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Manifestação sobre contestação Réplica Reversão pedido de demissão Dano moral Horas extras Verbas rescisórias Intervalos Descontos indevidos

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AO EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DA XXª VARA DO TRABALHO DE XXXXX /XX.
Processo nº.: 	XXXXXXX-XX.XXXX.X.XX.XXXX
XXXXXXX XXXXXXX, já qualificada nos autos do processo em epígrafe, vem a presença de Vossa Excelência, por seu Procurador signatárias, MANIFESTAÇÃO A CONTESTAÇÃO e documentos, nos termos adiante expostos:
1. Da Reversão do Pedido de Demissão
Impugnam-se as alegações genéricas da Reclamada no que diz respeito ao pedido de reversão do pedido de demissão em demissão sem justa causa, pois fica evidenciado no petitório inaugural o descumprimento de vários direitos trabalhistas do Reclamante, dentre os quais, a falta grave descrita no artigo 483, alínea "b" da CLT.
Ainda, ficará demonstrado na instrução probatória, a prática da Reclamada que constrangeu e coagiu a Reclamante até pedir demissão pedir demissão.
Neste sentido, assente jurisprudência:
RECURSO ORDINÁRIO DO RECLAMANTE. PEDIDO DE DEMISSÃO. VÍCIO DE VONTADE. COAÇÃO. FATO AMPLAMENTE RECONHECIDO. NULIDADE. A conduta empresarial, consistente em coagir o empregado à prática de ato divorciado do seu íntimo querer, com o objetivo único de se eximir dos encargos trabalhistas, impõe a conversão do pedido de demissão em dispensa sem justa causa, com o pagamento das parcelas daí decorrentes. Recurso Ordinário do reclamante conhecido e parcialmente provido.(TRT-1 - RO: 8842120125010013 RJ , Relator: Marcia Leite Nery, Data de Julgamento: 25/03/2013, Segunda Turma, Data de Publicação: 09-04-2013)
Frise-se que, o referido tratamento com rigor excessivo dispensado ao Reclamante pelo gerente Sr. XXXXXX, preposto da Reclamada, ocorria em horário de serviço e na presença de colegas e clientes da loja, e perdurou até que não restou outra saída à obreira senão pedir demissão.
2. Das Verbas Rescisórias, Aviso Prévio, FGTS e Seguro Desemprego
Da nulidade do pedido de demissão e a reversão para demissão sem justa causa, como consequência, faz jus a Reclamante ao recebimento dos consectários legais.
Portanto, devido o aviso prévio indenizado, multa rescisória, liberação dos depósitos fundiários sob o código 01, e liberação das guias do seguro desemprego ou indenização correspondente.
3. Do Dano por Assédio Moral
A conduta do preposto da Reclamada, que deflagrou uma verdadeira guerra psicológica a Reclamante, utilizando-se do poder que detinha, não deve ser necessariamente aceita pelo empregador, que ao silenciar e não tomar as medidas cabíveis agiu de forma insidiosa e não menos devastadora ao ambiente saudável da relação de trabalho.
O abuso de poder e as ofensas proferidas, descritas no petitório inaugural, constitui verdadeira ofensa à dignidade do trabalhador, que deve ser energicamente rechaçada por esta Justiça Especializada do Trabalho.
A Reclamada contesta genericamente as alegações da Reclamante no que diz respeito ao assédio moral sofrido, no entanto se demonstrará na instrução probatória toda a verdade acerca do assédio moral sofrido pela obreira.
Por todo o exposto, a Reclamada deve ser condenada a indenizar a Reclamante pelo dano moral decorrente da conduta ilícita de seus prepostos em valor a ser determinado pelo prudente arbítrio deste MM. Juízo, que sirva ao mesmo tempo como compensação pelos danos extrapatrimoniais e medida punitiva e pedagógica a desestimular condutas semelhantes.
Nesse sentido apontamos os seguintes julgados, do egrégio Tribunal Regional do 
Trabalho da 4ª Região:
INDENIZAÇÃO POR DANO MORAL. Cabe indenização ao obreiro por danos morais, quando, em razão da execução da relação de subordinação existente no vínculo de emprego, o empregador, mediante ação ou omissão, atinge bens subjetivos inerentes à pessoa do trabalhador. É o que ocorre no caso em análise, ante a omissão do empregador em proteger o empregado da discriminação no ambiente de trabalho. (PROCESSO: 0000771-07.2013.5.04.0512 RO)
Assim, resta impugnada a defesa da ré no tópico.
