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DOS RECURSOS CPP

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❖ DOS RECURSOS 
 
Recurso é um meio jurídico de se provocar o reexame de decisão que não 
transitou em julgado. Após o trânsito em julgado cabem ações de impugnação. 
Exemplo: Revisão Criminal. 
 ​Fundamentos dos Recursos - é o duplo grau de jurisdição. 
 
Juízo a quo - é o órgão contra o qual se recorre. 
Juízo ad quem - é o órgão para o qual se recorre. Normalmente é um órgão 
de jurisdição superior. 
Exceções: Embargos de Declaração, Protesto Por Novo Júri, Protesto Para 
Turmas Recursais. 
O recurso para as partes é um ônus processual, portanto, não interposto, dá -se a 
preclusão. O defensor dativo pode apelar. É facultativo. 
 
Pressuposto lógico - existência de uma decisão de mérito. 
 As decisões interlocutórias, excepcionalmente admitem recursos (Art. 581, 
CPP). 
Classificação dos Recursos 
Os recursos se classificam em: 
1. Ordinários - os demais recursos. 
2. Extraordinários - são o Recurso Especial e o Recurso Extraordinário. 
 
Princípio da Voluntariedade - ​os recursos são voluntários. 
É dizer: a parte entra com recurso se quiser. 
Parte da doutrina fala em recurso necessário, que é aquele recurso ex officio. 
Tecnicamente não é recurso, é caso de duplo grau de jurisdição 
obrigatório. 
Hipóteses: 
a) concessão de habeas corpus; 
b) absolvição sumária no júri; 
c) concessão de reabilitação; 
Súmula 423 do STF - sem o duplo grau, a decisão não transita em julgado. 
O recurso ex officio, mesmo com a CF/88, ainda subsiste. 
 
Prazos Gerais de Recursos 
1. Prazo de 5 dias - apelação, recurso em sentido estrito, protesto por novo júri, 
agravos; 
2. Prazo de 10 dias - embargos infringentes, embargos de nulidade; 
3. Prazo de 15 dias - recurso extraordinário, recurso especial; 
4. Prazo de 2 dias - embargos de declaração; 
5. Revisão criminal - não tem prazo para ser interposta. 
Observação: ​havendo dúvida sobre a tempestividade, admite -se o recurso. 
Os prazos são contínuos e peremptórios, ou seja, não se interrompem nas 
férias, sábados, domingos ou feriados. 
Se o prazo terminar em um domingo, ​prorroga -se o prazo para o primeiro 
dia útil subsequente. 
A contagem começa a partir da intimação. 
Quando haver intimação por carta precatória, o prazo co nta-se da juntada 
dela aos autos. 
O prazo processual é contado desprezando-se o dia do começo. 
Se a intimação for feita na sexta-feira, o prazo começa no primeiro dia útil 
subseqüente. É o que dispõe a Súmula 310 do STF. 
O importante é protocolar o recurso no prazo. O recebimento não importa. 
Súmula 428 do STF. 
O prazo conta-se em d obro para o defensor público. A jurisprudência diz que 
o prazo também conta-se em dobro para o defensor nomeado. 
 
Competência do Tribunal de Justiça de São Paulo 
1. Crimes punidos com reclusão; 
2. Tóxicos; 
3. Crimes Falimentares; 
4. Crimes do Júri; 
5. Crimes de Responsabilidade de Prefeitos e Vereadores; 
6. Crime patrimonial com resultado morte. 
 Competência do TACrim 
1. Todas as infrações não punidas com reclusão; 
2. Todos os crimes patrimoniais. 
 Recursos ao STJ 
1. Ordinário - somente quando houver habeas corpus denegado; 
2. Especial - ver capítulo posterior. 
 Recursos ao STF 
1. Extraordinário - 
2. Ordinário: somente quando o habeas corpus é denegado em decisão única 
nos Tribunais Superiores e Crimes Políticos. 
Art. 574. Os recursos serão voluntários, excetuando-se os seguintes casos, em que 
deverão ser interpostos, de ofício, pelo juiz: 
I ​- da sentença que conceder habeas corpus 
II ​- da que absolver desde logo o réu com fundamento na existência de circunstância 
que exclua o crime ou isente o réu de pena, nos termos do art. 411. 
 
Art. 575. Não serão prejudicados os recursos que, por erro, falta ou omissão dos 
funcionários, não tiverem seguimento ou não forem apresentados dentro do prazo. 
 
Art. 576.​ O Ministério Público não poderá desistir de recurso que haja interposto. 
 
Art. 577. O recurso poderá ser interposto pelo Ministério Público, ou pelo querelante, 
ou pelo réu, seu procurador ou seu defensor. 
Parágrafo único​. Não se admitirá, entretanto, recurso da parte que não tiver 
interesse na reforma ou modificação da decisão. 
 
Art. 578. O recurso será interposto por petição ou por termo nos autos, assinado 
pelo recorrente ou por seu representante. 
§ 1o Não sabendo ou não podendo o réu assinar o nome, o termo será assinado por 
alguém, a seu rogo, na presença de duas testemunhas. 
§ 2o A petição de interposição de recurso, com o despacho do juiz, será, até o dia 
seguinte ao último do prazo, entregue ao escrivão, que certificará no termo da 
juntada a data da entrega. 
§ 3o Interposto por termo o recurso, o escrivão, sob pena de suspensão por dez a 
trinta dias, fará conclusos os autos ao juiz, até o dia seguinte ao último do prazo. 
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10619139/art-574-do-codigo-processo-penal-decreto-lei-3689-41
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10619113/art-574-inc-i-do-codigo-processo-penal-decreto-lei-3689-41
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10619074/art-574-inc-ii-do-codigo-processo-penal-decreto-lei-3689-41
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10619032/art-575-do-codigo-processo-penal-decreto-lei-3689-41
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10618992/art-576-do-codigo-processo-penal-decreto-lei-3689-41
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10618962/art-577-do-codigo-processo-penal-decreto-lei-3689-41
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10618924/art-577-1-do-codigo-processo-penal-decreto-lei-3689-41
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10618888/art-578-do-codigo-processo-penal-decreto-lei-3689-41
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10618845/art-578-1-do-codigo-processo-penal-decreto-lei-3689-41
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10618801/art-578-2-do-codigo-processo-penal-decreto-lei-3689-41
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10618774/art-578-3-do-codigo-processo-penal-decreto-lei-3689-41
Art. 579. Salvo a hipótese de má-fé, a parte não será prejudicada pela interposição 
de um recurso por outro. 
Parágrafo único​. Se o juiz, desde logo, reconhecer a impropriedade do recurso 
interposto pela parte, mandará processá-lo de acordo com o rito do recurso cabível. 
 
