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MANAUS-AM 2018 MANAUS-AM 2018 METODOLOGIA INOVADORA PARA EDUCAÇÃO 2 SUMÁRIO APRESENTAÇÃO............................................................................................4 1 COMPETÊNCIAS X OBJETIVOS APRENDIZAGEM........................5 2 ESTRATÉGIAS/METODOLOGIAS DE ENSINO- APRENDIZAGEM.......................................................................................18 2.1 AULA EXPOSITIVA DIALOGADA....................................................20 2.2 AULA EXPOSITIVA INTERATIVA..................................................21 2.3 PERGUNTAS E RESPOSTAS..............................................................22 2.4 BINGO......................................................................................................23 2.5 JOGO DA MEMÓRIA...........................................................................24 2.6 PASSA E REPASSA...............................................................................25 2.7 ESTUDO DIRIGIDO.............................................................................26 2.8 PHILLIPE 66...........................................................................................27 2.9 WIKI.........................................................................................................28 2.10 GRAFITE................................................................................................29 2.10 SNOWBALL (BOLA DE NEVE).........................................................29 2.11 DEMONSTRAÇÃO................................................................................30 2.12 MAPAMENTAl ........................................................................................31 2.13 MAPA CONCEITUAL..........................................................................32 2.14 PENSE-PAREIE-COMPARTILHE.....................................................33 2.15 FÓRUM DE DISCUSSÃO..................................................................34 2.16 JIGSAM.................................................................................................35 2.17 DISCUSSÃO DE TEXTOS................................................................36 2.18 ENSINO COM PESQUISA...............................................................38 2.19 BRAINSTORM......................................................................................39 2.20 JOGOS DE PAPÉIS (ROLE-LAYING GAME)...............................40 2.21 VISITA TÉCNICA...............................................................................41 2.22 INFOGRÁFICOS.................................................................................42 2.23 JOGOS TECNOLÓGICOS.................................................................43 2.24 BLOG.......................................................................................................43 2.25 SITUAÇÃO PROBLEMA…..................................................................45 2.26 DESIGN THINKING…………………………………………………………………….46 3 2.27 TEAM BASED LEARNING (TBL)....................................................47 2.28 TREINO DE HABILIDADES............................................................49 2.29 CENÁRIO SEGUIDO DEBRIEFING...............................................50 2.30 APRESENTAÇÃO ORAL.....................................................................51 2.31 VERBALIZAÇÃO E OBSERVAÇÃO..................................................52 2.32 ENTREVISTA COM ESPECIALISTA.............................................53 2.33 SALA DE AULA INVERTIDA..........................................................54 3 APRENDIZAGEM BASEADA EM PROJETOS: A CHAVE PARA UMA EDUCAÇÃO EFICIENTE.................................................................55 4 ESTRATÉGIAS DE AVALIAÇÃO.........................................................57 4.1 MINUTE PAPER....................................................................................59 4.2 AUTO AVALIAÇÃO.............................................................................60 4.3 AVALIAÇÃO EM PARES.....................................................................60 4.4 DEBRIEFING..........................................................................................61 4.5 CHECKLIST.............................................................................................61 4.6 QUIZZ.....................................................................................................62 4.7 FERRAMENTAS TECNOLÓGIAS.....................................................62 4.8 RUBRICA DE AVALIAÇÃO.................................................................63 4.9 FEEDBACK FORMATIVO....................................................................65 5 ENSINO ADAPTATIVO E ENSINO PERSONALIZADO: ENTENDA A DIFERENÇA.........................................................................66 5.1 APRENDIZAGEM BASEADA EM DESAFIOS É CHAVE PARA UM ENSINO ATIVO..................................................................................73 REFERÊNCIAS.............................................................................................79 4 APRESENTAÇÃO As Metodologias Inovadoras para a Educação Superior Formar profissionais capazes de trabalhar em grupos, resolver problemas de forma criativa, crítica e reflexiva, apropriar-se dos conhecimentos necessários, desenvolver a autonomia intelectual são alguns dos desafios da Educação Superior. Tentar alcançar esses objetivos por meio de metodologias educativas tradicionais, sem valer- se da internet e das mídias digitais, é ainda mais desafiador. A sociedade mudou. E as intuições educativas precisam acompanhar essas modificações, sob pena de não formar cidadãos conscientes e capazes de enfrentar o mercado do futuro. Diante deste contexto, é preciso rever a prática educativa. Pensar além da caixa, analisar os novos conceitos didático-metodológicos. Pesquisar modelos de negócios, usufruir de novos recursos, inovar o jeito de ensinar e aprender. Essas metodologias inovadoras já estão à disposição – como o portal Desafios da Educação tem mostrado ao longo dos anos. O modelo é centrado no estudante e na aplicabilidade dos conhecimentos. É uma forma de trabalho pedagógico que tem envolvido os alunos em seu próprio sucesso, incorporando seus interesses, habilidades e os encorajando a assumir sua responsabilidade no processo de aprendizagem Esse Livreto tem a finalidade de auxiliar o docente na aplicação de princípios didático-pedagógicos, assim como na seleção adequada das estratégias/metodologias de aprendizagem e de avaliação para que os objetivos de aprendizagem sejam atingidos. Metodologia é o estudo dos métodos. Isto é, o estudo dos caminhos para se chegar a um determinado fim. É também considerada uma forma de conduzir a pesquisa ou um conjunto de regras para ensino de ciência e arte. Serão abordados nesse livreto os seguintes temas: https://desafiosdaeducacao.com.br/?s=futuro https://desafiosdaeducacao.com.br/ 5 Competências x Objetivos de aprendizagem – entenda qual a relação entre competência e objetivos de aprendizagem. Objetivos de aprendizagem segundo a Taxonomia de Bloom (Nível cognitivo). Modelo didático de aula. Estratégias de Ensino-aprendizagem. Estratégias de Avaliação Formativa. 1. COMPETÊNCIA X OBJETIVOS APRENDIZAGEM O Que é Competência? Quais as suas Características? Requer um conjunto de Conhecimentos, Habilidades e Atitudes articulados para ser desenvolvida e executada no contexto profissional. Está relacionada ao desempenho profissional complexo, criativo, não- rotineiro. Deve ser possível observá-la de forma concreta no contexto. Está ligada a uma área de conhecimento (CompetênciaGeral) ou a uma determinada profissão (Competência Específica). Compõe o perfil do egresso do curso. Vamos a um exemplo simples para facilitar a compreensão usando uma competência do motorista: Dirigir automóvel e transportar pessoas, cargas e outros, seguindo as normas de trânsito Para que essa competência possa ser desenvolvida, há um conjunto de Conhecimentos, Habilidades e Atitudes que precisam ser aprendidos: CONHECIMENTOS (SABER) Descrever as regras de direção defensiva. Identificar os instrumentos do veículo e descrever a sua funcionalidade. Interpretar as placas de sinalização, etc. HABILIDADES (SABER FAZER) Manobrar veículo de diversas marcas e modelos 6 COMPETÊNCIAS CONHECIMEN- TOS HABILIDA- DES ATITUDES Usar os retrovisores do veículo. Passar a marcha do veículo de acordo com a velocidade, etc. ATITUDES (SABER SER/CONVIVER) Lidar com adversidades no trânsito. Respeitar as leis e normas do transito. Ter uma postura pacífica no transito, etc. Os Conhecimentos, Habilidades e Atitudes citados acima representam, portanto, exemplo de Objetivos de Aprendizagem que precisam ser aprendidos para que a referida competência seja desenvolvida. OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM SEGUNDO A TAXONOMIA DE BLOOM (NÍVEL COGNITIVO) A Taxonomia de Bloom é adotada como referência para a evolução gradativa dos objetivos