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P2 Material componentes passivos (Capacitores)

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SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL- MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO 
UNIVERSIDADE FEDERAL DA GRANDE DOURADOS 
FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS 
DISCIPLINA: Eletrônica Aplicada a Agricultura 
 
 
 
 
 
2. CAPACITORES 
 
2.1 Fundamentos dos Capacitores: 
 
Um capacitor (ou condensador) é um dispositivo eletroeletrônico que serve para armazenar energia 
elétrica no campo elétrico existente no seu interior. Para entendermos o seu funcionamento, vamos 
inicialmente considerar um corpo carregado ou um gerador de cargas elétricas conectado a uma esfera 
condutora de raio R, imersos num meio cuja constante eletrostática é k, conforme indica a figura 1. 
 
 
 
Figura 1 - Carregamento de uma esfera condutora por contato com um gerador de cargas 
 
Através de um condutor, a esfera será eletrizada (carregada) por contato, com uma quantidade de 
carga Q. Sabemos, do estudo da Eletrostática que, o potencial elétrico formado na superfície de uma 
esfera condutora carregada é dado pela equação: 
 
 
Onde: 
V = potencial elétrico na superfície da esfera, em Volts (V) 
Q = quantidade de carga, em Coulombs (C) 
R = raio da esfera, em Metros (m) 
k = constante eletrostática do meio (9 x 109 N.m2 /C2 , para o vácuo) 
 
Operando esta equação obtemos: 
 
Se aumentarmos a quantidade de carga Q na esfera, verificamos que o potencial elétrico V aumenta 
na mesma proporção, o que nos fornece a seguinte relação matemática: 
 
Esta constante C, que depende do raio da esfera e do meio ou da quantidade de carga Q e do potencial 
elétrico V, é chamada Capacitância. A Capacitância expressa a habilidade de um dispositivo 
armazenar cargas elétricas. 
 
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UNIVERSIDADE FEDERAL DA GRANDE DOURADOS 
FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS 
DISCIPLINA: Eletrônica Aplicada a Agricultura 
 
 
 
 
 
Assim, 
 
Ou então: 
 
 
 
2.2 Função: 
 
Os Capacitores podem ser definidos basicamente da seguinte maneira: 
São componentes que armazenam energia na forma de Campo Eletrostático; 
São componentes que se opõem às variações de tensão em seus terminais; 
São componentes capazes de deixar passar sinais elétricos de frequências elevadas e de se opor à 
passagem de sinais de baixas frequências. 
A capacidade de armazenamento do capacitor é usada para obter-se bons efeitos em filtros. 
O capacitor é formado de duas placas metálicas, separadas por um material isolante denominado 
dielétrico. Utiliza-se como dielétrico o papel, a cerâmica, a mica, os materiais plásticos ou mesmo o 
ar. A propriedade que estes dispositivos possuem de armazenar energia elétrica sob a forma de um 
campo eletrostático é chamado de capacitância C. 
A unidade de capacitância é o Farad (F), dado pela relação Coulomb por Volt. 
 
2.3 Características de Identificação: 
 
Dizemos, então, que um dispositivo tem a capacitância de 1 Farad quando uma carga de 1 Coulomb 
armazenada fizer estabelecer um potencial elétrico de 1 Volt. As sub-unidades mais usuais são o 
microfarad (µF), o nanofarad (nF) e o picofarad (pF), pois o Farad é uma unidade muito grande, por 
isso, são utilizados os submúltiplos: 
Microfarad (μF) = 0,0000001 Farad ou 1. 10^-6 F. 
Nanofarad (nF) = 0,000000001 Farad ou 1. 10^-9 F. 
Picofarad (pf) = 0,000000000001 Farad ou 10^-12 F. 
 
2.4 Simbologia Geral: 
 
 
 
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DISCIPLINA: Eletrônica Aplicada a Agricultura 
 
 
 
 
 
2.5 Aspectos: 
 
 
 
2.6 Aplicações e Constituição de um Capacitor: 
 
Capacitores são utilizados com o fim de eliminar sinais indesejados, oferecendo um caminho mais 
fácil pelo qual a energia associada a esses sinais espúrios pode ser escoada, impedindo-a de invadir o 
circuito protegido. 
Nestas aplicações, normalmente quanto maior a capacitância melhor o efeito obtido e podem 
apresentar grandes tolerâncias. 
Já capacitores empregados em aplicações que requerem maior precisão, tais como os capacitores que 
determinam a frequência de oscilação de um circuito, possuem tolerâncias menores. 
 
2.7 Capacitor de Placas Paralelas: 
 
O Capacitor de Placas Paralelas é composto por duas placas condutoras paralelas ou eletrodos 
(também chamadas de Armaduras) separadas por um material dielétrico de espessura uniforme. As 
placas condutoras podem ser de qualquer material bom condutor de eletricidade. É comum o uso do 
alumínio e do cobre. O dielétrico deve ser um material mau condutor (um isolante). É comum o uso 
de materiais plásticos e cerâmicos e de óxidos isolantes. O capacitor elementar (básico) de placas 
planas e paralelas e sua simbologia, usada nos diagramas de circuitos eletrônicos, são mostrados na 
figura 2. 
 
 
 
Figura 2 - Capacitor de placas paralelas: Elementos construtivos e simbologia 
 
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2.7 Fatores que Influenciam no Valor da Capacitância: 
 
A capacitância de um capacitor, é uma constante característica do componente, assim, ela vai 
depender de certos fatores próprios do capacitor. A área das armaduras, por exemplo, influi na 
capacitância, que é tanto maior quanto maior for o valor desta área. Em outras palavras, a capacitância 
C é proporcional à área A de cada armadura, ou seja: CA 
A espessura do dielétrico é um outro fator que influi na capacitância, verifica-se que quanto menor 
for a distância d entre as armaduras maior será a capacitância C do componente, isto é: C1/d 
Este fato também é utilizado nos capacitores modernos, nos quais se usam dielétricos de grande poder 
de isolamento, com espessura bastante reduzida, de modo a obter grande capacitância. 
A expressão da capacitância é dada em função dos parâmetros indicados na figura 3. 
Nota-se a presença da constante 8,85 x 10-12 (a permissividade do vácuo). 
Assim: 
 
ou então: 
 
onde: 
C – Capacitância, em Farad (F) 
K – Constante Dielétrica, adimensional 
A – Área das Placas, em metros quadrados (m²) 
d – Distância entre as placas, em metros (m) 
 
 
Figura 3 - Parâmetros da equação do capacitor em função das características construtivas 
 
A única dificuldade no uso desta equação é manter a coerência das unidades. Capacitância é dada em 
Farads (F), a área A é dada em metros quadrados (m²) e a distância entre as placas é dada em metros 
(m). “K” é uma taxa e um número puro (sem dimensões). Algumas vezes, constantes diferentes são 
usadas na equação. Isto acontece quando outras unidades além de Farads e metros são usadas. 
Microfarads e polegadas podem ser usadas, por exemplo, desde que as constantes sejam adequadas. 
Podemos, então, relacionar as grandezas que influem na capacitância de um capacitor: 
Quanto maior a área das placas do capacitor, maior quantidade de elétrons livres que podemos obter 
 
