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AULA 2 Desnutricao Hospitalar e Avaliacao Nutricional

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DESNUTRIÇÃO HOSPITALAR E 
AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DO 
PACIENTE HOSPITALIZADO
Pamella Vanessa Freitas Nascimento
Nutricionista pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás – PUC/GO
Especialista em Nutrição Materno-Infantil e Nutrição em Nefrologia
Nutricionista Clínica da Clínica Renal de Roraima
Coordenadora do Serviço de Nutrição e Dietética do Hospital Materno Infantil
Docente da Faculdade Estácio da Amazônia 
DESNUTRIÇÃO
“Um estado mórbido secundário a uma deficiência ou excesso absoluto de um 
ou mais nutrientes, que se manifesta clinicamente ou é detectado por testes 
antropométricos, bioquímicos, topográficos ou fisiológicos”
(Waitzberg, D.L., 2000)
Estado nutricional em desequilíbrio que causam efeitos adversos 
ao organismo que é detectado por testes bioquímicos, 
antropométricos e fisiológicos.
(Waitzberg, D.L., 2000; Stratton et al., 2004)
DESNUTRIÇÃO HOSPITALAR
Diagnosticada durante a internação, nas primeiras 72 horas após a
admissão, decorrente, parcial ou totalmente, de causas externas
DESNUTRIÇÃO 
HOSPITALAR
Após as 72h iniciais, considera-se desnutrição hospitalar, mais relacionada 
a uma deficiente oferta de nutrientes durante o tratamento
DESNUTRIÇÃO HOSPITALAR
• Associação com:
• Função imunológica
• Musculatura respiratória
• Retardo da cicatrização
• Função renal
CONSEQUÊNCIAS
Piora resposta 
imunológica
Atrasa o processo de 
cicatrização
Risco de complicação
cirúrgica e infecciosa
Aumento do risco de 
desenvolver lesão por 
pressão
Aumento do tempo de
internação
Aumenta o risco de
mortalidade
CLASSIFICAÇÃO DA DESNUTRIÇÃO
Waitzberg, D.L., 2000; Martins, 2011
Primária
Inadequação do
consumo dietético
Secundária
Consequente à 
patologia do paciente 
(câncer, infecção ou 
doenças crônicas)
Terciária 
(Iatrogênica)
Desnutrição no 
ambiente hospitalar –
Maior consumo de 
reservas energéticas em 
resposta a tratamentos 
mais agressivos 
(cirurgia, radioterapia, 
quimioterapia) e/ou 
distúrbios gástricos.
TIPOS DE DESNUTRIÇÃO
Ausência de Massa
Gordurosa
Ausência de Massa
Muscular
Crônica
TIPOS DE DESNUTRIÇÃO
Carência Protéica
Aguda
DESNUTRIÇÃO HOSPITALAR
Fatores de Risco
Waitzberg et al., 2002
TEMPO DE INTERNAÇÃO > 60 anos
Câncer e/ou Infecção
Pacientes admitidos em 
UTI
AGRAVAMENTO DO ESTADO NUTRICIONAL
Depleção da massa corporal magra
DESNUTRIÇÃO PROTÉICA ASSOCIADA A DISFUNÇÕES ORGÂNICA PODE LEVAR A 
FALÊNCIA DE MÚLTIPLOS ÓRGÃOS
Falta de suporte nutricional
Hipermetabolismo, hiperglicemia, lipólise acentuada, aumento do catabolismo 
protéico
A nutrição pode lentificar o processo de catabolismo protéico.
ASPEN, 2002
CAUSAS DA DESNUTRIÇÃO HOSPITALAR
Infecções graves
Ingestão alimentar
reduzida
Instabilidade
hemodinâmica
Absorção diminuída
Falta de interesse, falta de conhecimento e inabilidade dos profissionais de
saúde em conhecer o estado nutricional da população hospitalar
Roquaryol MZ, 1999; Waitzberg D.L., 2000; BRASPEN, 2018
CAUSAS DE DESNUTRIÇÃO
DESNUTRIÇÃO
Stress metabólico 
Jejum para exames 
Jejum PO
Diminuição de ingestão
Perdas de nutrientes
Dietas modificadas
Alteração do metabolismo dos tecidos 
Perda acelerada da função
Perda massa corporal 
Recuperação e cicatrização mais lentas
Competência imunológica diminuída
Maior morbi-mortalidade 
Maior tempo de internação
Maior consumo de medicamentos 
Maior custo hospitalar
CONSEQUÊNCIAS
CONSEQUÊNCIAS
CONDUTA NUTRICIONAL NA DESNUTRIÇÃO 
HOSPITALAR
Identificar os pacientes desnutridos ou com risco de
desnutrição (DIAGNÓSTICO)
Determinar as necessidades calóricas e protéicas
Programar a terapia nutricional, se 
necessário
Avaliar a recuperação
Gallagher-Allred et al., 1996; McClave SA, 1999
A dieta hospitalar deve fornecer todos os nutrientes essenciais, além de se 
aproximar ao máximo da alimentação habitual do indivíduo
• Um diagnóstico adequado é 
essencial para que uma terapia 
nutricional individualizada seja 
iniciada o mais breve possível
Diagnóstico 
Nutricional
Aquino, RC et al., 2011
DIAGNÓSTICO
CAMPANHA DIGA NÃO À DESNUTRIÇÃO
• Iniciativa da Sociedade Brasileira de Nutrição Parenteral e 
Enteral (BRASPEN);
• Visa tornar de conhecimento público a prevalência, os 
problemas causados pela desnutrição hospitalar
No Brasil a taxa de desnutrição varia entre 20 e 60% em adulto hospitalizado
Durante a hospitalização esta condição piora progressivamente principalmente em idosos
e pacientes críticos
Sua identificação precoce e o manejo possibilitam estabelecer conduta nutricional adequada e 
melhorar do desfecho
BRASPEN, 2017
DETERMINE O RISCO E REALIZE A 
AVALIAÇÃO NUTRICIONAL
• TRIAGEM NUTRICIONAL
Realizada para identificar os pacientes em risco nutricional
• Que necessitam de uma avaliação mais detalhada
Assim estabelecer um plano terapêutico que visa otimizar a reabilitação do 
paciente e a qualidade do atendimento
• Deve ser registrada no prontuário em até 24 horas após a admissão hospitalar 
Deve ser repetida semanalmente em paciente sem riscos e que permanecem
hospitalizados
TRIAGEM NUTRICIONAL
A triagem de risco nutricional é uma alternativa que antecede à 
avaliação e permite, a partir daí, selecionar indivíduos que necessitam 
precocemente de uma análise nutricional mais completa
LIMA; SILVA, 2017
IDENTIFICAR OS PACIENTES DESNUTRIDOS (TRIAGEM)
NRS 2002
IDENTIFICAR OS PACIENTES DESNUTRIDOS (TRIAGEM)
NRS 2002
IDENTIFICAR OS PACIENTES DESNUTRIDOS (TRIAGEM)
Exame 
Físico
Vanucchi e col., 1996
Exame Físico
Vanucchi e col., 1996
Exame Físico
Vanucchi e col., 1996
ESTABELEÇA AS NECESSIDADES 
CALÓRICAS E PROTEICAS
ESTABELEÇA AS NECESSIDADES 
CALÓRICAS E PROTEICAS
CÁLCULO DAS NECESSIDADES 
ENERGÉTICAS
PESO???