de aprendizagem do ponto de vista cognitivo. Toda aprendizagem requer o domínio de níveis cognitivos mais elementares (lembrar e entender) e níveis mais avançados (aplicar, analisar, avaliar e criar). Embora sejam muitas as definições de competências na literatura, elas convergem em diversos aspectos, especialmente no que se refere à articulação própria e única do “CHA” (Conhecimentos, Habilidades e Atitudes), para o enfrentamento de situações ou solução de problemas 7 no campo do trabalho, crescentemente complexo. Conhecimento – é o SABER, todo o repertório de informações que o sujeito tem: teorias, conceitos, princípios, nomes, código etc. e toda a capacidade cognitiva de articulação entre eles. Habilidades – é o SABER FAZER, refere-se ao domínio de técnicas, capacidade de execução, destreza, agilidade para realizar determinada ação. Atitudes – é o SABER, SER, as características emocionais afetivas e sociais envolvidas na execução de determinado trabalho O ENSINO COMEÇA DO FIM 8 QUAL PROFISSIONAL QUE SE DESEJA FORMAR? ALINHAMENTO 9 “Começar pelo fim em mente significa iniciar com uma compreensão clara do seu destino. Significa saber onde você está indo de modo a ter uma melhor compreensão de onde está agora para que os passos que você dê sejam sempre na direção correta.” AS COMPETÊNCIAS NÃO SE DESENVOLVEM EM UMA ÚNICA DISCIPLINA COMEÇAR PELO FIM 10 11 Exemplos da escrita de objetivos: POBRE: Conhecer as teorias mais importantes da Psicologia. Não especifica quais teorias são importantes. O que quer dizer “conhecer”? Saber os nomes? As ideias centrais? Criticar os pressupostos? MELHOR: Conhecer as abordagens das teorias cognitivistas. É melhor porque especifica o que o estudante deve saber, mas ainda não indica o quê de cada teoria deve conhecido, nem o quão profundo deve ser esse conhecimento. BOM: Aplicar os pressupostos e ideias principais das teorias cognitivistas na construção de atividades de aprendizagem. Identifica o que o estudante deve saber e como vai demonstrar o que sabe, ao mesmo tempo em que permite diferentes atividades relacionadas a “aplicar” (para qual nível de ensino, com qual conteúdo etc.). Principais Características: Ter foco no comportamento esperado. O professor no planejamento das suas ações O estudante no direcionamento dos seus esforços de estudo rumo ao seu cumprimento. Ambos: na verificação dos resultados obtidos no processo e na implementação de melhorias nas suas estratégias de ensino e de aprendizagem. Um objetivo descreve um resultado pretendido e as condições para sua realização e referem-se a conhecimentos, habilidades e atitudes: o que o professor quer que o estudante saiba, faça ou valorize ao final do semestres, da unidade ou da aula? Um objetivo de aprendizagem be, escrito deveria conter: 12 Iniciar com o verbo no infinitivo, o que é uma forma, de alinhá-lo a um comportamento esperado. Ser escrito do ponto de vista do estudante e não do docente. Relacionar-se com um resultado e não com o processo. Traz implícito a afirmativa !é capaz de ...”. Orienta a atividade, mas não é a própria atividade. Devem ser: Específicos: deixa claro a que se refere, orienta as atividades. Mensuráveis: deve ser escrito de forma que se pode medi-lo. Viáveis: tamanho e escopo que possam ser atingidos no tempo determinado (semestre, unidade ou aula). Relevantes: concentra-se no que é mais importante par atingir as competências do curso. No entanto, nem todos os objetivos de aprendizagem são iguais, justamente porque o processo de aprendizagem implica uma evolução das capacidades cognitivas e de execução de habilidades. Para auxiliar a identificação das etapas dessa evolução utilizamos a Taxonomia de Objetivos Educacionais de Bloom. Ela foi resultado de um trabalho realizado ainda na década de 1950 por uma força tarefa indicada pela American Psychological Association, que tinha por objetivo criar uma taxonomia de objetivos educacionais que auxiliasse os professores a desenvolver atividades de aprendizagem e avaliação. Ela divide os objetivos instrucionais em 3 domínios, no entanto é no domínio cognitivo que o grupo mais trabalhou: 13 14 Ao transformar a avaliação em momentos que permitem a reflexão sobre o processo de ensino-aprendizagem, a ser aplicada ao longo do processo de ensino, ela passa a ter função reguladora. O que evitaria situações como a tirinha abaixo: A avaliação reguladora tem 3 momentos: 1. Avaliação diagnóstica 2. Avaliação durante o processo 3. Avaliação final Categoria Verbos relacionados Instrumentos 1. Lembrar/conhecer: reconhecer e lembra conhecimentos relevantes, fatos, métodos, procedimentos e conceitos. definir, descrever, distinguir, identificar, rotular, listar, memorizar, ordenar, reconhecer, reproduzir, Preencher lacunas, verdadeiro x falso, questões de múltipla escolha, questões dissertativas. 2. Compreender: construir sentido a partir de mensagens orais, escritas, gráficas por meio da interpretação, exemplificação, classificação, sumarização, inferência, comparação e/ou explicação. Entende o uso e a implicação de termos, fatos, métodos, procedimentos e conceitos. classificar, converter, descrever, discutir, explicar, generalizar, identificar,inferir, interpretar, prever, reconhecer, redefinir, selecionar, situar, traduzir, comparar, agrupar, representar. Reportes, sumários, ensaios, minute, paper, diários de aprendizagem. Blogs, wikis, questões de múltipla escolha, portfólios, mapas mentais, questões dissertativas. 3. Aplicar: realizar um procedimento executando o ou implementando-o. Usar umateoria na prática, resolver problemas, utilizar informações em novas situações. aplicar, construir, demonstrar, empregar, esboçar, escolher, ilustrar, interpretar, operar, praticar, preparar, programar, resolver, usar, converter. Ensaios, vídeos, demonstrações, questões dissertativas, questões de múltipla escolha. 15 4. Analisar: dividir as informações em partes relevantes, determinando como as partes se relacionam entre si e com a estrutura geral ou com um propósito, por meio da diferenciação, organização e atribuição. Dividir conceitos, analisar estruturas, reconhecer assunções e falta de lógica, avaliar a relevância. analisar, calcular, comparar, discriminar, distinguir, examinar, experimentar, testar, esquematizar, questionar, classificar, determinar, categorizar, pesquisar. Diários reflexivos, estudos de caso, mapas conceituais, simulações, jogos, análises de cenários, questões dissertativas. 5. Avaliar: fazer julgamentos baseados em critérios e evidencias, por meio de averiguações e crítica. Formular standards, evidências, rubricas; aceitar ou rejeitar com base em critérios. avaliar, criticar, comparar, defender, detectar, escolher, estimar, explicar, julgar, selecionar, argumentar, interpretar, testar, verificar. Projetos de pesquisa, ensaios, estudo de caso, questões dissertativas, painéis de discussão, auto avaliação. 6. Criar: colocar elementos juntos de modo a formar um conjunto coerente e funcional; reorganizar elementos num novo modelo ou estrutura, por meio da geração, planejamento ou produção. Juntar informações de modo novo e criativo. compor, construir, criar, desenvolver, estruturar, formular, modificar, montar,organizar, planejar, projetar, sintetizar, deduzir. Projetos em grupo, vídeos,projetos na web, portfólios, trabalhos de arte, artigos científicos, invenções. Como se pode perceber, um mesmo instrumento de avaliação pode servir para avaliar mais de um nível de desenvolvimento cognitivo, a depender da sua formulação, para a qual é essencial o papel do verbo apontado no objetivo. Por exemplo, questões dissertativas podem solicitar tanto a descrição de um fenômeno, o que está relacionado à categoria 1 – Lembrar ou pode pedir que se compare a eficiência de duas propostas de negócios ou de duas condutas médicas, o que está relacionado à categoria à categoria 5 - avaliar. TESTE SEUS CONHECIMENTOS: Considerando a avaliação formativa, e correto afirmar que: a) Toda prova ou trabalho necessariamente pode ser considerado uma avaliação formativa? b) Deve ser composta de trabalhos que não sejam considerados como nota? c) É aquela que permite ao estudante refletir sobre sua aprendizagem, para que o feedback do professor tem papel essencial? 