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para serem deslocados para o positivo da bateria, portanto, mais carga será armazenada e maior será 
a capacitância. 
Quanto maior a distância entre as placas, maior será a camada dielétrica, menor será a influência de 
uma placa sobre a outra, menor a quantidade de carga armazenada e portanto, menor a capacitância. 
Quanto maior a constante dielétrica, mais polarizável é o dielétrico e, portanto, mais carga será 
possível armazenar nas placas até que se estabeleça o equilíbrio de tensões entre a fonte e o capacitor. 
Assim, a capacitância de um capacitor depende diretamente da área das placas e do tipo de material 
dielétrico usado (constante dielétrica K) e inversamente da distância entre as placas.Todos os capacitores comerciais usam materiais dielétricos com valores de “K” maiores para diminuir 
suas dimensões e aumentar a capacitância. 
Alguns materiais usados atualmente estão relacionados na Tabela 1. 
Há uma tendência para os materiais de K mais elevados. Então, porque são fabricados capacitores 
com os materiais que possuem baixos valores de K como os capacitores com isolantes plásticos? A 
resposta geralmente se encontra nas outras características dos capacitores como a estabilidade com 
relação a temperatura, faixas de tensões, facilidades construtivas, etc. 
 
Tabela 1 - Constante dielétrica (k) para diversos materiais 
 
 
 
2.8 Comportamento dos Capacitores em Circuitos de Corrente Contínua (CC): 
 
Qual o comportamento dos capacitores quando conectados aos circuitos de corrente contínua? 
Certamente o mais simples é o circuito RC (de temporização), mostrado na figura 4. É chamado RC 
porque a combinação da resistência R e a capacitância C determina sua operação durante a carga e a 
descarga do capacitor. 
 
 
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2.8.1 Carga do Capacitor: 
 
Figura 4 - Circuito RC em corrente contínua 
 
No instante em que a chave é fechada, há um máximo de repulsão eletrostática (fluxo de elétrons 
máximo) e, portanto, a corrente é máxima enquanto a tensão sobre o capacitor é nula. 
O capacitor inicia o processo de carga e o fluxo de elétrons (corrente) tende a diminuir enquanto a 
tensão sobre ele se eleva. Quando o capacitor estiver completamente carregado, é como se fosse um 
tanque fechado (lacrado) completamente cheio e não circula mais corrente. 
Neste instante, a tensão sobre o capacitor é máxima e igual à tensão da fonte (bateria). Portanto, a 
tensão sobre o capacitor aumenta desde zero (completamente descarregado) até igualar-se à tensão 
da fonte, seguindo uma curva pré-determinada com relação ao tempo. 
A corrente no circuito sofre uma variação instantânea desde zero até um valor máximo (dependente 
da resistência do circuito) e decai a zero, enquanto o capacitor se carrega. 
 
 
Figura 5A; 5B - Tensão e corrente sobre um capacitor num circuito RC – carga 
 
Se o resistor for pequeno, a corrente flui facilmente e o capacitor é carregado mais rapidamente. Se 
houver um resistor de alto valor, o processo de carga segue uma curva diferente e levará mais tempo 
para o carregamento. O comportamento da tensão versus tempo também é influenciado pelo tamanho 
do capacitor. Se a capacitância é muito alta, o capacitor ira requerer mais energia para carregá-lo (a 
área do tanque é maior), e a corrente fluindo pelo resistor ira requerer mais tempo para carregá-lo. 
A figura (5A) apresenta 3 curvas de carga, cada uma atingindo o mesmo ponto final, mas através de 
diferentes caminhos. A figura (5B) apresenta o comportamento da corrente durante o carregamento 
do capacitor. Ajustando o valor da resistência R e da capacitância C, as curvas 1, 2, 3 e muitas outras 
A 
B 
 
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podem ser formadas. Qual a utilidade disto? Um circuito temporizador pode acionar ou desligar um 
aparelho após um tempo pré-especificado através da tensão sobre o capacitor operando uma chave 
quando alcançar um valor pré-determinado. 
Se outras considerações neste circuito exigissem que a chave fosse operada para uma tensão 
decrescente, em vez de uma tensão crescente, a tensão que aparece sobre o resistor poderia ser usada, 
conforme equação da figura 4. 
No instante em que a chave for fechada, toda a tensão da bateria aparece sobre o resistor e nenhuma 
sobre o capacitor. Neste instante, o capacitor se comporta como um curto-circuito. 
A tensão sobre o resistor decresce com o tempo enquanto a tensão sobre o capacitor aumenta com o 
tempo. Note que o capacitor bloqueará o fluxo de corrente contínua quando estiver carregado. O 
capacitor carregado se comporta como um circuito aberto. 
 
2.8.1.1 Equações que Regem as Curvas de Carga do Capacitor: 
 
 
 
2.8.2 Descarga do Capacitor: 
 
 
Figura 6 - Circuito para a descarga do capacitor 
 
A corrente poderá fluir novamente desde que a chave seja conectada para descarregar o capacitor, 
como indica a figura 6. Os elétrons da placa negativa são atraídos pelas cargas positivas da outra 
placa provocando uma corrente elétrica proporcionada pela tensão do capacitor. A energia 
armazenada no capacitor flui como corrente através do resistor até que a tensão sobre o capacitor 
alcance zero, como indicam as curvas da figura 7. O capacitor pode, então, ser comparado com uma 
fonte (bateria), embora os princípios de operação sejam completamente diferentes. 
 
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Figura 7 - Comportamento da tensão e da corrente na descarga do capacitor 
 
Note que a corrente no circuito sofre uma variação instantânea desde zero até um valor máximo 
(dependendo a resistência R do circuito) mas em sentido contrário, pois o capacitor está se 
comportando como uma fonte de tensão (fornecendo corrente). Na medida em que a tensão cai a zero 
a corrente acompanha a mesma tendência. 
 
2.8.2.1 Equações que Regem as Curvas de Descarga do Capacitor: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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2.8.3 Energia Armazenada no Capacitor: 
 
A energia potencial armazenada no capacitor, em Joules (J), pode ser dada pela equação: 
 
 
 
2.8.4 Constante de Tempo RC: 
 
 
 
