RESENHA LIXO NOSSO DE CADA DIA

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RESENHA LIXO NOSSO DE CADA DIA
	Esse filme trata e traz reflexões sobre nossa relação com o lixo a partir da realidade vivida em São José do Rio Preto, cidade do interior de São Paulo. Com intuito de conscientizar, o filme traz como entrevistados biólogos, engenheiros, estudantes, empresários, pessoas que trabalham no poder público, catadores e pessoas que participam de projetos sociais.
	A produção audiovisual parte da trajetória dos lixos, onde nele são discutidos o descarte irregular, a poluição das águas, os responsáveis pela reciclagem, pontos de coleta e a responsabilidade do individuo e das industrias sobre a redução de resíduos e conscientização do consumo. 
	De acordo com falas de entrevistados, é possível concluir que há informações sobre os malefícios do descarte incorreto de lixo, da poluição e do consumo desenfreado, entretanto, falta vontade e disciplina para mudar suas próprias atitudes. Industrias não querem mudar suas formas de produzir, pois isso lhe causaria custos, diminuindo seus lucros, o que não é vantajoso no modelo capitalista de economia. 
	Percebe-se, portanto, que estratégias para a diminuição de lixo só será efetivada se, além das políticas públicas, cada cidadão engaje a um estilo de vida que produza menos resíduos e que a sociedade em um todo comece a repensar melhor no descarte do mais consciente do seu lixo e no reaproveitamento de resíduos.
RESENHA ILHA DAS FLORES
	Essa curta-metragem acompanha a colheita, entrega e o descarte de um tomate, que tem como destino final a Ilha das flores, que, apesar do nome, não se trata de uma ilha com flores. De forma irônica e ácida, essa produção traz reflexões sobre consumo, produção, capitalismo e desigualdade social, o que interfere na chamada “liberdade humana”.
	No decorrer da curta, é sempre pontuado a diferença entre um animal, em especial o porco, e o ser humano, que possui polegares opositores e a capacidade de pensar. Entretanto, apesar dessas “vantagens” em relação aos animais, o ser humano se encontra inferior a eles quando não possuem dinheiro. O tomate, que é produzido por um ser humano, para trocar por dinheiro, vai para o supermercados, é trocado novamente por dinheiro, e acaba sendo descartado no lixo por “não servir”, esse mesmo tomate é levado a Ilha das flores, local onde o lixo orgânico são primeiro escolhidos pelo seres humanos para alimentar os porcos e, depois, são recolhidos por mulheres e crianças que não possuem dinheiro, para servir de alimento.
	Desta forma, acredito eu, que o foco da curta é mostra as consequências e o efeito do capitalismo, onde a liberdade tão apreciada pelo ser humano não é respeita quando se envolve dinheiro. Trazendo assim uma reflexão sobre o poder que o capital tem na vida das pessoas, colocando quem não o possui, abaixo dos animais, relacionando assim conflitos socias, ambientais e culturais, abordando a fome, o consumismo e a pobreza.