16 Nível cognitivo Nívelcognitiv o itivo Descrição do nível cognitivo e exemplos de verbos usados na elaboração dos objetivos de aprendizagem CRIAR CRIAR AVALIAR AVALIAR ANALISAR ANALISAR APLICAR APLICAR ENTENDER ENTENDER LEMBRAR LEMBRAR Reconhecer e reproduzir conhecimentos. Definir, descrever, distinguir, identificar, rotular, listar, memorizar, ordenar, reconhecer e reproduzir Explanar conhecimentos. Classificar, descrever, discutir, explicar, generalizar, identificar, inferir, interpretar e reconhecer Executar ou usar uma informação em uma ou mais situações. Construir, demonstrar, empregar, escolher, escrever, ilustrar, interpretar, operar, programar e resolver Dividir a informação em partes relevantes e irrelevantes, entendendo a inter-relação entre as partes. Analisar, calcular, comparar, discriminar, distinguir, examinar, experimentar, testar e esquematizar Realizar julgamentos baseando-se em critérios e padrões. Avaliar, criticar, comparar, defender, detectar, escolher, estimar, explicar, julgar e selecionar Produzir um trabalho original. Construir, criar, desenvolver, estruturar, formular, modificar, montar, organizar, planejar e projetar Nível cognitivo 17 CONHECIMENTOS PRÉVIOS E CONTEXTUALIZAÇÃO Apresentar, de forma explícita os objetivos de aprendizagem aos alunos. Apresentar o contexto no qual se incluem os novos conhecimentos. Localizar a importância da aprendizagem para o futuro profissional. Avaliar conhecimentos prévios dos alunos. Utilizar de forma predominante estratégias/ metodologias ativas. Selecionar estratégias/ metodologias adequadas ao nível cognitivo dos objetivos de aprendizagem. Levar os alunos a verificarem se aprenderam os objetivos de aprendizagem. Selecionar o método de avaliação formativa de acordo com o nível cognitivo do item 2. Dar feedback aos alunos sobre seu desempenho. FINALIZAÇÃO AVALIAÇÃO FORMATIVA ATIVIDADE DE APRENDIZAGEM (Metodologias ativas CONHECIMENTOS PRÉVIOS E CONTEXTUALIZAÇÃO IDENTIFICAÇÃO DA(S) COMPETÊNCIA(S) Qual(is) competência(s) serão desenvolvidas na aula/ IDENTIFICAÇÃO DO(S) OBJETIVO(S) DE APRENDIZAGEM Nesta aula, que objetivos de aprendizagem deverão ser atingidos objetivos de aprendizagem deverão ser atingidos? 18 ESTRATÉGIAS/METODOLOGIAS DE ENSINO-APRENDIZAGEM Nas sequencia você encontrará um conjunto de estratégias de ensino- aprendizagem que podem ser adaptadas e utilizadas em diferentes unidades pedagógicas para que sejam atingidos os objetivos de aprendizagem. A ilustração na parte superior direita indica os níveis cognitivos que, de maneira geral, podem ser atingidos por cada estratégia. As estratégias de ensino-aprendizagem podem ser rápidas e simples, ou mais complexas e demoradas, como indica a figura abaixo. Muitas vezes, o mesmo objetivo de aprendizagem pode ser atingido utilizando-se estratégias diferentes, mais adequadas ao número de estudantes na sala, infraestrutura e tempo disponíveis. Em seguida você vai encontrar uma seleção de estratégias, que podem ser utilizadas como uma caixa de ferramentas entre as quais você poderá selecionar as mais efetivas para que seus estudantes aprendam. Observe a ascensão dos níveis de conhecimentos com os tipos de metodologias que devem ser utilizados para obtenção de um processo de ensino aprendizagem de melhor qualidade. 19 Estudantes aprendem COMPLEXO DEMORADO Visita técnica Design Thinking Jogos de papéis (Role Playing) PBL Discussão jigsaw Ensino com Pesquisa Debriefing Cenário com debriefing Estudos de caso Verbalização e observação Team based leaming Apresentação oral Aula interativa ou dialogada Demonstrações e simulações Discussão de artigos e textos Treino de habilidades Mapa mental Snowball Estudo dirigido Mapa conceitual Entrevista com especialista Jogos tecnológicos Blog Brainstorming Grafite Fórum Sala de aula Invertida Phillipe 66 Infográficos Avaliação em pares Passa e repassa Avaliação em pares Minute-paper Autoavaliação ChecklistPense – pareie-compartilhe Jogos de memória Quizz Bingo Perguntas e resposta SIMPLES RÁPIDO 20 2. ESTRATÉGIAS/METODOLOGIAS DE ENSINO- APRENDIZAGEM 2.1 AULA EXPOSITIVA DIALOGADA DESCRIÇÃO: Exposição do conteúdo, com a participação ativa dos estudantes, cujo conhecimento prévio deve ser considerado e pode ser tomado como ponto de partida. O professor leva os estudantes a questionarem, interpretarem e discutirem o objeto de estudo, a partir do reconhecimento e do confronto com a realidade. Indicada para a introdução do tema e para a sua finalização, quando o professor sintetiza o que foi tratado naquela unidade de conteúdo. PASSOS: Professor contextualiza o tema de modo a mobilizar as estruturas mentais do estudante para operar com as informações que este traz, articulando-as às que serão apresentadas; faz a apresentação dos objetivos de estudo da unidade e sua relação com a disciplina ou curso. Faz a exposição que deve ser bem preparada, podendo solicitar exemplos aos estudantes – e busca o estabelecimento de conexões entre a experiência vivencial --dos participantes, o objeto estudado e o todo da disciplina. É importante ouvir o estudante, buscando conhecer sua realidade e seus conhecimentos prévios, que podem mediar a compreensão crítica do assunto, e problematizar essa participação. O forte dessa estratégia é o diálogo, como espaço para questionamentos, críticas e solução de dúvidas: é imprescindível que o grupo discuta e reflita 6. CRIAR 4. ANALISAR 5. AVALIAR 3. APLICAR 2. COMPREENDER 1. LEMBRAR 21 sobre o que está sendo tratado. Embora seja a mais tradicional das estratégias de ensino desenvolvidas no Ensino Superior, aulas expositivas podem ser muito interessantes ou extremamente aborrecidas e monótonas. Importante para uma boa aula: Inserir perguntas no meio da apresentação, buscando fazer o estudante participar da aula. Estabelecer uma relação de intercâmbio entre os conhecimentos apresentados e experiências do campo profissional. Intercalar partes expositivas da aula com um vídeo ou exercício ativo que exemplifique o tema ou provoque o raciocínio. 2.2 AULA EXPOSITIVA INTERATIVA DESCRIÇÃO: Aula expositiva mesclada com pequenas atividades realizada pelos alunos ao longo da aula. A cada 25 minutos de aula expositiva em média, o professor realiza uma pausa para atividade individual ou em dupla, há o compartilhamento dos resultados da atividade, o feedback é dado pelo professor e recomeça o ciclo com a continuidade da aula expositiva. Esse tipo de estratégia torna a aula mais efetiva uma vez que a atenção dos alunos em aulas expositivas não dura mais que 20-30 minutos. 6.CRIAR 4.ANALISAR 5.AVALIAR AVALIAR 3.APLICAR 2.COMPREENDER 1.LEMBRAR 22 PASSOS: 2.3 PERGUNTAS E RESPOSTAS DESCRIÇÃO: Utiliza a arte de perguntar para estimular o raciocínio e atingir um determinado objetivo de aprendizagem. Uma variação é solicitar que os alunos formulem as questões. 1. Aula expositiva (+/- 25 min) 2. Pausa para atividade (individual ou em dupla) 3. Compartilhamento dos resultados e feedback mediados pelo professor ) 6.CRIAR 4.ANALISAR 5.AVALIAR AVALIAR 3.APLICAR 2.COMPREENDER 1.LEMBRAR 23 PASSOS: Perguntas formuladas aos estudantes podem ser utilizadas em aulas expositivas para manter a atenção: Inicie sempre uma aula expositiva com perguntas exploratórias sobre o tema, para fazer um levantamento dos conhecimentos prévios dos estudantes. Prepare um conjunto de perguntas sobre o tema abordado, que trate dos pontos mais difíceis. Vá utilizando-as ao longo da exposição. Não tenha medo do silêncio da sala. Espere pela resposta. Valorize as respostas, mesmo quando erradas. Identifique pontos positivos e destaque-os. Nas respostas incompletas, solicite que alguém ajude na formulação mais completa. Chame o estudante pelo nome e solicite diretamente uma resposta. Torne esse procedimento uma prática e não um “castigo”. Não permita reações negativas ou desqualificadoras da sala frente a respostas incorretas. Demonstre entusiasmo ao perguntar. 2.4 BINGO DESCRIÇÃO: O formato do bingo pode ser adaptado para diversas finalidades. Você pode utilizá-lo como um recurso de ampliação do conteúdo das aulas ou para a fixação de conceitos. É uma forma divertida e interativa de rever conteúdos. PASSOS: Monte as cartelas com os assuntos a serem abordados. O site http://print- 6.CRIAR 4.ANALISAR 5.AVALIAR AVALIAR 3.APLICAR 2.COMPREENDER 1.LEMBRAR http://print-bingo.com/ 24 bingo.com monta as cartelas automaticamente. Monte um conjunto de questões cujas respostas estão na cartela do bingo, colocando-as em cartões separados. Distribua as cartelas aos estudantes. Sorteie os cartões com as perguntas. Ao encontrar a resposta à pergunta, os estudantes marcam em sua cartela, se tiverem aquele item. O jogo termina quando um ou mais estudantes preencherem todos os “elementos” da cartela 2.5 JOGO DA MEMÓRIA DESCRIÇÃO Nesse jogo da memória os pares de cartões são formados por perguntas e respostas, sendo que os versos dos cartões de pergunta apresentam cor distinta dos versos dos de respostas. Essas perguntas referem-se ao tema em estudo, abordando nomenclatura, conceito, características, ou o que mais couber para o assunto. PASSOS: Desenvolver um conjunto de cerca de 20 cartões com perguntas sobre assuntos discutidos em aula e outro com as respostas a elas e distribuí- las nos cartões. As perguntas e respostas dos cartões podem também ser resultado de uma atividade em grupo que as formule. Inicialmente, define-se a ordem dos jogadores. O recomendado é a formação de grupos de quatro estudantes, no máximo. Um dos jogadores vira um cartão de pergunta e lê o conteúdo em voz alta, para os demais participantes. Em seguida, ele vira um cartão de resposta, sempre 6.CRIAR 4.ANALISAR 5.AVALIAR AVALIAR 3.APLICAR 2.COMPREENDER 1.LEMBRAR http://print-bingo.com/ 25 com o intuito de buscar a resposta correta à pergunta, no sentido de formar o maior número de pares possíveis de perguntas e respostas. Em caso de discordância entre a pergunta e a resposta, os cartões voltam ao seu lugar com o verso para cima, dando sequência ao próximo jogador. O vencedor será aquele que adquirir, no decorrer do jogo, o maior número de pares. É válido ressaltar que, ao término da partida, os pares deverão ser analisados dentre os participantes, verificando se o par formado está correto. 