2.9 Principais Parâmetros dos Capacitores: 
 
Antes de estudarmos os tipos de capacitores, precisamos conhecer os seus principais parâmetros. 
Capacitância Nominal (CN) - É o valor de capacitância pelo qual o capacitor é denominado e para 
o qual foi fabricado. O valor real da capacitância pode apresentar um desvio (uma diferença), em 
relação ao valor nominal. 
Tolerância - A Tolerância é uma faixa de variação admissível para a capacitância que o capacitor 
realmente apresenta. O valor da Tolerância pode ser expresso em valor percentual da capacitância 
nominal ou através de um intervalo de variação admissível da capacitância nominal. Exemplo: Um 
Capacitor de 100pF (nominal) com tolerância 10% ou ± 10pF indica que a sua capacitância real pode 
estar entre 90pF e 110pF. Se medirmos a sua capacitância e o valor estiver nesta faixa, o capacitor 
estará dentro dos parâmetros. Caso contrário, estará fora de especificação. 
Tensão Nominal (VN) - É a tensão contínua máxima que pode ser aplicada a um capacitor, sem que 
ele se danifique. 
Tensão de Operação (Vop) - É a tensão na qual o capacitor opera sem reduzir sua vida útil. Este 
valor de tensão não deve ser superior à tensão nominal do capacitor. 
Tensão de Pico (Vp) - É a máxima tensão que pode ser aplicada num capacitor, por curtos períodos 
de tempo, até 5 vezes por minuto, durante 1 hora. 
Resistência Paralela (RP) - O Material dielétrico inserido entre as placas de um capacitor pode ser 
definido como um resistor de altíssimo valor ôhmico. A existência dessa resistência é comprovada 
pelo fato de um capacitor, uma vez carregado, não conservar a sua carga indefinidamente, pois a 
carga se escoa lentamente pelo dielétrico. 
Resistência Série Equivalente - RSE (ESR) - A resistência série equivalente é formada pelas 
resistências das placas, resistências de contato dos terminais com as placas e as resistências dos 
própriosterminais do capacitor. O circuito equivalente simplificado de um capacitor é apresentado 
na figura 8. 
Corrente de Fuga - É o fluxo de corrente através do dielétrico. Um baixo valor de corrente de fuga 
indica um dielétrico de boa qualidade. 
Características de Temperatura - A temperatura de operação, temperatura à qual o capacitor está 
submetido, geralmente influencia no valor da sua capacitância. Geralmente, com o aumento da 
temperatura de operação, a capacitância tende a aumentar. O comportamento da capacitância com 
relação à temperatura é especificado, pelo fabricante, nas características de temperatura do capacitor. 
 
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Figura 8 - Modelo Simplificado de um capacitor real 
 
2.10 Tipos de Capacitores: 
 
Existem muitos tipos de capacitores para as mais diversas aplicações. geralmente são classificados, 
com relação ao material do seu dielétrico. 
Os tipos mais comuns são: 
• Capacitores Cerâmicos (disco cerâmico, tipo “plate” e multicamadas); 
• Capacitores de Filme Plástico (de poliéster, policarbonato, polipropileno e poliestireno); 
• Capacitores Eletrolíticos de Alumínio; • Capacitores Eletrolíticos de Tântalo; 
• Capacitores Variáveis; 
• Etc. 
 
2.10.1 Capacitores de Disco Cerâmico: 
 
Os Capacitores de Disco Cerâmico são capacitores cujo dielétrico é feito de material cerâmico. 
A fabricação desses capacitores começa com o pó da cerâmica que é colocado numa prensa e 
comprimido em forma de pastilhas (dielétrico do futuro capacitor). 
Posteriormente as pastilhas são introduzidas num forno para tratamento térmico, sendo rigorosamente 
inspecionadas na saída do mesmo. Depois da fabricação da pastilha, coloca-se prata vaporizada nas 
duas faces da mesma, que formarão as placas do capacitor. A soldagem dos terminais, realizada sobre 
a camada de prata, vem após os discos sofrerem um banho desengordurante para limpeza. A próxima 
etapa é a impregnação com resina para proteção e isolamento, sendo, após, realizado em uma estufa 
um processo de endurecimento da resina impregnada. Veja na figura 9, uma síntese do processo de 
fabricação dos capacitores cerâmicos e o componente visto em corte: 
 
Figura 9 - Etapas do processo de fabricação dos capacitores de disco cerâmico e vista em corte 
 
2.10.1.1 Características dos Capacitores Cerâmicos: 
 
Os capacitores de Disco Cerâmico apresentam capacitâncias de média a baixa, na ordem de 
PICOFARADS. São usados geralmente em circuitos que operam em alta freqüência, onde o baixo 
fator de perdas e a alta estabilidade do valor da capacitância são importantes. Existem diversas séries 
de capacitores cerâmicos. 
 
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Em aplicações onde se tolera uma certa variação da capacitância em função da temperatura, utiliza-
se capacitores cerâmicos tipo Uso Geral (GP – General Purpose). 
Quando o valor exato da capacitância não é importante e admite-se grande variação da temperatura, 
desde que o valor da capacitância não caia abaixo de um mínimo necessário, utilizam-se capacitores 
cerâmicos tipo GMV (mínimo valor garantido), onde a capacitância é no mínimo igual ao valor 
marcado no corpo do capacitor. 
Os capacitores cerâmicos tipo TC (temperatura compensada) são identificados pelas siglas NPO, 
CGO ou pela letra N seguida de um número. As siglas NPO e CGO indicam que o capacitor apresenta 
coeficiente de temperatura nulo, isto é, sua capacitância é estável e não se altera dentro de uma faixa 
ampla de variação de temperatura. 
A letra N seguida de um número indica que o capacitor tem um coeficiente de temperatura negativo, 
ou seja, a capacitância diminui com o aumento da temperatura e vice-versa. 
Por exemplo, N470 significa que, para cada grau centígrado de aumento na temperatura, a 
capacitância diminui de 470 x 10-6 pF por pF do seu valor nominal. 
 
2.10.1.2 Identificação da Capacitância Nominal do Capacitor Cerâmico: 
 
Os capacitores cerâmicos geralmente podem ser identificados por: 
• Leitura direta em picofarads (pF ou 10-12F) no corpo do capacitor. Exemplo: marcação de 8200 
indica capacitância de 8200pF. 
• Um código de 3 algarismos, sendo que os dois primeiros indicam a unidade e a dezena e o terceiro 
algarismo indica o número de zeros, também em picofarads (pF). Exemplo: marcação de 104 indica 
capacitância de 100.000pF. 
 
2.10.1.3 Identificação da Tolerância: 
 
A tolerância do capacitor cerâmico é expressa por uma letra geralmente após o valor da capacitância. 
A tabela II mostra como identificar a tolerância em um capacitor cerâmico. Se a capacitância for até 
10pF devemos usar as colunas da esquerda e central. Se for maior que 10pF, devemos usar as colunas 
da direita e central. 
 
 Tabela II - Código para identificação da tolerância 
 
 
 
 
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Exemplos: 
• Marcação 5D. Capacitância nominal de 5pF, tolerância de +/-0,5pF. Variação da capacitância de 
4,5 a 5,5pF. 
• Marcação 470K. Capacitância nominal de 470pF, tolerância de +/-10%. Variação da capacitância 
de 423pF a 517pF. 
 
 2.10.1.4 Identificação Quanto as Características de Temperatura: 
 
Nos capacitores tipo TC (temperatura compensada) pode aparecer impresso no capacitor o 
coeficiente de temperatura (ex: NPO e N) ou um código equivalente (ex: NPO = C). 
Nos capacitores tipo GP (uso geral) e GMV (mínimo valor garantido) os capacitores são 
identificados com siglas diversas, conforme tabela III. 
A gama de temperatura indica que se a temperatura variar na faixa dada, há uma variação da 
capacitância que é a dada pela letra indicativa da faixa de variação da capacitância. A figura 10 
apresenta dois exemplos. 
 
