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Paulo Vítor S. Carvalho DEFINIÇÕES E EXEMPLOS Atividade 03 – 1ª VA Anápolis – GO 2022 Curso de Engenharia Agrícola Disciplina de Projetos de Máquinas Prof. Hélio de Souza Queiroz 1. TENACIDADE É a habilidade de um material de absorver energia até sua fratura, incluindo o regime plástico. Assim, representa também a capacidade de suportar tensões maiores que a tensão de escoamento de um material, a partir da qual a deformação plástica se inicia. Considerando que a ductilidade é a medida da quantidade de deformação plástica que um material suporta, pode-se dizer que a tenacidade é o resultado da soma da resistência do material com a sua ductilidade. Logo, uma elevada resistência ou elevada ductilidade podem não significar imediatamente uma elevada tenacidade, mas um material com boa tenacidade e ductilidade apresenta boa tenacidade. Graficamente, é determinada como a área sob toda a curva tensão- deformação, incluindo ambos os regimes plástico e elástico. De acordo com a tenacidade, um mineral pode ser: • Friável (quebradiço, frágil): Facilmente quebrado ou reduzido a pó. Ex.: fluorita e calcita. • Maleável: Facilmente transformado em lâminas, Ex.: ouro, prata, cobre. • Séctil: Facilmente cortado com um canivete. Ex.: ouro, prata, cobre. • Dúctil: Facilmente transformado em fios. Ex.: ouro, prata, cobre. • Flexível: Dobrável, porém não recupera a forma anterior. Ex.: alumínio, talco, gipsita. • Elástica: Dobrável, porém recupera a forma anterior. Ex.: micas, borracha. 2. RESILIÊNCIA É a capacidade de um material absorver energia mecânica em regime elástico (ou resistir à energia mecânica absorvida) por unidade de volume e readquirir a forma original quando retirada a carga que provocou a deformação. Materiais de alta resiliência possuem alto limite de escoamento e baixo módulo de elasticidade, sendo os ideais para uso em molas. Graficamente, a resiliência corresponde à área sob a curva tensão-deformação no regime elástico, e é caracterizada pelo Módulo de Resiliência associado, que, por sua vez, corresponde à energia por unidade de volume necessária para tensionar o material de zero até sua tensão de escoamento. Ex.: A borracha é extremamente resiliente. Curso de Engenharia Agrícola Disciplina de Projetos de Máquinas Prof. Hélio de Souza Queiroz 3. FRAGILIDADE É a ausência de deformação significativa antes da ruptura de um material, ou seja, é a capacidade de um determinado material não sofrer deformação quando a este é aplicada uma determinada força, ele tende a se romper com pouca deformação não tendo a capacidade de absorver energia. A fratura ocorre com pequenas deformações permanentes. Ex.: Vidros e Cerâmicas. 4. DUCTILIDADE É a capacidade que um material tem de sofrer grandes deformações permanentes, sob tração antes da fratura, ou seja, este determinado material sofre deformação, sem se romper, quando a este é aplicado uma determinada força. A ductilidade é uma característica muito desejada na indústria, pois muitos materiais precisão ser submetidos a processos de tração e compressão até que se atinja a sua forma desejada. Ex.: fios e chapas metálicas. 5. MÓDULO DE ELASTICIDADE LONGITUDINAL O módulo de elasticidade longitudinal ou módulo de Young, representado pela letra E, expressa a rigidez do material, ou seja, determina a capacidade que um material tem de resistir a tensões longitudinais, sem que haja deformações ou rompimento. É uma relação (quociente) entre a tensão aplicada e a deformação elástica resultante. Está relacionado com a rigidez do material ou a resistência a deformação elástica. 6. MÓDULO DE ELASTICIDADE TRANSVERSAL O módulo de elasticidade transversal, representado pela letra G, expressa a rigidez do material, ou seja, determina a capacidade que um material tem de resistir a tensões transversais, sem que haja deformações ou rompimento. É uma relação (quociente) entre a tensão aplicada e a deformação elástica resultante. Está relacionado com a rigidez do material ou a resistência a deformação elástica. Ex. 5 e 6 : Módulos de elasticidade para materiais cerâmicos são muito altos. 