa de utilização pelos 
ossos: 
• Intensa mobilização da Ca materno; 
• Absorção duas vezes mais eficiente; 
• 1.000 mg/dia para adultas; 
• 1.300 mg/ dia para adolescentes. (aporte 
extra, demanda é aumentada 
competitivamente entre gestante e feto). 
Situações comuns na gestação: 
Enf 4/10 Nutrição Sala - Aula 7
 
Fatores de risco na gestação: 
Baixa idade materna: 25,7% dos nascimentos 
no Brasil < 19 anos: Prematuridade, Baixo 
peso ao nascer, Anemia, Pré eclâmpsia e 
ecâmpsia, Complicações no parto. 
Alta idade materna: Mães> 35 anos: Aborto 
espontâneo, Hipertensão, Pré eclampsia e 
eclampsia, Diabetes gestacional, Placenta 
prévia. Mães >40 anos: anormalidades 
genéticas. 
 
Baixo peso: Mulheres desnutridas ou com 
ganho de peso insuficiente na gestação: 
•Menor expansão de volume plasmático; 
•Menor fluxo placentário; 
•Retardo no crescimento intra-uterino 
Sobrepeso ou Obesidade: Mulheres obesas 
ou com ganho de peso excessivo na 
gestação: 
•Diabetes e hipertensão 2-6x mais 
frequentes; 
•Riscos obstetrícios – obesidade materna 
aumenta em duas vezes o risco de 
natimorto e morte neonatal, em três vezes, o 
risco de pré-eclâmpsia em gestantes obesas 
e, sete vezes, em gestantes com obesidade 
extrema. 
Recomendações nutricionais das nutrizes: 
▪Calorias: aumenta 500 kcal/dia nos 
primeiros 6 meses de aleitamento; 
▪Carboidratos: adicional de 60 g/dia, 
ou seja, total de 160 g/dia (45-65% 
do VET); 
▪Proteínas: adicional de 25 g/dia, ou 
um total de 75 g/dia; 
▪ Lipídeos: recomendação normal de 
20-35% do VET (priorizando 
poliinsaturadas). 
Fisiologia da lactação 
Controlada por 
hormônios de 
origem hipofisária: 
•Prolactina – 
produção de leite 
•Glicocorticóides – 
amadurecimento 
dos órgãos 
•HCG – 
manutenção do 
corpo lúteo, gestação 
• Ocitocina – Contrações do útero e ejeção 
do leite 
Aspectos gerais do Aleitamento Materno 
• Estratégia isolada que mais previne 
mortes infantis; 
• Fortalece o vínculo mãe-filho; 
Lactante 
Enf 4/10 Nutrição Sala - Aula 7
• Promove a saúde física, mental e 
psíquica da criança e da mulher que 
amamenta. 
• Oferece uma nutrição completa; 
• O MS recomenda o aleitamento 
materno exclusivo até os 6 meses de 
vida; 
• O leite materno já possui a quantidade 
adequada de água, sem ser necessário 
oferecê-la ao bebê; 
II Pesquisa de Prevalência de Aleitamento 
Materno 
• Mediana de tempo de aleitamento 
materno exclusivo no Brasil foi de 54,1 
dias (1,8 meses) 
!!! Ultimamente, a prática do aleitamento 
tem reduzido devido à insegurança ou 
inserção da mãe no mercado de trabalho !!! 
Classificação do AM 
Aleitamento materno 
exclusivo 
Quando a criança recebe 
somente leite materno. 
Aleitamento materno 
predominante 
Quando a criança recebe, além 
do leite materno, água ou 
bebidas a base de água. 
Aleitamento materno 
complementado (misto) 
Quando a criança recebe, 
além do leite materno, 
alimentos sólidos e leite não-
humano. 
10 passospara o aleitamento materno 
bem sucedido 
1. Ter uma norma escrita sobre 
aleitamento materno, a qual deve ser 
rotineiramente transmitida a toda 
equipe; 
2. Treinar toda a equipe capacitando-a 
para implementar esta norma; 
3. Informar todas as gestantes atendidas 
sobre as vantagens e o manejo da 
amamentação; 
4. Ajudar as mães a iniciar a 
amamentação na primeira meia hora 
após o parto; 
5. Mostrar às mães como amamentar e 
como manter a lactação, mesmo se 
vierem a ser separadas de seus filhos; 
6. Não dar a recém-nascido nenhum 