 Tabela III - Código para identificação das características de temperatura 
 
 
 
2.10.1.5 Identificação da Tensão Nominal: 
 
A tensão nominal nos capacitores cerâmicos geralmente pode: 
• Ser impressa diretamente no corpo do capacitor, em V ou kV 
• Não ser impressa (identificação por catálogo do fabricante), geralmente 500V para os maiores e 
100V para os mini-discos 
• Ser identificada por um código (ex: um traço (_) indica tensão nominal de 100 V) 
 
 
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Figura 10 - Exemplos de identificação de capacitores cerâmicos 
 
2.10.1.6 Outras formas Identificação da Capacitância Nominal do Capacitor Cerâmico: 
 
Existe outra forma de identificação dos parâmetros dos capacitores de disco que já foi abandonado a 
muito tempo, mas por sorte ainda é possível encontrar capacitores marcados desta forma em 
equipamentos bem antigos. 
São os capacitores marcados por três listras coloridas como na foto abaixo: 
Nestes capacitores, o sentido de leitura é de " baixo para cima", ou seja, você tem que girar o capacitor 
de forma que seus terminais fiquem para cima. 
Assim a leitura processa-se como nos resistores. 
Tomemos o exemplo abaixo: 
As cores são: 
Marrom, Verde, Vermelho. 
Substituindo: 
 Marrom = 1 
 Verde = 5 
 Vermelho = X 100 
 Valor: 1500pF = 1,5nF 
 
 
 
 
 
 
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2.10.1.7 Aspecto dos Capacitoresde Disco Cerâmico: 
 
 
 
 
 
 
 
2.10.2 Capacitores Cerâmicos “Plate”: 
 
Plate é um tipo de capacitor cerâmico cujas principais vantagens e características são: 
Tamanho ultra reduzido, grande estabilidade no valor da capacitância, baixo custo e uma estreita faixa 
de tolerância (+/-2% nos capacitores tipo NP0 ou TC). É um capacitor bastante usado em circuitos 
de VHF e UHF pelo seu tamanho reduzido e estabilidade. Na tabela IV estão resumidos os principais 
dados dos tipos de capacitores plate mais comuns. Neste link você pode baixar o datasheet original 
de 1974 dos capacitores plate fabricados pela Ibrape 
https://www.py2bbs.qsl.br/projetos/capacitores/cap_ceramico_plate_ibrape.pdf 
A principal diferença entre os capacitores de disco cerâmico e os capacitores plate é que estes 
possuem placas retangulares de cobre em vez de placas circulares de prata. 
 
 Tabela IV - Identificação e principais características dos capacitores plate 
 
 
 
https://www.py2bbs.qsl.br/projetos/capacitores/cap_ceramico_plate_ibrape.pdf
 
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2.10.2.1 Identificação das Características dos Capacitores “Plate”: 
 
Pela tabela IV podemos identificar as características dos capacitores “Plate” pela cor do corpo do 
capacitor e pela cor da faixa superior. O valor da capacitância é gravado no próprio corpo de capacitor. 
Ela é indicada por dois números e uma letra. A letra ocupa o lugar da vírgula e indica a sub-unidade 
da capacitância. 
Exemplos: 
• Marcação 4p7, corpo cinza e faixa amarela: capacitância de 4,7pF, tolerância de +/-10%, tensão 
nominal de 100V e tipo uso geral (GP). 
• Marcação n33, corpo cinza e faixa preta: capacitância de 0,33nF, tolerância de +/-2%, tensão 
nominal de 100V e tipo temperatura compensada (TC-NPO). 
A figura 11 apresenta o aspecto físico e a marcação dos capacitores tipo “plate”. 
 
 
Figura 11 - Exemplos de identificação de capacitores tipo “plate”. 
 
2.10.2.2 Aspecto dos Capacitores Cerâmicos “Plate”: 
 
 
 
2.10.3 Capacitor Cerâmico tubular "Pin-Up": 
 
O Capacitor cerâmico do tipo tubular é construído a partir de um tubo de cerâmica, internamente e 
externamente nesse tubo são depositadas camadas de prata e nelas são ligados os terminais do 
capacitor. Possuem aplicações variadas que vão desde circuitos de alta frequência, com modelos 
compensados termicamente aos de baixa frequência, em acoplamento e filtro. Trata-se de um 
capacitor que era muito utilizado para desacoplamento. Na época foi fabricado pela Ibrape (antiga 
divisão de componentes da Philips®). Neste link você pode baixar o “datasheet” original de 1971 
dos capacitores da ibrape aqui. Obviamente este tipo de capacitor não é mais fabricado, mas ainda é 
possível encontrá-lo em sucatas. 
https://www.py2bbs.qsl.br/projetos/capacitores/cap_ceramicos_ibrape.pdf
 
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No “datasheet” há referências a algumas abreviações, as quais "traduzo" abaixo: 
TC = Temperatura Compensada 
GP = Uso Geral (General Purpouse) 
GMV = Valor Mínimo Garantido (Granted Minimum Value) 
A leitura de seu valor segue o código de cores e o mesmo sistema utilizado nos resistores. 
Um parente próximo do capacitor “pin-up” é o cerâmico tubular: O uso mais comum deste tipo de 
capacitor, era em circuitos sintonizados ou para desacoplamento. 
Os valores de seus parâmetros são impressos diretamente no corpo do capacitor. 
Quando na lateral deste houver uma marca preta, quer dizer que são do tipo NP0 e se for roxa, é do 
tipo N750. Se não houver marca colorida nas pontas, será do tipo "GP", "S" ou "GMV". Para maiores 
detalhes consulte o datasheet disponibilizado aqui (é o mesmo dos capacitores do tipo "pin-up"). 
Um lugar que ainda pode-se ver esse tipo de capacitor tubular, são em bobinas de FI de rádios, na 
parte debaixo da bobina, sempre tem um pequeno capacitor tubular. 
 
2.10.3.1 Identificação das Características do Capacitor Cerâmico Tubular "Pin-Up": 
 
 
 
2.10.3.2 Aspecto dos Capacitores Cerâmico Tubular "Pin-Up": 
 
 
 
 
https://www.py2bbs.qsl.br/projetos/capacitores/cap_ceramicos_ibrape.pdf
 
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2.10.4 Capacitores Cerâmicos Multicamadas: 
 
Com a crescente miniaturização dos circuitos, obviamente os componentes também necessitam 
diminuírem, pois uma coisa leva a outra. No caso dos capacitores cerâmicos, para se conseguir valores 
elevados com área diminuta, você pode diminuir a espessura da lâmina dielétrica. Só que diminuir a 
espessura da lâmina acarreta uma menor tensão de isolação. Isso não é interessante em muitos casos. 
E aumentar a espessura da lâmina e manter o valor da capacitância, implica em aumento da área. 
Então qual a solução a seguir? 
Fazer um sanduíche de várias camadas, assim você aumenta a área sem ocupar um espaço muito 
grande. Os capacitores cerâmicos multicamadas (multilayer) são construídos a partir da superposição 
de finas camadas de material dielétrico cerâmico com metal depositado sobre suas superfícies 
formando uma espécie de “sanduíche de placas" e/ou "sanduiche de capacitores", por essa razão 
recebe o nome multicamadas. Com isso se consegue atingir capacitâncias maiores em um pequeno 
espaço se comparado aos capacitores cerâmicos com uma única camada e mesma capacitância. Os 
capacitores cerâmicos multicamadas tem as características de baixa perdas, capacitância estável, boa 
isolação entre as camadas. As camadas metálicas individuais são conectadas umas às outras através 
de uma terminação metálica onde são soldados os terminais de capacitor, como indica a figura 12. 
A identificação das características é semelhante aos outros tipos de capacitores cerâmicos. 
 
