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Sentença Favorável_Não acolhimento da sucessão I

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Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região - 1º Grau
Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região - 1º Grau
O documento a seguir foi juntado ao autos do processo de número 0101249-47.2017.5.01.0033
em 26/04/2018 19:03:47 e assinado por:
- RODRIGO DABUL TORRES
18042619025453400000073281742
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usando o código: 18042619025453400000073281742
Relatório
Cuida-se de ação trabalhista proposta por JORGE ALEXANDRE DE OLIVEIRA
ANDRADE em face de HOSPITAL E MATERNIDADE THEREZINHA DE
JESUS e MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO, dizendo-se admitido, como técnico
de enfermagem, em 16.3.2016 e dispensado sem justa causa em 30.outubro.2016 sem
receber as parcelas resilitórias. Os reclamados, citados, fizeram-se presentes à
audiência e apresentaram suas respectivas defesas, resistindo a todas as pretensões de
início. Feito instruído com documentos. Razões finais orais e conciliação rejeitada.
Fundamentação
GRATUIDADE DE JUSTIÇA
Quanto ao benefício da justiça gratuita, cumpre notar que na Justiça do Trabalho é
indispensável, de acordo com a legislação específica (Leis nºs 1060/50, 5584/70 e
7115/83), que o empregado esteja de forma presumida ou declarada em situação de
insuficiência econômica, pois, também, deve estar devidamente assistido por
Sindicato de sua categoria profissional. No caso em apreço a assistência gratuita não
poderá ser concedida ao autor pelo fato de não estar assistido pelo Sindicato da sua
categoria econômica. Não há como se aceitar a declaração de pobreza quando o
empregado está assistido por advogado particular, que contrata com o seu cliente
honorários com fundamento no êxito da pretensão, e não na recuperação econômica
de seu cliente. Se existente cláusula para pagamento de honorários advocatícios, o
que se presume - afinal de contas, não houve juntada de declaração no sentido de que
os advogados obreiros estão a atuar a título gratuito -, não há como se admitir a
gratuidade de justiça pretendida.
ILEGITIMIDADE PASSIVA "AD CAUSAM"
Confunde-se com o mérito a prefacial suscitada pela primeira litisconsorte passiva e
com ele será decidida.
TERMINAÇÃO DO PACTO LABORAL. EFEITOS. DEMAIS PARCELAS
RECLAMADAS
A primeira reclamada apresentou alentada contestação através da qual rechaçou as
assertivas de início, asseverando que a parte demandante continuou prestando
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assertivas de início, asseverando que a parte demandante continuou prestando
serviços em favor das unidades hospitalares de responsabilidade do segundo
reclamado, sobre as quais exercia a gestão até a revogação da portaria que
desqualificou sua natureza jurídica de organização social. Depreende-se da defesa
que a primeira reclamada manifestou a intenção de discutir eventual sucessão
trabalhista da organização social ali indicada, que assumiu a gestão das unidades
hospitalares onde o reclamante laborava, a fim de se isentar da responsabilidade
pelos créditos trabalhistas autorais. Entretanto, em momento algum de sua defesa, a
primeira reclamada negou que manteve a parte reclamante contratado em seu quadro
de empregados no período alegado na inicial. O reclamante possui discricionariedade
para ajuizar a demanda em face dos responsáveis a quem vislumbre pertinência. Na
hipótese, o eventual reconhecimento da sucessão aventada pela parte ré somente
seria possível, caso a organização social sucessora da prestação de serviços estivesse
incluída no polo passivo da ação, o que não é o caso. E nem seria, pois longe está a
hipótese retratada nos presentes autos de ser configurada como sucessão trabalhista
tal como definida pelos arts 10 e 448 da CLT. O que simplesmente ocorreu é que o
reclamante trabalhou de forma terceirizada em benefício dos reclamados. Rompido
ou terminado o contrato de natureza civil (ou de prestação de serviços), deu-se a
dissolução contratual por iniciativa da primeira das rés, que optou pelo
inadimplemento dos títulos resilitórios. Observe-se, ainda, que os arts. 10 e 448, da
CLT, ressaltam que eventuais alterações de propriedade ou na estrutura jurídica da
empresa não prejudicam os direitos de seus empregados, estendendo a
responsabilidade pelos créditos trabalhistas aos novos proprietários, sem afastar tal
obrigação dos antigos empregadores. A desqualificação da natureza jurídica de
organização social anteriormente atribuída à reclamada e a rescisão unilateral do
contrato de gestão mantido entre a primeira ré e o MUNICÍPIO DO RIO DE
JANEIRO demonstram o término da ingerência da demandada sobre as unidades
hospitalares. Em face de tal contexto fático, reconheço a dispensa imotivada da
reclamante na data apontada na peça preambular. Como a primeira reclamada não
comprovou a quitação das verbas rescisórias, acolho os pedidos condensados nos
itens 2.2, 2.3, 2.4 e 2.5. Indefiro, por outro lado, o pedido "2.1", à luz da
jurisprudência atual, iterativa e notória do C. TST compendiada na Súmula 276/TST,
salientando-se que o reclamante obteve nova colocação no mercado de trabalho um
dia após ser dispensado pela primeira reclamada. Os demais pedidos foram
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dia após ser dispensado pela primeira reclamada. Os demais pedidos foram
satisfeitos através da tutela provisória de urgência, ora confirmada em sede de tutela
definitiva.
