Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 Sumário >> BOAS-VINDAS! ................................................................................................................. 8 1. MODELO ESTRATÉGICO ............................................................................................. 9 1.1 INSTRUMENTOS FORMAIS ............................................................................... 10 1.2 SISTEMA INTEGRADO DE GESTÃO ............................................................... 12 1.3 DESENVOLVIMENTO DE COMPETÊNCIAS ..................................................... 13 1.4 CARREIRA E REMUNERAÇÃO ........................................................................ 14 1.5 GESTÃO DE CARREIRA E REMUNERAÇÃO ............................................... 14 1.6 PLANO DE SUCESSÃO .......................................................................................... 15 1.7 COMPORTAMENTO E RELACIONAMENTO ....................................................... 16 1.8 COMUNICAÇÃO E GESTÃO DE CONFLITO ................................................. 17 1.9 LIDERANÇA EFICAZ ........................................................................................... 17 1.10 INICIATIVAS MOTIVACIONAIS ......................................................................... 18 2 CONTRATAÇÃO DE PESSOAL ..................................................................................... 19 2.1 - Funcionário ou Servidor? ........................................................................................ 19 2.2 - Agente Público .......................................................................................................... 19 2.3 - Agente Político .......................................................................................................... 20 2.4 – Funcionário no Código Penal ............................................................................... 20 2.5 – Espécies de servidor (regimes) ............................................................................. 20 2.6 – PROVIMENTO ......................................................................................................... 21 2.7 - RETRIBUIÇÃO PECUNIÁRIA ............................................................................... 21 2.8 – SERVIDORES DE CARREIRA (efetivos) ............................................................ 22 2.9 - CARGO EM COMISSÃO E FUNÇÃO DE CONFIANÇA .................................. 22 2.10 – EXONERAÇÃO E DEMISSÃO ............................................................................ 23 3 TEMPORÁRIOS ................................................................................................................. 23 3.1 CONTRATAÇÃO TEMPORÁRIA DE PESSOAL ................................................. 23 3.2 REGULAMENTOS ...................................................................................................... 23 3.3 SELEÇÃO DE PESSOAL .......................................................................................... 23 3.4 Regime Contratual ..................................................................................................... 24 3.5 Necessidade de contratação é requisito básico ................................................... 24 3.6 Algumas hipóteses de contratação temporária ..................................................... 24 4 CARGOS COMISSIONADOS .......................................................................................... 24 4.2 FUNDAMENTAÇÃO .................................................................................................. 26 4.3 PROPORÇÃO ............................................................................................................. 27 4.4. TIPOS .......................................................................................................................... 27 4.5 DIREÇÃO ..................................................................................................................... 28 4.5.1 Chefia ................................................................................................................... 28 4.5.2 Assessoramento ................................................................................................ 28 4.6 DESVIOS ...................................................................................................................... 29 4.6.1 Desvio de finalidade ............................................................................................ 29 4.6.2 Desvio de função ................................................................................................. 29 2 4.7 CARACTERÍSITCAS PRÓPRIAS DOS CCs ........................................................ 29 4.7.1 Décimo Terceiro e Férias ............................................................................... 31 4.7.2 Horas Extras ....................................................................................................... 31 4.7.3 Regime Previdenciário ..................................................................................... 31 4.7.4 Responsabilizações .......................................................................................... 32 4.7.5 Ilícitos eleitorais (Lei 9.504/97): ......................................................................... 32 4.7.6 Improbidade administrativa (Lei 8.429/92): ..................................................... 32 4.7.7 Infração Disciplinar (Estatutos Funcionais): .................................................... 32 4.7.8 Crime eleitoral (Leis: 4.737/65, 6.091/74 e 9.504/97 - Lei Complementar 64/90) ............................................................................................................................... 33 5 AS FUNÇÕES DE CONFIANÇA (FGS) ........................................................................ 33 6 ESTAGIÁRIOS ................................................................................................................... 34 6.1 FUNDAMENTAÇÃO LEGAL ....................................................................................... 34 6.2 LIMITES NO NÚMERO DE ESTAGIÁRIOS: .......................................................... 35 6.2.1 Estagiários nos Órgãos Públicos ...................................................................... 35 6.2.1.1 Seleção de Estagiários .................................................................................... 36 6.2.1.2 Registro contábil dos gastos com estagiário ............................................... 36 6.3 REGRAS ANTI-NEPOTISMO AOS ESTAGIÁRIOS ............................................. 37 6.3.1. Limites nas nomeações e designações: ......................................................... 37 6.4 FICHA LIMPA MUNICIPAL ...................................................................................... 43 6.5 FORNECEDOR LOCAL ........................................................................................... 44 6.5.1 Negociar com parentes de gestores municipais ............................................. 44 7 REMUNERAÇÃO MÁXIMA LOCAL (TETO) ................................................................ 45 7.1 LIMITES NA ACUMULAÇÃO DE CARGOS, EMPREGOS E FUNÇÕES ........ 45 8 REGRAMENTO SOBRE DESPESAS GERAIS COM PESSOAL ............................. 49 8.1 - DIÁRIAS ..................................................................................................................... 49 8.2 PASSAGENS ............................................................................................................... 51 9 CONCURSOS PÚBLICOS .......................................................................................... 52 9.1 MOTIVAÇÕES ............................................................................................................. 52 9.2 FUNDAMENTAÇÃO ...................................................................................................52 10 PLANEJAMENTO OBRIGATÓRIO............................................................................ 53 10.1 - NECESSIDADES ................................................................................................... 54 10.2 – POSSIBILIDADES ................................................................................................ 54 10.3 – EXISTÊNCIA DE VAGAS ................................................................................... 55 10.4 PREVISÃO ORÇAMENTÁRIA ............................................................................ 55 3 10.5 LIMITES DE GASTOS COM PESSOAL ............................................................. 56 10.6 REGULAMENTAÇÃO LOCAL ............................................................................. 56 11 PRINCIPAIS IRREGULARIDADES: COMO EVITÁ-LAS? ...................................... 56 11.1 PREPARAÇÃO DO EDITAL ................................................................................... 57 11.1.1 - Regras Específicas Locais: ................................................................................. 57 11.2 – PROFISSÕES REGULAMENTADAS........................................................................ 58 11.3 VETORES SALARIAIS ............................................................................................ 59 11.4 TÍTULOS ...................................................................................................................... 60 11.5 RESTRIÇÕES ........................................................................................................... 