 
 
 
Figura 12 - Estrutura de um capacitor cerâmico multicamadas 
 
2.10.4.1 Aspecto dos Capacitores Cerâmicos Multicamadas: 
 
 
 
 
 
 
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2.10.5 Capacitor Supressor de Ruído (Classe Y ou X): 
 
Este tipo de capacitor é empregado para supressão de ruído oriundo da rede elétrica. São capacitores 
construídos de forma a resistir a grandes transientes de tensão, pulsos rápidos (advindos de 
chaveamento de bobinas, motores de escova ou até mesmo raios induzidos das redes elétricas). 
Os capacitores usados nessas aplicações não podem ser de uso comum, construtivamente esses 
componentes devem possuir características elétricas diferentes no que se referem à segurança de sua 
aplicação. 
Os capacitores de classe X e Y, diferentemente dos comuns, possuem a característica de se auto-isolar 
após uma falha do dielétrico, uma fina camada de material isolante aplicado a esses capacitores, 
funde-se após transientes, surtos e sobretensões acima dos especificados e isola os elementos internos 
do componente que poderiam entrar em curto-circuito. 
Esse processo faz com que o capacitor tenha a característica de falha segura, não colocando o circuito 
à elevadas correntes de curto-circuito ou falhas de isolamento que provocaria choques elétricos. 
Quando uma centelha ocorre entre as duas placas, por serem construídas de um filme plástico com 
uma fina camada metalizada, um pequeníssimofuro é aberto no plástico e o material metálico 
evapora, não deixando o capacitor entrar em curto. 
Inclusive, pode observar que estes capacitores são bem maiores que a maioria se comparados com o 
mesmo valor e tensão. 
O capacitor do tipo "Y" é cerâmico e é utilizado para desacoplar a rede elétrica para o chassi do 
equipamento ou aterramento. Em geral eles são da cor azul e junto com o valor vem impresso o código 
de certificação. 
Já o capacitor do tipo "X" é construído tal como os de filme de poliéster e é utilizado em paralelo 
com a linha de alimentação, em seu corpo há uma grande quantidade de logotipos e código de 
certificação. 
Você vai encontrar este tipo quase sempre na entrada da rede elétrica de equipamentos que usem 
fonte chaveada. Existe no mercado capacitores que são classificados como X/Y, pois possuem 
características de ambas as classes. 
 
2.10.5.1 Aspecto dos Capacitores Supressor de Ruído (Classe Y ou X): 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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2.10.5.2 Identificação das Características dos Capacitores Supressor de Ruído (Classe Y ou X): 
 
No corpo dos capacitores de classe X e Y geralmente observamos vários logos que são as agências 
certificadoras as quais o capacitor foi avaliado/testado, além do part number do fabricante e sua de 
tensão nominal de trabalho. 
 
 
 
Exemplos de placas de fontes de alimentação que possuem o filtro com capacitores ideais de classe 
X e Y: 
 
 
 
2.10.6 Capacitor de Poliestireno ou "Styroflex": 
 
Este capacitor usa como dielétrico o material Poliestireno, suas placas metálicas geralmente são feitas 
de alumínio ou em alguns casos de cobre, que é depositado sobre a folha de poliestireno, tal como 
nos capacitores de poliéster metalizado formando uma finíssima camada. 
São utilizados principalmente em circuitos onde são exigidas baixas perdas, além disso, possuem 
coeficiente de temperatura negativo e constante, sendo adequados para circuitos ressonantes 
utilizando bobinas com núcleo de ferro. Nesses circuitos, devido aos núcleos de ferrite terem 
coeficiente de temperatura positivo, consegue-se uma grande estabilidade da frequência de 
ressonância com a temperatura. É necessário tomar alguns cuidados ao utilizar e manusear estes 
 
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capacitores, pois os terminais geralmente são frágeis e partem com muita facilidade, rente ao corpo 
do capacitor, também são sensíveis ao calor, por não terem nenhuma proteção mais resistente ao lado 
de fora de seu corpo, tome cuidado para não tocar o ferro de solda em seu corpo ou colocá-lo perto 
de fontes intensas de calor, como resistores de fio. 
O valor é expresso em pF (pico-farads), como pode ser visto na imagem abaixo, o capacitor maior 
possui marcação de 10000K, ou 10000pF ou 10nF, A letra K indica que ele tem tolerância de ±10%. 
Outras letras podem ser usadas, a tabela V apresenta a equivalência de cada letra. 
Observe também que alguns dos capacitores, apresentam um anel vermelho ou preto em um dos lados 
do capacitor. Isso não indica que ele é polarizado, mas sim o lado preferencial para colocar do lado 
GND (preto ou sem cor) ou ao +Vcc (vermelho). 
 
2.10.6.1 Aspecto dos Capacitores de Poliestireno ou "Styroflex": 
 
 
 
 
 
 
 
 Tabela V - Código para identificação da tolerância para capacitores Styroflex 
 
 
 
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2.10.7 Capacitor de Mica: 
 
Como o próprio nome já diz, o material dielétrico é a mica, e as placas do capacitor geralmente são 
feitas por deposição de prata sobre uma folha de mica. Suas características notáveis são a perda muito 
baixa e alta estabilidade com a temperatura e resistência ao tempo. é excelente para aplicações de 
ressonância, isto é, radiofrequência, sendo excelentes em qualquer aplicação de alta frequência. São 
capacitores bastante precisos, estáveis no quesito temperatura, com baixa tolerância e com 
capacitância na ordem de algumas centenas de picoFarads. 
Os modelos antigos de capacitor de mica são iguais ou muito similares ao capacitor retangular das 
imagens abaixo, com três pintas coloridas. Estas pintas coloridas é que indicam o valor do capacitor. 
Existem também modelos que são marcados com seis pintas, as quais além do valor indicam a tensão 
de trabalho, tolerância e outros dados que dependem do fabricante. O sentido de leitura é indicado 
pela seta. Más o dado que geralmente importa são os das pintas marcadas com A, B e C, pois estas 
indicam o valor do capacitor. Os capacitores de mica atuais se apresentam de dois tipos, os com 
terminais, ou para soldagem diretamente sobre a placa. Este capacitor metálico é chamado também 
de capacitor de mica blindado, e é muito utilizado em amplificador de potência (PA) de RF para VHF 
e UHF. Por não possuir terminais e ser soldado diretamente sobre as trilhas da placa, isso minimiza 
as indutâncias parasitas que terminais introduziriam no circuito. Também ajuda bastante na dissipação 
de calor quando trabalhando com potencias elevadas. Por fim falta falar do último tipo de capacitor 
de mica conhecido como "capacitor castanha" e é empregado em circuitos de RF de alta potência e/ou 
alta tensão. É um capacitor dimensionado para resistir a altas correntes de RF o que não é possível 
com os capacitores comum. Geralmente os “capacitores castanha” são feitos sob encomenda e 
inclusive alguns deles são feitos e testados especificamente em uma frequência determinada. 
Para maiores detalhes consulte a página: 
https://www.hardwarecentral.net/single-post/2018/07/04/cap-16-os-componentes-capacitor-de-mica. 
 
