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O caso de Schreber: Notas 
psicanalíticas sobre um relato 
autobiográfico de um caso de 
paranóia (dementia paranóides)
Professor Alyson Barros
Sigmund
FREUD
1
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Professor Alyson Barros
AMOSTRA GRÁTIS
ATENÇÃO: 
O nosso foco é psicanálise para concursos 
Não é nossa intenção ensinar o pensamento 
psicanalítico, mas o que irá cair na sua prova! 
(Foco em concurso sempre) 
#paz
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FREUD, Sigmund. O caso de Schreber: Notas 
psicanalíticas sobre um relato 
autobiográfico de um caso de paranóia 
(dementia paranóides). In: FREUD, Sigmund. 
Edição standard brasileira das obras 
psicológicas completas de Sigmund Freud. 
Vol XII. Rio de Janeiro, Editora Imago, 1990;
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Professor Alyson Barros
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FREUD Sônia Abraão
Fala muito X X
Tem opinião sobre tudo X X
Seleciona pontos específicos que 
confirmam a sua versão da história
X X
É formador de opinião X X
O caso foi resolvido, independente da 
explicação dada
X X
Cai no seu concurso X
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Sinais ao longo das duas internações
 Insônia 
 Angústia 
 Hipocondria 
 Alucinação 
 Ouvia Vozes inexistentes 
 Delírios 
de grandeza (Redenção e Voluptuosidade com 
Deus) 
Milagres 
Idealização da Morte
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A primeira doença
Começou no outono de 1884, durou 
mais ou menos 6 meses e foi até 1885. 
Entendeu que era uma crise de grave 
hipocondria (sem sintomas psicóticos) 
 A hipocondria faz parte da neurose 
 A rotina de Schreber envolvia ritos 
sociais e psíquicos para tratar algo que 
não existia mesmo que em 
possibilidade.
Entre a primeira e segunda 
crise: Sonhou duas ou três 
vezes que o antigo distúrbio 
nervoso retornara e isto o 
tornou tão infeliz no sonho, 
quanto a descoberta de ser 
apenas um sonho fê-lo feliz ao 
despertar. Além disso, certa 
vez, nas primeiras horas de 
manhã, enquanto se achava entre 
o sono e a vigília, ocorreu-lhe 
a ideia de que, ‘afinal de 
contas, deve ser realmente 
muito bom ser mulher e 
submeter-se ao ato da cópula’. 
Tratava-se de ideia que teria 
rejeitado com a maior 
indignação, se estivesse 
plenamente consciente.
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Primeiro Momento - delírio da emasculação
Emasculação 
 Se transformar em mulher 
 É um delírio primário 
 No início ele rejeitou essa ideia 
Só começou a aceitar a ideia quando 
associou o ato de emascular-se com um 
papel redentor. 
 O papel de redentor é um delírio 
secundário.
Pontos polêmicos 
O objetivo de emascular-se era de passar 
por abusos sexuais e não para servir aos 
altos desígnios. 
Um delírio sexual de perseguição foi 
posteriormente transformado, na mente 
do paciente, em delírio religioso de 
grandeza. 
O papel de perseguidor foi primeiramente 
atribuído ao Professor Flechsig, médico 
sob cujos cuidados estava; mais tarde, o 
lugar foi assumido pelo Próprio Deus.
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Seu objetivo era conseguir que, uma vez minha doença 
nervosa houvesse sido reconhecida como incurável ou assim 
admitida, eu fosse entregue a certa pessoa, de maneira 
específica: minha alma deveria ser-lhe entregue, mas meu 
corpo - devido a uma má compreensão do que acima 
descrevi como o propósito subjacente à Ordem das Coisas - 
deveria ser transformado num corpo feminino e como tal 
entregue à pessoa em apreço com vistas e abusos sexuais, 
então simplesmente seria “deixado de lado” - o que 
indubitavelmente significa ser entregue à corrupção.’ 
[...]
Maldito médico e professor Flechsig
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O erro da “Matrix”
Para Schreber há uma falha na Ordem das Coisas (falha que nem ele explica) 
Os nervos dos homens vivos, especialmente quando em estado de intensa 
excitação, podem exercer sobre os nervos de Deus atração tão poderosa que ele não 
se pode libertar deles novamente, e assim Sua própria existência pode ser 
ameaçada. 