7. DUREZA Consiste em uma medida de resistência do material a uma deformação plástica (ou seja, permanente) e localizada, como uma pequena endentação ou um risco. Logo, quanto Curso de Engenharia Agrícola Disciplina de Projetos de Máquinas Prof. Hélio de Souza Queiroz maior a dureza do material, maior será sua resistência a tal deformação localizada, de modo que esta se torna mais difícil. É a resistência à deformação permanente: por penetração; absorção de energia sob carga dinâmica; resistência à ação do risco, à abrasão ou ao corte. Ex.: O diamante é o material mais duro existente na natureza. 8. LIMITE DE ESCOAMENTO NA TRAÇÃO É a tensão máxima na tração que pode ser aplicada a um material sem causar deformação plástica. É a tensão na qual um material exibe uma deformação permanente especificada e é uma aproximação prática do limite elástico. Esse limite é justamente o ponto onde começa a deformação, através de determinada tensão de tração, irrecuperável (ou plástica) do material. A partir deste ponto o material só recuperará a parte elástica de sua deformação e ficará com uma deformação permanente e irreversível. 9. LIMITE DE ESCOAMENTO NA TORÇÃO É a tensão máxima na torção que pode ser aplicada a um material sem causar deformação plástica. É a tensão na qual um material exibe uma deformação permanente especificada e é uma aproximação prática do limite elástico. Esse limite é justamente o ponto onde começa a deformação, através de determinada tensão de torção, irrecuperável do material. Após esse ponto, o material só recuperará a parte elástica de sua deformação e ficará com uma deformação permanente e irreversível. Ex.: Ao projetar um aço em construção, ele deve suportar uma determinada força durante o uso e não deve se deformar plasticamente. 10. LIMITE DE RESISTÊNCIA À TRAÇÃO ESTÁTICA É a medida da força necessária para tracionar algo como uma corda, arame ou uma viga estrutural até o ponto em que se quebra. A resistência à tração de um material é a quantidade máxima de tensão de tração que ele pode suportar antes da falha, por exemplo, quebra. Por isso, na indústria em geral, é necessário conhecer esse limite para diversos materiais. Ex.: O limite de resistência à tração pode variar de 50 MPa para um alumínio a até 3000 MPa para os aços de alta resistência. Curso de Engenharia Agrícola Disciplina de Projetos de Máquinas Prof. Hélio de Souza Queiroz 11. LIMITE DE RESISTÊNCIA À TORÇÃO ESTÁTICA É a tensão limite de um elemento construtivo ou um prisma mecânico, quando se aplica momento sobre seu eixo longitudinal. Podem tanto ser eixos quanto elementos nos quais uma dimensão é predominante a outras duas. Existe uma torção quando uma seção transversal de uma peça está sob a ação de um conjugado que tende a torce-la. Ex.: Apertar um parafuso em uma chapa de madeira é aplicar sobre ele uma força de torção. 12. LIMITE DE RESISTÊNCIA À FADIGA É o limite de carga que um material exposto à carga cíclica consegue suportar sem ocorrências significativas de fadiga ou ocorrências de falha. Materiais os quais suportam no ensaio de fadiga com força definida mais de 1.000.000 ciclos sem ruptura são considerados como duráveis. O limite de fadiga Z é a faixa entre 104 e 2.106 ciclos (dependendo do material), é a faixa entre 104 e 2.106 ciclos (dependendo do material). O limite de fadiga é determinado no ensaio de fadiga ou ensaio de High Cycle Fatigue (HCF). O ensaio fornece como resultado o número de ciclos com uma amplitude de carga. Ex.: Tratamento térmico em determinados materiais diminui a resistênciaà fadiga. 13. VIDA À FADIGA A vida à fadiga de um componente contendo trincas pode ser entendida como a quantidade de ciclos de carregamento que o componente suporta até a eventual ruptura. Na previsão da vida à fadiga, as fases de iniciação e propagação podem ser consideradas separadamente, obtendo o número de ciclos gastos em cada fase. Ou seja, a vida à fadiga é o números de ciclos necessário que determinado material leva até chegar em seu limite de carga e ocorrer uma ruptura. Ex.: Fatores que podem influenciar na vida à fadiga como as descontinuidades granular do material, temperatura de operação e exposição a corrosão.
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