IMC < 16 kg/m2: 
1ª semana 
PESO ATUAL
Acompanhar glicemia, P, K eMg
CÁLCULO DAS NECESSIDADES ENERGÉTICAS
• Desnutridos, >10% perda peso em 2 meses
• Jejum por 7 a 10 dias + STRESS
• IMC < 16 kg/m2
• Perda de peso recente > 15%
ALTO RISCO
CÁLCULO DAS NECESSIDADES ENERGÉTICAS
IMC < 16 kg/m2:
1ª semana
PESO ATUAL
Acompanhar glicemia, P, K eMg
NORMALIZAÇÃO DOS NÍVEIS SÉRICOS
2ª / 3ª semana
PESO IDEAL / HABITUAL
CÁLCULO DAS NECESSIDADES ENERGÉTICAS
IMC > 16 kg/m2:
• Peso habitual
(IMC entre 18,5 e 25kg/m²)
• Peso ideal
• Adultos (<65 anos): 
Padrão Frisancho 
Metropolitan Life 
Insurance Company
•Idosos (>65 anos): 
Padrão Burr & Phillips
SABE
CÁLCULO DAS NECESSIDADES ENERGÉTICAS
Harris-Benedict
Homens:
GEB = 66,5 + (13,75x Peso(kg)) + (5 x Altura (cm)) – (6,8 x Idade(anos))
Muheres:
GEB = 655 + (9,6 x Peso(kg)) + (1,9 x Altura (cm)) – (4,7 x Idade(anos))
GEB x FA x FI
CÁLCULO DAS NECESSIDADES ENERGÉTICAS
FATOR ATIVIDADE
Acamado = 1,2 
Acamado + móvel = 1,25 
Deâmbulo = 1,3
FATOR INJÚRIA
Jejum simples = 0,85 
Febre = 1,0 + 0,13 por oC 
Cirurgia menor = 1,1 – 1,2 
Infecção leve = 1,1 
Infecção moderada = 1,3 
Infecção grave = 1,4 
Trauma esquelético = 1,4
Cirurgia eletiva = 1,0 a 1,2
Câncer = 1,1 – 1,45
Peritonite = 1,2 – 1,5
Trauma tecidos moles = 1,14 – 1,37
Fratura múltipla = 1,2 – 1,35
Bernard, 1988Long, 1979
REABILITAÇÃO NUTRICIONAL
Suplementação calórico-protéica visando ganho de peso
Calorias: + 500 ou 1000 
kcal/dia Base de cálculo o Peso Atual 
MÁXIMO DE 45 kcal/kg PI
PACIENTES 
ESTÁVEIS
0,5 - 1kg / semana
Proteínas: 1,25 a 2 g/kg/dia
NUTRIÇÃO ENTERAL
IMC < 18 kg/m2 + catabolismo
Perda de peso > 10% em 6 meses + catabolismo
Impossibilidade de via oral 
Vômitos incontroláveis
Aceitação alimentar < 50%, mesmo com suplemento
• Iniciar com 20 a 30% da necessidade e evoluir gradativamente
• Acompanhamento diário do volume infundido, evacuações e
intercorrências
SUPLEMENTAÇÃO ORAL
IMC < 18 kg/m2 + catabolismo
Perda de peso > 10% em 6 meses + catabolismo 
Aceitação alimentar < 50%
REABILITAÇÃO NUTRICIONAL
Aumento de ingestão gradual:
Desconforto gástrico, períodos de desânimo, 
desequilíbrio de eletrólitos e disfunção cardíaca.SÍNDROME DE REALIMENTAÇÃO
SÍNDROME DA REALIMENTAÇÃO
HIPOFOSFATEMIA (P)
✓ fraqueza muscular
✓ cardiomiopatia
✓ contratilidade diafragmática
✓ perturbação mental, parestesia
HIPOMAGNESIA (Mg)
✓ arritmia cardíaca
✓ desconforto abdominal, anorexia
✓ confusão, irritabilidade
✓ tremores, parestesia, tetania
HIPOCALEMIA (K)
✓ arritmia cardíaca, 
hipotensão
✓ confusão
✓ fraqueza muscular, paralisia
✓ depressão respiratória
DEF. TIAMINA (VIT. B1)
✓ confusão
✓ distúrbio ocular
✓ tremores
✓ coma
MONITORAR !!!
• INGESTÃO ALIMENTAR DIARIAMENTE
• PESAR 3X/SEMANA
• ACOMPANHAR OS EXAMES BIOQUÍMICOS
• DADOS ANTROPOMÉTRICOS
IMPORTÂNCIA DA AVALIAÇÃO NUTRICIONAL...
