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A EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR NA PREVENÇÃO DA OBESIDADE INFANTIL NO ENSINO FUNDAMENTAL II

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Universidade Pitágoras Unopar
Sistema de Ensino A DISTÂNCIA
Educação Física - Licenciatura
Uindsa Caetano da Costa
A EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR NA PREVENÇÃO DA OBESIDADE INFANTIL NO ENSINO FUNDAMENTAL II
Cidade
2020
Cidade
2020
Cidade
Campos dos Goytacazes - RJ
2022
Uindsa Caetano da Costa
A EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR NA PREVENÇÃO DA OBESIDADE INFANTIL NO ENSINO FUNDAMENTAL II
Projeto de Ensino apresentado à Universidade Pitágoras UNOPAR, como requisito parcial à conclusão do Curso de Educação Física - Licenciatura.
Docente supervisor: Prof. Ms. Bruno José Frederico Pimenta.
Tutor à Distância: Lucia Cristina Teixeira.
Campos dos Goytacazes - RJ
2022
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO	3
1	TEMA	4
2	JUSTIFICATIVA	6
3	PARTICIPANTES	7
4	OBJETIVOS	8
5	PROBLEMATIZAÇÃO	9
6	REFERENCIAL TEÓRICO	10
7	METODOLOGIA	16
8	CRONOGRAMA	18
9	RECURSOS	19
10	AVALIAÇÃO	20
CONSIDERAÇÕES FINAIS	21
REFERÊNCIAS	22
INTRODUÇÃO
A obesidade infantil é considerada pela Organização Mundial de Saúde um problema alarmante e de natureza pública, que vem aumentando a cada dia que passa, havendo altos índices de morbidade e mortalidade nas crianças e adolescentes, bem como doenças tipo: pressão arterial, diabetes e colesterol elevado, problemas nas articulações (devido ao aumento do peso) são as mais comuns e ainda tem o lado psicológico: depressão ansiedade e déficits de competência social, que só aparecem no momento em que a criança obesa é discriminada por colegas que não são obesos, e muitas vezes são excluídas das atividades físicas por serem lentas demais. 
Com a nova tecnologia, uso de smartphones, computadores e vídeo games de última geração, foi benéfico e maléfico ao mesmo tempo, o que tornou as crianças mais sedentárias, passam mais tempo em frente à televisão jogando vídeo game e diante da violência urbana, as crianças passam mais tempo dentro de casa ficando assim sem fazer atividades físicas como correr, jogar bolar, brincar, etc. 
Como as aulas de Educação física escolar contribuirá para a prevenção da obesidade infantil, com a prática de exercícios físicos, cuidados com uma alimentação saudável e estar em harmonia consigo mesmo. 
Os objetivos gerais e específicos são identificar as causas e a prevenção da obesidade infantil no ensino fundamental II e que a escola e a família têm um papel importantíssimo na conscientização e prevenção da obesidade infantil. 
A prevenção é o melhor remédio, começando pela reeducação alimentar, manutenção de peso, exercícios físicos são fundamentais para mudança de hábitos. A reeducação alimentar e o aumento da atividade física são essenciais para a saúde e a qualidade de vida.
 O projeto de pesquisa tem como base o incentivo a prática de exercícios físicos nas aulas de educação física com jogos e brincadeiras para um gasto de calorias. A família e a escola têm um papel importante na prevenção da obesidade infantil e qualidade de vida na saúde. 
É importante a escola trabalhar com ações preventivas na obesidade infantil com a apresentação desse projeto de pesquisa pretendo comprovar a importância das aulas de educação física na prevenção e controle da obesidade infantil. 
TEMA 
O projeto traz como tema a educação física escolar na prevenção da obesidade infantil no ensino fundamental II. O tema dessa pesquisa aborda o alarmante crescimento da obesidade em crianças no Brasil e no mundo, decorrente por descontrole alimentar, sedentarismo e falta de atividade física.
Nos últimos anos o número de pessoas com sobrepeso e obesas vem aumentando, tal aumento deve-se entre outros motivos, a inatividade física, visto que, hoje a grande maioria das crianças não praticam atividades físicas regularmente (BENEDITO, et al., 2013). 