4. Dano moral - Revista vexatória
Evasivas as alegações da Reclamada. 
Primeiramente afirma que as revistas eram feitas de forma superficial, depois afirma que não eram íntimas, contudo não juntou qualquer documento que autorize e avalize suas afirmações.
Com efeito, as revistas como alhures informado, as revistas são realizadas diariamente de forma minuciosa, abusiva e vexatória, na presença de todos os demais empregados, visitantes, clientes e fornecedores.
A Reclamante tinha que levantar parte das roupas, revirar os bolsos e sua bolsa era inteiramente revirada e despejada em uma mesa onde seus objetos pessoais ficavam expostos, muitas vezes caiam no chão e o obreiro era obrigado a juntar.
Tal revista, vexatória e constrangedora, atenta contra a dignidade do obreiro em escancarada afronta a dignidade humana.
Não há que se falar em prova do dano, eis que latente, e, evidente por si só.
Portanto, impugnada e comprovado do dano moral e vexatório, deve ser condenada a Ré ao pagamento de indenização por danos morais.
5. Da jornada de trabalho - Horas extras – Intervalos intrajornada
O ônus de documentar a jornada da Reclamante é da Reclamada, porquanto possuía mais que dez empregados. 
No entanto juntou aos autos registros de ponto inválidos, "produzidos" unilateralmente pela Reclamada e sem a assinatura da Reclamante.
"Estranhamente" encontramos no quadrante superior esquerdo dos registros de ponto a data de emissão e impressão de tais formulários a data de XX.XX.20XX, ou seja, depois da demissão do Reclamante.
Demais disso os horários ali lançados não representam as jornadas efetivamente 
laboradas pela obreira.
Ademais da prestação de horas extras habituais, por si só, desautoriza o regime de compensação adotado pela Reclamada.
Os regimes de escala, de compensação semanal e "Banco de Horas" são irregulares, posto que, não foram observadas a lei e as normas coletivas aplicáveis devendo ser declarados inválidos com a condenação da Reclamada ao pagamento de tais horas extras com os adicionais previstos nas normas coletivas aplicáveis.
RECURSO DE REVISTA DA RECLAMADA. ACORDO DE COMPENSAÇÃO. PRESTAÇÃO HABITUAL DE HORAS EXTRAS. Decisão regional em contrariedade à Súmula 85, IV, do TST - -A prestação de horas extras habituais descaracteriza o acordo de compensação de jornada. Nesta hipótese, as horas que ultrapassarem a jornada semanal normal deverão ser pagas como horas extraordinárias e, quanto àquelas destinadas à compensação, deverá ser pago a mais apenas o adicional por trabalho extraordinário. (ex-OJ nº 220 - Inserida em 20.06.2001)-. Revista conhecida e parcialmente provida, no tema. INTERVALO INTRAJORNADA. 1. - É inválida cláusula de acordo ou convenção coletiva de trabalho contemplando a supressão ou redução do intervalo intrajornada porque este constitui medida de higiene, saúde e segurança do trabalho, garantido por norma de ordem pública (art. 71 da CLT e art. 7º, XXII, da CF/1988), infenso à negociação coletiva- (OJ 354/SDI-I/TST). 2. -Possui natureza salarial a parcela prevista no art. 71, § 4º, da CLT, com redação introduzida pela Lei nº 8.923, de 27 de julho de 1994, quando não concedido ou reduzido pelo empregador o intervalo mínimo intrajornada para repouso e alimentação, repercutindo, assim, no cálculo de outras parcelas salariais- (OJ 354/SDI-I/TST). Revista não conhecida, no tema. INTERVALO INTERJORNADAS. - O desrespeito ao intervalo mínimo interjornadas previsto no art. 66 da CLT acarreta, por analogia, os mesmos efeitos previstos no § 4º do art. 71 da CLT e na Súmula nº 110 do TST, devendo-se pagar a