(ECHENIQUE & CORREIRA, 1998; BARBOSA-SILVA & BARROS, 2002)
No ambiente hospitalar, o que se denomina “desnutrição” talvez seja 
determinado por diversos fatores e não só a falta de ingestão adequada de 
calorias, proteínas, macro e micronutrientes
A meta é prevenir que a desnutrição 
chegue a ser um cofator importante na 
disfunção orgânica, influenciando na 
morbi-mortalidade
Desnutrição no enfermo
+
Catabolismo / Hipermetabolismo
=
> Perda de Peso
IMPORTÂNCIA DA AVALIAÇÃO NUTRICIONAL...
Perda de peso > 30%
↓
> Significativo da morbi-mortalidade
Desnutridos
↓
>Incidência de complicações > 
permanência hospitalar
(GINER et al., 1996)
DETERMINE O RISCO E REALIZE A 
AVALIAÇÃO NUTRICIONAL
• AVALIAÇÃO NUTRICIONAL
• Após a triagem nutricional os pacientes EM RISCO NUTRICIONAL são
submetidos a avaliação nutricional (etapa mais completa)
• A avaliação do estado nutricional ainda não dispõe de padrão-ouro que
propicie fazer diagnósticos das alterações nutricionais com alto nível de
eficácia
• Dessa forma, é necessário utilizar uma associação de vários indicadores 
para melhor precisão e acurácia do diagnóstico nutricional dos pacientes 
hospitalizados
AVALIAÇÃO NUTRICIONAL
(ACUÑA et al., 2003; KAMIMURA et al., 2003)
1.HISTÓRIA
DO PACIENTE
2.EXAMES
LABORATORIAIS
3.ANTROPOMETRIA4.EXAME FÍSICO
5.HISTÓRIA 
ALIMENTAR ANAMNESE
TÉCNICAS DE AVALIAÇÃO MAIS UTILIZADAS NA PRÁTICA CLÍNICA
Avaliação antropométrica
Peso
Altura 
AJ
IMC
Pregas 
cutâneas
Circ. do 
Punho e 
Panturrilha
CMB e Circ. do
AMB Braço
• Variam de acordo com a 
doença - lesões orgânicas 
e celulares
Exames 
bioquímicos
• Importantíssimo para 
avaliar alterações pela 
doença
Consumo
alimentar
• Muito importante na 
etapa de triagem 
nutricional (1ª fase)
Exame físico
(SILVA & FÉLIX, 1998; ROSSI, CARUSO e GALANTE, 2017)
OBJETIVOS DA AVALIAÇÃO NUTRICIONAL
Identificar os distúrbios nutricionais
Possibilita intervenção nutricional adequada
Auxiliar na recuperação e/ou manutenção do 
estado de saúde
Monitorizar a eficácia da intervenção dietoterápica
MÉTODOS DE AVALIAÇÃO NUTRICIONAL
• Antropometria
• Composição corporal
• Parâmetros bioquímicos
• Consumo alimentar
Objetivos
• Exame físico
• Avaliação Subjetiva 
Global (ASG)
Subjetivos
História nutricional 
completa do paciente
↓
Todos os fatores 
relacionados 
ao processo de 
determinação 
dos problemas
nutricionais
(KAMIMURA et al., 2014)
AVALIAÇÃO NUTRICIONAL
QUEIXA
PRINCIPAL
HIST. DOENÇA 
ATUAL
HIST. DOENÇA 
PREGRES.
H. Familiar H. Social
Sinais e 
sintomas
Perda de pesoAlterações na 
alimentação
Sintomas GIEstado mental
Capacidade 
funcional
Demandas 
metabólicas
Anteceden-
tes médicos
Uso de
medica-
mentos
História 
dietética
História Clínica
EXAME FÍSICO
Cabelo Pés
Realização exame: inspeção e palpação 
paciente roupa apropriada 
sentado ou deitado na cama
Direcionado: 
Para detectar deficiências nutricionais
Deve ser minucioso
Objetivos: 
Identificar sinais de carências específicas de nutrientes
(ACUÑA, 2002)
EXAME FÍSICO – MANIFESTAÇÕES DE CARÊNCIAS 
NUTRICIONAIS
Local Sinais Carências
Cabelo Perda de brilho, quebradiço,
despigmentado, fácil de arrancar (sem dor)
PTN e Zinco
Face Seborréia nasolabial (pele estratificada) 
Palidez
Riboflavina (vit.B2) 
Kwashiorkor
Ferro
Olhos Conjuntiva pálida 
Mancha de Bitot
Xerose conjuntival (secura) 
Xerose córnea (falta de vida)
Queratomalácia (córnea adelgaçada)
Arco córneo (anel branco ao redor do olho) 
Xantelasma (bolsas amareladas ao redor 
do olho)
Ferro 
Vitamina A
Riboflavina (vit.B2) 
Piridoxina 
Hiperlipidemia
(WAITZBERG & FERRINI, 2000)
EXAME FÍSICO – MANIFESTAÇÕES DE CARÊNCIAS 
NUTRICIONAIS
Local Sinais Carências
Lábios Estomatite angular(lesão nos cantos da boca)
Escaras do Ângulo
Queilose (avermelhamento ou edema de 
lábios e boca )
Riboflavina
(vit.B2)
Língua Escarlate e inflamada 
Magenta (púrpura) 
Edematosa
Papila filiforme, atrofia e hipertrofia
Ácido Nicotínico 
Riboflavina 
Niacina (vit.B3)
Ácido fólico/ Vit. B12
Gengivas Esponjosa; sangrando 
Gengiva vazante
Vitamina C
Glândulas Aumento da tireóide
Aumento da paratireóide
Iodo
PTN
(WAITZBERG & FERRINI, 2000)
EXAME FÍSICO – MANIFESTAÇÕES DE CARÊNCIAS 
NUTRICIONAIS
(WAITZBERG & FERRINI, 2000)
EDEMA de MMII ASCITE
EDEMA
Sinal de Cacifo ou de Godet
Hipoproteinemia 
Hipoalbulminemia
Valores < a 5,0 g/l de PTN totais e < 2,5 g/l de albumina são capazes
de gerar edema.
Quando no tornozelo, perna e região 
sacral → maior tempo acamado, maior 
grau de desnutrição e ↓ albumina
PELE – HIDRATAÇÃO E ALTERAÇÕES NA
COLORAÇÃO
• Hidratação: pode ser avaliada pelo seu turgor.
