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- Elevação súbita da PIO pelo fechamento angular; - IMPORTANTE: encaminhar ao oftalmologista imediatamente. - Etiologia: Mulheres, asiáticas e hipermétropes. - Fatores de risco: Catarata, ambiente de baixa luminosidade, estresse, midriáticos. - Clínica: Olho vermelho, dor intensa, cefaleia, midríase média paralitica (fixa), náusea, vômitos, visão em halos; - Diagnóstico: Sintomas + Biomicroscopia (câmara rasa) + Gonioscopia (ângulo fechado) + Pio elevada; - Tratamento: Imediato: Diamox(inib. Anidrasecarbônica) + Hipotensores tópicos (diminuem a produção do h. aquoso) + Pilocarpina (Miose) + Hiperosmótico (manitol) + Corticoide + massagem ocular. Definitivo: Iridotomia e Trabeculectomia - Aparecimento súbito de sangramento na região subconjuntival; - Causa: espontânea, após manobra de valsava, pós cirurgia, trauma; - Clínica: Área avermelhada circunscrita na esclera, sem outros sintomas; - Diagnóstico: Exame de biomicroscopia; - Tratamento: Reabsorção espontânea do sangue em 1 a 3 semanas. Pode passar colírio lubrificante. - É uma elevação amarelada resultante da degeneração do colágeno da conjuntiva bulbar; - Lesão precursora do pterígio; - Frequente em pessoas que se expuseram muito a raios solares, mais em idosos. Mas pode ocorrer em indivíduos jovens também; Sindrome do Olho Vermelho Sindrome do Olho Vermelho - Causas: envelhecimento e exposição solar; - Ocorres mais comumente adjacente ao limbo nasal; - Sintomas: causa poucos sintomas. Quando se torna elevada pode causar a sensação de corpo estranho. Em alguns casos torna-se inflamada (pingueculite), tal quadro é acompanhado de dor e hiperemia ocular. Irritação e vermelhidão ocular ocorre m após exposição ao sol, natação, vento, po eira ou condições de ressecamento. - Tratamento: pacientes sintomáticos sem pingueculite = colírio lubrificante; paciente com pingueculite = corticoide tópico de baixa potência. Todos os pacientes se beneficiam do uso de óculos solares com proteção UV. A remoção cirúrgica da pinguécula pode ser considerada em casos mais severos, quando há interferência com a visão, o ato de piscar ou no uso de lentes de contato. - É um crescimento fibrovascular triangular da conjuntiva bulbar que pode se espalhar e distorcer a córnea, induzir astigmatismo e alterar a força refrativa do olho; - Causa: afecção de etiologia multifatorial, relacionada com a exposição à radiação solar, microtraumatismos de repetição, inflamações crônicas, idade, hereditariedade e distúrbios imunológicos; - Ocorres mais comumente adjacente ao limbo nasal; - Sintomas: distribuição irregular do filme lacrimal na superfície corneana, prurido, sensação de corpo estranho e fotofobia; - Tratamento: para aliviar os sintomas causados por um pterígio, lágrimas artificiais ou curto período de tratamento com pomadas ou gotas de corticoides podem ser prescritos. Muitas vezes indica-se a remoção para documentar o crescimento, para fins estéticos, para reduzir a irritação e melhorar ou preservar a visão. A técnica com os melhores resultados para prevenir a recorrência é remoção cirúrgica do pterígio seguida de autoenxerto conjuntival e, talvez, gotas de ciclosporina. - Inflamação da conjuntiva secundária a infecção bacteriana; - Agentes: S. Aureus, S. Pneumoniae e Haemophilus sp. - Clínica: Uni ou bilateral, sensação corpo estranho, hiperemia conjuntival difusa e secreções mucopurulentas, eventualmente queratite com ulceração; - Diagnóstico: Clínico. - Tratamento: Higienização dos olhos apenas com água e não ocluir. ATB de amplo espectro (Quinolonas de 3ª ou 4ª geração) 3- 4x/dia por 7 dias. Ex.: colírio de moxifloxacino (Vigadexa ®). Em casos graves; Cylocort ® + Vigamox ® - IMPORTANTE: casos graves ou sem resposta terapêutica abre-se mão