Art. 580. No caso de concurso de agentes (Código Penal, art. 25), a decisão do 
recurso interposto por um dos réus, se fundado em motivos que não sejam de caráter 
exclusivamente pessoal, aproveitará aos outros 
 
RECURSO EM SENTIDO ESTRITO 
Art. 581 do CPP 
 O rol do Art. 581 é taxativo, porém: 
1. esse recurso também está previsto em leis especiais; 
2. em casos excepcionais a jurisprudência admite a analogia. 
 
​Prazo - deve ser interposto no prazo de 5 dias. Exceção: Art. 581, XIV, que tem o 
prazo de 20 dias. 
Em regra, se processa em instrumento (autuação apartada). ​Excepcionalmente 
sobre nos autos principais (Art. 583 do CPP). 
Aspectos Procedimentais 
1. O escrivão forma o instrumento. Ele copia as principais peças dos autos. 
2. É motivado. Tem o prazo de 2 dias para oferecer razões e 2 dias para 
as contra-razões. Não cabe contrarrazões em 2º grau. 
O juiz pode sustentar ou reformar a decisão. Se reformar, cabe novo recurso 
pela parte prejudicada. 
Hipóteses de Cabimento: 
1. quando o juiz não recebe a denúncia ou queixa. S e recebe, em tese cabe 
Habeas Corpus. A Lei de Imprensa determina que se o juiz rejeitar a denúncia 
ou queixa, cabe apelação. Em caso de rejeição parcial cabe recurso em sentido 
estrito.2. quando o juiz se dá por incompetente. Quando o juiz se dá por 
competente não cabe recurso nenhum. 
3. quando o juiz julga procedente as exceções, salvo a de suspeição. 
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10618745/art-579-do-codigo-processo-penal-decreto-lei-3689-41
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10618714/art-579-1-do-codigo-processo-penal-decreto-lei-3689-41
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10618686/art-580-do-codigo-processo-penal-decreto-lei-3689-41
4. ​quando o juiz pronuncia ou impronúncia o réu. Em caso de absolvição 
sumária cabe recurso em sentido estrito e recurso ex officio. Se o juiz 
desclassificar o crime, também é cabível o recurso em sentido estrito. 
5. quando o juiz profere qualquer decisão relacionada a fiança. 
6. quando o juiz indefere prisão preventiva. Se defere, cabe Habeas Corpus. 
7. quando o juiz con cede liberdade provisória. Se o juiz indefere a liberdade 
provisória cabe habeas corpus. 
8. quando o juiz julgar extinta a punibilidade ou indeferir o pedido de 
extinção da punibilidade. 
9. quando o juiz concede ou denega o habeas corpus. Da concessão de habeas 
corpus cabe recurso ex officio. 
10. quando o juiz anula o processo. 
11. quando deserta a apelação. 
12. quando o juiz suspende o processo. 
13. do julgamento do incidente de falsidade. 
Todas as hipóteses do Art. 581 que se relacionam com execução penal 
cabe o agravo em execução previsto na LEP 
APELAÇÃO 
Art. 593 do CPP 
 A apelação permite o reexame da matéria fática e jurídica. 
Prazo​ - 5 dias. 
Quando é cabível? 
Art. 593, CPP - está prevista no CPP e também em leis especiais. 
Apelação contra decisão do juiz singular 
Hipóteses de cabimento: 
1. sentença condenatória ou absolutória; 
2. decisões definitivas ou com força de definitivas das quais não caiba Recu rso 
em Sentido Estrito. Exemplo: quando o juiz julga liminares; suspensão do 
Art. 89; etc. 
Existe decisão definitiva não apelável ? 
Resp.: Sim, existe, se dá nos casos de competência originária. 
Decisão que arquiva inquérito policial não cabe recurso. 
Decisão que concede reabilitação cabe apelação e recurso ex officio. 
É perfeitamente possível a apelação em favor de réu revel, salvo se o juiz 
determinar a prisão deste para apelar. 
Apelação contra decisão do Tribunal do Júri 
É uma apelação com fundamentação vinculada, porque só cabe nas hipóteses 
estritamente previstas em lei. 
Hipótese de cabimento: 
1. quando houver nulidade posterior à pronúncia; 
2. quando a sentença do juiz for contrária à lei expressa ou à decisão dos 
jurados; 
3. quando houver erro ou injustiça na aplicação da pena; 
4. quando a decisão dos jurado s for manifestamente contrária às provas dos 
autos. Sob esse fundamento só é possível uma única apelação, seja por 
parte do réu, seja por parte do MP ou vítima. 
Nas três primeiras hipóteses​, se o Tribunal der provimento ao recurso, rescinde 
a decisão, isto é, o acórdão substitui a decisão. 
4. quando a decisão dos jurado s for manifestamente contrária às provas dos 
autos. Sob esse fundamento só é possível uma única apelação, seja por parte 
do réu, seja por parte do MP ou vítima. 
Na quarta e última hipótese​, se o Tribunal der provimento ao recurso, ele cassa 
a decisão anterior e determina novo julgamento. O Tribunal não pode 
substituir a decisão dos jurados. Se no segundo julgamento os jurados 
mantiverem a decisão, respeita-se a soberania dos veredictos. 
O Tribunal pode afastar qualificadora reconhecida pelo Júri ? 
Resp.: Não pode. Se for o caso, o Tribunal manda a novo julgamento. 
 ​O Tribunal pode reconhecer qualificadora afastada pelo Júri ? 
Resp: Não pode, é matéria dos jurados. Se for o caso, o Tribunal manda a 
novo júri. 
 
Princípio da Consunção - Art. 593, § 4º, CPP -​ quando for cabível a apelação, 
não cabe o recurso em sentido estrito. 
Em caso de ação pública, pode a vítima apelar ? 
Resp.: Excepcionalmente sim (Art. 598, CPP). Não importa se a vítima está 
habilitada ou não. É uma apelação supletiva ou subsidiária, que signif ica que 
a vítima só pode apelar se o MP não apelou. 
Se o MP apelar apenas de uma parte da sentença, a vítima pode apelar 
quanyo a outra parte. 
 A vítima pode apelar para agravar a pena ? 
Há divergência na doutrina e jurisprudência. Predomina o entendimento 
positivo. 
Prazo para a vítima apelar: 
1. vítima não habilitada - 15 dias, contados do transcurso do prazo para o MP 
(Súmula 448 do STF); 
2. vítima habilitada - não se sabe se é em 5 dias ou em 15 dias, pois o tema é 
polêmico. Não há consenso. Na dúvida, admite -se o recurso. S e a vítima foi 
intimada antes do MP, o prazo conta -se do decurso do prazo para o MP 
apelar. Já se a vítima foi intimada depois d o transcurso do prazo para o MP 
apelar, o prazo conta-se a partir da intimação. 
 