HONORÁRIOS
Na Justiça do Trabalho os honorários advocatícios só têm lugar nos termos da
Súmula 219, complementada pela de nº 329, ambas do TST, editados à luz da Lei
5.584/70, não sendo devidos pois, tão-só em razão da sucumbência, a que se reporta
o art. 20 do CPC. Neste mesmo sentido, a Súmula nº. 663 do E. Supremo Tribunal
Federal, in verbis: É incabível a condenação em verba honorária nos recursos
extraordinários interpostos em processo trabalhista, exceto nas hipóteses previstas na
Lei 5.584/70. Não há que se falar em incidência das regras contidas nos arts. 389,
395 e 404 do Código Civil em vigor, com vistas à condenação do Réu em verba
honorária, haja vista que a expressão "honorários de advogado" lá mencionada diz
respeito exclusivamente às hipóteses de ressarcimento de despesas com a contratação
de advogado, devidamente comprovadas, com o fito de cobrança do crédito de forma
, não se confundindo com os honorários advocatícios processuais daextrajudicial
sucumbência de que trata o art. 20 do Código de Processo Civil. Neste sentido vem
se firmando a doutrina, consoante posicionamento do ilustre colega Edilton Meireles
em sua obra "O novo Código Civil e o Direito do Trabalho", bem como a
jurisprudência, senão vejamos: "Sustenta o reclamante, inicialmente, que o v.
acórdão teria violado os arts. 389 e 404 do Código Civil Brasileiro, ao ter
excluído da condenação os honorários advocatícios. Entretanto, os arts. 389 e
404, do Código Civil Brasileiro, atualmente em vigor, não revogaram as
Súmulas 219 e 329, do C. Tribunal Superior do Trabalho, pois os honorários
neles previstos ou decorrem da sucumbência ou da composição das perdas e
danos, sendo devidos, neste último caso, apenas se ficar provado que foram
pagos antes do ajuizamento da ação, na tentativa do recebimento amigável do
débito, como esclarecem Gustavo Tepedino, Heloisa helena Barbosa e Maria
Cecília Bodim de Moraes: "Às perdas e danos acrescem-se, ainda, juros,
atualização monetária e honorários advocatícios. Como visto, não sendo possível
a prestação in natura, assiste ao credor o direito dehaver em pecúnia o
equivalente, mas os prejuízos a que a inexecução deu causa. Sendo assim, o
devedor estará obrigado, ainda, ao pagamento de juros sobre o montante total
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devedor estará obrigado, ainda, ao pagamento de juros sobre o montante total
da indenização, calculados segundo os arts. 405 e 406 do Código Civil. Incidirá,
ainda, correção monetária, com vista a preservar o valor de compra da moeda
(CC, art. 440) e honorários advocatícios, calculados de acordo com o CPC, art.
20, caso a indenização venha a ser postulada em juízo. Os honorários de
advogado não serão devidos, entretanto, se o ressarcimento das perdas e danos
se fizer amigavelmente, a não ser que o credor os tenha pago, hipótese em que
poderão integrar o dano emergente a que se refere o art. 402 deste Código"
(Código Civil Interpretado Conforme a Constituição da República, Vol. I,
" (TRT 15ª Região, Processo NºEditora Renovar, 2004, p. 696).