Foi o que ocorreu com Schreber... 
Schreber ressoa a amarga queixa de que Deus, estando acostumado apenas à 
comunicação com os mortos, não compreende os homens vivos. 
Deus é imperfeito por não se comunicar com os vivos 
Deus só se comunica com os mortos ou com os adormecidos (em sonhos) 
Solução: manter comunicação com os cadáveres. 
Ao final dos delírios de Schreber é que fica claro que ele se coloca na posição de 
intermediador entre a humanidade e Deus (mistura reverência e rebeldia)
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Lascividade (voluptuosidade ) e Beatitude
Ocorre uma sexualização do estado de beatitude celestial 
Chegou então à firme convicção de que era o Próprio Deus que, para Sua satisfação, 
exigia dele a feminilidade.
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Amor meu grande amor
Mesmo com a mudança de foco, do sofrimento da emasculação até um propósito 
em consonância com a Ordem das Coisas, Flechsig permaneceu sendo seu 
instigador (grande culpado e inimigo) durante todo o curso da doença. 
Se o perseguidor Flechsig fora originalmente uma pessoa a quem Schreber amara, 
então também Deus deveria ser simplesmente o reaparecimento de alguém mais 
que ele amara. Acompanhando essa sequência de pensamento, vê-se que a pessoa 
poderia ter sido seu pai – que, inclusive, fora um respeitável médico, de maneira que 
não seria inadequado para transfiguração em Deus na lembrança de um menino. [a 
falta do pai pode ser a raiz dessa atração] 
Schreber acreditava que Flechsig tentava, assim como um diabo, assassinar sua 
alma. Freud entende que essa explicação pode ter tido seu protótipo em 
acontecimentos ocorridos entre membros das famílias Flechsig e Schreber há muito 
falecidos 
Deus primeiramente foi visto como um aliado contra a alma (nervo) de Flechsig, 
depois como um cúmplice que não ajudou Schreber.22Grupo do TELEGRAM: https://t.me/psicologianovaInstagram: @psicologianova
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O estudo de vários casos de delírios de perseguição levou-me, 
bem como a outros pesquisadores, à opinião de que a relação entre 
o paciente e o seu perseguidor pode ser reduzida a fórmula simples. 
Parece que a pessoa a quem o delírio atribui tanto poder e 
influência, a cujas mãos todos os fios da conspiração convergem, é, 
se claramente nomeada, idêntica a alguém que desempenhou papel 
igualmente importante na vida emocional do paciente antes de sua 
enfermidade, ou facilmente reconhecível como substituto dela. A 
intensidade da emoção é projetada sob a forma de poder externo, 
enquanto sua qualidade é transformada no oposto. A pessoa agora 
odiada e temida, por ser um perseguidor, foi, noutra época, amada e 
honrada. O principal propósito da perseguição asseverada pelo 
delírio do paciente é justificar a modificação em sua atitude 
emocional.
AMOR e ÓDIO
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O pai
Dois elementos principais de seus delírios que justificavam a adoção de uma 
atitude feminina para com Deus. 
1. transformação em mulher 
2. relação favorecida com Deus 
A decomposição de Deus em inferior e superior expressava a recordação do 
paciente de que, após a morte prematura do pai, o irmão mais velho ocupara 
seu lugar. 
O SOL, em seus delírios, simbolizao seu pai. 
Schereber revela o sol como ser humano ou órgão de ser superior, por vezes 
identificando-o ora com Deus. Uma vez tratando-o como divino, resulta-se 
que é mais um símbolo sublimado do pai. 
Resumo: sua luta Flechsig/Deus pode ser explicada como um conflito infantil 
com o pai.
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o mecanismo pelo qual a repressão é 
ocasionada
(1) A primeira fase consiste na fixação, que é a precursora e 
condição necessária de toda ‘repressão’. A fixação pode ser descrita 
da seguinte maneira: determinado instinto ou componente 
instintual deixa de acompanhar os demais ao longo do caminho 
normal previsto de desenvolvimento, e, em conseqüência desta 
inibição em seu desenvolvimento, é deixado para trás, num estádio 
mais infantil. A corrente libidinal em apreço comporta-se então, em 
relação a estruturas psicológicas posteriores, como se pertencesse ao 
sistema do inconsciente, como reprimida. [...]