2.10.7.1 Aspecto dos Capacitores de Mica: 
 
 
 
https://www.hardwarecentral.net/single-post/2018/07/04/cap-16-os-componentes-capacitor-de-mica
 
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2.10.8 Capacitor Feed Through: 
 
Também chamado de capacitor de passagem. São capacitores originalmente concebidos para a 
ligação de tensão DC em módulos de RF. Ele possibilita a passagem de tensão DC (e sinais de baixa 
freqüência), mas bloqueia o RF. Substituem com enormes vantagens os pinos de passagem em 
módulos de RF, são rosqueados ou soldados no chassi, a tensão DC passa de um lado para o outro e 
a tensão de RF é desviada (ou desacoplada) para o terra. Geralmente é composto de um capacitor 
cerâmico tubular, montado em um tipo de "parafuso", com a armadura externa do capacitor conectada 
a esse "parafuso" e a armadura interna conectada do terminal central. Em alguns modelos de baixo 
custo, o parafuso é substituído por um a espécie de "rebite" que você encaixa no chassi e solda. 
É possível encontrá-los em valores que vão desde poucos pF (usados em circuito de UHF e 
Microondas a alguns nF. Os maiores são de 10nF. Uma curiosidade é que em muitos deles não há 
qualquer menção ou anotação em seu corpo sobre seu valor e tensão de isolação. 
Uma “passagem direta” é um condutor usado para transportar um sinal através de um gabinete ou 
placa de circuito impresso. Como qualquer condutor, possui uma pequena quantidade de capacitância. 
Um "capacitor de passagem" tem um valor mínimo garantido de capacitância shunt embutido e é 
usadopara fins de bypass em aplicações de frequência ultra-alta. 
 
 
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2.10.8.1 Simbologia e aspecto dos Capacitores Feed Through: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2.10.9 Capacitor Door Knob: 
 
É um tipo de capacitor cerâmico, muito especifico para uso em RF. Em geral é composto por um 
generoso disco de cerâmica para prover altas tensões de isolação e os terminais quase sempre são 
conectados por parafusos. Seu nome se for traduzido a pé da letra quer dizer maçaneta de porta, 
devido ao fato de vários deles, devido ao tamanho e formato se parecerem muito com maçanetas 
redondas de porta. O uso principal deste tipo de capacitor é acoplamento do circuito de placa em 
 
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amplificadores de RF valvulados, filtros de RF da alta potencia e filtragem e desacoplamento. A 
tensão de isolação em geral é bastante alta, podendo chegar até 50Kv. 
 
2.10.9.1 Aspecto dos Capacitores Door Knob: 
 
 
 
 
 
 
2.10.10 Capacitor a Óleo: 
 
É uma raridade, por não ser mais fabricado, vou catalogá-lo aqui apenas para fins de registro. O 
capacitor óleo era muito utilizado em equipamentos valvulados, e onde era necessário alta isolação. 
Quem trabalhou com conserto de tv's e rádios valvulados vão se lembrar deste capacitor. 
Sua composição era de fitas de alumínio enroladas e isoladas com papel impregnado em óleo, este 
capacitor apresentava muito problema de fugas, devido a contaminação por umidade, devido a 
borracha de isolação se contaminar com o próprio óleo e começa a se degradar e apresentar fissuras, 
permitindo a entrada de umidade, sua tensão de isolação varia entre 600 a 1600V e os valores de 1nF 
a cerca de 47nF. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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2.10.10.1 Aspecto dos Capacitores a Óleo: 
 
 
 
 
 
 
 
 
2.10.11 Capacitor de Papel: 
 
Mais uma raridade que vou catalogar apenas para fins históricos, este tipo de capacitor era muito 
usado nos primórdios da eletrônica, portanto será muito difícil encontrá-los, exceto se você for 
restaurar algum rádio valvulado muito antigo. Eles eram constituídos por um tubo enrolado de papel 
e folhas metálicas e tudo isso embebido em cera de abelha ou moldado em algum tipo de resina. 
Quando for o tipo embebido em cera de abelha é fácil reconhecê-los, pois do lado externo sempre há 
uma camada de cera pegajosa (e sempre lambuzada de sujeira). Uma forma de remover a sujeira e 
poder ler o valor do capacitor é embeber um pano em “WD40’ e limpar tudo, porém sem remover 
muito da camada de cera. Os tipos embebidos em cera de abelha foram os melhores tipos de 
capacitores de papel já fabricados, conseguindo ficar estáveis após mais de 70 anos em uso. sua 
fabricação, data por volta de década de 1930 e raramente davam problema. 
Porém existem os tipos problemáticos. Existem alguns que são colocados dentro de tubos de vidro e 
selados com uma resina ou piche. Em geral vai encontrá-los com essa resina desmanchando ou toda 
rachada, comprometendo a sua integridade. Existem outros com o corpo moldado em resina e quase 
sempre essa resina estará toda craquelada ou rachada. Quando encontrar deste tipo de capacitor, 
substitua por tipos mais modernos, pois invariavelmente eles já não funcionam mais como deveriam, 
pois eles contaminam-se muito fácil com umidade. Estes capacitores possuíam valores variando 
aproximadamente de 1000 picofarads até 10 microfarads 
 
 
 
 
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2.10.11.1 Aspecto dos Capacitores de Papel: 
 
A avaliação observada nas imagens dos capacitores de papel. P1, P2, P3 e P4 nos mostra tratar dos 
tipos problemáticos, com corpo em tubos de vidro e selados com uma resina ou piche e as suas 
respectivas marcas. P1 e P3 mostram que se, derreteram até mesmo o isolamento e P1 perdera a sua 
cera saturando-se. P2 mostra que saiu do seu interior o revestimento de alcatrão, P4 contraiu o 
invólucro. P5, P6 e P7 são condensadores de papel com os invólucros moldados a alcatrão, às vezes 
as fugas podem- se dar pelo fio condutor ou em pequenas rachaduras. P8 é um condensador de papel 
excelente feito ao redor ‘dos anos de 1930”, com uma camada de cera de abelha. 
 