00227-2003-113-15-00-9, Ac. 57659/05). Ademais, havendo legislação específica
que trata da verba honorária nos feitos em trâmite nesta seara, norma geral de Direito
Comum, ainda que mais recente, não alteraria a incidência das disposições peculiares
a este ramo do Judiciário Federal, consoante inteligência do art. 2º, §2º da Lei de
Introdução ao Código Civil. Indefiro.
LIQUIDAÇÃO
A liquidação da sentença virá por meros cálculos. Deduzam-se os valores quitados
sob idênticos títulos, evitando-se, assim, o enriquecimento sem causa. No que tange à
correção monetária, os valores deferidos serão atualizados a partir do mês
subsequente ao vencido, nos termos do art. 459, parágrafo único e Súmula nº 381 do
C. TST, inclusive o FGTS, exceto para as parcelas que lei prevê outra época própria,
tais como, as férias acrescidas de 1/3 (CLT, art. 145), 13º salário (Lei 4.749/65, art.
1º) e verbas rescisórias (CLT, art. 477, § 6º). Em relação aos juros de mora, incidirão
de forma simples, à base de 1% (um por cento) ao mês, pro rata die, sobre o capital
já corrigido (Lei n 8.177/91, art. 39, § 1º), nos termos do art. 883 da CLT e da
Súmula n 200 do C. TST. Quanto às contribuições previdenciárias, de
responsabilidade da parte reclamada e da parte reclamante, deverão ser calculadas,
recolhidas e comprovadas nos autos, sob pena de execução (Lei 8.212/91, art. 33, §
5º), conforme as disposições no art. 114, § 3º da Constituição Federal, bem como o
art. 43 da Lei n 8.212/91. Não haverá incidência de contribuições previdenciárias
sobre as parcelas de natureza indenizatória, tal como declaração contida na parte
dispositiva desta decisão (CLT, art. 832, § 3º). Resta, desde já, autorizada a dedução
das referidas contribuições incidentes sobre o crédito da parte reclamante, devendo
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das referidas contribuições incidentes sobre o crédito da parte reclamante, devendo
ser calculadas mês a mês (Decreto n 2.173/97, art. 68, § 4º), nos termos do item III
da Súmula nº 368 do C. TST. Por força das disposições constantes da Consolidação
dos Provimentos da Corregedoria Geral da Justiça do Trabalho e art. 46 da Lei n
8.541/92, determina-se a retenção dos valores relativos às contribuições fiscais, nos
termos da Instrução Normativa 1127, de 7.2.2011, da Secretaria da Receita Federal
c/c OJ 400 da SDI-1 do C. TST.
RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA DA SEGUNDA RECLAMADA
O amparo para a responsabilização subsidiária da tomadora dos serviços reside na
interpretação teleológica e sistemática dos arts. 9° da CLT e 927 do Código Civil,
conforme expressamente autorizado pelo art. 8° da CLT. A aplicação da norma do
art. 927 do Código Civil tem como causa a culpa in eligendo, ou pelo menos a culpa
"in vigilando", do tomador dos serviços que permitiu a inadimplência da prestadora
de serviços contratada. Nesse sentido: RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA -
EMPRESA TOMADORA DE MÃO-DE-OBRA - O tomador de mão-de-obra
responde subsidiariamente pelos débitos trabalhistas da prestadora de serviços. Tal
entendimento encontra amparo no artigo 159 do Código Civil, que cuida da culpa
extracontratual, sendo plenamente aplicável à hipótese a denominada culpa in
eligendo, resultante da má escolha do contratante. Aplicação do Enunciado 331,
inciso IV, do Colendo TST (TRT 4ª Reg., RO 00974.731/98-6, 6ª T., Relª Juíza
Beatriz Zoratto Sanvicente, J. 18.10.2001). A responsabilidade da tomadora dos
serviços também encontra respaldo na norma do inciso III do art. 932 do Código
Civil. Assim ocorre porque a figura legal do "comitente" abrange o tomador de
serviços terceirizados, porque é ele que atribui à prestadora a execução da tarefa.