2.6 PASSA E REPASSE DESCRIÇÃO: Usado para trazer a competição, participação e feedback à experiência de aprendizagem como motivadores, bem como apresentar uma oportunidade para a aplicação dos conteúdos de aprendizagem. Os jogos atuam na construção do conhecimento, introduzindo propriedades do lúdico, do prazer, da capacidade de ação do estudante. Além de criar ambientes gratificantes e atraentes. PASSOS: Peça que cada estudante escreva uma pergunta sobre o conteúdo abordado e recolha. Dividir a sala em dois grupos que vão responder as perguntas, conforme elas vão sendo sorteadas, valendo pontos. Marque o tempo para que cada grupo responda. Se o grupo não sabe a resposta no tempo determinado ou erra, a questão passa para o outro grupo, que tem a oportunidade de fazer pontos em dobro. Para finalizar: 6.CRIAR 4.ANALISAR5.AVALIAR AVALIAR 3.APLICAR 2.COMPREENDER 1.LEMBRAR 26 Estabelecimento de correlações do processo e resultado do jogo: Solicitar aos jogadores que identifiquem motivos do sucesso ou fracasso. Esta forma de trabalhar o processamento pode ser facilitada pelo uso de perguntas tais como: A que se deve a vitória da equipe “X”? Que dificuldades tiveram as equipes com baixa performance? 2.7 ESTUDO DIRIGIDO DESCRIÇÃO: Fundamenta-se na atividade do aluno diante do estudo de um texto direcionado pelo professor, que exerce um papel insubstituível na condução do processo de aprendizagem. A técnica é útil para: estimular o aluno a estudar individualmente ou em grupo - mobilização para o estudo; dinamizar a aula como espaço ativo da produção de aprendizagens; exercitar a busca de fontes de consulta sob orientação direta do professor. PASSOS: Refletir sobre o título do texto. Identificar e discutir a ideia central de cada parágrafo. Reescrever parágrafos mantendo as principais ideias, nele contidas. Relacionar o texto com a prática pessoal/trabalho, etc. Apresentar conclusões no coletivo. ATENÇÃO: Cuidado na seleção do texto. O mesmo deve ser significativo e 6.CRIAR 4.ANALISAR 5.AVALIAR AVALIAR 3.APLICAR 2.COMPREENDER 1.LEMBRAR 27 trazer contribuições para o desenvolvimento dos objetivos de aprendizagem. Prepare um conjunto de questões para orientar a leitura. O ideal é que a leitura do texto pelos alunos seja realizada antes da aula valorizando o tempo para colaboração e discussão. Para leitura em sala, o texto não deve ser muito longo. A discussão sobre as questões deve tomar mais tempo do que a leitura. Lembre-se que uma boa pergunta é aquela que mobiliza uma habilidade cognitiva 2.8 PHILLIPE 66 DESCRIÇÃO: Essa estratégia é uma atividade em grupo em que são feitas análises e discussões sobre temas/problemas do contexto dos alunos. Pode também ser útil para obtenção de informação rápida sobre interesses, problemas, sugestões e perguntas. PASSOS: 1. O professor formulará a pergunta ou o tema que será discutido e convidará os alunos para que formem os grupos de seis pessoas. 2. Cada grupo nomeará um coordenador e um secretário. 3. O professor controlará o tempo de seis minutos de duração de cada seção grupal. Quando restar um minuto notificará a cada grupo para que façam o resumo da discussão. 4. O coordenador de cada equipe controlará igualmente o tempo e permitirá 6.CRIAR 4.ANALISAR 5.AVALIAR AVALIAR 3.APLICAR 2.COMPREENDER 1.LEMBRAR 28 que cada integrante manifeste seu ponto de vista durante um minuto, enquanto isso o secretário do grupo tomará nota das conclusões. 5. Ao finalizar o tempo de discussão dos grupos, o professor solicitará aos secretários a leitura das conclusões obtidas em cada equipe e fará a síntese e feedback dos resultados. 2.9 WIKI DESCRIÇÃO: Atividade colaborativa que permite a elaboração de textos, de definições e de conceitos. PASSOS: Os WIKIS podem ser montados no Ambiente EAD utilizando ferramenta específica para essa finalidade. Você pode montar um Wiki para cada grupo e solicitar aos estudantes que escrevam definições e conceitos sobre os temas abordados na disciplina. Se distribuir os conceitos entre os grupos, ao final a turma toda terá acesso a um glossário da disciplina. A ferramenta permite que um mesmo texto seja modificado pelos participantes do grupo, sem perder o histórico das modificações. 6.CRIAR 4.ANALISAR 5.AVALIAR AVALIAR 3.APLICAR 2.COMPREENDER 1.LEMBRAR 29 2.10 GRAFITE DESCRIÇÃO: O grafite é uma forma de manifestação artística presente principalmente em grandes centros urbanos e, em geral, expressa opiniões e ideias. Na sala de aula pode ser utilizada como forma de provocar discussões sobre um tema ou sintetizar de forma pouco convencional um conceito complexo. PASSOS: 1. Pedir que os estudantes tragam canetas coloridas ou giz de cera e fornecer folhas grandes de papel kraft (podem ser compradas por metro). 2. Afastar as cadeiras e criar espaços para que os estudantes possam sentar no chão e trabalhar em grupos sobre as folhas. 3. Escrever com uma caneta grossa a palavra-geradora principal sobre o tema a ser debatido. 4. Orientar os estudantes a desenhar, escrever palavras ou frases que expressem seus conhecimentos ou sentimentos em relação ao tema. 5. Ao final, pendurar os trabalhos na parede e pedir que todos circulem pela sala para examiná-los. 6. Pedir que cada grupo apresente seu trabalho, comunicando o que representa cada parte e a razão das escolhas feitas. 2.11 SNOWBALL (BOLA DE NEVE) 6.CRIAR 4.ANALISAR 5.AVALIAR AVALIAR 3.APLICAR 2.COMPREENDER 1.LEMBRAR 6.CRIAR 4.ANALISAR 5.AVALIAR AVALIAR 3.APLICAR 2.COMPREENDER 1.LEMBRAR 30 DESCRIÇÃO: Atividade colaborativa boa para que se produza a discussão e a organização de conhecimentos controversos e ambíguos. PASSOS: Professor seleciona pequenos textos e imagens referentes ao tema e distribui um conjunto deles para cada estudante. 1. Cada estudante vai ler e buscar organizar as informações que recebeu. 2. Em seguida, dois estudantes trocam suas informações. 3. Em grupos de 4, vão trocar as informações recebidas e organizar todas as informações. 4. As informações organizadas por cada grupo são compartilhadas com a sala toda. Uma boa forma de organização é solicitar que esse último grupo faça um esquema. Dê um tempo para a realização de cada etapa, para que não haja dispersão. 2.12 DEMONSTRAÇÃO DESCRIÇÃO: Desempenhar uma atividade de forma que os estudantes observem como é realizada para que, por sua vez, possam transferir a teoria para a aplicação prática. PASSOS: Estimular expectativas, alternativas, desafios e recompensas que aprimorem o desempenho dos estudantes. Encorajar os estudantes a revisarem os conteúdos teóricos abordando- os como referências nas atividades práticas. 6.CRIAR 4.ANALISAR 5.AVALIAR AVALIAR 3.APLICAR 2.COMPREENDER 1.LEMBRAR 31 Criar um ambiente cooperativo e não competitivo, para que os estudantes se sintam motivados e seguros na demonstração do seu trabalho/conhecimento. Fomentar a participação compartilhada entre os estudantes no processo de aprendizado. Fornecer feedbacks construtivos (não controladores) e informativos, mostrando ao estudante a oportunidade de melhorias e estimulando para buscar novos conhecimentos. Incentivar os estudantes a perceberem as próprias limitações e capacidades, ajudando-os no desenvolvimento da compreensão sobre o domínio das habilidades e do conteúdo. Ajudar os estudantes a articularem o que aprenderam. 2.13 MAPAMENTAL DESCRIÇÃO: Diagrama sistematizado voltado para a gestão de informações, de conhecimento, da memorização e do aprendizado. É utilizado para organizar visualmente informações de modo associativo, podendo incluir conceitos- chave de uma área de conhecimento, ideias ou tarefas. É também uma forma de organizar um brainstorming a partir de uma palavra- chave. PASSOS: Os mapas mentais são uma excelente forma de revisar conteúdos para provas, para sistematizar conhecimentos, gerar ideias ou ainda organizar trabalhos maiores. Solicite aos estudantes que tragam canetas coloridas e post-its. Mostre aos estudantes exemplos de mapas mentais. É fácil encontrá-los 6.CRIAR 4.ANALISAR 5.AVALIAR AVALIAR 3.APLICAR 2.COMPREENDER 1.LEMBRAR 32dando uma busca no Google. Os mapas mentais são estruturados utilizando uma hierarquia radial (como ramos de árvores), organizados dos aspectos mais genéricos para os mais específicos. A diferenciação e agrupamento dos temas são marcados em função da utilização de diferentes cores. Tópicos similares recebem cores similares. Existem softwares especiais para a elaboração de mapas mentais e alguns sites oferecem essa possibilidade de graça: http://mind42.com/ https://bubbl.us/ https://www.mindmeister.com/pt/ https://www.mindmup.com/ 2.14 MAPA CONCEITUAL DESCRIÇÃO; É uma representação gráfica em duas ou mais dimensões de um conjunto de conceitos construídos de tal forma que as relações entre eles sejam evidentes. “Ele é considerado como um estruturador do conhecimento, na medida em que permite mostrar como o conhecimento sobre determinado assunto está organizado na estrutura cognitiva de seu autor, que assim pode visualizar e analisar a sua profundidade e a extensão” (TAVARES, 2007). PASSOS: O professor poderá selecionar um conjunto de textos ou de dados sobre um tema propondo aos alunos identificarem os conceitos- chave. Os alunos podem ser solicitados a: 6.CRIAR 4.ANALISAR 5.AVALIAR AVALIAR 3.APLICAR 2.COMPREENDER 1.LEMBRAR http://mind42.com/ http://www.mindmeister.com/pt/ http://www.mindmup.com/ 33 Selecionar os conceitos por ordem de importância. Incluir conceitos e ideias mais especifica. Estabelecer relação entre os conceitos por meio de linhas e identificá-las com uma ou mais palavras que explicitem essa relação. Identificar conceitos e palavras que devem ter um significado ou expressam uma proposição. Buscar estabelecer relações horizontais e cruzadas e traçá-las. O mapa conceitual pode ser construído pelos alunos individualmente e depois compartilhado os resultados ou construído no quadro de forma coletiva pela turma, ambos mediados pelo professor, que, ao final do processo, deverá dar feedback a turma. 