61 11.6 COTAS ...................................................................................................................... 62 11.7 PERÍODO ELEITORAL ............................................................................................. 63 11.7.1 Banca Examinadora ............................................................................................. 64 11.7.2 Pontos Mais Polêmicos ......................................................................................... 64 11.8 TERCEIRIZAÇÃO DO CONCURSO ..................................................................... 73 11.9 POSSE DOS APROVADOS ................................................................................... 74 11.10 PROCESSO CONTRATAÇÃO ENVIADO AO TRIBUNAL DE CONTAS ... 75 11.11 PLANO DE CARREIRA ............................................................................................. 76 11.11.1 – Fundamentação sobre Plano de Carreira ...................................................... 78 11.12 – MOTIVAÇÕES E RAZÕES ................................................................................ 79 11.13 – OS AVANÇOS NA CARREIRA ......................................................................... 80 11.14 – PROGRESSÃO E PROMOÇÕES .................................................................... 81 11.15 – A VALORAÇÃO DOS TÍTULOS DE CONHECIMENTO ............................... 81 12 REMUNERAÇÃO ...................................................................................................... 83 12.1 Natureza do cargo: ................................................................................................... 83 12.2 Responsabilidades do cargo: ............................................................................. 83 12.3 Complexidade do cargo: .......................................................................................... 84 12.4 Peculiaridades do Cargo: ........................................................................................ 84 13. A REMUNERAÇÃO DOS SERVIDORES PÚBLICOS ............................................. 85 13.1 DISCIPLINA CONSTITUCIONAL ........................................................................... 85 13.2 SISTEMAS REMUNERATÓRIOS .......................................................................... 86 13.3 NATUREZA JURÍDICA DA REMUNERAÇÃO ..................................................... 86 14 AS LICENÇAS DOS AGENTES PÚBLICOS MUNICIPAIS ..................................... 97 15 O ESTÁGIO PROBATÓRIO ........................................................................................ 107 15.1 FUNDAMENTAÇÃO E CONCEITO ................................................................... 107 15.2 AGENTES PÚBLICOS ............................................................................................. 108 15.2.1 Agentes Políticos .......................................................................................... 109 15.2.2 Particulares em colaboração com a Administração ........................... 109 15.2.3- Servidores Públicos .................................................................................... 109 15.3 REGIME JURÍDICO DOS SERVIDORES PÚBLICOS .................................... 110 15.3. 1 - Regime Estatutário ........................................................................................ 110 15.3.2 Regime Trabalhista ....................................................................................... 110 4 15,3.3 Regime Especial ............................................................................................ 111 15.4 QUADRO FUNCIONAL ........................................................................................... 111 15.4.1 Cargos Públicos ............................................................................................ 111 15.4.2 Empregos públicos ....................................................................................... 111 15.4.3 Função pública ............................................................................................... 111 15.5 CLASSIFICAÇÃO DOS CARGOS PÚBLICOS ................................................ 112 15.5.1 Em relação ao quadro funcional ............................................................. 112 15.5.1.1 Cargos de Carreira ..................................................................................... 112 15.5.1.2 Cargos Isolados ......................................................................................... 112 15.5.2 Em relação às garantias e características dos cargos ....................... 112 16. AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO ............................................................................. 120 16. 1 REGULAMENTAÇÃO LOCAL ............................................................................. 122 16. 2 REQUISITOS AVALIADOS ...................................................................................... 123 16.3 A CARACTERÍSTICA DOS AVALIADORES .................................................... 124 16.4 PERIODICIDADE ................................................................................................... 126 16. 5 ESTÁGIO PROBATÓRIO ................................................................................... 127 16. 6 DO DIREITO REURSAL .......................................................................................... 128 16.7 – As consequências da avaliação negativa ........................................................ 129 16.8 – ANÁLISE DA JURISPRUDÊNCIA ......................................................................... 130 16.9 – ESTUDOS DE CASO .............................................................................................. 130 17 ÉTICA, MORAL E DECORO ...................................................................................... 135 17.1 CORRELAÇÃO COM ÉTICA E MORAL ............................................................ 135 17.2 ÉTICA PROFISSIONAL NO SERVIÇO PÚBLICO .......................................... 136 17.2.1 Ética no Serviço Público ..................................................................................... 136 17.2.2Código de Ética Profissional do Servidor Público ........................................... 136 17.2.3Comissões de Ética ......................................................................................... 138 17.2.3.1 O Serviço Público na visão da Sociedade ............................................... 138 17.2.3.1.1O Servidor como Corrupto ........................................................................ 139 17.3 NORMAS PARA UMA CONDUTA ÉTICA .......................................................... 139 17.4 POSIÇÃO DO JUDICIÁRIO REFERENTE AO DECORO PARLAMENTAR140 17.5 CORRELAÇÃO COM INFRAÇÃO POLÍTICO ADMINISTRATIVA ................. 140 17.6 CORRELAÇÃO COM CRIME DE RESPONSABILIDADE ............................... 141 17.7 CORRELAÇÃO COM A IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA ....................... 142 17.8 CONDUTAS CONSIDERADAS COMO FALTA DE DECORO PARLAMENTAR ............................................................................................................. 145 18 SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO ......................................................... 146 18.1 SAÚDE E SEGURANÇA OCUPACIONAL ......................................................... 150 18.1.1 Estruturas Mínimas de Funcionamento ....................................................... 150 18.1.2 Características dos ambientes de trabalho ideais ..................................... 150 18.2 Tipos de Inspeções: ............................................................................................... 151 5 18.2.1 Fases da Inspeção .......................................................................................... 152 18.2.2 Providências e Acompanhamentos ......................................................... 152 18.2.2.1 Mapa de Risco ............................................................................................. 153 18.3 GERENCIAMENTO DE UM BOM GESTOR ..................................................... 153 18.3.1 Comportamento versus Segurança .............................................................. 154 19 O PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR ................................................. 156 19.1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS ............................................................................... 156 19. 2 TEORIA GERAL DA INFRAÇÃO ADMINISTRATIVA ..................................... 158 19.3 O DEVER DE REPRESENTAR ........................................................................... 160 19. 3.1 Cautelas no Dever de Representar ............................................................. 160 19.3.2 A Representação Ideal ................................................................................... 160 19. 3.3 Erros Comuns na Representação ............................................................... 161 19.3.4 Elementos Básicos da Representação ................................................ 161 19.4 PRINCIPIOLOGIA DO PROCESSO ADMINISTRATIVO ................................. 161 20 SINDICÂNCIA ADMINISTRATIVA ............................................................................. 165 20.1 SINDICÂNCIA INQUÉRITO (PROCEDIMENTO) .............................................. 165 20.2 SINDICÂNCIA ACUSATÓRIA (PROCESSO) ................................................... 