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55 AULA 7 – ESTRUTURA DA PONTE Projetos de Máquinas Prof. Gilberto Machado da Silva ROTEIRO DA AULA: Prezado aluno, nessa aula você continuará seu projeto. Iniciaremos o dimensionamento da ponte rolante, iniciaremos pela estrutura da ponte: composta por duas vigas principais e duas vigas cabeceiras. Dessa forma, acompanhe no texto abaixo a sequência de dimensionamento de seu projeto. No final responda às 3 questões para fixação do conteúdo trabalhado. 7. Dimensionamento da estrutura da ponte A segunda parte do projeto será desenvolvido o projeto da ponte, na seguinte sequência: - Estrutura da ponte 1. Vigas principais 2. Vigas cabeceiras ou testeiras - Mecanismo de translação da ponte 3. Motor 4. Redutor 5. Freio de parada 6. Eixo de transmissão de movimento 7. Rodas da ponte 8. Acoplamentos 7.1 Vigas principais Admite-se uma ponte rolante com um carro apoiado em 2 vigas. As vigas, denominadas principais, devem satisfazer a condição de tensões atuantes menores ou iguais às tensões admissíveis, e também a flecha atuante deve ser menor que a flecha admissível (caso mais critico) 56 AULA 7 – ESTRUTURA DA PONTE Projetos de Máquinas Prof. Gilberto Machado da Silva Onde: amax – é a aproximação máxiama do carro (adotar amax=0,5 m) ac – é a distância do centro da cabine de comando até roda A (adotar ac=1,2 m) a1 – distância estimada do centro das vigas principais até as rodas (adotar a1=0,4 m) av – vão do carro ar – entre rodas do carro L – vão da ponte R – entre rodas da ponte Para vigas de grandes vãos a flecha é mais critico que a resistência logo iremos adotara seção tranversal da viga principal pela flecha máxima no centro da viga. A norma NBR – 8400 não faz nehuma referência quanto a flecha máxima, logo adotaremos o critério da norma americana CMAA#70 que determina uma flecha máxima no valor de L/800, onde L é o vão da ponte em milímetros. RAc e RBc são as reações nas rodas do carro com peso e carga Gcabine é o peso da cabine de comando ( adotar 8 kN) Levantar a equação da linha elástica e igual a flecha no centro da viga a L/800. A partir do valor do módulo de resistência á flexão WZZ adota a seção transversal no arquivo Projeto Prliminar p.8. Adotada as eção transversal calcula-se o momento de inércia em torno do eixo z, estime o peso da viga e verifique a flecha máxima no centro agora com o peso próprio da vida através de uma força distribuida. 57 AULA 7 – ESTRUTURA DA PONTE Projetos de Máquinas Prof. Gilberto Machado da Silva - Peso da viga: - Verifcação da Flecha no centro da viga: - Verifcação quanto a resistência: Segundo a NBR – 8400 as tensões admissíveis para estruturas são dadas por: Para o aço estrutural SAE A36: - Tensão de flexão Segundo a NBR – 8400 para a tensão de flexão considera-se a solicitações estáticas devido ao peso próprio SG, as ssolicitações devidas as cargas em serviço SL multiplicada s pelo coeficiente de efeito dinâmico ψ acrescidos do efeito horizontal SH multiplicados pelo coeficiente de majoração Mx. 58 AULA 7 – ESTRUTURA DA PONTE Projetos de Máquinas Prof. Gilberto Machado da Silva Logo a tensão de flexão é dada por: Onde: ML é o momento devido a carga de serviço MG é o momento devio ao peso próprio MH é o momento horizontal Mx é o fator de majoração que depende do grupo de classificação da estrutura e é função do estado de carga e da frequência de utilização. NBR 8400 p.15 ψ é o coeficiente dinâmico que depende da velocidade de elevação NBR 8400 p.10 Iz é o momento de inércio em torno do eixo z Iy é o momento de inercia em torno do eixo y y e z as distâncias de maior tensão na seção onde y=h/2 e z=b/2 59 AULA 7 – ESTRUTURA DA PONTE Projetos de Máquinas Prof. Gilberto Machado da Silva O momento horizontal MH é dado por: Onde: ap é a aceleração da ponte [m/s2] que depende da velocidade da ponte NBR 8400 p.11 Vp é a velocidade da ponte [m/s] dado no Projeto Preliminar p.15 g é a aceleração da gravidade - Tensão de cisalhamento devido ao torque O efeito da força horizontal da roda do carro no trilho que estã sobre a viga principal causa um efeito de torção na seção da viga principal. Onde: FH é a força horizontal na roda do carro a é a altura do trilho do carro T0 é o torque aplicado @ é a área média A tensão de cisalhamento devido ao torque é dado por: - Tensão de cisalhamento devido à força cortante Onde: Qz é o momento estático de área momento estático de área é dado por: y’1 e y’2 são as distâncias dos centróide das áreas até o centróide da seção. 