integralidade das horas que foram subtraídas do intervalo, acrescidas do respectivo adicional - (OJ 355/SDI/TST). Revista não conhecida, no tema. ADICIONAL NOTURNO. O recurso encontra-se desfundamentado, eis que a reclamada aponta como violado dispositivo inexistente (Súmula 422/TST). Revista não conhecida, no tema. HORAS EXTRAS. MINUTOS RESIDUAIS. PREVISÃO EM NORMA COLETIVA. -A partir da vigência da Lei nº 10.243, de 27.06.2001, que acrescentou o § 1º ao art. 58 da CLT, não mais prevalece cláusula prevista em convenção ou acordocoletivo que elastece o limite de 5 minutos que antecedem e sucedem a jornada de trabalho para fins de apuração das horas extras- (OJ 372/SDI-I/TST). Óbice na Súmula 333/TST e no art. 896, § 4º, da CLT. Revista não conhecida, no tema. DESCONTOS FISCAIS. Conforme entendimento cristalizado no item II da Súmula 368 do TST, -é do empregador a responsabilidade pelo recolhimento das contribuições previdenciárias e fiscais, resultante de crédito do empregado oriundo de condenação judicial, devendo incidir, em relação aos descontos fiscais, sobre o valor total da condenação, referente às parcelas tributáveis, calculado ao final, nos termos da Lei 8.541, de 23.12.1992, art. 46 e Provimento da CGJT nº 01/1996-. Revista conhecida e provida, no tema. ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. CARACTERIZAÇÃO. –Tem direito ao adicional de periculosidade o empregado exposto permanentemente ou que, de forma intermitente, sujeita-se a condições de risco. Indevido, apenas, quando o contato dá-se de forma eventual, assim considerado o fortuito, ou o que, sendo habitual, dá-se por tempo extremamente reduzido- (Súmula 364 do TST). Aplicação da Súmula 333/TST e incidência do § 4º do art. 896 da CLT. Revista não conhecida, no tema. RECURSOS DE REVISTA DO RECLAMANTE. INTERVALO INTRAJORNADA PARCIALMENTE CONCEDIDO. Pacificada nesta Corte, mediante a OJ 307/SDI-I, a jurisprudência no sentido de que, -após a edição da Lei nº 8.923/94, a não-concessão total ou parcial do intervalo intrajornada mínimo, para repouso e alimentação, implica o pagamento total do período correspondente, com acréscimo de, no mínimo, 50% sobre o valor da remuneração da hora normal de trabalho (art. 71 da CLT)- . Revista conhecida e provida, no tema. VALORES PAGOS. CRITÉRIO DE DEDUÇÃO. ABATIMENTO GLOBAL. 1. A Subseção Especializada em Dissídios Individuais, ao julgamento do
E-ED-RR-322000-34.2006.5.09.0001, da relatoria do Ministro Aloysio Corrêa da Veiga, revendo posicionamento anterior, deliberou no sentido de que o abatimento das horas extras já pagas não pode ser limitado ao mês da apuração, devendo ser integral e aferido pelo total das horas extras quitadas durante o período imprescrito do contrato de trabalho. 2. Desde que demonstrado o pagamento sob o mesmo título, não há falar na limitação da dedução ao mês de vencimento da obrigação. Revista não conhecida, no tema. (TST - RR: 3124008220085090594 312400-82.2008.5.09.0594, Relator: Rosa Maria Weber, Data de Julgamento: 22/06/2011, 3ª Turma, Data de Publicação: DEJT 01/07/2011)
Em relação aos intervalos intrajornadas, deve ser observado os termos da Súmula 437 do TST, haja vista que este processo tramita sob a égide da lei anterior, ou seja, não da Lei 13.467/2017.
No cálculo das horas extras devidas ao obreiro deve ser observada a Súmula 264 do TST.
Reconhecendo a Reclamada a prestação de horas extras e ainda, que o obreiro não gozava do intervalo previsto no artigo 384 da CLT, a condenação da Reclamada é medida que se impõe.
Assim, requer-se a condenação da Reclamada na forma da exordial.