167 21 O PAPEL DO RH NA GESTÃO DE CONFLITOS ................................................... 168 21.1 GESTÃO DE CONFLITOS NAS ORGANIZAÇÕES ........................................ 168 21.1.1 UMA VISÃO POSITIVA DO CONFLITO ................................................ 168 21.1.2 CAUSAS POSSÍVEIS DO CONFLITO ...................................................... 169 21.1.2.1 Experiência de frustração de uma ou ambas as partes......................... 169 21.1.2.2 Diferenças de personalidade ...................................................................... 169 21.1.2.3 Metas diferentes ........................................................................................... 169 21.2 AVALIANDO OS NÍVEIS DE CONFLITO ......................................................... 170 21.2.1 A Discussão ...................................................................................................... 170 21.2.2 O Debate ........................................................................................................... 170 21.2.3 As Façanhas ..................................................................................................... 170 21.2.4 Imagens fixas ................................................................................................... 170 21.2.5 Ficar com a cara no chão ............................................................................... 170 21.2.6 Estratégias ........................................................................................................ 171 21.2.7 A Falta de humanidade ................................................................................... 171 21.2.8 Ataque de nervos ............................................................................................. 171 21.2.9 Ataques generalizados ................................................................................... 171 21.3 OS TIPOS DE CONFLITOS ............................................................................. 171 21.3.1 Os conflitos latentes ..................................................................................... 172 6 21.3.2 Os conflitos percebidos ................................................................................. 172 21.3.3 Conflito sentido ................................................................................................ 172 21.3.4 Conflito manifesto ............................................................................................ 172 21.4 AS ÁREAS DE CONFLITO ................................................................................... 172 21.4.1 Conflito social ................................................................................................... 172 21.4.2 Conflitos tradicionais ....................................................................................... 173 21.5 CONFLITOS INTERPESSOAIS NAS ORGANIZAÇÕES ............................... 173 21.6 CONSEQUÊNCIA NEGATIVAS DOS CONFLITOS ........................................ 174 21.7 ALGUNS ESTILOS E CARACTERÍSTICAS ..................................................... 174 21.7.1 Competição ....................................................................................................... 174 21.7.2 Colaboração ..................................................................................................... 174 21.7.3 O de evitar ........................................................................................................ 174 21.7.4 Acomodação ..................................................................................................... 174 21.7.5 Compromisso ................................................................................................... 175 21.8 COMO ADMINISTRAR OS CONFLITOS ........................................................... 175 21.8.1 Saber comunicar ............................................................................................. 175 21.8.2 Saber ouvir ....................................................................................................... 175 21.8.3 Saber perguntar ............................................................................................... 176 21.9 POSSIBILIDADES DE ENCAMINHAMENTOS ............................................... 176 21.9.1 Formas de condução e Resultados para as partes conflitantes ............. 176 21.10 EFEITOS POSITIVOS DOS CONFLITOS NA ORGANIZAÇÃO .................. 177 21.11 CONCLUSÃO ........................................................................................................ 178 22 GESTÃO DE RELACIONAMENTOS INTERPESSOAIS ...................................... 178 22.1O RESPEITO COM AS PESSOAS .................................................................. 178 22.2 O CIDADÃO TEM APARO CONSTITUCIONAL QUANTO AO BOM ATENDIMENTO E RELACIONAMENTO ..................................................................... 178 22.2.1 O que é eficiência e eficácia ....................................................................... 179 22.3 OS NÚMEROS FALAM ......................................................................................... 180 22.3.1 A DIFERENÇA ENTRE ATENDIMENTO E TRATAMENTO ............... 181 22.4 O MOMENTO DA VERDADE UM CONCEITO FUNDAMENTAL .............. 182 23 UM DOS GRANDES GERADORES DE CONFLITOS ........................................ 183 23. 1 O PERIDO DAS PROMESSAS ......................................................................... 183 24 CONCEITO DAQUELES QUE LIDERAM ............................................................... 185 24.1 Conceitos isolados são meios conceitos ............................................................ 185 24. 1. 2 Avaliação da tendência por perfil ............................................................. 186 25 DIANTE DOS ERROS CAUSADOS PELA ORGANIZAÇÃO PÚBLICA ............. 187 25.1 Pessoas mal-educadas ..................................................................................... 187 7 25.2 Pessoa Nervosa .................................................................................................... 188 25.3 Em discussão com o cidadão ................................................................................... 188 25.4 Desenvolvendo uma Boa Relação Interpessoal ................................................ 189 25.5 O QUE É GOSTAR DE GENTE ATRAVÉS DE ATITUDES ......................... 189 25.5.1 Tratar bem da pessoa independente de cargos ou posições ............................... 190 25.5.2 Começar interagindo por pontos em comuns ..................................................... 190 25.5.3 Ter certeza que o interlocutor esteja entendendo a mensagem ......................... 191 25.5.4 Identificar as diferenças e minimizar ........................................................... 191 25.6 ACEITAR AS PESSOAS COMO ELAS SÃO .................................................... 192 25.6.1 MOTIVANDO A COLABORAÇÃO DE TODOS NA EQUIPE ................ 193 25.6.2 Sempre existe uma pessoa difícil ................................................................. 193 25.6.3 Fuja da rotulação ou estereótipos ............................................................... 193 25.6.4 O profissional de vendas um modelo excelente ........................................ 194 25. 6.2 A CARREIRA DEPENDE DISSO ...................................................................... 195 6.2.1 Equilíbrio emocional e plenitude ....................................................................... 195 6.2.1 Não ultrapassar os limites do bom senso ......................................................... 196 8 >> Boas-vindas! Bem-vindo (a)! Certamente, você já observou que cada vez mais administração de pessoas influência os comportamentos internos e potencializa o capital humano tanto na área pública como privada. Nesta disciplina, você aprenderá sobre como associar as habilidades e métodos, políticas, técnicas e práticas definidas para tornar a gestão mais eficaz e participativa. Abordaremos na disciplina, as técnicas introdutórias na Gestão de Pessoas; Vínculos de Trabalho na Administração Pública; Princípios da Administração Pública; A Verificação dos Limites com Pessoal; O concurso público A Elaboração da Folha de Pagamento; Planos de Carreiras; Avaliação de Desempenho; As Licenças dos Agentes Públicos; Saúde e segurança no trabalho; Verbas Remuneratórias dos Servidores Municipais; O sistema eSocial; O Processo Administrativo Disciplinar; Motivando a Equipe para Produzir Mais e Melhor; Gestão de Relacionamentos Interpessoais. A Gestão de Pessoas ocorre através da participação, capacitação, envolvimento e desenvolvimento de funcionários de uma empresa, e a área tem a função de humanizar as empresas. Muitas vezes, a gestão de pessoas é confundida com o setor de Recursos Humanos, porém RH é a técnica e os mecanismos que o profissional utiliza e gestão de pessoas tem como objetivo a valorização dos profissionais. Em uma empresa, a gestão de pessoas deve ser feita pelos gestores e diretores, porque é uma área que requer capacidade de liderança. O setor de gestão de pessoas possui uma grande responsabilidade na formação dos profissionais, e tem o objetivo de desenvolver e colaborar para o crescimento da instituição e do próprio profissional. Bom estudo! 