Dentro da temática trabalhada vale destacar que “os hábitos alimentares e o sedentarismo são os principais responsáveis pelo número crescente desta patologia” (COELHO, et al., p. 46, 2008). A obesidade é um assunto que “os pais e educadores devem entender que o tratamento de obesidade e sobrepeso é feito em longo prazo, os hábitos alimentares saudáveis e os exercícios físicos tem que ser incluídos de uma forma suave na vida da criança (FILGUEIRAS, p. 28, 2010). 
Muitos são os fatores que levam uma pessoa a ser obesa. Além dos citados acima devemos considerar outros como o psicológico interferem no acúmulo de gordura, pois a ansiedade é a maior inimiga de quem se encontra acima do peso (FILHO, 2013). 
A Educação Física Escolar necessita continuamente encorajar os alunos a desenvolverem costumes saudáveis como exercícios físicos e alimentação saudável, além de desenvolver posturas de uma vida em constante movimento motor (FRANKLIN, 2012). 
A seleção tem sua origem de forma que “a educação escolar e em saúde, não podemos deixar de falar na Educação Física, uma vez que esta tem como objeto fundamental as práticas corporais” (GONÇALVES, p. 50, 2009). Júnior (2011) afirma que: 
(...) a obesidade e o sobrepeso são condições através das quais o indivíduo passa a apresentar um peso corporal incompatível com sua altura ou faixa etária. Tal condição, além de gerar dificuldades na realização das tarefas cotidianas e reduzir a autoestima do indivíduo, pode acarretar problemas de saúde tais como: hipertensão, diabetes, problemas nas articulações, entre outros. Em crianças, a obesidade, além de tais problemas, pode levar à uma instalação permanente da condição de obesidade no período adulto. A educação física, enquanto matéria curricular, pode auxiliar na normalização de tal condição, por estimular a prática de exercícios e consequentemente, a queima calórica em crianças.
As iniciativas de prevenção do sobrepeso e obesidade devem ser iniciadas antes da idade escolar e mantidas durante a infância (GUIDO; MORAES, 2010). 
23
JUSTIFICATIVA
Esse projeto justifica-se devido à grande necessidade de conscientização através da educação, procurando evitar que as crianças, principalmente as que estão em fase de desenvolvimento, possam passar por restrições e o aumento de doenças sérias e perigosas.
O desenvolvimento desse assunto é de grande importância, pois é preciso que haja um alerta intensivo de conscientização e mudanças de hábitos alimentares e atividades físicas. Por ser um conteúdo vasto que atinge principalmente a área de saúde, começar por outro ponto acessível a muitos indivíduos é que esse tema se torna de suma importância ao abranger o espaço educacional e tendo o professor de educação física como mediador de possíveis mudanças.
Dessa forma através da escola e de atividades formuladas em exercícios e temas conscientizados os professores de educação física são agentes importantes para iniciar mudanças de hábitos alimentares e de atividades físicas, segundo o objetivo traçado para essa pesquisa
PARTICIPANTES
O projeto aqui exposto destina-se para o ensino fundamental II, alunos do 5° ao 9° ano, que por sua vez devem ser olhados de uma maneira muito particular devido sua heterogeneidade.
OBJETIVOS
· Objetivo geral:
Ampliar o conhecimento sobre as características da obesidade infantil e possibilitar a reflexão sobre a relação da prática do exercício físico nas aulas de educação física escolar como uma ação preventiva.
· Objetivos específicos:
· Conhecer as características da obesidade infantil; 
· Informar sobre a importância da educação física escolar como um espaço para a prática de exercícios físicos;
· Relacionar o caráter lúdico das aulas de educação física escolar como forma de incluir alunos que se apresentarem com sobrepeso ou obesidade em programas de exercício;
· Abordar atividades que possam resultar em sensação de satisfação do aluno.
PROBLEMATIZAÇÃO
	
Este projeto foi pautado a partir da necessidade que se tem em perceber como as atividades físicas associadas a uma alimentação saudável pode refletir de forma significativa na qualidade de vida; pois doenças como hipertensão; colesterol; diabetes e infartos em adolescentes e jovens estãocada vez mais comuns
No tocante às crianças, se encontram inseridas em uma sociedade inerte a violência “aprisiona” os pequenos em seus próprios lares; assim, eles têm que brincar com jogos eletrônicos, o que praticamente não impulsiona qualquer gasto calórico ou trabalho cardiovascular. Redes de fastfood induzem ao consumo de alimentos pouco saudáveis, o que aumenta gradativamente o peso, tendo abalada sua saúde mental e física. É preciso proporcionar às crianças hábitos alimentares corretos e a prática de atividades físicas.
