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O caso de Schreber: Notas psicanalíticas sobre um relato autobiográfico de um caso de paranóia (dementia paranóides) Professor Alyson Barros Sigmund FREUD 1 Grupo do TELEGRAM: https://t.me/psicologianova Instagram: @psicologianova Professor Alyson Barros AMOSTRA GRÁTIS ATENÇÃO: O nosso foco é psicanálise para concursos Não é nossa intenção ensinar o pensamento psicanalítico, mas o que irá cair na sua prova! (Foco em concurso sempre) #paz 2 Grupo do TELEGRAM: https://t.me/psicologianova Instagram: @psicologianova Professor Alyson Barros AMOSTRA GRÁTIS FREUD, Sigmund. O caso de Schreber: Notas psicanalíticas sobre um relato autobiográfico de um caso de paranóia (dementia paranóides). In: FREUD, Sigmund. Edição standard brasileira das obras psicológicas completas de Sigmund Freud. Vol XII. Rio de Janeiro, Editora Imago, 1990; 3 Grupo do TELEGRAM: https://t.me/psicologianova Instagram: @psicologianova Professor Alyson Barros AMOSTRA GRÁTIS FREUD Sônia Abraão Fala muito X X Tem opinião sobre tudo X X Seleciona pontos específicos que confirmam a sua versão da história X X É formador de opinião X X O caso foi resolvido, independente da explicação dada X X Cai no seu concurso X 4 Grupo do TELEGRAM: https://t.me/psicologianova Instagram: @psicologianova Professor Alyson Barros AMOSTRA GRÁTIS Sinais ao longo das duas internações Insônia Angústia Hipocondria Alucinação Ouvia Vozes inexistentes Delírios de grandeza (Redenção e Voluptuosidade com Deus) Milagres Idealização da Morte 8 Grupo do TELEGRAM: https://t.me/psicologianova Instagram: @psicologianova Professor Alyson Barros AMOSTRA GRÁTIS A primeira doença Começou no outono de 1884, durou mais ou menos 6 meses e foi até 1885. Entendeu que era uma crise de grave hipocondria (sem sintomas psicóticos) A hipocondria faz parte da neurose A rotina de Schreber envolvia ritos sociais e psíquicos para tratar algo que não existia mesmo que em possibilidade. Entre a primeira e segunda crise: Sonhou duas ou três vezes que o antigo distúrbio nervoso retornara e isto o tornou tão infeliz no sonho, quanto a descoberta de ser apenas um sonho fê-lo feliz ao despertar. Além disso, certa vez, nas primeiras horas de manhã, enquanto se achava entre o sono e a vigília, ocorreu-lhe a ideia de que, ‘afinal de contas, deve ser realmente muito bom ser mulher e submeter-se ao ato da cópula’. Tratava-se de ideia que teria rejeitado com a maior indignação, se estivesse plenamente consciente. 9 Grupo do TELEGRAM: https://t.me/psicologianova Instagram: @psicologianova Professor Alyson Barros AMOSTRA GRÁTIS Primeiro Momento - delírio da emasculação Emasculação Se transformar em mulher É um delírio primário No início ele rejeitou essa ideia Só começou a aceitar a ideia quando associou o ato de emascular-se com um papel redentor. O papel de redentor é um delírio secundário. Pontos polêmicos O objetivo de emascular-se era de passar por abusos sexuais e não para servir aos altos desígnios. Um delírio sexual de perseguição foi posteriormente transformado, na mente do paciente, em delírio religioso de grandeza. O papel de perseguidor foi primeiramente atribuído ao Professor Flechsig, médico sob cujos cuidados estava; mais tarde, o lugar foi assumido pelo Próprio Deus. 12 Grupo do TELEGRAM: https://t.me/psicologianova Instagram: @psicologianova Professor Alyson Barros AMOSTRA GRÁTIS Seu objetivo era conseguir que, uma vez minha doença nervosa houvesse sido reconhecida como incurável ou assim admitida, eu fosse entregue a certa pessoa, de maneira específica: minha alma deveria ser-lhe entregue, mas meu corpo - devido a uma má compreensão do que acima descrevi como o propósito subjacente à Ordem das Coisas - deveria ser transformado num corpo feminino e como tal entregue à pessoa em apreço com vistas e abusos sexuais, então simplesmente seria “deixado de lado” - o que indubitavelmente significa ser entregue à corrupção.’ [...] Maldito médico e professor Flechsig 13 Grupo do TELEGRAM: https://t.me/psicologianova Instagram: @psicologianova Professor Alyson Barros AMOSTRA GRÁTIS O erro da “Matrix” Para Schreber há uma falha na Ordem das Coisas (falha que nem ele explica) Os nervos dos homens vivos, especialmente quando em estado de intensa excitação, podem exercer sobre os nervos de Deus atração tão poderosa que ele não se pode libertar deles novamente, e assim Sua própria existência pode ser ameaçada. Foi o que ocorreu com Schreber... Schreber ressoa a amarga queixa de que Deus, estando acostumado apenas à comunicação com os mortos, não compreende os homens vivos. Deus é imperfeito por não se comunicar com os vivos Deus só se comunica com os mortos ou com os adormecidos (em sonhos) Solução: manter comunicação com os cadáveres. Ao final dos delírios de Schreber é que fica claro que ele se coloca na posição de intermediador entre a humanidade e Deus (mistura reverência e rebeldia) 20 Grupo do TELEGRAM: https://t.me/psicologianova Instagram: @psicologianova Professor Alyson Barros AMOSTRA GRÁTIS Lascividade (voluptuosidade ) e Beatitude Ocorre uma sexualização do estado de beatitude celestial Chegou então à firme convicção de que era o Próprio Deus que, para Sua satisfação, exigia dele a feminilidade. 21 Grupo do TELEGRAM: https://t.me/psicologianova Instagram: @psicologianova Professor Alyson Barros AMOSTRA GRÁTIS Amor meu grande amor Mesmo com a mudança de foco, do sofrimento da emasculação até um propósito em consonância com a Ordem das Coisas, Flechsig permaneceu sendo seu instigador (grande culpado e inimigo) durante todo o curso da doença. Se o perseguidor Flechsig fora originalmente uma pessoa a quem Schreber amara, então também Deus deveria ser simplesmente o reaparecimento de alguém mais que ele amara. Acompanhando essa sequência de pensamento, vê-se que a pessoa poderia ter sido seu pai – que, inclusive, fora um respeitável médico, de maneira que não seria inadequado para transfiguração em Deus na lembrança de um menino. [a falta do pai pode ser a raiz dessa atração] Schreber acreditava que Flechsig tentava, assim como um diabo, assassinar sua alma. Freud entende que essa explicação pode ter tido seu protótipo em acontecimentos ocorridos entre membros das famílias Flechsig e Schreber há muito falecidos Deus primeiramente foi visto como um aliado contra a alma (nervo) de Flechsig, depois como um cúmplice que não ajudou Schreber.22Grupo do TELEGRAM: https://t.me/psicologianovaInstagram: @psicologianova Professor Alyson Barros AMOSTRA GRÁTIS O estudo de vários casos de delírios de perseguição levou-me, bem como a outros pesquisadores, à opinião de que a relação entre o paciente e o seu perseguidor pode ser reduzida a fórmula simples. Parece que a pessoa a quem o delírio atribui tanto poder e influência, a cujas mãos todos os fios da conspiração convergem, é, se claramente nomeada, idêntica a alguém que desempenhou papel igualmente importante na vida emocional do paciente antes de sua enfermidade, ou facilmente reconhecível como substituto dela. A intensidade da emoção é projetada sob a forma de poder externo, enquanto sua qualidade é transformada no oposto. A pessoa agora odiada e temida, por ser um perseguidor, foi, noutra época, amada e honrada. O principal propósito da perseguição asseverada pelo delírio do paciente é justificar a modificação em sua atitude emocional. AMOR e ÓDIO 23 Grupo do TELEGRAM: https://t.me/psicologianova Instagram: @psicologianova Professor Alyson Barros AMOSTRA GRÁTIS O pai Dois elementos principais de seus delírios que justificavam a adoção de uma atitude feminina para com Deus. 1. transformação em mulher 2. relação favorecida com Deus A decomposição de Deus em inferior e superior expressava a recordação do paciente de que, após a morte prematura do pai, o irmão mais velho ocupara seu lugar. O SOL, em seus delírios, simbolizao seu pai. Schereber revela o sol como ser humano ou órgão de ser superior, por vezes identificando-o ora com Deus. Uma vez tratando-o como divino, resulta-se que é mais um símbolo sublimado do pai. Resumo: sua luta Flechsig/Deus pode ser explicada como um conflito infantil com o pai. 28 Grupo do TELEGRAM: https://t.me/psicologianova Instagram: @psicologianova Professor Alyson Barros AMOSTRA GRÁTIS o mecanismo pelo qual a repressão é ocasionada (1) A primeira fase consiste na fixação, que é a precursora e condição necessária de toda ‘repressão’. A fixação pode ser descrita da seguinte maneira: determinado instinto ou componente instintual deixa de acompanhar os demais ao longo do caminho normal previsto de desenvolvimento, e, em conseqüência desta inibição em seu desenvolvimento, é deixado para trás, num estádio mais infantil. A corrente libidinal em apreço comporta-se então, em relação a estruturas psicológicas posteriores, como se pertencesse ao sistema do inconsciente, como reprimida. [...] 