9 1. MODELO ESTRATÉGICO Gestão de Pessoas nas organizações O capital humano tem sido cada vez mais valorizado pelas organizações, pois elas entenderam que devem oferecer o suporte necessário para que essas pessoas desenvolvam novas aptidões e aperfeiçoem características que já possuem. Se as pessoas dentro das organizações tiverem oportunidade de progressão, elas vão poder dar o melhor delas, originando resultados positivos para a empresa em questão. Uma boa gestão dos elementos de uma organização causa um crescimento contínuo, onde todos contribuem para um ambiente de eficiência e eficácia. Gestão de Pessoas no setor público A gestão de pessoas no setor público possui algumas particularidades. Ao contrário do que acontece no setor privado, onde o gestor pode contratar indivíduos que apresentem características vantajosas para a empresa, no setor público, a lei exige que as contratações sejam feitas mediante concursos públicos. É por esse motivo que no âmbito do setor público ações de desenvolvimento profissional são cruciais, pois os elementos podem aprender a progredir na carreira, e não aprendem só a cumprir as suas funções atuais de forma mais eficaz. Os responsáveis pela gestão de pessoas no setor público devem saber motivar os funcionários, para que estes sintam que são uma peça importante na empresa. Se isto acontecer, seguramente terão um melhor desempenho no trabalho. Além disso, a área de gestão de pessoas tem também a responsabilidade de exercer práticas de gerenciamento, planejamento, avaliação e recompensas, criando e mantendo um ambiente profissional e positivo na organização. Nas décadas de 70 e 80 um novo critério – o caráter estratégico – passou a ser considerado como critério para avaliar a efetividade dos modelos de gestão de recursos humanos. Com o advento da administração geral baseada no Planejamento Estratégico, portador de uma visão de médio e longo prazo, a busca da concretização eficaz dessa nova administração passou a necessitar, com maior intensidade, de uma eficaz gestão dos recursos humanos, para adequar da melhor e mais conveniente forma, o desempenho das pessoas aos objetivos da empresa. 10 Essa linha de pensamento mostra o quanto são insuficientes soluções padronizadas, uma vez que as verdades sobre a questão do comportamento humano deixaram de ser gerais, para tornarem-se um problema do negócio e de sua estratégia. A nova perspectiva sobre a gestão de pessoas traz consigo como marca predominante, algo que caracteriza também o planejamento estratégico: o fato de que deve ser olhado como um processo, nunca como um plano estanque. Numa época em que a tônica está na capacidade de flexibilização e mudança, a transformação torna-se, inevitavelmente, o identificador dos processos estratégicos, que são o norte orientador, mas um norte que já não é fixo varia de acordo com as inovações e mutações constantes de todos os cenários. O sucesso da nova visão vai depender diretamente de duas estratégias básicas adotadasnos modelos de gestão de recursos humanos. Ambas se contrapõem e ditam o sucesso da administração de recursos humanos. Na estratégia de controle, os empregados são vistos como números, custos e fator de produção, que, para desempenhar bem as funções, devem ser mandados e controlados. Na estratégia de comprometimento, as pessoas são consideradas parceiros no trabalho, nos quais a empresa deve investir para conseguir melhores resultados. Essa estratégia baseia- se no pressuposto de que o comprometimento dos colaboradores está intimamente relacionado com o aumento do desempenho (ALBUQUERQUE, 2002). Dentro da perspectiva do Modelo de Gestão Estratégica de Pessoas, com o advento da competitividade como fator de base para o sucesso das organizações, surge um novo modelo, na verdade decorrente de um aprimoramento da visão estratégica, mas que por suas características próprias e desenvolvimentos decorrentes, se destaca como o modelo mais adequado para enfrentar os desafios da sociedade da informação e do conhecimento. Trata-se da Gestão de Competências. 1.1 INSTRUMENTOS FORMAIS Gestão de Competências Ocorre quando a organização transfere seu patrimônio para as pessoas enriquecendo-as e preparando-as para novas situações profissionais e pessoais, e as pessoas, ao se desenvolverem, transferem para as organizações o seu aprendizado, capacitando-as a enfrentar novos desafios. 11 Avaliação de desempenho Avaliar em sentido amplo é uma prática inerente à natureza humana, assim como tomar decisões está presente em toda escolha. Cada vez mais as empresas e organizações selecionam pessoas que compartilhem com seus valores e crenças, e essas organizações utilizam sistemas de reconhecimento para estimular e tentar garantir os desempenhos considerados adequados e desejáveis às suas realidades. Define-se avaliação de desempenho como um instrumento utilizado para medir o resultado das atividades e das ações que os colaboradores de uma organização realizaram durante determinado período. A avaliação de desempenho tem como objetivos mensurar, identificar e analisar o desempenho individual e grupal dos funcionários, promovendo o desenvolvimento, bem como melhorando o desempenho das pessoas e da equipe. Esse instrumento subsidia a área de Gestão de Pessoas com informações para tomadas de decisões acerca de remuneração, promoções, treinamento e planejamento de carreira, proporcionando o crescimento e o desenvolvimento da pessoa avaliada. Através da avaliação de desempenho, é mais fácil fornecer informações sólidas e tangíveis sobre o desempenho dos colaboradores da organização, e auxiliá-los no caminho para o autodesenvolvimento. Outro benefício é a possibilidade de descoberta de talentos resultante da identificação das qualidades de cada avaliado na empresa/organização. Dentre as finalidades do processo de avaliação de desempenho, pode-se citar: 1. facilitar o processo de planejamento organizacional e o alcance de metas institucionais; 2. comprometer os colaboradores no alcance dos objetivos da instituição; 3. subsidiar com informações que visem à melhoria de desempenho; 4. reconhecer o potencial dos funcionários e buscar melhores resultados para a organização; 5. estimular o fluxo de informação entre os diversos níveis hierárquicos para a melhoria das relações interpessoais e a qualidade dos serviços prestados; 6. subsidiar o redimensionamento da força de trabalho em função das competências individuais e institucionais; 7. identificar a necessidade de treinamento, capacitação e qualificação para melhoria de desempenho individual e coletivo; 8. fornecer informações que possibilitem ao avaliado conhecer o que a organização espera do seu desempenho; 12 9. possibilitar a concessão da promoção e da progressão funcional. Entende-se que não é objetivo da Avaliação de Desempenho a aplicação de medidas disciplinares. É um instrumento que, quando aplicado, determina se o desempenho de cada um satisfaz as necessidades pré-estabelecidas pela instituição e se atinge os objetivos e resultados esperados. A função do gestor/avaliador é também a de identificar, conjuntamente com a equipe, situações de trabalho passíveis de correção, transformação e ajustamento, localizando causas e estabelecendo perspectivas de melhorias (Treinamento). A avaliação de desempenho, muitas vezes, pode servir de base às políticas de promoção das organizações. O processo é efetuado periodicamente, normalmente com caráter anual, e consiste na análise objetiva do avaliado no seu trabalho, e posteriormente na comunicação dos resultados. Tradicionalmente compete aos superiores avaliarem os seus subordinados, estando a avaliação sujeita a correções posteriores para que os resultados finais sejam compatíveis com a política de promoções. 1.2 SISTEMA INTEGRADO DE GESTÃO Os sistemas de gestão integrados buscam realizar a integração dos processos de qualidade, meio ambiente, segurança, saúde ocupacional e responsabilidade social conforme características, atividades e necessidades de cada organização. Com a crescente pressão nas empresas para se fazer mais com menos, várias delas estão vendo a integração dos sistemas de gestão como uma excelente oportunidade para reduzir custos com o desenvolvimento e manutenção de sistemas separados, ou de inúmeros programas e ações que, na maioria das vezes, se superpõem e geram gastos desnecessários. AMPLIANDO OS HORIZONTES Saiba mais sobre o que a Avaliação de Desempenho pode contribuir para o desenvolvimento dos colaboradores. Acesse o link e siga o passo a passo para efetuar um questionário de avaliação de desempenho. https://blog.softwareavaliacao.com.br/avaliacao-de-desempenho/ https://blog.softwareavaliacao.com.br/avaliacao-de-desempenho/ 13 1.3 DESENVOLVIMENTO DE COMPETÊNCIAS Existem diferenças entre o desenvolvimento e treinamento? Sim, embora ambos façam parte do processo de aprendizado dentro de uma organização existe uma diferença entre eles que serão apresentadas a seguir. Segundo Milkovich e Boudreu (2010) treinamento é um processo que promove a aquisição de habilidades conceitos ou atitudes, melhorando a adequação das características do funcionário às exigências do seu cargo. Em outras palavras, o treinamento é algo pontual, voltado para o presente e para situações que necessitem de um aprimoramento rápido e para isso existem alguns tipos de treinamento dentre os quais o treinamento no cargo, e o treinamento em classe, caberá a empresa decidir qual tipo de treinamento se adequa aos seu objetivos. Ainda segundo Milkovich e Boudreu (2010), o desenvolvimento é um processo a longo prazo, de aperfeiçoamento das capacidades dos funcionários com o objetivo de torná-los membros valiosos para a organização. Ou seja, o desenvolvimento tem como foco o desempenho futuro das pessoas na organização e para isso as empresas fazem uso de alguns métodos que auxiliam nesse processo como a participação em cursos