da cultura e antibiograma da secreção e esfregaço conjuntival, para detecção do agente etiológico. - Inflamação da conjuntiva secundária a infecção viral; - Agentes: Adenovírus; - Clínica: inicialmente unilateral e com envolvimento bilateral (50%) em 10 dias, sensação corpo estranho, hiperemia conjuntival difusa, edema palpebral, secreção mucoide/aquosa, folículos, quemose, fotofobia e discreto borramento visual. Adenopatia pré-auricular. - Diagnóstico: Clínico. Comum após quadros gripais; - Tratamento: quadro autolimitado (até 2 semanas). Compressas frias e lubrificante ocular. Pode associar corticoide de baixa potência, por 1-3 dias. - Inflamação da conjuntiva secundária a processo alérgico; - Causa: Reação de sensibilidade tipo 1 mediada por IgE. - Clinica: Aguda = Prurido, hiperemia ocular, secreção viscosa, edema de conjuntiva e presença de papilas na parte superior; Crônica = idem aguda + edema pálido. - Diagnóstico: Clínico; importante relacionar com contato com alérgenos (animais, poluentes, pólen) - Tratamento: Remover fator alérgeno + anti histamínicos tópicos e sistêmicos. Corticoide tópico de baixa potência. - Ceratite por herpes simples geralmente afeta a superfície da córnea, mas, às vezes, envolve o estroma corneano (as camadas mais profundas da córnea) ou a superfície corneana interna (endotélio), câmera anterior e íris. Envolvimento do estroma é provavelmente uma resposta imunológicia contra o vírus; - Pode estar associada a faringite e rinite; - Clínica: geralmente unilateral, vesículas na pálpebra, secreção conjuntival serosa e queratite epitelial dendrítica (córnea em galho de árvore); - Diagnóstico: Exame com lâmpada de fenda; - Tratamento: lágrima artificial, aciclovir pomada 4x ao dia; terapia oral (p. ex., aciclovir, 400 mg, por via oral, 3 a 5 vezes/dia, ou valaciclovir, 1.000 mg, por via oral, 2 vezes/dia) em doses reduzidas, pode ser usada indefinidamente para prevenir recorrências frequentes em pacientes cuja visão foi comprometida e nos casos de dermatoblefarite grave com conjuntivite. Para o envolvimento estromal ou uveíte, usar corticoides tópicos. Pacientes imunocomprometidos podem exigir antivirais IV (p. ex., aciclovir, 5 mg/kg, IV, a cada 8 horas, durante 7 dias). - É um tipo de conjuntivite viral; - Geralmente resulta dos sorotipos Ad 5, 8, 11, 13, 19 e 37 do adenovírus e tende a causar conjuntivite grave; - Período de incubação: 8-10 dias (em média 5 dias); - Envolvimento da córnea (cerato)e pode evoluir para ceratite subepitelial focal com opacidade de córnea; - Doença altamente contagiosa; - Clínica: não costuma causar sintomas sistêmicos. Além dos sintomas típicos da conjuntivite viral, o paciente desenvolve sensação de corpo estranho mais severa, infiltrados corneanos, diminuição da acuidade visual e formação de pseudomembranas; - Tratamento: autolimitado (2 semanas), isolamento, higienização, compressas frias, lágrima artificial, corticoide tópico (se opacidades subepiteliais ou sintomatologia incapacitante) e colírio com antibiótico; - IMPORTANTE: na forma crônica pode persistir por até 8 semanas. - É causada geralmente pelo adenovírus tipo 3, 4 e 7; - É muito comum em crianças (menores de 4 anos); - Clínica: febre de 38,3 - 40°C, garganta dolorida e conjuntivite folicular geralmente bilateral. Secreções serosas abundantes (crostas nas pálpebras e dificuldade de abrir os olhos ao acordar), desconforto ocular e fotofobia. Linfadenopatia pré-auricular firme é característica; - Tratamento: compressas frias e colírios lubrificantes. - Presença de corpo estranho na córnea ou região tarsal; - Clínica: Olho vermelho, dor, secreção aquosa, fotofobia; - Diagnóstico: Sintomas + Biomicroscopia (lâmpada de fenda); * Eversão palpebral é importante.