• Se a pele se desfaz lentamente
→ desidratação ou edema
•Palidez: diminuição da cor rósea da pele 
(anemia, isquemia)
• Presença de escaras, úlceras de pressão, feridas
• Cianose: é a coloração azulada da pele e extremidade das mãos e pés.
• Icterícia: coloração amarelada que pode aparecer difusamente na pele, assim como na 
esclerótica, nas conjuntivas palpebrais, nos lábios. As causas incluem doença hepática 
e hemólise eritrocitária
Sinal de Cacifo - edema
Cianose
Lesão de pressão
• Carotenemia:
• coloração amarelada que acompanha concentrações elevadas de caroteno.
• Devem-se inspecionar as palmas das mãos, regiões plantares e rosto.
• Ao contrário da icterícia, a carotenemia não atinge a esclerótica
• Petéquias:
• equimoses, hematomas profundos e hemartroses são observados nos 
distúrbios de coagulação sendo agravados ou desencadeados pela deficiência 
de vitamina K
PELE – HIDRATAÇÃO E ALTERAÇÕES NA COLORAÇÃO
• Unhas Coiloníquas (forma de colher, finas, côncavas) - ↓Ferro
UNHAS – COLORAÇÃO E FORMATO
Unhas de Terry (com coloração 
esbranquiçada – comum no 
idoso e em pacientes com 
doenças crônicas)
EXAME FÍSICO – RESERVA DE MASSA MUSCULAR
Músculo:
• Representa importante reserva de proteína
• O trofismo da massa muscular esquelética é mantido pela atividade física, inervação, 
irrigação e oferta nutricional
• Qualquer alteração em um desses fatores pode ocasionar perda muscular
• A idade também exerce influência na massa muscular
(LAMEU, 2004)
EXAME FÍSICO – RESERVA DE MASSA MUSCULAR
Músculo Temporal e Bola Gordurosa de Bichart
Para classificar as alterações morfológicas do músculo temporal e da bola
gordurosa de Bichart, serão adotados os seguintes achados:
1. Leve - depressão da musculatura
2. Moderada - exposição do arco zigomático
3.Grave - visualização de um contorno ósseo envolvendo 
a órbita, o arco zigomático e o ramo ascendente da 
mandíbula, sugerindo o desenho de uma chave ( } )
(LAMEU, 2004)
EXAME FÍSICO – RESERVA DE MASSA MUSCULAR
Atrofia grave
Redução da ingestão
oral nos últimos 3 meses
Redução importante da 
ingestão oral para sólidos e 
pastosos
nos últimos 3 meses 
Paciente com disfagia, 
engasgaos frequentes
Redução 
progressiva e 
prolongada da 
ingestão oral 
(> 3 meses)
EXAME FÍSICO – RESERVA DE MASSA MUSCULAR
Músculo Polegar Adutor
No músculo adutor do polegar, as alterações morfológicas serão classificadas, de acordo com os
respectivos achados:
1. Leve - pequena depressão do relevo muscular.
2. Moderada – depressão evidente do relevo.
3. Grave - visualização de um contorno ósseodo indicador e polegar formando uma concha
(LAMEU, 2004)
EXAME FÍSICO – RESERVA DE MASSA MUSCULAR
Adutor normal Atrofia leve do adutor
Atrofia moderada do adutor Atrofia grave do adutor
RESERVA DE MASSA MUSCULAR
Na musculatura da panturrilha 
(gastrocnêmico), a presença de 
alterações morfológicas será 
observada através da perda de relevo 
neste músculo, flacidez muscular e 
pele com dobras.(LAMEU et al, 2004)
Na musculatura da coxa 
(quadríceps femural), a 
ausência de tônus muscular 
será observada pela atrofia da 
musculatura e perda de relevo
Musculatura dos MMII
EXAME FÍSICO – RESERVA DE MASSA MUSCULAR
(LAMEU et al, 2004)
Musculatura do tórax
supraclavicular
infraclavicular
fúncula esternal
Atrofia destas regiões indica que o paciente já 
perdeu massa muscular há muito tempo (perda 
crônica)
Deltóide e
Trapézio
EXAME FÍSICO DA MASSA MUSCULAR
Musculatura intercostal e paravertebral:
• Reduz a sustentação corporal → cifose
•↓ capacidade de expansão ventilatória
pulmonar, menor utilização das bases do
pulmão
• → hipoventilação de bases de pulmão maior
propensão a pneumonia de base
•Atrofia muscular → maior tempo no 
ventilador mecânico
ABDOME
Características:
•Plano (normal)
•Globoso (obesidade e grávidas)
•Em avental
•Escavado: afundamento do abdome próximo ao 
estômago (privação crônica de alimentos)
•Ascítico (ascite): acúmulo de líquido no abdome
“Duro, brilhante”
•Distensão abdominal
• Disfagia
• Odinofagia (dor ao engolir)
• Pirose ou azia
• Regurgitação
• Flatulência
• Hematemese
• Melena
• Enterorragia
• Hematoquezias
Eliminação das fezes negras ou de 
consistência pastosa e de odor bem 
característico (fétido)
Vômito com sangue vivo ou em borra de 
café
Hemorragia intestinal com eliminação de
sangue vivo pelo ânus
Geralmente associada a 
uma hemorragia causada 
por hemorróida e 
diverticulite
SISTEMA DIGESTÓRIO
Peso Usual ou Habitual
Peso Atual
ANTROPOMETRIA - Peso Corporal
É a soma de todos os componentes 
corporais e reflete o equilíbrio 
proteíco-energético do indivíduo
PA
PU
PIPAj
PI amp
PA
É obtido em uma balança calibrada de
plataforma ou eletrônica; o indivíduo
deve posicionar-se em pé no centro da
base da balança, descalço e com roupas
leves.
PU
É informado pelo paciente ou
acompanhante e utilizado como
referência nas mudanças recentes
possibilidade de se medir
de peso ou quando não há
ou
estimar o peso atual.