e seminários, tuturia, coaching, entre outros. As pessoas fazem as coisas acontecerem, são elas que conduzem os negócios, produzem e prestam serviços. As organizações mais bem sucedidas investem em treinamento para garantir bons retornos (CHIAVENATO, 2010). Enfim, treinamento e desenvolvimento não devem ser vistos apenas como um custo, mas sim como uma forma de garantir as mudanças necessárias para a produtividade de profissionais capacitados que desempenha suas funções com excelência. AMPLIANDO OS HORIZONTES Saiba mais sobre o que foi realizado no TRE-RN, para o desenvolvimento da Gestão de Competências como Instrumento de Governança de Estratégias de Pessoas. https://www.youtube.com/watch?v=yV_0SRUg-4Y https://www.youtube.com/watch?v=yV_0SRUg-4Y14 1.4 CARREIRA E REMUNERAÇÃO O plano de carreira tem por objetivo colocar a pessoa nos trilhos do sucesso pessoal, profissional, familiar e comunitário, programando, assim, o crescimento nas quatro áreas de maneira eficaz. Ele possibilita programar o tempo necessário para alcançar os objetivos e avaliar se os conhecimentos são suficientes ou não para realizar os projetos. Se não for, onde e quando buscá-lo? Do que precisa abrir mão, no presente ou no futuro, para tornar real os sonhos? O plano de carreira ajuda a pessoa a ter controle sobre sua própria vida evitando que perca tempo, conhecimentos, dinheiro, energias com que não vai trazes os resultados esperados. Tanto o RH como as lideranças podem acompanhar, motivar e orientar o funcionário em seu plano de carreira ou ainda ajudá-lo a elaborar um, caso não o tenha. Quando isso acontece na empresa todos saem ganhando. O funcionário que tem um plano de carreira é mais focado nos seus objetivos: age mais rápido, é mais dedicado, busca maior conhecimento, trabalha melhor em equipe e tem melhor qualidade. Quando o funcionário tem um plano de carreira ele se sente valorizado e trabalha melhor. 1.5 GESTÃO DE CARREIRA E REMUNERAÇÃO Perspectivas de carreira e desenvolvimento são fatores essenciais para garantir a atração, a retenção e o engajamento da força de trabalho. Os Colaboradores desejam regras claras e transparentes sobre suas possibilidades de crescimento e sobre ferramentas para galgar os cargos oferecidos pela organização. No passado, as pessoas tinham a expectativa de construir sua carreira em uma única empresa, ou poucas, fazendo com que o equilíbrio interno nos planos de cargos e salários tivesse uma importância maior do que o valor de mercado. As freqüentes revisões nas estratégias, com impacto na estrutura organizacional, a pressão por redução de custos e a escassez de talentos estão desafiando as empresas a identificar soluções inovadoras para remunerar pessoas. Diante desse novo cenário, as empresas estão buscando planos de cargos e salários que tenham maior flexibilidade e peso nas práticas de mercado. Quando se fala em Plano de Carreira, geralmente se pensa em Trilha a ser seguida para galgar posições dentro de uma organização, dá-se a isso o nome de Estrutura de Carreira. E, para que fazer isso? Quais são as vantagens da gestão de Carreira? A seguir, algumas vantagens citadas desenvolvimento de plano de carreira. São elas: 15 • Estabelecer e organizar o conjunto de expectativas que a empresa tem em relação às pessoas que nela trabalham; • Definir os níveis de valorização existentes entre os trabalhos de diferente natureza ou entre os diversos níveis de capacitação. Essa valorização é definida a partir da remuneração, benefícios, status e outros. • Estabelecer os critérios para acesso de uma pessoa a um trabalho cuja natureza seja mais valorizada do que a do atual ou os critérios de graduação da capacitação pessoal e profissional de uma pessoa. • Fixar critérios para migração de pessoas entre diferentes ocupações; diferentes tipos de especialização técnica ou funcional; diferentes áreas, unidades ou regiões ou, ainda, deferentes tipos de carreira, como: Gerencial, Técnica, Administrativa etc. Cabe à organização a responsabilidade pela definição de um plano de carreiras, que, por meio de trajetórias diversas, possibilite o crescimento e a ascensão do empregado. Porém, compete à pessoa a decisão sobre qual trajetória de carreira seguir. Por fim, na definição da carreira, é importante para a empresa e para o profissional identificar quais são suas reais necessidades e particularidades e, a partir daí, encontrar a melhor alternativa, uma vez que não existe alternativa ideal e, sim, a mais adequada para cada ambiente e situação. Ainda para movimentar os recursos humanos, é importante que o plano de carreira seja executado de forma estruturada por meio de um plano de sucessão, abordando competências técnicas, humanas e estratégicas. 1.6 PLANO DE SUCESSÃO Postos de chefia constituem um exemplo típico para a sucessão, pois, muitas vezes, significa preparar colaboradores para o exercício da liderança, por meio de treinamentos e desenvolvimento. Como premissa, todas as pessoas podem ser líderes, o que varia é o grau de prontidão para a gestão da equipe, o que pode ser detectado com a avaliação de desempenho e de AMPLIANDO OS HORIZONTES Saiba mais sobre o que O Plano de Carreira para o servidor público Acesse o link e entenda que o plano é a base de sustentação para a profissionalização da função pública. https://www.igam.com.br/gestaopublica/o-servidor-publico-e-o-plano-de- carreira/ https://www.igam.com.br/gestaopublica/o-servidor-publico-e-o-plano-de-carreira/ https://www.igam.com.br/gestaopublica/o-servidor-publico-e-o-plano-de-carreira/ 16 potencial, sinalizando quais colaboradores está mais apto para a liderança antes da efetivação da promoção. A maioria das empresas não faz um plano de sucessão, porque isso requer investimento, tempo e conhecimento do comportamento humano. É uma miopia atraente para o curto prazo, cujas consequências são sentidas em médio e longo prazo e, às vezes, expressas em frases como: “Perdemos um excelente técnico e ganhamos um péssimo gerente”. IMPORTANTE: Todo o esforço organizacional, por maior que seja, não elimina a parte que cabe a cada indivíduo em fazer seu plano de carreira. Cada um é o principal responsável pela sua carreira. Como consequência, isso remete a uma postura proativa diante das oportunidades. 1.7 COMPORTAMENTO E RELACIONAMENTO Comportamento Organizacional é o estudo dos comportamentos dos indivíduos e de seus impactos no ambiente de uma empresa. Este estudo visa trazer maior entendimento sobre as lacunas empresariais para o desenvolvimento contínuo e assertivo de soluções, afim de: reter talentos, evitar o turnover e promover engajamento e harmonia entre os stakeholders. Entender o comportamento organizacional é fundamental na dinâmica de manutenção e melhoria da gestão de pessoas, pois baliza o trabalho dos líderes e confere a estes a possibilidade de prever, e especialmente evitar problemas individuais ou coletivos entre os colaboradores. Entre os Níveis de Estudos dos Comportamentos Organizacionais, destacam-se: Nível Individual – Estuda as expectativas, motivações, as habilidades e competências que cada colaborador demonstra individualmente através de seu trabalho. Nível Grupal – Estuda a formação das equipes, grupos, as funções desempenhadas por estes, a comunicação e interação uns com os outros, além da influência e o poder do líder neste contexto. O entendimento do Comportamento Organizacional possibilita também mapear os profissionais que necessitam de aprimoramento e desenvolvimento em alguns quesitos, como também identificar aqueles que se destacam em suas funções. Essa abordagem e visão sistematizada garantem tanto o amadurecimento, como o melhor aproveitamento das competências de ambos. Para ressaltar a importância dos relacionamentos em uma empresa Max Gehringer: “Em Português Corporativo, isso chama networking. Não é um círculo de amigos do peito, é uma lista de pessoas profissionalmente úteis. ... atualmente, de cada dez boas vagas, sete são preenchidas por indicação direta... Networking é como uma árvore, que precisa ser plantada https://www.significados.com.br/turnover/ https://www.significados.com.br/stakeholder/ http://maxgehringer.com.br/ 17 e cuidada, para que um dia possa render frutos. Em alguns casos, é como uma oliveira: só vai dar azeitona depois de 20 anos.” 1.8 COMUNICAÇÃO E GESTÃO DE CONFLITO Para Andrew S. “Grove a nossa capacidade de comunicação não é medida pela forma como dizemos, mas pela maneira como somos entendidos.”A conflitualidade, o mau ambiente de trabalho, são hoje problemas comuns e quase que pode-se dizer "normais" nas empresas. O problema prende-se com o saber prevenir e o saber gerir os conflitos, sabendo de antemão que o clima organizacional influi diretamente no rendimento pessoal e coletivo da empresa. O sucesso das organizações reside na competência e no empenhamento dos seus colaboradores. Quanto melhor o ambiente de trabalho, melhor o rendimento pessoal, a produtividade, levando a empresa ao sucesso. A comunicação é essencial à vida do Homem, e à gestão eficaz de conflitos. O sucesso pessoal e organizacional depende da forma como a comunicação flui. A arte da comunicação está em ser pró-ativo, de dizer o que deve ser dito na hora que deve ser dita e com as palavras e gestos adequados à compreensão do interlocutor. A linguagem há que ser clara e as palavras utilizadas estarem ao nível de compreensão daquele a quem se dirige. Por outro lado, conflito é parte natural da vida e dos relacionamentos. Pode, também, ser uma oportunidade de descobrir novas abordagens aos desafios ou paralisar a implementação da mudança dentro da organização ou equipe. O líder deve usar a abordagem certa para lidar com o conflito da equipe usando maneiras que resolvam os problemas, enquanto mantém relacionamentos positivos entre seus membros. 