Aspectos Procedimentais 
1. O recurso é dirigido ao Tribunal, mas o juízo a quo faz o juízo de 
admissibilidade. SE o juiz não receber a apelação cabe recurso em sentido 
estrito. Se o juiz também não receber o recurso em sentido estrito, cabe 
carta testemunhável. 
2. É um recurso motivado, ou seja, deve vir ac ompanhado de razões e 
contrarrazões. 
Prazo - as razões e contra -razões devem ser apresentadas em 8 dias. Nas 
contravenções o prazo é de 3 dias. Se as razões e contrarrazões forem 
apresentadas fora d o prazo, é mera irregularidade, pois com ou sem razões o 
recurso sobe para o Tribunal (Art. 601, CPP). 
As razões podem ser apresentadas em 2ª Instância (Art. 600, CPP). 
Falta de contra-razões da defesa anula o processo ? 
Resp.: Sim, anula. 
 
A apelação, em regra, sobe nos autos principais (Art. 600, CPP). 
 
Apelação em 2º Grau 
Em 2º grau existe a apelação ordinária (Art. 613, CPP) e a apelação sumária. 
Apelação Ordinária - vale para os crimes punidos com reclusão. Ordem 
procedimental: 
1. sorteio do relator; 
2. vistas ao MP; 
3. vistas ao relator; 
4. vistas ao revisor; 
5. julgamento. 
Apelação Sumária - não existe revisor. Vale para os demais crimes, ou seja, 
para as infrações que não sejam punidas com reclusão. 
A defesa tem direito de opinar em 2º grau? 
Resp: Tem. Ela manifesta -se por meio de memoriais ou pode fazer 
sustentação oral. 
 
A intimação da data do julgamento é indispensável (Súmula 431 do STF). 
❖ O Tribunal pode converter o julgamento em diligência. Por exemplo: 
quando quer ouvir testemunhas. 
❖ A decisão é proferida por maioria de votos. Em caso de empate, vale a 
decisão mais favorável ao réu. 
 ​Efeitos da Apelação 
1. Efeito devolutivo - a apelação de volve a o Tribunal o conhecimento da 
matéria. Pode ser uma devolução total ou parcial, surgindo a apelação plena e 
a apelação parcial (Art. 599, CPP); 
2. Efeito Suspensivo - se a sentença for absolutória não tem efeito 
suspensivo. Se a sentença for condenatória, a apelação tem efeito 
suspensivo, salvo n o que se refere à prisão, ou seja, se o juiz mandar 
prender o réu, deve-se prender o réu; 
A regra é o recolhimento do réu a prisão para poder apelar. 
Exceção: quando o réu tem o direito de livrar-se solto; quando presta 
fiança; quando for primário e de bons antecedentes. 
 
Reformatio In Pejus - Art. 617, CPP - quando a apelação é exclusiva do réu, o 
Tribunal não pode agravar a sua situação. 
Reformatioin pejus indireta​ - anulada uma sentença condenatória em 
recurso exclusivo do réu, pode o juiz fixar pena maior ? 
Não, não pode. Se pudesse o réu estaria sendo prejudicado por um recurso 
dele. 
Indo o réu a novo Júri, pode o juiz fixar pena maior​ ? 
Resp.: Há polêmica. A melhor posição diz que se o Ministério Público 
concordou com a pena anterior, o juiz não pode aplicar pena maior, mas 
desde que o julgamento seja o mesmo. 
Da Reformatio in Mellius - ​O Tribunal pode de ofício melhorar a situação do réu ? 
Resp.: O tema é polêmico. O STF diz que não. Os demais Tribunais dizem 
sim. Para o concurso devemos dizer que sim, em duas hipóteses: 
1. o Tribunal pode conceder ao réu algo mais favorável do que ele pediu; 
2. o Tribunal pode, no recurso exclusivo da acusação, melhorar a situação do 
réu. 
DO PROTESTO POR NOVO JÚRI 
Arts. 607 e 608 do CPP 
Conceito ​- é o pedido de novo julgamento. 
Hipótese de Cabimento - cabe quando a pena por um crime for igual 
ou superior a 20 anos. 
Tratando-se de concurso material de crimes, as penas não podem ser somadas 
para pedir Protesto Por Novo Júri. 
Se a pena atingir 20 anos por força de concurso formal ou crime continuado, 
é cabível este recurso. 
Não importa se a pena for fixada em 1º ou 2º grau. 
Está revogado o § 1º do Art. 607 do CPP. 
Características: 
1. é recurso exclusivo da defesa; 
2. prazo - 5 dias, contados do julgamento; 
3. é um recurso dirigido ao juiz Presidente do Tribunal do Júri; 
4. não possui razões; 
5. só é cabível uma única vez; 
6. efeito - cassa o julgamento anterior e permite novo julgamento. 
 ​Se o juiz não recebe o Protesto Por Novo Júri, cabe Carta Testemunhável. 
❖ Em caso de crime conexo, às vezes cabe Apelação e Protesto Por Novo 
Júri. Nesta hipótese, a apelação aguarda o novo julgamento. 
❖ Caso o Ministério Público tenha concordado com a pena anterior, o juiz 
no novo julgamento não poderá fixar pena maior, desde que este 
julgamento seja idêntico ao anterior. 
O jurado que participou do julgamento anterior não pode participar do 
novo julgamento (Súmula 206 do STF). 
 
EMBARGOS INFRINGENTES E DE NULIDADE 
Art. 609, Parágrafo Único, do CPP 
❖ Diferença entre Embargos Infringentes e Embargos de Nulidade 
Os embargos infringentes referem-se ao mérito da causa. Refere-se a 
punibilidade. 
Os embargos de nulidade​ referem-se a matéria processual que leva a nulidade. 
 
Hipóteses de Cabimento 
1. Somente contra decisão de 2ª Instância; 
2. Decisão proferida em Apelação, Recurso em Sentido Estrito ou Agravo em 
Execução. Não cabe embargos em decisão que julga revisão criminal; 
3. Decisão não unânime; 
4. Desfavorável ao réu; 
5. Um voto vencido em favor do réu. 
 