Destarte, não há ofensa à norma do inciso II do art. 5° constitucional. Não pretende o
Reclamante o reconhecimento de relação de emprego com a Segunda Reclamada,
mas sim sua mera responsabilização subsidiária. Destarte, não há ofensa à norma do
inciso II do art. 37 da Constituição Federal. O inciso XXI do art. 37 da Constituição
Federal trata da exigência de licitação para a contratação pela administração pública,
o que nenhuma relação tem com a matéria objeto deste processo no qual se discute a
responsabilidade subsidiária de empresa pública decorrente da inadimplência das
obrigações trabalhista da prestadora de serviços contratada. Eventual legalidade da
licitação e do contrato firmado entre as reclamadas é absolutamente irrelevante para
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licitação e do contrato firmado entre as reclamadas é absolutamente irrelevante para
a distribuição do Direito do Reclamante precisamente porque, para ele, são "res inter
alios". A norma do inciso III do art. 932 do Código Civil assim como o item IV do
Enunciado 331 do C.TST em momento algum se referem à insolvência ou
inidoneidade da prestadora de serviços. Efetivamente, para a responsabilização
subsidiária da tomadora dos serviços a exigência cinge-se à simples inadimplência de
crédito devido a empregado da prestadora. Havendo qualquer crédito devido pela
empregadora ao Reclamante não estará sendo presumida, mas sim judicialmente
reconhecida a inadimplência. Portanto, a culpa, seja in eligendo ou in vigilando, não
demanda ser provada, precisamente porque decorre da simples inadimplência e esta é
materializada pela existência de qualquer crédito devido ao trabalhador. A mera
declaração da constitucionalidade da norma do §1º do art. 71 da Lei 8.666/93 pelo
Excelso STF nos autos da ADC nº 16 não tem o condão de afastar a responsabilidade
subsidiária da Caixa Econômica Federal. Continuam em vigor as normas do §6º do
art. 37 e do inciso II do §1º do art. 173, todos da Constituição Federal de 1988. O que
resta afastado pelo reconhecimento da constitucionalidade do §1º do art. 71 da Lei
8.666/93 é a transferência à administração pública da responsabilidade originária
pelos débitos trabalhistas .Ofenderia todo o ordenamento jurídico, inclusive aos
princípios constitucionais da razoabilidade e da proporcionalidade, acreditar que à
Administração Pública teria sendo conferida ampla imunidade civil isentando-a de
qualquer responsabilidade pelos danos decorrentes da sua conduta culposa. Nesse
sentido: AGRAVO DE INSTRUMENTO. RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA.
ADC 16. CULPA IN VIGILANDO. OMISSÃO DO ENTE PÚBLICO NA
FISCALIZAÇÃO DOCONTRATO DE TRABALHO. Nos termos do entendimento
manifestado pelo E. STF, no julgamento da ADC-16, em 24/11/2010, é
constitucional o art. 71 da Lei 8666/93, sendo dever do judiciário trabalhista
apreciar, caso a caso, a conduta do ente público que contrata pela terceirização de
atividade-meio. Necessário, assim, verificar se ocorreu a fiscalização do contrato
realizado com o prestador de serviços. No caso em exame, o ente público não
cumpriu o dever legal de vigilância, registrada a omissão culposa do ente público,
ante a constatada inadimplência do contratado no pagamento das verbas trabalhistas,
em ofensa ao princípio constitucional que protege o trabalho como direito social
indisponível, a determinar a sua responsabilidade subsidiária, em face da culpa in
vigilando. Agravo de instrumento desprovido (TST, AIRR -
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vigilando. Agravo de instrumento desprovido (TST, AIRR -
2567-65.2010.5.06.0000, 6ª T., unânime, Rel. Min. Aloysio Corrêa da Veiga, 15 de
dezembro de 2010). Em seu voto esclarece o Exmo. Ministro Relator que: [...] Vale
ressaltar que a proibição insculpida no artigo 71 da Lei de Licitações é de ser
entendida pela não transferência direta da responsabilidade trabalhista para o ente
público, vez que, na seara do Direito Administrativo, deve prevalecer o interesse
público sobre o privado. Do âmbito constitucional, ainda, de acordo com a teoria do
risco administrativo, deve o agente estatal indenizar o prejuízo causado a terceiro,
decorrente de ação ou omissão, independentemente da comprovação de dolo ou
culpa. Trata-se de responsabilidade objetiva, pois. Observa-se que a responsabilidade
social do Estado não pode ser alijada, a partir da busca de privilégios que não mais se
justificam nos dias de hoje. Ao Estado incumbe fomentar conceitos de cidadania e