 
 
2.10.12 Capacitor de Filme de Poliéster e Poliéster Metalizado: 
 
Os capacitores de poliéster, obviamente são feitos de uma fina lâmina de poliéster e aplicado uma 
fina lâmina de alumínio em uma de suas faces. Um sanduíche é feito empilhando várias camadas de 
poliéster e alumínio, de modo a construir o capacitor. 
Dessa forma o capacitor fica bastante compacto. O capacitor de poliéster metalizado tem uma 
peculiaridade bastante curiosa, que é sua "auto regeneração" no caso de centelhamento entre as 
camadas, por pulsos de tensão acima do especificado. 
No caso de haver uma centelha o material metálico depositado sobre a folha de poliéster evapora (por 
ser uma camada muito fina), removendo a possibilidade de curto-circuito. Alternativamente pode ser 
utilizada uma folha de poliéster sem metalização e enrolado juntamente com uma folha de metal, um 
"tubo" ou rolo, dessa forma se consegue uma tensão de isolação muito maior, porém o capacitor fica 
grande, sendo que a espessura da folha e a quantidade enrolada determina sua capacitância. 
Os capacitores de poliéster podem utilizar dois métodos para marcar seu valor e tensão de isolação. 
O meio mais comum e atual consiste em imprimir diretamente no corpo do capacitor o valor, 
tolerância e a tensão de isolação, quando houver a marcação da tolerância, este usará o mesmo método 
dos capacitores cerâmicos, porém com uma menor quantidade de valores, conforme a tabela abaixo. 
Modelos mais antigos, geralmente fabricados pela Ibrape usam o sistema de código de cores. Estes 
eram conhecidos como "zebrinha" devido a suas listras coloridas. Este sistema usa 5 faixas coloridas 
que indicam o valor, tolerância em % e a tensão de máxima de trabalho. Veja aqui o datasheet original 
colorido desses capacitores, editado em 1971. A leitura é feita de cima para baixo e segue o mesmo 
sistema utilizado nos resistores, onde as duas primeiras listras indicam os dois primeiros dígitos do 
valor, a terceira indica o número de zeros, a quarta a tolerância e por fim a quinta listra indica a tensão 
de isolação. Os capacitores de poliéster não possuem polaridade e estão disponíveis com valores 
desde 1nF ate 4,7µF. 
https://www.py2bbs.qsl.br/projetos/capacitores/cap_poliester_metalizado_ibrape.pdf
 
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2.10.12.1 Aspecto dos Capacitores de Filme de Poliéster e Poliéster Metalizado: 
 
 
 
 
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2.10.13 Capacitor Eletrolíticos: 
 
Basicamente, todo capacitor é constituído de duas armaduras com um dielétrico entre estas. Embora 
este princípio tambémseja válido para os capacitores eletrolíticos, a principal diferença entre estes e 
os demais tipos de capacitores reside no fato de que um dos eletrodos “o cátodo” é constituído de um 
fluído condutor “o eletrólito” e não somente uma armadura metálica como se poderia supor. O outro 
eletrodo, “o ânodo”, é constituído de uma folha de alumínio em cuja superfície é formada, por 
processo eletroquímico, uma camada de óxido de alumínio servindo como dielétrico, 
Este é certamente o segundo tipo mais conhecido, juntamente com os cerâmicos, este componente 
não possuem segredo quanto a leitura e identificação de seus parâmetros, pois é bem padronizado e 
o código não tem variações, como no caso dos cerâmicos. Tanto o valor, como tensão e faixa 
temperatura de trabalho já estão estampadas no corpo do próprio capacitor. 
O valor vem anotado em micro-farads (µF) a tensão em volts (V) e a temperatura em graus Celsius 
(ºC). Apenas a temperatura merece uma explicação um pouco mais detalhada, os capacitores de 85ºC 
são utilizados na maioria dos circuitos "convencionais" que trabalham com DC e sinais de áudio. 
Os de 105ºC são utilizados em circuitos de fonte chaveada e onde se faz necessário uma temperatura 
de trabalho maior. Pode-se utilizar sem problemas um capacitor de 105ºC no lugar de um de 85ºC, 
mas nunca o contrário. 
Um problema que afeta muito os capacitores eletrolíticos é a variação de sua resistência interna 
“ESR” (Equivalent Serie Resistance). Para mais informações sobre este assunto pode ser consultado 
este link: https://www.py2bbs.qsl.br/esr_meter.php 
Capacitores que possuem ESR elevada causam mal funcionamento em fontes chaveadas, e é muito 
comum encontrá-los com vazamento do eletrólito ou estufados. 
A tensão de trabalho merece uma atenção, sempre pode usar um capacitor de tensão de trabalho maior 
do que o indicado, mas obviamente nunca o contrário, porém os únicos dois problemas nessa 
substituição, fica por conta do tamanho (já que capacitores de tensão de isolação maior costumam ser 
maiores) e o seu valor monetário (R$) também. 
Em razão da disposição de seus terminais, os capacitores eletrolíticos podem ser classificados como 
Axiais ou Radiais, em função do valor de capacitância, são encontrados com valores a partir de 0,1µF 
a até capacitores gigantes de 500.000µF. Existem dois tipos de eletrolíticos: Polarizados e Bipolares 
(despolarizados), os modelos bipolares são mais utilizados em divisores de frequência para caixas de 
som. A marcação do terminal positivo e negativo requer um pouco de atenção, pois alguns fabricantes 
marcam no corpo do capacitor o pólo negativo (mais comum) e outros o pólo positivo, mas nos 
capacitores radiais, existe uma regra prática, o terminal mais comprido sempre é o positivo. 
 
2.10.13.1 Aspecto dos Capacitores Eletrolíticos: 
 
 
https://www.py2bbs.qsl.br/esr_meter.php
 
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2.10.14 Capacitor de Tântalo: 
 
O óxido de tântalo tem uma constante dielétrica muito maior do que a do óxido de alumínio. Isso 
significa que, com a mesma superfície efetiva e com a mesma espessura do dielétrico podemos obter 
uma capacitância muito maior. Da mesma forma, dois capacitores de mesmo valor, um eletrolítico de 
alumínio e outro de tântalo, o de tântalo será muito menor. Possuem uma baixa corrente de fuga e 
baixas perdas e tem uma vida útil muito maior do que os eletrolíticos convencionais. Até há algum 
tempo, os eletrolíticos de tântalo eram pouco usados tanto pelo seu custo mais elevado como pela 
própria dificuldade de fabricação. Hoje, com tecnologias mais modernas e com a necessidade de 
termos componentes cada vez menores, pois o espaço se torna crítico, principalmente nas aplicações 
portáteis, os eletrolíticos de tântalo são absolutamente comuns. É uma tendência atual substituir os 
eletrolíticos em muitas aplicações por capacitores de tântalo. O valor é anotado diretamente em seu 
corpo em µF ou usando o sistema similar aos cerâmicos, com o terceiro digito indicando a quantidade 
de zeros do multiplicador e a tensão em volts. Os valores geralmente estão disponíveis desde cerca 
de 0,22µF até 100µF. Os modelos SMD tem o corpo retangular, via geralmente o corpo tem a cor 
amarela ou preta. Já os modelos com terminais (pin through hole) tem o formato de gota. A cor do 
corpo varia bastante de fabricante para fabricante, podendo ser amarelo, azul, vermelho, laranja, 
verde, entre outras cores. Como são componentes polarizados, observe muito bem a indicação na hora 
de montar, pois um capacitor de tântalo explodindo é bem pior no quesito "voar pedaços" do que os 
eletrolíticos, pois explodem quase que instantaneamente. Alguns fabricantes utilizam a conhecida 
técnica de deixar o terminal positivo com um comprimento maior para facilitar a identificação. 
 