1.9 LIDERANÇA EFICAZ A natureza e o exercício da liderança tem sido foco de pesquisas do homem ao longo da sua história. A busca do ideal do líder também está em estudos desde a época de Platão. A condução de um grupo de pessoas, transformando-o numa equipe que gera resultados é chamado de liderança. É a habilidade de motivar e influenciar os liderados, de forma ética e positiva, para que contribuam voluntariamente e com entusiasmo para alcançarem os objetivos da equipe e da organização. 18 Assim, o líder diferencia-se do chefe, que é aquela pessoa encarregada por uma tarefa ou atividade de uma organização e que, para tal, comanda um grupo de pessoas, tendo autoridade de mandar e exigir obediência. Para os gestores atuais, são necessárias não só as competências do chefe, mas principalmente as do líder. Segundo Chiavenato a Teoria das Relações Humanas constatou a influência da liderança sobre o comportamento das pessoas. Existem três principais teorias sobre a liderança: Traços da personalidade. Segundo esta teoria o líder possui características marcantes de personalidade que o qualificam para a função. Estilos de liderança. Esta teoria aponta três estilos de liderança: autocrática, democrática e liberal. Situações de liderança (teoria Contingencial:). Nesta teoria o líder pode assumir diferentes padrões de liderança de acordo com a situação Para Lacombe os líderes influenciam as pessoas graças ao seu poder, que pode ser o poder legítimo, obtido com o exercício de um cargo, poder de referência, em função das qualidades e do carisma do líder e poder do saber, exercido graças a conhecimentos que o líder detém. Já no entendimento da escola ontopsicológica, líder é aquele que sabe servir, que sabe fazer funcionar a harmonia das relações entre os operadores de um contexto (empresarial ou outro), para que exista o máximo de produção específica ou resultado integral. A melhor forma de definir o líder é como um hierarca de funções: as constrói, as controla, as desenvolve, as dirige, sempre com referência a um escopo definido 1.10 INICIATIVAS MOTIVACIONAIS O desenvolvimento profissional não significa coagir os funcionários a adotar as metas da organização, nem sequer manipular seu comportamento. Muito pelo contrário, o AMPLIANDO OS HORIZONTES Saiba mais sobre a Teoria das Relações Humanas e sua influência no comportamento das pessoas. https://www.administradores.com.br/artigos/academico/teoria-das- relacoes-humanas/104785/ https://pt.wikipedia.org/wiki/Ontopsicologia https://www.administradores.com.br/artigos/academico/teoria-das-relacoes-humanas/104785/ https://www.administradores.com.br/artigos/academico/teoria-das-relacoes-humanas/104785/ 19 desenvolvimento exige um relacionamento no qual cada um possa assumir a responsabilidade pelo desenvolvimento de seu próprio potencial, de forma planejada, e colocar esse potencial em ação. Assim, pode-se pensar na avaliação de desempenho como um importante meio para identificar os potenciais dos funcionários, melhorar o desempenho da equipe e a qualidade das relações entre os funcionários e seus superiores e servir de estímulo nos esforços para alcançar resultados positivos e satisfatórios para o indivíduo e para a organização. Cabe à área de Recursos Humanos motivar a carreira dos profissionais da instituição, desde o mais simples funcionário ao principal cargo. Todos precisam ser incentivados, envolvidos e compromissados com a instituição/organização onde atuam. Muitos são os modelos e métodos de avaliação de desempenho (métodos tradicionais, subjetivos, avaliação 360º, avaliação por competências, avaliação por resultados etc). Entretanto, o mais importante é que o processo seja transparente para os avaliados e que os efeitos da avaliação sirvam de feedback para aperfeiçoamento do trabalho, tragam resultados para a organização, além de motivação e crescimento para servidores e funcionários. As pessoas sempre reagem positivamente a recompensas e a reconhecimento, e é dever da organização proporcionar essa motivação aos seus colaboradores. 2 CONTRATAÇÃO DE PESSOAL 2.1 - Funcionário ou Servidor? Até a Constituição Federal de 1988, os trabalhadores nos órgãos públicos eram chamados de funcionários. Porém, a partir dela, esses trabalhadores receberam a denominação genérica de servidor. Na verdade, a CF/88 preferiu empregar a designação "servidor público" e "agente público" para referir-se aos trabalhadores do Estado. 2.2 - Agente Público Agente Público é a designação mais abrangente: alcança os agentes políticos, os servidores públicos e os particulares em atuação colaboradora. Os servidores públicos são referidos como categoria de agentes públicos: são os agentes permanentes, profissionais, a serviço da Administração Pública. https://pt.wikipedia.org/wiki/Avalia%C3%A7%C3%A3o_360_graus 20 2.3 - Agente Político O agente político é aquele detentor de cargo eletivo, eleito por mandatos transitórios, como os Chefes de Poder Executivo e membros do Poder Legislativo, além de cargos de Diplomatas, Ministros de Estado e de Secretários nas Unidades da Federação, os quais não se sujeitam ao processo administrativo disciplinar. Também são espécies de agentes públicos. 2.4 – Funcionário no Código Penal No Código Penal Brasileiro, contudo, há referência a funcionário público, que tem abrangência maior que a do servidor público. Um mesário, por exemplo, ao exercer uma função pública (ajudar no processo eleitoral), é funcionário público (em relação aos atos praticados como mesário), apesar de ter uma função pública transitória e não remunerada. 2.5 – Espécies de servidor (regimes) O termo servidor público, adotado pela Constituição de 1988 (que deixou de utilizar a expressão funcionário público, embora ainda exista na legislação ordinária), divide-se em três espécies: 1 - os servidores estatutários (ocupantes de cargos públicos e sujeitos ao regime estatutário). 2 - os servidores temporários (para atender à alguma necessidade temporária de excepcional interesse público (conforme o art. 37, IX, da Constituição). São contratados por tempo determinado; exercem função, sem vínculo a cargo ou emprego público; e são vinculados à CLT. 3 - os empregados públicos (contratados de acordo com o regime da legislação trabalhista e detentores de emprego público). Ambos os Regimes de Trabalho estão submetidos às normasconstitucionais de ingresso mediante concurso público e aos parâmetros de controle fiscal e financeiro da União e dos entes federados, através da Lei de Responsabilidade Fiscal, com exceção dos comissionados. http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Mes%C3%A1rio&action=edit&redlink=1 https://jus.com.br/artigos/6379/o-servidor-publico-estatutario-e-a-nova-ordem-de-competencia-da-justica-do-trabalho-estabelecida-pela-emenda-constitucional-n-45-04 http://www.editorajc.com.br/servidores-publicos-temporarios-regime-juridico-e-competencia-da-justica-do-trabalho/ 21 2.6 – PROVIMENTO Provimento é o ato administrativo de preenchimento de cargo público, regulamentado no Brasil pela Lei Nº 8.112, de 11 de novembro de 1990 (âmbito federal). De acordo com a legislação, o provimento poderá se dar mediante nomeação, promoção, readaptação, reversão, aproveitamento, reintegração e recondução. Cada uma destas formas de provimento tem um significado especial na administração pública e especificam a forma legal de acesso ao cargo público no Brasil. 2.7 - RETRIBUIÇÃO PECUNIÁRIA A retribuição pecuniária referente aos serviços prestados pelo agente público ao estado se dá da seguinte forma: - Vencimento: é a retribuição pecuniária pelo exercício de cargo público, com valor fixado em lei; - Remuneração: é o vencimento do cargo efetivo, acrescido das vantagens pecuniárias permanentes estabelecidas em lei; - Subsídio: é a retribuição pecuniária exclusiva e fixada em parcela única, vedado o acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outra espécie remuneratória. Esse tipo de remuneração não é a regra geral e aplica-se aos casos que a lei especificar; - Provento: é a retribuição pecuniária paga ao exercente de cargo público quando passa da atividade para a inatividade, ou seja, quando se aposenta; - Pensão: é a retribuição pecuniária paga às pessoas a quem a lei atribui a condição de beneficiárias do servidor público que veio a falecer. Deve-se ressaltar que nenhum salário dentro do serviço público pode ser superior ao valor dos subsídios pagos aos Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e que os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário não poderão ser superiores aos pagos pelo Poder Executivo. Nos Municípios, o teto remuneratório é o subsídio do Prefeito Municipal. Apesar de essas regras existirem, muitas pessoas se questionam se elas são, de fato, obedecidas... https://www.jusbrasil.com.br/topicos/395106/retribuicao-pecuniaria 22 2.8 – SERVIDORES DE CARREIRA (efetivos) A efetividade e a estabilidade são institutos jurídicos distintos, sendo que a natureza de um não pode ser confundida com a de outro. Enquanto que a efetividade representa o modo de preenchimento do cargo que contempla esta natureza por pressupor a permanência e continuidade do servidor no exercício das suas atribuições, a estabilidade é a garantia de o servidor efetivo permanecer no serviço público após três anos de efetivo exercício em cargo de provimento efetivo, nos termos do art. 41 da Constituição Federal, só podendo ser dele afastado se configurada uma das hipóteses prevista no art. 41, § 1º. Não há confundir efetividade com estabilidade porque aquela é uma característica da nomeação e esta é um atributo pessoal do ocupante do cargo, adquirido após a satisfação de certas condições de seu exercício. A efetividade é um pressuposto necessário da estabilidade. Sem efetividade não pode ser adquirida a estabilidade. 