responsabilizar, verdadeiramente, seus administradores. O que não é possível é
permitir que o mau exercício da política contamine a administração pública, de modo
contumaz, em prejuízo de toda a sociedade. Não há, portanto, que se falar em
inconstitucionalidade da Súmula nº 331 do TST, porque esta se encontra
harmonizada com o art. 37,§ 6º, CF/88. Importantíssimo pontuar que o "art. 71 da
Lei n° 8.666/93 tem em mira exonerar a administração pública da responsabilidade
principal ou primária, atribuída ao contratado, afastando a possibilidade de
vinculação de emprego em desacordo com o art.37 [§ 2º] da Lei Maior. Não a exime,
contudo, da responsabilidade subsidiária. O referido dispositivo legal, em verdade,
ao isentara Administração Pública da responsabilidade pelo pagamento de encargos
trabalhistas, levou em conta a situação de normalidade e regularidade de
procedimento do contratado e do próprio órgão público contratante. Assim sendo,
posterior inadimplemento do contratado deve conduzir à responsabilidade subsidiária
da contratante, em decorrência mesmo de culpa in vigilando. Admitir-se o contrário -
como enfatiza recente decisão do Pleno desta Corte, por conduto de voto do
eminente Ministro Moura França - seria menosprezar todo um arcabouço jurídico de
proteção ao empregado e, mais do que isso, olvidar que a Administração Pública
deve pautar seus atos não apenas atenta aos princípios da legalidade, da
impessoalidade, mas sobretudo, pelo da moralidade pública, que não aceita e não
pode aceitar, num contexto de evidente ação omissiva ou comissiva, geradora de
prejuízos a terceiro, que possa estar ao largo de qualquer co-responsabilidade do ato
administrativo que pratica, como posto no voto da lavra do eminente Min. José
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administrativo que pratica, como posto no voto da lavra do eminente Min. José
Simpliciano Fernandes (RR 632145)" (fls.115/119). Nas razões de recurso de revista,
às fls. 126/145, a CEF alega que o art. 71 da Lei nº 8.666/93 veda expressamente a
responsabilização da Administração Pública pelos inadimplementos dos contratados,
e que, ao negar vigência ao referido dispositivo legal, a Súmula 331, IV, do C. TST
se mostra inconstitucional. Aponta a violação dos arts. 5º, II,e 37, II, da CF/88,71, §
1º da Lei nº 8.666/93, 4º da LICC, 8º da CLT, bem como contrariedade à Súmula
Vinculante 10 do E. STF e à Súmula 331, IV, do C. TST. Traz arestos a confronto.
Renova o inconformismo no agravo de instrumento. Trata-se de situação em que o
autor era empregado de empresa de processamento de dados, e prestava serviços de
forma terceirizada para a CEF. Com base na prova produzida, o Eg. Tribunal
Regional entendeu que os serviços prestados pelo autor estavam diretamente ligados
à atividade-fim da CEF, considerando ilícita a terceirização ocorrida. Por essa razão,
condenou a CEF a responder, de forma subsidiária, pelas parcelas devidas ao
reclamante. Ressaltou ainda que responsabilidade subsidiária da recorrente resta
configurada, inclusive, em decorrência de culpa in vigilando. Em que pese os
contornos fáticos que envolvem o exame da culpa em razão da omissão do ente
público, os processos que envolvem o exame do tema estão subsidiados pela
autorização dada pelo E. STF para que seja apreciada a responsabilidade do ente
público, em cada caso concreto, com o fim de deixar claro que esta C. Corte não está
a declarar a responsabilidade subsidiária por eventual inconstitucionalidade do art.
71da Lei 8666/93. Ao contrário, a teor dos fundamentos dos Exmos. Ministros, no
julgamento da ADC 16, incumbe apenas que a Corte leve em consideração cada caso
concreto, com o fim de não se proceder a uma genérica aplicação da
responsabilidade subsidiária do ente público. Deste modo, sendo essa revisão por
força de determinação maior, não há como se limitar a apreciar a incidência da
Súmula 331, IV, do TST, consagrando culpa in eligendo e in vigilando, pela
inaplicabilidade do art. 71 da Lei nº 8.666/93. No caso em exame, resta clara a culpa
in vigilando do ente público, em face da omissão no seu dever de fiscalizar o
contrato de trabalho, em razão da inadimplência constatada pela eg. Corte a quo,
verificado que o empregado não recebeu as verbas do contrato de trabalho. Além
disso, foi constatado ainda que a terceirização foi ilícita, pois os serviços prestados
pelo autor estavam diretamente ligados à atividade-fim da tomadora dos serviços.