Peso Ideal ou Desejável
PESO CORPORAL
É utilizado para calcular as necessidades calórico protéicas quando o paciente está restrito ao leito 
e não é possível realizar a estimativa de peso ou ainda quando o paciente apresenta peso muito 
abaixo ou muito acima do ideal.
O mais prático para o cálculo do peso ideal ou desejável é pela utilização do IMC:
PI
Peso Ideal = IMC desejado x Estatura (m) ²IMC - ADULTO Classificação
< 16 kg/m² Magreza grau III
16 a 16,9 kg/m² Magreza grau II
17 a 18,49 kg/m² Magreza grau I
18,5 a 24,99 kg/m² Peso adequado / Eutrofia
25 a 29,99 kg/m² Sobrepeso / Pré-obeso
30 a 34,9 kg/m² Obesidade grau I
35 a 39,9 kg/m² Obesidade grau II
≥ 40 kg/m² Obesidade grau III / 
Mórbida
IMC - IDOSO Classificação (NSI, 1992)
< 22 kg/m² Magreza
22 a 27 kg/m² Eutrofia
> 27 kg/m² Excesso de peso
IMC - IDOSO Classificação (OPAS, 2003)
< 23 kg/m² Magreza
23 a 28 kg/m² Eutrofia
28 a 30 kg/m² Sobrepeso
> 30 kg/m² Obesidade
(OMS, 1995/1998)
IMCi - adulto
• 22 kg/m²
IMCi - idoso
• 24,5 kg/m²
(FAO, 1985)
PI = IMCi x E ²
Peso Ajustado
Peso Corporal COLOCAR FORMULA DE ADEQUAÇÃO DE PESO
É o peso ideal corrigido para a determinação da necessidade energética e de 
nutrientes quando:
• Pacientes com IMC > 27 Kg/m² (ASPEN)
• Pacientes com obesidade mórbida ou
quando o PA for superior a 100% do PI (LAMEU, 2005)
• A adequação do peso for superior
a 115% ou inferior a 95% do peso ideal
(CUPPARI, 2002)
Peso Ajustado = (PA – PI) x 0,25 + PI
(BLACKBURN & THORNTON, 1979)
PAj
Adequação do peso (%) = PA x100
PI
Adequação de
Peso (%)
Classificação
≤ 70 Desnutrição grave
70,1 a 80 Desnutrição moderada
80,1 a 90 Desnutrição leve
90,1 a 110 Eutrofia / Peso adequado
110,1 a 120 Sobrepeso
> 120 Obesidade
ESTIMATIVA DO PESO PARA PACIENTES 
AMPUTADOS
Peso ideal = (100% - %segmento amputado) x peso ideal
100
➢ Contribuição percentual do segmento corporal amputado
Membro amputado Proporção de peso (%)*
Mão 0,7-0,8
Antebraço 1,6-2,3
Braço até ombro 5,0-6,6
Pé 1,5-1,7
Perna abaixo do joelho 6,0-7,0
Perna acima do joelho 11,0
Perna inteira 16-18
Em amputação bilateral, 
as porcentagens dobram
OSTERKAMP(1995)
Peso Ideal para amputadosPI amp
Chumlea et al., 1985
Homens:
P = (0,98 x CP) + (1,16 x AJ) + (1,73 x CB) + (0,37 x DCSE) – 81,69
Mulheres:
P = (1,27 x CP) + (0,87 x AJ) + (0,98 x CB) + (0,4 x DCSE) – 62,35
Onde, CB = Circunferência do braço; CP = Circunferência da panturrilha; AJ = Altura do joelho 
DCSE = Prega cutânea subescapular
ESTIMATIVA DO PESO
MEDIDA INDIRETA
Rabito et al., 2008
P(kg) = 0,5759 x CB + 0,5263 x CAB + 1,2452 x CP – 4,8689 x SEXO – 32,9241
Onde,
CB = Circunferência do braço; CAB = Circunferência abdominal; CP = Circunferência da panturrilha 
SEXO = masculino (1), feminino (2)
PESO CORPORAL – estimativa
CIRCUNFERÊNCIA DA PANTURRILHA (CP)
Fita posicionada na 
circunferência máxima
PESO CORPORAL – estimativa
ALTURA DO JOELHO (AJ)
Perna flexionada com ângulo de 90o
PESO CORPORAL – estimativa
CIRCUNFERÊNCIA DO BRAÇO (CB)
Mede o comprimento do braço e calcula o 
ponto médio
Mede a CB com o braço estendido
PESO CORPORAL – estimativa
PREGA CUTÂNEA SUBESCAPULAR (PCSE)
Deitado, costas voltadas para o medidor 
Tronco em linha reta
Ombros perpendiculares a espinha e á mesa do
exame
Pernas levemente flexionadas nos joelhos 
Cabeça apoiada sobre travesseiro
Braço não utilizado sob travesseiro
Prega desprendida do tecido muscular um 
centímetro abaixo formando ângulo de 45°
PESO ATUAL AJUSTADO NA RETENÇÃO 
HÍDRICA
ESTIMATIVA DE RETENÇÃO HÍDRICA CONFORME EDEMA
EDEMA RETENÇÃO DE PESO
HÍDRICO (KG)
+ (mínimo) Tornozelo 1
++ (discreto cacifo ou
fóvea)
Joelho 3 a 4
+++ (moderado, apaga
relevo ósseo)
Raiz da coxa 5 a 6
++++ (pronunciado,
deforma seguimento 
comprometido)
Anasarca 10 a 12
RIELLA E MARTINS (2001)
PESO ATUAL AJUSTADO NA RETENÇÃO 
HÍDRICA
ESTIMATIVA DE RETENÇÃO HÍDRICA CONFORME ASCITE
Intensidade Característica Ascite
Leve Visível apenas no ultrasson Subtrair 2,2kg
Moderada Detectável pela "abaulamento dos
flancos" ao exame físico
Subtrair 6kg
Grave Claramente visível Subtrair 14kg
SAIBA A PERDA DE PESO E ACOMPANHE O PESO 
DO PACIENTE PELO MENOS A CADA 7 DIAS
• A avaliação da porcentagem de perda de peso é importante preditor de risco 
nutricional;
O peso corporal é considerado informação essencial na assistência direta ao paciente porque 
reflete o somatório dos componentes corporais, e na maioria das vezes é incorporado nas 
ferramentas de triagem nutricional e nos controles de cuidados assistenciais
De acordo com ESPEN (2015), foram propostos 
dois cortes para PP não intencional:
> 5% nos últimos 3 meses para doenças
agudas, ou
>10% do PH (tempo indefinido) em condições 
crônicas
Blackburn GL, Thornton PA, 1979
ESTATURA
• É medida utilizando estadiômetro ou o antropômetro.