Extensão dos Embargos 
Os embargos não podem extrapolar os limites do voto vencido. Se o voto 
vencido é parcial, os embargos serão parcial. 
 Características 
1. é um recurso exclusivo do réu . Tanto o réu quanto o seu defensor 
podem interpô-lo; 
2. prazo - 10 dias, contados da publicação do acórdão; 
3. o recurso deve vir acompanhado das razões; 
4. competência para julgamento - toda Câmara to TACrim é composta por 5 
juizes. É julgado pela mesma Câmara; 
5. permite a retratação; 
6. havendo empate, prevalece a decisão mais favorável ao réu; 
7. tem efeito suspensivo; 
8. não confundir embargos infringentes com embargos divergentes. Estes só 
existem em Brasília, só cabem no STJ e STF, quando a decisão de uma 
Turma diverge da outra ou do Plenário. 
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO 
Arts. 619 e 620 do CPP 
 
Em 2º grau - Cabe contra o s acórdãos proferidos pelos Tribunais de Apelação, 
Câmaras ou Turmas. 
Prazo​ - 2 dias, contados da publicação do acórdão. 
Qualquer parte pode interpor embargos de declaração. 
Hipóteses de Cabimento​: cabe quando o acórdão for omisso, obscuro, 
ambíguo ou contraditório. 
É possível embargos contra o acórdão e não contra a ementa. 
Finalidade - visa esclarecer o acórdão. Às vezes a finalidade é alterar o 
sentido da decisão. Exemplo: em casos de contradição. 
Normalmente não se ouve a parte contrária (inaudita altera parte). 
Julgamento - é competência do mesmo órgão que decidiu a causa que jul ga. 
Os embargos interrompem o prazo p ara recurso. Exceção: Lei dos Juizados, 
Onde os embargos suspendem o prazo. 
 
DA CARTA TESTEMUNHÁVEL 
Arts. 639 e seguintes do CPP 
É um recurso subsidiário. Visa dar andamento a um outro recurso. 
Finalidade: visa promover o andamento de outro recurso que não foi recebido 
ou que foi paralisado. 
Hipótese de Cabimento​: cabe apenas em se tratando de Recurso em 
Sentido Estrito, Protesto Por Novo Júri e Agravo Em Execução. 
 ​Aspectos Procedimentais 
 É um recurso dirigido ao escrivão ou diretor do cartório. 
Prazo - 48 horas (conta-se minuto a minuto). Na prática, conta-se 2 dias. 
❖ Não tem efeito suspensivo (Art. 646, CPP). 
❖ O escrivão elabora um instrumento. Em seguida vem as razões e as 
contra -razões. 
❖ Ato seguinte, os autos vão ao juiz, que pode retratar-se. Se não se 
retratar, o recurso sobe ao Tribunal. 
❖ Se a carta estiver bem instruída, o Tribunal pode julgar a Carta 
Testemunhável e o Recurso que estava paralisado (Art. 644, CPP). 
Art. 639.​ Dar-se-á carta testemunhável: ​Ver tópico (1080 documentos) 
I ​- da decisão que denegar o recurso; ​Ver tópico (446 documentos) 
II ​- da que, admitindo embora o recurso, obstar à sua expedição e seguimento para 
o juízo ad quem. ​Ver tópico (87 documentos) 
Art. 640.​ A carta testemunhável será requerida ao escrivão, ou ao secretário do 
tribunal, conforme o caso, nas quarenta e oito horas seguintes ao despacho que 
denegar o recurso, indicando o requerente as peças do processo que deverão ser 
trasladadas. ​Ver tópico (451 documentos) 
Art. 641.​ O escrivão, ou o secretário do tribunal, dará recibo da petição à parte e, no 
prazo máximo de cinco dias, no caso de recurso no sentido estrito, ou de sessenta 
dias, no caso de recurso extraordinário, fará entrega da carta, devidamente conferida 
e concertada. ​Ver tópico (87 documentos) 
Art. 642.​ O escrivão, ou o secretário do tribunal, que se negar a dar o recibo, ou 
deixar de entregar, sob qualquer pretexto, o instrumento, será suspenso por trinta 
dias. O juiz, ou o presidente do Tribunal de Apelação, em face de representação do 
testemunhante, imporá a pena e mandará que seja extraído o instrumento, sob a 
mesma sanção, pelo substituto do escrivão ou do secretário do tribunal. Se o 
testemunhante não for atendido, poderá reclamar ao presidente do tribunal ad quem, 
que avocará os autos, para o efeito do julgamento do recurso e imposição da pena. 
Ver tópico (48 documentos) 
Art. 643.​ Extraído e autuado o instrumento, observar-se-á o disposto nos arts. 588 a 
592, no caso de recurso em sentido estrito, ou o processo estabelecido para o recurso 
extraordinário, se deste se tratar. ​Ver tópico (253 documentos) 
Art. 644.​ O tribunal, câmara ou turma a que competir o julgamento da carta, se 
desta tomar conhecimento, mandará processar o recurso, ou, se estiver 
suficientemente instruída, decidirá logo, de meritis. ​Ver tópico (746 documentos) 
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10612475/art-639-do-codigo-processo-penal-decreto-lei-3689-41
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10612475/art-639-do-codigo-processo-penal-decreto-lei-3689-41
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https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10612236/art-643-do-codigo-processo-penal-decreto-lei-3689-41
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10612236/art-643-do-codigo-processo-penal-decreto-lei-3689-41
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10612195/art-644-do-codigo-processo-penal-decreto-lei-3689-41
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10612195/art-644-do-codigo-processo-penal-decreto-lei-3689-41
Art. 645.​ O processo da carta testemunhável na instância superior seguirá o 
processo do recurso denegado. ​Ver tópico (177 documentos) 
Art. 646.​ A carta testemunhável não terá efeito suspensivo. 
 
DA CORREIÇÃO PARCIAL 
Corrigente - é quem entra com a correição parcial. 
Corrigido - é o juiz contra qual se entra com a correição parcial. 
É um recurso. No Estado de São Paulo, está previsto no Código 
Judiciário de São Paulo. O STF já disse que é constitucional. 
Hipóteses de Cabimento​: cabe contra decisão do juiz que implica inversão 
tumultuária. 
Finalidade - corrigir um erro ou abuso do juiz . 
 A correição parcial pode ser interposta por qualquer parte. 
 Procedimento - há duas correntes: 
1. Segue o procedimento do agravo de instrumento do CPC; 
2. Segue o procedimento do recurso em sentido estrito do CPP. 
Atualmente tem predominado a segunda corrente na jurisprudência. 
 
Julgamento - é julgado pelo órgão de 2º Instância. 
Não tem efeito suspensivo. 
É cabível durante a fase de inquérito policial. 
Comprovado o abuso do juiz, pode ele ser punido da correição parcial ? 
Resp.: Não, não pode. O juiz não é punido na própria correição parcial. 
Encaminha-se cópia de tudo ao Conselho Superior da Magistratura. 
 