2.15 PENSE-PAREIE-COMPARTILHE DESCRIÇÃO: É uma prática de aprendizagem colaborativa, na qual os estudantes trabalham juntos para responder a uma questão. Ajuda os estudantes a pensarem sobre um determinado tópico, discuti-lo e a manter a atenção e o envolvimento na aprendizagem. Pode ser utilizado em salas com qualquer número de alunos, PASSOS: Prepare com antecedência uma ou mais questões sobre o tema a ser tratado na aula. PENSE: peça aos estudantes que pensem na resposta à pergunta, podendo fazer pequenas anotações no caderno. PAREIE: os estudantes devem discutir com o colega sentado ao lado as respostas dadas individualmente. 6.CRIAR 4.ANALISAR 5.AVALIAR AVALIAR 3.APLICAR 2.COMPREENDER 1.LEMBRAR 34 COMPARTILHE: um estudante de cada par compartilha com a sala a resposta à qual a dupla chegou. Em salas numerosas, o professor pode chamar aleatoriamente alguns estudantes para que apresentem suas respostas. As respostas dadas pela sala permitem que o professor retome conceitos e explicações. Pode ser utilizada também como ferramenta de avaliação formativa. 2.16 FÓRUM DE DISCUSSÃO DESCRIÇÃO: É um tipo de reunião em que todos os membros do grupo têm a oportunidade de participar da discussão de um tema ou problema determinado pelo docente. Pode ser utilizado após um filme, um livro, a leitura de um artigo científico, problema ou fato – histórico ou atual, notícia de jornal, visita técnica, etc. Todos os membros apresentam pontos de vista sobre o assunto abordado. PASSOS: O docente explica os objetivos do fórum, delimita o tempo total e o tempo parcial de cada participante, bem como as suas funções: Coordenador: organiza a participação, dirige o grupo e seleciona as contribuições dadas para a síntese final (recomenda-se que esse papel seja feito pelo docente dependendo do público em que essa estratégia for utilizada). Grupo de síntese: faz as anotações que irão compor o trabalho final. Público participante: cada membro do grupo se identifica ao falar e dá sua contribuição, fazendo considerações e levantando 6.CRIAR 4.ANALISAR 5.AVALIAR AVALIAR 3.APLICAR 2.COMPREENDER 1.LEMBRAR 35 questionamentos. Ao final um membro do grupo de síntese relata o resumo elaborado coletivamente e o professor, que media todo o processo, faz o fechamento e dá o feedback. 2.17 JIGSAM DESCRIÇÃO: Técnica de trabalho em grupo baseada na aprendizagem cooperativa, indicada para discussões de textos com a participação de todos de forma ativa. Os textos podem ser extraídos de uma mesma referência, de referências distintas, mas com ideias comuns ou ainda de referências distintas com ideias divergentes. Uma variação interessante para uma revisão de conteúdo é orientar a montagem de mapas mentais sobre tópicos ou autores abordados na disciplina na primeira parte da estratégia. PASSOS GRUPO DE BASE: um determinado tópico e discutido pelos alunos de cada grupo. O tópico é subdividido em tantos subtópicos quantos os membros do grupo. 6.CRIAR 4.ANALISAR 5.AVALIAR AVALIAR 3.APLICAR 2.COMPREENDER 1.LEMBRAR B A S E 36 GRUPO DE ESPECIALISTA: cada aluno estuda e discute juntamente com os membros dos outros grupos a quem foi distribuído o mesmo subtópico, formando assim um grupo de especialistas. RETORNO AOS GRUPOS DE BASE: cada aluno volta ao grupo de base e apresenta o que aprendeu sobre o seu subtópico aos colegas, de maneira que fiquem reunidos os conhecimentos indispensáveis para a compreensão do tópico em questão. Fonte: FATARELI et. al (2010) 2.18 DISCUSSÃO DE TEXTOS 6.CRIAR 4.ANALISAR 5.AVALIAR AVALIAR 3.APLICAR 2.COMPREENDER 1.LEMBRAR ESPECIALISTAS B A S E 37 DESCRIÇÃO: A leitura e discussão de artigos e textos em pequenos grupos é uma atividade tradicional do Ensino Superior. No entanto, para que seja uma ferramenta de aprendizagem eficaz deve ser bem organizada pelo docente. PASSOS: 1. Selecionar os textos para que os estudantes leiam e resumam, o que deve ser feito antes da aula. Os textos podem ser artigos de periódicos ou capítulos de livros. 2. Fornecer um roteiro de leitura, destacando as questões que devem ser focadas. 3. Apresentar antes de cada aula de discussão uma miniaula expositiva (máximo 20 min) sobre o assunto a ser discutido. 4. Solicitar que as discussões se iniciem com a apresentação dos resumos e pontos levantados pelos estudantes durante a leitura. 5. Supervisionar as discussões nos pequenos grupos, estimulando a participação de todos estudantes, desestimulando estudantes que mostrem querer dominar a discussão e verificando que a discussão não extrapole os limites do assunto principal. 6. Estabeleça um tempo limite para a discussão e para a apresentação dos pontos discutidos por cada grupo. 7. Solicitar que seja entregue uma “ata” ou resumo dos principais pontos discutidos. Rotacionar as funções de “secretário” e “coordenador” nos grupos. 8. Fazer um apanhado geral dos pontos mais importantes da discussão, permitindo que os estudantes identifiquem suas lacunas de discussão e tópicos nos quais tiveram discussão proveitosa. Essa finalização da discussão é essencial para que os estudantes não entreguem o trabalho e deixem a sala, sem refletir sobre o processo. 9. Na aula seguinte, devolver o trabalho com um feedback por escrito. 38 2.19 ENSINO COM PESQUISA DESCRIÇÃO: É a utilização dos princípios do ensino associados aos da pesquisa. Trabalha com a concepçãode conhecimento e ciência em que a dúvida e a crítica, assim como a construção coletiva do conhecimento, são elementos fundamentais. PASSOS: Desafiar o estudante como investigador – diante de uma situação a ser investigada. O aluno cumpre etapas como em uma pesquisa científica. O docente norteia os alunos durante o desenvolvimento da pesquisa que tem como etapas: Construção do projeto: delimitação do problema a ser estudado, quais os conhecimentos que embasaram a investigação (referenciais teóricos) e qual a hipótese de trabalho. Metodologia: como os dados serão coletados (ou se serão fornecidos pelo docente), definição de como analisar os dados, teste de hipóteses e análise dos dados. Resultados: interpretação e apresentação dos resultados, discussão argumentando para a explicação do problema; o que se concluiu, explicação para o problema investigado. Considerações finais Ao final, há o compartilhamento dos resultados e o professor realiza o feedback. 6.CRIAR 4.ANALISAR 5.AVALIAR AVALIAR 3.APLICAR 2.COMPREENDER 1.LEMBRAR 39 2.20 BRAINSTORMING DESCRIÇÃO: Trata-se de uma técnica criativa que não envolver noções de certo ou errado; todas as contribuições são consideradas válidas. Objetiva gerar novas ideias, deixando fluir a imaginação, espontaneamente. Pode ser realizado de forma oral ou escrita. Os participantes são livres para falar ou determina-se uma ordem de participação. Geralmente, ela auxiliar na aquisição, análise e avaliação de conhecimentos. PASSOS: 1. Abertura: o professor expõe o problema e fornece informações que ajudarão na geração das ideias, deixando claro o objetivo da aprendizagem. 2. Exposição das ideias: os estudantes devem elaborar o maior número possível de ideias sobre um tema e devem ser estimulados a incluir ideias ousadas, técnicas novas e incomuns ou ideias ampliadas a partir de comentários e sugestões já trabalhados anteriormente. O professor é um mediador do processo e, como tal deve registrar no quadro as contribuições para que possam ser observadas por todos os alunos. 3. Fechamento: Os alunos, mediados pelo professor, deverão selecionar e organizar as ideias geradas. As perguntas a seguir podem ser úteis para direcionar o debate final: O que já sabemos sobre esse tópico? O que esta lista nos diz? 6.CRIAR 4.ANALISAR 5.AVALIAR AVALIAR 3.APLICAR 2.COMPREENDER 1.LEMBRAR 40 Podemos assimilar todas essas ideias no tempo que temos para trabalhar no nosso projeto? Quais ideias desta lista devem ser nossa prioridade? Existem outras ideias nas quais não tínhamos pensado agora que discutimos a lista em detalhes? O professor deve realizar a síntese e o fechamento do debate. 