Nesse sentido, levando em consideração a inadimplência do empregador e a ilicitude
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Nesse sentido, levando em consideração a inadimplência do empregador e a ilicitude
na terceirização, constata-se que a recorrente se omitiu em fiscalizar o contrato de
trabalho, cabendo consignar que a condenação do ente público não decorre de não se
dar eficácia ao que dispõe o art. 71, §1º, da Lei nº 8.666/93. Diante da
responsabilidade do administrador público, pela culpa in vigilando, por força da
incidência do art. 37, §6º, da Constituição Federal, é de se manter a responsabilidade
subsidiária. Dessa forma, estando a v. decisão regional em consonância com a
Súmula 331, IV, do C. TST, incide como óbice ao processamento do recurso de
revista a Súmula nº 333/TST e o art. 896, § 4º, da CLT. Logo, não se constata ofensa
aos arts. 5º, II, da CF/88,71, § 1º da Lei nº 8.666/93, 4º da LICC, 8º da CLT. Não se
verifica violação ao art. 37, II, da CF/88,pois não houve o reconhecimento de
vínculo de emprego com a CEF, mas somente foi reconhecida a sua responsabilidade
subsidiária pelas verbas devidas ao reclamante. A indicação de contrariedade à
Súmula do E. STF não se enquadra nas hipóteses previstas no art. 896 da CLT. Não
há que se falar em inconstitucionalidade ou ilegalidade da Súmula 331, IV, do C.
TST, pois as súmulas de jurisprudência editadas por esta C. Corte não são leis, mas
tão somente uniformizações de jurisprudência, não dotadas de poder vinculante e
atualizadas periodicamente em decorrência da interpretação sistemática e teleológica
dos dispositivos legais e constitucionais que regulam a matéria sub judice. Os arestos
trazidos a confronto são inservíveis por serem oriundos do mesmo TRT prolator da
decisão recorrida, hipótese não prevista no art.896, "a", da CLT. Nego provimento."
Portanto, também no caso concreto, a apurada inadimplência da prestadora de
serviços evidencia a materialidade da culpa in eligendo e in vigilando do Município
do Rio de Janeiro, o que implica, na forma do §6º do art. 37 da Constituição Federal,
na sua responsabilidade subsidiária. Não há restrição ao alcance da responsabilidade
subsidiária da tomadora, precisamente porque esta decorre das culpas in eligendo e
in vigilandoe da inadimplência patronal, inclusive quanto à reparação de danos
impostos ao trabalhador e às parcelas indenizatórias. Portanto, a responsabilidade
subsidiária da tomadora dos serviços alcança todas as parcelas objeto das
condenações impostas à prestadora dos serviços, sem exclusão de qualquer uma
delas, ressalvada apenas astreinte cominada para eventual descumprimento de
obrigação de efetuar registros na CTPS do trabalhador. Mesmo as multas dos arts.
467 e 477, §8º, da CLT e do art. 18 da Lei 8.036/90, têm como causa a mora ou a
inadimplência patronal no cumprimento de obrigações trabalhistas, estando
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inadimplência patronal no cumprimento de obrigações trabalhistas, estando
vinculadas, portanto, às culpas in eligendo e in vigilando da tomadora dos serviços.
Nesse sentido: RECURSO DE REVISTA - [...] 4- RESPONSABILIDADE
SUBSIDIÁRIA - ALCANCE - FGTS E MULTA DE 40% - A responsabilidade
subsidiária do tomador de serviços alcança todos os direitos trabalhistas assegurados
pelo ordenamento jurídico. Recurso de revista não conhecido. (TST, RR
161400-71.2005.5.01.0009, Rel. Min. Alberto Luiz Bresciani de Fontan Pereira, DJe
11.06.2010, p. 601); 1 - RECURSO DE REVISTA (...). 3 - RESPONSABILIDADE
SUBSIDIÁRIA - INEXISTÊNCIA DE RESTRIÇÃO AO SEU ALCANCE - A
responsabilidade subsidiária da empresa tomadora de serviços advém do
inadimplemento das obrigações trabalhistas por parte da empresa prestadora de
serviços, real empregadora, não havendo que se falar em limitação às verbas de
natureza salarial, pois essa a dicção da Súmula n° 331 do TST, ao dispor que o
inadimplemento das obrigações trabalhistas, por parte do empregador, implica a
responsabilidade subsidiária do tomador dos serviços quanto àquelas obrigações.