2.9 - CARGO EM COMISSÃO E FUNÇÃO DE CONFIANÇA Ambos os cargos são criados por lei e se destinam apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento na administração pública federal e são respectivamente preenchidos ou exercidos mediante livre nomeação pela autoridade competente, na contrapartida das respectivas livres exoneração e dispensa, a qualquer tempo (ad nutum), seja a pedido, seja de ofício, pela mesma autoridade que nomeou. A diferença reside no fato de que as funções de confiança são exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo, enquanto os cargos em comissão podem ser preenchidos por servidores que já detenham cargos efetivos de carreira, de acordo com percentuais estabelecidos na sua lei de criação. Isto significa que, devendo ser ocupados por um percentual mínimo legal de servidores de carreira, pode-se ter então as vagas AMPLIANDO OS HORIZONTES Entenda as principais diferenças entre Função de Confiança e Cargo em Comissão. Acesse e saiba mais. https://michaelllukas.jusbrasil.com.br/artigos/170918728/funcao-de- confianca-x-cargo-em-comissao https://michaelllukas.jusbrasil.com.br/artigos/170918728/funcao-de-confianca-x-cargo-em-comissao https://michaelllukas.jusbrasil.com.br/artigos/170918728/funcao-de-confianca-x-cargo-em-comissao 23 restantes dos cargos em comissão ocupadas por pessoas sem vínculo definitivo com a administração. 2.10 – EXONERAÇÃO E DEMISSÃO A exoneração é o ato administrativo que desliga o servidor do serviço público encerrando vínculo funcional e não tem caráter punitivo. Assim, quando nos referirmos à exoneração, estamos tratando de uma forma de vacância do cargo público, porém que não se caracteriza como penalidade de natureza disciplinar. Agora, ao falarmos em demissão estamos nos referindo a um ato administrativo que desliga o servidor ativo ocupante de cargo efetivo como forma de punição por falta grave. Tal penalidade deve ser apurada mediante um Processo Administrativo Disciplinar, assegurado ao acusado o contraditório e a ampla defesa. 3 TEMPORÁRIOS 3.1 CONTRATAÇÃO TEMPORÁRIA DE PESSOAL A contratação por tempo determinado é o instrumento jurídico a ser formalizado pelos gestores quando presente a necessidade temporária de contratação de pessoal e o excepcional interesse público (art. 37, IX, da CF). 3.2 REGULAMENTOS O art. 37, IX, da Constituição Federal, deve ser regulamentado por lei municipal, que indicará os casos de contratação temporária de excepcional interesse público. É ilegal a contratação temporária sem previsão específica em lei municipal. 3.3 SELEÇÃO DE PESSOAL A escolha do pessoal a ser contratado por tempo determinado, para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público, deverá ser feita mediante processo seletivo simplificado, sujeito à ampla divulgação e observada a dotação orçamentária específica. https://pt.wikipedia.org/wiki/Exonera%C3%A7%C3%A3o 24 3.4 Regime Contratual O contrato não é regido pela CLT, mas sim por um contrato especial (administrativo). 3.5 Necessidade de contratação é requisito básico O gestor público deve justificar as razões da contratação temporária, isto é, demonstrar a temporariedade e o excepcional interesse público, bem como por que o bom andamento do serviço público ficaria prejudicado sem a contratação. 3.6 Algumas hipóteses de contratação temporária A contratação temporária pode ser utilizada nos seguintes casos: Aumento transitório de demanda, cuja resolução seja urgente, como na eventualidade da ocorrência de surto epidêmico ou calamidade pública, que não possam ser solucionados só com a utilização dos recursos humanos de que dispõe a Administração Pública. Falta transitória do titular de cargo ou emprego público, quando o afastamento possa sensivelmente prejudicar o andamento do serviço municipal. Criação ou ampliação do quadro de profissionais, até o devido e regular provimento dos concursados. 4 CARGOS COMISSIONADOS Encaloradas discussões atualmente, a ocupação de cargos comissionados tem sido um dos principais focos da fiscalização do Ministério Público e Tribunais de Contas, nos três poderese em todos os entes da Federação (União, Estados, Distrito Federal e Municípios). É que, em elevado número de vezes, os órgãos fiscalizadores encontram irregularidades tais como: - atribuições de cargo efetivo - desvio de finalidade (criado para atribuições irregulares) - desvio de função (realiza atribuição alheia à do cargo) 25 - acúmulo com outro cargo ou emprego público - pagamento de verbas indevidas (gratificações, por exemplo) - número excessivo - ocupação por parentes (nepotismo) - nomeação de pessoas desqualificadas - apropriação indevida (divisão do “salário” com o nomeante) Em razão disso, não raramente alguém, ou a mídia, defende a extinção dos cargos comissionados e a manutenção exclusivamente de cargos de admissão por concurso público. Sem se pretender aprofundar na questão, é mister ressaltar que a previsão de cargos comissionados possui duas justificativas básicas, indicando que a escolha direta dos auxiliares da autoridade nomeante proporciona: - relação de estrita confiança; - garantia de execução de seu ideário político-administrativo. Nesses pontos, a doutrina e jurisprudência majoritária convergem na concordância. De fato, todas as autoridades públicas, nos três poderes, carecem de material humano para possibilitar-lhes a execução de seus projetos, haja vista que não poderão estar em todos os lugares, nem realizar todas as tarefas necessárias, ao mesmo tempo. E há de se considerar que os servidores efetivos, por regra, possuem mais as características técnicas, do que político-administrativas. Inclusive, até os órgãos fiscalizadores, por suas vezes, adotam os cargos comissionados em suas estruturas funcionais próprias. Por isto, é de se frisar que o preenchimento dos cargos comissionados, dentro das regras que lhes são peculiares, não ensejará nenhuma conseqüência danosa à autoridade pública. José dos Santos Carvalho Filho leciona que a natureza desses cargos impede que os titulares adquiram estabilidade: “(...) assim como a nomeação para ocupá-los dispensa a aprovação prévia em concurso público, a exoneração do titular é despida de qualquer formalidade especial e fica a 26 exclusivo critério da autoridade nomeante. Por essa razão é que são considerados de livre nomeação e exoneração (art. 37, II, CF).” In CARVALHO FILHO. Manual de Direito Administrativo. 19. ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2008, p. 551. Segundo Manoel Gonçalves Ferreira Filho, os titulares de cargos comissionados são pessoas de absoluta confiança das autoridades superiores, especialmente dos agentes políticos, constituindo os canais de transmissão das diretrizes políticas, para a execução administrativa (FERREIRA FILHO. Curso de Direito Constitucional. 34. ed. São Paulo: Saraiva, 2008). Afirma Lúcia do Valle Figueiredo que os titulares desses cargos não estão vocacionados a permanecer eternamente, mas, sim, a ficar enquanto perdurar o regime de estrita confiança (FIGUEIREDO. Curso de Direito Administrativo. 9. ed. São Paulo: Malheiros, 2008, p. 543). 4.2 FUNDAMENTAÇÃO Até porque, a existência dos cargos comissionados possui previsão na nossa Carta Maior de 1988, no inciso II, do art. 37. Vejamos: “Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: ... II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração;” Pela simples leitura do texto constitucional, pode-se concluir que a regra geral é a de que as contratações de pessoas nos órgãos públicos deverão ocorrer por Concurso Público. A existência de cargos comissionados é, portanto, exceção a esta regra geral e tem por finalidade propiciar ao governante a execução de suas diretrizes político-administrativas. Lembrando que a abertura de cargo comissionado só é possível através de lei própria, emanada do ente federativo correspondente (União, Estado, Distrito Federal, ou Município), https://www.conjur.com.br/2016-dez-28/cargos-comissionados-servem-apenas-atividades-chefia 27 cuja iniciativa tenha sido tomada pelo Poder com competente (Executivo, Legislativo, Judiciário). 4.3 PROPORÇÃO A quantidade dos cargos comissionados tem gerado acaloradas discussões nesses últimos tempos, tanto na mídia quanto no Judiciário e nos Tribunais de Contas.Não são poucas as notícias de órgãos públicos com grande número de CCs, criados indiscriminadamente, sem nenhuma proporção com os cargos efetivos no mesmo órgão.Até recentemente, os órgãos de fiscalização e controle praticamente se limitavam ao exame dos desvios nos cargos comissionados, sem se ater ao número dos CCs criados, nem na proporção entre estes e os cargos efetivos.Todavia, atualmente, em especial pela atuação do Ministério Público e da imprensa, as atenções estão voltadas também para essa proporção. Vale ressaltar, inclusive, que em processos que chegaram até o STF, nossa Corte Suprema manteve decisões de instancias inferiores, e aplicou os princípios da proporcionalidade, da razoabilidade, da moralidade e da exigência de concurso público, para controlar órgãos e condenar seus dirigentes, por desobediência a essa proporção entre cargos efetivos e comissionados na Administração Pública. 