2.21 JOGOS DE PAPÉIS (ROLE-LAYING GAME) DESCRIÇÃO: Docente desenvolve papéis específicos numa determinada situação e solicita que os estudantes assumam os papéis e ajam conforme o especificado. É uma atividade que visa a aprendizagem e o desenvolvimento por meio das vivências de situações recriadas, problematizadas e repensadas. São situações nas quais o estudante tem oportunidade de assumir diferentes papéis profissionais ou de clientes, por exemplo, num contexto controlado e seguro, além de poder compreender as posições e sentimentos dos demais envolvidos na situação PASSOS: Docente deve desenvolver uma situação na qual os estudantes possam atuar representando uma situação semelhante às que encontrará na vida profissional, permitindo trabalhar especialmente a postura profissional e respostas adequadas à situações de conflito. Para isso, monta cartões descrevendo o papel que cada estudante deverá desempenhar. Um ou mais participantes adotam um papel específico e procuram comportar-se da forma característica de uma pessoa naquele papel. Existem muitos jogos de papéis já desenvolvidos, especialmente nas áreas de Administração, Relações Internacionais, Pedagogia ou Medicina. 6.CRIAR 4.ANALISAR 5.AVALIAR AVALIAR 3.APLICAR 2.COMPREENDER 1.LEMBRAR 41 Pode-se também solicitar que os estudantes desenvolvam a descrição dos papéis. Apresentar a situação e as regras de funcionamento do jogo. Distribuir os papéis. Grupos interpretam a situação pedida. Para finalizar, fazer um resgate das situações vivenciadas, junto com cada “personagem” envolvido: como foi estar em cada um dos papéis experimentados, quais os sentimentos provocados, quais foram os aspectos mais fáceis e os mais difíceis etc. Se houver observadores, é essencial ouvi-los também. Importante relacionar o que foi experimentado no jogo com o conteúdo da disciplina. Uma boa alternativa é pedir que os protagonistas troquem de papel em um momento em que a encenação estiver particularmente aquecida. Em momentos tensos, pode- se também interromper a encenação e pedir que os participantes exteriorizem o que estão pensando. 2.22 VISITA TÉCNICA DESCRIÇÃO: Estratégia usada para levar os estudantes a visitar locais que são fonte de conhecimentos de conteúdos relativos aos temas desenvolvidos na disciplina. Tem como objetivo fornecer aos estudantes uma visão de aspectos operacionais, instalações, funcionamento geral e serviços. Visa comprovar na prática o que foi visto na teoria. A visita técnica representa uma forma de aula “sem paredes”. No entanto, para ser efetiva, necessita de preparação, roteiro de observação, registro e fechamento e relatório posterior. 6.CRIAR 4.ANALISAR 5.AVALIAR AVALIAR 3.APLICAR 2.COMPREENDER 1.LEMBRAR 42 PASSOS: Toda visita técnica deve ter seus objetivos completamente alinhados com o conteúdo da disciplina. Para que produza resultados satisfatórios e não seja apenas um passeio, o docente deve preparar um roteiro de observação ou de questões que direcionem a atenção do estudante àqueles aspectos importantes para a aprendizagem. A elaboração de um relatório posterior à visita é um elemento essencial para que o estudante reflita sobre o que observou e possa relacioná- los aos conteúdos previstos e aos objetivos da visita. É necessário que o docente prepare um roteiro para a elaboração desse relatório também. 2.23. INFOGRÁFICOS DESCRIÇÃO: Infográficos são elementos gráfico-visuais, pequenos textos e dados numéricos utilizados para apresentar, de forma sintética, informações relevantes sobre um tema. Bastante utilizada hoje tanto na mídia impressa quanto na digital. PASSOS: A ferramenta proporciona um exercício de síntese e de apresentação de dados relevantes sobre um tema, levando os estudantes a selecionarem o que é mais importante e organizarem as informações obtidas. Pode ser realizado individualmente ou em grupos. Alguns sites trazem templates que facilitam a montagem 6.CRIAR 4.ANALISAR 5.AVALIAR AVALIAR 3.APLICAR 2.COMPREENDER 1.LEMBRAR 43 https://piktochart.com https://venngage.com https://infogr.am https://www.easel.ly/ 2.24 JOGOS TECNOLÓGICOS DESCRIÇÃO: O uso de recursos tecnológicos deve ser resultado de uma boa análise prévia dos mesmos, que devem sempre estar atrelados aos objetivos da disciplina. Algumas áreas têm jogos tecnológicos bastante interessantes, que valem a pena ser pesquisados. PASSOS: Selecionar cuidadosamente o jogo a ser indicado, experimentando todos as suas possibilidades ou fases. Ao indicar o jogo o docente deve deixar claro quais objetivos de aprendizagem quer atingir com ele. Depois que o estudante conclui o jogo recomendado, discutir em sala como foi a sua utilização e quais os ganhos de aprendizagem 2.25 BLOG 6.CRIAR4.ANALISAR 5.AVALIAR AVALIAR 3.APLICAR 2.COMPREENDER 1.LEMBRAR 6.CRIAR 4.ANALISAR 5.AVALIAR AVALIAR 3.APLICAR 2.COMPREENDER 1.LEMBRAR http://www.easel.ly/ 44 DESCRIÇÃO: Os blogs são uma alternativa para comunicação na educação e um excelente meio para oferecer uma formação descentralizada. Ao montá-los, permitem que o estudante não apenas organize os conhecimentos sobre determinado assunto, como dê a sua opinião, interaja com os colegas e receba mensagens de usuários da internet, no caso de blogs abertos. PASSOS: O blog pode ser utilizado de muitas maneiras. Por exemplo, pelo docente para trabalhar um tema com os estudantes ou, ainda, ser desenvolvido pelos estudantes sobre um tema determinado. Pode-se criar uma conta em um Blog (preferencialmente gratuito) ou mesmo utilizar a ferramenta “blog” do Ambiente EAD. Para promover a interação entre os estudantes, o docente pode determinar que seja comentado um número mínimo de posts. Para saber mais: http://www.slideshare.net/abruzaca/uso-do-blog-na- educao-1928973 http://www.ead.sp.senac.br/newsletter/agosto05/destaque /destaque.htm http://www.ufpe.br/nehte/simposio/anais/Anais-Hipertexto- 2010/Veronica-Danieli- Araujo.pdf http://www.usp.br/nce/aeducomunicacao/ http://www.revistas.usp.br/comueduc/article/view/44893 http://www.cefetsp.br/edu/sertaozinho/revista/volumes_anteri ores/volume1numero 5/ARTIGOS/volume1numero5artigo4.pdf http://www.slideshare.net/abruzaca/uso-do-blog-na-educao-1928973 http://www.slideshare.net/abruzaca/uso-do-blog-na-educao-1928973 http://www.ead.sp.senac.br/newsletter/agosto05/destaque/destaque.htm http://www.ead.sp.senac.br/newsletter/agosto05/destaque/destaque.htm http://www.ufpe.br/nehte/simposio/anais/Anais-Hipertexto-2010/Veronica-Danieli- http://www.ufpe.br/nehte/simposio/anais/Anais-Hipertexto-2010/Veronica-Danieli- http://www.usp.br/nce/aeducomunicacao/ http://www.revistas.usp.br/comueduc/article/view/44893 http://www.cefetsp.br/edu/sertaozinho/revista/volumes_anteriores/volume1numero http://www.cefetsp.br/edu/sertaozinho/revista/volumes_anteriores/volume1numero 45 2.26 SITUAÇÃO PROBLEMA DESCRIÇÃO A Aprendizagem Baseada em Problemas (Problem-based Learning ou PBL) é uma metodologia completa, que organiza o currículo e que merece uma capacitação própria, mas isso não impede a utilização de problemas em salas de aula. É uma proposta para o desenvolvimento dos estudos sobre um tema específico. O objetivo de um problema é suscitar uma discussão produtiva entre os estudantes que permita o aprofundamento de seus conhecimentos sobre o tema gerador do problema. Um bom problema deve ser simples, objetivo e motivador PASSOS: Independentemente do método utilizado para resolver o problema, o docente deve reservar um tempo de aula para que os estudantes tirem dúvidas sobre as maneiras de resolvê-lo: Os problemas devem empregar a maior diversidade possível de situações e de ações do mundo real. Lembre que as situações da realidade envolvem problemas complexos e mal definidos que não têm resposta simples e podem até ter mais que uma resposta possível. As situações educacionais devem envolver os estudantes na resolução de problemas semelhantes aos que se encontram no mundo real, utilizando ferramentas reais da disciplina. O docente é um orientador, não necessariamente o especialista em resolução de problemas. 1. Apresentar ao estudante um determinado problema, mobilizando-o para a busca da solução. 6.CRIAR 4.ANALISAR 5.AVALIAR AVALIAR 3.APLICAR 2.COMPREENDER 1.LEMBRAR 46 2. Orientar os estudantes no levantamento de hipóteses e na análise de dados. 3. Problematizar e propor soluções. 4. Comparar as análises e soluções propostas pelos diferentes grupos. 5. Professor sintetiza os resultados obtidos e verifica a existência de leis e princípios que possam se tornar norteadores de situações similares. 