Diante dessa perplexidade é que o assunto foi abordado e visto que por meio da intervenção da educação física como uma atividade, que não só trabalha a prática através de exercícios, mas uma forma de proporcionar contribuições aos alunos de adquirirem conhecimento e conscientização sobre a prevenção dessa patologia.
A atividade física está associada ao incentivo à saúde e bem estar e professor pode ser o impulsionador dos alunos, sendo que a escola desde a educação infantil tem em sua proposta curricular essa disciplina.
REFERENCIAL TEÓRICO
A escola possui o importante papel no desenvolvimento da criança como um agente de promoção de hábitos alimentares e estilos de vida saudáveis, pois é o local onde as crianças passam a maior parte do tempo (RODRIGUES, 2016).
Nos últimos anos o número de pessoas com sobrepeso e obesas vem aumentando, tal aumento deve-se entre outros motivos, a inatividade física, visto que, hoje a grande maioria as crianças não praticam atividades físicas (BENEDITO, et al, 2013). Os hábitos alimentares e o sedentarismo são os principais responsáveis pelo número crescente desta patologia (COELHO, et al., 2008). 
Domingues (2002 apud RODRIGUES, 2016, p. 15) afirma que: 
A obesidade infantil é caracterizada pelo excesso de gordura acumulada nos tecidos adiposos. Está diretamente ligada a infância, pois é nessa fase, que se adquire a maior parte das células adiposas. Sendo assim, pessoas que apresentam excesso de peso na infância tendem a ser mais obesas na vida adulta em relação àquelas que se tornou obesa posteriormente, por fazer da obesidade infantil uma via para a obesidade na vida adulta. 
Sahota et al. (2001 apud GUIDO; MORAES, 2010, p. 09) enfatiza que: 
As iniciativas de prevenção do sobrepeso e obesidade devem ser iniciadas antes da idade escolar e mantidas durante a infância e a adolescência, para que se tornem mais eficazes. Deve haver um esforço significativo no sentido de direcioná-las à prevenção já na primeira década de vida, pois neste momento é que pode começar o interesse, o entendimento e mesmo a mudança dos hábitos dos adultos, por intermédio das crianças. 
A conscientização da população sobre os males da obesidade e como evitá-la é muito importante. Deste modo, o professor de Educação Física assume um papel fundamental no combate à obesidade (ROCHA; MENEZES; VASSILIS, 2017). 
Silva et al. (2012 apud MASO, 2014, p. 30): 
(...) mostra que obesidade, que vem crescendo cada vez mais com o passar dos anos é um fator desencadeante para uma das patologias de maior morbidade do mundo: a Hipertensão Arterial, que apesar de ser considerada incomum em jovens, vem ocorrendo cada vez mais nessa população e também é um fator primordial para o desenvolvimento de outras doenças.
Dados indicam que crianças reduzem seus hábitos de realizar atividade física, com o tempo em que vão envelhecendo, e de fato, essas reduções aumentam o risco de obesidade e outras doenças crônicas associadas a ela (WOLFF-HUGHES et al., 2014 apud MENEZES; DANTAS, 2017). 
Beck et al. (2007 apud MAZZOCCANTE; et al., p. 12, 2013) destaca que:
(...) o professor de Educação Física é um profissional de saúde responsável por orientar, ensinar e aconselhar seus alunos para tomarem atitudes favoráveis em relação a sua saúde, atuação esta que pode ser mais bem explorada por parte dos professores e especialmente pelas instituições de ensino investigadas. 
Lovato e Souza (2016) afirmam que: 
Faz-se necessário enfrentar a obesidade na escola, contribuindo com o desenvolvimento psicossocial de crianças, adolescentes e jovens, o que se reflete em seu processo de aprendizagem. Dessa maneira, o presente trabalho buscou, em uma perspectiva interdisciplinar, promover uma reflexão acerca dos problemas relacionados ao sobre peso e à obesidade e incentivar os estudantes a adotarem hábitos alimentares mais saudáveis, contribuindo assim para a melhoria da saúde física e da autoestima dos mesmos. 