6. Dos descontos indevidos 
Equivoca-se ou age de má-fé a Reclamada em suas alegações, ao afirmar que os descontos feitos no salário do obreiro, relativos ao vale transporte, foram feitos em conformidade com os ditames legais, inexistindo diferenças em seu favor a este título.
Neste sentido, conforme determinação contida no parágrafo único do art. 4º, da lei 7.418/85, é de responsabilidade do empregador a ajuda de custo equivalente à parcela que exceder a 6% (seis por cento) de seu salário base, excluídos quaisquer adicionais ou vantagens:
Art. 4º - A concessão do benefício ora instituído implica a aquisição pelo empregador dos Vales-Transporte necessários aos deslocamentos do trabalhador no percurso residência-trabalho e vice-versa, no serviço de transporte que melhor se adequar.
Parágrafo único - O empregador participará dos gastos de deslocamento do trabalhador com a ajuda de custo equivalente à parcela que exceder a 6% (seis por cento) de seu salário básico.
Ao contrário do alegado e do que determina a legislação vigente, como se verifica nas fichas financeiras juntadas aos autos pela própria Reclamada, documentos de ID. XXXXX, YYYYYY págs. 1 e 2, e ZZZZZZZ, é evidente a prática ilícita da Reclamada.
Desta forma requer a condenação da Reclamada em indenizar em dobro todos os valores indevidamente descontados do obreiro a título de vale transporte com incidência de juros legais e correção monetária na forma da lei.
7. Das diferenças do TRCT
Conforme se verifica no TRCT, documento de ID XXXXXX, págs. 1 e 2, a Reclamada deixou de remunerar o obreiro pelas horas extras que laborou no período que antecedeu a rescisão contratual.
Desta forma requer a condenação da Reclamada ao pagamento de tais horas extras acrescidas do adicional legal com todos os reflexos em férias com 1/3 constitucional, gratificação natalina, repouso semanal remunerado, aviso prévio indenizado e proporcional e FGTS acrescido da multa de 40%.
8. Da Multa do artigo 467 da CLT
Sobre todos os pedidos incontroversos, devemos encontrar a aplicação da multa prevista no artigo 467 da CLT.
9. Do PPP
Inegável é a importância do documento, tanto para o obreiro, pois lhe servirá para demonstrar as reais condições de trabalho a que era submetido, quanto para a Reclamada que poderá utilizá-lo como forma de defesa, mas principalmente para esta Justiça Especializada, pois esclareceria todas as circunstâncias envolvidas nas atividades do Reclamante.
No entanto, a Reclamada não cumpre a sua obrigação de alcançá-la a obreira, quando da rescisão contratual, não o utiliza como instrumento de defesa, bem como, embora inserido no petitório inaugural como um dos pedidos da Reclamante, também não foi cumprida a obrigação na audiência inaugural.
Neste sentido:
PERFIL PROFISSIOGRÁFICO PREVIDENCIÁRIO (PPP) - RETIFICAÇÃO - O PPP - Perfil Profissiográfico Previdenciário - é um formulário que deve ser preenchido com todas as informações relativas ao empregado, tais como, atividades exercidas, agentes nocivos aos quais se encontrou exposto, intensidade e concentração dos agentes, exames médicos clínicos, além de outros dados referentes à empresa. A entrega do formulário ao empregado que se desliga da empresa deve refletir as reais condições de trabalho a que esteve submetido o emprego e advém do disposto no art. 58, § 4º da Lei 8.213/1991. Comprovado nos autos que as informações constantes do PPP entregue ao Reclamante não correspondem à realidade fática por ele vivenciada no âmbito da prestação serviços, relativamente à exposição a agente insalubre, deve ser mantida a v. sentença que condenou a Reclamada a retificar o formulário, nos exatos termos legais. (TRT-3 - RO: 00110201303403005 0000110-34.2013.5.03.0034, Relator: Luiz Otavio Linhares Renault, Primeira Turma, Data de Publicação: 05/09/2014 04/09/2014. DEJT/TRT3/Cad.Jud. Página 55. Boletim: Sim.)
 
Diante da resistência da Reclamada em apresentar o referido documento, reitera-se o pedido contido na inicial, para que seja a Reclamada condenada a multa diária pelo descumprimento da obrigação, em valor a ser estipulado pelo MM. Juízo, que sirva de medida punitiva e reparadora, com o intuito de coibir tal prática.