4.4. TIPOS Cargos Comissionados só podem ser criados e ocupados, para as funções de DIREÇÃO, CHEFIA e ASSESSORAMENTO. É a ordem constitucional contida no inciso V, do art. 37: “Art. 37... ... V - as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento;” grifo nosso. Atenção! O texto aponta para as “atribuições” e, não, para a nomenclatura. 28 Assim, o que mais importa verificar são as atribuições que o ocupante realiza; não apenas a nomenclatura do cargo. Até porque, são pelas atribuições que se identifica a natureza jurídica do cargo: se efetivo, ou comissionado. É por isto, que, para identificar a regularidade dos cargos comissionados, o fiscalizador irá constatar, em primeiro lugar, se as atribuições efetivamente realizadas correspondem à Direção, Chefia, ou Assessoramento. 4.5 DIREÇÃO O Mestre em Direito Administrativo HELLY LOPES DE MEIRELLES define que o termo direção, significa comandar um órgão, um setor, um departamento (In Curso de Direito Administrativo Brasileiro, 24ª Edição, São Paulo, Malheiros, p.373). 4.5.1 Chefia Diferentemente do Dirigente, o Chefe não comanda um órgão, mas, pessoas ou serviços. Via de regra, Chefia é escalão (hierárquico) inferior à Direção. O chefe organiza serviços, vistoria-os, e dá ordens a trabalhadores, a fim de realizar, executar tarefas, por meio de outros servidores ou até terceirizados. 4.5.2 Assessoramento Aquele que apoia, que auxilia diretamente a pessoa que o nomeou. Assessor, por regra, deverá realizar assessoria diretamente à autoridade política. O servidor é nomeado em cargo comissionado para ser um adjunto, um assistente, do agente político. A diferença básica entre os cargos que deverão ser preenchidos por servidores concursados ou não, pode ser verificada pelas atribuições do cargo. Se não se tratar de atribuições de Direção, Chefia ou Assessoramento, não se poderá ocupar o cargo por livre nomeação, mas, sim, por concurso público. Vale ressaltar que o tipo que gera maiores dificuldadesde interpretação é o assessoramento. Diretor e Chefe são fáceis de identificar, pois, se a função não for de comando de um órgão não será de direção, e se não for de comando de pessoas e serviços, não será de chefe. https://pt.wikipedia.org/wiki/Hely_Lopes_Meirelles 29 Porém, ao assessoramento, faz-se necessária a análise da característica da função, se são técnicas e permanentes (efetivos), ou de política (comissionados). 4.6 DESVIOS 4.6.1 Desvio de finalidade Quando algum órgão público cria cargos comissionados visando a nomeação de servidores para realizarem atividades diferentes daquelas permitidas pela Constituição Federal (direção, chefia e assessoramento), estar-se-á diante do desvio de finalidade dos CCs. Embora lamentável, é comum a existência de cargos comissionados com nomenclaturas absolutamente diferenciadas da previsão legal, assim como, leis autorizadoras de CCs (independentemente da nomenclatura) sem a indicação das atribuições de seus ocupantes. É que, muitas das vezes, o agente político cria cargos comissionados por outras razões, que não aquela de receber o lícito apoio de pessoas de confiança, para desempenhar seu ideário político-administrativo. Com a intenção de beneficiar ou acolher apaniguados, ou até de cooptar eleitores ou “cabos eleitorais”, o agente político utiliza-se dos cargos comissionados, em verdadeiro desvio de finalidade. 4.6.2 Desvio de função De idêntica forma, encontramos ocupantes de cargos comissionados realizando funções distintas daquelas previstas para o CC. É o caso de um Diretor que não dirige um órgão; de um chefe que não coordena serviços, nem possui servidor sob suas ordens; ou de um assessor que não está vinculado a autoridade, nem realiza tarefas características de assessoramento. O desvio de função se caracteriza pela prática de outras tarefas, pelo ocupante do cargo comissionado, que não aquelas fixadas na lei criadora do cargo, ou determinadas para os tipos direção, chefia e assessoramento. 4.7 CARACTERÍSITCAS PRÓPRIAS DOS CCs 30 Em sendo assim, deve ser limitada aos casos em que seja exigível especial relação de confiança entre o governante e o servidor, e que o nomeado possua qualificações suficientes à realização das atribuições respectivas. As principais características dos cargos comissionados são preenchidos através de nomeação, pela livre escolha da autoridade vinculada. Celso Antônio Bandeira de Mello define cargos em comissão para distingui-los dos cargos de provimento efetivo nos seguintes termos: “aqueles vocacionados para serem ocupados em caráter transitório por pessoa de confiança da autoridade competente para preenchê-los, a qual também pode exonerar ad nutum, isto é, livremente quem os esteja titularizando.” In Mello. Celso Antônio Bandeira de. Curso de Direito Administrativo. 17ª ed. São Paulo: Malheiros, 2004 - p. 277. Essa discricionariedade do administrador público, que a princípio parece lhe dar total liberdade de escolha, deverá pautar-se, no entanto, em algumas normas específicas para esse tipo de contratação de pessoal. Em primeiro lugar, é de se ressaltar que em cada órgão público poderá existir regras próprias concernentes ao preenchimento dos cargos comissionados, tais como: idade mínima, antecedentes, parentesco, declaração de bens, e até seleção. É que cada ente da Federação (União, Estados, Distrito Federal, Municípios), bem como cada Poder (Executivo, Legislativo e Judiciário) possui a prerrogativa de ampliar a regramento referente aos servidores em comissão. Outrossim, interpretando a legislação superior, tanto doutrina quanto jurisprudência têm interpretado vários pontos desse tema, e determinado o cumprimento de certas regras básicas. Vejamos as principais: Inacumulação Os cargos comissionados são inacumuláveis qualquer outro cargo público, emprego ou função, tanto na Administração Direta quanto Indireta (art. 37 XVII, da Constituição Federal). Aliás, não poderão ser acumulados nem com cargo de professor, na hipótese indicada pelo art. 37, XVI, “b”, eis que não se enquadra como cargo técnico. Verba Única https://www.dicio.com.br/inacumulavel/ 31 Os Tribunais de Contas e o Poder Judiciário têm interpretado nos tempos mais recentes, que aos ocupantes dos cargos comissionados não se poderá pagar verbas complementares, tais como gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outras espécies remuneratórias. É que o parágrafo quarto, do art. 39, da Constituição Federal, com a redação dada pela Emenda nº 19, prevê essa proibição aos subsídios, levando esses órgãos à interpretação de que a ordem abrange todos os cargos comissionados. 4.7.1 Décimo Terceiro e Férias Com base na previsão do art. 39, parágrafo terceiro, da Constituição Federal, a jurisprudência pátria já pacificou que os ocupantes de CCs têm direito concernentes às férias e décimo terceiro. É que a Carta Magna equiparou, nesse dispositivo, os servidores ocupantes de cargos públicos, aos trabalhadores de um modo geral, outorgando-lhes direitos equivalentes. 4.7.2 Horas Extras Com jurisprudência pacífica neste ponto, os ocupantes de cargos comissionados não fazem jus ao recebimento de horas extras, pelo entendimento de que a atuação dos titulares dos CCs não se submete ao cumprimento rigoroso de horários e possuem dedicação integral. É que o servidor comissionado, em razão da proximidade e confiabilidade dominante na relação com a autoridade que o nomeou, bem como, da demanda constante de decisões e afazeres exigidos dos agentes políticos, presta seus serviços durante o expediente normal do órgão vinculado, mas, também, em outros horários e momentos extraordinários. Por isso, a disposição disponibilidade do ocupante de cargo comissionado será, pela própria característica, de caráter integral. 4.7.3 Regime Previdenciário A Constituição Federal assegura, no art. 40, que todos os servidores públicos do país tenham regime de previdência, de caráter contributivo e solidário. No caso dos servidores efetivos (submetidos a concurso público; de carreira), o regime previdenciário será aquele que o ente da federação criou (RPPS); já, para os comissionados 32 e empregados públicos, o regime previdenciário será o geral (RGPS), mantido pela União Federal. Destarte, com base no art. 40, § 13, da Constituição Federal, os cargos comissionados deverão contribuir, e estarão submetidos, ao Regime Geral de Previdência. 4.7.4 Responsabilizações Segundo as regras legais, as conseqüências para o preenchimento, manutenção, ou desvio dos cargos comissionados são várias. Além de ordem judicial para exoneração dos CCs ocupados de forma ilegal ou irregular, os responsáveis e beneficiários ainda poderão receber outras penalidades, aplicadas nas diversas áreas de caráter administrativo, cível ou penal, fixadas em distintos diplomas normativos, e apuradas em vias diversificadas, tais como: 4.7.5 Ilícitos eleitorais (Lei 9.504/97): - multas (5 a 100 mil UFIR) - cancelamento do registro de candidatura - cassação do diploma - perda do mandato - inelegibilidade (8 anos) 4.7.6 Improbidade administrativa (Lei 8.429/92): - suspensão dos direitos políticos - penas pecuniárias - impedimento de contratar com órgãos públicos - impedimento de participar de concurso público 4.7.7 Infração Disciplinar (Estatutos Funcionais): - advertência; - suspensão; - demissão; 33 - cassação de aposentadoria ou de disponibilidade; - destituição de cargo em comissão ou de função comissionada. 4.7.8 Crime eleitoral (Leis: 4.737/65, 6.091/74 e 9.504/97 - Lei Complementar 64/90) - penas privativas de direitos - penas privativas da liberdade - penas pecuniárias - penas
Compartilhar