2.10.14.1 Aspecto dos Capacitores de Tântalo: 
 
 
 
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2.10.15 Capacitores Variáveis e Ajustáveis: 
 
Como no caso dos resistores, também encontramos capacitores cuja capacitância pode ser modificada 
através de algum tipo de elemento de atuação. Esses capacitores são denominados variáveis ou 
ajustáveis. Os capacitores variáveis são aqueles que, através de um sistema de atuação mecânica 
podemos modificar sua capacitância a qualquer momento por um botão, por exemplo. 
Geralmente utilizados em circuitos sintonizadores, os modelos antigos ou de alta potência ou tensões 
elevadas usam dielétrico de ar, placas de alumínio ou latão grossas e carcaça de ferro, alumínio ou 
latão. Os modelos atuais e compactos utilizados principalmente em radinhos de pilha, usam carcaça 
plástica e isolação de teflon ou plástico entre as placas. Obviamente não são adequados a trabalhar 
com altas potências ou tensões elevadas. São construídos com dielétrico de ar ou de filme plástico e 
sua capacitância pode ser variada por meio de um eixo ou parafuso, no qual estão montadas as placas 
ou grupos de placas móveis. Um outro grupo de placas é fixo e é montado sobre um material isolante, 
o corpo ou chassi do componente. O grupo de placas móveis que constitui o capacitor variável é 
formado por placas metálicas em forma de segmentos, unidas a um eixo central de movimento 
rotativo ou a um parafuso de aperto que permitem, em ambos os casos, variar a posição ou distância 
entre as placas móveis e fixas. Variando a distância entre as placas ou a área superposta das placas, 
variamos a capacitância. Estes capacitores são usados nos circuitos de sintonia, por exemplo. Os 
capacitores variáveis são fabricados normalmente com capacitâncias máximas de 500pF, 410pF, 
350pF, 250pF ou 150pF. A capacitância mínima do capacitor variável é, em geral, 10% da 
capacitância máxima. Exemplo: Capacitância máxima de 410pF – Capacitância mínima de 40pF. 
Os capacitores ajustáveis são aqueles que ficam no interior do equipamento e cuja capacitância é 
ajustada através de uma chave de fendas comum ou especial. Um exemplo de capacitor ajustável é o 
“trimmer”, são constituídos geralmente por 2 placas metálicas, separadas por uma lâmina de mica, 
dispostos de tal forma que é possível variar-se a separação entre ambas, mediante a pressão exercida 
entre elas por um parafuso. Desta forma pode-se ajustar a sua capacitância.Sua capacitância 
geralmente vem marcada na sua base. São bastante compactos e podem usar isolação de plástico, ar, 
mica ou cerâmica. O modelo retangular, o clássico "trimmer cerâmico" de 3 - 30pF e o “padder”, 
usam isolação de mica. São bons para circuitos que trabalhe com tensão elevada. O “padder” é um 
tipo de capacitor ajustável, seu valor geralmente é bem mais alto que o dos “trimmers”. Trimmers 
geralmente atingem 150pF enquanto o padder pode chegar a 500pF. O padder é bastante usado em 
rádios valvulados para correção de frequência do oscilador local e/ou do rastreio da bobina de antena. 
Um outro tipo de trimmer pouco conhecido atualmente, é o trimmer tubular ou trimmer de pistão. Foi 
muito utilizado em circuitos de UHF ou Microondas. É constituído por um tubo de cerâmica ou vidro, 
com uma placa externa composta de uma camada de deposição de prata ou mesmo um pequeno tubo 
 
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UNIVERSIDADE FEDERAL DA GRANDE DOURADOS 
FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS 
DISCIPLINA: Eletrônica Aplicada a Agricultura 
 
 
 
 
 
metálico, em seu interior há um parafuso conectado a placa interna responsável pelo ajuste de 
capacitância. A variação de capacitância destes trimmers é grande (diferença entre mínima e 
máxima), podem atingir poucos pF quando o parafuso estiver totalmente fora do tubo, porém a 
capacitância máxima limita-se a algumas dezenas de pF 
 
2.10.15.1 Aspecto dos Capacitores Variáveis e Ajustáveis: 
 
 
 
 
 
 
 
 
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2.11 Defeitos dos Capacitores: 
 
Como todo e qualquer componente ou dispositivo eletrônico, os capacitores estão sujeitos a 
apresentarem falhas, que descreveremos a seguir. 
• Fuga – ocorre quando existe falha no dielétrico permitindo a circulação da corrente entre as 
placas. 
• Curto 
 Parcial - o curto parcial é a condição em que, ao se medir a resistência ôhmica entre as placas 
 do capacitor encontramos um valor qualquer diferente de zero. 
 Total - o curto total é a condição em que ao se medir a resistência ôhmica entre as placas do 
 capacitor encontramos o valor igual a zero. Neste caso teremos uma corrente muito alta entre 
 as placas do capacitor e uma quantidade muito grande de energia passando para o terra do 
 circuito. 
• Aberto - um capacitor se encontra aberto quando ao medirmos sua resistência ôhmica o valor 
encontrado é igual a infinito (∞). Este defeito poderá ocorrer devido ao desliganento de um 
dos terminais da placa correspondente. 
• Deficiente - um capacitor apresenta este estado de deficiência quando ao ser medido com o 
auxílio de um capacímetro a sua capacitância apresenta um valor diferente daquele que vem 
de fábrica. 
 
2.12 Como Testar Capacitores com o Multímetro: 
 
Capacitor eletrolítico – Começar com a menor escala (X1) e medir nos dois sentidos. Aumente a 
escala até achar uma que o ponteiro desloca e volta a origem. Quanto maior o capacitor, menor é a 
escala necessária. Este teste é apenas da carga e descarga do capacitor. Veja abaixo: 
 
 
 
Capacitor comum – Com a escala em X10K, medir nos dois sentidos. No máximo o ponteiro dará um 
pequeno pulso se o capacitor tiver valor médio. Se tiver valor baixo o ponteiro não moverá. O melhor 
método de testar capacitor é medi-lo com o capacímetro. 
 
 
 
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2.13 Como Testar Capacitores com o Capacímetro: 
 
Descarregue o capacitor, tocando um terminal no outro, escolha uma escala mais próxima acima do 
seu valor (independente dele ser comum ou eletrolítico) e coloque nos terminais do capacímetro (ou 
nas ponteiras do mesmo se ele tiver). A leitura deverá ser próxima do valor indicado no corpo, se a 
leitura for menor, o capacitor deve ser trocado, pois está com defeito.

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