Mello, Luft e Meyer (2004 apud LOVATO; SOUZA, p. 06, 2016) enfatizam que:
A obesidade infantil representa, em nosso meio, um grave problema de saúde pública, atingindo todas as camadas sociais do país. Constitui-se em um agravo tanto para a saúde atual como para a saúde futura. A prevenção da obesidade significa diminuir, de maneira menos onerosa e mais prática, a incidência das doenças crônico degenerativas. 
Para Filho (p. 62, 2013): 
 
A obesidade detectada deve ser combatida, e a maneira desse combate é o incentivo às práticas de atividades e exercícios físicos, aliados a uma alimentação equilibrada, saudável. A atividade física é o meio mais importante de se prevenir e combater a obesidade. O sedentarismo pode ser considerado um fator relevante para a obesidade ainda maior que a própria alimentação exagerada e inadequada.
Os pais e educadores devem entender que o tratamento de obesidade e sobrepeso é feito em longo prazo, os hábitos alimentares saudáveis e os exercícios físicos tem que serem incluídos de uma forma suave na vida da criança (FILGUEIRAS, 2010).
2.1 OBESIDADE INFANTIL 
Segundo a Organização Mundial de Saúde (1998), a obesidade é uma doença na qual o acúmulo de gordura corporal se instala de tal modo que a saúde pode ser afetada, indicando a preocupação desta entidade com as possíveis sequelas do excesso tecido adiposo no organismo (BRASIL, 1998). 
A literatura aponta que a obesidade, além de ser conceituada como doença, é fator de risco importante para diabetes mellitus tipo 2, hipertensão arterial, dislipidemia, infarto do miocárdio entre outros (PEREIRA; LOPES, 2012). 
Conteúdos literários expõe que a obesidade pode ser decomposta em obesidade de origem exógena e endógena. A obesidade exógena pode trazer o desequilíbrio entre ingestão e gasto calórico, devendo ser manejada com orientação alimentar, especialmente mudanças de hábitos e otimização da atividade física (MELLO et al, 2004). 
Sigulem et al. (2000), narra a obesidade de agente nutricional, o autor denomina sendo ela simples ou exógena, que representa o tipo mais comum de obesidade ou seja (mais de 95%). A forma generalizada, sem distribuição regional preferente segundo o autor é a mais comum nas crianças e nos adolescentes. 
As síndromes genéticas e as alterações endocrinológicas são responsáveis por apenas 1% dos casos em geral, de obesidade endógena. Os 99% restante são considerados de causa exógena (DAMIANI, 2000). 
A importância da genética na etiologia da obesidade também tem sido foco de pesquisa em todo o mundo. No entanto existem poucas evidências sugerindo que algumas populações são mais susceptíveis a obesidade por motivos genéticos, além disso, o substancial aumento na prevalência da obesidade observado nos últimos 20 anos, não pode ser justificado por alterações genéticas, o fato deve ser mais pelos fatores ambientais (APARÍCIO et al, 2011). 
Sabe-se que existem diferentes causas que desenvolvem a obesidade, entre eles, os aspectos bioquímicos, genéticos, fatores psicológicos, fatores fisiológicos e ambientais (PEREIRA; LOPES, 2012).
2.2 EDUCAÇÃO FÍSICA NA ESCOLA 
Após a mudança na lei de diretrizes e bases da educação brasileira, a educação física deixa de ter uma visão tecnicista e passa a ter um conceito educacional, tendo como base parâmetros curriculares, devendo está adequada a proposta pedagógica da escola, adequando seus saberes com o nível de desenvolvimento (cognitivo) dos estudantes. 
Essa mudança é bastante nova tendo em vista que a penúltimalei regente era: Art. 7 da lei de diretrizes e bases de 1971 - Lei 5692/71 - (Brasil). Será obrigatória a inclusão de Educação Moral e Cívica, Educação física, Educação artística e programa de saúde nos currículos plenos dos estabelecimentos de 1 e 2 graus, observado quanto a primeira o disposto no decreto-Lei n. 369, de 12 de setembro de 1969. 
