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IU - Incontinênci� urinári� Definição: Qualquer perda de urina! Incoordenação das estruturas do AP que leva a disfunção com importante repercussão clínica. Fatores de risco: Obesidade, mulher, idoso, tabagismo, bebês grandes, mulheres (gestação), etc. Caixa abdominal: multífidos, diafragma, transverso abdominal - SINCRONISMO/ATIVAÇÃO → quando ativados corretamente diminuem a sobrecarga do AP. Tipos de IU: - Incontinência Urinária de Esforço - Incontinência Urinária de Urgência - Incontinência Urinária Mista - Incontinência por Desvio - Incontinência por Transbordamento - Incontinência Urinária Funcional / Transitória - Incontinência Urinária de Esforço: → Perda de urina involuntária pelo meato uretral externo, sincrônica ao esforço (⇑ PIA) Classificação: - Hipermobilidade do colo vesical: devido à mudança de posição do colo vesical e da uretra proximal → leva a alteração do mecanismo uretral extrínseco. - Diagnóstico: exame clínico, avaliação urodinâmica, quando os valores de pressão da perda urinária forem superiores a 90 cmH2O → pode ser confirmado por ultrassonografia ou uretrocistoscopia. - Defeito esfincteriano uretral intrínseco (DEUI) → Inabilidade ou falência dos mecanismos esfincteriano (responsáveis em manter a pressão na bexiga e na uretra proximal semelhantes), estrutural ou funcional. Diagnóstico: pelo estudo urodinâmico quando a perda for inferior a 60 cmH20. - Incontinência Urinária de Urgência: ➔ Perda involuntária de urina quando tem urgência miccional ou quando sentem a bexiga cheia. Ocorre o início da micção e a inabilidade de cessá-la, com perda grande ou pequena. ➔ Síndrome da bexiga hiperativa: presença de urgência, geralmente acompanhada por aumento da frequência e noctúria (acorda várias vezes para mijar), c ou sem incontinência. ➔ Estudo urodinâmico : registra contrações involuntárias (CIs) da musculatura detrusora durante a fase de enchimento. - Incontinência Urinária Mista: IUE =IUU - Incontinência por Desvio: presença fístulas urogenitais - Incontinência por Transbordamento: Bexiga apresenta volume aumentado na ausência de contração do músculo detrusor. Devido à obstrução pós operatória se o colo é sobrecorrigido ou com uma bexiga hiporreflexia por doença neurológica. - Incontinência Urinária Funcional / Transitória: presença de infecções, fármacos, mobilidade restrita, demência, problemas cerebrais, diabetes e pneumopatias. Diagnóstico - História clínica: conhecimento da duração, da frequência e da gravidade da condição é essencial para a compreensão das implicações sociais e seu impacto na qualidade de vida da paciente, além de orientar na condução diagnóstica e terapêutica. - Questionários e testes específicos: - Diário miccional: pode auxiliar na avaliação da gravidade, do tempo máximo que pode se esperar para urinar e tbm na associação das perdas com a ingestão de líquidos. - International Consultation on Incontinence Questionnaires (ICIQ): - Pad test 1h: ➔ Coloca-se o protetor; ingere 500 ml de líquido sem sódio em 15 minutos. ➔ Anda; sobe e desce um lance de escada (30 min) ➔ Levanta da posição sentada 10 x; ➔ Tosse forte por 10x; ➔ Corrida estacionária por 1 min; ➔ Agachamento 5 x; ➔ Lavar as mãos em água corrente por 1 min; ➔ Classificação conforme o Pad test: 2 a 10 g - leve 10 a 50 - moderada >50 - severa - King ’ s Health Questionnaire (KHQ)* - Incontinence Quality of Life Questionnaire (I-QoL) - International Consultation on Incontinence Questionnaire – Short Form (ICIQ_SF)* - Overactive Bladder Questionnaire (OAB-V8) - Exame físico: Teste da tosse; Hipermobilidade uretral… - Exames complementares: ➔ US: para avaliar hipermobilidade do colo vesical (mede-se o deslocamento da junção uretro-vesical em relação à sínfise púbica durante o repouso e o esforço - acima de 10 mm é hipermobilidade) e para outras patologias do trato urinário. ➔ RM: Se tornou mais utilizada para pacientes com IU e presença de prolapsos, porém ainda tem restrições devido ao seu alto custo. ➔ Uretrocistoscopia: avaliação endoscópica visando identificar situações clínicas especiais, como hematúria e micção com