Com efeito, consoante precedentes desta Corte Superior, inexiste restrição ao alcance
da responsabilidade subsidiária do tomador de serviços, nela estando compreendida
toda e qualquer obrigação trabalhista inadimplida pelo efetivo empregador, não se
tratando da hipótese prevista no parágrafo único do art. 467 da CLT que veda a
aplicação aos entes públicos do acréscimo alusivo ao não-pagamento das verbas
incontroversas. Neste contexto, deve ser mantida a decisão proferida pela Corte "a
qua" que concluiu pela responsabilização subsidiária do Recorrente no tocante ao
pagamento em dobro do salário de janeiro/95 e à multa de 40% do FGTS. 4 -
CRITÉRIO DE ATUALIZAÇÃO DOS HONORÁRIOS PERICIAIS (...). 5 -
RESPONSABILIZAÇÃO SUBSIDIÁRIA DA UNIÃO - COMPETÊNCIA DA
JUSTIÇA DO TRABALHO (...). (TST, RR 765.212/2001.9, 4ª T., Relª Min. Ives
Gandra Martins Filho, DJU 01.07.2005) e RECURSO DE REVISTA -
ILEGITIMIDADE PASSIVA AD CAUSAM - (...). Recurso não conhecido.
RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA - Não ensejam recursos de revista ou de
embargos decisões superadas por iterativa, notória e atual jurisprudência do Tribunal
Superior do Trabalho. Aplicação da Súmula nº 333 desta Corte. Recurso não
conhecido. MULTA CONVENCIONAL - RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA -
A condenação subsidiária do tomador de serviços abrange todas as verbas devidas
pelo devedor principal, inclusive as multas convencionais, normativas e aquela
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pelo devedor principal, inclusive as multas convencionais, normativas e aquela
prevista no artigo 477 da CLT, em observância ao princípio constitucional da
responsabilidade objetiva (artigo 37, § 6º) e das culpas in eligendo e in vigilando.
Assim, nos termos da Súmula nº 331, IV, desta Corte, as obrigações não cumpridas
pelo empregador passam ao encargo do tomador de serviços, de forma subsidiária,
não se justificando a exclusão de parcela de qualquer natureza. Recurso não
conhecido. CORREÇÃO MONETÁRIA - ÉPOCA PRÓPRIA - (...). Recurso
conhecido e provido (TST, RR 578.979/1999.5, 2ª T., Rel. Juiz Conv. Luiz Carlos
Gomes Godoi, DJU 01.07.2005). O item IV da Súmula 331 do C. TST se refere a
"obrigações trabalhistas". Dentre as obrigações legais e contratuais objeto do
contrato de emprego e, portanto, "obrigações trabalhistas" potencialmente violáveis,
estão aquelas relativas à garantia da higidez física e moral do empregado. Se do
inadimplemento dessas obrigações resultar obrigação de indenizar, por ela também
responderá, subsidiariamente, a tomadora dos serviços. Nesse sentido: RECURSO
DE REVISTA - DANOS MORAIS E MATERIAIS - PRESCRIÇÃO - ACIDENTE
DE TRABALHO - [...]. ACIDENTE DO TRABALHO - RESPONSABILIDADE
SUBSIDIÁRIA - ALCANCE - A responsabilidade subsidiária envolve toda a
condenação imposta à devedora principal, pois no cerne do inciso IV da Súmula
331/TST está o objetivo de proteger o obreiro, garantindo-lhe a possibilidade de
recebimento no caso de êxito na reclamatória. Precedentes da SDI-I/TST. Recurso de
revista integralmente não conhecido (TST, RR 1069/2006-015-03-00, Relª Minª
Rosa Maria Weber, DJe 05.02.2010, p. 1066) e RESPONSABILIDADE
SUBSIDIÁRIA - INDENIZAÇÃO POR DANO MORAL - LIMITAÇÃO - Na
esteira da Súmula nº 331, IV, do TST, o tomador de serviços é subsidiariamente
responsável por todas as obrigações trabalhistas não adimplidas pela empresa
contratada, não excluídas as indenizações contra as quais se insurge o reclamado que,
apesar do seu caráter retributivo, não estão restritas à figura do causador direto do
dano, devendo ser estendidas a quem é responsável subsidiário (TRT 9ª Reg., RO
524/2009-093-09-00.2, 4ª T., Rel. Luiz Eduardo Gunther, DJe 09.07.2010, p. 210) e
[...] DANO MORAL - RESPONSABILIDADE SUBISIDÁRIA - ALCANCE. A
responsabilidade subsidiária incide sobre todas as verbas deferidas na sentença, não
havendo exclusão de qualquer parcela, quer sejam de caráter salarial, quer sejam de