• O indivíduo deve ficar em pé, descalço, com os calcanhares juntos, as costas retas e os 
braços estendidos ao lado do corpo.
• Alguns métodos alternativos para a estimativa de estatura em indivíduos
impossibilitados de utilizar os métodos convencionais.
MEDIDA DA ESTATURA – MÉTODO CONVENCIONAL
Definição: Distância entre a parte mais alta da cabeça e a sola dos pés, medida
realizada em posição vertical.
Indivíduo:
Roupas leves e pés descalços.
Sem adereços na cabeça e penteado desfeito.
Técnica:
Pés juntos, com calcanhares juntos.
Costas retas, braços estendidos ao lado do corpo e joelhos estendidos.
Encostar na superfície vertical 5 pontos anatômicosLinha imaginária do canal auditivo
externo até a órbita inferior do olho
(COGILL, 2003)
ESTIMATIVA DA AULTURA – altura do joelho
Chumlea (1985)
Homem: 64,19 – (0,04 x idade) + (2,02 x AJ cm) 
Mulher: 84,88 – (0,24 x idade) + (1,83 x AJ cm)
Chumlea (1985 e 1994)
Idade Brancos Negros
Masculino
6-18 anos 40,54 + (2,22xAJ) 39,6 + (2,18x AJ)
19-
60anos
71,85 + (1,88 x AJ) 73,42 + (1,79 x AJ)
Feminino
6-18 anos 43,21 + (1,88 x AJ) 46,59 + (2,02 x AJ)
19-
60anos
70,25 + (1,87 x AJ) –
(0,06 x IDADE)
68,1 + (1,86 x AJ) – (0,06 x
IDADE)
ALTURA RECUMBENTE
• Medida da altura deitada, o comprimento 
do topo da cabeça até a planta do pé;
• Cerca de 2% maior do que a altura de pé;
• Colocar o avaliado em posição supina
(deitado de costas) com o leito em posição
horizontal completa, posicionar o avaliado
com a cabeça reta, com a linha de visão no
teto;
• Realizar as medidas do lado direito ou
esquerdo do corpo.
• Fazer marcas no lençol na altura do topo da
cabeça e da base do pé e medir o
comprimento.
MEDIDA DIRETA
ENVERGADURA
• Utilizada quando o indivíduo é incapaz de manter a 
coluna ereta;
• Em adultos a extensão dos braços é ± 10% equivalente à
estatura e não muda com a idade;
• Colocar os braços do avaliado completamente
estendidos em ângulo reto (90º) com o corpo, ao nível 
do ombro.
• Para indivíduos sentados ou em pé, a medida é feita nas
costas, colocando a fita métrica da ponta do dedo médio
de uma mão até a outra;
• Para indivíduos acamados, a medida é feita na frente do
corpo, da distância da ponta do dedo médio de uma
mão até a outra, passando pela clavícula;
• Existe a alternativa de medir a extensão de um único
braço, à frente até o meio do corpo (esterno) e
multiplicar por dois (Semienvergadura).
MEDIDA DIRETA
CIRCUNFERÊNCIA DO BRAÇO (CB)
(JELLIFFE, 1966; FRISANCHO, 1990)
Esta medida representa a soma das áreas constituídas pelos tecidos ósseo, muscular e gorduroso. 
Para sua determinação, o braço avaliado deve estar flexionado em direção ao tórax, formando um 
ângulo de 90o, mas na medição deverá estar estendido ao lado do corpo
ADEQUAÇÃO DE CB
Adequação de CB = CB obtida x 100
CB do P50
Classificação % adequação
Desn. Grave < 70
Desn. Moderada 70 – 80
Desn. Leve 80 – 90
Eutrofia 90 – 100
Sobrepeso 100 – 120
Obesidade > 120
(FRISANCHO, 1990)
VALORES DO 
PERCENTIL 50 DE 
HOMENS E 
MULHERES PARA: 
CB
CMB 
DCT
CIRCUNFERÊNCIA DO BRAÇO (CB)
(LEE & NIEMAN, 1993)
PARÂMETROS DO BRAÇO
PERCENTIL TECIDO ADIPOSO TECIDO MUSCULAR
< 5 Magro/baixa reserva Magro/baixa reserva
5 a 15 Abaixo da média/risco para déficit Abaixo da média/risco para déficit
16 a 85 Média Média
86 a 95 Acima da média Acima da média
> 95 Excesso de gordura Boa nutrição
PREGA/DOBRA CUTÂNEA TRICIPITAL (PCT OU DCT)
(LEE & NIEMAN, 1993; FRISANCHO, 1990)
Avalia o estado nutricional protéico
Pacientes acamados – massa muscular varia com o nível de atividade 
Repouso prolongado leva atrofia muscular
ADEQUAÇÃO DE PCT
Adequação de PCT = PCT obtida x 100
PCT do P50
Classificação % adequação
Desn. Grave < 70
Desn. Moderada 70 – 80
Desn. Leve 80 – 90
Eutrofia 90 – 100
Sobrepeso 100 – 120
Obesidade > 120
CIRCUNFERÊNCIA MUSCULAR DO BRAÇO (CMB)
(FRISANCHO & JELLIFFE, 1973)
CMB (cm) = CB (cm) – (0,314 x PCT (mm))
ADEQUAÇÃO DE CMB
Adequação de CMB = CMB obtida x 100
CMB do P50
Classificação % adequação
Desn. Grave < 70
Desn. Moderada 70 – 80
Desn. Leve 80 – 90
Eutrofia 90 – 100
Sobrepeso 100 – 120
Obesidade > 120
CIRCUNFERÊNCIA DA PANTURRILHA (CP)
(TROIANO, 1994)
CP < 31 cm
depleção de 
tecido muscular
LIMITAÇÕES DA ANTROPOMETRIA
➢Presença de edema / retenção hídrica
➢Estado de hidratação
➢Acesso vascular
➢Ascite
➢Anasarca
➢Queimaduras em grandes áreas corporais
➢Fratura ou lesões de membros
➢Pacientes acamados e amputados
EXAMES BIOQUÍMICOS
Evidenciam alterações bioquímicas 
precocemente, anteriores a lesões celulares e 
orgânicas
Possibilitam a detecção de deficiências 
nutricionais que possam comprometer 
gravemente o estado nutricional
É de fundamental importância associa-lo com 
a avaliação antropométrica, o exame físico e o 
consumo alimentar
GLICEMIA
HEMOGRAMA
SÉRIE VERMELHA
• HEMÁCIAS/ERITRÓCITO: células mais numerosas
• HEMOGLOBINA: proteína presente dentro da 
hemácia e responsável pelo transporte de O2
• HEMATÓCRITO/VOLUME GLOBULAR: massa total 
de células sanguíneas por unidade de volume.