10. Dos recolhimentos fiscais e previdenciários
Não pode a Reclamante ser responsabilizado pela conduta ilícita da Reclamada, que somente por meio de sentença judicial venha a adimplir com suas obrigações, gerando um ônus a Autora em razão de receber englobadamente um valor que, se tivesse recebido nas épocas próprias, não teria a incidência de pesadas alíquotas tributárias.
Assim, deve a Reclamada suportar o ônus de sua conduta ilícita, cabendo a ela o recolhimento das devidas contribuições previdenciárias e fiscais decorrentes do crédito da Reclamante. 
Neste sentido, apontamos o entendimento da Súmula n. 368 do Colendo Tribunal Superior do Trabalho:
Súmula nº 368 - TST - Res. 129/2005 - DJ 20, 22 e 25.04.2005 - Conversão das Orientações Jurisprudenciais nºs 32, 141 e 228 da SDI-1 Descontos Previdenciáriose Fiscais - Competência - Responsabilidade pelo Pagamento - Forma de Cálculo I - A Justiça do Trabalho é competente para determinar o recolhimento das contribuições fiscais. A competência da Justiça do Trabalho, quanto à execução das contribuições previdenciárias, limita-se às sentenças condenatórias em pecúnia que proferir e aos valores, objeto de acordo homologado, que integrem o salário-de-contribuição. (ex-OJ nº 141 - Inserida em 27.11.1998) (Alterado) - Res. 138/2005, DJ 23, 24 e 25.11.2005; II - É do empregador a responsabilidade pelo recolhimento das contribuições previdenciárias e fiscais, resultante de crédito do empregado oriundo de condenação judicial, devendo incidir, em relação aos descontos fiscais, sobre o valor total da condenação, referente às parcelas tributáveis, calculado ao final, nos termos da Lei nº 8.541/1992, art. 46 e Provimento da CGJT nº 01/1996. (ex-OJ nº 32 - Inserida em 14.03.1994 e OJ nº 228 - Inserida em 20.06.2001); III - Em se tratando de descontos previdenciários, o critério de apuração encontra-se disciplinado no art. 276, § 4º, do Decreto n º 3.048/99 que regulamentou a Lei nº 8.212/91 e determina que a contribuição do empregado, no caso de ações trabalhistas, seja calculada mês a mês, aplicando-se as alíquotas previstas no art. 198, observado o limite máximo do salário de contribuição. (ex-OJ nº 32 - Inserida em 14.03.1994 e OJ 228 - Inserida em 20.06.2001).
Impugnado tópico no aspecto, devendo ser julgado procedente o pedido da Reclamante.
11. Da assistência judiciária gratuita e dos honorários assistenciais
Há declaração de carência econômica, o que, por si só, habilita a Reclamante a obter o benefício da assistência judiciária gratuita, outrossim, resta evidente que a Autora está desempregada como comprovada a documentação acostada aos autos.
Além do mais, trata-se de direito que se insere entre os direitos fundamentais, nos termos do art. 5º, inciso LXXIV, da Constituição Federal de 1988, a oportunidade de demandar no judiciário – o acesso a justiça.
De outra banda, não parece jurídico obrigar o trabalhador a buscar assistência judiciária em sindicato profissional. Tendo em vista que a Constituição Federal não obriga tal hipótese, bem como nem sempre há serviço de assistência judiciária na frágil estrutura sindical ora existente.
Outrossim, os sindicatos não possuem o monopólio para prestar assistência judiciária, razão pela qual cabível a condenação da Reclamada em honorários assistenciais no percentual de 15%.
Assim a Reclamada deve ser condenada em todos os haveres da inicial como forma de atender as expectativas sociais e de direito.
Por fim, são reiterados todos os pedidos iniciais, protestando desde já, pela sua procedência total, com a consequente improcedência e impugnação dos documentos juntados pela Reclamada, no sentido de que não servem à comprovação pretendida por elas, mas sim, corroboram com o exposto na exordial.
Termos em que pede e espera deferimento.
XXXXXXXXXX, XX de março de 20XX.
XXXXXX XXXXXXX
OAB/XX nº XX. XXX

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