DOS AGRAVOS NO PROCESSO PENAL 
Há cinco modalidades de agravos no processo penal: 
1. Agravo de Instrumento - cabe contra decisão que indefere o 
processamento de Recurso Extraordinário ou Especial; 
2. Agravo Inominado - Art. 625, § 3º, CPP - cabe contra decisão que 
indefere liminarmente decisão; 
3. Cabe em casos de competência originária, contra as decisões do relator; 
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10612151/art-645-do-codigo-processo-penal-decreto-lei-3689-41
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10612151/art-645-do-codigo-processo-penal-decreto-lei-3689-41
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10612115/art-646-do-codigo-processo-penal-decreto-lei-3689-41
4. Agravos Regimentais - estão previstos no s regimento s internos dos 
Tribunais; 
5. Agravo em Execução - está no Art. 19 7 da LEP. Cabe contra decisão do 
juiz das execuções. Segue o procedimento do Recurso em Sentido Estrito . 
Não tem efeito suspensivo. Exceção: agravo contra decisão que libera quem 
cumpria Medida de Segurança. 
RECURSO EXTRAORDINÁRIO 
É interposto ao STF. 
Finalidade - manter a supremacia da CF. 
Só cabe contra decisão judicial. Nunca cabe contra decisão administrativa. 
Hipóteses de Cabimento:​ estão elencadas no Art. 102 da CF. Cabe Recurso 
Extraordinário: 
1. quando a decisão contraria a Constituição Federal; 
2. quando a decisão declara a inconstitucionalidade de Tratado ou Lei Federal; 
3. quando a decisão julgar válida a Lei ou Ato de Governo Municipal ou 
Estadual Local que conflita com a CF. 
 
Cabe Recurso Extraordinário contra decisão de 1º grau ? 
Resp.: É possível. Cabe contra as Turmas Recursais dos Juizados. 
 
Requisitos do Recurso Extraordinário 
1. esgotamento dos recursos ordinários (Súmula 281 do STF); 
2. existência de uma questão jurídica constitucional. Não cabe Recurso 
Extraordinário para discutir matéria fática. Também não cabe Recurso 
Extraordinário para reexame de provas (Súmula 279 do STF); 
3. Pré-questionamento da questão constitucional. A questão deve ser discutida 
no acórdão recorrido. Se houve omissão no acórdão, deve -se entrar com 
Embargos de Declaração (Súmula 356 do STF). 
 
Efeito do Recurso Extraordinário - só tem o efeito devolutivo. 
Qualquer parte pode interpor Recurso Extraordinário, inclusive o assistente do 
MP pode, mas somente nas hipóteses em que ele pode recorrer (Súmula 210 
do STF). 
Prazo - 15 dias. 
❖ O Recurso é interposto junto ao Presidente do Tribunal Recorrido. Deve 
conter as razões (Súmula 284 do STF). Em seguida, vem as contrarrazões. 
Depois, vem o juízo de admissibilidade. O primeiro juízo de admissibilidade é 
feito pelo Presidente do Tribunal Recorrido. Se o Presidente indefere o recurso, 
cabe Agravo de Instrumento. 
❖ Quem julga o Recurso Extraordinário é um a das Turmas do STF. Se a decisão 
de uma Turma conflita com a decisão da outra Turma cabe Embargos de 
Divergência. 
❖ Se o juiz não cumpre a decisão do STF, cabe reclamação ao STF. 
 
DO RECURSO ESPECIAL 
É o recurso que cabe ao STJ. 
Finalidade - uniformizar a aplicação da Lei Federal. 
 
Hipóteses de Cabimento - Art. 105 da CF. Só cabe contra decisões de 
Tribunais. Não cabe contra decisões de Turmas Recursais. É cabível: 
1. quando a decisão contraria Tratado ou Lei Federal ou nega -lhes vigência; 
2. quando a decisão julga válida Lei ou Ato de Governo Local que contraria 
Lei Federal; 
3. quando houver divergência jurisprudencial entre Tribunais diferentes (Súmula 
13 do STJ). 
Súmula 291 do STF - o recorrente tem que comprovar a divergência. 
 ​Requisitos do Recurso Especial 
1. existência de uma decisão de um Tribunal da Justiça Comum; 
2. esgotamento das vias ordinárias; 
3. existência de uma questão jurídica federal. Não cabe para discutir matéria 
fática. Também não cabe para reexame de provas (Súmula 7 do STJ); 
4. pré-questionamento. A questão deve ser discutida no acórdão recorrido. Se 
houve omissão no acórdão, deve-se entrar com Embargos de Declaração. 
 
❖ Quem julga o Recurso Especial é uma da s Turmas do STJ. Se a decisão 
de 
❖ uma Turma conflita com a decisão da outra Turma cabe Embargos de 
❖ Divergência. 
❖ A decisão no Recurso Especial não requer maioria absoluta, basta maioria 
simples (decisão de Setembro de 1997). O STF disse que o Art. 181 do 
❖ Regimento Interno do STJ é inconstitucional porque previa maioria absoluta. 
❖ Quando cabíveis Recurso Extraordinário e Recurso Especial, devem ser 
interpostos em petições diferentes. O Recurso Especial é julgado em 
primeiro lugar, salvo se o Recurso Extraordinário for prejudicial. 
 ​Competência em Habeas Corpus 
1. Habeas corpus contra decisão de Tribunal (órgão colegiado ) - competência 
do STF; 
2. Habeas corpus contra decisão isolada de membro de Tribunal - competência do 
STJ; 
3. Habeas corpus contra decisão que denegou Habeas Corpus - neste caso 
cabe Recurso Ordinário ao STJ. 
DA REVISÃO CRIMINAL 
 