• HEMOGRAMA: Avalia os eritrócitos (n°e aspecto), os leucócitos e 
plaquetas
SÉRIE VERMELHA
•VOLUME CORPUSCULAR MÉDIO(VCM): tamanho
individual das hemácias (microcítica, normocítica e
macrocítica) e é o melhor índice pra classificar as
anemias;
•HEMOGLOBINA CORPUSCULAR MÉDIA (HCM): média
de hemoglobina por hemácia, que pode estar reduzida
(microcitose) e aumentada (macrocitose)
•CONCENTRAÇÃO DE HEMOGLOBINA CORPUSCULAR
MÉDIA (CHCM): CC de hb em 100ml hemácia
(hipocrômica, normocrômica 
possibilitando avaliar o grau
e hipercrômica), 
de saturação de
hemoglobina na hemácia.
SÉRIE BRANCA
➢ LEUCOGRAMA: diagnóstico e acompanhamento de infecções e inflamações 
alérgicas ou leucêmicas
➢ Leucócitos são responsáveis pela defesa do organismo contra toxinas, vírus e 
bactérias
São classificadas em 3 grupos:
1.Granulócitos (neutrófilos, basófilos e eosinófilos);
2. Linfócitos
3. Monócitos
• Contagem de plaquetas (trombóticos) e sua avaliação morfológica:
• Trombocitopenia (redução): redução da produção de plaquetas, aumento da
utilização ou destruição;
• Trombocitoses (aumento):doenças mieloproliferativas (LMA), trombocitopenia
inflamatória, hemorragia, anemia ferropriva, inflamação e esplenectomia
(retirada do baço).
PLAQUETAS
VALORES DE REFERÊNCIA
150.000 a 450.000/mm³
Parâmetro Valores de referência
Eritrócitos ou hemácias (homens) 4.5000.000 a 6.000.000 células mm³
Eritrócitos ou hemácias (mulheres) 4.000.000 a 5.500.000 células mm³
Hemoglobina (homens) 13,5 a 18g/dl
Hemoglobina (mulheres) 12 a 16g/dl
Hematócrito (homens) 40 a 54%
Hematócrito (mulheres) 37 a 47%
Volume Corpuscular Médio 80 a 100 fl
Hemoglobina Corpuscular Média 27 a 32 pg
Leucócitos totais 4.500 até 13.000mm³
Concetração de hemoglobina corpuscular
média
32 a 35%
Neutrófilos em bastão 3 a 5% (150 a 400 células mm³)
Neutrófilos segmentados 55 a 65% (3.000 a 5.000 células mm³)
VALORES DE REFERÊNCIAS
Parâmetro Valores de referência
Linfócitos 20 a 30% (1.500 a 2.500 células mm³)
Monócitos 4 a 8% (200 a 650 células mm³)
Eosinófilos 2 a 6% (100 a 300 células mm³)
Basófilos 0 a 1 % (50 a 80 células mm³)
Plaquetas 150 a 450 (x 10³ células mm³)
VALORES DE REFERÊNCIAS
CONTAGEM TOTAL DE LINFÓCITOS (CTL)
• Defesa celular e reservas imunológicas momentâneas.
• Indicador de estado nutricional que evidencia alterações bioquímicas 
precocemente, anterior às lesões celulares e/ou orgânicas
• A contagem é feita com base no leucograma: % de linfócitos e 
contagem total de células brancas
• CTL = % de linfócitos x leucócitos
100
CONTAGEM TOTAL DE LINFÓCITOS (CTL)
doenças
doenças
• Valores aumentado nas infecções virais, agudas e 
colagenosas
• Valores diminuídos com uso de corticosteróides e em 
relacionadas à deficiência do sistema imunológico
• Interpretação:
- depleção leve: 1200 a 2000/ mm³
- depleção moderada: 800 a 1199/ mm³
- depleção grave: < 800/ mm³
Variável 
lipídica
Adequado Limítrofe Limítrofe 
alto
Inadequado Muito 
alto
CT < 200 200 – 239 - ≥ 240 -
LDL <100 100 - 129 130 – 159 160 – 189 ≥ 190
HDL > 45 - ≥ 60 < 40 -
TG < 150 - 150 - 199 200 – 499 ≥ 500
DISLIPIDEMIAS: Classificação
Hipercolesterolemia isolada > LDL
Hipertrigliceridemia isolada > TG
Hiperlipidemia mista > LDL e > TG
Diminuição isolada do HDL < HDL
LÍPIDIOS
Adultos
TRIGLICERÍDIOS
Desejável: <100mg/dl 
Limítrofe: de 100 a 129mg/dl 
Elevado: ≥130mg/dl
2 a 19 anos de idade
COLESTEROL TOTAL
Desejável: <150mg/dl 
Limítrofe: de 150 a 169mg/dl 
Elevado: ≥170mg/dl
LDL
Desejável: <100mg/dl 
Limítrofe:de 110 a 129mg/dl 
Elevado: ≥130mg/dl
HDL
Desejável: ≥45mg/dl
EXAMES BIOQUÍMICOS
• Critérios biológicos
• Albumina: principal critério biológico – prognóstico.