2.27 DESIGN THINKING Design thinking é o nome de uma metodologia que tem como intuito a identificação e solução de problemas por meio de um pensamento visual. Ocorre por meio de um conjunto de estratégias que são combinadas para identificação de fragilidades e melhorias de processos ouvindo pessoas e inspirado na coletividade, e por isso muito utilizada no âmbito escolar. Uma possibilidade de trabalho que ocorre de maneira simples e muito eficaz na promoção da inovação e da criatividade DESCRIÇÃO: É uma abordagem estruturada para gerar e aprimorar ideias, centrada no ser humano, na criatividade, na colaboração e na experimentação. Pode ser utilizado para abordar diferentes tipos de desafios: desenvolvimento de projetos, criação de soluções, melhorias de processo, etc. 6.CRIAR 4.ANALISAR 5.AVALIAR AVALIAR 3.APLICAR 2.COMPREENDER 1.LEMBRAR 47 PASSOS:: Baixe o Guia “Design Thinking para educadores” do link. https://designthinkingforeducators.com/DT_Livro_COMPLETO_001a090.pdf 2.28 TEAM BASED LEARNING (TBL) A aprendizagem baseada em equipes, ou teambasedlearning (TBL), é uma metodologia criada na década de 1970 baseada na formação de times de trabalho. Por ela, os estudantes são reunidos em grupos com o intuito de realizar as atividades propostas. Para que a atividade seja realizada o professor estabelece quais serão os membros que farão parte do grupo não cabendo aos estudantes esta decisão. Esta metodologia envolve o gerenciamento de equipes, realização de tarefas 6.CRIAR 4.ANALISAR 5.AVALIAR AVALIAR 3.APLICAR 2.COMPREENDER 1.LEMBRAR 48 de preparação e aplicação conceitual, feedback e avaliação entre os colegas. DESCRIÇÃO: A TBL (Aprendizagem Baseada em Equipe) e uma metodologia que permite obter os benefícios do trabalho em pequenos grupos de aprendizagem para todos os níveis cognitivos. Os alunos são levados ao estudo prévio, extra classe, e em sala de aula trabalham em grupo a aprendizagem inicial de níveis cognitivos mais simples e em seguida avançam para uma aprendizagem mais complexa. PASSOS: FASE 1: PREPARAÇÃO Professor: Seleciona o material para estudo. Estabelece os objetivos e orienta sobre o material a ser estudado. Estudantes: estudam individualmente o material extra classe. 49 FASE 2: GARANTIA DE APRENDIZAGEM Aplicação de um teste individual: marcação da alternativa correta de cada questão. Aplicação do mesmo teste em grupo: marcação da alternativa correta a partir de discussão em grupo. Discussão das questões e feedback do professor. FASE 3: APLICAÇÃO Aplicação prática do conteúdo das fases 1 e 2 em grupo: proposição de atividades de aprendizagem de nível cognitivo mais avançado, tais como: estudo de caso, situação problema, etc. Avaliação em pares. Discussão com a turma e feedback do professor. 2.29 TREINO DE HABILIDADES DESCRIÇÃO: É um tipo de simulação adequada para a aprendizagem de procedimentos técnicos PASSOS; ETAPA 1: DEMONSTRAÇÃO O professor apresenta a habilidade que será aprendida. O professor demonstra o passo a passo para realizar a habilidade. Recursos possíveis para a demonstração: ao vivo, vídeo, esquema, etc. 6.CRIAR 4.ANALISAR 5.AVALIAR AVALIAR 3.APLICAR 2.COMPREENDER 1.LEMBRAR 50 ETAPA 2: EXPLANAÇÃO Os estudantes praticam a habilidade por meio de um checklist (passo a passo da habilidade) ou guidelines (passo a passo da habilidade com explicação teórica de cada passo). O professor é facilitador e fornece feedback para a execução adequada. ETAPA 3: PRÁTICAEXAUSTIVA SOB SUPERVISÃO Os estudantes praticam a habilidade exaustivamente sob a supervisão do docente. O professor fornece feedback final para proporcionar uma prática da habilidade autônoma. 2.30 CENÁRIO SEGUIDO DE DEBRIEFING DESCRIÇÃO: É um tipo de simulação adequada para a aprendizagem de tomada de decisões no contexto profissional simulado. O(s) aluno(s) é/são submetido(s) a uma cena profissional de forma inusitada composta por situações em que será necessária a mobilização de diferentes habilidades e atitudes sem uma instrução prévia PASSOS: ETAPA 1: BRIEFING (PREPARAÇÃO) Explicação do Cenário aos alunos. Eleição do(s) participante(s):(1) alunos atores, (2) alunos que serão submetidos ao cenário sem instrução e (3) alunos que 6.CRIAR 4.ANALISAR 5.AVALIAR AVALIAR 3.APLICAR 2.COMPREENDER 1.LEMBRAR 51 observam a cena. Apresentação sobre considerações para a participação. Apresentação do que deverá ser observado no debriefing. ETAPA 2: CENÁRIO (EXPERIÊNCIA) O(s) estudante(s) enfrenta(m) a situação de realismo em um cenário com um ou mais atores. Esta fase é a base da aprendizagem baseada em experiência, sobre a qual o(s) aluno(s) terá(ão) que tomar suas próprias decisões sem qualquer instrução ou intervenção do professor. A cena não deve ser interrompida até a sua finalização. ETAPA 3: DEBRIEFING (REFLEXÃO) A intenção desta etapa é que se faça uma reconstrução do cenário que ocorreu por parte dos participantes, que devem identificar e analisar fortalezas e debilidades da experiência. Não deve durar mais que 30 minutos. Deve ser dividido nas seguintes etapas: descrição, análise e síntese, é conduzido pelo docente por meio de perguntas norteadoras. 2.31 APRESENTAÇÃO ORAL DESCRIÇÃO: A dinâmica pode ser desenvolvida de forma individual ou em grupo para apresentar a síntese dos estudos de um determinado assunto para os demais estudantes da sala e docente. Exposição do tema, apresentando os aspectos relevantes como: definição, características, abrangência, relevância entre outros. 6.CRIAR 4.ANALISAR 5.AVALIAR AVALIAR 3.APLICAR 2.COMPREENDER 1.LEMBRAR 52 A apresentação oral ou seminário, pode, ou não, se utilizar de recursos audiovisuais. PASSOS: A apresentação oral de conteúdos estudados é uma estratégia de ensino bastante comum no Ensino Superior, também conhecida pelo nome de seminário. No entanto, ela deve ser um momento de aprendizagem não apenas para o grupo que está apresentando, mas também para o restante da sala. Para que isso ocorra, o professor deve: Orientar detalhadamente os grupos para que produzam trabalhos dentro do tema, abordando-o sob a perspectiva esperada. Verificar a apresentação ANTES que ela aconteça para toda a sala. Para que a turma fique atenta às apresentações dos colegas, solicitar à sala que preencha uma avaliação de cada trabalho apresentado. Usar rubricas para isso. Também para manter o envolvimento dos estudantes, pedir que cada um escreva uma pergunta para cada grupo e ao final das apresentações abrir a discussão para que as perguntas sejam respondidas pelos grupos e debatidas em sala. 2.32 VERBALIZAÇÃO E OBSERVAÇÃO DESCRIÇÃO: Esta técnica, chamada Grupo de Verbalização e Grupo de Observação (GV – GO), é muito utilizada para discussão com grande número de participantes. PASSOS: O grupo é dividindo em dois subgrupos que formam dois círculos. O 6.CRIAR 4.ANALISAR 5.AVALIAR AVALIAR 3.APLICAR 2.COMPREENDER 1.LEMBRAR 53 círculo de dentro é o Grupo de Verbalização e o externo é o Grupo de Observação. Ambos ficam posicionados para o centro da sala. Ao Grupo de Verbalização (GV) é atribuída uma tarefa como, por exemplo, discutir um artigo, responder uma questão, opinar sobre um caso ou solucionar um problema. Para conduzir a discussão o Grupo de Verbalização (GV) elege um coordenador e um redator para anotar as conclusões do grupo. O Grupo de Observação (GO) acompanha a discussão sem fazer nenhum comentário. Apenas registra ideias esquecidas pelo GV, anota dúvidas ou outros pontos. Quando o GV esgotar a discussão, ele troca de posição com o GO. O novo Grupo de Verbalização poderá dar continuidade à discussão com os registros que fez, ou discutir outro tópico do artigo, responder outra questão, outro caso ou problema. Ao final, os dois relatores apresentam as sínteses e o professor as completa. Dois cuidados: A proposta de trabalho deve ser motivadora para quem a discute. O GO não pode fazer intervenções e deve se manter silencioso. 2.33 ENTREVISTA COM ESPECIALISTA 6.CRIAR 4.ANALISAR 5.AVALIAR AVALIAR 3.APLICAR 2.COMPREENDER 1.LEMBRAR 54 DESCRIÇÃO: A entrevista com especialista pode ser uma ótima oportunidade para que os estudantes tenham contato com a perspectiva e a experiência de um profissional da área na qual estão se formando. O entrevistado pode ser um especialista de fora da instituição, do próprio corpo docente ou um aluno que domine um tema de interesse ou realizou uma experiência relevante para a disciplina. PASSOS: Ao decidir realizar uma entrevista, o professor deve orientar a classe com antecedência para que elabore as perguntas que deseja fazer ao convidado e designar quem será o entrevistador. Este deverá ser cordial, ter facilidade de expressão, segurança e algum conhecimento sobre o tema. No dia da entrevista, diante da classe o entrevistador apresentará o convidado e fará as perguntas previamente escolhidas. Ao final, o próprio entrevistado poderá fazer uma síntese das suas respostas e abrir a participação para que novas perguntas sejam feitas. 