- Excluir penetração ocular; - Tratamento: extração do corpo estranho + ATB tópico + pomada epitelizante e vedar com curativo. - Úlceras são caracterizadas por defeitos epiteliais da córnea com inflamação subjacente e necrose do estroma corneano. As úlceras da córnea tendem a curar com tecido cicatricial, o que resulta na opacificação da córnea e diminuição da acuidade visual; - Causas: geralmente devido à invasão por bactérias, fungos, vírus, ou de Acanthamoeba. Pode ser iniciada por trauma mecânico ou deficiências nutricionais (ex.: vita A). Pode ocorrer como complicação de olho seco. Úlceras causadas por Acanthamoeba (também mais comumente por exposição a água contaminada usando lentes de contato) e por fungos (mais frequentemente por trauma com material de origem vegetal) são indolentes, porém progressivas; as causadas por Pseudomonas aeruginosa (vistas com mais frequência nos usuários de lentes de contato) evoluem rapidamente, causando necrose extensa e profunda da córnea; - O uso de lentes de contato inadequadamente desinfetadas ou durante o sono pode causar úlceras de córnea; - Clínica: Hiperemia conjuntival, dor ocular, sensação de corpo estranho, secreção aquosa ou mucopurulenta, fotofobia e lacrimejamento. A úlcera de córnea começa como um defeito epitelial que cora com fluoresceína e uma área fosca subjacente acinzentada, circunscrita, de opacidade superficial (representando um infiltrado). Subsequentemente, a úlcera supura e necrosa para formar uma úlcera escavada. Ao exame externo, pode-se notar opacificação corneana e hiperemia perilímbica; - Diagnóstico: clínico + lâmpada de fenda; - Tratamento: encaminhar ao oftalmologista. - Episclera: suporte nutricional da esclera, revestimento sinovial escleral e resposta inflamatória às agressões da esclera; - Esclera: proteção do conteúdo intraocular, sendo resistente e elástica; - Definição: inflamação autolimitada, recorrente e, em geral, idiopática do tecido episcleral que não ameaça a visão; - Causa: Idiopática (70%) e menos associada a doenças inflamatórias sistêmicas (ex.: colagenoses); - Ocorre em adultos jovens, sendo mais comum em mulheres; - Clínica: Olho vermelho autolimitado, desconforto ocular leve, bilateral (40%); A conjuntiva palpebral é normal. SIMPLES: Hiperemia setorial ou difusa da episclera. Recorrente e benigna; NODULAR: Hiperemia localizada com edema e nódulo que pode se move com a conjuntiva. - Diagnóstico: Sintomas recorrentes e autolimitados+ Biomicroscopia; - Tratamento: lágrima artificial e corticoide tópico (p. ex., colírio de acetato de prednisolona a 1% 4 vezes/dia, por 7 dias, sendo gradualmente reduzido ao longo de 3 semanas) ou AINE oral geralmente reduz a crise da doença, corticoides costumam ser prescritos por um oftalmologista; - IMPORTANTE: investigar doenças sistêmicas; - TESTE DA FENILEFRINA: Se ao utilizar o colírio, houver melhora na hiperemia ocular fala a favor de episclerite. Se não houver alteração da hiperemia, fala a favor da esclerite. - Inflamação grave, destrutiva e com risco à visão que envolve os tecidos escleral e episcleral profundo; - Causas: na maioria não infecciosa, porém Pseudomonas e Aspergillus podem causar doença severa. Maior associação com doenças sistêmica (colagenoses); - É mais comum em mulheres com idades entre 30 e 50 anos, muitas delas têm doenças do tecido conjuntivo como artrite reumatoide, lúpus eritematoso sistêmico; - A esclerite comumente envolve o segmento anterior e pode apresentar 3 tipos: necrosante, nodular e difusa; - Clínica: dor ocular severa, unilateral, com irradiação para face ipsilateral; pode durar meses a anos. A conjuntiva palpebral é normal. A área envolvida pode ser focal (ou seja, de um quadrante do olho) ou difusa, podendo conter também um nódulo elevado, edematoso e hiperêmico (esclerite nodular) ou uma área avascular (esclerite necrosante). Fotofobia e lacrimejamento podem ocorrer. Placas hiperêmicas se desenvolvem profundamente abaixo da conjuntiva bulbar e têm aspecto mais violáceo do que aquelas de episclerite ou conjuntivite; - Nos casos mais graves de esclerite necrosante, podem ocorrer perfuração do globo ocular e perda do olho; - Diagnóstico: Sintomas severos + Biomicroscopia; - Investigar doenças de base; - Tratamento: AGUDO: → Anterior: Não necrosante: AINE VO Necrosante: Pulsoterapia → Posterior: Corticoide VO MANUTENÇÃO: imunossupressores de doença autoimune associada. - Inflamação do trato uveal, localizada primariamente no segmento anterior do olho, irite (inflamação isolada na câmara anterior) e iridociclite (inflamação na câmara anterior e no corpo vítreo anterior); - Causas: idiopática ou pós-cirúrgica (a causa mais comum), trauma, espondiloartropatias, artrite idiopática juvenil e infecção pelo vírus do herpes [vírus Herpes simples (HSV), vírus Varicela-zoster (VVZ) e citomegalovirus (CMV)]; - Clínica: hiperemia da conjuntiva adjacente à córnea, dor, fotofobia, miose e baixa acuidade visual; - Diagnóstico: clínica + biomicroscopia e reflexo pupilar; No exame com a lâmpada de fenda, pode-se notar alguns achados como, precipitados endoteliais (aglomerados de leucócitos na superfície da córnea interna), células e flare (turvação) na câmara anterior (humor aquoso) e sinéquias posteriores. Com uveíte anterior grave, os leucócitos podem formar uma camada na câmara anterior (hipópio); - Encaminhar ao oftalmologista; - IMPORTANTE: a avaliação do reflexo pupilar é importante na diferenciação de glaucoma agudo e conjuntivite. - Ou ceratoconjuntivite sica ou então síndrome da disfunção lacrimal; - A disfunção lacrimal é uma doença crônica. A síndrome dos olhos secos pode se manifestar por três razões: 1. Deficiência aquosa no filme lacrimal ou diminuição da produção de lágrimas; 2. Evaporação excessiva do filme lacrimal, quando há problema na produção de algum dos componentes da lágrima. 3. Disfunção das glândulas de Meibomius, que são glândulas sebáceas localizadas na região das pálpebras. - Causas: idiopática e associada a doenças do tecido conjuntivo; - Fatores de risco: • Idade: maiores de 50 anos; • Uso de lentes de contato; • Menopausa, devido às alterações hormonais; • Gravidez, devido às alterações hormonais; • Algumas doenças crônicas: diabetes, doença de Parkinson, artrite reumatoide e lúpus eritematoso sistêmico; • Deficiência de vitamina A e de ômega-3; • Rotina em ambientes muito secos ou com presença constante de ar condicionado; • Longo tempo em frente a telas, como computador e televisão; • Uso de alguns medicamentos: antidepressivos, diuréticos, anticolinérgico, anti-histamínicos, betabloqueadores, amiodarona e isotretinoína. - Clínica: hiperemia ocular, sensação de olhos secos/de areia/corpo estranho, fotofobia, lacrimejamento (reflexo, ardor ocular e borramento visual. Geralmente, os sinais e sintomas dos olhos secos se tornam mais intensos ao final do dia, após uso de telas e em ambientes com ar condicionado, vento ou exposição à fumaça; - Investigar doenças de base; - Diagnóstico: clínico + testes: • Tempo de ruptura do filme lacrimal diminuído (‘Break Up Time'[BUT] < 10 seg); • Menisco lacrimal diminuído (< 1 mm); • Teste de Shirmer - Tratamento: lágrimas artificiais/lubrificantes, oclusão punctal (o médico pode obstruir o ponto lacrimal – local por onde sai o líquido – de forma temporária ou permanente) e medidas gerais (hidratação adequada, evitar ingerir bebidas com álcool/cafeína, evitar ambientes com fumaça e ar-condicionado, usar óculos com proteção UV, lembrar de piscar quando estiver frente à telas...)Resumo feito por: Juliana Miranda Benício
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