sintomas irritativos. ➔ Avaliação urodinâmica: Determinar o distúrbio urinário real, por meio da medida das pressões em vários pontos do trato urinário inferior; assim, analisa as relações entre as pressões abdominal, vesical e uretral nas diversas fases de enchimento da bexiga. ➔ Eletromiografia: Avalia com eletrodos de superfície ou agulhas a atividade do músculo estriado do assoalho pélvico ou os esfíncteres anal e uretral. Tratamento Fisioterapia → padrão ouro Terapia comportamental: redução do consumo → frutas cítricas, álcool, café, açúcar, chocolate (podem aumentar a inflamação e/ou irritação na bexiga); Educação: materiais educativos (imagens, modelos, uso do espelhinho para se conhecer), explicar anatomia básica, explicar o que é uma contração e como se realiza. Propriocepção: deitada; sentada (uso de rolinhos de toalha); pode também pedir para a paciente colocar a mão sobre a região. Reeducação postural: mobilidade pélvica; avaliar encurtamentos/tensões; ativação abdominal; treino respiratório. Pode-se ensinar a respiração diafragmática e liberação de abdômen e diagrama. Massagem perineal (iniciar por 1 a 2 min e depois 5 min): despertar proprioceptivo; ⇩ de cicatriz e aderências; relaxamento muscular (⇩ da tensão); em casos de estenose vaginal (encurtamento e/ou estreitamento do canal vaginal, ou seja, é quando o canal vaginal tem uma diminuição no seu comprimento e/ou largura devido ao acúmulo de tecido cicatricial na vagina após o tratamento de radioterapia pélvica). Treino muscular de AP: ➔ TREINAMENTO DE FORÇA: especificidade, sobrecarga, progressão. ➔ EDUCAÇÃO PERINEAL PROGRESSIVA: - Exercícios de Propriocepção: visa conscientizar sobre estruturas que compõem o AP e a correta contração do AP (lentas e rápidas) - Exercícios Simples: envolve mobilidade pélvica e às vezes a cintura escapular englobando movimentos de pequena amplitude de membros superiores e inferiores. - Exercícios Elaborados: mobilidade cintura pélvica + cintura escapular c mov de maior amplitude de MMII e MMSS; - Exercícios com Esforço: imposição de esforço ao AP, e consequentemente maior PIA. ➔ Evitar a contração de musculatura parasita. ➔ Incentivar a contração durante a expiração. ➔ Ao menos 24 contrações diárias. ➔ Diferentes posições corporais incluindo deitada, de joelhos, sentada, em pé (simular as AVD’ s). ➔ Manobra Knack: contração dos MAP previamente a uma situação de aumento da PIA. Paciente deve ser estimulada a manter a contração durante a situação. ➔ Reflexo A3 de Mahony: A contração do AP (via somática) pode interromper a micção e inibir o sistema parassimpático. Realizar contrações rápidas e intensas quando houver urgência miccional. Eletroterapia: - Pode melhorar a função urinária, melhorando a força e coordenação dos MAP e inibido contração da musculatura detrusora. - Pode ser utilizada para fraqueza dos MAP e para inibição do detrusor - Para fortalecimento: Contraindicações de eletroterapia: - Processo infeccioso ou solução de continuidade; - Gravidez; - Neoplasias na região ou próximo; - Prolapso genital; - Dispositivos intrauterinos c componentes metálicos; - Constrangimento ou desconforto excessivo; - Durante menstruação (higiene) Orientações de eletroterapia: - Paciente em posição de litotomia; - Usar luvas; - Utilizar pequena quantidade de gel para facilitar a introdução do eletrodo intracavitário; - Eletrodos sempre devidamente esterilizados. Cones vaginais: - compostos de aço inoxidável, revestidos de plástico, com diferentes pesos, com um fio de nylon em sua extremidade para facilitar sua remoção. - Objetivo: treinamento funcional; - Usar com preservativo não lubrificado; - Cuidar com o posicionamento. Biofeedback: - Respostas visuais ou sonoras; - Objetivo: avaliar funcionalmente, determinar metas, acompanhar evolução, despertar propriocepção e treinamento da MAP. - Indicações: inversão de comando perineal, melhorarperformance e resistência muscular. - Contraindicação: ausência da contração muscular - Pode ser por pressão, visual e eletromiografia. Educador perineal: feedback da contração perineal; baixo custo.
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