32 Grupo do TELEGRAM: https://t.me/psicologianova Instagram: @psicologianova Professor Alyson Barros AMOSTRA GRÁTIS o mecanismo pelo qual a repressão é ocasionada (2) A segunda fase da repressão é a da repressão propriamente dita - fase à qual foi dada, até aqui, a máxima atenção. Provém dos sistemas mais altamente desenvolvidos do ego - sistemas capazes de serem conscientes - e pode, na realidade, ser descrita como um processo de ‘pós- pressão’. Aparenta ser um processo essencialmente ativo, ao passo que a fixação parece de fato constituir um retardamento passivo. Podem sofrer repressão que os derivados psíquicos dos instintos retardados originais, quando estes se reforçam e entram assim em conflito com o ego (ou instintos egossintônicos), quer tendências psíquicas que, por outras razões, despertaram uma forte aversão. Mas esta aversão, em si própria, não conduziria à repressão, a menos que alguma vinculação tenha sido estabelecida e entre as tendências indesejáveis que têm de ser reprimidas e aquelas que já o foram. Onde isso acontece, a repulsa exercida pelo sistema consciente e a atração exercida pelo inconsciente tendem na mesma direção, no sentido de ocasionar a repressão. As duas possibilidades que são aqui isoladamente tratadas podem, talvez, ser menos nitidamente diferençadas na prática, e a distinção entre elas pode depender simplesmente do maior ou menor grau em que os instintos primariamente reprimidos contribuem para o resultado. 33 Grupo do TELEGRAM: https://t.me/psicologianova Instagram: @psicologianova Professor Alyson Barros AMOSTRA GRÁTIS o mecanismo pelo qual a repressão é ocasionada (3) A terceira fase, e a mais importante no que se refere aos fenômenos patológicos, é a do fracasso da repressão, da irrupção, do retorno do reprimido. Esta irrupção toma seu impulso do ponto de fixação, e implica uma regressão do desenvolvimento libidinal a esse ponto. 34 Grupo do TELEGRAM: https://t.me/psicologianova Instagram: @psicologianova Professor Alyson Barros AMOSTRA GRÁTIS Na paranoia a projeção funciona de forma diferente!!! A formação delirante, que presumimos ser o produto patológico, é, na realidade, uma tentativa de restabelecimento, um processo de reconstrução. Tal reconstrução após a catástrofe é bem sucedida em maior ou menor grau, mas nunca inteiramente; nas palavras de Schreber, houve uma ‘profunda mudança interna’ no mundo. Mas o indivíduo humano recapturou uma relação, e freqüentemente uma relação muito intensa, com as pessoas e as coisas do mundo, ainda que esta seja agora hostil, onde anteriormente fora esperançosamente afetuosa. Podemos dizer, então, que o processo da repressão propriamente dita consiste num desligamento da libido em relação às pessoas - e coisas - que foram anteriormente amadas. Acontece silenciosamente; dele não recebemos informações, só podemos inferi- lo dos acontecimentos subseqüentes. O que se impõe tão ruidosamente à nossa atenção é o processo de restabelecimento, que desfaz o trabalho da repressão e traz de volta novamente a libido para as pessoas que ela havia abandonado. Na paranóia, este processo é efetuado pelo método da projeção. Foi incorreto dizer que a percepção suprimida internamente é projetada para o exterior; a verdade é, pelo contrário, como agora percebemos, que aquilo que foi internamente abolido retorna desde fora. O exame completo do processo de projeção, que adiamos para outra ocasião, esclarecerá as dúvidas remanescentes sobre o assunto. 35 Grupo do TELEGRAM: https://t.me/psicologianova Instagram: @psicologianova Professor Alyson Barros AMOSTRA GRÁTIS finalizando… Por fim, não posso concluir o presente trabalho - que, mais uma vez, constitui apenas fragmento de um todo maior - sem prenunciar as duas teses principais no sentido de cujo estabelecimento a teoria da libido das neuroses e das psicoses está avançando: a saber, que as neuroses surgem, principalmente, de um conflito entre o ego e o instinto sexual, e que as formas que elas assumem guardam a marca do curso do desenvolvimento seguido pela libido - e pelo ego. 36 Grupo do TELEGRAM: https://t.me/psicologianova Instagram: @psicologianova Professor Alyson Barros AMOSTRA GRÁTIS SIGA NO INSTAGRAM @psicologianova Um beijo Na sua mãe! 37 Grupo do TELEGRAM: https://t.me/psicologianova Instagram: @psicologianova Professor Alyson Barros AMOSTRA GRÁTIS 38 facebook.com/psicologianova youtube.com/psicologianova @psicologianova (61) 99663-0923 @psicologianova alyson@psicologianova.com.br 38 Grupo do TELEGRAM: https://t.me/psicologianova Instagram: @psicologianova Professor Alyson Barros AMOSTRA GRÁTIS