É uma ação que permite rever uma sentença que já transitou em julgado. Ela 
desfaz a coisa julgada. 
Quem é o réu na revisão criminal ? 
Resp.: A revisão criminal não tem réu, porque é uma ação impugnativa deuma decisão precedente. 
Finalidade - corrigir uma injustiça e restabelecer o status libertatis e o 
status dignitatis. 
Pressupostos - 
1. existência de sentença condenatória . A sentença absolutória imprópria 
também admite, pois fixa Medida de Segurança. Não importa a infração 
cometida e nem o procedimento. Não cabe revisão crimina l contra sentença 
absolutória própria e nem contra decisão do juiz da s execuções. Também não 
cabe contra decisão que concede perdão judicial e decisão de pronúncia. 
2. trânsito em julgado. 
Se ocorrer a prescrição da pretensão punitiva não é mais possível entrar com 
revisão criminal, porque não existe sentença condenatória. 
Prazo para Interpor Revisão Criminal - não existe prazo. 
É cabível a revisão criminal antes, durante e depois do cumprimento d a 
pena. 
Também cabe revisão crimina l pro vivo e pro morto. Só existe revisão criminal 
pro réu. 
É um pedido dirigido ao Presidente do Tribunal competente. Jamais u m juiz de 
1º grau julgará uma revisão criminal, mesmo na hipótese de condenação pelos 
juizados. 
Hipóteses de Cabimento - Art. 621 do CPP: 
1. quando a sentença contraria texto expresso de lei penal. En globa a lei 
penal propriamente dita e a lei processual penal; 
2. quando a sentença for contraria à evidência das provas; 
3. quando a sentença teve por fundamento um depoimento ou documento 
comprovadamente falso. Primeiro deve-se provar a falsidade para depois entrar 
com o pedido de revisão criminal; 
4. quando são descobertas novas provas que favoreçam os réus; 
5. para anular o processo. Na prática entra -se com habeas corpus, pois tem 
um processamento mais célere. 
Que se entende pela Teoria da Afirmação ? 
Resp.: O autor da ação de revisão deve afirmar na inicial uma das hipóteses 
legais de cabimento da revisão, sob pena de carência de ação. 
O autor da ação de revisão criminal que a teve por indeferida, pode reiterar seu 
pedido, desde que haja novas provas ou invoque novo fundamento. 
 ​Não cabe revisão criminal: 
1. para reexame de provas; 
2. para alterar o fundamento da condenação. 
 Competência: 
1. STF e STJ - são competentes para julgar a revisão de suas próprias 
condenações; 
2. TRF - é competente para julgar a revisão de suas próprias condenações e 
das condenações dos juizes federais; 
3. TJ - é competente para julgar a revisão de suas próprias condenações e das 
condenações dos juizes de 1º grau, que são da sua competência recursal; 
4. TACrim - é competente para julgar a revisão de suas próprias 
condenações e das condenações dos juizes de 1º grau, que são da sua 
competência 
recursal; 
No Tribunal de Justiça e Tribunal d e Alçada Criminal quem julga é o grupo 
de Câmaras, que é composto por duas Câmaras. 
 ​Legitimidade Para Propor Revisão Criminal: 
1. réu, pessoalmente; 
2. procurador com poderes especiais; 
3. réu morto - cônjuge, ascendente, descendente e irmão; 
4. Ministério Público - o tem a é polêmico, m as prevalece a posição que 
pode, pois age como custus legis. 
A vítima não participa do processo de revisão criminal. 
 Aspectos procedimentais: 
Réu solto não precisa recolher-se à prisão (Súmula 393 do STF). 
Cabe ao réu provar o trânsito em julgado da sentença. 
Ao autor da ação cabe provar o que alegou. 
A revisão não tem efeito suspensivo. 
O pedido pode ser indeferido liminarmente, seja pelo P residente, seja pelo 
Relator. Desta decisão cabe Agravo Inominado (Art. 625 do CPP). 
O Tribunal querendo poderá converter o julgamento em diligências. 
Ordem Procedimental 
Admitida a revisão, os autos vão ao Ministério Público. Ato seguinte, vão para o 
relator, que deve ser distinto do relator do processo. 
Depois, os autos vão para o revisor. Ato seguinte os autos vão para o 
julgamento. 
 Recursos Cabíveis 
1. Embargos de Declaração; 
2. às vezes cabem Recurso Extraordinário e Recurso Especial; 
3. jamais são cabíveis embargos divergentes ou de nulidade. 
 ​Decisões Possíveis do Tribunal 
1. desclassificar a infração e impor pena menor; 
2. absolver o réu; 
3. modificar a pena para melhor; 
4. anular o processo. 
Nas três primeiras hipóteses tem -se o juízo rescindente e o juízo rescisório. 
O Tribunal rescinde a sentença anterior e julga o assunto, proferindo no va 
sentença. 
Na quarta hipótese só existe juízo rescindente, porque o Tribunal anula o 
processo, fazendo-o voltar ao órgão do 1º grau. 
Na anulação do processo, o juiz pode impor pena maior da que a pena 
anterior ? 
Resp.: Não, não pode haver reformatio in pejus. 
O Tribunal pode deferir a revisão por fundamento distinto do pedido do réu ? 
Resp.: Sim, pode, pois a decisão favorece o réu. 
 Se o réu for absolvido na revisão criminal, todos o s seus direitos são 
restabelecidos automaticamente 
INDENIZAÇÃO CIVIL 
Quando o réu é condenado por erro judiciário, ele tem direito a u ma 
indenização civil. Cabe ao réu entrar com uma ação autônoma de indenização 
ou pedir a indenização no próprio pedido de revisão (Art. 630, CPP). Neste 
último caso, se o Tribunal reconhecer o dire ito a indenização, ele não fixa o 
quantum. Cabe ao réu, antes de executar a decisão, liqüidá -la. 
A responsabilidade objetiva d e pagar a indenização é do Estado. Se a 
condenação foi pela Justiça Federal, quem paga é a União. Já, se a 
condenação foi pela Justiça Estadual, quem paga a indenização é o E stado - 
Membro. 
 
Observações finais 
1. não importa se tenha h avido a ção privada. Está revogado o § 2º do Art. 
630 
do CPP; 
2. se o réu concorreu para a sentença injusta, não terá direito a indenização; 
3. a indenização não ofende a coisa julgada. 
 
Questões Finais: 
 A revisão criminal ofende a soberania do Júri ? 
Resp.: Não ofende. 
 
A sentença estrangeiro, depois de homologada pelo STF, admite a revisão 
criminal no Brasil ? 
Resp.: Não, é impossível. 
Hipótese de várias condenações: é um pedido de revisão criminal para cada 
condenação. 
Abolitio Criminis - não ca be revisão criminal, pois ela apaga todo s os 
efeitos penais. 
Anistia - não cabe revisão criminal, pois ela apaga todos os efeitos penais​. 
Art. 580, CPP - efeito extensivo - revisão concedida a u m co -réu estende-se ao 
outro co-réu, salvo se a revisão teve um motivo pessoal. 
Havendo empate na decisão, prevalece a mais favorável ao réu. 
 
HABEAS CORPUS 
É um remédio jurídico que tutela a liberdade de locomoção d a pessoa humana. 
Qualquer outro direito é tutelado pelo Mandado de Segurança. É uma garantia 
constitucional. É uma ação, que às vezes funciona como recurso. 
 
Espécies de Habeas Corpus 
 
1. Liberatório ou Suspensivo - quando já existe constrangimento ilegal. 
Concedido o habeas corpus, o juiz expede o alvará de soltura ou o contra 
mandado de prisão 
I  
2. Preventivo - quando há ameaça de constrangimento. Concedido o habeas 
corpus, o juiz expede o salvo conduto. 
Legitimidade Ativa​ - quem pode impetrar habeas corpus ? Qualquer pessoa. 
É exemplo de ação popular. Exemplo: maior, menor, louco, pessoa jurídica, 
Ministério Público, inclusive em 2ª Instância. O juiz só pode impetrar habeas 
corpus se não invocar a qualidade de juiz, mas a de cidadão. 
Capacidade Postulatória - não é necessário ser advogado para impetrar habeascorpus. 
Habeas corpus de ofício - é possível (Art. 654 do CPP). 
Legitimidade Passiva e Competência: trata do coator. Normalmente é uma 
autoridade. Mas também é cabível contra particular. Exemplo: quando um 
hospital prende o paciente. 
a) habeas corpus contra autoridade policial - é julgado por juiz; 
b) habeas corpus contra particular - é julgado por juiz; 
c) habeas corpus contra juiz - é julgado em 2ª Instância; 
d) habeas corpus contra promotor - é julgado em 2ª Instância; 
e) habeas corpus contra ato de Tribunal - é julgado pelo STF; 
f) habeas corpus contra ato isolado de membro de Tribunal - é julgado pelo 
STJ; 
g) habeas corpus contra prisão civil - é sempre julgado por um órgão civil; 
h) habeas corpus co ntra juiz dos juizados - é julgado por uma Turma 
Recursal, 
onde existe. 
 
