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FNP - Metodo Kabat

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FACILITAÇÃO NEUROMUSCULAR PROPRIOCEPTIVA ( FNP)
 
- Primeiras denominações: Técnica de Facilitação 
Proprioceptiva e Reabilitação Neuromuscular 
- Criador: Dr. Herman Kabat (década de 40) 
Definição – método de promoção ou precipitação 
(facilitação) de reação do mecanismo neuromuscular 
através de estímulos proprioceptivos (alongamento 
rápido) 
 
Padrões 
 
Córtex motor – Ativação combinada de músculos 
sinérgicos – Padrões de movimentos (quando soma 
planos o movimento é sempre na diagonal) 
 
Axioma de Beevor – o cérebro nada sabe sobre os 
músculos e sim sobre os movimentos 
Padrões de movimento da FNP combinam: 
– Plano sagital: flexão e extensão 
– Plano frontal: abdução e adução (flexão lateral da 
coluna e cabeça) 
– Plano transversal: rotação 
Resultando em movimentos em espiral e diagonal 
normais dos movimentos funcionais 
Diagonais FNP 
- Existem duas diagonais a D1 e a D2 
 
 
 
 
D1 flexora 
Postura de saída: extensão, abdução, rotação interna de 
ombro, cotovelo extendido, punho e dedos extendidos, 
pronação 
Final flexão, adução, rotação externa de ombro, 
cotovelo extendido, punho e dedos fletidos, supinação 
Postura saída Final flexora 
 
 
 
D1 extensora 
Postura de saída flexão, adução, rotação externa de 
ombro, cotovelo extendido, punho e dedos fletidos, 
supinação 
Final extensão, abdução, rotação interna de ombro, 
cotovelo extendido, punho e dedos extendidos, pronação 
 
 
 
Postura saída Final extensora 
 
D1 V1 Flexora 
Respeita a posição original da D1 
 Gabrielle Santos 
D1 Extensora 
D1 Flexora D2 flexora 
D2 extensora 
Postura de saída: extensão, abdução, rotação interna de 
ombro, cotovelo extendido, punho e dedos extendidos, 
pronação 
Final flexão, adução, rotação externa de ombro, 
cotovelo fletido, punho e dedos fletidos, supinação 
 
 
Postura de saída Final flexora 
 D1 V1 Extensora 
Postura de saída flexão, adução, rotação externa de 
ombro, cotovelo fletido, punho e dedos fletidos, 
supinação 
Final extensão, abdução, rotação interna de ombro, 
cotovelo extendido, punho e dedos extendidos, pronação 
 
 
 Postura saída Final extensora 
D1V2 Flexora 
Postura saída extensão, abdução, rotação interna de 
ombro, cotovelo fletido, punho e dedos extendidos, 
pronação 
Final flexão, adução, rotação externa de ombro, 
cotovelo extendido, punho e dedos fletidos, supinação 
 
 
Postura saída Final Flexora 
 
 
D1 V2 Extensora 
Postura de saída flexão, adução, rotação externa de 
ombro, cotovelo extendido, punho e dedos fletidos, 
supinação 
Final extensão, abdução, rotação interna de ombro, 
cotovelo fletido, punho e dedos extendidos, pronação 
 
 
 
Postura saída Final Extensora 
D2 Flexora 
Postura saída extensão, adução, rotação interna ombro, 
cotovelo extendido, flexão de punho e dedos, pronação 
Final flexão, abdução, rotação externa de ombro, 
cotovelo extendido, extensão de punho e dedos, 
supinação 
 
 
Postura saída Final Flexora 
 
D2 Extensora 
Postura de saída flexão, abdução, rotação externa de 
ombro, cotovelo extendido, extensão de punho e dedos, 
supinação 
Final extensão, adução, rotação interna ombro, cotovelo 
extendido, flexão de punho e dedos, pronação 
 
 
Postura saída Final Extensora 
 
D2 V1 Flexora 
Postura saída flexão, abdução, rotação externa de 
ombro, cotovelo extendido, extensão de punho e dedos, 
supinação 
Final extensão, adução, rotação interna ombro, cotovelo 
fletido, flexão de punho e dedos, pronação 
 
 
 
 Postura saída Final Flexora 
D2 V1 Extensora 
Postura saída extensão, adução, rotação interna ombro, 
cotovelo fletido, flexão de punho e dedos, pronação 
Final flexão, abdução, rotação externa de ombro, 
cotovelo extendido, extensão de punho e dedos, 
supinação 
 
 
 
 
Postura saída Final Extensora 
D2 V2 Flexora 
Postura saída flexão, abdução, rotação externa de 
ombro, cotovelo fletido, extensão de punho e dedos, 
supinação (postura parkinsoniana) 
Final extensão, adução, rotação interna ombro, cotovelo 
extendido, flexão de punho e dedos, pronação 
 
 
Postura saída Final Flexora 
D2 V2 Extensora 
Postura saída adução, rotação interna ombro, cotovelo 
extendido, flexão de punho e dedos, pronação 
Final flexão, abdução, rotação externa de ombro, 
cotovelo fletido, extensão de punho e dedos, supinação 
(postura parkinsoniana) 
 
