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DA IMPROCEDÊNCIA LIMINAR DO PEDIDO

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DA IMPROCEDÊNCIA LIMINAR DO
PEDIDO
CONCEITO
Sabemos que após o juiz verificar que a petição inicial está totalmente dentro
dos requisitos temos a citação do réu, porém existe uma situação especial, onde
após o juiz receber a petição inicial passa imediatamente para o julgamento
resolvendo o mérito antes mesmo de citar o réu, essa situação trata-se do art.
322 do CPC, onde se autoria o juiz sentencie liminarmente o processo, a
chamada improcedência liminar do pedido.
A improcedência é a quando o juiz decide que o pedido do autor não foi aceito.
Lembrando:
Com a improcedência liminar do pedido não temos a citação do réu e a fase
instrutória (já que a matéria fática já pode ser comprovada pela prova
documental da petição inicial)
HIPÓTESES EXPRESSAS DE IMPROCEDÊNCIA LIMINAR DO PEDIDO (Art. 332,
I a IV e §1º)
● ENUNCIADO DE SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL OU DO
SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (Art. 332, I)
Esse inciso não trata somente das súmulas vinculantes do Supremo Tribunal
Federal, mas também de qualquer outra súmula, tanto do STF como do Superior
Tribunal de Justiça. A intenção do legislador foi dar aos julgamentos do STF e
STJ a força que a Jurisprudência necessita para estabelecer o Direito.
● ACÓRDÃO PROFERIDO PELO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL OU PELO
SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA EM JULGAMENTO DE RECURSOS
REPETITIVOS (Art.332, II)
Neste inciso vemos novamente a perpetuação do entendimento do STF e STJ,
agora em causas que tratam de um recurso repetitivo. Assim é imprescindível
que os tribunais de menor instância sigam aquele entendimento inaugurado pelo
STF ou STJ.
O Juiz ao verificar que já não há mais a necessidade de produção de provas
além daquelas que já constam nos autos, vai poder realizar a improcedência
liminar do pedido sem sequer determinar a citação do réu.
● ENTENDIMENTO FIRMADO EM INCIDENTE DE RESOLUÇÃO DE
DEMANDAS REPETITIVAS OU DE ASSUNÇÃO DE COMPETÊNCIA (Art.
332, III)
Esse inciso perpetua novamente a força do direito jurisprudencial.
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● ENUNCIADO DE SÚMULA DE TRIBUNAL DE JUSTIÇA SOBRE DIREITO
LOCAL (Art. 332, IV)
Neste caso, sempre que um Tribunal de Justiça Estadual, analisando legislação
local do seu Estado, firmar um enunciado de Súmula, é fundamental que os Juízes
de primeira instância sigam o mesmo entendimento.
● O JUIZ TAMBÉM PODERÁ JULGAR LIMINARMENTE IMPROCEDENTE O
PEDIDO SE VERIFICAR, DESDE LOGO, A OCORRÊNCIA DE DECADÊNCIA
OU DE PRESCRIÇÃO (Art. 332, §1º)
Lembrando que decadência se refere à perda efetiva de um direito por causa
do seu não exercício no prazo estipulado e a prescrição é a extinção da
pretensão à prestação devida.
O RÉU SABE QUE HOUVE UMA PETIÇÃO CONTRA ELE? (Art. 332, §2º)
§2º Não interposta a apelação, o réu será intimado do trânsito em julgado da
sentença, nos termos do art. 241.
O réu somente saberá da existência daquele pedido que foi formulado contra
ele e daquela sentença que resolveu pela improcedência liminar do pedido
depois daquela decisão ter transcorrido o prazo para recurso e por via de
consequência o trânsito em julgado da sentença.
O JULGAMENTO LIMINAR DO PEDIDO PODE SER:
● TOTAL
O autor pode apelar e o juiz pode se retratar, se o autor apelar:
Art. 332, §3º Interposta a apelação, o juiz poderá retratar-se em 5 (cinco) dias.
Vejamos o art. 332, §4º para a casa situação
- se o juiz se retratar
o juiz determinará o prosseguimento do feito com a citação do réu.
- se o juiz não se retratar
Se não houver retratação por parte do juiz, o recurso de apelação sobe para o
tribunal que determinará a intimação do réu, para apresentar contrarrazões no
prazo de 15 dias, nesse caso a improcedência continua valendo mas poderá ser
revista pelo tribunal.
● PARCIAL
será possível interpor o recurso de agravo de instrumento (Art. 1015, II) e o juiz
também poderá se retratar da decisão.
FONTES:
● LOPES JR., JAYLTON; CUNHA, MAURÍCIO; PINHEIRO, RODRIGO GOMES DE
MENDONÇA. Direito Processual Civil: Coleções Jurídicas 2022. 3. ed.
Brasília: CP Iuris, 2022. 421 p. E-book.
● GONÇALVES, Marcus Vinicius Rios. DIREITO PROCESSUAL CIVIL: Coleção
Esquematizado. 13. ed. São Paulo: SaraivaJur, 2022. E-book.
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