Hipóteses de Cabimento (art. 648, CPP): 
 
1. quando não houver justa causa para o inquérito policial, proc esso ou prisão; 
2. quando o réu está preso por mais tempo que determina a lei. Duas 
hipóteses: 
a) preso que já cumpriu pena; 
b) excesso de prazo na formação da culpa. Exemplo: o prazo de 
encerramento da instrução é d e 81 dias e havendo excesso em seu 
encerramento, mas sem justa causa, libera-se o preso.; 
3. quando quem ordenou a prisão não tinha qualidade para fazê-lo; 
4. quando cessou o motivo da prisão. Exemplo: juiz decreta prisão por 
conveniência de instrução; 
5. quando indeferida a fiança, embora cabível; 
6. quando o processo for manifestamente nulo; 
7. quando extinta a punibilidade. 
 ​Quando não cabe habeas corpus ? 
1. punição disciplinar militar; 
2. durante o Estado de Sítio; 
3. para apressar a sentença ou recurso; 
4. para discutir pena de multa; 
5. contra decisão de Turma do ST F proferida em Recu rso Extraordinário ou 
Habeas Corpus (Súmula 606 do STF). 
As duas primeiras hipóteses são hipóteses constitucionais. As três últimas 
hipóteses são hipóteses criadas pela jurisprudência. 
 ​Aspectos Procedimentais do Habeas Corpus 
 