Com esse decreto a educação física passou a ter obrigatoriedade nas instituições de ensino, porém, manteve o mesmo padrão tecnicista, que segundo Ghiraldelli Júnior (1998) instalou-se no Brasil a partir de 1965, seguindo a mesma lógica militarista nos anos trinta e quarenta (para alcançar o deseja do sucesso esportivo é necessário ter saúde e disciplina), devemos ressaltar que após a mudança na LDBEN a educação física passa a ser vista com outros parâmetros. 
O ambiente escolar é o local de grande importância para o desenvolvimento da criança isso, porque fornece uma série de mecanismos essenciais que estarão atuando na formação moral, ética, intelectual, promovendo a interação entre os indivíduos e, com isso, os preparando para o convívio social (SILVA, 2014). 
A educação fundamental é dever do Estado, e como tal deve ser oferecida de forma gratuita e obrigatória a toda a população, inclusive para os que a ela não tiveram acesso na idade adequada. O objetivo geral da educação fundamental é estabelecer as capacidades relativas aos aspectos cognitivo, afetivo, físico, ético, estético, de atuação e de inserção social, de forma a expressar a formação básica necessária para o exercício da cidadania (BRASIL, 1997). 
Art.29 da lei de Diretrizes e Bases – Lei 9394/96: a educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança de até 5 anos, em seus aspectos físicos, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade (BRASIL,1996). 
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) prevê que os currículos da educação infantil e fundamental possuam uma base nacional comum a ser continuamente complementada e revista em cada sistema de ensino e estabelecimento escolar, por uma parte diversificada, exigida por características regionais e locais (BRASIL, 1996). 
O objetivo das bases curriculares é difundir os princípios da reforma curricular e orientar os professores na busca de novas abordagens e metodologias. Essa nova proposta apresentada aos educadores brasileiros é descrita nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) para educação fundamental. Tais Parâmetros estimulam a compreensão de que a escola é um produto de construção coletiva, bem como orientam o estabelecimento de práticas escolares que levam em conta questões de tratamento didático por área e por ciclo, das quais surge a ideia de tratamentos de conteúdos de modo interdisciplinar, distribuídos em assuntos trabalhados por temas transversais (BRASIL, 1997).
2.3 EDUCAÇÃO FÍSICA NO COMBATE A OBESIDADE 
Após a promulgação da LDBEN nº 9.394/96 a educação física passa a ser uma disciplina curricular, sendo assim o governo federal, por meio do ministério da educação e cultura produziu um documento oficial chamado: referencial curricular Nacional para a educação infantil (RCNEI) ele apresenta sugestões e reflexões para os professores. Esse documento ressalta que o movimento é inato no ser humano; relata que a criança, já ao nascer, apresenta movimentos, sendo assim o professor de educação física não irá ensinar o movimento para seus estudantes como muitos acreditam, mas sim possibilitar aos estudantes a compreensão deste movimentar, mesmo nos diferentes níveis de desenvolvimento em que se encontram as crianças da educação infantil. 
A atividade física baseada em uma intervenção na escola é observada como melhorando o desempenho cognitivo e escolar, portanto, a atividade física pode beneficiar crianças com sobrepeso e obesidade, independentemente da perda de peso (TEIXEIRA, DESTRO, 2010).
A atividade física reduz o risco de doença cardíaca coronariana e acidentes cardiovasculares, diabetes tipo II, câncer de cólon, mama e depressão, além de ajudar a alcançar um equilíbrio de energia e controle de peso, ajudando a prevenir a obesidade e o excesso de peso. O educador deve enfatizar o princípio de conscientização com seus educandos, pois quando as atividades são realizadas conscientemente sabendo o porquê e para que de sua realização adquiri se mais resultados positivos, a conscientização também deve ser feita com os pais e responsáveis dos educandos pois: crianças com pais ativos são mais propensas a serem ativas (ARAGÃO, 2015). 
Motivação é o processo de iniciar, orientar e manter comportamentos que visam alcançar um objetivo ou satisfazer algumas necessidades. A atividade física com brincadeiras proporciona à criança felicidade e distração, as crianças não instituem exercícios para prevenir a morbimortalidade, o resultado do exercício físico e do esporte será a motivação. 
O mais importante para a criança fazer atividade física é a percepção de competência e diversão. Além de promover os princípios de modelagem, reforço e auto determinação. Essas são as chaves para iniciar um programa de atividade física e alcançar a sustentabilidade e a continuidade do exercício em crianças obesas (TEIXEIRA, DESTRO, 2010).