 
Postura saída Final Extensora 
Obs. Postura de chegada da flexora é a postura de 
saída da extensora e vice versa 
- A v2 sempre sai de flexão de cotovelo e a v1 
de extensão de cotovelo 
- FNP é um conjunto de integração sensorial, 
propriocepção (movimento), auditivo, visual 
(neurônios espelhos são ativados), tátil ( quando 
se realiza o movimento passivo) 
- Nunca por a mão no grupo antagonista, 
estimular o grupamento que vai realizar o 
movimento (sempre tracionar e dar reflexo de 
estiramento) 
- Terapeuta sempre alinhado a diagonal que vai 
exercer 
- Tom da voz é importante para direcionar a 
resposta 
Procedimentos básicos – conceitos: 
– Contato manual: aumenta a força e guia o movimento 
com toque e pressão 
– Posição corporal: guia e controla o movimento ou a 
estabilização 
Contato Manual e Posição do terapeuta 
• Pressão ou estímulo tátil (“arranhar”) como 
mecanismo de facilitação – grupo/músculo(s) agonista(s) 
= responsáveis pelo padrão do movimento 
• Posicionamento da mão: contato lumbrical 
• Posição do terapeuta deve assumir a direção do 
movimento 
– Proporciona a direção para onde o paciente poderá 
conduzir seu próprio movimento; provê resistência 
adequada 
• Podem objetivar: imposição de demanda ou 
fornecimento de segurança, além do sentido do 
direcionamento 
• Auto-contato como estratégia facilitatória 
 
 
Comandos e comunicação: 
• Comunicação: tátil (contato manual - já visto), oral 
(sentido temporal) e visual (sentido espacial) 
• Comando verbal: palavras apropriadas para guiar o 
movimento 
Deve variar de acordo com a pessoa (grau de instrução, 
idade, cooperação) 
– Tom de voz pode gerar respostas diferentes 
» Fortes e agudos x moderados x suaves 
– Devem ser curtos e de acordo com a demanda do 
indivíduo 
– Importante a sincronização do comando 
– Três fases do comando: preparação, ação e 
correção. 
• Visão: guia o movimento e aumenta o empenho 
importantes como preparatórios e corretivos 
– Considerar contato visual terapeuta-paciente: 
cooperação e interação 
 
Estiramento: 
• Tração e aproximação: facilitam o movimento e 
estabilidade 
• Reflexo de estiramento: facilita a contração e diminui 
a fadiga muscular 
Reflexo de Estiramento 
–Posição: fase de alongamento do padrão, 
considerando-se o componente de rotação como 
imprescindível (estímulo de estiramento) 
– Reflexo (manualmente provocado) a partir da posição 
de estiramento + comando verbal integrado para início 
do movimento ativo (assistido ou livre). 
» Uso no início do movimento: facilitação do iniciação 
motora 
» Uso durante o movimento: intensificação de resposta 
fraca 
– Contra-indicações: dor, quando componentes do 
sistema músculo-esquelético não podem ser tracionados 
(ex. luxação) 
Tração e aproximação: 
– Técnicas para ativação de receptores articulares 
– Tração: separação das superfícies articulares 
» Promoção de movimento – aplicação gradual e 
manutenção durante o movimento 
– Aproximação: compressão das superfícies articulares 
» Estabilidade ou sustentação articular e de postura 
• Aproximação rápida – resposta reflexa 
• Aproximação lenta – estímulo proprioceptivo 
(tolerância dada pelo paciente) 
– Contra-indicação: fragilidade articular ou esquelética 
(tração: luxação; aproximação: fraturas, etc)Resistência: 
Auxilia a contração muscular e incrementa a força, 
melhora a aprendizagem e o controle motor 
Resistência Máxima: 
• Usada para produzir aumento de força e provê 
estímulos proprioceptivos importantes para o 
aprendizado motor 
“Maior quantidade de resistência que se pode aplicar em 
uma contração isotônica ou ativa, permitindo total 
amplitude do movimento” 
• Manual x mecânica 
• Percepção do terapeuta: favorecimento do 
movimento completo e das repetições previstas, 
combinação de técnicas, efeito da gravidade 
(posicionamento) Cuidado com intensidade alta: ativação 
dos antagonistas 
Tipos: isotônica concêntrica, excêntrica e mantida; 
isométrica (cuidados nesta última) 
• Concêntrica – a força do paciente é a maior que a do 
terapeuta 
• Excêntrica – a força do paciente é a menor que a do 
terapeuta 
• Isotônica mantida – as forças são iguais 
• Isométrica – o membro não mexe, o músculo 
desenvolve tensão, porém não há alteração em seu 
comprimento externo 
Sincronização de movimentos: 
Promove o “sincronismo normal” e aumenta a força 
• Sequência de contrações musculares que ocorre em 
qualquer atividade motora, resultando num movimento 
coordenado 
• Aquisição do controle motor: de cranial para caudal e 
de proximal para distal 
• Após aquisição do movimento coordenado: 
sincronização ocorre de distal para proximal. (por isso a 
gente começa mexendo a mão) 
• No padrão de FNP: inicia-se pela rotação seguindo-se 
dos seguimentos de distal para proximal 
Sincronização para ênfase 
• Modificação da sequência normal dos movimentos 
para enfatizar um músculo ou grupo muscular fraco 
• Prevenção de todos os movimentos do padrão – 
exceto aquele a ser enfatizado 
• Resistência aumentada no movimento forte para 
facilitar o fraco (padrão de “travamento de padrão” – 
resistência isotônica mantida ou isométrica). 
Irradiação 
Utiliza a propagação da resposta do estímulo 
• Aumento de facilitação (contração) ou inibição 
(relaxamento) em músculos sinérgicos e padrões de 
movimento (ipsi e contra) 
• Por exemplo para facilitar a flexão de um MMII eu 
faço a extensão do outro membro 
• Ocorre uma comunicação de neurônios sensitivos a 
nível medular 
• Por isso fazer primeiro no membro são e depois no 
membro acometido, pois vai facilitar 
 
: A FNP se baseia em princípios neurofisiológicos 
clássicos Inervação e Inibição recíproca e Reflexo de 
estiramento (monossinaptico) 
 
• Estiramentos repetidos – ajuda a conseguir resgatar 
a contração muscular

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