Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
UNIVERSIDADE DE RIBEIRÃO PRETO ENFERMAGEM JOÃO PEDRO DE OLIVIERA – 6º PERÍODO CUIDADOS DE ENFERMAGEM: CIRURGIA TRANSTROCANTÉRICA Ribeirão Preto – SP 2022 JOÃO PEDRO DE OLIVIERA - 6º PERÍODO CUIDADOS DE ENFERMAGEM: CIRURGIA TRANSTROCANTÉRICA Trabalho entregue para obtenção de parte da nota da Disciplina de Enfermagem Cirúrgica do curso de Enfermagem. Ribeirão Preto – SP 2022 1 1. CUIDADOS DE ENFERMAGEM: CIRURGIA TRANSTROCANTÉRICA A fratura transtrocantérica localiza-se na região lateral do quadril primordialmente no conjunto articular fêmur-quadril, classifica-se como fratura extra-articular, de modo a não afetar o ponto central da articulação sinovial, ocorre no osso femoral na porção entre o trocanter maior e a o trocanter menor. Ademias tem-se que 50% dos casos ocorrem mediante a queda do paciente, majoritariamente lateral e sobre o quadril, sendo o publico mais afetado o feminino com idade superior a 60 anos de idade, podendo o paciente apresentar comorbidades como diabetes mellitus, osteoporose, hipertensão arterial, entre outros (DAMADO, 2021; BRASIL, 2009). FIGURA 01 – Tipologia da fratura e Raio-X Pós-Operatório Nesse sentido, o tempo de hospitalização pode variar entre cinco a dez dias a depender do estado clinico do paciente, deste modo, torna-se indispensável à assistência de enfermagem perioperatória. Elencam-se os cuidados, tais como: CUIDADOS DE ENFERMAGEM: CIRURGIA TRANSTROCANTÉRICA PRÉ-OPERATÓRIO 1. Avaliar perda volêmica, e administrar reposição conforme prescrição; 2. Coletar exames laboratoriais pré-operatórios: tipagem sanguínea, fator Rh, glicemia em jejum, creatina, ureia, coagulograma TPA, hemograma, dosagem de cálcio, magnésio e potássio; se necessário solicitar ECG; 3. Avaliar a presença de comorbidades (diabetes mellitus, osteoporose, hipertensão arterial, etc); 4. Solicitar bolsa de sangue compatível, em caso de sangramento ou necessidade de reposição; 5. Explicar o procedimento operatório e retirar todas as duvidas e anseios sobre; 6. Coletar a assinatura do termo de consentimento anestésico-cirúrgico; 2 7. Aplicar escala de elpo para risco de lesões decorrentes do posicionamento cirúrgico; 8. Coletar informações com o paciente/acompanhante sobre como se orienta as atividades rotineiras do(a) paciente, atentando-se a ocorrência de sinais de abandono ou histórico de violência (psíquica, física e/ou moral)*; 9. Avaliar capacidade funcional: aplicar escala de Katz (capacidade de exercer suas atividades básicas de vida diária - ABVD)*; 10. Avaliar o histórico de queda do(a) paciente, atentando-se –para as causas e possíveis sinais de dificuldade de exercer as ABVD’s*; TRANSOPERATÓRIO 1. Auxiliar no posicionamento cirúrgico, atentando-se para colocação de coxins e proteção direta de proeminências ósseas; 2. Cuidados térmicos: aplicação de mantas e isolação térmica, a fim de evitar quadros de hipotermia; 3. Monitorizar SSVV, principalmente frequência cardíaca e pressão arterial (possível sinal de decaimento de volemia); 4. Avaliar a perda sanguíneo-volêmica (medição direta com compressa ou estimativa visual); 5. Auxiliar na realização do curativo cirúrgico; 6. Anotar a quantidade e calibre dos parafusos utilizados de acordo com os seus posicionamentos anatômicos no órgão afetado; PÓS-OPERATÓRIO 1. Avaliar os SSVV a cada 15 minutos na primeira hora de pós-operatório, avisar equipe medica caso alterações significativas; 2. Avaliar nível de consciência e alterações na comunicação nas primeiras 6 horas pós-operatória; 3. Avaliar integridade do curativo cirúrgico, realizando a troca diariamente e/ou e caso de sujidades e sangramento aparente; 4. Avaliar perdas sanguíneas pelo curativo, na ocorrência comunicar equipe cirúrgica; 5. Realizar mudança de decúbito a cada 2 horas; ATENÇÃO: não posicionar voltado para a região operada; 6. Promover mobilidade e movimento, auxiliar se possível na deambulação; 7. Administração de medicação prescrita: controle da dor, reposição volêmica, reposição vitamínica, entre outros; 8. Solicitar avaliação da fisioterapia, mesurar capacidade neuromuscular e amplitude de movimentos / locomoção; 9. Solicitar alimentação rica em vitaminas possíveis de consumo do paciente, rica em proteínas e vitaminas essenciais; 10. Orientar e ressaltar a importância de realizar os retornos hospitalares para avaliação continuada; 3 11. Orientar cuidados da alta-hospitalar: cuidados com locomoção, repouso, atividades permitidas, hidratação ≥ a 2 litros de água, suplementação vitamínica na alimentação, uso de medicações em residência, acompanhamento com fisioterapeuta; 12. Em caso de sinais de abandono ou violência solicitar avalição psicológica e acompanhamento do serviço social. OBSERVAÇÕES: * na ocorrência de impossibilidade de aplicação reforçar conduta antes de alta hospitalar (pós-operatório). Fonte: BRASIL, 2009. 4 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BRASIL. GERÊCIAMENTO DO CUIDADO: CENTROS DE ATENÇÃO ESPECIALIZADA. Caderno de Enfermagem em Ortopedia, Rio de Janeiro, v. 2, p 1-36, maio 2009. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/caderno_enfermagem_ortopedia_v2.pdf. Acesso em: 16 out. de 2022. DAMADO, M. Fratura Transtrocanteriana. [s. l.], 10 de jul. de 2021. Disponível em: https://medicinaortopedica.com/2021/07/10/fratura-transtrocanteriana/. Acesso em: 16 out. de 2022.
Compartilhar