• Especificidade  pela meia-vida longa
• Relaciona-se com  morbi-mortalidade se < 3,5 g/dL
PROTEÍNA
PROTEÍNAS TOTAIS
É a soma de todas as proteínas presentes no plasma
Albumina e globulinas 
Pré-albumina 
Transferrina
Proteína Transportadora de retinol 
Índice creatinina-altura
PROTEÍNA
Investigação de nutrição proteíco-energético
Desvantagem: meia vida de 20 dias
Principal função: transporte e função coloidosmótica
Indicador de estado nutricional
visceral
Seu nível sérico esta associado a maior
morbidade
Albumina
Proteína mais abundante no plasma Sintetizada e excretada no fígado
PROTEÍNA
➢Alteração plasmática de albumina:
➢Redução de síntese (doença hepática);
➢Diminuição do consumo de proteínas;
➢Catabolismo proteico (doença ou estresse);
➢Excreção anormal de proteína na urina 
(síndrome nefrótica)
CLASSIFICAÇÃO DO ESTADO 
NUTRICIONAL DO ADULTO
Valores de referência: 
Normal: > 3,5 g/dL 
Depleção leve: 3 a 3,5 g/dL
Depleção moderada: 2,4 a 2,9 g/dL 
Depleção grave: < 2,4 g/dL
CLASSIFICAÇÃO DO ESTADO 
NUTRICIONAL DA CRIANÇA
Valores de referência:
Normal: de 2,9 a 5,5g/dl
PROTEÍNA
➢PRÉ-ALBUMINA:
➢Melhor indicador de estado visceral;
➢Marcador precoce de déficit nutricional;
➢Utilizada na avalição de doenças agudas graves;
➢Meia-vida: de 2 a 3 dias
VALORES DE REFERÊNCIA
Normal: de 19 a 38mg/dl 
Deficiência leve: de 10 a 15 mg/dl
Deficiência moderada: de 5 a 10mg/dl 
Deficiência grave: de 0 a 5 mg/dl
PROTEÍNA
Transferrina ou siderofilina
Proteína plasmática 
sintetizada pelo 
fígado
Principal 
transportadora de 
ferro no plasma
Meia vida curta: 
7-8 dias
Valores de referência: 200 a 240 mg/dL
Depleção leve : 150 – 199 mg/dL
Depleção moderada: 110 – 149 mg/dL
Depleção grave : < 100 mg/dL
ALTERAÇÕES PLASMÁTICAS
1. AUMENTO: deficiência de 
ferro, gravidez ou perda
crônica
2. DIMINUIÇÃO: desnutrição, consumo
proteico, inflamação, infecção crônica
e hepatopatia.
Exame de alto custo
PROTEÍNA
PROTEÍNA CARREADORA DO RETINOL (RBP)
• Proteínas de fase aguda;
• Altera-se na desnutrição energético-protéica (DEP);
• Meia-vida: 10 a 12 horas;
• Reduzem em 48 – 72h após início da DEP;
• RBP necessita de Zinco (necessário para a
liberação de RBP no fígado) e Vitamina A;
• Também sintetizada pelo fígado: alterada em 
hepatopatias.
VALORES DE REFERÊNCIA
Normal no soro: 30 a 60 mg/l 
Normal na urina: 0,4mg/l
ÍNDICE CREATININA/ALTURA
➢Creatinina:
Metabólito excretado na urina derivado da hidrólise da creatina-fosfato ou 
fosfocreatina no músculo esquelético;
➢ Indica dinâmica do metabolismo energético;
➢ Somente válido quando a função renal está preservada;
ICA %: Excreção de creatinina na urina em 24h_ x 100
Excreção de creatinina ideal urinária em 24h
Classificação:
Eutrofia: > 80%
DEP leve: 60 – 80%
DEP moderada: 40 – 60% 
DEP grave: < 40%VALOR PADRÃO PARA A ALTURA DO PACIENTE
AVALIAÇÃO DIETÉTICA - CONSUMO 
ALIMENTAR
• Dieta oral – Observar:
• Mastigação;
• Deglutição;
• Presença de xerostomia;
• Condição de dentição ou prótese dentaria, principalmente em idosos;
• Dificuldade para alimentar-se sozinho
ACEITAÇÃO DA 
DIETA
AVALIAÇÃO DIETÉTICA - CONSUMO ALIMENTAR
Alimentos
ou refeições
• Nutrientes ou constituintes dos alimentos
Dieta total
• Frequência de ingestão de nutrientes
• Forma, tipo do alimento, método de cozimento
• Diversidade e fonte alimentar
Grupos 
alimentares
• Frequência de ingestão de grupos alimentares
• Conformidade com o plano alimentar
Caracterís-
ticas da 
dieta
• Refeições típicas, modificações na consistência e volume
• Frequência das refeições, local, uso de suplementos 
polivitamínicos...
REFERÊNCIAS
• Toledo et al., Campanha “Diga não à desnutrição”: 11 passos importantes para 
combater a desnutrição hospitalar. BRASPEN, 2018.
• DIRETRIZES BRASILEIRA DE TERAPIA NUTRICIONAL, 2018.
• http://www.projetodiretrizes.org.br/9_volume/triagem_e_avaliacao_do_estad 
o_nutricional.pdf
• Inquérito brasileiro de avaliação nutricional hospitalar (IBRANUTRI): 
Metodologia do estudo multicêntrico, 1996.
• Silva MCGB. Avaliação Subjetiva Global. In: Waitzberg DL, editor. Nutrição Oral, 
Enteral e Parenteral na Prática Clínica. São Paulo: Atheneu; 2000. p. 241-53.
• ESPEN – MUST ((Malnutrition Universal Screening Tool)
http://www.projetodiretrizes.org.br/9_volume/triagem_e_avaliacao_do_estado_nutricional.pdf
Obrigada!
Contato:
Email: nutripamellafreitas@gmail.com
mailto:nutripamellafreitas@gmail.com

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