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1 Oftalmologia Caio Márcio Silva Cruz Olho vermelho Causas mais frequentes O clínico pode tratar Conjuntivites (a maioria) Blefarite (bem comum a incidência) Hordéolo (terçol) Hemorragia conjuntival Corpo estranho conjuntival Pode iniciar o tratamento e encaminhar para o oftalmologista: Glaucoma agudo (ângulo fechado) Iridociclite (uveíte anterior) Corpo estranho corneano Trauma ocular Blefarite Doença crônica – bacteriana, seborréica ou mista. A lágrima evapora rapidamente (o normal seria 10 segundos) Tratamento Limpeza local diariamente com xampu neutro, blephagel, primorgel, systane lid wipes. Pomada de antibiótico. Uso limitado de corticóide colírio ou pomada de antibiótico associada a corticóide. Lubrificantes oculares Casos mais graves: tetraciclina oral 250 mg 6/6 horas por 1 semana e posteriormente de 12/12h por até 3 meses ou Doxiciclina 100 mg uma vez por dia por 3 a 4 semanas. Calázios e hordéolos de repetição são comuns. Características: espumas que se acumulam ao piscar. Tratamento: é a compressas quentes e lavagem. 2 Oftalmologia Caio Márcio Silva Cruz Conjuntivites Bacterianas, virais, alérgicas ou tóxicas. Hiperemia conjuntival difusa. Secreção aquosa, mucosa, mucopurulenta ou purulenta Dor, fotofobia, sensação de corpo estranho, edema conjuntival e/ou palpebral. Diagnóstico à ectoscopia Bacterianas: secreção mucopurulenta ou purulenta. Gonocócica é a mais grave. Epidemias virais, muitas vezes com gânglios pré-auriculares e submandibulares inflamados, a maioria causada por adenovírus. Hemorragias conjuntivais, secreção aquosa e edema palpebral. Alérgicas: prurido e secreção aquosa. Histórico de alergia. Exposição a alérgeno: pólen, pelo de animais, ácaros, fungos… (Se vê papilas bem grandes) Tóxicas: produtos de limpeza, tinta de cabelo, fumaça de cigarro, sabonetes, spray, cloro, maquiagens e colírios. Hiperemia conjuntival. Bacteriana: secreção mucopurulenta. Bacteriana: secreção mucopurulenta. Alérgica. Alérgica: hipertrofia papilar. Dá muito em crianças, forma placas e é o pior caso de alérgicas. É ruim o tratamento e deve ser feito com o alergista. Conjuntivite viral. Viral. Hemorragia conjuntival. Quemosa conjuntival – edema que pode ser causada por ingesta de alimentos. 3 Oftalmologia Caio Márcio Silva Cruz Tratamento Higiene local Bacterianas: colírios de Ciprofloxacina, ofloxacina, Moxifloxacino, gatifloxacino, Tobramicina, gentamicina. o Gonocócica: tratamento sistêmico com urgência, pois o paciente pode perder o olho. o Normalmente o paciente também apresenta uretrite. o É uma secreção copiosa purulenta, que emana do olho. Virais: tratamento sintomático. Compressas geladas. Colírio de corticóide em casos graves. Associa-se antibióticos para prevenir infecção secundária. Alérgicas: colírios de estabilizadores dos mastócitos e anti-histamínicos (patanol, relestat, zaditen). Colírios de corticoide por tempo limitado, nos casos mais graves. Encaminhar para o alergista. Hemorragia conjuntival Idiopáticas ou relacionadas a tosse, espirro, vômito, asma (Valsava), crise hipertensiva. Desaparece em até 3 semanas Colírio lubrificante. Glaucoma x Iridociclite Glaucoma de ângulo fechado (agudo) Iridociclite aguda (uveíte anterior aguda) Diagnóstico diferencial Glaucoma agudo Iridociclite aguda Dor intensa Dor intensa Náuseas/vômitos Fotofobia Hiperemia conjuntival difusa Hiperemia pericerática Midríase média Miose (pupila fica pequena, quase fechada) Pressão ocular muito alta. Técnica bidigital. Pressão ocular geralmente baixa. Encaminhar para um oftalmologista com urgência. O paciente pode ficar cego em horas ou em poucos dias no glaucoma agudo. A Iridociclite pode complicar e também levar à cegueira, inclusive com um glaucoma secundário. O que fazer caso o paciente demore a ser atendido por um oftalmologista? No diagnóstico de um possível glaucoma agudo: Manitol IV. (7,5 a 10 ml/kg) - para diminuir a pressão intraocular - e iniciar o tratamento tópico com colírios de pilocarpina de 15/15 minutos por uma hora e depois seguir de 6/6 horas, maleato de timolol e tartarato de brimonodina de 12/12 horas. Usar Diamox V.O. de 6/6 horas. Na Iridociclite aguda: colírios de corticoide, anticolinérgicos (atropina, ciclopentolato) e prednisona V.O. Aliviar a dor com analgésicos e anti-inflamatórios. Nota: Pilocarpina está contraindicada na Iridociclite (aumenta a dor) e a atropina no glaucoma agudo (não deixa sair da crise). Encaminha ao especialista mais próximo com urgência. 4 Oftalmologia Caio Márcio Silva Cruz Biomicroscopia: uveíte anterior hiperemia pericerática. Tyndall proteico (“flare”) denso. Corpo estranho na conjuntiva tarsal. Corpo estranho corneano. Trauma ocular O que fazer até o paciente chegar ao oftalmologista? Trauma contuso: colírios de corticoide e anticolinérgicos (atropina ou ciclopentolato), compressas frias e anti-inflamatórios. Trauma penetrante: antibióticos sistêmicos, analgésicos e anti- inflamatórios. Não usar colírios. Fazer oclusão do olho até chegar ao oftalmologista. Hérnia de Íris.
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