A prática regular de exercício físico leva a um efeito agradável e viciante. O compromisso determina a continuação da participação em uma atividade física.
Assim como são: o gozo da prática de exercício físico regular, práticas alternativas, restrições sociais, conquistas ou benefícios alcançados pela criança como resultado da prática continuada do exercício físico (ARAÚJO, 2010). 
A atitude positiva em relação à prática de exercício físico regular pelos pais para incentivar o interesse de seus filhos. 76% dos jovens cujos pais praticam exercício físico realizam algum tipo de esporte pelo menos uma ou duas vezes por semana (ARAGÃO, 2015). 
Afim de resolver esta situação educacional existente no Brasil, é necessário criar programas educacionais que possam responder tanto ao escopo legal e aos interesses, necessidades e demandas dos estudantes. Tendo como base à programação didática ao documento que serve de referência ao professor para o trabalho durante o ano letivo de acordo com o nível. É, portanto, um ótimo instrumento para orientar e ajudar o professor na aprendizagem e desenvolvimento dos alunos, evitando assim a improvisação
 
METODOLOGIA
Propõe-se um plano de ação imediato com o objetivo de reduzir hábitos não saudáveis existentes na comunidade educacional e na vida cotidiana. A proposta é um projeto em que através das aulas de educação física, e atividades interdisciplinares, os educandos e seus responsáveis passam a ter consciência sobre a importância de manter hábitos saudáveis constantemente, buscando melhorar sua saúde e assim evitar problemas metabólicos. 
Feiras culturais apresentadas pelos educandos, e abertas ao público, serão realizadas no final de cada bimestre do ano letivo. Este projeto estará focado em resgatar costumes culturais relacionados a jogos, brinquedos e brincadeiras regionais, que são denominados vulgarmente por brincadeiras de rua, esclarecer e ampliar o conhecimento dos responsáveis e familiares sobre a importância da educação física escolar, a prevenção e o tratamento do excesso de peso e a obesidade.
A proposta na prática do projeto será realizada em 4 fases: conhecimento, aprendizado, prática e compromisso.
1ª Fase: Durante o primeiro bimestre, será feito uma pesquisa qualitativa, onde os educandos deverá fazer uma pesquisa em casa sobre jogos, brinquedos e brincadeiras de costumes antigos, trazer para a aula de educação física uma série de dados sobre os seus conhecimentos adquiridos, para que no fim do projeto possa verificar, se estes mesmos costumes foram integrados no âmbito escolar conciliando o conhecimento empírico e científico.
2ª Fase: Acontecerá no segundo bimestre com o objetivo de esclarecer os benefícios físicos e psíquico, que as atividadese exercícios físicos proporcionam para o ser humano, inclusive em sua fase adulta.
3º Fase: Acontecerá no terceiro bimestre, será abordado o papel da escola na luta contra a obesidade infantil.
Conhecimento e compreensão dos fatores que levam a obesidade infantil;
Conscientização nutricional, abordagem interdisciplinar buscando a melhora da merenda escolar;
Medir, testar, avaliar. Medir a frequência cardíaca, o IMC, testar as condições cardiorrespiratória e motora dos alunos, para avaliar se houve resposta durante e após o projeto.
4º Fase: A avaliação do projeto será feita através de uma pesquisa qualitativa, por meio de uma entrevista com os alunos, onde será avaliado quais foram os conhecimentos adquiridos durante o projeto, também será feito uma pesquisa quantitativa, onde será coletado dados referente ao IMC, a frequência cardíaca, as condições cardiorrespiratórias e motora dos alunos, para que se possa comparar os resultados adquiridos durante todos os bimestres e se houve um resultado satisfatório após o projeto.
CRONOGRAMA
	Etapas do Projeto
	Período
	1 – Planejamento
	1º Bimestre
	2 – Execução 
	2º e 3º Bimestre
	3 - Avaliação
	4º Bimestre
RECURSOS 
Profissional da saúde, professores, coordenação pedagógica, direção, equipe de apoio e administrativa, crianças e a família.
Figuras impressas, textos, esfigmomanômetro, balança.