60 AULA 7 – ESTRUTURA DA PONTE Projetos de Máquinas Prof. Gilberto Machado da Silva - Tensão combinada Segundo a NBR 8400 a tensão combinada é dada por: 7.2 Vigas cabeceiras Para o cálculo da viga cabeceira o carro deverá estar na máxima aproximação (lado da cabine de comando) com carga. Segundo a NBR 8400, para o cálculo das rodas da ponte será necessário as reações na roda da ponte com o carro sem carga na máxima aproximação oposta que será adiantado nesse tópico. - Carro com carga 61 AULA 7 – ESTRUTURA DA PONTE Projetos de Máquinas Prof. Gilberto Machado da Silva - Carro sem carga - Pré dimensionamento da viga cabeceira Toma-se as maiores reações na viga cabeceira oriundas da viga principal e os torques que se tornam momentos fletores concentrados. Trace os diagramas de força cortante e momento fletor e tome o maior momento fletor e a correspondente força cortante. Adote uma seção transversal Projeto Preliminar p.8 Adotada a seção transversal calcule o momento de inércia em torno do eixo z e o peso da viga: 62 AULA 7 – ESTRUTURA DA PONTE Projetos de Máquinas Prof. Gilberto Machado da Silva Agora com o peso próprio da viga verificar a condição de resistência mecânica. Flexão: Cisalhamento: Onde: Iz - Momento de inércia de área na direção (z) y- distância do centroide até o ponto de máxima tensão Qz - Momento estático de área t - espessura da chapa Tensão combinada: 7.3 União da viga principal e viga cabeceira Como a ponte é uma estrutura grande a ponte é levada desmontada até o local a ser instalada e as vigas serão montadas na obra. Utiliza-se nesse tipo de junção parafusos de alta resistência os parafusos não são cisalhados, a sustentação do cisalhamento é feito pelo atrito entres as chapas. 63 AULA 7 – ESTRUTURA DA PONTE Projetos de Máquinas Prof. Gilberto Machado da Silva - Esforços na junção A junção está nos pontos E, F, G e H da estrutura tomando o ponto E o mais solicitado tem-se: Considera-se que a junção estará sujeita ao cisalhamento RE’ ao torque T0 e aos momento fletores oriundos da viga principal considere: (MG+ML)/2 e MH/2 Note que a força cortante RE’ ao torque T0 estão cisalhando a junção, enquanto os momentos fletores (MG+ML)/2 e MH/2 estão tracionando os parafusos mais externos - Projeto da Junção Onde: dp é o diâmetro do parafuso o minimo diâmetro segundo a NBR - 8400 p. 55 - Tabela 40 é de 10 mm e os valores (e , d) as distâncias entre os parafusos. - Cisalhamento nos parafusos 64 AULA 7 – ESTRUTURA DA PONTE Projetos de Máquinas Prof. Gilberto Machado da Silva Onde: Cilhamento devido ao torque direção y: Cilhamento devido ao torque direção z: Cilhamento devido a força cortante direção y: Onde: np – número de parafusos na junção y e z – coordenadasdos parafusos ymax e zmax – coordenada máxima do parafuso A força de cisalhamento total é dada por: A força radial deverá ser transformada numa força normal que atribuirá à junção um força de atrito para sustentar o cisalhamento, segundo NBR 8400 p. 18 e 54 Onde: FN1 – força normal necessária FR – força radial aplicada FSp – coeficiente de segurança ( NBR 8400 p. 18 ) µ - coeficiente de atrito (NBR 8400 p. 54) m – número de superfícies em contato (NBR 8400 p. 55) - Forças normais aplicadas Devido ao momento MH/2 Devido ao momento( MG+ML)/2 65 AULA 7 – ESTRUTURA DA PONTE Projetos de Máquinas Prof. Gilberto Machado da Silva Força normal total atuante - Verificação quanto a resistência no parafuso Onde: A – seção resistente (NBR 8400 p. 55) σa é a tensão admissivel no parafuso segundo NBR 8400 p.55 com: σe = 900 MPa - Torque de aperto no parafuso Onde: O torque aplicado é dado por:
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