❖ O habeas corpus deve ser impetrado em duas vias. 
❖ Os requisitos estão previstos no Art. 654 do CPP. 
❖ Deve estar em vernáculo nacional. Não cabe habeas corpus redigidos em 
língua estrangeira. 
❖ É possível a impetração por telegrama, telex ou fax. 
❖ Também é possível a impetração p r telefone, mas desde que alguém 
reduza a termo. 
❖ O Ministério Público sempre se manifesta no habeas corpus, seja em 1º 
ou 2º grau. 
❖ O habeas corpus é julgado em 24 horas ou na 1ª sessão do Tribunal. 
❖ Mesmo que o habeas corpus seja indeferido, ele pode ser reiterado, mas desde 
que haja novos documentos ou novos argumentos. 
❖ Também é possível liminar em habeas corpus 
Art. 647.​ Dar-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar na 
iminência de sofrer violência ou coação ilegal na sua liberdade de ir e vir, salvo nos 
casos de punição disciplinar. 
Art. 648.​ A coação considerar-se-á ilegal: 
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10612072/art-647-do-codigo-processo-penal-decreto-lei-3689-41
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10612028/art-648-do-codigo-processo-penal-decreto-lei-3689-41
I ​- quando não houver justa causa; 
II ​- quando alguém estiver preso por mais tempo do que determina a lei; ​Ver tópico 
(12086 documentos) 
III ​- quando quem ordenar a coação não tiver competência para fazê-lo; ​Ver tópico 
(849 documentos) 
IV ​- quando houver cessado o motivo que autorizou a coação; ​Ver tópico (1773 
documentos) 
V ​- quando não for alguém admitido a prestar fiança, nos casos em que a lei a 
autoriza; ​Ver tópico (728 documentos) 
VI ​- quando o processo for manifestamente nulo; ​Ver tópico (3034 documentos) 
VII ​- quando extinta a punibilidade. ​Ver tópico (1282 documentos) 
Art. 649.​ O juiz ou o tribunal, dentro dos limites da sua jurisdição, fará passar 
imediatamente a ordem impetrada, nos casos em que tenha cabimento, seja qual for 
a autoridade coatora. ​Ver tópico (1100 documentos) 
Art. 650.​ Competirá conhecer, originariamente, do pedido de habeas corpus: ​Ver 
tópico (2506 documentos) 
I ​- ao Supremo Tribunal Federal, nos casos previstos no Art. 101, I, g, da 
Constituição; ​Ver tópico (8 documentos) 
II ​- aos Tribunais de Apelação, sempre que os atos de violência ou coação forem 
atribuídos aos governadores ou interventores dos Estados ou Territórios e ao prefeito 
do Distrito Federal, ou a seus secretários, ou aos chefes de Polícia. ​Ver tópico (111 
documentos) 
§ 1o​ A competência do juiz cessará sempre que a violência ou coação provier de 
autoridade judiciária de igual ou superior jurisdição. ​Ver tópico (1708 documentos) 
§ 2o​ Não cabe o habeas corpus contra a prisão administrativa, atual ou iminente, dos 
responsáveis por dinheiro ou valor pertencente à Fazenda Pública, alcançados ou 
omissos em fazer o seu recolhimento nos prazos legais, salvo se o pedido for 
acompanhado de prova de quitação ou de depósito do alcance verificado, ou se a 
prisão exceder o prazo legal. ​Ver tópico (30 documentos) 
Art. 651.​ A concessão do habeas corpus não obstará, nem porá termo ao processo, 
desde que este não esteja em conflito com os fundamentos daquela. ​Ver tópico (174 
documentos) 
Art. 652.​ Se o habeas corpus for concedido em virtude de nulidade do processo, este 
será renovado. ​Ver tópico (606 documentos) 
Art. 653.​ Ordenada a soltura do paciente em virtude de habeas corpus, será 
condenada nas custas a autoridade que, por má-fé ou evidente abuso de poder, tiver 
determinado a coação. ​Ver tópico (425 documentos) 
Parágrafo único​. Neste caso, será remetida ao Ministério Público cópia das peças 
necessárias para ser promovida a responsabilidade da autoridade. ​Ver tópico (15 
documentos) 
Art. 654.​ O habeas corpus poderá ser impetrado por qualquer pessoa, em seu favor 
ou de outrem, bem como pelo Ministério Público. ​Ver tópico (45622 documentos) 
§ 1o​ A petição de habeas corpus conterá: ​Ver tópico (10790 documentos) 
a)​ o nome da pessoa que sofre ou está ameaçada de sofrer violência ou coação e o 
de quem exercer a violência, coação ou ameaça; ​Ver tópico 
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b)​ a declaração da espécie de constrangimento ou, em caso de simples ameaça de 
coação, as razões em que funda o seu temor; ​Ver tópico 
c)​ a assinatura do impetrante, ou de alguém a seu rogo, quando não souber ou não 
puder escrever, e a designação das respectivas residências. ​Ver tópico 
§ 2o​ Os juízes e os tribunais têm competência para expedir de ofício ordem de 
habeas corpus, quando no curso de processo verificarem que alguém sofre ou está na 
iminência de sofrer coação ilegal. ​Ver tópico (30624 documentos) 
Art. 655.​ O carcereiro ou o diretor da prisão, o escrivão, o oficial de justiça ou a 
autoridade judiciária ou policial que embaraçar ou procrastinar a expedição de ordem 
de habeas corpus, as informações sobre a causa da prisão, a condução e 
apresentação do paciente, ou a sua soltura, será multado na quantia de duzentos 
mil-réis a um conto de réis, sem prejuízo das penas em que incorrer. As multas serão 
impostas pelo juiz do tribunal que julgar o habeas corpus, salvo quando se tratar de 
autoridade judiciária, caso em que caberá ao Supremo Tribunal Federal ou ao 
Tribunal de Apelação impor as multas. ​Ver tópico (1319 documentos) 
Art. 656.​ Recebida a petição de habeas corpus, o juiz, se julgar necessário, e estiver 
preso o paciente, mandará que este Ihe seja imediatamente apresentado em dia e 
hora que designar. ​Ver tópico (408 documentos) 
Parágrafo único​. Em caso de desobediência, será expedido mandado de prisão 
contra o detentor, que será processado na forma da lei, e o juiz providenciará para 
que o paciente seja tirado da prisão e apresentado em juízo. ​Ver tópico (20 
documentos) 
Art. 657.​ Se o paciente estiver preso, nenhum motivo escusará a sua apresentação, 
salvo: ​Ver tópico (208 documentos) 
I ​- grave enfermidade do paciente; ​Ver tópico (4 documentos) 
Il - não estar ele sob a guarda da pessoa a quem se atribui a detenção; ​Ver tópico 
III ​- se o comparecimento não tiver sido determinado pelo juiz ou pelo tribunal. ​Ver 
tópico (2 documentos) 
Parágrafo único​. O juiz poderá ir ao local em que o paciente se encontrar, se este 
não puder ser apresentado por motivo de doença. ​Ver tópico (10 documentos) 
Art. 658.​ O detentor declarará à ordem de quem o paciente estiver preso. ​Ver tópico 
(49 documentos) 
Art. 659.​ Se o juiz ou o tribunal verificar que já cessou a violência ou coação ilegal, 
julgará prejudicado o pedido. ​Ver tópico (149096 documentos) 
Art. 660.​ Efetuadas as diligências, e interrogado o paciente, o juiz decidirá, 
fundamentadamente, dentro de 24 (vinte e quatro) horas. ​Ver tópico (8590 
documentos) 
§ 1o​ Se a decisão for favorável ao paciente, será logo posto em liberdade, salvo se 
por outro motivo dever ser mantido na prisão. ​Ver tópico (75 documentos) 
§ 2o​ Se os documentos que instruírem a petição evidenciarem a ilegalidade da 
coação, o juiz ou o tribunal ordenará que cesse imediatamente o constrangimento. 
Ver tópico (7063 documentos) 
§ 3o​ Se a ilegalidade decorrer do fato de não ter sido o paciente admitido a prestar 
fiança, o juiz arbitrará o valor desta, que poderá ser prestada perante ele, 
remetendo, neste caso, à autoridade os respectivos autos, para serem anexados aos 
do inquérito policial ou aos do processo judicial. ​Ver tópico (30 documentos) 
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§ 4o​ Se a ordem de habeas corpus for concedida para evitar ameaça de violência ou 
coação ilegal, dar-se-á ao paciente salvo-conduto assinado pelo juiz. ​Ver tópico (630 
documentos) 
§ 5o​ Será incontinenti enviada cópia da decisão à autoridade que tiver ordenado a 
prisão ou tiver o paciente à sua disposição, a fim de juntar-se aos autos do processo. 
Ver tópico (485 documentos) 
§ 6o​ Quando o paciente estiver preso em lugar que não seja o da sede do juízo ou do 
tribunal que conceder a ordem, o alvará de soltura será expedido pelo telégrafo, se 
houver, observadas as formalidades estabelecidas no art. 289, parágrafo único, in 
fine, ou por via postal. ​Ver tópico (19 documentos) 
Art. 661.​ Em caso de competência originária do Tribunal de Apelação, a petição de 
habeas corpus será apresentada ao secretário, que a enviará imediatamente ao 
presidente do tribunal, ou da câmara criminal, ou da turma, que estiver reunida, ou 
primeiro tiver de reunir-se. ​Ver tópico (70 documentos) 
Art. 662.​ Se a petição contiver os requisitos do art. 654, § 1o, o presidente, se 
necessário, requisitará da autoridade indicada como coatora informações por escrito. 
Faltando, porém, qualquer daqueles requisitos, o presidente mandará preenchê-lo, 
logo que Ihe for apresentada a petição. ​Ver tópico (18251 documentos) 
Art. 663.​ As diligências do artigo anterior não serão ordenadas, se o presidente 
entender que o habeas corpus deva ser indeferido in limine. Nesse caso, levará a 
petição ao tribunal, câmara ou turma, para que delibere a respeito. ​Ver tópico (32507 
documentos) 
Art. 664.​ Recebidas as informações, ou dispensadas, o habeas corpus será julgado 
na primeira sessão, podendo, entretanto, adiar-se o julgamento para a sessão 
seguinte. ​Ver tópico (3764 documentos) 
Parágrafo único​. A decisão será tomada por maioria de votos. Havendo empate, se 
o presidente não tiver tomado parte na votação, proferirá voto de desempate; no 
caso contrário, prevalecerá a decisão mais favorável ao paciente. ​Ver tópico (387 
documentos) 
Art. 665.​ O secretário do tribunal lavrará a ordem que, assinada pelo presidente do 
tribunal, câmara ou turma, será dirigida, por ofício ou telegrama, ao detentor, ao 
carcereiro ou autoridade que exercer ou ameaçar exercer o constrangimento. ​Ver 
tópico (41 documentos) 
Parágrafo único​. A ordem transmitida por telegrama obedecerá ao disposto no art. 
289, parágrafo único, in fine. ​Ver tópico (1 documento) 
Art. 666.​ Os regimentos dos Tribunais de Apelação estabelecerão as normas 
complementares para o processo e julgamento do pedido de habeas corpus de sua 
competência originária. ​Ver tópico (4027 documentos) 
Art. 667.​ No processo e julgamento do habeas corpus de competência originária do 
Supremo Tribunal Federal, bem como nos de recurso das decisões de última ou única 
instância, denegatórias de habeas corpus, observar-se-á, no que Ihes for aplicável, o 
disposto nos artigos anteriores, devendo o regimento interno do tribunal estabelecer 
as regras complementares. 
 
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