AVALIAÇÃO
Será avaliado a participação do aluno, interação e desenvolvimento diante da temática, bem como a busca de resolver problemas contra a obesidade e os hábitos alimentares. Avaliará também a participação dos pais ou responsável juntamente com o projeto na finalidade de concretizar os objetivos de aprendizagens.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A proposta temática trabalhada no projeto de ensino e pesquisa teve enquanto parâmetro a abordagem sobre o combate a obesidade que é muito importante para ser debatido no ambiente escolar e pelo profissional de educação física e considerando relatos de alguns autores citados no texto que observa-se nas aulas e nas instituições de ensino muitos alunos que estão com sobrepeso ou em obesidade que acabam ficando sem participar das aulas devido a sua situação e é a partir dessa percepção que o professor e a educação física escolar têm um papel primordial em trabalhar os casos existentes no ambiente escolar. 
Considerando o que foi elencado no textual do projeto a temática e os seus objetivos são importantes para que o desenvolvimento e aplicação do trabalho ocorra de forma clara e que os pais, a escola, o professor e a educação física escolar são pilares fundamentais para o combate a obesidade infantil e cada um dos elementos tem um papel na vida de uma criança em período escolar. Assim ao final da aplicação do projeto no âmbito da instituição pública de ensino selecionada é proposta uma ação de combate à obesidade infantil no ambiente escolar enquanto contribuição pedagógica com ações e palestras voltadas para a temática enquanto papel do professor de Educação Física e da instituição de ensino ao detectar no ambiente escolar alunos que se enquadrem no grupo de risco com sobrepeso ou obeso. 
O projeto no seu sentido mais amplo, almeja alcançar o seu público alvo que são os alunos do ensino fundamental II - 6º ano ao 9º ano para levar ao ambiente escolar propostas voltadas para combate a obesidade infantil.
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, Edir de França; JUNIOR, Erni de Azevedo Soares; OLIVEIRA, Jeferson Gonçalves de. Relação: atividade física e nutrição escolar combatendo a obesidade infantil. Bueno Aires: EF deportes, 2015. Disponível em: https://www.efdeportes.com/efd202/relacao- atividade-fisica-e-nutricao-escolar.htm Acesso em: 19 set. 2022. 
ARAÚJO, Rafael André; BRITO, Ahécio Araújo; SILVA, Francisco Martins. O papel da educação física escolar diante da epidemia da obesidade em crianças e adolescentes. 2010. Disponível em: https://portalrevistas.ucb.br/index.php/efr/article/view/1651/1159 Acesso em: 20 set. 2022. 
BENEDIT O, Leandro de Souza; et al. Educação física escolar: no combate à obesidade infantil. 2014. Disponível em: https://www.inesul.edu.br/revista/arquiv os/arq-idvol_31_1412631799.pdf Acesso em: 20 set. 2022. 
BECK, Carmem Cristina; et al. Ficha antropométrica na escola: o que medir e para que medir. UFSC, 2007. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/rbcdh/article/view/4039 Acesso em: 21 set. 2022. 
COELHO, Raquel; et al. Excesso de peso e obesidade: Prevenção na Escola. 2008. Disponível em: https://www.researchgate.net/publication/242120539_ excesso_de_peso_e_ obesidade_prevenc ao_na_Escola Acesso em: 22 set 2022.
FILGUEIRAS, G. I. P. (2010). O papel do profissional de Educação Física na prevenção e controle do sobrepeso e obesidade no ensino fundamental. Curitiba: SEED/PR, 2010. Disponível em: www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/1926-8.pdf Acesso em: 23 set. 2022. 
FILHO, Daniel José da Silva. Educação física escolar como ferramenta de prevenção da obesidade. Ariquemes: UNB, 2013. Disponível em: http://bdm.unb.br/bitstream/10483/6952/1/2013_DanielJoseDaSilvaFilho.pdf Acesso em: 23 set. 2022. 
FRANKLIN, Marven Junius da Costa. A educação física escolar como meio de prevenção a obesidade: uma análise com os educadores e corpo técnico das escolas municipais de Oiapoque-AP. Macapá-AP: UNB, 2012. Disponível em: http://bdm.unb.br/bitstream/10483/4601/1/2012_MarvenJuniusdaCostaFranklin.pdf Acesso em: 24 set. 2022. 
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