2.34 SALA DE AULA INVERTIDA DESCRIÇÃO: A sala de aula invertida é um formato que vem ganhando força nos últimos tempos, pois coloca o estudante numa posição ativa frente a sua própria aprendizagem. O professor deixa de ser o detentor de todo o conhecimento para ser aquele que orienta e guia o estudante pelo 6.CRIAR 4.ANALISAR 5.AVALIAR AVALIAR 3.APLICAR 2.COMPREENDER 1.LEMBRAR 55 processo de aprendizagem. O estudante deve se preparar para a aula estudando em casa o conteúdo indicado pelo docente, utilizando-se principalmente de ferramentas de Educação a Distância. PASSOS: Para que a sala de aula invertida aconteça, é preciso que o docente organize as atividades que serão desenvolvidas em casa de modo a preparar o estudante a participar da aula já com o conteúdo assimilado, aproveitando o tempo na Universidade para tirar dúvidas e trabalhar em grupo. O professor precisa preparar uma trilha de aprendizagem motivadora que o estudante deve realizar em casa e desenvolver em sala exercícios e atividades que promovam o engajamento. O uso do Ambiente EAD para as atividades em casa facilita o trabalho de organização das tarefas, já que é possível postar ali vídeo aulas, indicação de links de pesquisa, slides, textos etc. O planejamento tanto das atividades que serão realizadas fora da sala de aula quanto aquelas realizadas no horário da aula devem ser feito com extremo cuidado, uma vez que nossos estudantes vêm, em geral, de uma formação mais passiva e esperam que o professor “dê” aula, ou seja, explique o conteúdo. Os dois conjuntos de atividades devem estar muito alinhados. 3. APRENDIZAGEM BASEADA EM PROJETOS: A CHAVE PARA UMA EDUCAÇÃO EFICIENTE A aprendizagem baseada em projetos possui uma metodologia na qual os estudantes iniciam suas atividades partindo de um problema ou uma questão desafiadora. Para buscar a solução da questão inicial, os estudantes integram várias áreasdos conhecimentos de forma articulada e interdisciplinar. A solução desta questão deve ser apresentada em forma de um produto ou artefato final. 56 PUBLICAÇÃO 16 DE NOVEMBRO DE 2017 Em uma manhã fria de junho, em uma escola como qualquer outra, a professora escrevia fórmulas matemáticas no quadro. Na lousa se desenhava o triângulo-retângulo, com seu ângulo de 90 graus. Escrevia- se sobre um par de catetos para cada hipotenusa e sobre o teorema que Pitágoras usara, vinte séculos atrás, para calcular seus lados. A turma, concentrada, escrevia freneticamente acompanhando o ritmo da professora. Até que, no fundo da sala, um aluno levanta a mão convicto e pergunta: “Prof. quando eu vou usar isso na minha vida?”. A pergunta incômoda, com certeza, todo professor de ciências exatas e biológicas já ouviu. O ensino, se deslocado da vida cotidiana, acaba por ser uma sequência de informações decoradas para uma prova e esquecidas logo depois. Mas precisa mesmo ser assim? 57 Para a consultora em educação Denise Rives, chegou a hora de pensar o ensino do amanhã. “Não podemos mais preparar alunos para o mundo globalizado com métodos de ensino tradicionais”, explica a americana. Rives – que possui 38 anos de experiência em educação pública – é uma entusiasta das metodologias ativas. “A educação baseada em projetos é o futuro da educação”, afirma. Projetos que ensinam Denise não está sozinha nesta opinião. O método no qual aposta a autora ganha espaço nas salas de aula ao redor do globo. Hoje, a Aprendizagem Baseada em Projetos (ABP) é considerada por especialistas como uma das práticas de ensino mais eficazes do século 21. Criada pelo especialista em ensino ativo Willian N. Bender, a técnica coloca problemas pertencentes à realidade do aluno como base do seu engajamento em sala de aula. Por lidar com problemas e soluções reais, que geram impacto na sua comunidade, estudantes se debruçam sobre o problema munidos do conhecimento que recebem na classe. 4. ESTRATÉGIAS DE AVALIAÇÃO Avaliação é, com frequência, vista de forma negativa por professores e alunos. Para os primeiros porque significa um momento de muito trabalho e muitas inquietações. Que professor nunca se perguntou se aquele instrumento utilizado de fato avalia o que o estudante aprendeu? Ou, ao chegar ao final da correção de uma pilha de provas, se indagou em relação à justiça e precisão das correções? Será que o cansaço influenciou a correção? Ou as respostas da turma foram fazendo com que os critérios se alterassem? Para os estudantes, avaliações podem ser momentos de muita tensão, de “brancos” nas provas, de tremedeira durante uma apresentação, de futuros pendurados por um fio. Um instrumento sancionador e 58 classificador. No entanto, com objetivos de aprendizagem claros, compartilhados entre professores e alunos e alinhados com as competências a serem desenvolvidas, a avaliação é parte indissociável do processo de ensino- aprendizagem. Como aponta Sanmartí (2009, P. 17), a avaliação se torna motor da aprendizagem. As avaliações podem ser de três tipos: Diagnóstica Utilizada para que o docente verifique os conhecimentos prévios dos estudantes e a partir daí possa elaborar seus objetivos de aprendizagem. Formativa ou reguladora Avaliação do desempenho do aluno como suporte decisório na melhoria do processo de aprendizagem. Tem função regulatória devendo ser aplicada ao longo do processo de ensino, permitindo ao professor detectar erros e dificuldades dos estudantes e, por conseguinte, a revisão didática e a correção dos rumos da disciplina. Somativa ou classificatória Instrumentos e práticas voltados à seleção, medida, classificação e orientação dos alunos, realizada ao final de um processo ou unidade para verificar os resultados obtidos. Avaliação é um processo que deve permitir ao: Obter informações sobre o andamento da aprendizagem dos estudantes de modo a orientar decisões sobre metodologias, procedimentos e o uso de tem de aula. A compreensão sobre sua aprendizagem, de modo que possa verificar se os objetivos estão sendo atingidos e tomar medidas para eventuais correções de estratégias de estudo. 59 A seguir são apresentadas algumas estratégias úteis para avaliação formativa. Note, no entanto, que várias estratégias de ensino- aprendizagem também podem ser utilizadas como ferramentas de avaliação, seja ela diagnóstica, somativa ou formativa. 4.1 MINUTE PAPER DESCRIÇÃO: Técnica para verificar rapidamente a compreensão dos alunos acerca de algum tópico específico. O professor faz uma pergunta e os alunos têm um minuto para escreverem suas respostas. Desta forma, em um minuto é possível ter o feedback de alunos. PASSOS: Nos últimos minutos de aula é solicitado que os alunos façam algumas notas sobre a aula. O professor monta um roteiro com alguns questionamentos que servirão como guia para o aluno. Por exemplo, os estudantes escreverão tópicos significantes relacionados com o que aprenderam na aula recém encerrada e qual(is) conceito(s) ainda não foram assimilados plenamente. Após responder estes questionamentos, os alunos entregam as anotações para o professor. A partir da análise das anotações feitas, o professor poderá elaborar a próxima aula com base naquilo que os alunos escreveram. Dependendo do nível de compreensão dos alunos, é possível começar a próxima aula tirando dúvidas, retomando conceitos ou apresentando situações- problema relacionadas ao assunto. Além disso, é possível saber o quão fundo no conteúdo o professor pode ir, ou seja, se a turma tiver o grau de compreensão dos conceitos altos, novos tópicos podem ser acrescentados ao planejamento e novas questões podem ser debatidas. 60 4.2 AUTOAVALIAÇÃO DESCRIÇÃO: Prepara o aluno para refletir sobre os resultados de suas próprias ações; refletir sobre o que aprendeu; avaliar como tal aprendizado o preparou para realizar as tarefas esperadas; perceber suas necessidades individuais de aprendizagem; elaborar um plano coerente para lidar com suas dificuldades; comparar os novos resultados com os anteriores e revisar e atualizar seu plano de aprendizado. PASSOS: O aluno precisa ser orientado sobre os objetivos de aprendizagem que estão sendo desenvolvidas com a atividade solicitada. O professor fornece uma rubrica ou chave de resposta que permite ao aluno se auto avaliar e verificar se atingiu os objetivos de aprendizagem pretendidos, bem como as razões para o resultado obtido. 4.3 AVALIAÇÃO EM PARES DESCRIÇÃO: Enfatiza a aprendizagem colaborativa, ao permitir que os estudantes se avaliem mutuamente. É um arranjo onde os estudantes consideram a quantidade, o nível, o valor, a qualidade ou o sucesso dos resultados de aprendizagem de seus pares. PASSOS: Professor passa uma atividade aos alunos para realizarem individualmente. Alunos juntam-se em pares e a partir de rubrica, fornecida pelo professor, um aluno corrige a atividade do outro. Após correção, alunos discutem e devem chegar a um consenso de resposta, apresentando os resultados 61 4.4 DEBRIEFING DESCRIÇÃO: É uma avaliação conduzida após um projeto ou uma atividade importante que possibilita aos alunos compreenderem a evolução do processo e aprender com esta experiência. O objetivo do debriefing é aprender com a experiência e, consequente- mente, melhorar o planejamento e a execução das próximas ações. É também promover a aprendizagem compartilhada. PASSOS: É dividida em 3 fases: Descritiva: como foi a atividade realizada, como os alunos se viram durante a atividade.
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