caráter indenizatório ou multas, pelo que, inadimplidas pelo prestador de serviços,
responderá aquele que se beneficiou do labor obreiro. Recurso a que se nega
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responderá aquele que se beneficiou do labor obreiro. Recurso a que se nega
provimento. JUROSDA FAZENDA PUBLICA - [...] (TRT 23ª Reg., RO
0072200-08.2009.5.23.0, Relª Desª Maria Berenice, DJe 16.04.2010, p. 17). É
incontroverso ter a Segunda Reclamada figurado como tomadora dos serviços
prestados pelo Reclamante por meio da Primeira Reclamada. Ante o exposto, nos
termos do item IV da Súmula 331 do C.TST, é a Segunda Reclamada
subsidiariamente responsável por todos os créditos do Reclamante decorrentes de
contrato de emprego havido entre ele e a Primeira Reclamada. Quanto ao alegado
contrato de gestão, tem-se que foi firmado em evidente desvirtuamento, pois o que se
observa é uma atividade conjunta dos reclamados para fraudar a obrigatoriedade do
concurso público, mediante a contratação interposta de trabalhadores para o exercício
de funções evidentemente essenciais à dinâmica da Administração Pública
Municipal. Veja-se que o reclamante atuava como técnico de enfermagem
Dispositivo
Pelo exposto, julgo parcialmente procedentes os pedidos para condenar as
Reclamadas, sendo a segunda de forma subsidiária, a pagarem à parte reclamante, as
parcelas acima deferidas, tudo nos termos e limites da fundamentação supra, que
passam a integra este "decisum", como se aqui estivessem literalmente transcritas. A
liquidação far-se-á por cálculos, devendo ser observada a variação salarial, levando
em consideração todas as parcelas de natureza salarial, especialmente as gratificações
e o adicional de periculosidade, deduzindo-se os valores pagos sob o mesmo título.
Também deve ser observado o tempo de serviço de cada um dos substituídos. Na
liquidação deverão ser excluídos os dias de ausência ao trabalho, independentemente
do motivo, face à impossibilidade de existência de bis in idem. A correção monetária
incidirá a partir do mês subsequente ao da prestação dos serviços, a partir do dia 1º,
na forma da Súmula nº 381 do TST e juros sobre o capital corrigido (Súmula n. 200
do TST), de 1% ao mês, na forma do art. 39, § 1º da Lei 8.177-91. Autorizo os
recolhimentos previdenciários, pelo regime de competência (Decreto nº 3048-99, art.
276, § 4º), que incidirão sobre as verbas de natureza salarial (Lei nº 8.212-91, art.
28), ficando excepcionadas as previstas no § 9º deste artigo e no Decreto nº 3048-99,
art. 214, § 9º. Alíquotas dos artigos 20 e 22 da Lei nº 8.212-91. Cada parte deverá
arcar com sua cota de contribuição (Provimento/TST 2/93), e, a ré, comprovar nos
autos a efetivação dos recolhimentos de ambas as cotas, sob pena de execução. As
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autos a efetivação dos recolhimentos de ambas as cotas, sob pena de execução. As
contribuições fiscais devem ser calculadas, mês a mês, conforme jurisprudência do
STJ e Ato Declaratório do PGFN nº 01/2009, cabendo às Reclamadas recolherem os
valores apurados, permitindo-se a dedução do crédito do reclamante, conforme artigo
46 da Lei nº 8.541/92 e o Provimento n° 01/96 da Corregedoria do TST, devendo ser
comprovado nos autos, sob pena de se oficiar o órgão competente.Custas pela
primeira das Reclamadas no importe de R$100,00, calculadas sobre R$5.000,00,
valor arbitrado à condenação para esse fim. Prazo de lei. Intime-se a União (PGF),
após a liquidação do julgado, para se manifestar no prazo preclusivo de dez
dias, nos termos do que dispõe o art. 879 § 3º da CLT. INTIMEM-SE AS
PARTES (reclamante e 1ª ré VIA DJE, sendo o 2º reclamado POR
 o Reclamante inclusive para promover a liquidação do julgado noMANDADO),
prazo de 30 dias após o trânsito em julgado da sentença, sob pena de serem os autos
remetidos ao arquivo provisório.
 
RIO DE JANEIRO, 13 de Fevereiro de 2017
ALVARO ANTONIO BORGES FARIA
Juiz do Trabalho Titular
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