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o mecanismo pelo qual a repressão é 
ocasionada
(2) A segunda fase da repressão é a da repressão propriamente dita - 
fase à qual foi dada, até aqui, a máxima atenção. Provém dos sistemas 
mais altamente desenvolvidos do ego - sistemas capazes de serem 
conscientes - e pode, na realidade, ser descrita como um processo de ‘pós-
pressão’. Aparenta ser um processo essencialmente ativo, ao passo que a 
fixação parece de fato constituir um retardamento passivo. Podem sofrer 
repressão que os derivados psíquicos dos instintos retardados originais, 
quando estes se reforçam e entram assim em conflito com o ego (ou 
instintos egossintônicos), quer tendências psíquicas que, por outras 
razões, despertaram uma forte aversão. Mas esta aversão, em si própria, 
não conduziria à repressão, a menos que alguma vinculação tenha sido 
estabelecida e entre as tendências indesejáveis que têm de ser reprimidas 
e aquelas que já o foram. Onde isso acontece, a repulsa exercida pelo 
sistema consciente e a atração exercida pelo inconsciente tendem na 
mesma direção, no sentido de ocasionar a repressão. As duas 
possibilidades que são aqui isoladamente tratadas podem, talvez, ser 
menos nitidamente diferençadas na prática, e a distinção entre elas pode 
depender simplesmente do maior ou menor grau em que os instintos 
primariamente reprimidos contribuem para o resultado.
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o mecanismo pelo qual a repressão é 
ocasionada
(3) A terceira fase, e a mais importante no que se refere aos 
fenômenos patológicos, é a do fracasso da repressão, da 
irrupção, do retorno do reprimido. Esta irrupção toma seu 
impulso do ponto de fixação, e implica uma regressão do 
desenvolvimento libidinal a esse ponto.
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Na paranoia a projeção funciona de forma diferente!!!
A formação delirante, que presumimos ser o produto patológico, é, na realidade, uma tentativa de 
restabelecimento, um processo de reconstrução. Tal reconstrução após a catástrofe é bem sucedida 
em maior ou menor grau, mas nunca inteiramente; nas palavras de Schreber, houve uma ‘profunda 
mudança interna’ no mundo. Mas o indivíduo humano recapturou uma relação, e freqüentemente uma 
relação muito intensa, com as pessoas e as coisas do mundo, ainda que esta seja agora hostil, onde 
anteriormente fora esperançosamente afetuosa. Podemos dizer, então, que o processo da repressão 
propriamente dita consiste num desligamento da libido em relação às pessoas - e coisas - que foram 
anteriormente amadas. Acontece silenciosamente; dele não recebemos informações, só podemos inferi-
lo dos acontecimentos subseqüentes. O que se impõe tão ruidosamente à nossa atenção é o processo de 
restabelecimento, que desfaz o trabalho da repressão e traz de volta novamente a libido para as pessoas 
que ela havia abandonado. Na paranóia, este processo é efetuado pelo método da projeção. Foi 
incorreto dizer que a percepção suprimida internamente é projetada para o exterior; a verdade é, 
pelo contrário, como agora percebemos, que aquilo que foi internamente abolido retorna desde 
fora. O exame completo do processo de projeção, que adiamos para outra ocasião, esclarecerá as 
dúvidas remanescentes sobre o assunto. 
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finalizando…
Por fim, não posso concluir o presente trabalho - que, mais 
uma vez, constitui apenas fragmento de um todo maior - sem 
prenunciar as duas teses principais no sentido de cujo 
estabelecimento a teoria da libido das neuroses e das psicoses 
está avançando: a saber, que as neuroses surgem, 
principalmente, de um conflito entre o ego e o instinto sexual, 
e que as formas que elas assumem guardam a marca do curso 
do desenvolvimento seguido pela libido - e pelo ego.
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Um beijo 
Na sua mãe!
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