outro alimento ou bebida além do leite 
materno, a não ser que tenha indicação 
clínica; 
7. Praticar o alojamento conjunto, 
permitir que mães e bebês 
permaneçam juntos 24 horas por dia; 
8. Encorajar a amamentação sob livre 
demanda; 
9. Não dar bicos artificiais ou chupetas a 
crianças amamentadas; 
10. Encorajar o estabelecimento de 
grupos de apoio à amamentação, para 
onde as mães devem ser 
encaminhadas após a alta hospitalar. 
Aleitamento materno 
• O momento ideal para iniciar a 
amamentação é imediatamente após o 
parto. (Hora de ouro) 
– Estimula a expulsão da placenta 
– Hormônio ocitocina que estimula a 
contração uterina 
– Diminui o sangramento e previne 
anemias. 
Enf 4/10 Nutrição Sala - Aula 7
• Redução em 22% de mortalidade 
neonatal; 
• Maior duração da AME; 
• Pouco praticada no Brasil. 
Vantagens do AME para a Mãe 
▪ Perda de peso gradual; 
▪ Involução uterina mais rápida; 
▪ Proteção contra câncer de mama; 
▪Método anticoncepcional; 
▪ Evita gastos adicionais com setor de 
saúde; 
▪ Regula o apetite da criança; 
▪ Imediatamente disponível; 
▪ Em concentrações e temperatura ótimas, 
evitando diluições inadequadas; 
▪Microbiologicamente seguro; 
▪ É grátis. 
▪ Diminui risco de infecções, 
principalmente respiratórias e 
gastrointestinais; 
▪ Diminui risco de meningite e enterite 
necrosante; 
▪ Protege contra doenças crônicas e morte 
súbita; 
▪ Promove bom desenvolvimento da 
mandíbula; 
▪ Beneficia o desenvolvimento cognitivo; 
▪Maior estabilidade emocional e de 
comportamento; 
▪Melhora da acuidade visual e motora; 
▪ Favorece a aceitação dos alimentos 
complementares; 
▪ Reduz morbimortalidade infantil. 
Estágios da Lactação 
Estágio 1 
✓ Lactogênese 
✓Começa no 3 trimestre; 
✓Inicia-se efetivamente após o parto; 
✓↓Progesterona e ↑ Prolactina 
Estágio 2 
✓Aumento do fluxo sanguíneo, glicose, 
oxigênio e citrato; 
✓3 a 4 dias após o parto 
Estágio 3 
✓Galactopoiese = manutenção da lactação 
Composição do Leite Materno 
Colostro: 
•Secretado até 1 semana 
após o parto 
•Líquido amarelado 
•↑ Proteína 
•↓ Lipídio 
•↓ Lactose 
•Fator bífido 
•Bactérias intestinais 
(lactobacillus bifidus) 
• Eliminação do mecônio 
Leite Maduro : 
•A partir de 15 dias do 
parto 
•Proteína (1,2 – 1,5 g/dL) 
•60% proteínas do soro 
•40% caseína 
•Carboidrato (7 g/dL de 
lactose) 
• Maior que o leite da vaca 
• Favorece o crescimento da flora 
benéfica 
• Favorável ao sistema nervoso 
• Aumenta absorção de Ca, P e Mg 
• Lipídio (3,5 g/dL) 
• Triglicerídeos (97%), fosfolipídeos, 
colesterol, ácidos graxos livres; 
• Perfil de AG varia com a dieta 
materna. 
• Minerais e oligoelementos 
• Menor teor de minerais que outros 
leites 
• Menor carga osmótica renal; 
• Pouco Fe, porém altamente 
biodisponível; 
• Vitaminas 
• Todas vitaminas, exceto a D 
• Predominam a A, C e E - no de vaca 
predominam as do complexo B. 
• Imunoglobulinas 
• IgA , IgM e IgG (atua nas mucosas 
evitando aderência de patógenos) 
Enf 4/10 Nutrição Sala - Aula 7
Variação: 
• Leite anterior = Mais aquoso 
• Leite posterior = Mais gorduroso 
Contraindicações do AL 
• Infecções causadas pelos retrovírus: 
– Vírus da imunodeficiência humana 
(HIV-1); 
– Vírus T-linfotrópicos humanos tipo I 
(HTLV I); 
– Vírus T-linfotrópicos humanos tipo II 
(HTLV II). 
Na maioria das doenças viróticas maternas, 
outras fontes de contaminação para o 
recém-nascido devem ser avaliadas antes 
de se atribuir essa possibilidade apenas ao 
aleitamento.

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